Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Boldrini Determinantes PDF
Boldrini Determinantes PDF
INVERSA
3.1 INTRODUÇÃO
Observe que os denominadores são iguais e estão associados à matriz dos coe-
ficientes do sistema
[::: :::]
Num sistema 3 X 3
a, x 1 + a 12 x 2 + a 13 x 3 = b,
{ a 2:x, + a 22 x 2 + a 23 x 3 = b 2
a3,x 1 + a 32 x2 + a33x 3 :..: b3
(desde que sejam possíveis as operações), ao procurarmos os valores de x" x 2
e x 3 , vemos que eles têm o mesmo denominador aua2 2a 33 - a11 a23 a 32 -
- a 12 a 2 ,a 33 + a12 a23 a3, + a 13a2 aa 32 - a13a22a 3., que também está associado ã
matriz dos coeficientes do sistema
3.3 DETERMINANTE
Quando nos referirmos ao determinante, isto é, ao número associado a urna:
matriz quadrada A = [a;;J como na secção anterior, escreveremos:
(I 2 3) o
(I 3 2) I
(2 I 3) I
(2 3 I) 2
(3 1 2) 2
(3 2 1) 3
Determimmte e Matriz Inversa 67
au a 12 a 13
a11 au a23 =
a:u a 32 a 33
Observe que aparecem todos os produtos av1a2Jzll3f 3, onde (j 1 iz j,) são as per-
mutações de 1, 2 e 3. AJém disso, vemos que o sinal do termo é negativo, se a
permutação tiver um número ímpar de inversões. (Veja a tabela acima para verificar
os sinais.)
Como generalização, o determinante de uma matriz quadrada [ai/1nxn é
dado pela definição a seguir.
3.3.2 Definiçio: det [llq] =L (-1Yil•J1a:zj2 ... a,;, onde J =J(j. ... ,in)
p
Propriedades
i) Se todos os elementos de uma linha (coluna) de uma matriz A são nulos,
det A= O.
A razão disto é que, pela observação (ü), em cada termo que aparece no cálcu-
lo do determinante há um dos elementos da linha (coluna) nula e, portanto,
todos os termos se anulam, e o determinante é zero.
il) det A = det A'
Dai inferimos que as propriedades que são válidas para linhas também o são
para colunas.
A prova desta propriedade é a seguinte: se A = [a;1], sabemos que A' == [bq },
onde b;J ;; aii· Então, pela definição de determinante, temos
iv) Uma vez trocada a posição de duas linhas, o determinante troca de sinal.
v) O determinante de uma matriz que tem duas linhas (colunas) iguais é zero.
Isto é verdade porque se trocarmos as posições das linhas que são iguais, a
matriz e, portanto, o determinante permanecerão os mesmos. Por outro lado,
pela propriedade anterior, o determinante deve trocar de sinal e, portanto, a
única possibilidade é que o determinante seja nulo.
DetermiDante e Mattiz Inversa 69
vl)
bin + c; 1
Exemplo: 3 -2 1 3 -2 1
2 5 o .. 2 5 o
2 4 -2 8 o o
Aqui, à terceira linha, somamos a primeira linha multiplicada por 2. Para pro-
var esta propriedade usamos as propriedades (vi), (iii) e (v).
a12 a•3
a22 a23 =
a32 a33
70 ÁLGEBRA LINEAR.
tlq "'(-ti•IJA;jl
obtemos a expressão
detA = a11 tl 11 + Ot2il 12 + a 13/l13
Esta propriedade continua sendo válida para matrizes de ordem n 1 , e assim po-
demos expressar:
i=l
,.
=L Ujjdjj
/=I
3.4.1 Exemplos
Exemplo 1: r--,
1 :-2.
1
3
IAI = 2 I
I
I
1 -1
-2 l-11
L_J
2
1 Pua uma demonstração, veja por uemplo Lipschutz;, S.;Aigebro Linear, McGraw·Hill do
Brasil Ltda., Rio de Janeiro, 1971.
Determinante e Matm ln'Nnll 71
onde
-~I =- _;
-1
2 = -2
~I= 8
3 = 7
-1
Portanto
IAI = (-2)(-2) + 1 • 8 + (-1)7 = s
O desenvolvimento de Laplace é uma fórmula de recorrência que permite
calcular o determinante de uma matriz de ordem n, a partir dos determinantes
das submatrizes quadradas de ordem 11 - 1. Em grande parte dos casos ele sim-
plifica muito o cálculo de determinantes, principalmente se for utilizado um
conjunto com outras propriedades dos determinantes.
Exemplo 2:
2 -2I
I -2 3
(llii)
I 3
2 1 -1 ::: -1 =
-2 -1 2 o o
= I . (-1)3+31 ~ -21
l = I • (I + 4) = 5
Dad~ uma matriz A, lembramos que o cofator tl;; do elemento aii da matriz é
(-1)1 +i det A;j. onde A;; é a subrnatriz de A, obtida extraindo-se a i-ésima linha
e j-ésima coluna. Com estes cofatores podemos formar urna nova matriz A, de-
nominada matriz dos co/atores de A.
à = [tl;;]
Exemplo:
A=
t~ :] 1
6
Então, Ã= [-19-5 19
10
-19]
-11
4 -8 5
~]
-19 -5
adj A = [ 19 10
-19 -11
Determinante e MaUiz Invcna 73
[ - 1~o -1~o ~]
-19
=-19 [~o ~o ~]
1
=-1913
Além disto, podemos verificar que det A=- 19. Então A • A' = ( det A)l 3 • Este
resultado não foi obtido por acaso, mas é válido para toda matriz quadrada A
de ordem n.
au
A • (adj A) = [ a:n
QJJ
A • (adj A) =
petA
L ~
o
det A
o
~
det A
J =(det A)l 3
3.5.4 Exemplos
Exemplo 1:
Seja A= 0 3] E
21
4 . ntã'o A -1 = ~1
[:
pois A • A - 1 = 12 e A -t • A = 12 (Verifique!)
Exemplo 2:
Seja A= G~ ;J
Procuremos sua inversa, isto é,
B= [~ : J tal que A • B = 12 e B • A = 12
G~
A
Í 6a + 2c
lJ la + 4c
6b +
llb
2dl
+ 4dj = o
c~
~]
Portanto,
6b+2d=O
{ 6a+2c=l {
lla + 4c =O e =1
llb + 4d
Teremos então,
Determinante e Matxiz Intma 75
ou seja, A · B : I. Também
[ 2 -lJ
- _!_!_
2
3
ou seja, B • A = I e, portanto,
B= [-.!.!...2 -1]
2
3
[~ Z:] = [~ ~]
implica que 2c == e c = O, e não podemos ter estas igualdades simultanea-
mente.
76 ÁLGEBRA UNEAR
Suponhamos agora que Anxn tenha inversa, isto é, existe A- 1 tal que
A • A -I = 1,.. Usando o detemúnante temos
det(A • A- 1) = det A· detA- 1 e detl,. =I
Então:
det A • det A -I = I
Desse produto concluímos que se A tem inversa,
i) det A -=1= O
e iz) det A- 1 = de! A
Ou seja, det A -=1= O é uma condição necessária para que A tenha .uma inversa.
Vamos ver que esta condição também é suficiente. Já vimos em 3.5.2 que
A • Ã' = (det A)l. Se det A -=1= O, A • de! A • Ã' =I e como a inversa é úni-
A-I
-
ca, en t ao = det1 A •
A-,
.
Em resumo:
3.5.5 Teorema: Uma matriz quadrada A admite uma inversa se, e somente se
det A#= O.
Neste caso:
A - 1 = - 1- ( d' A)
det A a J
- [4-2 -t1J
A= 6
. = IL-114 -~]
e adJ A
Então
A-1 1 ( d' A).
= det A a J
I
= Tl:ll
r -2o _[ 2 -IJ
4
6 - 11
-y 3