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NOVA VERSÃO I N T E R N A C I O N A L

FAÇA UMA J O R N A D A VISUAL


ATRAVÉS DA V I D A E D O S
TEMPOS BÍBLICOS
A carta não menciona seu autor, porém há muitas similaridades com o evangelho de João (e.g., 1Jo 1.1 e Jo 1.1; 1Jo 1.4 e Jo 16.24; 1 Jo
2.7 e Jo 13.34,35; 1Jo 4.6 e Jo 8.47; 1Jo 5.12 e Jo 3.36). Apesar de alguns estudiosos apontarem diferenças entre o evangelho e a epístola,
as semelhanças pesam muito mais que as diferenças. Além disso, o autor da epístola declara que viu Jesus e o tocou (1.1).
Não há indicação de quando a carta foi escrita. Entretanto, uma vez que o autor aparenta ter idade avançada (note sua referência
reiterada a seus leitores originais como “filhinhos”; veja 2.1; 3.7), muitos acreditam que foi escrita perto do final do primeiro século.
A possibilidade de que ela seja a resposta a uma forma primitiva de gnosticismo, heresia do século II, apoia essa datação. A cidade de
Éfeso é sugerida como lugar de sua redação.

DESTINATÁRIO

Aparentemente, 1João pretendia ser uma carta circular, porque não especifica um destinatário nem faz referência a algum ponto geográ­
fico. 0 mais antigo e confirmado uso de 1João foi na província romana da Asia (hoje Turquia), onde Éfeso estava situada.

FATOS CULTURAIS E DESTAQUES

Temos em 1 João 4.2 a indicação mais clara de que uma espécie de ensino proto-gnóstico seja a heresia que João está combatendo.
Os gnósticos consideravam a matéria física de natureza maligna, por isso não entendiam a encarnação. Para eles, o Logos divino (o Verbo)
não poderia ter se tomado carne. 0 gnosticismo nega a necessidade da encarnação e da expiação. A afirmação implícita de que Jesus
tinha corpo físico, em 1João 1.1, pode fazer parte da refutação ao ensino gnóstico (ver “Os gnósticos e seus escritos sagrados”, 1Jo 4).
Entretanto, se João está confrontando o gnosticismo, os leitores deveriam esperar uma refutação mais completa de suas doutri­
nas, e 1 João não tem o mesmo teor dos textos antignósticos do século II (e.g., Contra heresias, de Ireneu). Talvez seja melhor entender
que João está ciente da tendência que começa a se formar em torno do pensamento contrário à encarnação entre alguns que se
denominavam "cristãos”, mas que sua carta é uma exortação geral a respeito da bondade.

LINHA DO T E M P O

10 A.C. D.c.1 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Nascimento de Jesus (ca. 6/5 a.C.)

João toma-se discípulo (ca. 26 d.C.)

Morte, ressurreição e ascensão de Jesus (ca. 30 d.C.)

Reinado de Nero (ca. 54-68 d.C.)

Destruição do templo de Jerusalém (ca. 70 d.C.)


i
Reinado de Domiciano (ca. 81 -96 d.C.)

Redação de 1João (ca. 85-95 d.C.)

Exílio de João em Patmos (ca. 90-95 d.C.)

ENQUANTO VOCÊ LÊ

Atente para o chamado de João aos cristãos, para que vivam de maneira piedosa pela conversão do pecado, obediência aos mandamentos
de Deus, demonstração de amor aos outros cristãos, abandono da glória mundana e apego aos ensinos corretos acerca de Jesus Cristo.
I N T R O D U Ç Ã O A 1JOÃO 2025

VOCÊ SABIA?

• Os gnósticos negavam que suas ações imorais fossem pecaminosas (1.10).


• Os gnósticos insistiam que 0 ensino apostólico deveria ser complementado com 0 “conhecimento superior” que eles alegavam
possuir (2.27).
• Os gnósticos ensinavam que 0 Cristo divino veio sobre 0 Jesus humano no batismo e depois saiu dele na cruz, para que somente 0
homem Jesus morresse (4.2).

TEMAS

A primeira carta de João contém os seguintes temas:


1. A encarnação. João adverte os cristãos dos falsos mestres — “anticristos” (2.18) — infiltrados na igreja, que negavam que Jesus viera
em carne (2.22; 4.2,3). João insiste que 0 Cristo não é uma aparição sobrenatural camuflada, mas uma pessoa histórica, Jesus de Nazaré.
O teste do cristianismo bíblico é crer na humanidade total e na divindade total de Jesus Cristo.
2. Amor. A ordenança central desta breve carta é 0 chamado ao amor (3.11,23; 4.11,21). Os cristãos devem seguir 0 exemplo de Cristo:
am ar uns aos outros (3.10,11) e cuidar dos necessitados (3.17) a ponto de renunciar à própria vida, se necessário (3.16). Uma vez que
“0 amor procede de Deus” (4.7), 0 amor genuíno só pode ser expressado quando Deus vive em nós (4.12), e nós, nele (4.16).
3. Convicções dos cristãos. João assegura que os cristãos podem ter certeza de que 1) Jesus é 0 Filho de Deus (5.5); 2) os cristãos obtêm a
vida eterna por meio dele (5.11); 3) Deus ouve e responde às orações (5.14); 4) eles não são mais escravos do pecado, e Deus os mantém
protegidos do Maligno (5.18); 5) eles são filhos de Deus (5.19); 6) eles podem conhecer a Deus por meio de seu Filho, Jesus Cristo (5.20);
7) Jesus é “0 verdadeiro Deus” (5.20).

SUMÁRIO

I. A realidade da encarnação (1.1 -4)


II. Comunhão com 0 Pai e com 0 Filho (1,5— 2.28)
A. Caminhar na luz como base da comunhão (1.5— 2.11)
B. Uma digressão (2.12-14)
C. 0 amor ao mundo como obstáculo à comunhão (2.15-17)
D. A negação a Cristo como obstáculo à comunhão (2.18-28)
III. Filhos de Deus (2.29— 4.6)
A. Como um filho de Deus se parece (2.29— 3.24)
B. 0 que um filho de Deus conhece (4.1-6)
IV. Deus é amor (4.7— 5.12)
V. Grandes certezas dos cristãos (5.13-21)
20 26 1] OÃO 1 . 1

A Palavra da Vida

1
0 que era desde o princípio,3 o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos,b o que contempla­ 1.1 "Jo 1.2;
Mo 1.14; 2Pe 1.16;
mos e as nossas mãos apalparam0 — isto proclamamos a respeito da Palavra da vida. 2 A vida se 'Jo 20.27
1.2 dJo 1.1-4;
manifestou;d nós a vimos e dela testemunhamos, e proclamamos a vocês a vida eterna, que estava com 1Tm3.16
o Pai e nos foi manifestada. 3 Proclamamos o que vimos e ouvimos para que vocês também tenham 1.3*1001.9
comunhão conosco. Nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo®4 Escrevemos estas 1.4f1Jo 2.1;
•J0 3.29
coisas* para que a nossa alegria” seja completa.9

A ndar na Luz
5 Esta é a mensagem que dele ouvimos11 e transmitimos a vocês: Deus é luz; nele não há treva1.5 h1Jo 3.11
alguma. 6 Se afirmarmos que temos comunhão com ele, mas andamos nas trevas,' mentimos e não 1.6 '2Co 6.14;
Uo 3.19-21
praticamos a verdade.i7 Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, temos comunhão uns com 1.7 mb 9.14;
Ap 1.5
os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo6 pecado.k
8 Se afirmarmos que estamos sem pecado,1enganamos a nós mesmos, e a verdade não está em 1.8 'Pv 20.9;
Tg 3.2; "1 Jo 2.4
nós.m9 Se confessarmos os nossos pecados,11 ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos 1.9 "SI 32.5; 51.2
purificar de toda injustiça.10 Se afirmarmos que não temos cometido pecado, fazemos de Deus um 1.10 “1Jo 5.10;
1 Jo 2.14
mentiroso,0 e a sua palavra não está em nós.P p

2 Meus filhinhos,9 escrevo a vocês estas coisas para que vocês não pequem. Se, porém, alguém pecar, 2.1 ov. 12,13,28;
flm 8.34; Hb7.25
temos um intercessor junto ao Pai,r Jesus Cristo, o Justo.2 Ele é a propiciação pelos nossos pecados,s 2.2 sRm 3.25
e não somente pelos nossos, mas também peloscpecados de todo o mundo.
3 Sabemos que o conhecemos, se obedecemos aos seus mandamentos.*4 Aquele que diz: “Eu o2.3 Uo 14.15
2.4 “1Jo 1.6,8
conheço”, mas não obedece aos seus mandamentos, é mentiroso, e a verdade não está nele.u 5 Mas, se 2.5 vJo 14.21,23;
alguém obedece à sua palavra,vnele verdadeiramente o amor de Deus1*está aperfeiçoado.™ Desta for­ «IJo 4.12

ma sabemos que estamos nele:6 aquele que afirma que permanece nele deve andar como ele andou.* 2.6 xMt 11.29;
1Pe2.21
7 Amados, não escrevo a vocês um mandamento novo, mas um mandamento antigo, que vocês têm 2.7 v1Jo 3.11,23;
desde o princípio:V a mensagem que ouviram.8 No entanto, o que escrevo é um mandamento novo,2 o 2.8 2Jo 5,6
zJo 13.34;
qual é verdadeiro nele e em vocês, pois as trevas estão se dissipando3 e já brilhab a verdadeira luz.c aRm 13.12;
bJo 1.9; cEf 5.8;
9 Quem afirma estar na luz mas odeia seu irmão, continua nas trevas.10 Quem ama seu irmão 1TS5.5
permanece na luz,d e nelee não há causa de tropeço.11 Mas quem odeia seu irmão está nas trevas e 2.10 «1Jo 3.14
2.11 «Jo 12.35
anda nas trevas; não sabe para onde vai, porque as trevas o cegaram3
12 Filhinhos, eu escrevo a vocês porque os seus pecados
foram perdoados, graças ao nome de Jesus.
13 Pais, eu escrevo a vocês
porque conhecem aquele que é desde o princípio.
Jovens, eu escrevo a vocês
porque venceram o Maligno.*
14 Filhinhos/", eu escrevi a vocês 2.14 9Ef 6.10;
fJo 5.38; 1Jo 1.10;
porque conhecem o Pai. •v. 13
Pais, eu escrevi a vocês porque conhecem
aquele que é desde o princípio.
Jovens, eu escrevi a vocês, porque são fortes,9
e em vocês a Palavra de Deus permanece,*1
e vocês venceram o Maligno.'
0 1 .4 Vários manuscritos dizem a alegria de vocês.
b 1 .7 Ou de cada.
c 2 .2 Ou Ele é o sacrifício que desvia a ira de Deus, tirando os nossos pecados, e não somente os nossos mas também os.
d 2 .5 Ou o amor a Deus.
e 2 .1 0 Ou nela.
f 2 .1 4 Grego: Crianças-, também no versículo 18.

1.1 N a abertura da carta, João reage contra a heresia dos gnósticos (ver uma data tardia para a cana são: 1) o cristianismo já surgira havia tempo,
nota em 2.3) com o testemunho de que aquele que existe desde a eterni­ a ponto de seus preceitos serem chamados “mandamento antigo” ; 2) há
dade “tornou-se carne” (Jo 1.14). indícios de que o movimento gnóstico havia iniciado, ainda que não
1.10 estivesse plenamente desenvolvido.
Os gnósticos (ver nota em 2.3) negavam que suas ações imorais
fossem pecaminosas. 2.9 Sobre o termo “irmão”, ver nota em Rm 1.13.
2.3 Joáo usa 45 vezes dois verbos gregos geralmente traduzidos por “co­ 2.12-14 “Filhinhos” (v. 12,13), como em outros pontos da carta, prova­
nhecer”. Um desses verbos está relacionado com o nome dos gnósticos, velmente é um tratamento dirigido a todos os leitores de Joáo, inclusive
a seita herética que apregoava possuir um conhecimento especial (gr. os pais e os jovens. Os termos “pais” e “jovens”, entretanto, podem in­
gnosis) de Deus (ver 'Os gnósticos e seus escritos sagrados”, em IJo 4). dicar dois níveis de maturidade espiritual. Alguns entendem que os três
2.7 Não se pode afirmar com certeza se a carta foi escrita antes ou depois termos se referem a graus de maturidade na fé.
do evangelho de João. A tradição diz que o evangelho foi escrito numa
época tardia da vida de João, no final do primeiro século. Evidências de
1 J OÃ O 3.12

Não se Deve A m ar o M undo


Z15iRm 12.2; 15 Não amem o mundo nem o que nele háJ Se alguém ama o mundo, o amor do Paifl não está
kTg 4.4
2.16 'Rm 13.14; nele.k 16 Pois tudo o que há no mundo — a cobiça da carne*’,1a cobiça dos olhosme a ostentação dos
mPv 27.20
2.17 "1Co 7.31 bens — não provém do Pai, mas do m undo.17 O mundo e a sua cobiça passam,n mas aquele que faz a
vontade de Deus permanece para sempre.

Advertência contra os Anticristos


2.18 °v. 22; 18 Filhinhos, esta é a última hora e, assim como vocês ouviram que o anticristo está vindo,0 já
1 J 0 4.3; 2Jo7;
P 1J 0 4 .1 agora muitos anticristos têm surgido.P Por isso sabemos que esta é a última h o ra.19 Eles saíram do
2.19 Vt 20.30;
fl Co 1 1 .1 9 nosso meio^ mas na realidade não eram dos nossos, pois, se fossem dos nossos, teriam permane­
cido conosco; o fato de terem saído mostra que nenhum deles era dos nossos/
2.20 s2Co 1.21; 20 Mas vocês têm uma unçãos que procede do Santo1 e todos vocês têm conhecimento^ 21 Não
*Mc1.24;
“Jo 14.26 escrevo a vocês porque não conhecem a verdade, mas porque a conhecemv e porque nenhuma men­
2.21 ^Pe 1.12;
Jd 5 tira procede da verdade.22 Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Este é o
2.22 "2Jo 7 anticristo: aquele que nega o Pai e o Filho.w23 Todo o que nega o Filho também não tem o Pai; quem
2.23 xJo 8.19;
1J0 4.15 confessa publicamente o Filho tem também o Pai.x
2.24 vJo 14.23 24 Quanto a vocês, cuidem para que aquilo que ouviram desde o princípio permaneça em vocês.
Se o que ouviram desde o princípio permanecer em vocês, vocês também permanecerão no Filho e no
Pai.v25 E esta é a promessa que ele nos fez: a vida eterna.
2.26*2Jo7 26 Escrevo estas coisas a respeito daqueles que os querem enganar.2 27 Quanto a vocês, a unção3
2.27 av. 20
que receberam dele permanece em vocês, e não precisam que alguém os ensine; mas, como a unção
dele recebida, que é verdadeira e não falsa, os ensina acerca de todas as coisas, permaneçam nele como
ele os ensinou.

Os Filhos de Deus
2.28 bv. 1; 28 Filhinhos,b agora permaneçam nele para que, quando ele se manifestar,0 tenhamos confiançad
C1Jo 3.2; dJo 4.17;
*1Ts2.19 e não sejamos envergonhados diante dele na sua vinda.e
2.29 fIJo 3.7 29 Se vocês sabem que ele é justo,f saibam também que todo aquele que pratica a justiça é nascido dele.
3.1 ftJo 3.16; Vejam como é grande o amorQ que o Pai nos concedeu: sermos chamados filhos de Deus,h o que de
hJo 1.12; 'Jo 16.3
3.2 iRm 8.29; 2
Pe1.4;k2Co 3.18
3 fato somos! Por isso o mundo não nos conhece, porque não o conheceu.'2 Amados, agora somos
filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser, mas sabemos que, quando ele se
3-3'2Co7.1; manifestar^, seremos semelhantes a ele,i pois o veremos como ele é.k3 Todo aquele que nele tem esta
2Pe 3.13,14
esperança purifica-se a si mesmo,1assim como ele é puro.
S^Uoõ.U 4 Todo aquele que pratica o pecado transgride a Lei; de fato, o pecado é a transgressão da Lei.m5 Vocês
3.5 "2Co 5.21
3.6 ov. 9; p3Jo 11; sabem que ele se manifestou para tirar os nossos pecados, e nele não há pecado.n6 Todo aquele que nele
01J0 2.4
permanece não está no pecadoe.° Todo aquele que está no pecado não o viuP nem o conheceu.^
3.7rIJo2.1; 7 Filhinhos/ não deixem que ninguém os engane.s Aquele que pratica a justiça é justo, assim como
s1Jo2.26;
‘1J0 2.29 ele é justo.18 Aquele que pratica o pecado é do Diabo,u porque o Diabo vem pecando desde o princípio.
3.8 uJo 8.44
3.9 vJo 1.13; Para isso o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do Diabo.9 Todo aquele que é nascido de
"1J0 5.18; Deusvnão pratica o pecado,wporque a semente de Deusxpermanece nele; ele não pode estar no pecadof,
*1Pe1.23
3.10 HJo 4.8 porque é nascido de Deus.10 Desta forma sabemos quem são os filhos de Deus e quem são os filhos do
Diabo: quem não pratica a justiça não procede de Deus, tampouco quem não amav seu irmão.

O Am or Fraternal
3.11 z1Jo 1.5; 11Esta é a mensagem que vocês ouviram2 desde o princípio: que nos amemos uns aos outros.3
aJo 13.34,35;
2Jo5 12 Não sejamos como Caim, que pertencia ao Maligno e matou seu irmão.b E por que o matou?
3.12 »Gn 4.8
a 2 .1 5 Ou amor ao Pai.
b 2 .1 6 Ou da natureza pecaminosa.
c 2 .2 0 Muitos manuscritos dizem e vocês conhecem todas as coisas.
d 3 .2 Ou quando istofor revelado.
e 3 .6 Grego: não peca; também no final do mesmo versículo.
f 3 .9 Grego: não pode pecar.

2.18 À semelhança de outros escritores do N T, João vê todo o período em 2.3). A resposta de João é que o que seus leitores aprenderam do
que começa com a primeira vinda de Cristo como os últimos dias (ver ministério do Espírito, por meio dos apóstolos, não só era o suficiente
“Escatologia judaica no século I d.C.”, em Rm 6). como também a única verdade confiável.
2.23 Ver 2Jo 9 e nota. 3.1 Sobre a expressão “filhos de Deus” ver nota em Rm 8.15.
2.27 Os gnósticos insistem que o ensino apostólico seja complementado
com o “conhecimento superior” que eles alegavam possuir (ver nota
028 1J O Ã O 3.13

Porque suas obras eram más e as de seu irmão eram justas.13 Meus irmãos, não se admirem se o 3.13 cJo 15.18,19;
17.14
mundo os odeia.0 14 Sabemos que já passamos da morte para a vidad porque amamos nossos irmãos. 3.14 dJo 5.24;
e1Jo 2.9
Quem não ama permanece na morte.e 15 Quem odeia seu irmão é assassino,' e vocês sabem que 3.15 <Mt 5.21,22;
nenhum assassino tem a vida eterna em si mesmo.s Jo 8.44; oGI
5.20,21
16 Nisto conhecemos o que é o amor: Jesus Cristo deu a sua vida por nós, e devemos dar a nossa 3.16 hJo 15.13
vida por nossos irmãos.h 17 Se alguém tiver recursos materiais e, vendo seu irmão em necessidade, 3.17 <Dt 15.7,8;
•1Jo 4.20
não se compadecer dele,' como pode permanecer nele o amor de Deus?J18 Filhinhos,k não amemos 3.18 «IJo 2.1;
'Ez 33.31 ;Rm 12.9
de palavra nem de boca, mas em ação e em verdade.119 Assim saberemos que somos da verdade;
e tranqüilizaremos o nosso coração diante dele 20 quando o nosso coração nos condenar. Porque Deus
é maior do que o nosso coração e sabe todas as coisas.
21 Amados, se o nosso coração não nos condenar, temos confiança diante de Deusm22 e recebemos 3.21 m1Jo5.14
3.22 "Mt 7.7;
dele tudo o que pedimos," porque obedecemos aos seus mandamentos e fazemos o que lhe agrada.0 °Jo8.29
23 E este é o seu mandamento: Que creiamosP no nome de seu Filho Jesus Cristo e que nos amemos uns 3.23 pJo 6.29;
qJo 13.34
aos outros, como ele nos ordenou.^24 Os que obedecem aos seus mandamentos nele permanecem/ e 3.24 IJo 2.6;
s1Jo4.13
ele neles. Do seguinte modo sabemos que ele permanece em nós: pelo Espírito que nos deu.s

Como Discernir os Espíritos

4 Amados, não creiam em qualquer espírito, mas examinem os espíritos para ver se eles procedem de
Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo.'2 Vocês podem reconhecer o Espírito
de Deus11 deste modo: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em cameu procede de Deus;v
4.1 *2Pe 2.1;
1J0 2.18
4.2 “Jo 1.14;
1J0 2.23;
*1Co 12.3
3 mas todo espírito que não confessa Jesus não procede de Deus. Esse é o espírito do anticristoi’,w 4.3 "IJo 2.22;
2Jo7
acerca do qual vocês ouviram que está vindo, e agora já está no mundo.
4 Filhinhos, vocês são de Deus e os venceram, porque aquele que está em vocês* é maior do que 4.4 «Rm8.31;
yJo 12.31
aquele que está no mundo.v 5 Eles vêm do mundo.2 Por isso, o que falam procede do mundo, e o 4.5 Uo 15.19
mundo os ouve. 6 Nós viemos de Deus, e todo aquele que conhece a Deus nos ouve; mas quem não 4.6 aJo 8.47;
»Jo 14.17
vem de Deus não nos ouve.3 Dessa forma reconhecemos o Espírito1 da verdadeb e o espírito do erro.

O A mor de Deus
7 Amados, amemos uns aos outros,0 pois o amor procede 4.7 ciJo3.11;
d1Üo2.4
de Deus. Aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus.d
V o zes a n t ig a s V 8 Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor.e 9 Foi 4.8 ev. 7,16
4.9 fJo 3.16,17;
Alguns adquirem o hábito de andar para assim que Deus manifestou o seu amor entre nós: enviou o seu 1Jo5.11
lá e para cá, disseminando o Nome, mas Filho Unigênitolí ao mundo, para que pudéssemos viver por meio
com artifício maligno. Eles fazem coisas dele.'10 Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos ama­ 4.10 gRm5.8,10;
h1Jo2.2
que não são dignas de Deus. Você deve do a Deus, mas em que ele nos amoua e enviou seu Filho como
fugir deles como se fugisse de bestas propiciação pelos nossos pecados.eh 11 Amados, visto que Deus
selvagens, pois são cães raivosos que assim nos amou,' nós também devemos amar uns aos outros. 4.12 Uo 1.18;
mordem traiçoeiramente. Você precisa 1Tm 6.16; IJ o 2.5
12 Ninguém jamais viu a Deus;i se amarmos uns aos outros, Deus
estar alerta contra eles, pois são quase permanece em nós, e o seu amor está aperfeiçoado em nós.k
incuráveis. Há um médico: ele é de carne
13 Sabemos que permanecemos nele, e ele em nós, porque ele
e espírito; ele é nascido, não gerado; ele é
nos deu do seu Espírito.114 E vimos e testemunhamosm que o Pai 4.14 mJo 15.27;
Deus em homem; ele é a vida verdadeira nJo 3.17
enviou seu Filho para ser o Salvador do mundo."15 Se alguém con­ 4.15 oRm 10.9
na morte; ele vem de Maria e de Deus; ele
fessa publicamente que Jesus é o Filho de Deus,0 Deus permanece
primeiro sofreu e depois estava além do
nele, e ele em D eus.16 Assim conhecemos o amor que Deus tem 4.16 pv. 8;
sofrer; ele é Jesus Cristo, nosso senhor. HJo 3.24
por nós e confiamos nesse amor.
— I nácio de A ntioquia sobre falsos Deus é amor.P Todo aquele que permanece no amor permane­
MESTRES ESOBRE A DOUTRINA DEQUE CRISTO t
ce em Deus, e Deus nele.1!17 Dessa forma o amor está aperfeiçoador
D eus e homem
entre nós, para que no dia do juízo tenhamos confiança, porque
De Inácio de Antioquia (m. ca. 107 d.C.), Carta aos Efésios, 6 0 4 .2 Ou espírito que vem de Deus.
(tradução por Duane Garrett) b 4 .3 Ou espírito que vem do anticristo.
Ver o artigo "Os gnósticos e seus escritos sagrados", em 1Jo 4. c 4 .6 Ou esj>írito.
d 4 .9 Ou Unico.
e 4 .1 0 Ou sacrifício que desvia a ira de Deus, tirando os nossos pecados.

3.13 Sobre os “irmãos”, ver nota em Rm 1.13. 4.2 Os gnósticos ensinavam que o Cristo divino veio sobre o Jesus humano
4.1 Falsos profetas, como os gnósticos da época de João (ver “Os gnós­ no batismo e depois saiu dele na cruz, para que somente o homem Jesus
ticos e seus escritos sagrados”, em IJo 4), fàlam sob a influência de espí­ morresse.
ritos alheios a Deus. 4.3 Para mais informações sobre as falsas doutrinas, ver nota em Cl 2.8-23.
4.14 Para mais informações sobre Jesus como Salvador, ver nota
Lc 2.11.
G N O S T I C O S E S EUS
ESCRITOS SAGRADOS
1 JOÃO 4 0 gnosticismo foi uma das heresias cristãs primitivas.♦ Alguns gnósticos acreditavam que "o Cristo" (espécie de unção
| Os escritos gnósticos são muitos e variados, e exploram conceitos pla­ ou presença espiritual) veio sobre o homem Jesus em seu batismo e
tônicos, imagens do NT e mitos pagãos. Muitos textos gnósticos partiu antes de sua crucificação. Desse modo, não havia união eterna
foram descobertos em Nag Hammadi, no Egito, em 1945. Muitos das naturezas humana e divina em Jesus, e o verdadeiro Cristo não
eram pseudoapostólicos, ou seja, falsamente atribuídos aos apóstolos. possuía corpo físico.
0 Evangelho de Towé, o Apócrifo de Tiago e a Carta de Pedro a Filipe ♦ Um ramo do gnosticismo, os docetistas, acreditava que Jesus era
são exemplos disso. Certas observações gerais podem ser feitas à na verdade um espírito divino que apenas parecia ter corpo físico.
literatura gnóstica: Seu corpo, argumentavam, não era verdadeiramente carne, apenas
ilusão. A afirmação de que "todo espírito que confessa que Jesus Cristo
♦ Derivado da palavra grega gnosis, que significa "conhecimento", veio em carne procede de Deus" refuta esse ensinamento (1Jo 4.2).
o gnosticismo foi um movimento que se proclamava detentor de um Possivelmente, aqueles a quem João contesta foram os precursores
conhecimento secreto acerca de Deus. Seus seguidores consideravam dos grupos que, mais tarde, escreveram os textos gnósticos.
o Deus da Bíblia, o Criador do mundo, um deus inferior. Na doutrina
gnóstica, o mundo material era de natureza maligna, por isso seu cria­ As advertências de João indicam que a heresia pode surgir sob
dor tinha de ser uma divindade inferior. muitas formas, geralmente na aparência de ensinamento apostóli­
♦ 0 Salvador, para o gnosticismo, mais que fazer expiação do pe­ co. Os que negam a humanidade de Jesus são tão heréticos quanto
cado, trouxe o conhecimento das "verdadeiras" origens divinas da os que negam sua divindade. Além disso, qualquer doutrina que
humanidade, libertando assim os seres humanos de sua ignorância entende o mundo material criado como intrinsecamente maligno é
e da escravidão ao mundo material. perigosa e equivocada.1
'Ver "Heresias no cristianismo prim itivo", em 2Co 10.

neste mundo somos como ele.18 No amor não há medo; ao contrário o perfeito amor expulsa o medo,s
porque o medo supõe castigo. Aquele que tem medo não está aperfeiçoado no amor.
4.19V. 10 19 Nós amamos porque ele nos amou primeiro.420 Se alguém afirmar: “Eu amo a Deus”, mas odiar
4.20 “1Jo 2.9;
«1J0 2.4; seu irmão,u é mentiroso,vpois quem não ama seu irmão, a quem vê,wnão pode amar a Deus, a quem
W1Jo 3.17; *v. 12
4.21 JMt 5.43 não vê.ax 21 Ele nos deu este mandamento: Quem ama a Deus, ame também seu irmão.v

A Fé no Filho de Deus
5.1 Z1Jo 2.22; Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo2 é nascido de Deus,3 e todo aquele que ama o Pai ama
«Jo1.13;1Jo2.23;
nJo 8.42
5.3 cJo 14.15;
5 também o que dele foi gerado.b 2 Assim sabemos que amamos os filhos de Deus: amando a Deus
e obedecendo aos seus mandamentos. 3 Porque nisto consiste o amor a Deus: em obedecer aos seus
2Jo 6; tíMt 11.30
5.4 Mo 16.33 mandamentos/ E os seus mandamentos não são pesados.d4 O que é nascido de Deus vencee o mundo;
e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé. 5 Quem é que vence o mundo? Somente aquele que
crê que Jesus é o Filho de Deus.
5.6 iJo 19.34; 6 Este é aquele que veio por meio de água e sangue,f Jesus Cristo: não somente por água, mas por
oJo 14.17
5.7 hMt 18.16 água e sangue. E o Espírito é quem dá testemunho, porque o Espírito é a verdade.s7 Há trêsh que dão
a 4 .2 0 Vários manuscritos dizem como pode am ar a Deus, a quem não vê?.

5.1 João escreveu numa época em que os membros de uma família cons­ (água) e a crucificação (sangue) emolduram seu ministério. João reage às
tituíam uma unidade fechada sob a liderança do patriarca. Por isso, ele heresias dos gnósticos, segundo as quais o Cristo celestial desceu sobre o
usa a família como ilustração, para mostrar que qualquer um que ama a homem Jesus no batismo, mas partiu antes de ele ter sido crucificado.
Deus, o Pai, naturalmente amará os filhos de Deus. O apóstolo explica que Jesus veio não somente por meio da água do batis­
5.6 A maioria dos intérpretes considera a água e o sangue a somatória da mo, mas também pelo sangue na cruz.
totalidade da humanidade e do ministério de Jesus na terra. O batismo
2030 1 J O Ã O 5. 8

testemunho: 8 o Espírito, “ a água e o sangue; e os três são unânimes. 9 Nós aceitamos o testemunho 5.9 Uo 5.34;
JMt3.16.17;
dos homens,' mas o testemunho de Deus tem maior valor, pois é o testemunho de DeusJ que ele dá Jo 8.17,18
acerca de seu Filho.10 Quem crê no Filho de Deus tem em si mesmo esse testemunho.k Quem não crê 5.10 kRm 8.16;
Gl 4.6; Uo 3.33
em Deus o faz mentiroso,1porque não crê no testemunho que Deus dá acerca de seu Filho.11E este é 5.11 mJo 1.4;
1Jo 2.25
o testemunho: Deus nos deu a vida eterna, e essa vida está em seu Filho.m12 Quem tem o Filho, tem a 5.12 "Jo
vida; quem não tem o Filho de Deus, não tem a vida." 3.15,16,36

Observações Finais
13 Escrevi estas coisas a vocês que creem no nome do Filho de Deus,0 para que saibam que têm5.13 “1Jo 3.23;
pJo 20.31;
a vida etema.P14 Esta é a confiança^ que temos ao nos aproximarmos de Deus: se pedirmos alguma Uo 1.1,2
coisa de acordo com a vontade de Deus, ele nos ouvirá.r 15 E, se sabemos que ele nos ouve em tudo o 5.14
rMt7.7
<11Jo 3.21;

que pedimos, sabemoss que temos o que dele pedimos. 5.15 sv. 18,19,20

16 Se alguém vir seu irmão cometer pecado que não leva à morte, ore, e Deus dará vida ao que5.16 «Tg 5.15;
uHb 6.4-6; 10.26;
pecou.* Refiro-me àqueles cujo pecado não leva à morte. Há pecado que leva à morte;u não estou vJr 7.16
dizendo que se deva orar por este.v 17 Toda injustiça é pecado,” mas há pecado que não leva à morte.x 5.17 «1Jo 3.4;
X1Jo 2.1
18 Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não está no pecado*; aquele que nasceu de Deus5.18 vJo 14.30
o protegec, e o Maligno não o atinge.y19 Sabemos que somos de Deus2 e que o mundo todo está sob o 5.19 MJo 4.6;
•Gl 1.4
poder do Maligno.3 20 Sabemos também que o Filho de Deus veio e nos deu entendimento,15para que 5.20 bLc 24.45;
conheçamos aquele que é o Verdadeiro.0 E nós estamos naquele que é o Verdadeiro, em seu Filho Jesus cJo 17.3; «V. 11 *
Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna.d
21 Filhinhos, guardem-se dos ídolos® 5.21 ®1 Co 10.14;
1Ts 1.9
a 5 .7 ,8 Alguns manuscritos da Vulgata dizem testemunho no céu: o Pai, a Palavra e o Espírito Santo, e estes três são um.
8E há três que testificam na terra: o Espírito, (isto não consta em nenhum manuscrito grego anterior ao século doze).
b 5 .1 8 Grego: não peca.
c 5 .1 8 Ou a si mesmo se protege.

5.7 A Lei exigia “duas ou três testemunhas” (Dt 17.6). N o final do 5.16 No contexto da carta, dirigida contra o ensinamento gnóstico, que
versículo, algumas versões antigas inglesas acrescentam as palavras en­ negava a encarnação e desprezava as restrições morais, é provável que o
contradas na nota da NVI, mas essa adição não é encontrada em nenhum “pecado que conduz à morte” seja a negação persistente e incontrolável
manuscrito grego ou tradução do N T anterior ao século XIV (ver “Pri­ dos gnósticos à verdade e a imoralidade que praticavam.
mitivas correções escribais”, em 2Sm 4; e “Crítica textual”, em Is 51).

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