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Apostila - Automação - CEFET MG PDF
Apostila - Automação - CEFET MG PDF
CURSO TÉCNICO EM
MECATRÔNICA E
INFORMÁTICA INDUSTRIAL
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
AUTOMAÇÃO ..................................................................................................................... 8
TECNOLOGIA ................................................................................................................. 8
DEFINIÇÃO ..................................................................................................................... 8
SENSOREAMENTO............................................................................................................ 9
TIPOS DE SENSORES UTILIZADOS NA AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL.......................... 10
1) SENSOR INDUTIVO.................................................................................................. 10
2) SENSOR CAPACITIVO............................................................................................. 13
3) SENSOR ÓPTICO..................................................................................................... 15
3.a) Difuso ................................................................................................................. 15
3.b) Reflexivo ............................................................................................................ 15
3.c) Barreira de Luz .................................................................................................. 16
4) SENSOR ULTRA-SÔNICO ....................................................................................... 16
5) SENSOR POSICIONAMENTO.................................................................................. 18
5.a) Chaves Fim-de-Curso ....................................................................................... 18
5.b) Chaves Fim-de-Curso Maganética .................................................................. 18
RELÉS .............................................................................................................................. 18
1) RELÉ FALTA DE FASE ............................................................................................ 19
2) RELÉ SEQÜÊNCIA DE FASE................................................................................... 19
TEMPORIZADORES......................................................................................................... 20
AUTOMAÇÃO DE CIRCUITOS......................................................................................... 21
1) AUTOMAÇÃO PESADA............................................................................................ 21
2) AUTOMAÇÃO FLEXÍVEL ......................................................................................... 22
3) PRINCÍPIOS DE CONTROLE E CIRCUITOS BÁSICOS.......................................... 22
4) DIAGRAMA DE COMANDOS ................................................................................... 28
SISTEMAS DE PARTIDA EM MOTORES DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS (MIT)................. 32
1) PARTIDA DIRETA DO MOTOR ................................................................................ 32
2) REVERSÃO DE ROTAÇÃO DO MIT ........................................................................ 33
3) PARTIDA AUTOMÁTICA ESTRELA-TRIÂNGULO DE UM MOTOR........................ 35
4) PARTIDA AUTOMÁTICA DO MIT COM AUTOTRANSFORMADOR........................ 36
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS (CLP ou PLC).................................. 37
1) INTRODUÇÃO........................................................................................................... 37
2) CONSTITUIÇÃO DOS CLP’s.................................................................................... 41
3) CLASSIFICAÇÃO DOS PLCs................................................................................... 43
4) LÓGICA E LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO ....................................................... 44
4) FUNÇÕES LÓGICAS BÁSICAS ............................................................................... 46
5) INSTRUÇÕES BÁSICAS .......................................................................................... 49
5.a) Instrução Temporizador ................................................................................... 49
5.b) Instrução Contador ........................................................................................... 50
SISTEMA DE CONTROLE E AQUISIÇÃO DE DADOS (SCADA).................................... 51
1) CONTROLES LOCAIS .............................................................................................. 51
2) CONTROLES CENTRALIZADOS ............................................................................. 52
3) SISTEMAS DIGITAIS DE CONTROLES DISTRIBUIDOS (SDCD)........................... 53
BIBLIOGRAFIA................................................................................................................. 56
Ementa – Automação Industrial I:
Sensores digitais, dispositivos de proteção e temporização. Sistemas de reversão do
sentido de rotação de um motor de indução trifásico (MIT) semi-automática. Sistemas de
acionamento automático de MIT. Controlador lógico programável (PLC) na automação de
máquinas e processos. Ligação elétrica no PLC. Tipos de operandos digitais. Tipos de
instruções básicas. Instruções de contagem e temporização.
Processo de Avaliação:
Processo de Avaliação:
Processo de Avaliação:
AUTOMAÇÃO
TECNOLOGIA
Para muitas pessoas a tecnologia está relacionada somente as invenções que
surgiram principalmente no século passado com especial destaque para a televisão, o
telefone, o computador, a internet, etc.
Vamos fazer uma reflexão para perceber que a tecnologia sempre existiu desde o
momento em que o homem descobriu que podia usar elementos da natureza para facilitar
a sua vida.
A tecnologia é o saber
fazer, é o processo
criativo usado para
resolver problemas, com
o objetivo de melhorar a
condição humana e
satisfazer suas
necessidades.
A tecnologia sempre
evoluiu à medida que o
conhecimento científico
evoluía.
As invenções feitas no
passado marcam o
nosso futuro.
DEFINIÇÃO
SENSOREAMENTO
Para realizar certas tarefas os robôs precisam de habilidades sensoriais similares
às do homem. Os modelos avançados de robôs estão equipados com sensores mas sua
capacidade ainda é limitada, assim como sua capacidade de movimentação, já que os
robôs ficam fixos em um local, ou tem um espaço restrito para se mover.
O sensor, com certeza, é o elemento mais básico e comum em qualquer processo
de automação, principalmente industrial. É através desse dispositivo que todo o sistema é
capaz de coletar informações da planta fabril e, com base nsso, executar determinada
tarefa.
Veremos alguns conceitos importantes sobre sensores, e, através de cada respec-
tivo princípio de funcionamento, ajudar o integrador de tecnologia a escolher e
dimensionar o melhor tipo segundo sua necessidade.
Sensores são dispositivos capazes de detectar a presença ou passagem de
materiais, sejam eles metálicos ou não; por proximidade ou aproximação, sem haver,
necessariamente, contato físico.
Devemos nos atentar para as diferenças entre sensor e transdutor. Embora, em
alguns casos, um possa fazer o papel do outro, não podemos classificá-los como sendo
componentes da mesma família.
Como já foi citado, o sensor é um dispositivo capaz de detectar a presença ou
passagem de um material. Por outro lado, o transdutor é um dispositivo que converte
determinada grandeza física em um sinal elétrico, e vice-versa. Muitas vezes, um
transdutor executa a função de um sensor. Por exemplo, um transdutor piezoelétrico (que
converte pressão mecânica em tensão elétrica) operando como "sensor" de deformação
geométrica.
Há, porém, vários transdutores que não executam a função de um sensor (alto-
falantes, microfones, solenóides, ete.).
Resumindo: os transdutores são diferentes dos sensores, embora, em aplicações
específicas eles possam funcionar como tais.
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A dúvida inicial para se determinar um sensor, geralmente, é: “Quais são os
parâmetros a serem observados na escolha ou dimensionamento de um sensor?”. A
resposta a esta dúvida depende do sensor, porém genericamente, temos:
a) Linearidade
É o grau de proporcionalidade entre o sinal gerado e a grandeza física. Quanto
maior, mais fiel é a resposta do sensor ao estímulo. Conseqüentemente, podemos
conferir uma maior precisão ao sistema. Por exemplo: linear, logaritmo, exponencial, etc.
b) Faixa de atuação
É o intervalo de valores da grandeza em que pode ser usado o sensor, sem
0 0
destruição ou imprecisão. Por exemplo: de -20 C a 250 C, 0 a 5mm, etc.
c) Histerese
É a distância entre os pontos de comutação do sensor, quando um atuador dele se
aproxima ou se afasta.
d) Sensibilidade
É a distância entre a face do sensor e o atuador no instante em que ocorre a
comutação.
e) Sinal de Entrada
É o tipo específico de grandeza física que será medido. Por exemplo: temperatura,
pressão, vazão, tensão, corrente, etc.
f) Sinal de Saída
É a grandeza física necessária para se alimentar os controladores ou indicadores
de processos. Pro exemplo: 4 a 20mA, 0 a 10V, etc.
1) SENSOR INDUTIVO
Como veremos a seguir, sensores para materiais isolantes (não metálicos) são,
também, classificados como faceados, uma vez que "faceiam" seu alojamento sem correr
riscos de acionamento indevido.
Os sensores industriais, sejam eles indutivos ou não, podem ter suas saídas nas
configurações pnp ou npn. A figura 6 mostra como, no primeiro, caso (pnp) a comutação
da carga é feita através do pólo positivo da fonte. Tomando um CLP como exemplo, a
carga seria acionada com + 24 Vcc no seu terminal livre. Já a configuração npn conecta a
carga ao zero volt, uma vez que essa já está com o pólo positivo ligado.
As saídas, normalmente, podem ser de 2, 3, ou 4 condutores, sendo esse último
com (no mínimo) um contato tipo NA e um NF (figura 7).
2) SENSOR CAPACITIVO
3) SENSOR ÓPTICO
3.a) Difuso
Figura 10
3.b) Reflexivo
Figura 11
Figura 12
Obs.: Todos os sensore opticos visto por nós podems ser ajustados quanto a incidência
de luz:
Light on a saída é chaveada quando a presença de luz é detectada; e
Dark on a saída é chaveada quando a ausência de luz é detectada.
4) SENSOR ULTRA-SÔNICO
O sensor ultra-sônico emite pulsos cíclicos ultra-sônicos que, quando refletidos por
um objeto, incidem no receptor, acionando a saída do sensor.
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Tanto o emissor como o receptor estão montados na mesma unidade, portanto, é
necessário que haja uma reflexâo (eco) do ultra-som de modo que este ative o receptor.
Figura 13
Neste caso também devemos ser cuidadosos quando decidimos utilizar um sensor
deste tipo, devido ao alinhamento angular. Dependendo da inclinação do alvo o eco pode
desviar-se para uma direção diferente do sensor, não chegando ao receptor (localizado
no mesmo componente). Geralmente este tio de sensor permite uma inclinação máxima
de mais ou menos 3º (figura 13).
Assim como o óptico, o sensor ultra-sônico pode suprimir o fundo (desprezar o eco
do que não é objeto alvo de detecção). Neste caso, temos o tipo de barreira de reflexo.
Vale reparar que o sensor ultra-sônico pode operar tal qual um óptico, no que se refere a
capacidade de detecção (figura 14).
Figura 14
5) SENSOR POSICIONAMENTO
São interruptores que são acionados pela própria peça monitorada (Figura 15). Há
diversos tipos e tamanhos, conforme a aplicação. Ela deve ter uma resposta instantânea
e ser confiável.
Em geral, a operação de uma chave limite começa quando uma peça em
movimento bate em uma alavanca que atua a chave. Quando acionada, a chave muda os
seus contatos.
O tamanho, força de operação, percurso e modo de montagem são os parâmetros
críticos na instalação da chave fim de curso.
As chaves limites (chaves fim-de-curso) podem ter contatos momentâneos ou
retentivos.
Figura 15
RELÉS
O relé é uma chave comandada por uma bobina. Ele é uma chave porque ele liga-
desliga um circuito elétrico, permitindo a passagem da corrente elétrica como o resultado
do fechamento de contato ou impedindo a passagem da corrente durante o estado de
contato aberto.
Figura 16
Figura 17
Figura 18
TEMPORIZADORES
O temporizador, como o contador, é um dispositivo lógico que permite o sistema
automático ativar equipamentos de saída, durante um estágio específico na operação do
processo. Ele é usado para atrasar ciclos de partida e parada, intervalos de controle,
ciclos operacionais repetitivos e tem a capacidade de rearmar o sistema ao fim destes
ciclos.
O temporizador pode ser disponível em lógica de relé (eletrônico ou
eletromecânico) ou como função lógica do Controlador Lógico Programável.
Os temporizadores pneumáticos e mecânicos possuem a mesma aparência, com
um dial para ajustar o tempo de atraso desejado. O símbolo de um temporizador é o
mesmo para os vários tipos diferentes. Um círculo simboliza a bobina ou motor
temporizado. Este elemento do temporizador é usado para rodar o intervalo de tempo
ajustado. No fim do intervalo predeterminado, os contatos elétricos mudam de estado, de
aberto para fechado ou de fechado para aberto.
É possível fazer quatro combinações de temporizadores, considerando a lógica de
atraso para ligar (TON) ou atraso para desligar (TOFF) e os contatos normalmente
abertos (NA) ou normalmente fechados (NF). Assim, tem-se:
1. NO/ON/TC (normally open, timed-closing - normalmente aberto, temporizado para
fechar, ligando);
2. NC/ON/TO (normally close, timed-opening - normalmente fechado, temporizado
para abrir, ligando);
3. NO/OFF/TC, (normally open, OFF timed closing - normalmente aberto, desligam
fechando com o tempo); e
4. NC/OFF/TO (normally close timed opening (NC/OFF/TO, normalmente fechado,
desliga abrindo com o tempo.
O tipo de temporizador mais comum é time-delay TON: depois do intervalo de
tempo predeterminado ser completado, depois da bobina ser energizada, os contatos
mudam de estado, de aberto para fechado ou de fechado para aberto. Quando a bobina
é desenergizada, os contatos voltam ao seu estado original, instantaneamente. Alguns
Figura 19
Figura 20
AUTOMAÇÃO DE CIRCUITOS
1) AUTOMAÇÃO PESADA
Máquinas que são projetadas para executar uma função específica. Nestes
sistemas, qualquer mudança na operação padrão demanda uma mudança no
hardware da máquina e em sua configuração. Geralmente utilizados para um produto
particular e de difícil adaptação a outro produto.
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2) AUTOMAÇÃO FLEXÍVEL
Figura 21
Figura 22
Declaração de variáveis:
24Vcc
SN VS2 ST VS3
BT0 VS1 RT
VS3 RT
VS1 VS2
BT1 RT
ST VS1
SN VS1
Neutro
Figura 23
CIRCUITOS BÁSICOS
1) Circuito de Retenção
Nos circuitos da figura 24, apertando-se a botoeira “b1”, a bobina do contator “d” é
energizada, fazendo fechar os contatos de retenção “d” como também o contato “d” para
a lâmpada e esta se acende. Liberando-se a botoeira “b1“, a bobina mantém-se
energizada, e a lâmpada “h” permanece acesa. Quando se apertar a botoeira “b0”, a
bobina será desenergizada, fazendo abrir os contatos de retenção para a lâmpada “h”, e
esta se apaga. Libera-se “b0”, a lâmpada permanece apagada e o circuito volta à
condição inicial.
Quando apertar as duas botoeiras “b0” e “b1” ao mesmo tempo, no circuito
da figura 24(a) a lâmpada “h” não se acende, porque a botoeira “b0” tem preferência na
desenergização, e no circuito da figura 24(b) a lâmpada “h” se acende, porque a botoeira
“b1” tem preferência na energização.
Figura 24
2) Circuito de Intertravamento
Nos circuitos da figura 25, apertando-se a botoeira “b12” (ou ‘b13”), a bobina do
contator “d1” (ou “d2”) é energizada, impossibilitando a energização da outra, e não
deixando energizar as duas ao mesmo tempo, porque estão intertravadas.
Figura 25
Figura 26
Apertando-se a botoeira “b12” (ou “b13”) a bobina do contator “d1” (ou “d2”) é
energizada, o contato de selo “d1” (ou “d2”) fecha-se mantendo a energização, o contato
de intertravamento de “d1” (ou “d2”) ligado em série com “d2” (ou “d1”) impossibilita a
energização das duas bobinas ao mesmo tempo. Para se energizar a bobina “d2” (ou
“d1”) é necessário apertar a botoeira “b0”, desenergizando a bobina “d1” (ou “d2”) antes
de apertar “b13” (ou “b12”). Neste circuito, quando se apertar “b12” e “b13” ao mesmo
tempo, os dois contatores serão energizados instantaneamente até que um dos contatos
de intertravamento abra.
3) Circuito Temporizado
No circuito da figura 27(a), quando a chave seccionadora “a” é acionada, a lâmpada “h”
se acende depois de um certo tempo “t”, ajustado no temporizador “d”. Liberando-se a
chave “a”, a lâmpada “h” se apaga no mesmo instante. O circuito da figura 27(b) tem a
mesma função do anterior, sendo que o acionamento é por botoeiras. Os diagramas de
tempo são mostrados para cada circuito, respectivamente.
Figura 27
3.b) Desliga Retardado
Figura 28
Figura 29
4) DIAGRAMA DE COMANDOS
Figura 30
Para a interpretação dos circuitos elétricos , três aspectos básicos são importantes,
ou seja:
- os caminhos da corrente, ou os circuitos que se estabelecem desde o início até o fim
do processo de funcionamento;
- a função de cada elemento no conjunto, sua dependência e interdependência em
relação a outros elementos;
- a localização física dos elementos.
e22 4 7
Figura 31 Figura 32
Figura 33
Figura 34
Potência do motor
Conforme a região do país, cada fornecedor de energia elétrica permitirá a partida direta
de motores de determinada potência. Quando for necessário um dispositivo de partida
com tensão reduzida ou corrente reduzida, o sistema será determinado pela carga,
conforme as possibilidades ou características. Considerando-se as possibilidades, o
motor pode partir a vazio até a plena rotação, e sua carga deve ser incrementada
paulatinamente, até o limite nominal.
Tipo de carga
b) O motor deve partir com carga ou com um conjugado de resistente em torno de 50%.
Exemplos:
Calandras, bombas, britadores.
Neste caso, emprega-se a chave compressora, utilizando-se os “taps” de 65% ou de 80%
de transformador.
c) O motor deve partir com rotação controlada, porém com torque bastante elevado.
Exemplos:
Pontes rolantes, betoneiras, máquinas de “off-set”.
Neste caso, utiliza-se o motor rotor bobinado.
Seqüência operacional
Stop:
Para interromper o funcionamento do contator, pulsamos o botão b0; este abrirá,
eliminando a alimentação da bobina, o que provocará a abertura de contato de retenção
C1 e, conseqüentemente, dos contatos principais, e a partida do motor.
Figura 35
Figura 36
Figura 37 Figura 38
Segurança do sistema
a) Por meio dos botões conjugados: Pulsando-se o botão conjugado b1 ou b2, são
simultaneamente acionados os seus contatos abridor e fechador, de modo que o contato
abridor atue antes do fechador (intertravamento mecânico);
Seqüência operacional
Partida do motor em estrela, estando C1, C2 e C3 desligados (figuras 39 e 40).
Estando sob tensão os bornes R, S e T, e pulsando-se o botão b1, a bobina do contator
C2 e o relé temporizador d1 serão alimentados, fechando o contato de retenção de C2
que mantêm energizadas as bobinas dos contatores C1 e C2, respectivamente, e o relé
temporizador d1.
Permanecendo energizadas as bobinas dos contatores C2 e C1, haverá o
fechamento dos contatos principais e, conseqüentemente, o acionamento do motor em
estrela.
Decorrido o tempo para o qual foi ajustado o relé temporizador d1, este opera,
desligando o contato abridor d1, que desenergizará a bobina do contator C2, acarretando
a abertura de seus contatos principais. Estando desenergizada a bobina C2, o contato
abridor C2 (31 - 32) retorna, energizando a bobina C3, que acionará o motor em triângulo.
Parada do motor
Estando o motor funcionando em triângulo e pulsando-se o botão b0, interrompe-
se a energização da bobina C1, que abrirá os contatos C1 (13-14) e C1 (23 –24),
interrompendo a corrente da bobina C3. Conseqüentemente, o motor ficará energizado.
Segurança do sistema
Estando o motor em marcha na ligação triângulo, o contato C3 (31-32) fica aberto,
impedindo a energização acidental da bobina C2.
Figura 39
Figura 40
Seqüência operacional
Partida de motor com tensão reduzida: contatores C1, C2, C3 e relé de tempo
desligados (figuras 41 e 42). Estando sob tensão os bornes R, S, T e pulsando-se o botão
b1, a bobina do contator C1 fica energizada, assim como o relé temporizador d1. Os
contatos C1 (13 - 14) e C1 (23 - 24) se fecham, conservando energizada a bobina de C3,
colocando o motor em funcionamento. Com a alimentação da bobina C3, os contatos C3
(13 - 14) e C3 (23 - 24) se fecham, tornando a bobina de C3 independente do contato C1
(13 - 14). Como as bobinas de C1 e de C3 estão energizadas, os contatos principais de
C1 e C3 estão fechados, e o motor está alimentado com a tensão reduzida, iniciando a
partida.
Figura 41 Figura 42
1) INTRODUÇÃO
A cada dia que passa, os equipamentos elétricos e mecânicos vão dando lugar aos
microprocessadores. Tanto na vida profissional como na cotidiana, estamos sendo
envolvidos por microprocessadores e computadores. Na indústria, estas máquinas estão
INÍCIO
DEFINIÇÃO:
- PONTOS E/S
- OPERANDOS
ELABORAÇÃO
DO PROGRAMA
DO USUÁRIO
TESTE DO
PROGRAMA
DO USUÁRIO
ANALISAR E
FUNCIONA MODIFICAR
? NÃO PROGRAMA
SIM
INSTALAÇÃO
DO EQUIPAM.
E LIBERAÇÃO FIM
P/PRODUÇÃO
Figura 43
Figura 44
Figura 45
O programa é uma seqüência de instruções a serem executadas pelo CLP para executar
em processo. A tarefa do CLP é ler, de forma cíclica, as instruções contidas neste
programa, interpretá-las e processar as operações correspondentes.
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MEMÓRIA MÓDULO
C.P.U DADOS SAÍDAS
Figura 46
3ª. Geração: Os PLC’s passam a ter uma Entrada de Programação, onde um Teclado ou
Programador Portátil é conectado, podendo alterar, apagar , gravar o programa do
usuário, além de realizar testes ( Debug ) no equipamento e no programa. A estrutura
física também sofre alterações sendo a tendência para os Sistemas Modulares com
Bastidores ou Racks.
4ª. Geração: Com a popularização e a diminuição dos preços dos micro – computadores
(normalmente clones do IBM PC ), os PLCs passaram a incluir uma entrada para a
comunicação serial. Com o auxílio do microcomputadores a tarefa de programação
passou a ser realizada nestes. As vantagens eram a utilização de várias representações
das linguagens, possibilidade de simulações e testes , treinamento e ajuda por parte do
software de programação, possibilidade de armazenamento de vários programas no
micro, etc.
A C S
D E
Figura 47
Diagrama de Contato
A
B
C
S Figura 48
D
E
F
Circuito TTL
Na programação em diagrama de contatos as instruções se referem:
E1 S1 E1
SITUAÇÃO 1
S1
Figura 49
E2 S2 E2
SITUAÇÃO 2
S2
Figura 50
1) Função E (AND): uma função lógica E terá, nível lógico 1 na saída, se e somente
se todas as entradas estiverem no nível 1 simultaneamente.
E1 E2 E3 S1
Figura 51
2) Função OU (OR): um outro tipo de função é a OU, neste caso o nível lógico 1 na
saída será obtido quando umas das entradas estiver no nível 1.
E1 S2
E2
Figura 52
Neste caso, teremos nível lógico 1 em S2, quando a entrada E1 tiver nível 1 ou
enquanto a entrada E2 permanecer em nível lógico 0.
3) Função NÃO (NOT): uma outra função lógica básica é a de inversão ou negação,
ou ainda função NÃO ou NOT, a qual estabelece que se NÃO A é 0 e A é 1. Não
podemos escrever NÃO A como, descrito como complemento de A. Dizer NÃO a uma
dada proposição implica, portanto, o oposto ou inverso da condição estabelecida.
E1 S3
Figura 53
E1 E2 E3 S1
E4
E5 E6
Figura 54
FASE I
CH1 A (R1)
(ON)
Figura 55
CH2
(OFF)
E1 E2 S1
0 0 0
1 0 1
0 1 1
1 1 0
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5) INSTRUÇÕES BÁSICAS
BLOCO
FUNCIONAL
Figura 56
E1 E2 TEMPORIZADOR
T1 30seg
T1E
T1D S1
Figura 57
E1
CONTADOR
C1 50 pulsos
C1D S1
E2 CONTADOR
(reset)
C1 50 pulsos
Figura 58
Na situação acima, a cada mudança de estado da entrada E1 (de “0” para “1” e
vice-versa) o contador C1 contará um pulso. Quando a contagem atingir ao valor
prefixado, C1 energizará C1D. esta situação permanecerá inalterada até que a entrada
E2 seja energizada, resetando C1 (ou seja zerando sua contagem).
Exercício 1: Em uma indústria se deseja controlar uma estufa por aquecimento a gás (ar
aquecido atrás de chama) de maneira que o gás só seja liberado ao ignitor após 30
segundos a entrada de funcionamento do motor da exaustão. Para o desligamento,
deverá haver uma chave única que primeiro irá cortar o gás e a exaustão só poderá ser
desligada após 30 minutos. Faça um programa de diagrama de contatos que administre
esta situação.
1) CONTROLES LOCAIS
Figura 59
Assim sendo esse modo de controle foi ultrapassado, porem cabe salientar que ainda
hoje existem malhas de controle de pequena influencia na produção de uma fabrica onde
esse modo de controle é encontrado.
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2) CONTROLES CENTRALIZADOS
Figura 60
Figura 61
Hoje em dia existe o que chamamos de painel semi-gráfico onde temos em sua
parte inferior os instrumentos alinhados e em sua parte superior o painel sinóptico do
mesmo. Convém ressaltar que o nível de animação do sinóptico é bem reduzida devido
ao fator espaço.
Pode-se perceber que toda vez que desejamos concentrar informações estamos
esbarrando no problema de espaço e confiabilidade de operação. Com a chegada dos
instrumentos microprocessados o problema de espaço foi atenuado, visto que com a
instrumentação convencional cada instrumento tinha uma função definida. Por exemplo,
numa malha de controle e totalização de vazão com transmissor de ∆p, teríamos no
painel os instrumentos: extrator de raiz quadrada, controlador de vazão, estação auto-
manual, totalizador de vazão.
Já a mesma malha de controle com instrumentos microprocessados ficaria
reduzida a um único instrumento no painel: o controlador de vazão que incorpora os
demais instrumentos. E ainda mais, um único controlador com o poder de realizar o
controle de diversas malhas (controladores multi-loop).
Porém agora temos informações concentradas demais, fazendo com que o
operador tenha que ter atenção redobrada, pois um único instrumento controla varias
malhas, ou seja, antes o mesmo poderia se enganar no instrumento e agora pode se
enganar no ajuste especifico do instrumento o que é muito mais fácil de ocorrer.
Figura 62
Figura 63
Figura 64
BIBLIOGRAFIA
Bibliografia básica:
2) PAZOS, Fernando. Automação de Sistemas & Robótica. São Paulo: Axcel Books,
2002.