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Compilado por: Prof. Dr. Fco. J.

Rodrigues
O QUE É?
•  O existencialismo de Sartre
•  (RAÍZES: fenomenologia de Husserl
e em 'Ser e Tempo' de Heidegger).
•  O existencialismo sartriano
•  procura explicar os aspectos
•  da experiência humana.
•  Surgiu no século XIX com o pensador
dinamarquês Kierkegaard.
•  Emerge como movimento nas primeiras
décadas do século XX
•  Guerras – eficácia, rapidez, destruição
•  Novo modo de vida – Revolução Russa
•  Crack da Bolsa – fome, pobreza, desemprego
•  CRISE (econômica, social, política, moral,
religiosa...)
•  O mundo vivia a esperança de ser mais
livre e mais justo

•  As guerras, a revolução sexual, o anseio


de liberdade dos povos – mobilização

•  A falta de crença – busca do sentido da


existência

•  A Filosofia passa a incorporar as


discussões – éticas, sociais...
• Passou a ser
identificado como um
estilo de vida
ü Forma de
comportamento
contrária aos padrões
tradicionais

ü “Era de Ouro” do
pós-guerra – New
Look
As raízes da existência humana…
EXISTÊNCIA CONSIDERADA EM SEU ASPECTO ESSÊNCIA: PROPRIEDADES IMUTÁVEIS,
PARTICULAR, INDIVIDUAL E CONCRETO. FUNDAMENTAIS,

• Existe uma essência que


• Por que existimos?
rege a existência?

• Existe alguma função em • Formas de agir e pensar,


nossa existência? que todos os seres humanos
tem em comum?

• Nossa existência é
regida por algo? • Somos alguma coisa fixa
ou somos uma
metamorfose ambulante?

O homem nunca é entendido como uma entidade metafísica e abstrata


ü Significa que o homem primeiramente existe, se descobre, surge no mundo,
e que só depois se define.

ü  O homem de início não é nada, apenas posteriormente será alguma coisa, e
será aquilo que fizer de si mesmo

Ad
À medida que conh quire-se
ecim novo
experimenta-se da pr e nt os a re s
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novas vivências carac essê peito
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ment
e.
próprio
pensamento

(a sede intelectual, tida como a alma para os clássicos)


Funda a liberdade e a responsabilidade do homem, visto que esse existe
sem que seu ser seja pré-definido.

ü A existência é algo em aberto, sempre em mudança, e não há nenhum tipo de


determinismo ou fatalismo.

O homem é como ele quer que seja, como ele se concebe depois da
existência, como ele se deseja após este impulso para a existência.

ü  Esta característica do ser é fruto da liberdade de eleição: LIVRE ARBÍTRIO

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b e a o hom o p t a r e,
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se um sua vid
a
"Sou eu, eu mesmo, tal
qual resultei de tudo,
Sou eu aqui em mim,
sou eu.
Quanto fui, quanto
não fui, tudo isso sou.
Quanto quis, quanto
não quis, tudo isso me
forma.”

Álvaro de Campos
Se o homem define sua essência a
cada momento...

ü Não existe uma essência universal da


humanidade, pois cada indivíduo se define
através de sua existência, que é pessoal.

ü Então, não há como prever qual atitude tomará


o homem nem quais valores irá seguir!
• Kierke • Hei
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Cristãos • K
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ü Existência não tem l ü As pessoas são rtre
origem no nada, como para os ateus responsáveis pelas suas próprias ações

ü  Algo origina essa existência, e esse ü O homem é um projecto em construção

algo é Deus. e o seu único juiz.

Existência é predeterminada por Cada pessoa é aquilo em que se


uma intencionalidade/funcionalidade torna consoante aquilo que faz.
“O homem está condenado a ser livre”

-Impossível não escolher

-A "existência" do homem é algo


temporário - projeto sempre
incompleto diante da morte inevitável.

-O homem é livre.
- A universalidade do homem
é permanentemente construída.

- Qualquer escolha é uma


escolha ruim.

- Livre arbítrio - punição.

- Regras sociais - tentativa de limitar as próprias escolhas –


funcionalidade.

- O soldado não deve questionar.


- Finitude da existência humana.

- Liberdade para encontrar-se com sua própria morte.

- Para Sartre, o peso dessa liberdade aparece em


certas situações-limite: onde o homem tem de decidir.

Jean-Paul
Sartre
- A angústia resultada da responsabilidade que
cada homem tem na escolha de seus atos será
sentida por todos.

- O homem é a angústia.

Edmund Husserl Soren Kierkegaard Arthur Schopenhauer


• Quebra de paradigma não só na arte, na literatura,
na filosofia, na psicologia, mas também na ciência e
na cultura como um todo.

• A ciência apoiava-se no Racionalismo Mecanicista

de Descartes e no Idealismo de Hegel .


•  Portanto, durante muitos anos nos acostumamos a
entender o universo, a natureza e o próprio homem como
sendo máquinas;

•  Além disso alimentamos a pretensão de acreditar que todo


o universo obedeceria às leis da Mecânica Clássica.
Einstein nos esclarece como os cientistas
abandonaram esta crença:

Ø "Perdoe-me, Newton; você descobriu talvez o único caminho


possível em sua época para um homem possuidor do mais alto
raciocínio e poder criativo. Os conceitos que criou, ainda hoje
orientam o nosso pensamento na física, embora saibamos que
deverão ser substituídos por outros, muito afastados da esfera
da experiência imediata, para possibilitar a compreensão mais
profunda dos relacionamentos."...
•  Heidegger demonstra a impropriedade da utilização do
método cartesiano no estudo das questões humanas,
criando assim, um novo paradigma.

•  Passa-se à investigação descritiva, analisando o sentido


que o próprio indivíduo atribui aos fatos, buscando assim
a sua compreensão.
•  A psicologia não pode mais explicar o homem como um
ser possuidor de um mecanismo psíquico determinado
por forças inconscientes;

•  Resgata-se então não apenas sua singularidade e


originalidade, mas acima de tudo sua individualidade.
•  A existência humana a partir de então não pode ser
reduzida à definição e classificação da substância
orgânica que compõe o corpo do homem.

• O Existencialismo não nega os fatores biológicos e sociais;


•  O Existencialismo surge como uma tomada de
posição de alguns pensadores frente ao
cientificismo que se desenvolvia na época;
• O homem não é um ser apenas
dotado de racionalidade, de
inteligência e de sensação.

•  Assim, o Existencialismo
declara a importância de
se levar em conta outros
aspectos da constituição
do homem, além daqueles
considerados pela Ciência;
Aquilo que somos depende não somente de fatores físicos e biológicos,
mas também é fruto do contexto sociocultural e histórico que vivemos.

Além disso, nossas escolhas tem um peso grande ...

“Quando você escolhe, toda a humanidade escolhe também”

A consciência sobre suas ações impõe ao indivíduo a responsabilidade


sobre suas escolhas, limitando seu livre arbírtrio

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