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CIPA

MANUAL DE PREVENÇÃO DE
ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO

EMPRESA:
_____________________________________________________________________________

ALUNO:______________________________________________________DATA__/___/_____

INSTRUTOR:___________________________________________________________________
CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO

APRESENTAÇÃO

Nas minhas conversas com empregados, com colegas e apresentações de consultoria


aos empresários digo sempre que, se fosse eu sócio, diretor ou administrador de uma
sociedade empresarial não teria uma CIPA em meu estabelecimento.

Teria duas.

Diante do espanto causado por tamanha audácia, frente aqueles que abominam a
comissão de prevenção de acidentes, esclareço minha idéia, um tanto absurda, que teria mais
de uma comissão de prevenção de acidentes em minha empresa, considerando que nessa
comissão disponho de vários empregados, todos com os olhos voltados para a organização dos
locais de trabalho, dos processos de produção; um grupo, literalmente de “colaboradores”,
dispostos a proceder uma série de fiscalizações e inspeções nos atos inseguros cometidos pelos
colegas e das condições de insegurança que possam causar um acidente ou uma doença no
trabalho.

Indo além nesse raciocínio, digo que esses processos de fiscalização e inspeção dos atos
e condições inseguras são prevencionistas de passivos trabalhistas, aqueles gerados por
infortúnios laborais e dos atos de fiscalização dos agentes de inspeção do trabalho.

Uma Comissão de Prevenção de Acidentes que cuida dos meus negócios sem exigir
nenhum adicional salarial, tão somente pelo desejo de participar, em conjunto com outros
colegas de trabalho, na atenção e cuidado com seus semelhantes.

E com isso ganham os empregados, suas famílias, a empresa e a sociedade de uma


forma geral quando, com as ações da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, o local de
trabalho seja também um lugar de vida.

Que esse trabalho na elaboração desse material para enriquecer os cursos de Prevenção
de Acidentes e Doenças no Trabalho seja de utilidade para todos.

A todos os empregados que, voluntariamente participam das ações prevencionistas da


CIPA, meus respeito e admiração.

Um forte abraço fraternal e amigo.

Do autor

Odemiro J B Farias

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ÍNDICE

O Acidente de Trabalho

Histórico

No Brasil – Estatísticas

Conseqüências dos Acidentes do Trabalho

A PREVENÇÃO DE ACIDENTES

A LEGISLAÇÃO - O MINISTÉRIO DO TRABALHO

A CIPA

Conceito –– Estruturação - Exercícios – Atribuições

Funcionamento

O SEESMT

O ACIDENTE DO TRABALHO

Exercício. Conceito de Acidentes do Trabalho

Conceito Legal de Acidente e Doença do Trabalho - quadro

Causas dos Acidentes – Fatores das causas

Formulário de Exercício prático

RISCOS OCUPACIONAIS

INSALUBRIDADE

PERICULOSIDADE

E.P.I.

MAPA DE RISCOS

ANÁLISE E INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES

INSPEÇÃO DE SEGURANÇA

AIDS - DST

PRIMEIROS SOCORROS

PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIOS


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HISTÓRIA SOBRE A ORIGEM DA CIPA

A idéia da criação de um grupo de funcionários que, além de terem suas


atribuições normais, se preocupassem também com a Prevenção de Acidentes
foi desenvolvida pela OIT - Organização Internacional do Trabalho.

A OIT, fundada em 1919, com sede em Genebra, na Suíça, tem por


objetivo fazer recomendações buscando a solução de problemas
relacionados com o trabalho. Como não poderia deixar de ser, o ACIDENTE DE
TRABALHO, tendo-se em vista os altos índices já registrados na época, levou a
OIT a preocupar-se com o fato a ponto de, em 1921, surgir a idéia de criar os
Comitês de Segurança nas empresas com pelo menos 25 empregados. A idéia
ficou em estudo durante 2 (dois) anos, sendo recomendada ao mundo em
1923.

No Brasil, essa recomendação foi atendida parcialmente por meio do


Art.82 do Decreto-Lei nº 7036, de 10/11/44, que determinava que todas as
empresas com 100 (cem) ou mais empregados deveriam providenciar em seus
estabelecimentos a organização de Comissões Internas de Prevenção de
Acidentes.

Posteriormente, esse Decreto-Lei foi sendo aperfeiçoado por meio de


Portarias Ministeriais que o regulamentam até os dias atuais, conforme se
seguem:

1ª) Portaria nº 229, de 19/06/45: evidenciou melhor o caráter


obrigatório da implantação das Comissões nas empresas com 100 ou
mais empregados.

2ª) Portaria nº 155, de 27/11/53: oficializou a sigla CIPA e obrigou a


criação de uma CIPA CENTRAL nos estabelecimentos com
Departamentos com mais de 100 empregados. Recomendava CIPAs
espontâneas nas empresas com menos de 100 empregados.

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3ª) Portaria nº 32, de 29/11/68: além de manter o limite de 100


empregados, passou a distribuir as empresas por categorias
econômicas. Limitou a obrigatoriedade das CIPAs às empresas
vinculadas à CNI, a CNC (1º grupo-atacadista; 2º grupo-
armazenador), à CNT marítimos, fluviais e aéreos e à CNT terrestres.
Deixou de mencionar a CIPA CENTRAL e aboliu a recomendação das
CIPAs constituídas espontaneamente.

4ª) Portaria nº 3456, de 03/08/77: reduziu de 100 para 50 o número-


limite de empregados que obrigava as empresas a constituírem
CIPAs.

5ª) Portaria nº 3214-NR.5, de 08/06/78: manteve o limite de 50


empregados e criou a obrigatoriedade de treinamento dos membros
da CIPA com carga horária mínima de 12 horas. Criou a estabilidade
para o membro titular dos empregados na CIPA.

6ª) Portaria nº 33, de 27/10/83: criou um quadro que, com base no


grau de risco e no número mínimo de empregados. Cita também a
obrigatoriedade de o empregador indicar um responsável pela
segurança na empresa, caso não precise ter a CIPA. Ampliou de 12
horas para 18 horas a carga horária do Treinamento em Prevenção
de Acidentes de Trabalho para componentes da CIPA.

7ª) Portaria de nº 8, de 23/02/99, que introduziu mudanças como:


conteúdo programático do Curso para Componentes, excluindo
Primeiros Socorros e Prevenção e Combate a Incêndios, e
acrescentando disciplinas como: Estudo do Ambiente e Condições
de Trabalho, Prevenção a AIDS, Noções de Legislação Previdenciária.
Ampliação de carga horário que passou de 18 para 20 horas,
alteração dos critérios de redimensionamento da CIPA e extinção de
formulários como: Anexo I, Anexo II, entre outros.

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LEGISLAÇÃO

Para que os profissionais TSTs, Tecnólogos ou Engenheiros de Segurança


no Trabalho possam desenvolver com eficiência o treinamento dos novos
membros da CIPA, conforme o disposto no item 5.33 da NR-05, é preciso
conhecimentos nas áreas de Legislação Trabalhistas e Previdenciária.

A Constituição Federal, A CLT, a Lei 6.514,77 que alterou o Capítulo V da


CLT – da Saúde e Segurança no Trabalho – regulamentada pela Portaria
3.214/78 e a Lei Previdenciária – Lei 8213/91 – que regulamenta os Benefícios da
Previdência, são as leis que os profissionais de Segurança do Trabalho devem
conhecer com relativa profundidade pára estarem capacitados em ministrar o
Treinamento em Saúde e Segurança do Trabalho para os novos membros da
CIPA.

A NR-05 no item 5.33 menciona que deverá ser abordado no treinamento


noções sobre legislação trabalhista e previdenciária relativas à saúde e
segurança do trabalho.

Dessa forma procuramos trazer aos profissionais da área de segurança


de saúde um resumo da legislação trabalhista e previdenciária necessária para
o desenvolvimento do curso e orientação aos membros da CIPA naquilo que é
importante.

Iniciamos citando alguns incisos da Constituição Federal que fazem a


previsão de trabalho seguro como sendo direito dos trabalhadores urbanos e
rurais e outros direitos que são abordados nos tópicos seguintes, continuamos
com abordagem da CLT no capítulo V nos artigos 154 a 201 que tratam da
saúde e segurança do trabalhador

Por último analisamos a Lei Previdenciária 8.213/91 que regulamenta os


benefícios previdenciários, em específico, as garantias ao doente ou
acidentado no trabalho.

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A CONSTITUIÇÃO FEDERAL

A Constituição Federal, a lei magna do país, a mãe


de todas as leis faz uma previsão ao direito de condições
de trabalho seguras para os trabalhadores urbanos e rurais.

Esses preceitos constitucionais são utilizados com freqüências pelos


advogados nas ações trabalhistas com pedidos de adicionais de insalubridade
e nas ações de indenização por acidentes e ou doenças do trabalho.

Vejamos.

O Artigo 7° da CF garante aos trabalhadores rurais e urbanos um desfile


de direito nos seus incisos.

O primeiro mandamento da Constituição na matéria de segurança do


trabalho está exposto no Inciso XXII:
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de
normas de saúde, higiene e segurança;

De uma forma simples e objetiva a Constituição Federal faz a previsão


expressa, afirmando que o trabalhador urbano e rural tem o direito a redução
dos riscos do trabalho através da aplicação das normas de saúde, higiene e
segurança no trabalho.

Logo a seguir no Inciso XXIII a norma constitucional estabelece o direito


ao adicional de insalubridade e periculosidade, aqueles mesmos dispostos nas
NRs 15 e 16 da Portaria 3.214/78.

XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas,


insalubres ou perigosas, na forma da lei;

De todas as previsões constitucionais dos direitos e garantias de trabalho


seguro, o Inciso XXVIII é o mais importante de todos os demais.

XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo


do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado,
quando incorrer em dolo ou culpa;

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O Inciso XXVII do artigo 7° da CF garante ao trabalhador dois direitos ao


mesmo tempo:

a) O Direito ao Seguro contra Acidentes do Trabalho. Aquele


seguro acidentário que todas as empresas recolhem
mensalmente, calculado sobre a soma dos salários de todos os
empregados constante na folha de pagamento com alíquotas
que variam de 1% até 12% conforme o caso, dependendo do
grau de risco da atividade do empregado e as condições de
trabalho insalubre que garantem ao trabalhador o direito a
aposentadoria especial;

b) Mais importante nessa norma constitucional é a obrigação a


indenização que o empregador está obrigado a pagar ao
empregado, nos casos de acidentes ou doenças do trabalho,
quando incorrer em dolo ou culpa.

Esse inciso é muito utilizado pelos advogados nas ações trabalhistas com
pedidos de indenização por acidentes ou doenças do trabalho nos casos em
que esta caracterizada a culpa do empregador no acidente ou doença.

Continuando, a Constituição no seu inciso trinta e três protege o


trabalhador fazendo a previsão de proibição de trabalho noturno, perigoso ou
insalubre para menores de dezoito anos.

XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a


menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis
anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze ano

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A CLT – CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)1 é a principal norma


legislativa brasileira referente ao Direito do trabalho e ao Direito processual do
trabalho. Ela foi criada através do Decreto-Lei nº 5.452, de 1 de maio de 1943 e
sancionada pelo então presidente Getúlio Vargas durante o período do Estado
Novo, entre 1937 e 1945, unificando toda legislação trabalhista então existente
no Brasil. É um mito que ela tenha sido fortemente inspirada na Carta del
Lavoro do governo de Benito Mussolini na Itália.
Seu objetivo principal é a regulamentação das relações individuais e
coletivas do trabalho, nela previstas.
Foi assinada em pleno Estádio de São Januário (Club de Regatas Vasco
da Gama), que estava lotado para a comemoração da assinatura da CLT.
Veja abaixo a transcrição do art. 1º da CLT.

Art. 1º - Esta Consolidação estatui as normas que regulam as relações


individuais e coletivas de trabalho, nela previstas.
O termo "celetista", derivado da sigla "CLT", costuma ser utilizado para
denominar o indivíduo que trabalha com registro em carteira de
trabalho e previdência social.
Em oposição a CLT, existem funcionários que são regidos por outras normas
legislativas do trabalho, como aqueles que trabalham como pessoa
jurídica (PJ), profissional autônomo, ou ainda como servidor
público pelo regime jurídico estatutário federal.3

A CLT surgiu como uma necessidade constitucional após a criação


da Justiça do Trabalho em 1939.
O país passava por um momento de desenvolvimento, mudando a
economia de agrária para industrial, as mudanças eram extremamente
necessárias. Em janeiro de 1942 o presidente Getúlio Vargas e o ministro do
trabalho Alexandre Marcondes Filho trocaram as primeiras idéias sobre a

1
Texto retirado da enciclopédia eletrônica Wikpedia

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necessidade de fazer uma consolidação das leis do trabalho. A idéia primária


foi de criar a "Consolidação das Leis do Trabalho e da Previdência Social".
Foram convidados para fazer parte da empreitada os juristas José de
Segadas Viana, Oscar Saraiva, Luís Augusto Rego Monteiro, Dorval Marcenal de
Lacerda e Arnaldo Lopes Süssekind.
Na primeira reunião ficou definido que a comissão seria dividida em
Trabalho e Previdência e que seriam criadas duas consolidações diferentes. As
fontes materiais da CLT foram, em primeiro lugar, as conclusões do 1°
Congresso Brasileiro de Direito Social, realizado em maio de 1941, em São
Paulo, para festejar o cinqüentenário da Encíclica Rerum Novarum, organizado
pelo professor Antonio Ferreira Cesarino Júnior e pelo advogado e professor Rui
de Azevedo Sodré. A segunda fonte foram as convenções internacionais do
trabalho. A terceira foi a própria Encíclica Rerum Novarum e, finalmente, os
pareceres dos consultores jurídicos Oliveira Viana e Oscar Saraiva, aprovados
pelo ministro do Trabalho.
Em novembro de 1942, foi apresentado o anteprojeto da CLT, publicado
posteriormente no Diário Oficial para receber sugestões. Após estudar o
projeto, Getúlio Vargas deu aos co-autores e nomeando os mesmos para
examinar as sugestões e redigir o projeto final, finalmente assinado em 1º de
maio de 1943, mas que não substituiu o publicado no DOU de 9.8.1943.

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O CONCEITO LEGAL DE ACIDENTE DO TRABALHO

A PORTARIA 3.214/78 e a C.L.T.

No ano seguinte após a promulgação da Lei 6.514/77, em 08 de Junho


de 1978 seguiu-se a Portaria 3.214/78 regulamentando aquelas modificações
que foram efetuadas no Capítulo V da CLT.

LEI 6.514/77
Alterando o
Capítulo V da CLT
Segurança e Saúde
no Trabalho artigos
154 a 201

Quadro I: A CLT foi modificada pela Lei 6.514/77 que foi regulamentada pela
Portaria 3.214/78

Na prática da militância na Justiça do Trabalho, atuando ora como


procurador nas Ações Trabalhistas e ora como assistente técnico nas pericias
judiciais do trabalho, surpreendentemente denotamos o desconhecimento da
legislação trabalhista e prevencionista por parte de profissionais do direito e
dos profissionais das áreas de segurança do trabalho.

Os profissionais do direito teimam em não considerar a Portaria 3.214/78


na condição de Direito do Trabalho, talvez pela complexidade técnica contida
na sua árdua tarefa de regulamentar a Lei 6.514/77 que modificou o Capítulo V
da CLT nos assuntos de Segurança e Saúde do Trabalho.

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Essa teimosia dos advogados em reconhecer as normas técnicas


contidas na Portaria 3.214/78 vem dos bancos escolares que absolutamente
nada do seu conteúdo é ensinado nas faculdades de direito, com certeza
exatamente pela sua complexidade, o que necessitaria de docentes
conhecedores do assunto e considerando que somente advogados, por forca
de lei, podem ministrar aulas no curso de direito, torna-se praticamente
impraticável o ensino daquelas matérias nos cursos de direito.

Em relação aos profissionais das áreas de segurança do trabalho,


engenheiros de segurança do trabalho técnicos e tecnólogos em segurança
do trabalho, a carência dos conhecimentos técnicos e legais contidos na
Portaria 3.214/78 advém de falha nos conteúdos ensinados no cursos formadores
daqueles profissionais.

As NORMAS REGULAMENTADORAS

No site do Ministério do Trabalho e emprego – www.mte.gov.br – no Link de


LEGISLAÇÃO – Normas Regulamentadoras, podemos denotar

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Atualmente são 36 normas Regulamentadoras:

Norma Regulamentadora Nº 01 - Disposições Gerais


Norma Regulamentadora Nº 02 - Inspeção Prévia
Norma Regulamentadora Nº 03 - Embargo ou Interdição
Norma Regulamentadora Nº 04 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho
Norma Regulamentadora Nº 05 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
Norma Regulamentadora Nº 06 - Equipamentos de Proteção Individual - EPI
Norma Regulamentadora Nº 07 - Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional -
PCMSO
Norma Regulamentadora Nº 08 - Edificações
Norma Regulamentadora Nº 09 - Programas de Prevenção de Riscos Ambientais
Norma Regulamentadora Nº 10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade
Norma Regulamentadora Nº 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de
Materiais
Norma Regulamentadora Nº 11 Anexo I, - Regulamento Técnico de Procedimentos para
Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Chapas de Mármore, Granito e outras Rochas
Norma Regulamentadora Nº 12 - Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos
Norma Regulamentadora Nº 13 - Caldeiras e Vasos de Pressão
Norma Regulamentadora Nº 14 - Fornos
Norma Regulamentadora Nº 15 - Atividades e Operações Insalubres
Norma Regulamentadora Nº 16 - Atividades e Operações Perigosas
Norma Regulamentadora Nº 17 - Ergonomia
Norma Regulamentadora Nº 17 Anexo I - Trabalho dos Operadores de Checkouts -
Norma Regulamentadora Nº 17 Anexo II - Trabalho em Teleatendimento / Telemarketing
Norma Regulamentadora Nº 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Ind Construção
Norma Regulamentadora Nº 19 - Explosivos
Norma Regulamentadora Nº 20 - Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e
Combustíveis.
Norma Regulamentadora Nº 21 - Trabalho a Céu Aberto
Norma Regulamentadora Nº 22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração
Norma Regulamentadora Nº 23 - Proteção Contra Incêndios
Norma Regulamentadora Nº 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho
Norma Regulamentadora Nº 25 - Resíduos Industriais
Norma Regulamentadora Nº 26 - Sinalização de Segurança
Norma Regulamentadora Nº 27 - Revogada pela Portaria GM- Fiscalização e Penalidades
Norma Regulamentadora Nº 29 - Segurança e Saúde no Trabalho Portuário
Norma Regulamentadora Nº 30 - Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário
Norma Regulamentadora Nº 30 - Anexo I - Pesca Comercial e Industrial-
Norma Regulamentadora Nº 30 - Anexo II - Plataformas e Instalações de Apoio -
Norma Regulamentadora Nº 31 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho
na Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura
Norma Regulamentadora Nº 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Est de Saúde
Norma Regulamentadora Nº 33 - Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados
Norma Regulamentadora Nº 34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção e Reparação Naval.
Norma Regulamentadora Nº 35 - Trabalho em Altura.
Norma Regulamentadora n.º 36 -Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e
Processamento de Carnes e Derivados.

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A LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA

A principal composição das leis Previdenciária é formada pelas Leis 8.212/91 e


8.213/91; as Instruções Normativas do INSS e os Decretos, completadas com outros
dispositivos legais que regulamentam todas as atividades, financiamentos e benefícios
da Previdência Social Brasileira.

A Lei 8.212/91 normatiza as fontes de arrecadação da previdência

A Lei 8.213/91 normatiza os benefícios da Previdência em favor dos


trabalhadores assegurados.

LEI 8.213/91 – CONCEITO DE ACIDENTE E DOENÇA DO TRABALHO

Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a


serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII
do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a
morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o
trabalho.

§ 1º A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e


individuais de proteção e segurança da saúde do trabalhador.

§ 2º Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de


cumprir as normas de segurança e higiene do trabalho.

§ 3º É dever da empresa prestar informações pormenorizadas sobre os riscos da


operação a executar e do produto a manipular.

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§ 4º O Ministério do Trabalho e da Previdência Social fiscalizará e os sindicatos e


entidades representativas de classe acompanharão o fiel cumprimento do disposto
nos parágrafos anteriores, conforme dispuser o Regulamento.

Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as


seguintes entidades mórbidas:

I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo


exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva
relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social;

II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em


função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione
diretamente, constante da relação mencionada no inciso I.

§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho:

a) a doença degenerativa;

b) a inerente a grupo etário;

c) a que não produza incapacidade laborativa;

d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela


se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato
direto determinado pela natureza do trabalho.

§ 2º Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na relação


prevista nos incisos I e II deste artigo resultou das condições especiais em que o
trabalho é executado e com ele se relaciona diretamente, a Previdência Social deve
considerá-la acidente do trabalho.

Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:

I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja
contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua
capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a
sua recuperação;

II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em


conseqüência de:

a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou


companheiro de trabalho;

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b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa


relacionada ao trabalho;

c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de


companheiro de trabalho;

d) ato de pessoa privada do uso da razão;

e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de


força maior;

III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no


exercício de sua atividade;

IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de


trabalho:

a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da


empresa;

b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar


prejuízo ou proporcionar proveito;

c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por


esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra,
independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de
propriedade do segurado;

d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela,


qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do
segurado.

§ 1º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da


satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o
empregado é considerado no exercício do trabalho.

§ 2º Não é considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho a


lesão que, resultante de acidente de outra origem, se associe ou se superponha às
conseqüências do anterior.

Art. 21-A. A perícia médica do INSS considerará caracterizada a natureza


acidentária da incapacidade quando constatar ocorrência de nexo técnico
epidemiológico entre o trabalho e o agravo, decorrente da relação entre a atividade
da empresa e a entidade mórbida motivadora da incapacidade elencada na
Classificação Internacional de Doenças - CID, em conformidade com o que dispuser o
regulamento.

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CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO

§ 1o A perícia médica do INSS deixará de aplicar o disposto neste artigo quando


demonstrada a inexistência do nexo de que trata o caput deste artigo

§ 2o A empresa poderá requerer a não aplicação do nexo técnico


epidemiológico, de cuja decisão caberá recurso com efeito suspensivo, da empresa
ou do segurado, ao Conselho de Recursos da Previdência Social

Art. 22. A empresa deverá comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social


até o 1º (primeiro) dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de
imediato, à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo
e o limite máximo do salário-de-contribuição, sucessivamente aumentada nas
reincidências, aplicada e cobrada pela Previdência Social.

§ 1º Da comunicação a que se refere este artigo receberão cópia fiel o


acidentado ou seus dependentes, bem como o sindicato a que corresponda a sua
categoria.

§ 2º Na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o


próprio acidentado, seus dependentes, a entidade sindical competente, o médico
que o assistiu ou qualquer autoridade pública, não prevalecendo nestes casos o prazo
previsto neste artigo.

§ 3º A comunicação a que se refere o § 2º não exime a empresa de


responsabilidade pela falta do cumprimento do disposto neste artigo.

§ 4º Os sindicatos e entidades representativas de classe poderão acompanhar a


cobrança, pela Previdência Social, das multas previstas neste artigo.

§ 5o A multa de que trata este artigo não se aplica na hipótese do caput do art.
21-A. (Incluído pela Lei nº 11.430, de 2006)

Art. 23. Considera-se como dia do acidente, no caso de doença profissional ou


do trabalho, a data do início da incapacidade laborativa para o exercício da
atividade habitual, ou o dia da segregação compulsória, ou o dia em que for
realizado o diagnóstico, valendo para este efeito o que ocorrer primeiro.

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CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO

O ACIDENTE DO TRABALHO

No Brasil – Estatísticas

FONTE: Anuário Estatístico da Revista Proteção

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CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO

PARTES DO CORPO MAIS ATINGIDAS

FONTE: Anuário Estatístico da Revista Proteção

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CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO

As Conseqüências dos Acidentes do Trabalho

Para o Trabalhador

É a principal vítima, sofre com as dores e as


demais conseqüências do acidente, afeta a auto
estima, reduz a capacidade laboral

Para a família do
acidentado
A família sofre as conseqüências diretamente com
o acidente do trabalhador, na falta do pai, na
diminuição da capacidade financeira, dos gastos
e das preocupações com o acidentado

Para a Empresa O Acidente afeta o sistema de produção, causa


gastos com treinamento de substitutos, gastos nos
acidentes com máquinas; indenizações pelo
passivo trabalhista causado pelo acidente

Para a Sociedade A sociedade sofre as conseqüências com os


acidentes do trabalho sustentando as vítimas no
sistema SUS, gerando gastos volumosos com
seguros de acidentes do trabalho e pagamentos
de salários e aposentadorias para os acidentados

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CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO

A CIPA - Conceito

C
I
P
A

21
CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO

FLUXOGRAMA DE FUNCIONAMENTO DA CIPA

OBSERVA ATOS INSEGUROS


CIPA CONDIÇÕES INSEGURAS

RELATA DIRETORIA
CIPA SEESMT

ENCARREGADO

MEIOS DE VERBAL
COMUNICAÇÃO INTERNA
COMUNICAÇÃO
ESCRITO
ATA DA CIPA

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CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO

COMPOSIÇÃO DA CIPA DA EMPRESA

Preencher os Quadros

REPRESENTANTES REPRESENTANTES

MEMBROS EMPRESA EMPREGADOS

TITULARES

SUPLENTES

PRESIDENTE DA
CIPA

VICE
PRESIDENTE DA
CIPA

SECRETÁRIO(A)

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ELEIÇÕES DA CIPA

ATO ELEITORAL ITEM NR QUANDO FAZER

Convocação das Eleições pelo 60 dias antes do término


empregador do mandato em curso
5.38

Constituição da Comissão Eleitoral 55 dias antes do término


do mandato em curso
5.39

Publicação e Divulgação do Edital 5.40 “a” 45 dias antes do final do


mandato em curso

Realização da Eleição 5.40 “e” 30 dias antes do final do


mandato em curso

Treinamento dos novos membros Antes da posse

Posse No último dia do mandato


anterior

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DO PROCESSO ELEITORAL

5.38 Compete ao empregador convocar eleições para escolha dos representantes dos
empregados na CIPA, no prazo mínimo de 60 (sessenta) dias antes do término do mandato em curso.

5.38.1 A empresa estabelecerá mecanismos para comunicar o início do processo eleitoral ao


sindicato da categoria profissional.

5.39 O Presidente e o Vice Presidente da CIPA constituirão dentre seus membros, no prazo
mínimo de 55 (cinqüenta e cinco) dias antes do término do mandato em curso, a Comissão Eleitoral –
CE, que será a responsável pela organização e acompanhamento do processo eleitoral.

5.39.1 Nos estabelecimentos onde não houver CIPA, a Comissão Eleitoral será constituída pela
empresa.

5.40 O processo eleitoral observará as seguintes condições:

a) publicação e divulgação de edital, em locais de fácil acesso e visualização, no prazo


mínimo de 45 (quarenta e cinco) dias antes do término do mandato em curso;

b) inscrição e eleição individual, sendo que o período mínimo para inscrição será de
quinze dias;

c) liberdade de inscrição para todos os empregados do estabelecimento,


independentemente de setores ou locais de trabalho, com fornecimento de
comprovante;

d) garantia de emprego para todos os inscritos até a eleição;

e) realização da eleição no prazo mínimo de 30 (trinta) dias antes do término do


mandato da CIPA, quando houver;

f) realização de eleição em dia normal de trabalho, respeitando os horários de turnos e


em horário que possibilite a participação da maioria dos empregados.

g) voto secreto;

h) apuração dos votos, em horário normal de trabalho, com acompanhamento de


representante do empregador e dos empregados, em número a ser definido pela
comissão eleitoral;

i) faculdade de eleição por meios eletrônicos;

j) guarda, pelo empregador, de todos os documentos relativos à eleição, por um período


mínimo de cinco anos.

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CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO

DAS ATRIBUIÇÕES DA CIPA

5.16 A CIPA terá por atribuição:

a) identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a


participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde
houver;

b) elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de


problemas de segurança e saúde no trabalho;

c) participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de


prevenção necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais
de trabalho;

d) realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho


visando a identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e
saúde dos trabalhadores;

e) realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu


plano de trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas;

f) divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho;

g) participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo


empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de
trabalho relacionados à segurança e saúde dos Trabalhadores;

h) requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de máquina


ou setor onde considere haver risco grave e iminente à segurança e saúde dos
trabalhadores;

i) colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros


programas relacionados à segurança e saúde no trabalho;

j) divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como


cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e
saúde no trabalho; 3

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CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO

l) participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador, da


análise das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de
solução dos problemas identificados;

m) requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que tenham


interferido na segurança e saúde dos trabalhadores;

n) requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas;

o) promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana Interna


de Prevenção de Acidentes do Trabalho – SIPAT;

p) participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de


Prevenção da AIDS.

REUNIÃO DA CIPA – ATA DE REUNIÕES

A NR-05 no seu item 5.23 estabelece que a Comissão deve reunir-se


mensalmente de acordo com um calendário anual pré estabelecido. Essas
Reuniões ordinárias – resultantes de uma ordem cronológica e pré estabelecida
– deverão ser realizadas durante o horário de expediente normal da empresa
em local apropriado.

Nas Reuniões da CIPA devem participar, obrigatoriamente os membros


titulares, representantes dos empregados e dos empregadores.

O horário de início da reunião e o local devem estar estabelecidos no


calendário anual e o seu tempo de duração será de acordo com as
necessidades das discussões dos temas relacionados na ordem do dia.

Os assuntos abordados devem unicamente se relacionar com os assuntos


de prevenção de acidentes e doenças do trabalho; observações dos
comportamentos inadequados e condições de insegurança nos locais de
trabalho devem ser relatados e debatidos entre os membros da comissão.

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CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO

Das observações realizadas pelos membros da Comissão, trazidas para


discussão em reunião, deverá haver uma proposta de prevenção.

Na reunião a Comissão deve também analisar e investigar os acidentes


ocorridos com a emissão de recomendações prevencionistas à empresa, aos
encarregados dos setores, ao SEESMT e a todos os empregados.

Todos os assuntos debatidos em reunião, das recomendações e


observações feitas pela comissão, deve ser lavrada uma ata, um registro por
escrito, assinada por todos os membros, devendo ser arquivado, em papel ou
meio eletrônico, ficando a disposição do empregador, dos empregados e das
autoridades.

A comissão deverá reunir-se em caráter extraordinário em caso de


denúncia de grave riscos; na ocorrência de acidente grave ou quando houver
solicitação da empresa ou uma das partes representantes.

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CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO

SIPAT
A realização da SIPAT – Semana Interna de Prevenção de
Acidentes é uma das atribuições da CIPA e deve ser
realizada anualmente, em conjunto com o SEESMT, quando
houver e atingir o maior número possível de funcionários
através dos eventos programados naquela semana.

NR-05 – Item 5.16

o) promover, anualmente, em conjunto


com o SESMT, onde houver, a Semana
Interna de Prevenção de Acidentes do
Trabalho – SIPAT;

A NR-05 não estabelece nenhuma forma de realização da SIPAT, ficando a


critério da Comissão os eventos e formas de abordagem dos assuntos programados.

Na realização da SIPAT devem ser abordados todos os assuntos de prevenção


de Saúde e Segurança do Trabalho através:

- Palestras

- Filmes

- Debates

- Campanhas Internas

- Concursos

Para a realização dos eventos, a Comissão pode convidar profissionais de todas


as áreas prevencionistas: Médicos, Engenheiros, Técnicos de Segurança, Tecnólogos,
Fisioterapeutas, Bombeiros e tantos outros para a explanação das diversas formas de
prevenção de acidentes e doenças no trabalho.

Previamente a direção da empresa deve ser comunicada da realização da


SIPAT e os eventos relacionados, ficando a empresa obrigada a permitir a
participação dos eventos programados naquela semana de prevenção.

Todos os eventos da SIPAT devem ser relacionados na ATA de Reunião da CIPA


no mês subseqüente.

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CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO

O SEESMT

Dependendo do Grau de Risco da atividade da empresa e o n° de


empregados, fica obrigada a constituir um SEESMT – SERVIÇOS ESPECIALIZADOS
EM ENGENHARIA E SEGURANÇA DO TRABALHO conforme determina a NR 04.

4.1 As empresas privadas e públicas, os órgãos públicos da administração direta e indireta e dos
poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis
do Trabalho - CLT, manterão, obrigatoriamente, Serviços Especializados em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho, com a finalidade de promover a saúde e proteger a
integridade do trabalhador no local de trabalho. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de
outubro de 1983)

4.2 O dimensionamento dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em


Medicina do Trabalho vincula-se à gradação do risco da atividade principal e ao número total de
empregados do estabelecimento, constantes dos Quadros I e II, anexos, observadas as exceções
previstas nesta NR.

Os profissionais que compõe o SEESMT são:

- TÉCNICOS EM SEGURANÇA DO TRABALHO

- MÉDICO DO TRABALHO

- ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO

- ENFERMEIRO DO TRABALHO

- AUXILIAR DE ENFERMAGEM DO TRABALHO

Cada um desses profissionais tem a sua atribuição definida de acordo com a


sua profissão nos termos na NR-04

Dependendo o grau de risco da empresa e do número de empregados, deverá


ser contratado um ou mais de um dos profissionais acima relacionados

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CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO

O ACIDENTE DO TRABALHO
Exercício. Conceito de Acidentes do Trabalho

1. MANOCRÉU, no horário do almoço jogando futebol no campo [ ] SIM [ ] NÃO


da empresa quebrou a perna e deve ficar afastado por trinta
dias

2. ANTONIO BELO, que reside no Sitio Cercado, trabalha na CIC, [ ] SIM [ ] NÃO
ao final do expediente, indo para casa, acidentou-se na Santa
Cândida.

[ ] SIM [ ] NÃO
3. PEDRINO PACO acidentou-se no banheiro depois de meia
hora em que estava “matando o tempo” lendo uma
revistinha.

4. GEREMUNDA, durante o expediente, brigou com sua colega [ ] SIM [ ] NÃO


IRMANACILDA disputando as graças do colega MANOCRÉU.
IRMACILDA teve o braço quebrado e deve ficar afastada
trinta dias.

5. ESTUDANILDO DA SILVA, mora no Bairro Alto e estuda no [ ] SIM [ ] NÃO


centro da cidade. Voltando da aula as 23h00min acidentou-se
e deve ser afastado.

6. PREGONILDO dos Santos, durante o expediente fincou um [ ] SIM [ ] NÃO


prego no pé. Não tomou a injeção recomendada, teve tétano
e perdeu o pé.

7. VIAJANDINO DA SILVA viajou a serviço da empresa. Durante [ ] SIM [ ] NÃO


a noite foi visitar algumas casas noturnas e sofreu um
acidente.

8. GASTRÔNCIO das Neves, passeando em frente da empresa no [ ] SIM [ ] NÃO


domingo percebeu um incêndio. Entrou para ajudar a apagar
o fogo e se acidentou.
9. GASTORINA de Souza comeu a maionese estragada que [ ] SIM [ ] NÃO
serviram no almoço e teve um grave problema intestinal, foi
internada e deve ficar afastada por vinte dias

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CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO

CONCEITO LEGAL DE ACIDENTE DO TRABALHO

Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da
empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11
desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou
a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho

EXERCÍCIO DO
TRABALHO
ACIDENTES

DO TRABALHO SERVIÇO DA
EMPRESA

LESÃO CORPORAL

PROVOCANDO
PERTURBAÇÃO
FUNCIONAL

MORTE

CAUSANDO
PERDA DA
CAPACIDADE PARA
TRABALHO

TEMPORÁRIA

DEFINITIVA 32
CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO

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CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO

DOENÇA DO TRABALHO

Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as


seguintes entidades mórbidas:

I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada


pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da
respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência
Social;

II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada


em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se
relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I.

§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho:

a) a doença degenerativa;

b) a inerente a grupo etário;

c) a que não produza incapacidade laborativa;

d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em


que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou
contato direto determinado pela natureza do trabalho.

§ 2º Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na


relação prevista nos incisos I e II deste artigo resultou das condições especiais
em que o trabalho é executado e com ele se relaciona diretamente, a
Previdência Social deve considerá-la acidente do trabalho.

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CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO

CAUSA DOS ACIDENTES DO TRABALHO

ATO INSEGURO: Comportamento inadequado do trabalhador que causa um


acidente. Também denominado de “falha humana” ou “comportamento
inadequado” pode ser causado por três principais razões:

IMPERÍCIA: Falta de conhecimento técnico ou prático na função ou


tarefa desenvolvida.

Exemplo: Empregado designado para executar um trabalho em


altura sem treinamento.

IMPRUDENCIA: Desrespeito a uma determinada norma de segurança que


causa o acidente.

Exemplo: Empregado que não utilizada o EPI recomendado

NEGLIGÊNCIA: Deixar de observar situações de potencial perigo que


pode causar um acidente.

Exemplo: Abandonar uma empilhadeira sem os freios acionados


em local de declive.

FATORES CAUSADORES DOS ATOS/COMPORTAMENTOS INSEGUROS

a) Problemas Sociológicos: Os problemas de ordens sociais, financeiros e


de relacionamento com família, parentes, vizinhanças, colegas de
trabalho, etc., é próprio do ser humano. Esses problemas afetam o
trabalhador na concentração de suas atividades, na profissão ou no
exercício da sua atividade laboral. A falta de atenção é grande
causador de Acidentes no Trabalho

b) Falta de Treinamento – Reconhecimento dos Riscos: A Legislação


prevencionista, a NR-01, obriga o empregador a treinar e orientar o
empregado dos riscos inerentes a sua atividade. A falta de
treinamento ou de esclarecimento dos riscos ocupacionais também
são grandes causadoras de acidentes no trabalho.

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CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO

c) Problemas de Saúde: Exercer as atividades laborais com algum


sintoma de doença, tais como febre, dor de cabeça, resfriados ou
outros sintomas, pode ocasionar acidentes no trabalho.

d) Gerenciamento Inadequado: O gerenciamento inadequado,


cobrança excessiva de produção, supervisão rígida ou tratamento
áspero podem causar acidentes do trabalho

CONDIÇÃO INSEGURA: Todas as condições perigosas presentes no ambiente de


trabalho que podem causar um acidente do trabalho.

MÁQUINAS PERIGOSAS

EQUIPAMENTOS PERIGOSOS

FERRAMENTAS COM DEFEITOS

PROCESSO DE PRODUÇÃO PERIGOSO

PISO ESBURACADO

ESCADAS COM DEFEITOS

ELETRICIDADE

INCÊNDIO

MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS

MOVIMENTAÇÃO DE VEÍCULOS

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CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO

EXERCÍCIO
PRÁTICO

MEMBROS DA CIPA

Analise com calma e olhar crítico o desenho na página seguinte, veja todos os
atos praticados pelos empregados e as condições existentes no local de
trabalho:

Agora você vai marcar, fazendo uma anotação simples dos:

ATOS INSEGUROS – marque com as letras AT


CONDIÇÕES DE INSEGURANÇA marque com as letras CI

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CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO

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CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO

BENEFÍCIOS DA PREVIDÊNCIA
Dentre os vários benefícios da Previdência Social destinado ao
trabalhador contribuinte, destacam-se dois:

1. SEGURO CONTRA ACIDENTES DO TRABALHO

Todos os trabalhadores têm o direito ao SEGURO CONTRA


ACIDENTES DO TRABALHO – SAT – em caso de sofre um Acidente do
Trabalho ou ficar doente em decorrência de uma doença do trabalho.

As empresas recolhem ao INSS, para pagamento do SAT – Seguro contra


Acidentes do Trabalho, valores correspondente a 1%, 2%, 3% e 4% sobre
os salários dos trabalhadores, dependendo do grau de riscos da
atividade da empresa que trabalham, para garantir ao trabalhador o
recebimento do seu salário, quase que integral, em caso de acidente ou
doença do trabalho.

2. AUXILIO DOENÇA

O Auxilio Doença é um dos mais importantes benefícios


concedidos pela Previdência Social em caso de afastamento do
trabalho motivado por acidentes ou doenças que não sejam
consideradas do trabalho, conforme exposto acima.

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CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO

Dos Salários pagos no afastamento

A diferença de maior importância no recebimento desses benefícios são


os valores pagos pela previdência social.

Quando um trabalhador é afastado por acidente ou doença,


independente do fato haver ocorrido dentro ou fora da empresa, o
Salário dos primeiros quinze dias de afastamento é pago pela empresa.

Do décimo sexto dia em diante o salário é pago pela Previdência Social.

No benefício do Seguro Acidente Trabalho os valores pagos pela


previdência aproximam-se do salário real recebido pelo empregado.

No benefício do Auxilio Doença os valores são calculados em um


percentual calculado sobre a média dos salários dos últimos anos, o que
representa, ao final, benefícios com valores muito abaixo dos salários
recebidos na empresa.

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CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO

RISCOS AMBIENTAIS
FÍSICOS QUIMICOS BIOLÓGICOS ACIDENTES ERGONÔMICOS

RUÍDO – acima de 85 Db PRODUTOS QUÍMICOS - VIRUS MAQUINAS PERIGOSAS POSTURAS INADEQUDAS


FRIO SÓLIDOS - EQUIPAMENTOS MOVIMENTOS REPETITIVOS
CALOR LIQUIDOS - FUNGOS FERRAMENTAS ARRANJO ESFORÇOS FISICOS STRESS
UMIDADE GASOSOS BACTÉRIAS FÍSICO ELETRICIDADE TRABALHO EM TURNO
VIBRAÇÕES POEIRA INCENDIO TRABALHO NOTURNO
RADIAÇÕES NÃO IÔNICAS NÉVOAS
RADIAÇÕES IONIZANTES NEBLINAS

DOENÇAS CAUSADAS

SURDEZ
PROBLEMAS RESPIRATÓRIOS
CEGUEIRA DOENÇAS INTOXICAÇÕES CÂNCER CONTAMINAÇÃO POR ACIDENTE COM PÉS – D.O.R.T.
PROBLEMAS DE PELE AGENTES INFECTO MÃOS - CABEÇA - OLHOS
CIRCULATÓRIAS
CONTAGIOSOS

EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

PROTETOR AURICULAR PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA PROTETOR RESPIRATÓRIO CAPACETE - CALÇADO


PROTETOR FACIAL ROUPAS LUVAS ROUPAS PROTETOR FACIAL LUVAS LUVAS - ÓCULOS AVENTAL
ESPECIAIS ESPECIAIS ROUPAS ESPECIAIS CINTO SEGURANÇA

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CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO

1. OS RISCOS FÍSICOS

RUÍDOS Entende-se por ruído um barulho ou som indesejável


freqüentemente produzido por máquinas, equipamentos ou processos,
cujos efeitos no organismo são:

- Distúrbios gastrointestinais

- Irritabilidade

- Vertigens

- Nervosismo

- Aceleração de pulso

- Elevação de pressão arterial

VIBRAÇÕES

São oscilações, balanços, tremores, movimentos vibratórios e


trepidações produzidas por máquinas e equipamentos motorizados
quando em funcionamento.

Caso a exposição seja por tempo prolongado as vibrações podem


produzir danos físicos ao organismo, tais como:

- Alterações musculares e ósseas

- Problemas Nervosos

- Patologias ortopédicas

- Problemas em articulações

- Distúrbios na articulação motora

- Enjôo e náuseas

- Diminuição do tato
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CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO

CALOR

Os trabalhadores expostos a trabalhos com calor podem apresentar


problemas como insolação, câimbras e problemas com o cristalino do
glóbulo ocular devido à exposição excessiva ao calor

FRIO

Efeitos do frio: Os casos que se destacam pela ação do frio, mais


comuns são: Queimaduras, gripes, inflamações das amígdalas, resfriados,
algumas alergias, congelamento dos pés e mãos e problemas
circulatórios.

PRESSÕES ANORMAIS

Entre as atividades que expõe o Homem à condição de pressão


superior a uma atm (1 Kg/cm2).

Os riscos à saúde são:

- Barotrauma - Incapacidade de equilíbrio de


pressões interna e externa.

- Embolia Gasosa - Consequência de rápida subida


à tona

- Intoxicação por dióxido de carbono

RADIAÇÕES

1 NÃO IONIZANTE

Apresenta importância visto que seus efeitos sobre a saúde podem


implicar em lesões e doenças. Esta radiação é do tipo eletromagnética e
apresenta-se na forma de raios infravermelhos, ultravioletas , microondas
e laser

São observadas nos trabalhos em siderurgia, fusão de metais,


processos de solda, caldeiras, fornalhas, fornos, etc.

Produzem alterações na pele e olhos, conjuntivite, cataratas, lesões


na retina.
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CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO

2 IONIZANTES

São do tipo alfa, beta, gama, raios x e não podem ser


detectadas pelo ser humano, mesmo quando atravessam seu corpo. A
exposição a essas radiações pode resultar em: queda de cabelos, lesões
na córnea e cristalina, perda de imunidade biológica, câncer e até
mutações genéticas em longo prazo, com efeitos em gerações futuras.

Podem ser encontrados em clínicas de radiologias, hospitais,


consultórios odontológicos, na indústria e em laboratórios de pesquisas.

UMIDADE

Os trabalhadores expostos à umidade são aqueles que exercem suas


atividades em locais alagados, encharcados ou com umidade excessiva.

Nessa situação, pode ocorrer estagnação do sangue produzindo


diminuição da oxigenação dos tecidos e paralisação dos pés e pernas,
acompanhados de fortes dores. Podem também ocorrer gripes,
resfriados, bronquites, reumatismo e pneumonias.

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CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO

2 OS RISCOS QUÍMICOS

São agentes ambientais em potencial de doenças profissionais devido


à sua ação sobre o organismo humano.

Grande parte dessas substâncias possui características tóxicas e


constituem uma ameaça à saúde do trabalhador e podem ser encontradas
sob estados físicos da matéria : sólido, líquido e gasoso

POEIRA

São partículas sólidas em suspensão no ar, originadas de operações


tais como:

- esmerilhamento - trituração - lixamento

- impacto

- em outros processos ou manejo de variedade de materiais tais como:

- metais, madeira, grãos, minerais e outros

NEBLINA

São partículas finas suspensas no ar, produzidas pela condensação de


vapores.

Ex.: Todas as neblinas de ácidos (clorídricos, nítricos, crômicos,


fluorídrico, sulfurico, etc.) afetam seriamente a saúde ,
principalmente o sistema respiratório.

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CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO

FUMOS

São partículas sólidas suspensas no ar, geradas pelo processo de


condensação de vapores metálicos, produzidos pela sublimação
(passagem direta do sólido para o gasoso) de um metal. Geralmente é
produto da reação de vapores metálicos com o oxigênio do ar. Os fumos
são produzidos em operações como : Fundição, corte de metais com
oxigênio, desbaste de esmeril e solda.

Os principais metais que apresentam risco para a saúde são:


Antimônio, arsênio, manganês, mercúrio ,selênio, telúrio, tálio, urânio,
cobre, berílio, cádmio, cromo, cobalto, ferro, chumbo e outros.

O chumbo é contaminante de grande toxidade. Os sintomas


aparecem no corpo somente após a acumulação de uma quantidade
expressiva. Pode-se passar meses para que níveis tóxicos de chumbo
desenvolvam-se no organismo, porém os sintomas de envenenamento
podem surgir da noite para o dia.

Os fumos metálicos do zinco e seus óxidos se inalados podem


provocar uma enfermidade chamada febre de fumo metálico; os
sintomas geralmente desaparecem dentro de um dia.

Os fumos metálicos de magnésio, cobre e de outros elementos


também, podem provocar a mesma síndrome.

As fontes de zinco são, principalmente, a solda e o corte de latão,


zinco ou outros metais galvanizados e a limpeza abrasiva de superfícies
galvanizadas.

FUMAÇA

São partículas combinadas com gases que se originam das


combustões incompletas de materiais orgânicos podendo ser sólidas ou
líquidas.

Ex.: queima de madeiras - carvão - produtos derivados de petróleo


líquidos inflamáveis, vegetais, etc.

As fumaças contêm gases, gotículas e partículas secas.


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CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO

GASES

São substâncias que em condições normais de temperatura e


pressão estão no estado gasoso.

Ex: hidrogênio, nitrogênio, ar, argônio, acetileno, dióxido de carbono,


monóxido de carbono, dióxido de enxofre, GLP, amônia, etc.

É importante conhecer as características particulares dos gases a


serem manipulados, a fim de evitar danos à saúde. Podem ser corrosivos,
tóxicos, asfixiantes

VAPORES

É a fase gasosa de uma substância que normalmente é sólida ou


líquida em condições normais de temperatura e pressão.

Pode-se encontrar concentrações de vapores quando se


empregam solventes orgânicos, diluentes de tintas, agentes de limpeza,
alcool, xileno, tetracloreto de carbono, benzeno, tolueno, cloreto de
etila, gasolina, etc.

PRODUTOS QUÍMICOS DIVERSOS

Podem englobar qualquer uma das formas de agentes químicos


apresentadas anteriormente, bem como, os produtos usados diariamente
nas empresas.

Ex.: Soda cáustica, ácido clorídrico, ácido sulfúrico,


carbonatos de sódio e cálcio e uma infinidade de produtos sob
as mais diversas marcas comerciais.

OS PRODUTOS QUÍMICOS PODEM SER:

IRRITANTES: Aqueles que devido a uma ação química ou corrosiva


tenham a propriedade de produzir inflamação nos tecidos

ASFIXIANTES: Estas substâncias tem a capacidade de deslocar o


oxigênio do ambiente. Provocam asfixia.

ANESTÉSICOS: Apresentam efeitos anestésico no sistema nervoso


central
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CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO

3. RISCOS BIOLÓGICOS
São caracterizados pela presença de
microorganismos invisíveis a olho nu, presentes
no ambiente de trabalho capazes de causar
doenças, deteriorização de produtos
alimentícios, de madeiras, de couros, mau
cheiro, interrupção de processos industriais,
etc. Por apresentarem muita facilidade de
reproduzir-se, além de contar com diversos
mecanismos para transmissão ou
contaminação das pessoas, ambientes ou
animais

Classificam-se em:

 PROTOZOÁRIOS: Causam doenças como a desinteria


amebiana e giardíase

 FUNGOS: Causam mofos e bolores, deterioram alimentos,


podem produzir toxinas no homem, além de causar micoses.

 BACTÉRIAS: Causam pneumonia, infecções alimentares, cólera,


leptosporiose e toxiplasmose

 BACILOS: São bactérias em formas de bastonetes que causam,


por exemplo, a tuberculose.

 VIRUS :Causam no homem doenças como a gipe, hepatite,


herpes (genital e labial), hidrofobias, AIDS, etc.

Estão sujeitos aos agentes biológicos os trabalhadores de hospitais,


laboratórios. cortumes, tratamento de água e esgoto, açougue,
Frigoríficos, coleta de lixo, etc.

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CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO

4. RISCOS DE ACIDENTES

Caracterizam-se pela presença e ou contato do


homem com máquinas, objetos cortantes,
escoriantes, abrasivos e perfurantes, explosivos,
inflamáveis, choques elétricos e outros capazes de
causar danos físicos à saúde do trabalhador.

ARRANJO FÍSICO INADEQUADO: Disposição irracional de máquinas e


equipamentos e processos do ambiente de trabalho.

MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS: Sem proteção, defeituosas e sem


sinalização

FERRAMENTAS: Inadequadas, perigosas, defeituosas, impróprias.

ELETRICIDADE: Contato com linha viva, falta de aterramento e


improvisações

SINALIZAÇÃO: Ausência de indicação de riscos.

PROBABILIDADE DE INCÊNDIO E EXPLOSÃO: Risco com produtos


inflamáveis, armazenagem, sobrecarga elétrica, etc.

TRANSPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS: Batida contra, Batida por,


choque contra, queda de objetos, esmagamento, etc.

EDIFICAÇÕES: Pisos inadequados, canaletas, rampas, escadas impróprias


ausência de espaço físico.

ILUMINAÇÃO: A determinação de iluminação necessária a um ambiente


de trabalho tem por finalidade adequar os níveis de iluminamento às
atividades desenvolvidas. Como o homem necessita de boa iluminação
para perceber pequenos objetos e detalhes, o ambiente de trabalho
deve proporcionar uma iluminação adequada às características
individuais e da atividade.

O importante é que cada atividade tenha um nível de iluminamento adequado


às características do posto de trabalho.

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CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO

5 RISCOS ERGONÔMICOS

O estudo dos agentes ergonômicos


visa estabelecer parâmetros que permitam a
adaptação das condições de trabalho às
características psicofisiológicas dos
trabalhadores, de modo a proporcionar o
máximo de conforto, segurança e
desempenho.

As condições de trabalho relacionados com ergonomia, incluem


aspectos ligados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao
mobiliário, aos equipamentos e às condições de postos de trabalho e a
própria organização do trabalho.

Na avaliação dos agentes ergonômicos, a preocupação deve ser com


as pessoas do ambiente de trabalho para atender às relações complexas
entre trabalhadores, máquinas, demandas e métodos de trabalho.

Todo o trabalho, independente de sua natureza, produz uma tensão


tanto física como mental no indivíduo que a executa. Enquanto essas
tensões forem mantidas dentro de limites razoáveis, o desempenho do
trabalhador será satisfatório e a sua saúde e bem-estar serão mantidos. Caso
as tensões sejam excessivas, haverá resultados não desejados manifestados
em forma de erros e acidentes, causando lesões, danos à saúde, danos
materiais e afetando a qualidade dos serviços.

O objetivo final de um estudo ergonômico, deve ser o de projetar


instalações de fábricas, escritórios, móveis , ferramentas, equipamentos e
procedimentos de trabalho de forma que sejam compatíveis com as
dimensões, capacidades, limitações e expectativas do ser humano.

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RISCOS ERGONÔMICOS

Esforço físico intenso.

Levantamento e transporte manual de pesos

Exigência de posturas inadequadas

Controle rígido de produtividade

Imposição de ritmos excessivos

Trabalho em turno e noturno

Jornada de trabalho prolongada

Monotonia e repetitividade

Outras situações causadoras de stress físico e psicológico

EFEITOS DOS RISCOS ERGONÔMICOS

- Dores nas articulações - Dores nas costas - Dores de Cabeça

- Problemas circulatórios - Ardência dos olhos - Nervosismo

- Problemas nos tendões - Queda nos níveis de qualidade,


produtividade e segurança.

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INSALUBRIDADE – NR-15

São consideradas atividades ou operações insalubres aquelas


desenvolvidas em algumas situações onde os riscos ocupacionais estão acima
do LIMITE DE TOLERÃNCIA definida na lei.

Exemplos:

RISCOS FÍSICOS

Ruído Acima de 85 dB

Calor – Acima do limite e Definido por Laudo Técnico

Frio – Em condições estabelecidas por Laudo Técnico

RISCOS BIOLÓGICOS

Nas atividades exposição a doenças e doentes infecto


contagiosas; na manipulação de lixo e esgoto urbano e
outras situações de exposição demonstrada em Laudo
Técnico

RISCOS QUÍMICOS

Na exposição ou manipulação de algum produto químico


relacionado na nos anexos 11 e 12 da NR15 comprovados
através de Laudo Técnico

PERICULOSIDADE – NR 16

TRANSPORTE DE COMBUSTÍVEIS

EXPLOSIVOS

ELETRICIDADE

VIGILÂNCIA PATRIMONIAL

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E.P.I.
NR-06

Direitos e Deveres

6.1 Para os fins de aplicação desta Norma Regulamentadora - NR,


considera-se Equipamento de Proteção Individual - EPI, todo dispositivo ou
produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de
riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

6.3 A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI


adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas
seguintes circunstâncias:

a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa


proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais
e do trabalho;

b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo


implantadas; e,

c) para atender a situações de emergência.

6.5 Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e


em Medicina do Trabalho – SESMT, ouvida a Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes - CIPA e trabalhadores usuários, recomendar ao empregador o EPI
adequado ao risco existente em determinada atividade. (Alterado pela Portaria
SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)

1.6.1 Cabe ao empregador quanto ao EPI:

a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;


b) exigir seu uso;
c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional
competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;
d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e
conservação;

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e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;


f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,
g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.
h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados
livros, fichas ou sistema eletrônico.
(Inserida pela Portaria SIT n.º 107, de 25 de agosto de 2009)

1.7 Responsabilidades do trabalhador.

6.7.1 Cabe ao empregado quanto ao EPI:


a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;
b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;
c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio
para uso; e,
d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

6.9 Certificado de Aprovação - CA

6.9.1 Para fins de comercialização o CA concedido aos EPI terá validade:


(Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)
a) de 5 (cinco) anos, para aqueles equipamentos com laudos de ensaio
que não tenham sua conformidade avaliada no
âmbito do SINMETRO;
b) do prazo vinculado à avaliação da conformidade no âmbito do
SINMETRO, quando for o caso.

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FICHA DE ENTREGA DE EPIs

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OS E.P.Is E A PARTE DO CORPO PROTEGIDA

CABEÇA

FACE

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OLHOS

OUVIDOS

RESPIRAÇÃO

CINTOS DE
SEGURANÇA

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LUVAS

PÉS

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TRONCO

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INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE DE ACIDENTES

A Análise e Investigação de acidentes ou doenças do trabalho é


uma atividade obrigatória da CIPA em conjunto com o SESMT da
empresa, quando houver.

O item 5.16da NR-05 esclarece assim:

5.16 A CIPA terá por atribuição:


.......................................................................
l) participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o
empregador, da análise das causas das doenças e acidentes de
trabalho e propor medidas de solução dos problemas identificados;

Por sua vez, a NR-04 estabelece o seguinte:

1.12 Compete aos profissionais integrantes dos Serviços Especializados


em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho: (Alterado
pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
..................................................................................
h) analisar e registrar em documento(s) específico(s) todos os acidentes
ocorridos na empresa ou estabelecimento, com ou sem vítima, e todos os
casos de doença ocupacional, descrevendo a história e as
características do acidente e/ou da doença ocupacional, os fatores
ambientais, as características do agente e as condições do(s)
indivíduo(s) portador(es) de doença ocupacional ou acidentado(s);

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ATIVIDADE PRÁTICA – ANÁLISE E INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTE

“Manocréu trabalha no setor de Manutenção. Admitido na


empresa há trinta dias, sem experiência.

Certo dia foi mandado instalar um Extintor de Incêndio na sala da


contabilidade.

Manocréu foi até o local com os seguintes equipamentos:


- Uma furadeira elétrica
- Uma escada

Iniciou os trabalhos com a furação da parede.


A escada tinha um degrau quebrado.
O cabo elétrico da furadeira tinha uma emenda na tomada.
O furo era numa viga de concreto. A broca não era a indicada.
Forçou a furadeira, a broca quebrou, a tomada elétrica deu um
curto circuito e produziu um estouro, Manocréu se assustou; o
degrau da escada quebrou; a broca se partiu e atingiu o olho
direito de Manocréu que estava sem óculos de proteção; no susto
caiu e quebrou o braço direito”

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INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE de AT

EMPRESA:

1. DADOS DO ACIDENTADO

NOME: FUNÇÃO:

SETOR: ADMISSÃO: ___/___/___ NO SETOR DESDE: ___/___/___

2. DESCRIÇÃO DO ACIDENTE

3. PARTE DO CORPO ATINGIDA

( ) Cabeça ( ) Tronco ( ) Mão ( ) Braço ( ) Pé ( ) Perna ( ) olhos


( ) outra parte do corpo

AFASTAMENTO:____ dias

( ) ACIDENTE TÍPICO ( ) ACIDENTE DE TRAJETO

4. DECLARAÇÃO DO ACIDENTADO

5. TESTEMUNHAS – Declarações

6. CONCLUSÃO DA COMISSÃO DE INVESTIGAÇÃO

7. RECOMENDAÇÕES DA COMISSÃO

ASSINATURAS COMISSÃO INVESTIGAÇÃO

NOME:

NOME:
Local de Data ___/___/___
NOME:

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INSPEÇÕES DE SEGURANÇA

As inspeções de segurança são mecanismos de


gerenciamento e monitoramento dos Riscos
Ambientais que tem como OBJETIVO a
PREVENÇÃO DE ACIDENTES identificando as
CONDIÇÕES PERIGOSAS que possam causar
ACIDENTES nos ambientes de trabalho

Podem ser realizados pela empresa ou por órgãos


da esfera Federal. Estadual ou Municipal;
Fiscalização do Ministério do Trabalho, da
Previdência Social e da Vigilância Sanitária:

Podemos Classificar as Inspeções da seguinte forma:

1. Quanto ao agente de fiscalização


a) Pela Autoridade – Fiscalização de um órgão oficial do município, do estado ou
da união
b) Pela Empresa:

2. Quanto ao local
a) Geral – em todas as instalações da empresa
b) Localizada - em um determinado setor da empresa
c) Condições – Proteção Máquinas – EPI – Prevenção Incêndio – ferramentas –
Pisos – Escadas – etc.

3. Quanto aos Modos


a) Planejadas – Pela CIPA ou SEESMT da empresa quando houver
b) Não planejadas

A CIPA deve elaborar um programa de inspeções nos diversos locais de trabalho


na empresa.
Essa programação pode ser setorizada e dentro de um cronograma de ações que
poderão estar previstas no PPRA.
As Inspeções devem sempre ser comunicadas à direção da empresa.
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MAPA DE RISCOS

DAS ATRIBUIÇÕES
5.16 A CIPA terá por atribuição:

a) identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos,


com a participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do
SESMT, onde houver;

Conceito: O mapa de riscos é uma demonstração gráfica dos RISCOS


AMBIENTAIS existentes nos locais de trabalho.

O Trabalhador deve observar em um simples olhar e entender quais os


RISCOS existentes no seu local de trabalho.

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OS RISCOS AMBIENTAIS.

Os Riscos Ambientais serão demonstrados por CIRCULOS coloridos e os


TAMANHOS desses círculos representam a intensidade (tamanho) desses Riscos.

Veja:

As Cores e os Riscos

A Intensidade – Tamanho dos Riscos

Circulo grande – risco grande Circulo Médio– risco médio Circulo Pequeno– risco pequeno

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AIDS - DST

A AIDS é uma doença que surgiu em meados de 1982 na Cidade de São


Francisco nos Estados Unidos e ataca o sistema imunológico do individuo.

Carregada de preconceitos e sem cura, considerada uma doença contraída por


homosexuais e drogados, vitimou centenas de milhares de pessoas na medida em que
se espalhou pelo mundo.

Em 1985 uma portaria emitida pelo Ministério da Saúde, em conjunto com o


Ministério do Trabalho, atribuiu às CIPAs da empresas a tarefa de realizar uma
campanha, no âmbito interno das empresas, de prevenção da AIDS.

Desde então essa campanha vem sendo desenvolvida pelas Comissões Internas
de Prevenção de Acidentes nas empresas através de palestras, aulas e outras formas
que buscam a conscientização de todos em relação ao uso de preservativos nas relações
sexuais e cuidados com uso comum de seringas descartáveis para aqueles que usam
drogas injetáveis.

Trinta anos se passaram e ainda não existe cura para a AIDS. A mortalidade
daqueles que contraíram a doença diminuiu consideravelmente em razão de
tratamentos desenvolvidos nessas décadas de existência da doença sem uma cura
definitiva da doença.

Inobstante haver diminuído as mortes em decorrência da AIDS, a


obrigatoriedade das campanhas no âmbito do trabalho, através das CIPAS, continua
conforme descreve o item 5.16, “p” da NR-05
Complementando o assunto a CIPA deve também realizar a prevenção das
Doenças Sexualmente Transmissíveis.

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CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO

PRIMEIROS SOCORROS
CONCEITO:

• Primeiros Socorros são os primeiros atendimentos a uma vítima de acidente ou com sintomas de uma
doença, cujo estado físico coloca sua vida em perigo até a chegada do Médico ou o transporte para um
hospital.

O principal objetivo dos primeiros socorros é manter as funções vitais da vítima até o atendimento
médico.

PRINCÍPIOS:

• Agir com calma e confiança – evitar o pânico

• Ser rápido, mas não precipitado

• Usar bom senso, sabendo reconhecer suas limitações

• Usar criatividade para improvisação

• Demonstrar tranquilidade, dando ao acidentado segurança

• Se houver condições solicitar ajuda de alguém do mesmo sexo da vítima

• Manter sua atenção voltada para a vítima quando estiver interrogando-a

• Falar de modo claro e objetivo

• Aguardar a resposta da vítima

• Não atropelar com muitas perguntas

• Explicar o procedimento antes de executá-lo

• Responder honestamente as perguntas que a vítima fizer

• Usar luvas descartáveis e dispositivos boca-máscara, improvisando se necessário, para


proteção contra doenças de transmissão respiratória e por sangue.

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CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO

• Atender a vítima em local seguro ( remove-la do local se houver risco de explosão,


desabamento ou incêndio).

Informações Extraídas do site do DENIT

PARADA CÁRDIO-RESPIRATÓRIA

O que acontece

Além de apresentar ausência de respiração e pulsação, a vítima também poderá


apresentar inconsciência, pele fria e pálida, lábio e unhas azulados.

O que não se deve fazer

 NÃO dê nada à vítima para comer, beber ou cheirar, na intenção de reanimá-la.


 Só aplique os procedimentos que se seguem se tiver certeza de que o coração não está batendo.

Procedimentos Preliminares

Se o ferido estiver de bruços e houver suspeita de fraturas, mova-o, rolando o corpo


todo de uma só vez, colocando-o de costas no chão. Faça isso com a ajuda de mais
duas ou três pessoas, para não virar ou dobrar as costas ou pescoço, evitando assim
lesionar a medula quando houver vértebras quebradas. Verifique então se há alguma
coisa no interior da boca que impeça a respiração. Se positivo, retire-a.

RESSUSCITAÇÃO CÁRDIO-PULMONAR

 Com a pessoa no chão, coloque uma mao sobre a outra e localize a extremidade inferior do osso
vertical que está no centro do peito.
 Ao mesmo tempo, uma outra pessoa deve aplicar a respiração boca-a-boca, firmando a cabeça da
pessoa e fechando as narinas com o indicador e o polegar, mantendo o queixo levantado para esticar o
pescoço.
 Enquanto o ajudante enche os pulmões, soprando adequadamente para insuflá-los, pressione o peito
a intervalos curtos de tempo, até que o coração volte a bater.
 Esta seqüência deve ser feita da seguinte forma: se você estiver sozinho, faça dois sopros para cada
dez pressões no coração; se houver alguém ajudando-o, faça um sopro para cada cinco pressões.

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CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO

FRATURAS

É a quebra de um osso, causada por uma pancada muito forte, uma queda ou
esmagamento.

Há dois tipos de fraturas: as fechadas, que apesar do choque, deixam a pele intacta, e
as expostas, quando o osso fere e atravessa a pele. As fraturas expostas exigem
cuidados especiais, portanto, cubra o local com um pano limpo ou gaze e procure
socorro médico imediato.

Fratura Fechada - Sinais Indicadores

 Dor ou grande sensibilidade em um osso ou articulação.


 Incapacidade de movimentar a parte afetada, além do adormecimento ou formigamento da região.
 Inchaço e pele arroxeada, acompanhado de uma deformação aparente do membro machucado.

O que não se deve fazer

 Não movimente a vítima até imobilizar o local atingido.


 Não dê qualquer alimento ao ferido, nem mesmo água.

O que fazer

 Solicite assistência médica , enquanto isso, mantenha a pessoa calma e aquecida.


 Verifique se o ferimento não interrompeu a circulação sangüínea.
 Imobilize o osso ou articulação atingido com uma tala.
 Mantenha o local afetado em nível mais elevado que o resto do corpo e aplique compressas de gelo
para diminuir o inchaço, a dor e a progressão do hematoma.

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SANGRAMENTOS As Hemorragias__________________________________

Hemorragia externa: é a perda de sangue devido ao rompimento de um vaso sangüíneo (veia


ou artéria).
Hemorragia interna: é o resultado de um ferimento profundo com lesão de órgãos internos.

Sangramentos Externos - O que fazer

 Procure manter o local que sangra em plano mais elevado que o coração.
 Pressione firmemente o local por cerca de 10 minutos, comprimindo com um pano limpo dobrado ou
com uma das mãos. Se o corte for extenso, aproxime as bordas abertas com os dedos e as mantenha
unidas. Ainda, caso o sangramento cesse, pressione com mais firmeza por mais 10 minutos.
 Quando parar de sangrar, cubra o ferimento com uma gaze e prenda-a com uma atadura firme, mas
que permita a circulação sangüínea. Se o sangramento persistir através do curativo, ponha novas
ataduras, sem retirar as anteriores, evitando a remoção de eventuais coágulos.

Obs: quando houver sangramentos intensos nos membros e a compressão não for suficiente
para estancá-los, comprima a artéria ou a veia responsável pelo sangramento contra o osso,
impedindo a passagem de sangue para a região afetada.

Sangramentos Internos - Como verificar e como agir

 Os sinais mais evidentes são: pele fria, úmida e pegajosa, palidez, pulso fraco, lábios azulados e
tremores.
 Não dê alimentos à vítima e nem aqueça demais com cobertores.
 Peça auxílio médico imediato

Sangramentos Nasais - O que fazer

 Incline a cabeça da pessoa para a frente, sentada, evitando que o sangue vá para a garganta e seja
engolido, provocando náuseas.
 Comprima a narina que sangra e aplique compressas frias no local.
 Depois de alguns minutos, afrouxe a pressão vagarosamente e não assoe o nariz.
 Se a hemorragia persistir, volte a comprimir a narina e procure socorro médico.

Torniquetes - Como fazer

O torniquete deve ser aplicado apenas em casos extremos e como último recurso quando não
há a parada do sangramento. Veja como:

 Amarre um pano limpo ligeiramente acima do ferimento, enrolando-o firmemente duas vezes. Amarre-
o com um nó simples.
 Em seguida, amarre um bastão sobre o nó do tecido. Torça o bastão até estancar o sangramento.
Firme o bastão com as pontas livres da tira de tecido.
 Marque o horário em que foi aplicado o torniquete.
 Procure socorro médico imediato.
 Desaperte-o gradualmente a cada 10 ou 15 minutos, para manter a circulação do membro afetado.
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PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIOS

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TIPOS DE EXTINTORES_______________________________

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ÁGUA PRESSURIZADA PÓ QUÍMICO CO2

EXTINTORES FIXOS

EXTINTORES MÓVEIS

CLASSES DE FOGO – EXTINTOR - ADEQUADO

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