Você está na página 1de 3

O DIA NATALÍCIO DO SOBERANO

“Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor.” (Lucas
2:11)

Ao noticiar o nascimento de Cristo Jesus, o anjo de Deus, explica que, trouxe as boas
novas de alegria. A notícia do Salvador possui muito significado a humanidade e aos
povos de todas as nações; mas, ela foi revelada primeiramente ao povo antigo de Deus.
O Salvador é um título muito empregado para a Pessoa de Jesus devido a sua Obra, sendo
chamado de “Cristo, o Senhor”, isso nos mostra a importância geral de sua Santa Pessoa.

O termo “Cristo” significa “Ungido” em grego, assim como “Messias” no termo


hebraico. A unção era para serviço especial, como o de um sacerdote ou de um rei. Os
judeus, porém, esperavam que um dia Deus enviaria um libertador específico. Não seria
simplesmente “um” ungido mas, sim “o” Ungido, o Messias. E é este que o anjo anuncia.
A palavra “Senhor” (tradução do grego KYRIOS) é usada no Novo Testamento somente
para Deus, daí a mesma palavra ser empregada ao imperador por seus súditos, pois aquele
considerava-se “deus” na Terra. “Cristo, o Senhor”, portanto, descreve o menino nos
termos mais altos possíveis. Descreve-o como Deus-Homem.

Mas como assim? Um menino que necessitava de cuidados? Precisava de amparo como
um bebê comum? Este teria o mesmo título de Deus? Ou melhor: esse é o Deus que
aplicaria a salvação dos pecados a humanidade? Sim! Cristo Jesus é o Deus de Israel. Ele
é preexistente juntamente com o Pai e o Espírito Santo, numa “Triunidade” sempiterna.
Esse é o Jesus que devemos conhecer. O Jesus que se fez homem, que nasceu como um
de nós, gerado pelo Espírito de Deus; e, que se entregou como um cordeiro mudo, não
tendo pecado, fazendo-se como um sacrifício substitutivo por nossas iniquidades:

“E bem sabeis que ele se manifestou para tirar os nossos pecados; e nele não há
pecado.” (1 João 3:5)

O apóstolo Paulo nos explica a importância não só apenas de um conhecimento superficial


da Pessoa de Jesus, mas sim de algo mais profundo, algo inerente a sua plena natureza.
Aquele que andou entre nós, chorou, sentiu fome, sede, frio, sorriu, ensinou, etc., era a
plenitude de Deus encarnada. O único alvo da nossa adoração e redenção:

“Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e
invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo
foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem
por ele. E ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os
mortos, para que em tudo tenha a preeminência.” (Colossenses 1:16-18)

O texto nos mostra a supremacia de Cristo e sua glória. O frágil bebê nascido na pequena
Belém Efrata (cidade do rei Davi), era o criador do Universo físico e de todo mundo
espiritual. Aquele que em tudo tem a primazia.
Esse é o Cristo que deve nascer em nossos corações. Esse é nosso Deus, Salvador,
Intercessor e Advogado. Muitas religiões criam estórias; exaltam pessoas normais – como
eu e você -, e repartem com outros redentores e mediadores o lugar inerente somente a
Jesus Cristo em nossas vidas. Isso é um falso ensino! Tal como a cosmovisão europeia
que, nos apresenta uma falsa comemoração natalina: com suas simbologias, práticas
culturais, e a criação de outros ícones que não seja o Deus-Homem, Cristo.

Uma visão correta de Cristo, nos isenta de toda uma gama de erros. Nos faz ter paz com
Deus, e, com isso saberemos e aplicaremos o verdadeiro sentido do seu nascimento em
nossas vidas. O Senhor Jesus não é um rei bélico como os judeus aguardavam. Alguém
que os libertaria do domínio romano. Não é um curandeiro e um milagreiro apresentado
no “evangelho” televisivo de nossos dias. Mas, é um Soberano Salvador, O Ungido que
estabeleceu um reino espiritual, em prol de libertar, pela sua misericórdia, os que creem
nele do pecado intrínseco a todos os homens, e da condenação deste. Seu nascimento,
ministério e obras é muito maior do que podemos imaginar. Cristo pagou o preço pelas
culpas de muitos, para com isso nos abrir a via que teremos acesso ao Pai.

Daí vem a única forma correta de devoção, culto e adoração registrada pelo amado
apóstolo João em seu maravilhoso Evangelho:

“Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão
por mim.” (João 14:6)

Um feliz natal a todos!

Rômulo Lima
Rio de Janeiro - Dezembro de 2015

Você também pode gostar