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Microplane No Ansys - Resumo Flávia G PDF
Microplane No Ansys - Resumo Flávia G PDF
- TB,MPLANE é o modelo Microplane, suportado pela atual tecnologia planar (deformação plana e
apenas axisimétria) e elementos sólidos. A superfície de falha para o modelo Microplane é um pouco
diferente do modelo pra o concreto descrito acima – ele também não diferencia fissuração e
esmagamento. Ao invés de perder instantaneamente 100% da rigidez, este é um modelo de dano
gradual, então ajuda com a convergência (TB,CONCR pode ser mais difícil de convergir já que se perde
100% da rigidez quando a superfície de falha é atingida; com o modelo Microplane a perda de rigidez é
mais gradual). TB,MPLANE pode ser também usado para modelar rocha e concreto (menores rigidezes a
tração do que de compressão).
- Armaduras de aço – discretizadas ou espalhadas – podem ser incluídas com elementos REINF26x.
TB,EDP é o modelo Drucker-Prager que pode representar o comportamento inelástico de solos e rochas.
Este é um modelo plástico, então não modela fissura/esmagamento ou dano. Ao invés, é usado para
modelar variação volumétrica inelástica e cisalhamento de solos/rochas.
Então, há duas formas de modelar concreto. Se o que se procura é falha frágil, deve-se usar TB,CONCR
ou TB,MPLANE. Se o que se procura é resposta inelástica antes da falha frágil, usar TB,EDP.
O modelo Microplane é bem ajustado para simular materiais de engenharia que consistem de várias
composições de agregados com diferentes propriedades (caso de concreto com brita e areia numa
matriz de cimento). Esse modelo de material pode ser usado para incluir “dano” na forma de
degradação da rigidez dependente da direção, isto em planos potenciais de falha, o que leva a um dano
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macroscópico. Como é atualmente o único modelo que consegue simular o efeito de strain-softening
de forma eficiente, o que não se conseguia fazer no passado.
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Strain-softening: Característica de comportamento do concreto sob compressão. O concreto é um material
heterogêneo composto de agregado graúdo, areia e cimento que tem microfissuras existentes antes mesmo da
aplicação de qualquer carga. Ao aplicar carga, essas microfissuras se propagam e novas se formam. A capacidade de
Figura 1 - Strain-softening do concreto sob compressão
De acordo com o material de apoio do ANSYS online, o modelo de Microplane é baseado em Bazant e
Gambarova (1985), em que o comportamento do material é modelado por meio de leis uniaxiais de
tensão-deformação em vários planos. Também, a degradação da rigidez dependente da direção é
modelada por meio de leis de dano uniaxiais em planos de falha potenciais individuais – o que leva a
uma formulação de dano anisotrópica macroscópica.
O modelo é indicado para simular materiais que consistem em várias composições de agregados com
diferentes propriedades (por exemplo, modelagem de concreto, na qual agregado graúdo e miúdo estão
embebidas numa matriz fraca de cimento).
O modelo Microplane não pode ser combinado com outros modelos de materiais.
carga do concreto decai após o pico da carga aplicada à medida que a deformação aumenta. Esse fenômeno é
chamado de softening. Strain softening do concreto ocorre quando as microfissuras se unem para formar uma zona
danificada, enfraquecendo o concreto de forma que a capacidade portante é reduzida. Deformação adicional da
zona danificada enfraquece ela ainda mais, e o softening continua. O desenvolvimento de macrofissuras introduz
falha localizada do concreto. Devido a esta localização do dano, o concreto não se comporta como um material
homogêneo e seu comportamento se torna sensível a propriedades como tamanho e forma. Entender o processo
de softening é importante já que o dimensionamento de estruturas de concreto armado se baseia na capacidade
última, que usa uma porção do ramo pós-pico da carga ou ramo com strain-softening do concreto sob compressão
uniaxial. Disponível: http://framcos.org/FraMCoS-2/3-4-1.pdf
Segundo WOLF (2008), strain-softening é definido como a região em que a tensão no material está dacaíndo
enquanto a deformação aumenta.
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Restrição cinemática: Para segurar um corpo (uma coisa rígida) com a maior precisão, precisamos de duas coisas:
os 6 graus de liberdade restringidos (se um GDL não está restringido, este está solto); não haver “super-restrição”
(qualquer super-restrição pode causar problemas, restrições podem reagir entre si e resultar em tensões e
Step), pois as deformações no microplano podem ser derivadas como projeções do tensor
amplo, no macroplano, ε.
2) Definir leis constitutivas a nível microplano, onde equações constitutivas unidirecionais (tais
como componentes de tensão deformação) são aplicadas a cada microplano.
3) Etapa de homogeneização. Compreender o processo de homogeneização a nível pontual do
material para derivar a resposta global do material (homogeneização é baseada no princípio de
energia equivalente)
Para considerar a degradação e dano, a função de energia livre microscópica é modificada para incluir
mic
um parâmetro de dano. A evolução do dano é dada por meio de uma variável chamada d que utiliza
os seguintes parâmetros para sua fórmula:
mic
α : define a máxima degradação
mic
β : define a taxa de evolução do dano
mic
γ0 : caracteriza a energia de deformação equivalente na qual o material começa a apresentar dano
(limite para início do dano)
mic
Importante notar que nesta função que define o dano, há também a variável η que representa a
energia de deformação equivalente e caracteriza a lei de evolução do dano.
A figura abaixo mostra a evolução da variável de dano d como função da energia equivalente de
mic mic
deformação η para o modelo implementado no ANSYS. Cabe notar que até γ0 igual a 0.0065 não há
deformações, além dessas restrições se tornarem instáveis quando a força atuante excede um limite). Portanto,
uma Restrição cinemática é quando todos os GDL estão restringidos e, bem especificamente, nenhum está super-
restringido.
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Existem três planos segundo os quais os vetores de tensão resultam alinhados com as respectivas normais, isto é,
não apresentam componentes de cisalhamento. A determinação dessas direções principais implica em definir
relações entre as componentes que independem do referencial de eixos tomado, chamadas Invariantes. O primeiro
Invariante I1 tem o seguinte formato:
Um tensor de tensões pode ser decomposto em parcela esférica (ou hidrostática) e parcela desviadora (que envolve
cisalhamento). Surgem novos Invariantes (secundários) sendo que J2 é o segundo Invariante da parcela desviadora:
mic
dano, sendo o parâmetro d igual a 0. Assumindo diferentes valores para β , que define a taxa de
evolução do dano, a curva assume diferentes caminhos mas sempre com o mesmo formato.
Comandos
O Comando para atribuir a formulação de Microplane no material é por APDL, no Mechanical:
mic mic
Os parâmetros do material no modelo são: E, v, k0, k1, k2, γ0 e β .
E é o módulo de Young e v é o coeficiente de Poisson. Ambos são propriedades elásticas do Microplane
e são definidas por linhas de comando, APDL, ou MP command.
mic mic
Os parâmetros k0, k1, k2, γ0 eβ são definidos via TB command.
A inserção é dada com as seguintes linhas de comando, e em seguida a definição das variáveis é dada:
TB,MPLAN,MAT,NTEMP,NPTS,TBOPT
TBDATA,1,C1,C2,C3,C4,C5,C6
Lab: Definição de qual propriedade do material se está definindo. Aqui é NUXY: Coeficiente de Poisson
υxy.
MAT: Material reference number, o default é 1
C0: Valor da propriedade do material, no caso 0.36
“TBDATA,STLOC,C1,C2,C3,C4,C5,C6”
TBDATA: Define as informações para o material a partir de uma tabela
STLOC: Starting location da tabela. Se STLOC=1, o primeiro dado C1 será a primeira constante da tabela
e assim sucessivamente. Default é 1.
C1, C2, C3, C4, C5, C6: São as constantes que descrevem o material. No caso, os três primeiros valores se
referem às constantes da função de dano e dependem do modelo de ruptura material usado, sendo
K0=0, K1=0 e K2=1. As três constantes seguintes se referem aos parâmetros para o formato da função de
mic mic mic
dano, sendo γ0 = 0.1, α =0.1 e β =0.1.
Artigo Wellison Gomes
O artigo do Cilamce de 2017 do Gomes, Reliability analysis of reinforced concrete beams using finite
elemento models, o autor usa os seguintes modelos para modelar uma viga de concreto armado:
Primeiro ele usa um modelo com elemento SOLID65 para representar o comportamento do
concreto, combinando os critérios de Von Mises e Willam-Warnke, para compressão e tração,
respectivamente. Para compressão é utilizada uma curva tensão-deformação multilinear isotrópica
recomendada pelo EUROCODE2. Para definição do material é preciso inserir a tensão uniaxial de
esmagamento do concreto, que foi adotada como -1 de forma que a habilidade de esmagamento fosse
removida, e o critério de Von Mises fosse adotado para compressão – segundo Kotinda (2006) a adoção
do critério de Von Mises ajuda a evitar problemas de convergência.
No segundo modelo se usa o elemento SOLID185 e o chamado modelo de Microplane para
representar a resposta do material concreto. O modelo de Microplane implementado no ANSYS é
baseado em Bazant e Gambarova (1984) e Bazant e Oh (1985). De acordo com ANSYS (2014), nesta
formulação “o comportamento do material é modelado por meio de leis de tensão-deformação
uniaxiais em várias planos e a degradação da rigidez dependente da direção é modelada por meio de
leis de dano anisotrópicas em planos com potencial de falha, levando a uma formulação de dano
anisotrópica macroscópica”.
Chegou a conclusão que para análises de confiabilidade tem que ser usado o elementos SOLID185.
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