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GAVI SOLUÇÃO EM TRANSPORTE E

TRANSFERÊNCIA DE MATERIAIS

ÍNDICE

INTRODUÇÃO 02

TIPOS DE ROLETES 03

SELEÇÃO ESPAÇAMENTO ENTRE ROLETES 08

DESENHOS DOS TIPOS ROLETES 10

INSPEÇÃO 13

VIDA ÚTIL DOS ROLOS - NORMAS 16

TOPOGRAFIA DOS TRANSPORTADORES 22

TRANSIÇÃO DA CORREIA TRANSPORTADORA 29

DISPOSIÇÃO DOS CAVALETES NAS MESAS IMPACTO 35

MEDIDAS PADRÃO DOS ROLETES 36

FOTOS DOS ROLETES COM PROBLEMAS 40

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ROLETES
INTRODUÇÃO

As correias transportadoras constituem o meio mais difundido para o transporte de grandes


quantidades de materiais a granel. Os sistemas em operação hoje atingem capacidades de até
40.000 t/h, cobrindo distâncias de até 50 km Os dados levantados em 1991 revelam que o
dispêndio energético em transporte de materiais compromete 40% da energia utilizada em processo
minerais, somando dezenas de milhões de kWh gastos.

A magnitude dos investimentos em sistemas de transporte por correias representa significativa


parcela do capital aplicado na indústria de mineração e os custos de operação chegam a totalizar
16% do custo global. O crescente aumento de preços da energia a colocam como o item de maior
peso, correspondendo a 35% do custo total de operação. O segundo elemento mais importante do
custo operacional é: manutenção e reposição do material rodante.

Várias soluções estão sendo buscadas para manter os dispêndios de capital controlados. Melhorias
de lay-out, velocidades maiores e novos tipos de correias com resistência e dureza aumentadas são
algumas das medidas empregadas para otimizar os desempenhos, porém, muito pouco se fez para
melhorar o item responsável por predominante parcela dos custos, ou seja o rolo transportador. O
seu projeto foi mantido praticamente inalterado nos últimos 50 anos. A partir de 1997 os rolos de
retorno e impacto começaram a sofrer modificações, substituindo os anéis de borracha pôr
borracha vulcanizada diretamente no tubo.

O transportador de correia tem a mesma configuração básica quanto ao arranjo dos rolos desde os
tempos de sua invenção sem grandes alterações. Isto significa que há normalmente 3 rolos por
suporte, e os 2 rolos laterais são inclinados, num ângulo variável entre 1 e 45º.

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ROLETES

Roletes é um conjunto de rolos cilíndricos, com um eixo, rolamentos, vedação e suportes de


sustentação (cavaletes). Os rolos são capazes de efetuar livre rotação em torno do seu eixo, e são
usados para suportar e / ou guiar a correia transportadora.

Normalmente dividem-se em 8 tipos :


I
1 - ROLETES DE CARGA – Rolete sobre o qual se apóia o lado de carregamento da correia
transportadora.

2 - ROLETES DE RETORNO - Rolete sobre o qual se apóia o lado o lado de retorno da correia
transportadora .

3 - ROLETES DE IMPACTO – Rolete dotado de rolos com material elástico, localizados na


região de carregamento do transportador, com a finalidade de absorver o choque resultante do
impacto do material sobre a correia.

4 - ROLETES AUTO-ALINHADOR - Conjunto de rolos cujo suporte é dotado de mecanismo


giratório, com a finalidade de controlar o deslocamento lateral da correia através do contato da
mesma com os rolos guias laterais convenientemente dispostos. Usualmente são colocados tanto no
lado de carregamento quanto no lado de retorno da correia.

5 - ROLETES DE TRANSIÇÃO – Rolete dotado de rolos laterais fixos ou ajustáveis,


convenientemente dispostos, a fim de acompanhar a mudança da concavidade da correia
normalmente nas proximidade dos tambores de descarga e retorno.

6 - ROLETES DE ANÉIS - Tipos de rolete de retorno onde o(s) rolo (s) é constituído de anéis de
borracha espaçados, de modo a evitar o acumulo de material no rolete e promover o
desprendimento do material aderido à correia.

7 - ROLETE HELICOIDAL - Tipo de rolete de retorno onde os rolos em forma helicoidal,


destinado a promover o desprendimento do material aderido à superfície da correia .

8 - ROLETE EM CATENÁRIA - Conjunto de rolos suspensos, dotados de interligações


articuladas, de modo a permitir livre conformação dos mesmo, auxiliando a centralização
automática da correia transportadora. Pode ser utilizado tanto no lado de carregamento quanto no
lado de retorno da correia.

A eficiência de qualquer equipamento industrial projetado racionalmente é em função de sua vida


útil, da mão de obra e custo de sua manutenção. Em transportadores de correia, os rolos são o fator
principal, já que eles ditam a vida dos transportadores de correia, por isto os rolos devem ter uma
longa vida útil requerendo um mínimo de manutenção.

Os rolamentos para os rolos, devem ter uma ótima qualidade, devem possuir proteção contra
contaminante, incluindo partículas sólidas e água.

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A seleção dos rolos, para cada transportador é em função do material transportado (peso
especifico), velocidade da correia, espaçamento entre cavaletes, peso da correia e capacidade de
carga desejada, considerando um percentual de 70% de sua capacidade, os rolos são projetados
obedecendo às normas da ABNT/ ou CEMA. Entretanto, especial atenção deve ser dada aos rolos
aplicados em curvas convexas, onde há significativo aumento dos esforços aplicados, em função
do tensionamento da correia nestas regiões.

Em geral, os rolos possuem corpos metálicos para carga, metálicos e revestido com borracha para
retorno e revestido com borracha para impacto. Porém, para aplicações específicas, o material do
tubo poderá ser de poliuretano ou outros materiais.

A flecha admissível no eixo é de 9 minutos máximo e os rolamentos deverão ser montado


obedecendo ao padrão mínimo de concentricidade e alinhamento recomendados.

O encosto do rolamento deverá ser diretamente no eixo.

Obs. Originalmente os rolos de retorno e impacto são com anéis de borracha, a partir de 1997 estão
sendo vulcanizado diretamente no eixo. A partir de 2000 os rolos estão sendo vulcanizados com
uma proteção de anel cerâmico refratário, sobre o local dos rolamentos para evitar que se
incendeiem.

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Seção transversal típica de um rolo metálico ( rolo de carga )

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Seção transversal típica de um rolo vulcanizado ( rolo de impacto )

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Seção transversal típica de um rolo vulcanizado ( rolo de retorno )

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SELEÇÃO DO ESPAÇAMENTO ENTRE ROLETES

Os fatores a serem considerados quando selecionamos o espaçamento dos roletes são: o


peso da correia, peso do material, capacidade de carga dos rolos, flecha da correia, vida esperada
dos rolamentos e a tensão na correia. Para calculo podemos utilizar o padrão ABNT - NBR 6678 –
ou padrão Americano CEMA

LARGURA ESPAÇAMENTO a DOS ROLETES DE CARGA ESPAÇAM. b ESPAÇAM.


DA PESO ESPECÍFICO DO MATERIAL ( t/m³ ) DOS ROLETES DOS ROLETES
CORREIA 0,8 1,6 2,4 DO RETORNO IMPACTO
16" 1,5 m 1,5 m 2,4 m
20" 1,5 m 1,5 m 1,2 m
24" 1,35 m 1,2 m 1,2 m
30" 1,35 m 1,2 m 1,2 m 0,3 A 0,4 M
3,00 m
36" 1,35 m 1,2 m 1,05 m
42" 1,35 m 1,00 m 0,90 m
54" 1,20 m 1,00 m 0,90 m
60" 1,20 m 1,00 m 0,90 m
72" 1,20 m 0,90 m 0,90 m 2,5 m
84" 1,20 m 0,90 m 0,90 m 2,5 m
TABELA PADRÃO DA ABNT

LARGURA ESPAÇAMENTO a DOS ROLETES DE CARGA ESPAÇAM. b ESPAÇAM.


DA PESO ESPECÍFICO DO MATERIAL ( t/m³ ) DOS ROLETES DOS ROLETES
CORREIA 0,48 0,80 1.20 1.60 2.40 3.20 DO RETORNO IMPACTO
18" 1,68 m 1,52 m 1,52 m 1,52 m 1,37 m 1,37 m
24" 1,52 m 1,37 m 1,37 m 1,22 m 1,22 m 1,22 m
30" 1,52 m 1,37 m 1,37 m 1,22 m 1,22 m 1,22 m
36" 1,52 m 1,37 m 1,22 m 1,22 m 1,07 m 1,07 m 0,3 A 0,4 M
3,05 m
42" 1,37 m 1,37 m 1,22 m 1,07 m 0,91 m 0,91 m
48" 1,37 m 1,22 m 1,22 m 1,07 m 0,91 m 0,91 m
54" 1,37 m 1,22 m 1,07 m 1,07 m 0,91 m 0,91 m
60" 1,22 m 1,22 m 1,07 m 0,91 m 0,91 m 0,91 m
72" 1,22 m 1,07 m 1,07 m 0,91 m 0,76 m 0,76 m 2,44 m
0,3 A 0,4 M
84" 1,07 m 1,07 m 0,91 m 0,76 m 0,76 m 0,61 m 2,44 m
96" 1,07 m 1,07 m 0,91 m 0,76 m 0,61 m 0,61 m 2,44 m

TABELA 5.19 DA CEMA

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Obs. 1) O espaçamento indicado ficará restrito à flecha que ocorre entre dois roletes
sucessivos. O valor desta flecha ( f ), entre dois roletes, será :

( Wm + Wb ) . a2
f = ---------------------
8T0
Onde: T0 = tensão para garantir uma flecha mínima da correia entre os roletes (kg)
Wm = peso do material transportado (kg/m)
Wb = peso da correia (kg/m)
a = espaçamento dos roletes de carga (m)
f = flecha da correia (m)

2) Valores recomendados para porcentagens da flecha da correia :

Tab. - 05
INCLINAÇÃO MATERIAL
DOS todo fino 50% pedaços de 100% pedaços
ROLETES tamanho máximo de tamanho
máximo
20º 3% 3% 3%
35º 3% 2% 2%
45º 3% 2% 1,5%

3) Na região de impacto, usa-se flecha máxima de 1%


flecha

Rolete
a

Ex. do trabalho feito no transportador D15 para evitar que os rolos de retorno se incendiassem por
estarem com espaçamento grande entre os rolos. Reduzimos os espaços entre os rolos, aumentamos
a sua vida útil e distribuímos melhor a carga nos pontos de apoio, assim vamos evitar que eles
peguem fogo.

Largura da correia = 84”


Velocidade da correia = 3,6 m/s
Peso da correia = 76,19 Kg/m
Peso do rolo = 135 Kg
Fator Kdr = 1,90 ( Kdr = coeficiente de segurança do rolo de retorno )
Peso das partes moveis = 97 Kg
Eixo analisado = 50 mm

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Rolo transição Rolo Impacto

Rolo retorno

Rolete de carga ou impacto duplo Rolete de carga ou impacto triplo

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Rolete auto alinhante de carga


Rolete em catenária

Rolete de retorno c/ e sem anéis. Rolete auto alinhante de retorno.

Rolete de transição Rolete de retorno duplo (em “V”)


Com e sem anéis

Rolos com anéis de borracha

A A’

Corte AA’

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:

¾ Anéis de borracha montados sob pressão;


¾ Rolamento de esfera (rolo de retorno) e auto compensador de rolos (rolo de impacto);

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Rolos Vulcanizados

B B’

Corte BB’
Anel refratário

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:

¾ Processo vulcanizado;
¾ Rolamento de esfera (retorno) ou auto compensador (impacto) de rolos c/ anel
refratário;

AVALIAÇÃO COMPARATIVA

¾ Quanto aos anéis de borracha:

Contém um inserto metálico interno, com objetivo de impedir que o anel gire no tubo.
Possíveis desvios deste processo:
- Pouca interferência na montagem das borrachas no tubo;
- Problemas no anel interno das borrachas;
- Variação do diâmetro externo tubo.

¾ Quanto aos rolos vulcanizados:

São vulcanizados a quente, através de autoclave, diretamente sobre o tubo, eliminando o inserto
metálico e proporcionando maior adesão borracha-tubo.

¾ Quanto ao anel refratário:

O rolamento foi isolado termicamente do conjunto tubo-borracha mediante a utilização de um anel


refratário que minimiza a transferência de calor do rolamento para a borracha.

O anel refratário especificado para utilização nos rolos de impacto / retorno, suporta uma
temperatura de até 1500ºC e representa aproximadamente 1% (um por cento) do preço unitário do
rolo.

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¾ Quanto ao peso:
Tomando-se como exemplo os rolos de retorno das correias de 48” vulcanizados a quente houve
uma redução de aproximadamente 9% (nove por cento) do peso do rolo, a qual contribui
diretamente para melhoria das condições de carga no rolamento e de manuseio e montagem da peça
na área.

INSPEÇÃO

Sabemos que é a correia o item de maior valor em um transportador. Por isto dizemos que os
esforços e cuidados prestados à correia se tornam insignificantes quando comparados com os
resultados obtidos, livres de problemas e uma longa vida de serviço prestado. Entendemos ser a
inspeção dos transportadores de correia o ponto limite entre a preservação de um patrimônio
valioso e/ou seu abandono. O trabalho de inspecionar os transportadores, seja delegado a uma
pessoa ou a um grupo de pessoas responsáveis pela sua manutenção, deve ser encarado de forma
responsável e eficiente, observando os seus pontos críticos. Tão importante quanto observar
rasgões ou desgaste na correia, rolos travados, raspadores sem funcionar, vazamento de materiais,
etc., é verificar a maneira como ocorrem, sua localização, a fim de se determinar as causas. Alem
disso é também importante à correção dos itens levantados pela inspeção. Na imediata correção das
falhas como: dobramento da correia, curvatura acentuada, desalinhamento, desquadramento, rolos
travados, etc., podemos evitar danos custosos e prematuros. Os itens que consideramos
fundamentais em uma inspeção nos transportadores são:
O estado de roletes e tambores, perfeito alinhamento da correia, o estado de sua cobertura, o estado
das emendas, o seu esticamento e seus componentes de limpeza, (raspadores e limpadores), alem
das guias de material e os chutes, para evitar os vazamentos.

MONTAGEM E MANUTENÇÃO DE TRANSPORTADORES.

Queremos na realidade deixar uma serie de informações úteis e práticas, para a desenvoltura da
atividade de manutenção propriamente do transportador, sem, contudo defini-las como as únicas
possíveis de serem aplicadas, ou mesmo as únicas através das quais se alcançarão as soluções dos
problemas. A sua forma de apresentação se dará através de uma relação de anormalidades ou
problemas, e uma apresentação de causas em ordem de provável ocorrência e as propostas de
soluções para eliminação das mesmas.

Nos transportadores de correia, como em todas as máquinas, uma montagem correta, de acordo
com as recomendações do fabricante, e o cumprimento de um programa de manutenção preventiva
bem esquematizado evitam uma série de defeitos, garantem um bom funcionamento e aumentam a
vida útil do equipamento.

1 – ESTRUTURA

a) A estrutura deverá estar perfeitamente alinhada e nivelada transversalmente. Em


transportadores curtos, o alinhamento pode ser verificado com o auxílio de um barbante (fio de
nylon) esticado de uma extremidade à outra da mesma. Em transportadores longos, o barbante
deve ser esticado por partes, em cada trecho da estrutura, ou com auxílio do teodolito (topografia).

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2 – TAMBORES

a) Proceder à limpeza dos pontos onde serão fixados.


b) Os tambores deverão girar macia e livremente a um toque de mão, sem arranhar ou fazer
ruído.
c) Todos os tambores devem estar alinhados a 90º com a linha de centro dos transportadores.
Este alinhamento pode ser obtido esticando-se um barbante (nylon) sobre os mesmo.
d) Os tambores devem ser instalados com uma folga mínima de 600 mm acima do piso para
facilitar a limpeza

3 - ROLETES
a) Seus rolos deverão girar macios e livremente a um toque de mão sem arranhar ou fazer
ruído.
b) Todos os roletes devem estar alinhados a 90º com a linha de centro dos transportadores. Este
alinhamento pode ser obtido esticando-se um barbante sobre os mesmos.
c) É conveniente montar os cavaletes dos roletes deixando os parafusos de fixação no meio
do rasgo de seus suportes. Isto permite uma movimentação posterior no sentido que for necessário
para corrigir algum desalinhamento.
d) Durante a montagem, não devemos apertá-los de maneira definitiva, e sim de tal modo que
se possa ajustá-los. Isto facilita o alinhamento da correia com uma ligeira mudança de posição de
alguns roletes, através de leves batidas com um martelo em seus suportes.

e) Os roletes que tem os rolos laterais inclinados de 2º


deverão ser montados de tal forma que a direção do
deslocamento da correia coincida com a direção da inclinação
dos rolos laterais.

f) Os roletes que não têm os cavaletes laterais inclinados de 2º podem ser montados nesta
inclinação se necessário, com o auxílio de pequenos calços (arruelas) do lado de trás de seus
suportes. Entretanto, a inclinação não pode ser superior à indicada, porque provocará um desgaste
acentuado na cobertura inferior da correia.

g) Os roletes auto-alinhadores devem ser montados


de 12 a 19 mm acima da linha normal dos demais roletes
para garantir um bom contato com a correia. A maioria
dos auto-alinhadores trabalhará melhor quando a correia
estiver seca, pois quando úmida, o coeficiente de atrito
entre correia e rolos diminui bastante. Para ambientes
úmidos, os cavaletes auto-alinhadores devem possuir
rolos laterais.

h) A posição mais atuante para roletes auto-alinhadores se situa de 10 a 15 metros a partir dos
tambores extremos, dependendo da largura da correia. Para transportadores de grande capacidade e
comprimento, espaçamentos de 30 m deverão ser usados, não pode usar cavaletes auto-alinhantes
sob as guias de material.

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i) Os rolos guias dos roletes auto-alinhadores não devem ser colocados antes de se fazer um
trabalho prévio de alinhamento da correia e não devem ser colocados em transportadores com
maquinas moveis na parte da carga.

j) Todos os tipos de rolos guias desgastam a correia quando ficam em contato permanente
com a mesma.

k) Os transportadores reversíveis não deverão possuir roletes de carga inclinados de 2º e os


roletes auto-alinhadores deverão ser especiais, diferentes dos descritos nos item ( e ) e ( f )

l) Todas as correias no retorno devem estar elevadas o suficiente do piso para facilitar a
inspeção, manutenção e limpeza.

m) Os rolos guias devem ficar com 25 a 30 mm de distancia da borda da correia em cada


lado, pois com a distancia maior ou menor o conjunto perde a eficiência de alinhar a correia.

Errado certo

n) Sempre colocar o conjunto A. A. de carga entre dois cavaletes, em uma distancia igual
ou menor que 0,90 m, como é um conjunto que está apoiado sobre rolamento, uma distancia maior
ou em uma área de transição, ele receberá muito peso e o esforço da correia que causará danos ao
conjunto, por isso quando for preciso colocar um A. A. de carga antes dos chutes, perto do retorno
da correia, devemos observar a distancia do tambor traseiro ate o ultimo cavalete da transição.

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Vida Útil do Rolo conforme a norma ABNT - NBR 6678 –


Vida do Rolamento
A vida de um rolo depende de muitos fatores tais como, material transportado, espessura da parede
do tubo, eficiência da vedação do rolamento, meio ambiente, etc. Porem, como todos estes fatores
não são quantificáveis, a vida do rolamento é utilizada como indicativo da vida do rolo. Entende-
se como vida do rolamento, o numero de horas a uma determinada rotação que 90% dos rolamentos
atinge antes que apareçam os primeiros sinais de fadiga (descascamento) em seus anéis ou corpos
rolantes. A vida real da carcaça do rolo pode ser, portanto, inferior à vida do rolamento.
É recomendado normalmente uma vida de 30.000 horas a 500 rpm, sendo este valor de referencia.
Para aplicações ESPECIAIS, a vida do rolamento deve ser acordada entre usuário e fornecedor.

CEMA B = Rolos Eixo 20 mm - Rolamentos 6204


CEMA C = Rolos Eixo 25 mm - Rolamentos 6205/6305
CEMA D = Rolos Eixo 30 mm - Rolamentos 6206/6306
CEMA E = Rolos Eixo 40/45 mm - Rolamentos 6308/6309
CEMA F = Rolos Eixo 50/60 mm - Rolamentos 6310/6312

Convém observar que diâmetros de rolos maiores são mais adequados a serviços mais pesados,
estando os eixos maiores relacionados com os diâmetros maiores. Os diâmetros maiores apresentam
menor resistência ao rolamento, menor penetração na correia, maior espessura do tubo (rolos de
aço) etc., garantindo de um modo geral uma maior vida útil.

Na tabela abaixo, conhecendo-se o diâmetro do rolo, pode-se verificar a velocidade máxima da


correia dentro dos critérios estabelecidos. A NBR 8011 estabelece critérios adicionais para a
velocidade de correia.

Velocidade de rotação do rolo unidade: rpm


Correia (m/s)
Rolo 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5 5,5 6
75 127 255 382 509 637 764 891 1019 1146 1273 1401 1528
100 95 191 286 382 477 573 668 764 859 955 1050 1146
127 75 150 226 301 376 451 526 602 677 752 827 902
152 63 126 188 251 314 377 440 503 565 628 691 754
165 58 116 174 231 289 347 405 463 521 579 637 694
178 54 107 161 215 268 322 376 429 483 536 590 644
194 49 98 148 197 246 295 345 394 443 492 541 591
219 44 87 131 174 218 262 305 349 392 436 480 523

Aumento da velocidade da correia.

Deve-se observar que uma variação para mais na velocidade, pode permitir a redução na largura da
correia e diminuição da carga nas estruturas, para uma mesma capacidade desejada. Esta vantagem
pode trazer, em contrapartida: maior desgaste da correia; possível degradação do material
transportado; impacto maior sobre os roletes, principalmente quando transportando materiais
pesado; e perda de produto devido ao vento, quando o material é fino e seco. Pode, portanto,
reduzir a vida de alguns componentes do transportador.

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A velocidade do transportador não deve ocasionar rotação superior a aproximadamente 600 rpm
nos rolos.

Problemas que ocorrem com o aumento da velocidade das correias:

a) Aumento da velocidade para uma mesma capacidade.

Redução da vida útil de alguns componentes


Maior desgaste da cobertura da correia
Maior degradação do material transportado
Maior impacto nos roletes
Maior desgaste de raspadores

b) Rotação do rolo.

A rotação do rolo não deve ser superior a 600 rpm para não comprometer o sistema de vedação.

c) Controle de material fugitivo.

Quanto maior a velocidade da correia, mais difícil é o controle do material fugitivo nas
transferências.

d) Chutes.

Quanto às velocidades são elevadas, o material transportado é projetado mais longe dificultando
o desenho dos chutes, a coleta dos finos retirados pelos raspadores pode-se tornar praticamente,
impossível.

A norma NBR 8011 indica alguns valores orientativos para velocidades máximas, conforme
mostrado a seguir.

Material: carvão mineral, terra, minérios moles, pedras britadas e materiais abrasivos.

Correia menor que 1600 mm, velocidade até 4 m/s

Correia com mais de 1800 mm, velocidade até 5 m/s.

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70% da carga é suportada pelo rolo


central que também responde pela
força proporcional de atrito. Apesar
da diferença de carga, todos os
rolos são iguais.

Atrito provocado pelo deslocamento


e pela deformação da correia com o
rolo.

Atrito dentro do material transportado.


Deve-se lembrar que a correia não é
totalmente rígida, tendo sempre uma
deflexão entre os suportes de apoio dos
rolos. Portanto quanto maior a distancia
entre os roletes, maior a flecha e maior
o atrito.

Problemas nos cavaletes com ângulo de 45º.

Maior distancia de transição


Pouca distancia da borda da correia para guia de material
Maior facilidade da correia escapar da guia causando vazamento quando ocorre um desal.
Maior dificuldade de acamamento da correia
Maior carga no rolo central.
Perda de precisão de eventuais balanças

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Alguns problemas de resistência que tende a aumentar o esforço dos motores.

Resistência à rotação dos roletes devido ao atrito no sistema de vedação.


Resistência ao movimento devida à flexão da correia e do material ao passar sobre os rolos
Resistência devida ao atrito da correia nos rolos resultante de imprecisões de montagem,
desalinhamento, etc.
Resistência devido ao atrito do material nas guias de material
Resistência devida ao atrito entre a correia e raspadores e limpadores.
Resistência devida à inclinação dos roletes (2º) no sentido do movimento da correia.
Resistência devido à caída do material contra o sentido da correia nas transferências.

Norma NBR 6678


Esta norma padroniza dimensões de rolos e suportes, arranjo e folgas de roletes, carga e
procedimentos para seleção e inspeção de roletes de transportadores de correia.

Posição do rolo guia.


a
Série min m q carga q retorno r s
15 10 150 50 70
20 10 180 50 70
25 20 230 2/3 1/2 75 120
30 25 280 s s 100 150
40 25 280 100 150
50 25 280 100 150
60 25 320 100 150

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Roletes auto-alinhantes de transportadores reversíveis não possuem o braço de alavanca com o


rolo-guia, sendo substituído por dispositivos especiais. Todos os demais detalhes e dimensões aqui
normalizadas, entretanto, também se aplicam aos roletes auto-alinhantes destes transportadores.

Roletes auto-alinhantes para correias com rolos de retorno em “V” não são normalmente
necessários. Em casos especiais podem ser usados roletes auto-alinhantes planos.

O rolete auto-alinhante deve ser fabricado com as mesma dimensões h dos demais roletes porém,
como no rolete auto-alinhante de carga, é conveniente uma pressão adicional da correia para sua
mais rápida atuação; recomenda-se a utilização de um calço de 10 a 20 mm sob a base do cavalete.
Desta forma aumenta-se a pressão necessária. Não há necessidade de se alterar o valor de h nos
roletes auto-alinhante de retorno.

Devido à instabilidade dos roletes auto-alinhantes de maior porte, recomenda-se que a partir de
transportadores com 1000 mm de largura sejam utilizados pontos de apoio adicionais tal como no
detalhe X, do desenho acima. Este critério se aplica tanto na carga como no retorno.

Folga (C) entre as extremidades dos rolos de carga deve ser a mínima possível, não podendo ser
superior aos valores indicados na tabela. Especial atenção deve ser dada a transportadores que
utilizam correias com espessura inferior a 10 mm e com perfis compostos de curvas acentuadas.
Nestes casos, a folga não deve ser superior a 10 mm. Quanto menor a folga entre os rolos maior é a
vida da correia.

Folga máxima entre rolos de carga. Folga rolo suporte.

Série Rolete Folga "C"


Ø Rolo Folga B
15 duplo 10 mm
75 a 127 30 mm
15, 20, 25, 30 triplo 15 mm
40 triplo 20 mm 152 a 178 38 mm
50 triplo 25 mm 194 50 mm
60 triplo 30 mm 219 60 mm

Estas folgas se aplicam a todos os tipos de roletes de carga, inclusive aos roletes de impacto e
transição.

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Norma NBR 6171.

Esta norma padroniza a folga das bordas das correias transportadoras em relação ao obstáculo
lateral mais próximo. Para completar as informações consultar também a norma NBR 6177.

Folga das bordas das correias transportadoras.

Distância (C) entre as bordas da correia e o obstáculo lateral mais próximo (individual ou
continuo), que possa interferir no deslocamento da correia transportadora conforme figura.

Condições específicas.

As folgas mínimas das bordas das correias devem ser conforme indicado na tabela.

Nenhum valor pode ser inferior aos valores para obstáculo individual com V < 3 m/s.

Se o lado transportador da correia for côncavo, deve-se levar em conta a possibilidade de a correia
levantar-se e ficar plana.

Largura da Folga minima "c" (mm)


correia (b) Obstaculo individual Obstaculo continuo ou repetitivo
(mm) v < 3 m/s v = ou > 3 m/s (10% de b) v < 3 m/s (0,075% de b) v = ou > 3 m/s (10% de b)
400 - 650 50 40 - 65 30 - 49 40 - 65
800 - 1400 75 80 - 140 60 - 105 80 - 140
1600 - 2000 100 160 - 200 120 - 150 160 - 200
2200 - 3000 160 220 - 300 165 - 225 220 - 300

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Topografia dos transportadores

ALINHAMENTO

O alinhamento dos tambores não influencia muito no desalinhamento das correias, pois ela
passeia sobre os tambores. O desalinhamento só prejudica quando a linha de centro do tambor
estiver mais de 50 mm da linha de centro do transportador. Isto ocorre porque a borda da correia
pode sair do tambor e forçar um desgaste prematuro e dar inicio a um desalinhamento.

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EXEMPLO DE UM LEVANTAMENTO NOS TAMBORES.

ALINHAMENTO DOS TAMBORES


TAMBOR LADO ESQUERDO LADO DIREITO DIFERENÇA
1 1,708 1,708 00
2 1,708 1,710 -02
3 3,150 3,140 +10
4 1,614 1,594 +20
5 1,727 1,708 +19
6 3,200 3,185 +15
7 1,863 1,863 00

Nos roletes de carga uma diferença maior que 10 mm no alinhamento deve ser acertado. Isto
porque os rolos irão trabalhar forçados pela correia e sofrerão desgaste mais rápido.

ALINHAMENTO ROLOS DE CARGA


LADO ESQUERDO LADO DIREITO DIFERENÇA
ROLOS
1 1,181 1,160 -11
2 1,186 1,155 -16
3 1,190 1,151 -20
4 1,176 1,165 -06
5 1,152 1,189 +18
6 1,162 1,179 +08
7 1,170 1,170 00

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TRANSFERÊNCIA DE MATERIAIS

O alinhamento dos rolos de retorno não influencia muito no desalinhamento das correias,
pois ela passeia sobre os rolos. O desalinhamento só prejudica quando a linha de centro do rolo
estiver mais de 50 mm da linha de centro do transportador, porque a borda da correia pode sair do
rolo e forçar um desgaste prematuro, começar a desalinhar a correia e tocar na estrutura.

ALINHAMENTO DOS ROLOS DE RETORNO


ROLOS LADO ESQUERDO LADO DIREITO DIFERENÇA
1 1.181 1.160 +11
2 1.170 1.170 00
3 1.165 1.175 -05
4 1.150 1.190 -20
5 1.195 1.145 +25
6 1.170 1.170 00
7 1.110 1.230 -60

NIVELAMENTO

Quando o nivelamento dos tambores ultrapassar a 0,5 % do comprimento dos tambores, ele
começará a influenciar no desalinhamento das correias.

TAMANHO TOLERÂNCIA
100 MM 0,5 MM
500 MM 2,5 MM
1000 MM 5 MM
2000 MM 10 MM
2500 MM 12,5 MM

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NIVELAMENTO DOS TAMBORES


TAMBOR LADO ESQUERDO LADO DIREITO DIFERENÇA
1 20,500 20,502 -02
3 21,208 21,207 -01
7 20,064 20,061 -03
8 20,901 20,903 +02
5 21,050 21,051 +01
6 20,067 20,067 00
4 49,363 49,393 +30

Quando o desnível de um rolete de carga para o outro ultrapassar mais de 05 mm devemos corrigir.
Isto porque se o rolo estiver mais baixo ( - ) a correia forçará os rolos anterior e posterior a ele. Se o
rolo estiver mais alto ( + ) a correia irá forçá-lo mais que o normal. Este fato causará um desgaste
prematuro e ajudará um pouco no desalinhamento da correia.

NIVELAMENTO DOS ROLOS DE CARGA


ROLOS LADO ESQUERDO LADO DIREITO DIFERENÇA.
1 21,029 21,041 -12
2 21,030 21,042 -12
3 21,032 21,043 -12
4 21,033 21,044 -11
5 21,034 21,046 -11
6 21,036 21,047 -11
7 21,037 21,048 -11
8 21,038 21,049 -11
9 21,040 21,050 -10

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Quando o nivelamento dos rolos de retorno ultrapassa a 0,5 % do seu comprimento,


começam a influenciar no alinhamento das correias.

TAMANHO TOLERÂNCIA
100 MM 0,5 MM
500 MM 2,5 MM
1000 MM 5 MM
2000 MM 10 MM
2500 MM 12,5 MM

ESQUADRO

O esquadro dos tambores influencia no desalinhamento quando estão próximos um do outro


sem roletes entre elas, ex.: tambor motriz / tambor encosto, tambor cabeça (descarga) / tambor de
desvio etc. e ultrapassam 0,5 % do comprimento dos tambores. Quando o tambor é o de
esticamento, este esquadro às vezes ultrapassa esta medida uma vez que ele é forçado mais de um
lado, para poder alinhar a correia.

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ESQUADRO DOS TAMBORES


TAMBOR LADO ESQUERDO LADO DIREITO DIFERENÇA
1\3 1,512 1,489 +23
3\7 36,473 36,471 +02
7\8 2,135 2,129 +06
8\5 2,506 2,504 +02
5\6 2,093 2,095 -02
6\4 288,940 288,911 +29

Quando a somatória de 03 cavaletes de carga chegar mais ou menos a 20 mm, eles devem ser
corrigidos porque tendem a forçar a correia causando desalinhamento.

ESQUADRO DOS ROLOS DE CARGA


ROLOS LADO ESQUERDO LADO DIREITO DIFERENÇA
1 ---- ---- ----
2 0,945 0,940 +05
3 0,784 0,795 -11
4 0,798 0,803 -05
5 0,792 0,797 -05
6 0,935 0,824 +111
7 0,945 0,943 +02
8 0,395 0,405 -10

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Quando o esquadro dos roletes de retorno ultrapassa 10 mm, o rolo começa a forçar a
correia para o lado que está mais aberto no sentido da correia, causando desalinhamento.

ESQUADRO DOS ROLOS DE RETORNO


ROLOS LADO ESQUERDO LADO DIREITO DIFERENÇA
1 5,840 5,820 +20
2 2,800 2,820 -20
3 4,770 4,800 -30
4 3,680 3,640 +40
5 4,430 4,350 +80
6 3,240 3,250 -10
7 2,150 2,160 -10
8 3,320 3,285 +35

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TRANSIÇÃO DE CORREIA TRANSPORTADORA

1. OBJETIVO

A norma ABNT estabelece os procedimentos para o cálculo da distância mínima de transição entre
as regiões de carregamento e descarga de transportadores de correias.

2. DEFINIÇÃO

Transição é a distância mínima a ser mantida entre o último rolete com inclinação normal no
transportador e o tambor mais próximo (descarga ou retorno), com o objetivo de se evitarem
tensões excessivas na correia.

Esta Norma permite determinar as distâncias mínimas de transição para transportadores de correia
que empregam correias de alma de tecidos (lonas) e de cabo de aço.

Quando se empregam cavaletes com rolos inclinados, o topo do tambor de descarga será sempre
levantado (Figura 02). É opcional o levantamento do topo do tambor de retorno. Este procedimento
não se aplica aos transportadores de correia com cavaletes de rolos planos (Figura 01).

As Tabelas 01 e 02 apresentam as distâncias mínimas de transição com almas de tecidos, ou cabos


de aço.

Nas referidas tabelas, a percentagem de tensão admissível é o valor determinado por:

P = 100 . T / T1

Onde:

T = tensão atuante na correia, região onde se quer determinar a distância mínima de transição.

T1 = tensão admissível da correia

Quando a distância mínima de transição indicada nas Tabelas 01 e 02 forem maior que o
espaçamento normal dos roletes de carga, utilizam-se roletes de transição no intervalo
compreendido entre o último rolete de carga e o tambor.

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L
L2
L1
R
s1 s2

Calculam-se as alturas, ou espessuras dos calços dos roletes na área de transição por:

S1 = RL1 / L . s2 = RL2 / L .......

Exemplo de cálculo dos calços para uma correia de 60” com alma de tecido, tensão admissível
<60%, espaçamento = 900mm, R = 160 e L = 2745.

160 . 900 160 . 1800


s1 = ----------------- = 52 mm s2 = --------------- = 105 mm
2745 2745

Com levantamento do topo do tambor.


< 60% tensão admissível
R = no máximo a metade da altura cavalete
1° rolete carga 35°
Distância da Transição

R
s1 s2

Distancia mínima: Correia lona =
1.0 vezes a largura da correia.

Correia cabo aço = 1.8 vezes a largura da correia.

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Distancia de transição

Podemos definir como distância de transição a distancia necessária para que a correia passe de sua
forma plana a configuração dos roletes. Esta distancia deve ter valores mínimos para se evitar a
sobretensão das suas bordas. As correias com cabo de aço necessitam de distância de transição,
aproximadamente igual a 2 vezes a distância de correias com lonas. Assim sendo, ao se mudar de
correia de lona para correia com cabo de aço, estes valores devem ser cuidadosamente verificados.
Distâncias de transição insuficiente, entre outras inconvenientes, provocam a ruptura prematura de
emendas.

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Disposição dos cavaletes de impactos e de carga sob as guias de material.

TR.TX A SOBRE TR.TX B


LINHA DE CENTRO TR.TXA

GUIA DE MATERIAL

SENTIDO DA CORREIA

POSIÇÃO DOS CAVALETES ATUAL

700 360 370 490 360 630 670 350 1020

POSIÇÃO DOS CAVALETES APÓS MELHORAMENTO

700 360 370 490 360 430 4 30 430 350 1020


ACRESCENTAR 01 CAVAL.

TR.BX A E BX B SOBRE TR.BX C


LINHA DE CENTRO TR.BX A LINHA DE CENTRO TR.BX B

GUIA DE MATERIAL

SENTIDO DA CORREIA

POSIÇÃO DOS CAVALETES ATUAL

980 680 350 720 960 760 360 360 700

POSIÇÃO DOS CAVALETES APÓS MELHORAMENTO

860 4 00 400 350 420 420 400 400 400 400 360 360 350 350
ACRESCENTAR 01 CAVAL. ACRESCENTAR 03 CAVALETES ACRESC. 01

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MEDIDAS PADRÃO DOS ROLETES

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FORMA CONSTRUTIVA DO ROLO DE CARGA, FORMA CONSTRUTIVA DO ROLO DE CARGA,


COM DUPLO ENVELOPE COM CAIXA ESTAMPADA

Os rolos de carga modelo IHI, usam rolamentos SFF 309 ZZ da SKF, diâmetro do eixo 45 mm.

FORMA CONSTRUTIVA DO ROLO DE CARGA COM CAIXA ESTAMPADA

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Rolos tradicionais Sandvik

FORMA CONSTRUTIVA DO ROLO DE CARGA COM CAIXA ESTAMPADA

Rolos Conformados Sandvik

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Rolos afastados da correia. Desnivelamento, correia nova ou correia muito esticada?

Rolo travado, muito material acumulado, carcaça com desgaste. Sobre carga, falta inspeção, falta
manutenção ou material da carcaça pouco resistente?

42
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Carcaça com amassamento e muito desgaste. Descuido no manuseio, montagem errada ou material
da carcaça pouco resistente?

As distâncias entre os rolos de impacto maior que o recomendado. A norma (NBR 6678 / 1988)
recomenda colocar a largura da correia, no máximo 25 mm.
Cavaletes de impacto e carga sob as guias estão desnivelados.

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Rolos de impacto e carga na região de impacto sob a guia de material.

1100 mm
910 mm

Os cavaletes de impacto e carga sob as guias estão com afastamento maior que o padrão, com isso a
flecha aumenta e o material passa pelas guias. Medidas padrão: distancia de 400 mm entre os
cavaletes de impacto e 500 mm entre os cavaletes de carga.

Com os rolos desnivelados e os cavaletes fora da medida padrão, a correia abaixa com o peso do
material e acontecem os vazamentos.

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Em algumas transferências se coloca chapa de proteção nos decks sob cavaletes da mesa de
impacto para evitar que o material caia na correia.

Acúmulo de material na proteção entre os cavaletes, travando os rolos da mesa de impacto. Para se
evitar um problema cria-se outro bem pior. Vários rolos travados pelo acúmulo de material.

Rolos de retorno normal e em “V”.

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Material acumulado sob a correia travando os rolos de retorno.

Quando o material sob as correias não é retirado, ele se transforma numa parede de material, em
que a correia desliza por cima, causando danos aos rolos e a própria correia.

46
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Rolo de retorno que pegou fogo.

Este rolo foi aberto e verificado que não tem a proteção do refratário. Este refratário está sendo
utilizado nos rolos de retorno e de impacto para proteger a borracha e evitar que pegue fogo,
quando houver problemas nos rolamentos. Podem-se observar sinais que a capa externa correu no
alojamento, portanto o ajuste não estava correto.

O tipo de rolamento utilizado nos rolos de retorno do porto é SKF 630922 ( 100/45) x 25.

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Anel refratário

Anel refratário
de qualidade
inferior

Os cavaletes auto alinhantes de carga e retorno, devem ter uma altura de 12 a 19 mm mais do que
os cavaletes anterior e posterior. (NBR 6678 / 1988)

Todo e qualquer auto alinhante deve ser montado a uma distância de no mínimo 8 metros, para
qualquer tambor e não pode ser montado próximo as guias de material.

A. A. 1880 do
tambor, está
sem eficiência
A. A próximo a
guia de material

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A. A mais baixo
que os cavaletes
Anterior e
posterior

A norma NBR 6171 / 1993 determina que, as folgas mínimas das bordas das correias até o
obstáculo mais próximo, fiquem com 10% da largura da correia para cada lado, quando a
velocidade for = ou maior que 3 m/s

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Altura dos rolos guias com relação a correia.

Correia cortando a estrutura e caído. Falta de inspeção, manutenção ou?

Rolo guia pegando na estrutura, A. A. mais baixo que os anteriores e posteriores. Falta de inspeção,
manutenção ou projeto errado?

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Transição dianteira (descarga) e traseira.

Transição montadas com rolos desnivelados e sem a diminuição dos ângulos até chegar ao tambor.

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Transição traseira muito curta, forçando a correia.

Transição forçada causando desgaste na parte superior do rolo.

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