Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
01 Elementosdodireitoconstitucional Erivaldasilvaoliveira 2012 150208145813 Conversion Gate02
01 Elementosdodireitoconstitucional Erivaldasilvaoliveira 2012 150208145813 Conversion Gate02
DIREITO
CONSTITUCIONAL
ll.a edição
revista e atualizada
1X1 ELEMENTOS 1
[ 1 Vil DO DIREITO 1
Coordenação
Marco Antonio Araujo Jr. EDITORA Ri?
Darlan Barroso REVISTA DOS TRIBUNAIS
ERIVAL DA SILVA OLIVEIRA
EDITORAI \ir e?
r
DIREITO
CONSTITUCIONAL
1 l.a edição
revista e atualizada
ITU ELEMENTOS 1
I MT DO DIREITO 1
-
Coordenação
Marco Antonio Araujo Jr.
Darlan Barroso
editora l \l r
REVISTA DOS TRIBUNAIS
m ELEMENTOS 1
I vlrDO DIREITO 1
2643
4 i
. tiragem: agosto de 2010; 10.i edição: 2010.
© desta edição
[2011]
Impresso no Brasil
[09.20111
Universitário (texto)
Fechamento da edição em [18.08.2011 ]
ISBN 978-85-203-4017-2
Agradecimentos
docentes.
arte de ensinar.
"
Salmo 102:6
Nota da Editora
e para uma revisão completa pois terá a sua disposição material atu-
,
NOTA DA EDITORA. 7
APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO. 9
1
. DIREITO CONSTITUCIONAL: CONCEITO E OBJETO. 21
2
. CONSTITUIÇÃO: CONCEITO E OBJETO. 23
3
. O VÍNCULO DA CONSTITUIÇÃO E DO DIREITO CONSTITUCIONAL
COM O ORDENAMENTO JURÍDICO. 25
12 .
Não escrita. 27
2 . Quanto à elaboração. 27
2 .
1 Dogmática. 27
22 .
Histórica. 27
3 .
Quanto à origem. 28
3 1 .
Popular. 28
32 .
Outorgada. 28
33 .
Pactuada. 28
4 . Quanto à estabilidade, mutabilidade, consistência ou alterabilidade 28
4 .
1 Rígida. 28
42 .
Flexível. 29
4 3
.
Semirrígida ou semiflexível. 29
44 .
Imutável. 29
5. Quanto à extensão. 29
5 1 .
Sintética ou concisa. 29
5 2
.
Analítica ou prolixa. 30
12 DIREITO CONSTITUCIONAL - Erival da Silva Oliveira
8 .
O PODER CONSTITUINTE. 43
9 .
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE. 49
1 . Supremacia da Constituição. 49
2 .
Conceito do controle de constitucionalidade. 49
3 . Inconstitucionalidade por ação. 50
4 . Inconstitucionalidade por omissão. 52
5 . Classificação do controle de constitucionalidade. 53
5 1 . Quanto ao momento em que é exercido. 53
5 1 1.
Preventivo, priorístico ou a priori.
.
53
SUMÁRIO 13
5 12
. .
Repressivo, posterior, sucessivo ou a posteriori. 54
5.
2 Quanto ao número de órgãos encarregados do controle. 54
52
. . 1 Concentrado, reservado ou austríaco. 54
52
. . 2 Difuso, aberto ou norte-americano. 55
5.
3 Quanto à natureza do órgão controlador. 55
53 1
. .
Político. 55
532
. . Judiciário. 55
6 .
Classificação do controle judiciário. 55
6 1
.
Quanto à posição do controle em relação ao objeto da causa .. 55
6 1 1
.
Principal.
.
55
6 12
. .
Incidental. 56
6. 2 Quanto aos efeitos da decisão. 56
62
. .
1 Inter partes. 56
62
. .
2 Erga omnes. 56
623
. .
Decisões no controle concentrado de constitucionali-
dade. 57
7 .
O controle de constitucionalidade no Brasil. 58
7 1
.
Preventivo. 58
7 1
. . 1 Comissões de Constituição e Justiça. 58
7 1
. .
2 Veto presidencial por inconstitucionalidade. 58
7.
2 Repressivo. 58
72 1
. .
Recurso extraordinário. 59
72
.
2 Mandado de injunção.
.
60
72
.
3 Ação direta de inconstitucionalidade genérica (ADIn/
.
ADI Genérica). 60
72
. . 4 Ação direta de inconstitucionalidade interventiva
(ADIn/ADI Interventiva). 62
72
. .
5 Ação direta de inconstitucionalidade supridora da
omissão ou por omissão (ADIn/ADI-SO/PO). 64
72
. . 6 Ação declaratória de constitucionalidade (ADECON/
ADECO/ADC). 67
72
. .
7 Arguição de descumprimento de preceito fundamental
(ADPF). 68
10. FEDERALISMO. 79
1
.
Forma do Estado. 79
1 1 .
Estado unitário. 79
12 .
Estado federal. 79
2 .
Federalismo no Brasil. 79
2 .
1 Componentes do Estado federal brasileiro. 80
2 1 1
. .
União. 80
2 12
. .
Estados federados. 80
2 1
. .
3 Municípios. 81
2 14
. .
Distrito Federal. 82
2 15
. .
Territórios federais. 84
2 . 2 Vedações constitucionais existentes no federalismo do Brasil 84
3 .
Princípios constitucionais vinculados ao federalismo. 85
3 1 .
Princípios estabelecidos. 85
32 .
Princípios sensíveis . 85
33 .
Princípios extensíveis. 85
1 .
2 Fase judicial. 94
13 .
Decreto interventivo. 94
1 .
4 Controle político. 95
1 . 5 Controle jurisdicional. 95
13. ESTADO DE DEFESA. 99
1 .
Controle do Estado de defesa. 99
11 .
Controle político. 99
12 . Controle jurisdicional. 100
SUMÁRIO 15
11
. .
1 Câmara dos Deputados. 106
1 12
. .
Senado Federal. 106
12 .
Esfera estadual. 106
1 3 .
Esfera municipal. 107
2
.
Peculiaridades do Congresso Nacional. 107
2 1 .
Mesas da Câmara dos Deputados, do Senado e do Congresso
Nacional. 107
2 .
2 Comissões parlamentares. 108
2 . 3 Polícia e serviços administrativos. 112
2 .
4 Comissão representativa. 112
2 .
5 Funcionamento do Congresso Nacional. 112
2 .
6 Quorum para deliberação. 113
26 1
.
Maioria simples.
.
113
262
. .
Maioria absoluta. 113
26
.
3 Maioria qualificada.
.
114
2 .
7 Prerrogativas dos congressistas. 114
27 1
. .
Inviolabilidade. 114
2 7
. .
2 Imunidade propriamente dita ou "imunidade formal ou
relativa"
.
114
27
. .
3 Privilégio de foro. 115
2 7
. 4
. Limitação ao dever de testemunhar. 115
2 7
. . 5 Isenção do serviço militar. 116
2 .
8 Incompatibilidades dos congressistas. 116
28
. .
1 Negociais. 116
282
. .
Funcionais. 116
28
. .
3 Profissionais. 116
29 .
Perda do mandato. 116
2 10.
Tribunal de Contas da União. 117
16 DIREITO CONSTITUCIONAL - Erival da Silva Oliveira
3 .
Espécies normativas. 119
3 1
.
Emenda constitucional. 119
3.
2 Lei complementar. 119
33
.
Lei ordinária. 119
33 1
. .
Iniciativa. 119
332
. . Deliberação. 120
333
. .
Fase complementar: promulgação e publicação. 121
33
.
4 Regime de urgência.
.
122
34
.
Medida provisória (art. 62 da CF/88). 122
35
.
Lei delegada. 124
36
.
Decreto legislativo. 125
37
. Resolução. 125
4 .
Poder Executivo. 127
4 1
.
Esfera federal. 127
42
.
Esfera estadual. 127
4.3 Esfera municipal. 127
4.
4 Participação no processo legislativo. 128
45
.
Regulamentação das normas. 129
46
.
Atuação no plano internacional. 129
4 7
.
Atuação quanto ao funcionalismo público federal. 129
48
. Atuação em relação às Forças Armadas. 129
4. 9 Nomeação de autoridades. 129
4.
10 Conselho da República e Conselho de Defesa Nacional. 130
4. 11 O impeachment. 130
4 .
12 Processo e julgamento do Presidente da República nos crimes
comuns. 132
2 .
Destinatários da proteção (amplitude da proteção). 162
3 .
Dos direitos e deveres individuais e coletivos: art. 5.° da CF/88. 163
31
.
Direito ávida. 163
3.
2 Direito à igualdade. 163
33
.
Direito à liberdade. 164
3.
4 Direito à propriedade. 164
3.5 Direito à segurança. 165
4 .
Princípios constitucionais. 166
5 .
Remédios constitucionais. 167
51
.
O direito de petição. 167
52
.
Habeas corpus. 168
53
.
Habeas data. 172
54
.
Mandado de injunção. 174
55
.
Mandado de segurança. 175
56
.
Mandado de segurança coletivo. 180
57
.
Ação popular. 182
58
.
Ação civil pública. 183
17. NACIONALIDADE. 187
1 .
Natureza jurídica do direito da nacionalidade. 188
2 .
Espécies de nacionalidade e peculiaridades. 188
21
.
Primária, de origem ou originária. 188
22
.
Secundária ou adquirida. 188
23
.
Modos de aquisição da nacionalidade. 188
23 1
.
Critério da origem sanguínea (ius sanguinis).
.
189
2 3 2 Critério da origem territorial (ius solis).
. .
189
24
.
Reflexos da nacionalidade. 189
2.
5 A nacionalidade no direito constitucional brasileiro. 189
26
.
Os brasileiros natos. 190
26
. . 1 Critério do ius solis (territorialidade). 190
262
. .
Critério do ius sanguinis aliado ao serviço do Brasil.... 190
26
. .
3 Critério do ius sanguinis mais a opção. 190
2 7
.
Os brasileiros naturalizados. 191
27
. . 1 Naturalização ordinária. 191
27
. . 2 Naturalização extraordinária. 191
2.
8 Aspectos jurídicos do brasileiro nato e do naturalizado. 192
18 DIREITO CONSTITUCIONAL - Erival da Silva Oliveira
29 .
Perda da nacionalidade. 193
2 .
10 Reaquisição da nacionalidade brasileira. 193
2 .
11 Institutos ligados à nacionalidade. 194
2 .11.1 Extradição. 194
2 .
11.2 Expulsão. 194
2 .
11.3 Deportação. 195
2 .
12 A língua e os símbolos nacionais. 196
3 .
ASSUNTOS PERTINENTES AOS ESTRANGEIROS. 196
62
.
4 Restrição por previsão de ordem legal. 206
.
62 5
.
Restrição por motivo de domicílio eleitoral na circuns-
.
crição. 206
7 .
Desincompatibilização. 206
8 . Processo Judicial Eleitoral. 208
9 .
Sufrágio. 221
9 1 Formas de sufrágio.
.
221
10. Sistemas políticos. 222
10.1 Forma de Estado. 222
Conceito Objeto
A Constituição é o conjunto de Limitar o poder do Estado sobre
normas que organiza os elementos as pessoas e as instituições que o
constitutivos do Estado. compõem.
O vínculo da Constituição
e do Direito Constitucional
com o Ordenamento
Jurídico
note
Ordenamento jurídico: é a somatória da Constituição e das BEM
demais normas infraconstitucionais de um Estado.
c
Constituição do Estado
, Normas infraconstitucionais
OJ < +
26 Constituições Estaduais
+ Leis Orgânicas municipais
Lei Orgânica do Distrito Federal
CP, CPP etc.
Classificação das
Constituições
1. QUANTO À FORMA
7 1 Escrita
.
7 2 Não escrita
.
2. QUANTO À ELABORAÇÃO
2 .
/ Dogmática
Será sempre escrita e elaborada por um órgão constituinte, sistema-
tizando os dogmas (pontos fundamentais de uma doutrina) ou as ideias
fundamentais da teoria política e do Direito dominante naquele momento.
Pode-se citar a atual Constituição do Brasil.
2 2 Histórica
.
3.
1 Popular
É a Constituição originária de um órgão constituinte composto por
representantes do povo, eleitos para o fim de a elaborar e estabelecer, como
são exemplos as Constituições brasileiras de 1891, 1934, 1946 e 1988. De
regra, essas Constituições são promulgadas. É, também, conhecida por de-
mocrática ou promulgada.
3 .
2 Outorgada
É a Constituição elaborada e estabelecida sem a participação do povo;
aquela imposta outorgada pelo governante (rei, imperador, presidente de
junta governista, ditador), por si ou por interposta pessoa ou instituições, ao
povo, como o foram as Constituições brasileiras de 1824,1937,1967 e 1969.
Pode-se acrescentar aqui outro tipo de Constituição não propriamente
outorgada ou democrática, ainda que criada com a participação popular - é a
chamada Constituição cesarista, porque é formalizada por plebiscito popu-
" "
4 .
7 Rígida
Constituição somente alterável mediante processos, solenidades e
exigências formais especiais, diferentes e mais difíceis que os de formação
Cap. 4 . CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES 29
4 2 Flexível
.
4 .
3 Semirrígida ou semiflexível
Constituição que contém uma parte rígida e outra flexível, como a Consti-
tuição do Império, art. 178, que diz: "É só constitucional o que diz respeito aos
limites e atribuições respectivas dos poderes políticos e aos direitos políticos
e individuais dos cidadãos. Tudo o que não é constitucional pode ser alterado
"
4 4 Imutável
.
5. QUANTO À EXTENSÃO
5 / .
Sintética ou concisa
5 .
2 Analítica ou prolixa
Constituição que contém um número elevado de artigos. Possui normas
constitucionais materiais e formais (do meio ambiente dos índios, da família,
,
6 2 Garantia
.
social etc.; bem como garantia, pois estabelece direitos e garantias, tais como
os previstos no Título II - Dos Direitos e Garantias Fundamentais.
Para questões diferenciadas da OAB e de concursos públicos do Minis-
tério Público ou da Magistratura é bom destacar as seguintes classificações
,
doutrinárias:
a) quanto à sistematização ou estrutura:
. orgânica ou reduzida: contida em um documento único (unitária);
. inorgânica ou variada: é a somatória de vários instrumentos
normativos.
b) quanto à religião:
. teocrática ou confessional: é aquela Constituição que adota uma
religião oficial (primeira Constituição brasileira-1824; religião:
católica apostólica romana);
Cap. 4 . CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES 31
resumindo
2. RECEPÇÃO
Fenómeno que diz que toda legislação infraconstitucional anterior
compatível materialmente com a nova Constituição continua em pleno vigor .
lei , mas foi recepcionado como lei ordinária. Desse modo, para a criação
de um novo Código Penal basta a utilização de uma lei ordinária federal .
Percebe-se a recepção do Código Penal como lei ordinária com a leitura dos
incisos XXXIX (não há crime sem lei anterior que o defina nem pena sem ,
prévia cominação legal) e XL (a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar
o réu) do art. 5. da CF/88. O mesmo ocorreu com o Código de Processo
°
34 DIREITO CONSTITUCIONAL - Erival da Silva Oliveira
3 . REPRISTINAÇÃO
Em tal fenómeno, a nova Constituição revalida a legislação
infraconstitucional revogada pela Constituição que a antecedeu. Essa
restauração de eficácia, conhecida por repristinação, não deve ser admitida
em nosso ordenamento jurídico em virtude dos princípios da segurança e da
estabilidade das relações sociais. Não obstante, no plano infraconstitucional,
destaque-se o § 30 do art. 2.° do Decreto-lei 4.657/1942 (Lei de Introdução às
Normas de Direito Brasileiro - conforme redação dada pela Lei 12.376/2010) e
o efeito repristinatório de decisões do Supremo Tribunal Federal em controle
concentrado de constitucionalidade (ADIn Genérica).
4 . DESCONSTITUCIONALIZAÇÃO
Nesse fenómeno, a nova Constituição recebe a anterior como legislação
infraconstitucional (lei ordinária). Essa tese não vigora entre nós, pois não
há justificativa e lógica para que as leis constitucionais sejam rebaixadas
para legislação ordinária. Além disso, como já visto, a Constituição é a Lei
Fundamental de um Estado e, como tal, reflete juridicamente o que há de
mais importante nele.
Destaque-se que, para alguns autores, haveria o instituto da prorrogação,
que seria a continuação de atos anteriores até a efetiva regulamentação de
°
acordo com a Constituição Federal de 1988. Por exemplo, art. 27, § 1. , art.
29, § 3.°, arts. 34 e 70, todos do ADCT da CF/88.
Cap. 5 . FENÓMENOS DA NOVA CONSTITUIÇÃO 35
(STF, AgAgRg235800/RS, 1 .fT, rei. Min. Moreira Alves). Obs.: A CF/88 foi
alterada pela EC 40/2003 que revogou o § 3.° do art. 192).
,
"
1 .
NORMAS CONSTITUCIONAIS DE EFICÁCIA PLENA
°
2 ; 13; 14, § 2.°; 17, § 4 0; 37, III; 44, parágrafo único; 69,76,145 § 2.°; entre
.
outros, da CF/88.
2 .
NORMAS CONSTITUCIONAIS DE EFICÁCIA CONTIDA
que a lei estabelecer ; inciso LVIII do art. 5.° da CF/88: "O civilmente
identificado não será submetido a identificação criminal salvo nas hipóteses
,
"
previstas em lei .
Bem como os incisos VIII , XV, XXVII, XXXIII, LX, LXI do art. 5.°, o art.
° °
9 .
, caput c/c § 1. o art. 170, parágrafo único, o art. 184, entre outros.
,
3 .
NORMAS CONSTITUCIONAIS DE EFICÁCIA LIMITADA
São outros exemplos: arts. 5.°, XXVIII, XXIX e XXXII; 7.°, IV e XXIII;
37,1 e VII; 153, VII, CF/88.
Neste tópico pode ainda existir uma subdivisão classificatória:
São aquelas que dependem da lei para dar corpo às instituições, pessoas e
órgãos previstos na Constituição (organizativo). São exemplos da Constituição
Federal vigente: § 3.° do art. 18, § 3.° do art. 25, art. 224, entre outros.
3 .
2 Normas de princípio programático
note
PLENA
CF.
LIMITADA
cional).
. Limitada programática: estabelece programas a se-
rem desenvolvidos.
não passa de uma lei ordinária podendo ser revogado por outra lei de mesmo
,
nível hierárquico.
ganizado.
e incondicionado. Esse Estado pode ter sido criado naquele instante e por isso
necessita de uma Constituição para estruturá-lo ou ele já existia anterior-
,
2 .
PODER CONSTITUINTE DERIVADO DE REFORMA OU DE
EMENDABILIDADE
2 1 .
Revisão constitucional
2 2 Emenda constitucional
.
22
.
1 Limitações ao poder derivado de emenda
.
emendar a Constituição.
Iniciativa: de no mínimo um terço dos Deputados ou Senadores Federais,
do Presidente da República ou de um projeto com a anuência de mais da me-
tade das Assembleias Legislativas da Federação brasileira, manifestando-se
a maioria relativa de seus membros em cada uma delas.
viduais. Cabe observar que o próprio dispositivo que contém tais vedações
é também intangível.
Cumpre lembrar que existem as cláusulas pétreas implícitas que são ,
°
mandamentos constitucionais que, apesar de não estarem previstos no § 4.
do art. 60 não podem ser retirados da Constituição, pois o espírito do órgão
,
note
-Ver também art 144, §§ 1.°, 2.°e3.°, da CF/88.
.
BEM
-
"
É juridicamente possível o controleabstratodeconstitucionalidadeque
tenha por objeto emenda à Constituição Federal quando se alega violação
das cláusulas pétreas inscritas no art. 60, § 4.°, da CF. Precedente citado:
ADIn 939/DF (RTJ 151/755)" (STF, ADIn 1,946/DF, Pleno, j. 07.04.1999,
rei. Min. Sydney Sanches, DJ, Seção I, 16.04.1999, p. 2).
OSupremoTribunal Federal admitea legitimidade do parlamentar-e
"
3 .
PODER CONSTITUINTE DERIVADO DECORRENTE
"
não seria uma Constituição", tendo caráter de lei ordinária, e, portanto, não
note
Por fim, a titularidade do poder constituinte pertence ao povo. BEM
As assembleias constituintes não titularizam o poder consti-
tuinte, sendo apenas órgãos aos quais se atribui, por delegação
popular, o exercício de tal prerrogativa. Da mesma forma, o
Congresso Nacional não é o titular do poder de revisão cons-
titucional, mas apenas o instrumento para tal fim.
48 DIREITO CONSTITUCIONAL - Erival da Silva Oliveira
"
uma Constituição (Povo: titular do poder constituinte/ ANC:
quem exercera o poder constituinte / Objeto: Constituição).
-
1 . SUPREMACIA DA CONSTITUIÇÃO
O Estado juridicamente organizado tem sustentação em uma Constituição.
Todos os atos realizados dentro desse Estado que impliquem em uma relação
jurídica devem estar de acordo com a Constituição.
2 .
CONCEITO DO CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
era a base do direito e imutável por meios ordinários as leis comuns que a
,
contradissessem não eram verdadeiramente leis não eram direito. Assim, essas
,
leis seriam nulas, não obrigando os particulares. Além disso demonstrou que,
,
Por ofensa ao art. 61, § 1.°, II, a e c, da CF/88 - que atribuem ao chefe
"
Dependendo do caso concreto pode haver nulidade total (uma lei que possui
,
Para fins de concurso, lembre-se que o art. 5.° da CF/88 é cláusula pétrea.
Além disso, normas infraconstitucionais anteriores à CF/88 podem ser
recepcionadas mesmo que haja incompatibilidade formal - como exemplos
clássicos temos o Código Penal e o Código de Processo Penal, que foram
criados através de Decreto-lei mas foram recepcionados como lei ordinária
federal.
note
Inconstitucionalidade por arrastamento: uma parte da norma BEM
é inconstitucional e atrai o resto da norma ou os atos de
regulamentação; inconstitucionalidade direta: há uma norma
contrária à Constituição; inconstitucionalidade reflexa ou
oblíqua: atoregulamentarcontrariaa lei; inconstitucionalidade
derivada ou consequente: a norma e seus atos regulamentares
contrariam a Constituição.
4 .
INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO
'
será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; ) O -
5 1
. .
1 Preventivo, priorístico ou a priori
Opera antes que o ato (particularmente a lei) se aperfeiçoe, ou seja, o
controle é feito sobre o projeto de lei. No Brasil, o controle preventivo é exercido
pelo Poder Legislativo (Comissões de Constituição e Justiça) e pelo Poder
Executivo por meio do veto presidencial por inconstitucionalidade (art. 66, §
1 CF/88). Nada impede que o Poder Judiciário o exerça excepcionalmente,
.
°
,
5 1
. .
2 Repressivo, posterior sucessivo ou a posteriori
É o controle exercido sobre a lei ou ato normativo de regra, já existente
,
D) 29.06.2007).
5.
2 Quanto ao número de órgãos encarregados do controle
5 2
. . 1 Concentrado>, reservado ou austríaco
5 2
. . 2 Difuso, aberto ou norte-americano
note
O STF também realiza o controle difuso (art. 102,1, d, /*, /, q, r, BEM
II, III, da CF/88).
v
O Brasil adota os dois sistemas.
5 .
3 Quanto à natureza do órgão controlador
53 1
. .
Político
53. . 2 Judiciário
6 12
. .
Incidental
mas pode ter efeito ex nunc (em diante) (modulação de efeitos semelhante ,
473).
62
. .
1 Inter partes
Os efeitos da declaração de inconstitucionalidade atingem apenas as
partes litigantes. Pessoas na mesma situação devem propor suas próprias
ações, para nelas receberem idêntica decisão. É o efeito existente de regra, ,
no caso concreto (arts. 480 a 482 CPC). Podendo ser ampliado por resolução
,
62
.
2 Erga omnes
.
concentrado.
623
. .
Decisões no controle concentrado de constitucionalidade
°
adotada (constitucional). Por exemplo, o § 3 0 do art. 7. do EOAB
(o advogado somente poderá ser preso em flagrante, por motivo de
exercício da profissão, em caso de crime inafiançável...) não abrange
a hipótese de desacato à autoridade judiciária (ADIn 1.127-8). Outro
exemplo sem redução de texto, é o caso da Adin 2.924/SP: pagamentos
,
7.
O CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE NO BRASIL
7 / .
Preventivo
7 1
. . 1 Comissões de Constituição e Justiça
Na esfera federal, previstas nos regimentos internos da Câmara dos
Deputados e do Senado Federal, examinam a constitucionalidade dos projetos
de lei, dando parecer sujeito à apreciação do Plenário. Somente na esfera
federal o mesmo projeto de lei passa por duas Comissões de Constituição e
Justiça (Câmara dos Deputados e Senado Federal).
7 1
. .
2 Veto presidencial por inconstitucionalidade
A Constituição Federal vigente, no art. 66, § 1.°, prevê o veto por dois
motivos: contrariedade ao interesse público e inconstitucionalidade do projeto
de lei. No primeiro caso, o veto não significa controle de constitucionalidade,
pois seu motivo é a simples discordância do Presidente em relação à
vontade do Congresso (veto político). No segundo caso, sim, é controle de
constitucionalidade, porque o Presidente veta o projeto por considerá-lo
contrário à Constituição (veto jurídico).
note
É possível que o Poder Judiciário, excepcionalmente, realize
o controle preventivo. Cite-se, como exemplo, a propositura
de mandado de segurança para realizar o controle de
constitucional idade difuso no STF por parlamentares (Deputados
ou Senadores Federais) no processo legislativo em andamento
-
Informativo do STF 320).
7 2 Repressivo
.
Regra
a) Poder Legislativo: Comissão de
Preventivo: Projeto de Lei Constituição e Justiça
b) Poder Executivo: Veto por
Inconstitucionalidade (Veto Jurídico)
Regra
Repressivo: Lei ou ato normativo em Poder Judiciário - Controle difuso e
vigor concentrado
72 /
. .
Recurso extraordinário
note
72
. .
2 Mandado de injunção
LXXI, da CF/88: "Conceder-se-á mandado de injunção sempre
Art. 5.° ,
"
soberania e à cidadania .
72
.
3 Ação direta de inconstitucionalidade genérica (ADIn/ADI
.
Genérica)
de iniciativa privativa daquele. Ofensa aos arts. 61 § 1.°, II, a, e 84, VI, a,
,
que lhe deem execução (ADIn 3.232, j. 14.08.2008, rei. Min. Cezar
Peluso, D)E 03.10.2008). No mesmo sentido: ADIn 3.983 e ADIn 3.990 ,
7 2
. .
4 Ação direta de inconstitucionalidade interventiva (ADIn/
ADI Interventiva)
"
Precatórios judiciais. Não configuração de atuação dolosa e deliberada
do Estado de São Paulo com final idade de não pagamento Estado sujeito
.
72
.
5 Ação direta de inconstitucionalidade supridora da omissão
.
Tribunal Federal deverá dar ciência ao poder competente para que sejam
tomadas as medidas necessárias e, em se tratando de órgão administrativo,
°
para fazê-lo em 30 dias (art. 103, § 2. da CF/88). Destaque-se que o § 1.°
,
72
. . 6 Ação declaratória de constitucionalidade (ADECON/
ADECO/ADC)
72
.
7 Arguição de descumprimento de preceito fundamental
.
(ADPF)
§ 3.°, Lei 9.882/1999). Além disso, de regra, tem efeito ex tunc, podendo ser
dado efeito ex nunc se houver manifestação de 2/3 dos Ministros (modulação
temporal ou mutação de efeitos - art. 11, Lei 9.882/1999). A liminar poderá
determinar a suspensão de processos e decisões judiciais, respeitada a coisa
julgada (art. 5.°, § 3.°, Lei 9.882/1999).
Por fim, a decisão que julgar procedente ou improcedente o pedido em
arguição de descumprimento de preceito fundamental é irrecorrível, não
podendo ser objeto de ação rescisória (art. 12, Lei 9.882/1999).
Decisões sobre o tema:
"
Prevista no§ 1.° do art. 102 da Constituição da República, a arguição
de descumprimento de preceito fundamental foi regulamentada pela Lei
9 882/1999, que dispõe no art. 1.°: 'Art. 1,° A arguição prevista no § 1.° do
.
Não há, pois, a rigor, objeto determinado na demanda que apenas revela
,
STF
Erga omnes e
Lei ou ato vinculante
normativo Quórum de
federal ou Instalação:
estadual art. 2/3 (8 minis-
GENÉRICA 103 tros)
CF
Ex tunc (em
Quórum de regra)
Inconstitu-
-
cional Aprovação:
maioria
(Art. 102, 1,
" "
absoluta (6
a , CF) ministros)
Norma Cons-
titucional Ciência (notifi-
STF
de eficácia cação)
limitada
Quórum de Poder Omisso
Instalação:
2/3 (8 minis-
(Legislativo):
mera ciência
tros)
SUPRIDORA
art. Órgão Adm
DA OMISSÃO (Executivo):
não regu- 103
/ POR OMIS- prazo de 30
ADIN/ lamentada CF
SÃO dias ou em
ADI (inconstitu- Quórum de
cionalidade prazo razoável
Aprovação:
a ser estipulado
por omissão) maioria
absoluta (6
excepcional-
ministros)
-
mente pelo
Tribunal - cir-
cunstâncias do
caso e interesse
público
Decreto do
Presidente
União irá STF
Intervenção no
intervir
ente federado
nos Estados
/ Distrito Quórum de
Federal Instalação:
INTERVENTI- 2/3 (8 minis-
PGR
VA FEDERAL tros)
Por violação Quórum de
aos princí- Em regra ex
Aprovação:
pios cons- maioria nunc
titucio-nais
absoluta (6
sensíveis (art.
ministros)
34, VII)
74 DIREITO CONSTITUCIONAL - Erival da Silva Oliveira
Lei ou ato
normativo
STF - Quó-
rum de Ins- Erga omnes,
federal que
está sendo talação: 2/3 vinculante, ex
Art. (8 ministros) tunc
ADECON julgado
inconstitucio-
103 e Quórum
-
nal em
CF de Aprova-
ção: maioria
processos
absoluta (6
judiciais ministros)
Lesão de
preceito STF- Quórum
fundamental de Instala-
Erga omnes,
por órgão pú- ção: 2/3 (8
vinculante, ex
blico (lei ou Art. ministros) e
tunc
ADPF ato norma- 103 Quórum de
tivo federal, CF Aprovação:
estadual ou maioria
municipal, absoluta (6
inclusive an- ministros)
terior a CF)
7 .
3 Atribuição do Advogado-Geral da União, do Procurador-Geral
da República e do amicus curiae no controle concentrado de
constitucionalidade
°
8 .
, Lei 9.868/1999). Poderá o AGU ser ouvido em caso de ADPF (art. 5.°, §
°
2.
, Lei 9.882/1999) e no caso de ADI PO (art. 12-E, § 20, Lei 9.868/1999).
Segundo decisões do Supremo Tribunal Federal é desnecessária a oitiva
do AGU no processo da ação declaratória constitucionalidade em ação direta ,
arts. 9.° , § 1 °, e 20, § 1.°, da Lei 9.868/1999 e no art. 6°, § 1.°, da Lei 9.882/1999.
Nada impede que no controle concreto (difuso) de constitucionalidade
também exista a figura do amicus curiae.
Importante destacar a lição do Min. Gilmar Mendes sobre o tema:
Constitui, todavia, inovação significativa no âmbito da ação direta de
"
parece que tal postulação há de se fazer dentro do lapso temporal fixado para
a apresentação das informações por parte das autoridades responsáveis pela
edição do ato. É possível, porém, cogitar de hipóteses de admissão de
"
amicus
"
curiae fora do prazo das informações na ADIn (art. 9.°, § 1.°), especialmente
diante da relevância do caso ou, ainda, em face da notória contribuição que a
manifestação possa trazer para o julgamento da causa. Quanto à atuação do
amicus curiae, após ter entendido que ela haveria se limitar à manifestação
escrita, houve por bem o Tribunal admitir a sustentação oral por parte desses
peculiares partícipes do processo constitucional (Gilmar Ferreira Mendes,
"
"
7 4 Bloco de constitucionalidade
.
Como já visto, o Estado pode ser definido como uma organização ju-
rídica , administrativa e política formada por uma população, assentada em
um território, dirigida por um governo soberano e tendo como finalidade o
bem comum.
1 .
FORMA DO ESTADO
/ / .
Estado unitário
1 2 Estado federal
.
2 .
FEDERALISMO NO BRASIL
2 .
1 Componentes do Estado federal brasileiro
2 1 1
. .
União
uma parcela da soberania brasileira. Internamente, atua como uma das pessoas
jurídicas de Direito Público que compõem a Federação. Externamente, dian-
te de Estados estrangeiros, a União exerce a soberania do Estado brasileiro ,
2 1 2
. .
Estados federados
por Deputados Estaduais em número calculado com base no art. 27, caput,
da CF/88) (são 94 Deputados Estaduais no Estado de São Paulo).
Poder Executivo: art. 28 da CF/88 (Governador e Vice-Governador).
Poder Judiciário: arts. 125 e 126 da CF/88.
Bens dos Estados: art. 26 da CF/88.
Cap. 10 . FEDERALISMO 81
§3.°, da CF/88).
2 1
.
3 Municípios
.
note
Sobre o tema competência municipal o STF se manifestou no BEM
seguinte sentido:
OTribunal, por maioria, declarou incidentalmentea inconsti-
"
2 74
. .
Distrito Federal
Bens do Distrito Federal: definidos por lei federal (art. 16 § 3.°, ADCT
,
da CF/88).
Impostos do Distrito Federal: arts. 147 e 155 da CF/88. Pode arrecadar
impostos estaduais e municipais.
note
Sobre o tema o STF tem o seguinte posicionamento: BEM
O Distrito Federal é uma unidade federativa de compostura sin-
"
2 .
2 Vedações constitucionais existentes no federalismo do Brasil
A Constituição Federal vigente estabelece: "Art. 19. É vedado à União,
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - estabelecer cultos
religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento
ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou
aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público; II -
recusar fé aos documentos públicos; III - criar distinções entre brasileiros
"
ou preferências entre si .
°
suas liturgias (art. 5. VI, CF/88). Nada impede, como estabelece o texto
,
nicípio).
3.
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS VINCULADOS AO
FEDERALISMO
3 .
1 Princípios estabelecidos
São limitações diretas e indiretas aos entes federativos. Por exemplo , art.
19 (explícitas) e art. 149 (implícitas).
3 .
2 Princípios sensíveis
Geram intervenção federal no Estado-membro ou no Distrito Federal -
ADIn Interventiva Federal (art. 34 VII, CF/88). São também conhecidos por
,
3.
3 Princípios extensíveis
A organização da União é extensível aos demais entes federativos na ,
impo**®!i*®
Bicameralismo só na esfera federal.
86 DIREITO CONSTITUCIONAL - Erival da Silva Oliveira
note
BEM
7 . / Quanto à finalidade
7 . 2 Quarito à origem
Diz respeito à fonte da competência (ao início) , e será:
art. 22 da CF/88.
1 .
3 Quanto ao conteúdo
Pode ser política social, financeira, económica, administrativa e
,
tributária.
1 . 4 Quanto à forma
b) Competência legislativa:
. Exclusiva: cabe apenas a uma entidade o poder de legislar, sendo
inadmissível qualquer delegação (art 21, CF/88); .
90 DIREITO CONSTITUCIONAL - Erival da Silva Oliveira
"
4 cuidado , , , ,. ,
à O Município pode legislar em matéria de competencia legislativa
concorrente desde que suplemente a legislação federal e estadual
e que a matéria seja de interesse local: art. 30, I e II, c/c § 2. do
°
note
Competências Constitucionais Privativas. BEM
"Competência privativa da União para legislar sobre serviço
postal. É pacífico o entendimento deste Supremo Tribunal
quanto à inconstitucionalidade de normas estaduais que te-
nham como objeto matérias de competência legislativa priva-
tiva da União. Precedentes: Adins 2.815, Sepúlveda Pertence
(propaganda comercial), 2.796-MC, Gilmar Mendes (trânsito),
1 918, Maurício Corrêa (propriedade e intervenção no domínio
.
matéria referente ao valor que deva ser dado a uma causa, tema
"
especificamente inserido no campo do direito processual
(STF, ADIn 2.655, j. 09.03.2004, rei. Min. Eilen Gracie, DJ
26.03.2004). "OTribunal concedeu medida liminar em ação
direta de inconstitucional idade ajuizada pelo Conselho Federal
da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB para suspender a
eficácia, ex nunc, do art. 7.° da Lei 6.816/2007, do Estado de
Alagoas, que condiciona a interposição de recurso inominado
cível nos Juizados Especiais do referido Estado-membro ao
recolhimento das custas judiciais e do depósito recursal.
Entendeu-se que a norma impugnada, em princípio, usurpa
a competência privativa da União para legislar sobre direito
processual (...), bem como ofende as garantias do amplo acesso
à jurisdição, do devido processo legal, da ampla defesa e do
"
contraditório (...) (STF, ADIn 4.161-MC, j. 29.10.2008, rei.
Min. Menezes Direito, Informativo 526).
92 DIREITO CONSTITUCIONAL - Erival da Silva Oliveira
Na atualidade
a União poderá intervir nos Estados-membros e no Dis-
,
1 .
PROCEDIMENTO
1 1
.
Iniciativa
7 . 2 Fase judicial
Somente nos casos previstos no item IV supracitado o Procurador-
-
1 3 Decreto interventivo
.
O interventor é considerado
para todos os efeitos legais, como servidor
,
1 .
4 Controle político
Realizado pelo Congresso Nacional no prazo de 24 horas de sua decreta-
,
ção, que poderá rejeitar ou, mediante decreto legislativo, aprovar a intervenção
federal (art. 49 IV, da CF/88).
,
(art. 36, § 3.°, CF/88); bem como no caso do art. 34, IV, por requisição do
STF acionado pelo Poder Judiciário Estadual (TJ) coagido (art. 36 1 CF/88). , ,
7.
5 Controle jurisdicional
Destaque-se que o Poder Judiciário deverá corrigir os abusos e as ilega-
lidades cometidos durante a intervenção federal .
Art. 34 da CF/88 - Da União nos Esta- Art. 35 da CF/88 - 2.a parte - Da União
dos-membros e no Distrito Federal nos municípios localizados em territó-
rio federal
"
Em conclusão, o Tribunal, por maioria, julgou improcedente
pedido formulado em ação direta de inconstitucionalidade pro-
posta pelo Procurador-Geral da República contra o art. 5. da Lei
°
/ .
/ Controle político
Depois de baixar o decreto o Presidente da República, no prazo de 24
,
maioria absoluta (a autorização é dada por decreto legislativo - art 49, IV,
.
1 2 Controle jurisdicional
.
Estado de Defesa
Prazo: Não será superior a trinta dias, podendo ser prorrogado uma vez, por
igual período, se persistirem as razões que justificaram a sua decretação.
Direitos que podem ser limitados: a) reunião, ainda que exercida no seio das
associações; b) sigilo de correspondência; c) sigilo de comunicação telegráfica e
telefónica.
cl
Estado de sítio KJ
1 .
CONTROLE DO ESTADO DE SÍTIO
/.
/ Controle político
a) Prévio: depende de autorização do Congresso Nacional pelo voto da
maioria absoluta (art. 137 parágrafo único, CF/88); a autorização é
,
Motivo Motivo
Prazo: não poderá ser decretado por Prazo: poderá ser decretado por todo o
mais de trinta dias, nem prorrogado, tempo que perdurar a guerra ou a agres-
de cada vez, por prazo superior; são armada estrangeira.
Limites: art. 139 da CF/88 (I - obriga- Limites: não há limites em artigo espe-
ção de permanência em localidade cífico da Constituição, sendo possível a
determinada; II - detenção em edifício pena de morte.
não destinado a acusados ou conde-
nados por crimes comuns; III - restri-
ções relativas à inviolabilidade da cor-
respondência, ao sigilo das comunica-
ções, à prestação de informações e à
liberdade de imprensa, radiodifusão e
televisão, na forma da lei; IV - suspen-
são da liberdade de reunião; V - busca
e apreensão em domicílio; VI - inter-
venção nas empresas de serviços pú-
blicos; VII - requisição de bens.)
Cap. 14 . ESTADO DE SÍTIO 103
1.
O PODER LEGISLATIVO
7 / .
Esfera federal
1 1
. .
1 Câmara dos Deputados
A Câmara dos Deputados é composta por representantes do povo eleitos ,
Cumpre observar que nenhuma das unidades federativas terá menos de oito
ou mais de setenta Deputados Federais com exceção dos Territórios Federais
,
7 72
. .
Senado Federal
7 2 Esfera estadual
.
1 .
3 Esfera municipal
Temos os Vereadores Municipais compondo o Poder Legislativo. São
eleitos pelo sistema proporcional para um mandato de quatro anos, e sua
Casa legislativa é conhecida como Câmara Municipal. Os Vereadores gozam
apenas das imunidades materiais (art. 29, VIII, CF/88). São em número de
9 a 55 (art. 29, IV, CF/88). Vereador também pode ser chamado de "edil".
2 .
PECULIARIDADES DO CONGRESSO NACIONAL
CF/88).
solicitar por escrito informações aos Ministros de Estado (art 50, § 2.°, CF/88);
.
2 .
2 Comissões parlamentares
As comissões parlamentares são comissões formadas por membros
do Poder Legislativo encarregadas de estudar e examinar as proposições
legislativas e apresentar pareceres .
com o campo funcional dos Ministérios (art. 58 § 2.°, CF/88). São também
,
em especial aqueles que devam ser decididos pelo Congresso Nacional (arts .
"
advogado, ainda que em reunião secreta Por fim, a Lei Complementar 105,
.
note
Conforme decidiu o STF, nenhuma CPI pode determinar a
interceptação telefónica (grampo), expedir mandado de prisão
(só quem pode expedir o mandado de prisão é a autoridade
judicial. Não confundir com prisão em flagrante, pois esta pode
ser feita por qualquer do povo) e expedir mandado de busca
e apreensão - (STF, MS 27.483, j. 14.08.2008, rei. Min. Cezar
Peluso, DJ de 10.10.2008 e, STF, MS 23.652, j. 22.11.2000,
rei. Min. Celso de Mello, DJ de 16.02.2001.)
AsCPIsfederais,estaduaisedistritaispodemrequererdiretamente
aos órgãos, desde que o façam fundamentadamente, as quebras
de sigilo: bancário (extratos), telefónico (extratos)e fiscal (cópia
da declaração de imposto de renda) - (STF, MS 23.466, j.
04.05.2000, rei. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 06.04.2001.
As CPIs Municipais, se quiserem, devem requerer ao juiz
criminal da Comarca.
2 .
3 Polícia e serviços administrativos
As Casas do Congresso Nacional possuem um corpo de segurança próprio ,
2 .
4 Comissão representativa
A Comissão representativa tem por função representar o Congresso
Nacional durante o recesso parlamentar (art 58, § 4.°). O recesso parlamentar
.
2 .
5 Funcionamento do Congresso Nacional
O Congresso Nacional realiza suas atividades por legislaturas , sessões
legislativas ordinárias ou extraordinárias sessões ordinárias ou extraordinárias.
,
processam nos dias úteis (de segunda a sexta-feira). São reguladas pelos
regimentos internos.
Cap. 15 . A SEPARAÇÃO DOS PODERES 113
por exemplo, para inaugurar a sessão legislativa, conhecer do veto e sobre ele
deliberar, entre outras finalidades.
2.
6 Quorum para deliberação
2 6 . .
1 Maioria simples
"
Casa e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos presente ,
262 . .
Maioria absoluta
para alguns casos de perda do mandato parlamentar (art. 55, § 2.°, CF/88),
a rejeição do veto presidencial (art. 66, § 4.°, CF/88), a aprovação de leis
complementares (art. 69 da CF/88), a aprovação, pelo Senado Federal de ,
26
. .
3 Maioria qualificada
Corresponde a um número superior à maioria absoluta. Esses casos são
apenas os determinados expressamente pela Constituição. Exemplos: 2/3
dos Deputados Federais para autorizar a instauração de processo contra o
Presidente da República (art. 51,1, CF/88); 3/5 dos membros de cada Casa
°
para aprovação de projeto de emenda constitucional (art. 60, § 2. CF/88); ,
2.
7 Prerrogativas dos congressistas
As prerrogativas dos congressistas são benefícios ligados ao cargo:
2 7 1
. .
In viola bilida de
"
2 7
. .
2 Imunidade propriamente dita ou "imunidade formal ou
relativa "
autos serão remetidos dentro de 24 horas à Casa respectiva para que, pelo ,
voto da maioria de seus membros resolva sobre a prisão (art. 53, § 2.°, CF/88).
,
que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria
de seus membros, poderá até a decisão final, sustar o andamento da ação
,
°
4 .
, CF/88).
A sustação do processo suspende a prescrição enquanto durar o mandato
(art. 53, §5.°, CF/88).
As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado
de sítiosó podendo ser suspensas mediante o voto de 2/3 dos membros da
,
note
"
BEM
A imunidade parlamentar não se estende ao corréu sem essa
"
2 7 . .
3 Privilégio de foro
Os Deputados e Senadores Federais desde a expedição do diploma, são
,
2 7 . .
4 Limitação ao dever de testemunhar
O Código de Processo Penal estabelece em seu art. 221, que, dentre
,
27
. . 5 Isenção do serviço militar
A incorporação dos congressistas (mesmo se militares e em caso de
guerra) às Forças Armadas depende da prévia licença da respectiva Casa
legislativa, salvo se renunciar ao mandato (art. 53, § 7.°, CF/88).
2 8
. .
7 Negociais
Vinculam-se a atos comerciais (desde a diplomação). É o caso do art.
54,1, a, da CF/88.
282
. .
Funcionais
283
. .
Profissionais
2 9 Perda do mandato
.
sejam designados Ministros não são eles magistrados. Todavia, por força do
,
°
art. 73, § 3. , da Constituição Federal de 1988, gozam das mesmas garantias,
prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do
Superior Tribunal de Justiça. No que diz respeito à aposentadoria e pensão ,
°
a, c/c art. 74, §2. da CF/88).
118 DIREITO CONSTITUCIONAL - Erival da Silva Oliveira
note
Súmula Vinculante 3: "Nos processos perante o Tribunal de BEM
Contas da União asseguram-se o contraditório e a ampla de-
fesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação
de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada
a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de
"
aposentadoria, reforma e pensão.
"
OTribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode
apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do poder
público. (Súmula 347 do STF).
"
3 .
ESPÉCIES NORMATIVAS
3 / Emenda constitucional
.
3 .
2 Lei complementar
Tem o mesmo processo legislativo das leis ordinárias com exceção,
matérias reservadas à lei complementar não podem ser tratadas por medida
provisória ou lei delegada.
Destaque-se que a lei complementar só existe quando expressamente
requisitada sua edição na própria Constituição (especificidade de matéria).
Exemplos: imposto sobre grandes fortunas (art. 153 VII, da CF/88), Estatuto
,
3 3 Lei ordinária
.
específica.
A elaboração das leis ordinárias abrange três fases: a iniciativa , a
33 1
. .
Iniciativa
3 3
. . 2 Deliberação
do dia, impedindo deliberação sobre outras matérias (art. 66, § 6.°, CF/88).
Encerrada a apreciação do veto, o projeto é enviado ao Presidente da
República para promulgação. Se este não o fizer, o Presidente do Senado o
fará. Se houver a negativa deste, caberá ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo
(art. 66, §7.°, CF/88).
33
. .
3 Fase complementar: promulgação e publicação
A promulgação é a comunicação da criação da lei aos seus destinatários. É
ato meramente formal e obrigatório, no qual a autoridade competente afirma
que a norma foi criada segundo as regras pertinentes, passando a integrar
o ordenamento jurídico. Cabe ao Presidente da República promulgar a lei
no prazo de 48 horas após a sanção ou derrubada do veto. Se não o fizer,
como visto anteriormente, devem fazê-lo em igual prazo, sucessivamente, o
Presidente ou o Vice-Presidente do Senado.
33 . .
4 Regime de urgência
O Presidente da República poderá solicitar urgência para apreciação
de projetos de sua iniciativa (art. 64, § 1.°, CF/88). Nesse caso, a Câmara
dos Deputados e o Senado Federal devem se manifestar sobre a proposição,
cada qual sucessivamente, em até 45 dias, sobrestando-se todas as demais
deliberações legislativas da respectiva Casa, com exceção das que tenham
prazo constitucional determinado, até que se ultime a votação (art. 64, §
°
2 CF/88). Os prazos em questão não correm nos períodos de recesso do
.
,
Congresso Nacional, nem se aplicam aos projetos de código (art. 64, § 4.°,
CF/88). A apreciação das emendas do Senado Federal pela Câmara dos
Deputados será feita no prazo de 10 dias (art. 64, § 3.°, CF/88).
3 .
4 Medida provisória (art. 62 da CF/88)
Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar
medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao
Congresso Nacional.
No § 1.° há o rol de matérias que não podem ser objeto de edição de
medidas provisórias:
"
I - relativa a:
a medida provisória houver sido convertida em lei até o último dia daquele
em que foi editada.
note
Atentar para a novidade introduzida pela EC 42/2003, ou seja, BEM
para a noventena, ou princípio da anterioridade qual ificada ou
nonagesimal prevista noart. 150, III, c, da CF/88, queestabelece
o prazo de 90 dias da publicação da lei para a cobrança de
tributos.
vez por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto
legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes.
O § 4.° estabelece: "O prazo a que se refere o § 3.° contar-se-á da publicação
da medida provisória, suspendendo-se durante os períodos de recesso do
Congresso Nacional".
O § 5.° prevê que a deliberação em cada uma das Casas do Congresso
Nacional sobre o mérito das medidas provisórias dependerá de juízo prévio
sobre o atendimento de seus pressupostos constitucionais.
O § 6.° estabelece o regime de urgência: "Se a medida provisória não for
apreciada em até quarenta e cinco dias contados de sua publicação, entrará em
regime de urgência, subsequentemente, em cada uma das casas do Congresso
Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais
deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando".
O § 7.° prevê que será prorrogada uma única vez, por igual período,
a vigência da medida provisória que, no prazo de 60 dias, contado da sua
publicação, não tiver sua votação encerrada nas duas Casas do Congresso
Nacional.
°
a que se refere o § 3. até sessenta dias após a rejeição ou perda de eficácia de
medida provisória as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos
,
Por fim
deve-se esclarecer que, se a medida provisória (projeto de
,
3 5 Lei delegada
.
3.
6 Decreto legisla tivo
É uma espécie normativa de competência exclusiva do Congresso
Nacional, sendo promulgado pelo Presidente do Senado, não sujeito a sanção
ou veto (art. 59, VI, CF/88). Pode tratar de matéria concreta (art. 49, II a VI,
IX XII, XVII, CF/88), de atos normativos e de matéria abstrata (art. 49, VII
,
e VIII, CF/88).
3.7 Resolução
Vincula-se às competências privativas de cada uma das Casas do
Congresso Nacional (arts. 59, VII, 51 e 52 CF/88). Não está sujeita a sanção
ou veto, sendo promulgada pela Mesa da Casa que a editou. Se for ato do
Congresso Nacional, será promulgada pela Mesa do Senado (art. 68, § 2.°,
da CF/88).
<D
-
Too CU ra
O O o o o
« .re -2 -ro ai > .2 .2 c
E .í=r y .= ais y y .2
2 2. E ° ° y
Sm o 2C- n<x §- § o
<" £ 5 £ £ p
co & o
2
rfl
2o
roc
-S 2
n °
"
&S
O
§E 2™ 8E og
"3 E
"
gsígS-l g g* II
2 s-s S Ssí 2-S 2-8
JS= í 18 -
E
ra
M i i
CM o g >
o o o
<u o D -O "
3 j.
5; 2 E + Dn
+ Qk o o o
CMin O) ím Q- Q_ D_
o .
5
c*
2 ra .
E _ 3 o O
.-
ro _
ro
S o§-5
£3 S jT >
"
C
-
g c O tfl M
UL-ríQ;r-
2 O-W ttr
n) fl)
£ «£ "g
iS il (d t o1n tio; oQ-n u
E »i® a"-?í $ ra2p°2I
lC c ,a> -
g -g O) 2
-
2- <u ™ õ o
S£ = s|2
, "
~
S 13
o .. ro o ojraji-™ ti
S "
aES ° "§-§ 2 § -§
Sò * l"l | S1I.ÍÍ 8- 8- _
S
g °l Q Q |
u
ro
TJ
Og £
- £ 2 5
£ '-2 3 -eá ~
2--
ra *= 0 </>
E n3 E - vO "(TJ
ro rr5 o fi!i w ." in i a
Mt
(j D
"SC |"8>
_j
U8>
* -I
*8s
QJ c c
4 U Ji 3 + u
MU
t
ro _
_
~ _
O
>2
-
j3 Q-
£ o - £ .2 ra J5 *u
</>
'
03 .
<£> QJ > .- c
C _ _
f y ou
i -
2iz -2(= j?
-
aP
O
.
,
Do-n a; t vi -
-i
c o * £ $ *>2 2
o U 3 <ií «s g=
>
"
£
H3
u u
CuO
0)
«2 3
<U "
<U 73
*
l- Q .5-
,
D 03 i/i U
QJ i/> CLJ
-
o " uj Q §
£ 2
Cap. 15 . A SEPARAÇÃO DOS PODERES 127
4 .
PODER EXECUTIVO
4 / .
Esfera federal
4 2 Esfera estadual
.
4 . 3 Esfera municipal
É chefiado pelo Prefeito do Município (cidadão brasileiro, idade mínima
de 21 anos - art. 14, § 3.°, VI, c, CF/88), tendo como auxiliares diretos o
Vice-Prefeito e os Secretários Municipais. Destaque-se que em Municípios
com 200.000 eleitores ou menos a eleição é feita em um só turno (art. 29, II,
da CF/88).
O mandato dos chefes do Poder Executivo é de quatro anos sendo ,
deles não ocorrer em até 10 dias depois desse prazo salvo motivo de força ,
Em caso de sucessão
o Presidente da República não retornará mais
,
4 .
4 Participação no processo legislativo
Nas leis ordinárias e complementares o Presidente participa da fase de
,
4 .
5 Regulamentação das normas
Elaboração de decretos e regulamentos para assegurar a fiel execução
das leis - o decreto é o veículo de manifestação do Presidente da República. O
presidente expede decretos de nomeação, de remoção ou de demissão. Além
disso, ao Executivo cabe regulamentar a lei para lhe dar aplicação .
4 .
6 Atuação no plano internacional
Cabe ao Presidente manter relações com Estados estrangeiros e acreditar
seus representantes diplomáticos (art. 84 VII, CF/88), celebrar tratados,
,
(art. 84, VIII, CF/88), declarar a guerra (art. 84, XIX, CF/88), celebrar a paz
(art. 84, XX, CF/88) e, ainda, autorizar, nos termos de lei complementar, que
forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam
temporariamente (art. 84 XXII, CF/88).
,
4 .
7 Atuação quanto ao funcionalismo público federal
Ao Presidente da República compete nomear e exonerar os Ministros
de Estado livremente (art. 84 I, CF/88), exercer a direção superior da
,
4 .
9 Nomeação de autoridades
Compete ao Presidente nomear com a aprovação do Senado Federal,
,
4 10
. Conselho da República e Conselho de Defesa Nacional
Ambos são órgãos de consulta do Presidente da República e emitem
pareceres não vinculativos, podendo ser acolhidos ou não.
Conselho da República: órgão superior de consulta do Presidente da
República composto por autoridades públicas, membros do Congresso e seis
cidadãos brasileiros natos (art. 89, VII, da CF/88), dois eleitos pela Câmara
dos Deputados e dois pelo Senado Federal (arts. 51, V, e 52, XIV, da CF/88) e
dois nomeados pelo Presidente da República.
O Conselho da República pronuncia-se sobre intervenção federal,
decretação de estado de defesa e estado de sítio e outras questões relevantes
para a estabilidade das instituições democráticas (art. 90 da CF/88).
Conselho de Defesa Nacional: composto pelo Vice-Presidente da
República, pelos Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal,
pelos Ministros dajustiça, de Estado da Defesa, das Relações Exteriores e do
Planejamento e pelos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica
(art. 91 da CF/88).
Compete a tal Conselho opinar em matérias relativas à defesa do território
nacional, especialmente nas áreas de fronteiras, em decretação de estado de
defesa ou de sítio e intervenção federal.
4 . 11 Oimpeachment
O impeachment (impedimento) deve ser entendido como o processo pelo
qual o Poder Legislativo pune a conduta da autoridade pública que cometeu
crime de responsabilidade, destituindo-a do cargo e impondo-lhe uma pena
de caráter político.
No Brasil, o impeachment está previsto desde a Constituição de 1824 e
esteve presente em todas as Constituições republicanas.
O art. 86 da Constituição Federal vigente divide o processo de impeachment
em duas fases:
suas funções (art. 86, § 1.° II, da CF/88). Se, decorrido o prazo de
,
jurisdicional.
O julgamento, presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal ,
perda do cargo, com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função
pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis (art. 52, parágrafo
único, da CF/88).
Além do Presidente da República e do Vice-Presidente de acordo com ,
Inote
BEM
Governadores (Lei 1.079/1950) e Prefeitos (Decreto lei
201/1967).
note
Art. 86, §§ 3.° e 4.°, da CF/88: "§ 3.° Enquanto não sobrevier IBEM
sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente
da República não estará sujeito a prisão. § 4.° O Presidente
da República, na vigência de seu mandato, não pode ser
responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas
funções".
Cap. 15 . A SEPARAÇÃO DOS PODERES 133
Federal:
-
5 . PODER JUDICIÁRIO
exoneração (quarentena).
5 .
2 Principais características
A definitividade é um traço marcante da jurisdição. As soluções de
litígios pela Administração não são definitivas. Poderão sempre, ser levadas
,
compreensão da controvérsia .
recorrida
a petição de recurso extraordinário ou qualquer peça essencial à
,
"
compreensão da controvérsia .
Súmula 289: "O provimento do agravo por uma das Turmas do Supremo
Tribunal Federal, ainda que sem ressalva não prejudica a questão do cabimento
,
do recurso extraordinário".
"
agravada .
no processamento de precatórios .
Súmula 735: "Não cabe recurso extraordinário contra acórdão que defere
"
medida liminar .
note
O Supremo Tribunal Federal, desde de 1.° de agosto de 2010, BEM
exige que sejam protocoladas na Corte exclusivamente por
meio eletrônico as seguintes peças: Ação Cautelar; Ação
Rescisória; Habeas Corpus; Mandado de Segurança; Mandado
de Injunção; Suspensão de Liminar; Suspensão de Segurança
e Suspensão de Tutela Antecipada. As três últimas classes são
processos de competência da Presidência da Corte.
Em fevereiro de 2010, passaram a tramitar de forma
exclusivamente eletrônica seis tipos de ações originárias,
ou seja, que têm início no STF: Reclamações, Ações
Diretas de Inconstitucionalidade, Ações Declaratórias de
Constitucionalidade, Ações Diretas de Inconstitucionalidade
por Omissão, Arguições de Descumprimento de Preceito
Fundamental e Propostas de Súmula Vinculante.
O Recurso Extraordináriofoi o precursor do processo eletrônico
na Corte, com início em junho de 2007.
e Territórios
Tribunais Regionais Federais, Tribunais Regionais do Trabalho,
,
note
O Supremo Tribunal Federal, desde de 1.° de agosto de 2010, BEM
exige que sejam protocoladas na Corte excl usivamente por meio
eletrônico as seguintes peças: Ação Cautelar; Ação Rescisória; W
Habeas Corpus; Mandado de Segurança; Mandado de Injunção;
Suspensão de Liminar; Suspensão de Segurança e Suspensão
de Tutela Antecipada. As três últimas classes são processos de
competência da Presidência da Corte.
Em fevereiro de 2010 passaram a tramitar unicamente na forma
eletrônica, seis tipos de ações originárias, ou seja, que têm início
no STF: Reclamações, Ações Diretas de Inconstitucionalidade,
Ações Declaratórias de Constitucionalidade, Ações Diretas
de Inconstitucionalidade por Omissão, Arguições de
Descumprimento de Preceito Fundamental e Propostas de
Súmula Vinculante. O Recurso Extraordinário foi o precursor
do processo eletrônico na Corte, com início em junho de 2007.
Cap. 15 . A SEPARAÇÃO DOS PODERES 141
5.
4 Superior Tribunal de Justiça
Competência do STJ:
recurso especial .
especial .
Súmula 13: "A divergência entre julgados do mesmo Tribunal não enseja
"
recurso especial .
Súmula 123: "A decisão que admite ou não, o recurso especial deve ser
,
Súmula 320: "A questão federal somente ventilada no voto vencido não
"
5 .
5 Principais pontos da EC 45/2004: reforma do Poder Judiciário
°
7 .
, §§ 4", 50 e 60, art. 80, § I0 e 25 § I0 da Convenção Americana sobre
Direitos Humanos promulgada pelo Decreto 678/1992: celeridade na
instrução);
"
abuso de poder (inc. LXVIII do art. 5.° da CF). Ordem concedida para que
,
que oficia, o writ ali ajuizado (HC 91.041, j. 05.06.2007, rei. p/o ac. Min.
Carlos Britto, DJ 17.08.2007);
b) "constitucionalização dos tratados e convenções internacionais sobre
direitos humanos", com aprovação do Congresso Nacional, em dois
turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros - serão
°
equivalentes às emendas constitucionais: art. 5. § 3.°, da CF/88
,
Excelso (ADIn 1480-3/ML, rei. Min. Celso de Mello RTJ 83:809; RO em HC,
"
note
O Estatuto de Roma, em seu art. 120, não admite reservas, e o art. BEM
5°
.
§4.°, da CF/88 estabelece que o Brasil se submete à jurisdição
,
"
a ADI contra ato revogado (STF, ADI 3.085, j. 17.02.2005, rei. Min.
Eros Grau, DJ 28.4.2006);
0 para o vitaliciamento passa a ser etapa obrigatória a participação
em curso oficial ou reconhecido por escola nacional de formação e
aperfeiçoamento de magistrados: art. 93, IV, da CF/88;
g) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em
seu poder além do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório
sem o devido despacho ou decisão: art. 93, II, e, da CF/88;
h) controle externo da magistratura e do Ministério Público: art. 103-B
e 130-A, respectivamente, da CF/88.
A criação do CNJ e do CNMP tem a função de implementar o chamado
controle externo da magistratura e do Ministério Público. Na atualidade,
constata-se a importância de tais Conselhos que realizam fiscalizações e
corrigem desvios de conduta de membros das respectivas carreiras jurídicas.
"
estabelece: "
território nacional (art. 52, X, da CF/88), dando assim eficácia erga omnes à
decisão do Supremo;
n) repercussão geral das questões constitucionais nos termos da lei, a
,
local ,
conforme se verifica: Constitucional - Penal e processual penal -
"
Decreto 678 de 06.11.1992, razão por que não há falar em inépcia da peça
,
é verossímil que o constituinte derivado tenha optado por não definir o rol
dos crimes que passariam para a competência da Justiça Federal sob pena de ,
entrosMuicípdePrasFogeItambé.
atender ao princípio da proporcionalidade (adequação, necessidade e
proporcionalidade em sentido estrito), compreendido na demonstração
concreta de risco de descumprimento de obrigações decorrentes de tratados
internacionais firmados pelo Brasil, resultante da inércia, negligência, falta
de vontade política ou de condições reais do Estado-membro, por suas
instituições, em proceder à devida persecução penal. No caso, não há a
cumulatividade de tais requisitos, a justificar que se acolha o incidente. 6.
Pedido indeferido sem prejuízo do disposto no art. 1, III, da Lei 10.446, de
,
°
,
14 e 25;
5 . 6 Reclamação
A reclamação tem por objetivo preservar a competência e garantir
a autoridade das decisões do Supremo Tribunal Federal ou do Superior
Tribunal de Justiça (art. 13 da Lei 8.038/1990). Admite-se também, em face ,
11.417/2006.
3 .
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS: ART. 5.°
DA CF/88
"
3 1 .
Direito à vida
3 .
2 Direito à igualdade
As Constituições reconhecem a igualdade no sentido jurídico-formal ,
°
5 onde se lê que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
.
,
natureza.
"
"
controle de constitucionalidade.
3 3 Direito à liberdade
.
assim, o exercício dos direitos naturais de cada homem não tem por limites
senão aqueles que asseguram aos outros membros da sociedade o gozo dos
"
mesmos direitos. Esses limites apenas podem ser determinados pela lei .
(art. 5.°, IV, VI, VII, VIII e IX); de reunião (art. 5.°, XVI); de associação (art.
5° .
, XVII a XXI); de profissão (art. 5.°, XIII); de ação (art. 5.°, II); de liberdade
°
sindical (art. 8. ); e de greve (art. 9.°).
3 .
4 Direito à propriedade
O art. 1.228 do Código Civil (Lei 10.406/2002) assegura ao proprietário
o direito de usar, gozar e dispor de seus bens e o direito de reavê-los do poder
de quem quer que injustamente os possua ou detenha.
A propriedade, bem como os demais direitos fundamentais, deve sujeitar-
-
°
art. 5. , XXX e XXXI.
note
Função social - Art. 182, § 2.° (propriedade urbana), art. 186 BEM
(propriedade rural), usucapião constitucional urbano (art. 183)
e rural (art. 191), desapropriação rural para reforma agrária
(art. 184). Destaque-se que há o confisco previsto no art. 243
da CF/88.
3 .
5 Direito à segurança
É considerado um conjunto de garantias e direitos composto por si-
tuações, proibições, limitações e procedimentos destinados a assegurar o
exercício e o gozo de algum direito individual fundamental. Por exemplo:
a) a segurança do domicílio (art. 5. XI): "A casa é asilo inviolável do
°
,
Casa do Congresso Nacional, em dois turnos por três quintos dos votos ,
dos respectivos membros (art. 5.° § 3.°, da CF/88); (b) o Brasil se submete à
,
4.
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS
"
"
"
"
e ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade
"
cuidado
5 .
/ O direito de petição
Historicamente, o direito de petição nasceu na Inglaterra, durante a
Idade Média, permitindo aos súditos que dirigissem petições ao rei (Bill of
Rights- 1689).
O direito de petição é aquele que pertence a uma pessoa ou grupo de
pessoas de invocar a atenção dos Poderes Públicos (nas três esferas) sobre
uma questão ou situação.
O art. 5.°, XXXIV, a, da CF/88 estabelece o direito de petição aos Poderes
Públicos, assegurando-o a todos, independentemente do pagamento de taxas,
em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder.
168 DIREITO CONSTITUCIONAL - Erival da Silva Oliveira
5 2 Habeas corpus
.
note
A pessoa jurídica, para uma menor parte da doutrina, pode BEM
uti 1 izar o habeas corpus para trancar o i nquérito ou o processo
criminal ilegal ou abusivo. r
RFIC 80.035/SC entre outros). Não se trata de uma obrigação, mas sim de
,
note
Súmula471 do STJ: "Os condenados por crimes hediondos ou BEM
assemelhados cometidos antes da vigência da Lei 11.464/2007
sujeitam-se ao disposto no art. 112 da Lei 7.210/1984 (Lei de
Execução Penal) para a progressão de regime prisional."
A gravação de conversa entre duas pessoas, feita por uma delas sem
o consentimento da outra, registrando o fato para prevenir uma negação
futura, é considerada lícita, sendo possível a utilização do registro como
meio de defesa. Esse tipo de gravação clandestina é considerado lícito
somente para utilização como meio de defesa. Nesse sentido, podem ser
citadas, como exemplo, as seguintes decisões: STF, HC 74678/SP, 1 .a T ; STF, .
caráter público .
note
Ver também art. 1 parágrafo único, da Lei 9.507/1997 ("Con- BEM
sidera-se de caráter público todo registro ou banco de dados
contendo informações que sejam ou que possam ser transmi-
tidas a terceiros ou que não sejam do uso privativo do órgão ou
"
Celso de Mello).
5.
4 Mandado de injunção
O art. 5.°
LXXI, estabelece: "Conceder-se-á mandado de injunção sempre
,
"
soberania e à cidadania .
Origem: remonta aos fins do século XIV na Inglaterra, onde existia sob
,
5 . 5 Mandado de segurança
O art. 5.°, LXIX, preceitua: "Conceder-se-á mandado de segurança para
proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas
data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade
pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder
Público".
Sujeitos passivos:
a) autoridades públicas: compreende todos os agentes públicos, ou seja,
todas as pessoas físicas que exercem alguma função estatal, como os
agentes políticos e os agentes administrativos;
DIREITO CONSTITUCIONAL - Erival da Silva Oliveira
sidades privadas.
Cumpre destacar que o mandado de segurança não deve ser proposto
contra a pessoa jurídica de direito público mas contra a autoridade coatora.
,
prestar informações em dez dias; após, os autos, com tais informações, irão
para o Ministério Público para confecção de parecer em cinco dias, seguindo-se
a sentença. Destaque-se que não há dilação de prazo para prova testemunhal ,
cuidado
A Lei 12.016/2009 trata do procedimento do mandado de
segurança, traz disposições específicas sobre o mandado de
segurança individual e coletivo, bem como outras disposições
não previstas na Lei anterior.
Decisões sobre o tema:
mandado de segurança .
mandado de segurança .
632: "É constitucional lei que fixa o prazo de decadência para a im-
"
O art. 5.°, LXX, enuncia: "O mandado de segurança coletivo pode ser
impetrado por: a) partido político com representação no Congresso Nacional;
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente consti-
tuída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses
de seus membros ou associados".
note
Pode haver a dispensa do prazo de um ano tendo em vista o direi- BEM
to a ser protegido (art. 82, § 1 da Lei 8.078/1990 - "manifesto
interesse social evidenciado pela dimensão ou característica r
do dano, ou pela relevância do bem jurídico a ser protegido").
Inote
A Lei 12.016/2009 trata do procedimento do mandado de
BEM
segurança, traz disposições específicas sobre o mandado de
segurança individual e coletivo, bem como outras disposições
não previstas na Lei anterior.
5.
7 Ação popular
O art. 5.°, LXXIII estabelece:
"
Formas:
ocorrido o ato ou fato que deu origem à demanda ou onde esteja situada a
coisa, ou, ainda no Distrito Federal (art. 109, § 2.°, da CF/88).
,
Cap. 16 . DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS 183
Pessoa jurídica não tem legitimidade para propor ação popular" (Sú-
mula 365 do STF).
5.
8 Ação civil pública
O art. 129, III, estabelece: "São funções institucionais do Ministério
Público: (...) III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a
proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros inte-
resses difusos e coletivos "
note
Pode haver a dispensa do prazode um ano tendo em vista o direi- BEM
to a ser protegido (art. 82, § 1 °, da Lei 8.078/1990 - "manifesto
interesse social evidenciado pela dimensão ou característica
do dano, ou pela relevância do bem jurídico a ser protegido").
Estados (art. 5.° §§ 1.° e 5.°, da Lei 7.347/1985). Em caso de desistência in-
,
Lei 12.016/2009).
Condenação e execução: a ação civil poderá ter por objeto a condenação
em dinheiro ou o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer (art. 3. da
°
da demanda, não se admitirá a ação civil pública pois os seus efeitos são erga
,
Min. Francisco Rezek; Rcl 1733/SP rei. Min. Celso de Mello, entre outros.
,
329, STj: "O Ministério Público tem legitimidade para propor ação
civil pública em defesa do patrimônio público".
Inote
Não se deve confundir nacionalidade com naturalidade pois
esta é o local físico onde se nasce e não necessariamente
,
BEM
coincide com a nacionalidade. Por exemplo o indivíduo pode
,
e formalmente).
2 .
ESPÉCIES DE NACIONALIDADE E PECULIARIDADES
2 7 .
Primária , de origem ou originária
Esta espécie de nacionalidade está vinculada ao fato natural do nascimento .
2 .
2 Secundária ou adquirida
É a nacionalidade adquirida pela vontade do indivíduo ou do Estado
por meio da naturalização (fato artificial). Nesse caso, temos o brasileiro
naturalizado.
23
. .
1 Critério da origem sanguínea (ius sanguinisj
É a nacionalidade conferida em função do vínculo do sangue, reputando-se
nacionais os descendentes de nacionais.
23
.
2 Critério da origem territorial fius solisj
.
2 4 Reflexos da nacionalidade
.
2 6 Os brasileiros natos
.
2 6
. . / Critério do ius solis (territorialidade)
São brasileiros natos os nascidos em território brasileiro, excetuados os
filhos de pais estrangeiros quando no Brasil a serviço de seu país - art. 12 ,
1 ,
a, da CF/88.
2 6
. .
2 Critério do ius sanguinis aliado ao serviço do Brasil
São brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe
brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do
Brasil (União, Estado, Município, Distrito Federal, Território e até entidades
da administração indireta). Não estão descartados os serviços realizados para
empresas privadas contratadas por entes públicos (art. 12,1, b, da CF/88).
2 6
. .
3 Critério do ius sanguinis mais a opção
São exigidas as seguintes condições: ser nascido no estrangeiro; ser
nascido de brasileiro ou brasileira, nato ou naturalizado; ser registrado em
Cap. 17 . NACIONALIDADE 191
2 7 Os brasileiros naturalizados
.
2 7
. . / Naturalização ordinária
É a que se concede ao estrangeiro, residente no País, que preencha os
requisitos previstos na lei de naturalização, exigidas aos originários de países
de língua portuguesa (Portugal, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Açores,
Cabo Verde, Príncipe, Goa, Gamão, Dio, Macau e Timor): apenas residência
por um ano ininterrupto e idoneidade moral (art. 12, II, a, da CF/88).
2 7
. . 2 Naturalização extraordinária
É a reconhecida aos estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes
no Brasil há mais de 15 anos ininterruptos e sem condenação penal (no Brasil
192 DIREITO CONSTITUCIONAL - Erival da Silva Oliveira
o Estado brasileiro por tanto tempo sem ter condenação penal merece esse
reconhecimento. Trata-se de um direito subjetivo do estrangeiro de qualquer
nacionalidade, residente no País, facultando-lhe pleitear a naturalização por
mero requerimento.
§ 2.°, segundo o qual "a lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros
"
2 9 Perda da nacionalidade
.
2 .
/ 0 Reaquisição da nacionalidade brasileira
O brasileiro naturalizado que teve a naturalização cancelada por atividade
nociva ao interesse nacional poderá recuperá-la se o cancelamento for desfeito
por ação rescisória.
A ação rescisória é um remédio processual que serve para desconstituir
ou revogar acórdão ou sentença de mérito transitada em julgado. Essa ação
deverá ser proposta dentro de dois anos contados do trânsito em julgado da
decisão (art. 485 do CPC).
2 .
/ 7 Institutos ligados à nacionalidade
2 11.1 Extradição
.
"
note
Se for crime impuro cabe extradição - cláusula de atentado BEM
(violência contra pessoas) (art. 77, § 3.°, da Lei 6.815/1980).
2 .
11.2 Expulsão
Expulsão é um modo coativo de retirar o estrangeiro do território
nacional por delito, infração ou ato que o torne inconveniente à defesa e à
Cap. 17 . NACIONALIDADE 195
2 .
11.3 Deportação
É a saída compulsória do estrangeiro que ingressou ou permanece
irregularmente no território nacional, ou seja, é o modo coativo de devolver o
estrangeiro ao exterior em virtude de desobediência ao ordenamento jurídico
que trata da entrada e permanência no Brasil (art. 5. XV, da CF/88).
°
,
2 .
12 A língua e os símbolos nacionais
A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil
(art. 13, caput, da CF/88), podendo as comunidades indígenas utilizar também
°
suas línguas maternas (art. 210, § 2. da CF/88). ,
A bandeira
o hino, as armas e o selo nacional são símbolos da República
,
3 .
ASSUNTOS PERTINENTES AOS ESTRANGEIROS
poderá sair do País sem prévia autorização do governo brasileiro, sob pena de
renúncia ao asilo e de impedimento de reingresso nessa condição.
Portugueses residentes no Brasil: ver Decreto 3.927/2001 - Tratado de
Amizade (art. 12 § 1.°, da CF/88).
,
1.
CIDADANIA
1 1 Aquisição da cidadania
.
2 . ALISTABILIDADEE ELEGIBILIDADE
note
Sobre o tema domicílio eleitoral o STF assim decidiu:
"O domicílio
BiM
eleitoral na circunscrição e a filiação partidária,
constituindo condições de elegibilidade (CF, art. 14, § 3.°),
revelam-se passíveis de válida disciplinação mediante simples
lei ordi nária. Os requisitos de elegibi I idade não se confundem,
no plano jurídico-conceitual com as hipóteses de inelegibilida-
de, cuja definição-além das situações já previstas diretamente
pelo próprio texto constitucional (CF, art. 14, § 5.° a § 8.°) - só
pode derivar de norma inscrita em lei complementar (CF, art.
14, § 9.°)" - STF, AD11.063-MC, j. 18.05.1994, rei. Min. Celso
de Mello, DJ 27.04.2001.
e) filiação partidária;
f) idade mínima (conforme o caso: 35 anos para Presidente da República ,
3 .
SISTEMAS ELEITORAIS
3 .
/ Sistema majoritário
É o sistema em que vence a eleição o candidato que obtiver a maioria
dos votos. Pode ser:
3 2 Sistema proporcional
.
da CF/88;
ou outro órgão a que a lei der competência), que está pronta para suportar o
ónus que recusou. A Lei 8.239/1991 prevê essa reaquisição quando diz que ,
6.
INELEGIBILIDADES
6 / Absolutas
.
Espécies:
62 . .
/ Restrição por motivos funcionais
a) para o mesmo cargo: não existe mais (EC 16/1997 - reeleição) Os .
note
"
62 . .
2 Restrição por motivo de casamento parentesco ou afinidade ,
dos cargos do Poder Executivo ou de quem os haja substituído dentro dos seis
meses anteriores ao pleito salvo se já titular de mandato eletivo e candidato
,
°
até 2. grau consanguíneos ou afins de Governador não poderão se candidatar
6 2
. . 3 Restrição dos militares
O militar alistável é elegível, nas seguintes condições: se contar com me-
nos de 10 anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; se contar com mais de
10 anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará
automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade (art. 14, § 8. )
°
.
62
. . 4 Restrição por previsão de ordem legal
A Constituição Federal, no § 9.° do art. 14, autorizou a edição de lei
complementar (Leis Complementares 64/1990 e 81/1994) para dispor sobre
outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação. Infere-se que a lei
complementar é a única espécie normativa autorizada constitucionalmente
para disciplinar a criação e estabelecer os prazos de duração de outras inelegi-
bilidades relativas, sendo-lhe proibida a criação de hipóteses de inelegibilidade
absoluta, pois estas são previstas expressamente.
7. DESINCOMPATIBILIZAÇÃO
É o ato pelo qual o candidato se desvencilha da inelegibilidade a tempo
de concorrer à eleição. Em algumas hipóteses, a desincompatibilização só
se dará com o afastamento definitivo da situação funcional em que se ache
o candidato, o cônjuge ou parente. Em outros casos, basta o licenciamento
(autoridades policiais, agentes administrativos, entre outros).
O § 6.° do art. 14 da CF/88 estabelece: "Para concorrerem a outros cargos,
o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e
os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes
do pleito".
Decisões sobre o tema:
"
OTribunal, por maioria, julgou improcedente pedido formulado em
duas ações diretas de inconstitucionalidade, a primeira ajuizada contra a
Resolução 22.610/2007, pelo Partido Social Cristão - PSC, e a segunda,
também contra a Resolução 22.733/2008, pelo Procurador-Geral da Re-
pública, ambas doTribunal Superior Eleitoral -TSE, as quais disciplinam
o processo de perda de cargo eletivo em decorrência de desfiIiação parti-
dária sem justa causa, bem como de justificação de desfil iação partidária.
Cap. 18 . DIREITOS POLÍTICOS 207
Com relação aos prazos, deve-se observar o artigo 184 do Código de Processo
Civil.
outros.
Leitura complementar
outros;
Comercial;
constitucional está consignada em seu art. 48: Ninguém poderá ser detido ,
tarde confirmadas pelo rei Carlos II, que as incorporou à Carta outorgada em
1662. Tem-se, então, a ideia de estabelecimento e organização do governo
pelos próprios governados (Curso de direito constitucional, p. 5).
A ideia de Constituição evoluiu associada às concepções do iluminismo,
que valoriza a razão e o indivíduo em detrimento do Estado, considerado um
mal necessário. É a ideologia revolucionária do século XVIII.
Montesquieu, para prevenir eventuais abusos por parte dos monarcas,
sugere a separação dos poderes, teorizada na obra O espírito das leis.
Manoel Gonçalves Ferreira Filho afirma que ao surgir, ligada que estava
a essa doutrina liberal, a ideia de Constituição escrita tinha um caráter polé-
Cap. 19 . LEITURA COMPLEMENTAR 211
3.
ELEMENTOS DAS CONSTITUIÇÕES
Os elementos das Constituições correspondem aos seus componentes ,
3 .
7 Elementos orgânicos
São normas que regulam a estrutura do Estado e do poder. Podemos
elencar, como exemplo, o Título III (Da organização do Estado) da CF/88.
3 2 Elementos limitativos
.
3 .
3 Elementos socioideológicos
São normas que expressam o compromisso das Constituições modernas
no que tange a diferençar o Estado individualista do Estado social. Na Cons-
212 DIREITO CONSTITUCIONAL - Erival da Silva Oliveira
3.
5 Elementos formais de aplicabilidade
São normas que estabelecem regras de aplicação das Constituições, como
o preâmbulo, o Título IX ( Das disposições constitucionais gerais"), o Ato
"
Por fim cabe ressaltar que foi instituída a forma unitária de Estado, com
,
4 .
2 Constituição de 1891
Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil promulgada
em 24.02.1891.
4. 3 Constituição de 1934
Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil, promulgada
em 16.07.1934.
4 . 4 Constituição de 1937
Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil, outorgada por
Getúlio Vargas em 10.11.1937. Inspirada na Constituição fascista da Polónia,
recebeu o apelido de
"
Polaca".
4 . 5 Constituição de 1946
Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil, promulgada
em 18.09.1946.
4 . 6 Constituição de 1967
O Ato Institucional 4, de 07.12.1966, convocou o Congresso Nacional
para se reunir extraordinariamente de 12.12.1966 a 24.01.1967 e promul-
Cap. 19 . LEITURA COMPLEMENTAR 215
4 7 Constituição de 1969
.
4 8 Constituição de 1988
.
5 .
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
francês nasceu da fusão dessas duas instituições unidas pela ideia básica de
,
foi elaborado pelo Ministro da Justiça Campos Salles, que por tal motivo foi
considerado o patrono do Ministério Público.
A Constituição Federal de 1937 criou o "quinto constitucional". A
Constituição Federal de 1946 tratou do Ministério Público em título especial,
sem vinculação a qualquer dos outros Poderes da República, e instituiu os
Ministérios Públicos Federal e Estadual, garantindo-lhes a estabilidade na
função, o concurso de provas e títulos, a promoção e a remoção apenas por
representação da Procuradoria-Geral.
A Constituição Federal de 1967 subordinou o Ministério Público ao
Poder Judiciário e acabou com os "concursos internos". Ao integrar o Poder
Judiciário, o Ministério Público deu grande passo na conquista de sua auto-
nomia e independência por meio da equiparação com os magistrados. Tais
conquistas somente foram consagradas na Constituição Federal de 1988.
A Constituição Federal de 1969 (Emenda Constitucional 1) retirou as
mesmas condições de aposentadoria e vencimentos atribuídos aos juízes
(retirou o parágrafo único do art. 139) e retirou do Ministério Público a in-
dependência pela subordinação no capítulo do Poder Executivo.
A Emenda Constitucional 7 de 1977 alterou o art. 96 da Constituição
de 1969 e autorizou os Ministérios Públicos a se organizarem em carreira
por leis estaduais.
A Constituição Federal de 1988 trata do Ministério Público nos arts. 127
a 130. Podem ser considerados como pontos principais:
a) O Ministério Público é instituição permanente. Isso significa que,
enquanto o Brasil for regido por essa Constituição, o Ministério
Público não poderá ser extinto. Este é um exemplo de cláusula pétrea
implícita.
b) A unidade, a indivisibilidade e a independência funcional são princípios
institucionais do Ministério Público.
7 2 A Advocacia Pública
.
CF/88).
Pública da União e prescreve normas gerais para sua organização nos Estados).
Em alguns Estados existe a Defensoria Pública (MG SP e RJ); em outros,,
8 .
DIREITOS SOCIAIS
9 .
SUFRÁGIO
9 .
7 Formas de sufrágio
Quanto à extensão, pode ser:
a) universal: é o direito de votar titularizado por todos os nacionais com
capacidade política. Essa é a forma acolhida pela nossa Constituição
Federal vigente em seu art. 14, caput;
b) restrito: é o direito de voto conferido a indivíduos qualificados por
condições económicas (censitário) ou intelectuais (capacitário).
Quanto à igualdade, pode ser:
a) igual: os votos são iguais, ou seja, têm o mesmo valor;
b) desigual: concede-se a certos eleitores em virtude de situações especiais
o direito de votar mais de uma vez ou de dispor de mais de um voto
para prover o mesmo cargo.
Espécies:
a) voto múltiplo: o eleitor tem o direito de votar mais de uma vez, ou seja,
em mais de uma circunscrição eleitoral, e pode votar, por exemplo, na
circunscrição do seu domicílio, no de seu local de trabalho, entre outros;
b) voto plural: o eleitor pode votar mais de uma vez em uma mesma
circunscrição, ou seja, poderá votar duas ou mais vezes no mesmo
local;
222 DIREITO CONSTITUCIONAL - Erival da Silva Oliveira
10 3
.
Regime político
Vincula-se ao acesso dos governados ao processo de formação do poder
no Estado, ou seja, é um mecanismo de participação no poder. O regime
político pode ser dividido em:
a) regime democrático: o povo participa da formação e manutenção do
poder no Estado, de regra por meio de eleições (o poder vem de baixo
para cima);
b) regime não democrático: caracteriza-se pela ausência ou restrição
da participação do povo no poder de um Estado (o poder vem de
cima para baixo), subdividindo-se em totalitário (existência de um
grande partido dominante), ditatorial (há um centro único de poder)
e autoritário (limitado pluralismo político).
Exemplo: Brasil.
A Constituição Federal de 1988 aproxima-se da democracia semidireta ,
Verifica-se tal assertiva no parágrafo único do art. 1.° onde se lê: Todo
"
outros).
que, como visto acima, versa sobre a aprovação de textos de projeto de lei ou
de emenda constitucional já aprovados pelo Poder Legislativo.
O plebiscito pode autorizar o início de um processo legislativo , enquanto
o referendo ratifica ou rejeita projeto já elaborado.
O plebiscito é indicado em casos específicos como a formação de novos ,
note
BEM
Art. 2.° do ADCT da CF/88: "No dia 7 de setembro de 1993 o *.
10.4.1 O presidencialismo
Origem - Pinto Ferreira informa que o esquema político do presiden-
cialismo nasceu nos Estados Unidos da América, com a entrada em vigor da
sua Constituição Federal de 17.09.1787, após a Revolução da Independência,
quando as 13 colónias se confederaram e depois se uniram em um regime
federativo pela influência de grandes estadistas e pensadores, como Jefferson,
Madison e Washington, orientando seu povo com sabedoria dentro das novas
circunstâncias da política nacional, para enfrentar as lutas contra a Inglaterra
(Curso de direito constitucional, p. 365).
Houve uma Assembleia Constituinte, formada pelos delegados das ex-
-
Características do presidencialismo:
a) É típico dos Estados que adotam a forma de governo republicana.
b) O Presidente da República exerce o Poder Executivo em sua plenitude ,
da administração pública.
c) Há o cumprimento de um mandato por tempo fixo, que não depende
da confiança do Poder Legislativo para a sua investidura ou para o
exercício do governo.
d) O Poder Legislativo (Congresso, Assembleia e Câmara) não é
parlamento, pois não participa do governo (aprovação do plano
de governo) além do que seus membros são eleitos por período
,
10.4.2 O parlamentarismo
Origem - Pinto Ferreira destaca que o parlamentarismo é fruto de longa
evolução histórica e política, vivenciada na Inglaterra. No ano de 1254, o
parlamento britânico se desdobrou em dois ramos - a Câmara dos Lordes e a
Câmara dos Comuns-, ocorrendo, pela primeira vez, uma eleição. A Câmara
dos Lordes era hereditária e a Câmara dos Comuns, eletiva. A partir desse
momento começava a luta entre ambas pela supremacia política. Antes dessa
data o parlamento inglês era formado apenas por nobres ligados à pessoa do
monarca (Curso de direito constitucional, p. 395-396).
No século XVII, a Câmara dos Comuns conseguiu a preponderância
(maioria) política, quando, após a Revolução Parlamentarista de 1688, o
monarca da Inglaterra, Guilherme III, chamou pela primeira vez, no ano de
1689, o chefe do partido vitorioso para formar um gabinete.
Assim, o monarca inglês deixou de convidar os favoritos da monarquia
para constituírem o gabinete e passou a convidar aqueles chefes que lideravam
a política da Câmara dos Comuns, fazendo surgir em 1689, na Inglaterra, o
regime parlamentarista.
O parlamentarismo no Brasil - O parlamentarismo no Brasil teve início
na época do Império brasileiro, quando se criou o cargo de primeiro-ministro,
por Decreto de 20 de julho de 1847, perdurando até a época da Proclamação
da República, em 1889. Neste período existiram 32 Ministérios, dos quais
23 foram presididos por nordestinos.
José Afonso da Silva destaca que, com o objetivo de se evitar que o Vice-
-
Características do parlamentarismo:
a) É um sistema que se originou nas monarquias constitucionais e se
estendeu inicialmente às repúblicas europeias para depois ganhar o
,
mundo.
o povo.
Lenza , Pedro. Direito constitucional esquematizado. 14. ed. São Paulo: Saraiva,
2010.
232 DIREITO CONSTITUCIONAL - Erival da Silva Oliveira
_
.
Constituição do Brasil interpretada e legislação constitucional. 4. ed. São
Paulo: Atlas 2004. ,
12).
_
.
Exames de OAB - Testes e comentários. 4. ed. São Paulo: Premier
Máxima , 2007.
_
.
Exames de OAB Nacional - Testes e comentários. São Paulo: Premier
Máxima ,
2005.
_
. Questões comentadas dos exames da OAB CESPE-UNB. 3. ed. São Paulo:
Ed. RT, 2010.
_
.
Introdução ao estudo do direito constitucional. São Paulo: Artchip ,
2003.
_
.
Reta final - Direito constitucional I e II. 4. ed. São Paulo: Ed. RT 2010. ,
_
.
Reta final - Direitos humanos. 3. ed. São Paulo: Ed. RT ,
2010.
_
.
Reta inal - Remédios constitucionais e súmulas vinculantes. 2. ed. São
f
_
.
Reta final - Direito eleitoral. São Paulo: Ed. RT 2010. ,
_
.
Prática constitucional. São Paulo: Premier Máxima 2009. v. 1 e 2. ,
_
.
Prática constitucional. 3. ed. rev. e atual. São Paulo: Ed. RT 2010. ,
Silva, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. 14. ed. São Paulo:
Malheiros 1997. ,
_
.
Aplicabilidade das normas constitucionais. São Paulo: RT 1982. ,
BIBLIOGRAFIA E SITES 233
limitava a taxa de juros reais a 12% ao ano, tinha sua aplicação condicionada
à edição de lei complementar.
8 . São inconstitucionais o parágrafo único do art. 5.° do Dec.-lei
1 . 569/1977 e os arts. 45 e 46 da Lei 8.212/1991, que tratam de prescrição e
decadência de crédito tributário.
236 DIREITO CONSTITUCIONAL - Erival da Silva Oliveira
foi recebido pela ordem constitucional vigente e não se lhe aplica o limite
,
a Constituição Federal.
14.É direito do defensor no interesse do representado, ter acesso amplo
,
"
tituição Federal .
ANEXO 1 - SÚMULAS VINCULANTES 237
GDATA, instituída pela Lei 10.404/2002, deve ser deferida aos inativos nos
valores correspondentes a 37,5 (trinta e sete vírgula cinco) pontos no período
de fevereiro a maio de 2002 e, nos termos do artigo 5.°, parágrafo único, da
Lei 10.404/2002, no período de junho de 2002 até a conclusão dos efeitos do
último ciclo de avaliação a que se refere o artigo 1.° da medida provisória no
"
25. "É ilícita a prisão civil de depositário infiel qualquer que seja a mo-
,
dalidade do depósito".
26. "Para efeito de progressão de regime no cumprimento de pena por
crime hediondo, ou equiparado, o juízo da execução observará a inconstitu-
cionalidade do art. 2. da Lei 8.072, de 25 de julho de 1990, sem prejuízo de
°
Impressão e encadernação:
Prol Editora Gráfica Ltda
.
, CNPJ 52.007.010/0004-03.
OUTRAS PUBLICAÇÕES
Constituição da República
Federativa do Brasil
16.a edição
Medidas Provisórias
3 a
.
edição
Clèmerson Merlin Clève
ed.toraRÍ?
REVISTA DOS TRIBUNAIS
ATENDIMENTO AO CONSUMIDOR
Tel.: 0800-702-2433
www.rt.com.br
ERIVAL DA SILVA OLIVEIRA
DIREITO CONSTITUCIONAL
ll.a edição revista e atualizada
V 2 -
Direito Administrativo V 12 - Direitos Humanos
.
V 3 -
Direito Tributário Direito Constitucional
.
V 13 - Remédios Constitucionais
.
V 4 - Direito Civil
.
Difusos e Coletivos
V.5- Direito Empresarial
V 14
.
-
Estatuto da Criança e do
V6
.
-
Processo Civil Adolescente
V7 -
Direito Penal
.
Difusos e Coletivos
V8
.
-
Processo Penal V 15
.
-
Direito Ambiental
V9
.
-
Direito do Trabalho Difusos e Coletivos
V IO
.
-
Ética Profissional V 16
.
-
Direito do Consumidor
V ll - Direito Internacional
.
V 17
.
-
Processo do Trabalho
0 00C04,
.
EDITORA Ri?
REVISTA DOS TRIBUNAIS