Você está na página 1de 10

REVISTA INVESTIGAÇÃO EM ENFERMAGEM 12007) FEV

56-65

BuRNOUTE ABSENTISMO LABORAL


EM ENFERMEIROS
NUNO ÁLVÁRO CANECA lv[URCHO ‘
SA UL NEVES DE JESUS ‘

Este estudo teve como objectivos conhecer a influência que


o burnout tem no absentismo taboral
dos enfermeiros; e a relação existente nestes profissionais entre
estas duas variáveis e os factores
sociodemográficos, os objectivos profissionais, a motiva
ção intrínseca, os factores de mal-estar
relacionados com este tipo de absentismo, e os problemas de
saúde relacionados com o stresse.
Foram estudados 194 enfermeiros distribuídos por 14 serviço
s de saúde do Algarve e o instrumento
de recolha de dados utilizado foi um questionário auto-administ
rado de tipo misto (com perguntas
fechadas e abertas de resposta rápida). Os resultados obtido
s permittram-nos concluir que o absentismo
laboral é influenciado pelo burnoztt e pelas variáveis sociod
emográficas; e que o burnout é influen
ciado pelas variáveis sociodemográficas, pelos factores
de mal-estar relacionados com o absentismo
laboral, pelos objectivos profissionais e pela motivação intríns
eca, influenciando os problemas de
saúde relacionados com o stresse. Encontramos ainda relaçõe
s significativas entre os factores de
mal-estar relacionados com o absentismo laboral, os proble
mas de saúde relacionados com o stresse
e as variáveis sociodemográficas; entre os objectivos profiss
ionais e a motivação intrínseca; e entre
esta última variável e os factores de mal-estar relacionados
com o absentismo laboral.
Palavras-chave: Enfermeiros, burnou!. absentismo
laboral,

Burnou: and Absenteeisrn iii Nursing Professionais

The goal of this research was lo underatand lhe iuence


of bumout on absenteeism in nursing
professionais, and the existing relationship bctween these two
variables and the socio-demographic
factors, professional objectives, intrinsic motivation and
negative feelings related to this type of
absenteeism, as well as stress-related health issues.
The research was conducted with 194 nurses, distributed
between 14 health services in the Al
garve, and data was collected by means of an auto-question
naire, consisting of 22 quick-replies,
open and dose questions, which corresponds to 112 items
and includes 4 scales.
The results obtained shows that absenteeism in the workplace
is influenced by burnoul and by so
ciodemographic variables; and that bumout is influenced
by sociodemographic variables, negative

Lic. em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica, Mestre


em Psicologia Especialização em Psicologia da Saúde, Enf.
IDTÍDRAL, Chefe de Divisão do IDTIDRAL (nunalvaro1s
-
Chefe do
apo.pt).
Lic. em Psicologia, Doutor em Ciáncias da Educação, Profes
sor Catedrático no Departamento de Psicologia da Faculd
Humanas e Sociais Universidadc do Algarve (snjesusualg.p ade de Ctúnctas

t).

56 1 REVISTA INVESTIGAÇÃO EM ENFtRMAGEM


BLIRNOUTE ABSENTISMO LÁBORAL EM ENFERMEIROS

and hence exerting


feelings related Lo absenteeism, professional objectives, intrinsic motivation,
Furthermore, we found signifieant relationships be
influence over stress-related health problems.
feelings related with absenteeism, stress-related health problems and socio-demo
tween negative
and the latter variable
graphic variables; between professional objectives and Intrinsic motivation;
and negative feelings related with absentecism.

Keywords: Nurses, bumout, occupational absenteeism.

INTRODUÇÃO ações de absentismo laboral neste sector (Silva &


Marziale, 2000; Souza, Almeida, Silva & Neves,
O absentismo laboral é um fenómeno que surge 2001; Nascimento, 2003; Reis ei ai,, 2003). Tendo
em todos os sectores produtivos, afectando diferen em conta estes pressupostos, formulamos a seguin
tes grupos socioprofissionais. No caso do sector da te questão de partida para este estudo: quais são os
saúde, e em particular no que concerne à Enferma factores que levam a que umas pessoas faltem ao
gem, o absentismo laboral acaba por ter repercus trabalho mais que outras?
sões quer no funcionamento dos próprios serviços Por outro lado, também sabemos que o burnoul é
de saúde, como na qualidade dos cuidados presta um síndrome que resulta da exposição dos sujeitos
dos aos utentes/clientes destes serviços. ao stresse laboral crónico, que afecta particular-
Na literatura consultada, verificamos que esta te mente os profissionais de Enfermagem, e que está
labora) (Queirós, 2005).
mática é abordada mais na perspectiva dos factores associado ao absentismo
que na Assim, atendendo à questão de partida que formu
organizacionais e do ambiente de trabalho,
factores individuais, destacando lamos, bem como toda literatura consultada, deli
perspectiva dos
problema de investigação deste estudo
destes últimos: as características sociodemográfi mitamos o
e profissio que é a influência que o burnou: tem o nível do ab
cas; os factores de mal-estar (pessoal
com o absentismo laboral; e os sentismo laboral em profissionais de Enfermagem.
nal) relacionados
problemas de saúde relacionados com o stresse. Procuramos ainda enquadrar esta pesquisa na
De facto, observamos frequentemen te que duas perspectiva da Psicologia da Saúde, por pensar
ou mais pessoas, trabalhando na mesma organiza mos que esta disciplina científica também poderá
ção e submetidas ao mesmo ambiente de trabalho, ter um contributo importante no conhecimento do
pequena vicissitu absentismo laboral, designadamente no que con
umas faltam ao trabalho à mais
de, enquanto que outras só não trabalham mesmo cerne à investigação dos aspectos individuais deste
em último caso, o que para nós revela de certo fenómeno, até porque, como refere Faria: “(...) A
modo a ïmportãncia dos aspectos individuais no investigação e a praxis em Psicologia da Saúde
surgimento do absentismo laboral, porque por um constituem um contributo de peso para a constru
lado podemos encarar o trabalho como uma activi ção de ambientes de bem-estar individual e social”
dade de vida, ou seja, como uma actividade que o (2003, pp. 98).
Homem realiza, e que contribui, em conjunto com Definimos então os seguintes objectivos para
outras actividades (como a alimentação, a comuni esta pesquisa: conhecer a influência que o bur
cação, a eliminação, a respiração, o sexo, etc.) para nout tem no absentismo labora) dos enfermeiros;
o complexo processo que é viver (Roper, Logan & e conhecer a relação existente nestes profissionais,
Tiemey, 1995), e por outro lado, no que respeita ao entre o burnout, o absentismo laboral, os factores
grupo socioprofissi onal da Enfermagem , a doença sociodemográficos, os objectivos profissionais, a
é a causa da maior parte das justificações das sim- motivação intrínseca, os factores de mal-estar rela

RLVISTA INVESTIGAÇÃO tM ENFtRMAGLM 57


BURNOUTE AESENTISMO LABORAL EM ENFERMEIR
OS

cionados com este tipo de absentismo, e os proble


perda dos ideais); e a falta realização profissional
mas de saúde relacionados com o stresse.
(aumento do sentimento de inadequação, perda de
confiança nas suas próprias capacidades e compe
tências, e diminuição da auto-estima) (Maslach
&
Leiter, 1997).
BURNOUT E ABSENTISMO LABORAL
EM ENFERMEIROS: ALGUNS ASPECTOS
ABSENTISMO LABORAL
TEÓRICOS Relativamente ao absentismo laboral podemos
definir este fenómeno como as ausências não pre
BURNOUT
vistas ao trabalho, sendo excluídas desta definição
Podemos definir o burnout, como sendo um es
as ausências programadas como sejam férias, folgas
tado de exaustão físico, emocional e mental que re
e licenças (Gradzinski, 1 998,.elr. lo Nascimento,
sulta dos efeitos do stresse ocupacional continuado
2003), e é uma situação que afecta negativamente
e crónico em personalidades com alguma predisp
o as Empresas aqui entendidas como organizações
sição, e em ambientes de trabalho predisponente

s, laborais (públicas ou privadas), que trabalham para


causado frequentemente por períodos prolongados
atingir um determinado fim provocando custos
de envolvimento em situações de emocionalmente —

directos e indirectos elevados (Ecahudemaison,


exigentes, como sucede habitualmente com as
pro 2001), sendo de referir que em Enfermagem o ab
fissões assistenciais ou de ajuda (como a Medicina,
sentismo laboral: “(...) é preocupanre, pois desor
a Enfermagem, a Psicologia, o Serviço Social, etc.)
ganiza o serriço, gera insatisfação e sobrecarga
(Maslach & Jackson, 1986, cii. in Pueyo, 2000;
entre os trabalhadores presentes e consequente
Maslach & Leiter, 1997, 1999; Pines & Aronso
n, mente diminui a qualidade da assistência prestada
1988, cii. in Parreira & Sousa, 2000; Bailone,
ao paciente” (Silva & Marziale, 2000, pp. 45).
2002; Plana, Fabregat & Gassió, 2003; Jacque
s, E um fenómeno de etiologia multifactorial (Ote
2003; Evangelista, Hortense & Sousa, 2004).
ro, 1993, cii. in Silva & Marziale, 2000; Nunes &
Por outro lado, consideramo-lo como um síndro
Vala, 2002), em que não parece existir uma relação
me uma vez que não há uma distinção clara na
ma precisa de causa e efeito, mas sim um conjun
nifestação das suas diferentes etapas, podendo ser to de
variáveis que podem levar ao absentismo, poden
caracterizado como uma má adaptação psicológica,
do ser visto como um reflexo do fracasso da so
psicofisiológica e com reacções comportamen
tais cialização por parte dos trabalhadores, enquan
inadequadas, em que ao contrário do Stresse não to
se membros da Empresas (Heliriegel ei ai., 1993, cii.
relaciona com sentimentos positivos (Guido, 2003),
in Nunes & Vala, 2002), ou como um mecanismo
sendo ainda de referir que este síndrome pode tam
de defesa face às pressões exercidas (Benavides &
bém ser um sinónimo de mal-estar profissional
e Benach, 2001; Robbins, 2002). De referir que
pessoal (Jesus, 2000), sendo as suas manifestações es
sas variáveis podem ser agrupadas em três grupos
físicas, comportamentais, sociais, de atitude, e/ou
de factores etiológicos distintos que são: factore
organizaeionais (Scaufeli & Buunk, 1996), como s
organizacionais; factores individuais; e factores do
por exemplo: os problemas de saúde relacionados
ambiente de trabalho (Watts-Davies, 1993).
com o stresse, o absentismo laboral, etc. (Scauf
eli As outras causas do absentismo labora! incluem
& Buunk, 1996; Bailone, 2002; Flores, 1994, cii. in
factores como: o género, a idade, o estado civil,
Martinez, 1997). a
categoria, o tempo de empresa, a gravidez, a
As suas dimensões são: a exaustão emocional es
colaridade e qualificação, o estatuto profissional,
(sentimento de esgotamento emocional e físico, a
cultura étnica, e a distancia do local de trabalho,
com sensação de incapacidade e de impotência
etc.; o stresse e a ansiedade laboral; a sobrecarga
para actividades, cansaço vespertino, e perda
de e a exaustão física; os conflitos interpessoais;
energia); a despersonalização (atitude fria e distan a
personalidade mais propensa às faltas; os proble
te em relação às pessoas no trabalho, em que
há mas de saúde; a falta de valores e de expect
uma minimização do envolvimento no trabalh ati
o e vas dos trabalhadores; insatisfação laboral
; baixa
58 1 REVISTA INVESTIGAÇÃO EM tNFEA
GEM
BURNOUTE ABSENTISMO LSBOP,At EM ENEEPMEIROS

Figura 1 Representação grajica do modelo em estudo.

«ia.)
FMERAL factores
absenttstno laboral; variáveis SD sanáveis sociodemográficas;

Legenda AL —

relacionados com o
-

com o absentismo taborat, PSRS problemas de saúde


de mal-estar relacionados —

; MI motivação intrinseca; H hipótese.


stresse; 01’ objectivos profissionais


motivação; as actividades de lazer interessantes, problemas de saúde relacionados com o stresse


tratamento de familiares, processos disfiincionais (PSRS); 117—Os PSRS têm influência sobre o AL;
de desequilíbrio trabalho-família, a maternidade 118 Os objectivos profissionais (OP) têm influ

e adopção de menores de 5 anos, falecimento de ência no burnoul; 119 Os OP influenciam o AL;


familiares, etc.; o tipo de trabalho per si, as coiidi HIO A motivação intrínseca (Ml) tem influência

ções e a organização do trabalho; as condições cli no burnour; 1111—A MI tem influência noAL.
máticas e epidemiológicas; a conjuntura económi A forma como todas estas hipóteses concorrem
ca; etc. (McDonald e Shavcr, 1981, e Meira, 1982, para os objectivos deste estudo é melhor exempli
cii. lo Nascimento, 2003; Kristensen, 1991, cii. in ficada com o modelo da figura 1.
Moncada i Lluis, 2000, Rodríguez & Ortiz, 1999;
Urbina e Urbina de Urbina, 2000; Kets de Vries,
2001. cii. is; Rego & Couto, 2005; Peretti, 2001; POPULAÇÃO E AMOSTRA
Sekiou ei ai., 2001; Pina e Cunha, Rego, Campos e
Cunha & Cabral-Cardoso, 2003; Maliada, 2004). Neste estudo a população foi constituída pelos
enfermeiros que trabalham nos serviços de Medici
na Interna, Cirurgia Geral, Psiquiatria, e Urgência
ESTUDO DE CAMPO Geral, do Hospital Distrital de Faro e do Centro
Hospitalar do l3arlavento Algarvio (em Portimão),
HIPÓTESES e nos Centros de Saúde de Faro e de Portimão,
Tendo em conta não só os objectivos deste estu distribuídos por 14 unidades de saúde/serviços (N
= 368), e a amostra (n) corresp
ondeu aos sujeitos
do, como todo o enquadramento teórico efectuado,
formulamos as seguintes hipóteses: III O bur —
desta mesma população que responderam ao ins
noul tem influência no absentismo laboral (AL); trumento de colheita de dados (n 194), tendo-se
112 — Existe influência das variáveis sociodemo utilizado um método de amostragem de conveni
gráficas (SD) sobre o AL; H3 —As variáveis SD in ência.
fluenciam o burnoul; 114 Os factores de mal-estar

Podemos caracterizar os sujeitos desta amostra
relacionados com o absentismo laboral (FMERAL) como tendo uma idade média (x) de x = 33 anos
têm influência no burnous; 115 Os FMERAL têm—
(variando entre 21 e 60 anos), sendo constituída
influência no AL; H6 O burnoul influencia os

maioritariamente por sujeitos de género feminino

tVI5TA lNVESTlGAÇ0 EM ENFEAGEM 1


!IUPJqOUT E MISENT1SMO LkSORAL EM ENFERMEIROS

(75,4%), solteiros (49,2%), sem filhos (64,1%), zação a 0,567; realização pessoal a = 0,820.

licenciados (63,5%), que residem e trabalham no De referir que o valor relativamente baixo da su
mesmo concelho (66,1%), demoram menos de 30 bescala de despersonalização é recorrente noutros
minutos de casa ao trabalho (92,7%), sem fami estudos onde esta mesma escala foi utilizada, de
liares portadores de deficiência ou doença crónica que destacamos os trabalhos de Pinto, Lima e Sil
grave a cargo (93,5%), a Enfermagem foi a sua pri va (2003), e de Borges et ai., se bem que, e como
meira escolha profissional (85,5%), escolheram o referem estes últimos autores, quando se referem a
serviço onde exercem funções (76,7%), trabalham algumas das fragilidades desta escala: “Entretanto,
em serviços com valência de Medicina Interna o MBI é o questionário que melhor dá conta do ca
(32,5%), enfermeiros generalistas (90,2%). e não rácter multidimensional do síndrome” (2002, 195).
exercem nenhum cargo de responsabilidade acres Por outro lado, da análise factorial da EFAL
cida no serviço (77,8%). Para além disso o seu concluímos que esta escala—presenta os quatro
tempo médio de exercício profissional é de x l0 factores que explicam 66,30% da variância total,
anos, e o tempo médio de permanência no serviço e que são os seguintes (com os respectivos valores
onde trabalham é de x 5 anos. de consistência interna): FI F. interpessoais e do

ambiente de trabalho (a = 0,89); F2 F. psicos


somáticos e de condições de trabalho (a 0,84);


INSTRUMENTO DE COLHEITA F3 F. administrativo-laborais (a = 0,86); F4 F.

DE DADOS gestão do tempo e da carreira (a = 0,78).


Por fim de mencionarmos que a EPSRS apre
Como instrumento de colheita dc dados utili senta duas subescalas, que correspondem aos fac
zamos um questionário auto-administrado de tipo tores F 1 P. psicossomáticos, e F2 P. somáticos,

misto (com perguntas fechadas e abertas de respos e cujos valores de consistência interna apurados
ta rápida), constituído por 22 questões que corres neste estudo vêm de encontro a outros resultados
pondem a 112 itens que incluem quatro escalas tipo já publicados, referentes a esta escala (Pacheco,
Lickert que são as seguintes: escala de factores de Murcho, A. Pacheco & A. Murcho, 2006), e que
mal-estar relacionados com o absentismo laboral são respectivamente para Fl a = 0,82, e para F2

(EFAL) (Murcho & Jesus, 2006; Murcho, 2006); - a = 0,680, que consideramos como válidos uma
escala de avaliação da motivação intrínseca (Jesus, vez que, de acordo com Pais Ribeiro (1999), sejam
1996); Maslach Burnout Jnventoty (MBI) (Masla aceitáveis valores superiores a 0,6,
eh & Jackson, 1981, adaptada por Parreira & Sou
sa, 2000); escala de problemas de saúde relaciona
dos com o stresse (EPSRS) (Pacheco, Murcho, A. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Pacheco & A. Murcho, 2006).
Todas as escalas utilizadas apresentavam níveis ANÁLISE DESCRITIVA DAS VARIÁVEIS
de consistência interna (a) considerados adequados Relativamente ao absentismo laboral pode
para medir as variáveis que pretendiam estudar (a mos dizer que a maioria dos sujeitos da amostra
> 0,70, de acordo com Hill & A. Hili, 2002), sendo
(83,2%) apresentam um nível de absentismo que
os valores encontrados para as escalas (em termos consideramos baixo ou quase nulo, não faltando
globais) respectivamente de: EFAL a 0,929;

nenhum dia ou faltando no máximo três dias no
escala de avaliação da motivação intrínseca a =

último ano, dos quais 65,4% destes indivíduos não
0,848; MBI a 0,743; EPSRS a 0,848.


faltaram mesmo nenhum dia, conforme podemos
A MBJ apresenta três subesealas, que medem as verificar no quadro 1.
dimensões do bumout: exaustão emocional; des
personalização; e realização pessoal. Da análise Relativamente aos objectivos profissionais, a
da consistência interna das subesealas desta escala, grande maioria dos enfermeiros estudados (95,3%)
verificamos que elas apresentam os seguintes valo pretende manter a sua profissão, ou até o fim do seu
res: exaustão emocional a = 0,866; despersonali

percurso profissional, ou pelo menos durante parte

60 RtvISTA INVESTIGAÇÃO EM ENFERMAGEM


BURNOUTE ABSENTiSMO L&BORAL EM ENFERMEIROS

Quadro 1 Distribuição das resposas dos inquiridos


— rificar no quadro 3, a maioria dos sujeitos da popu
relativaenenle ao seu absentismo labora! na última ano. lação estudada encontra-se distribuída no nível de
classificação “baixa” para as dimensões exaustão
DIAS DE FALTA NO ÚLTIMO 5
F 1 /o emocional (57,2%) e despersonalização (61,3%), e
ANO
Nenhum dia 125 65,4 no nível “alta” para a dimensão realização pessoal
De 1 a 3 dias 34 17,8 (41,2%), pelo que podemos dizer que nesta popu
De4a7dias 15 7,9 lação, a maior parte dos enfermeiros apresenta um
De8al5dias 5 2,6
nível geral baixo de burnoul, conforme os critérios
De 16a30 dias 7 3,7
Mais de 30 dias 5 2,6 que utilizamos (Maslach & Jackson, 1997; Parreira
jwo & Sousa, 2000; Borges ei ai., 2002), sendo contu
do importante mencionarmos que o segundo grupo
estatisticamente mais significativo, é o dos sujeitos
deste mesmo percurso, dos quais 73,8% pretendem da população estudada que se stribuem pelos ní
ser enfermeiro durante todo o seu percurso profis veis de classificação “alta” de exaustão emocional
sional, conforme podemos observar no quadro 2. (23,2%) e de despersonalização (23,8%) e nos ní
veis “baixa” para a realização pessoal (41,2%), i.e.,
Quadro 2 Distribuiçâo dos inquiridos relativamente
dos enfermeiros que apresentam um nível geral de

aos objectivos profissionais.


burnout elevado.
CLASSIFICAÇÃO (em %)
DiMENSÃO
BAIXA MEDIA ALTA Quadro 3 Classificação das diferentes dimensões
-

Exaustão emocional 57,2 19,6 23,2 do burnout de acordo com os valores apresentados.
Despersonalização 61,3 14,9 23,8 FREQIJLNCIA %

Realização pessoal 30,4 28,4 41,2 5,pvdesa,gos5maiie,veec,osr,aaotisda4e 9

Gosraera para ja, de exerce, a actividade profissional


de enfe,,eeira. eerbora maia tarde possa vi, a poefer,e 45 21.5
9555 pro üss3o .

Quere une ,rf,evei,o rodo o mera percurso peofjus,onai 45 73,8


No que respeita aos factores de mal-estar relacio
nados com o absentismo laboral (medidos através
EEz.___________.__ TatuO 191 04.0

da escala EFAL, que tem 19 itens e seis pontos que Finalmente, e no que concerne aos problemas de
variam entre 1 “Pouco”, e 6 = “Muito”), a média saúde relacionados com o stresse (medidos através
obtida é de x 2,81, com um desvio padrão (dp) da EPSRS, com 12 itens e sete pontos que variam
0,949, situando-se em torno da média da escala (x entre 1 “Nunca” e 7 “Todos os dias”), a média
= 3), sendo o itens que apresentaram as pontuações obtida é de x = 2,47 (dp = 1,053), o que nos leva a
médias mais elevadas respectivamente o “cansaço” considerar que em termos globais esta média é bai
(x = 3.77, dp = 1,436), e o “stresse e ansiedade” xa, sendo ainda de referir que os itens que apresen
(x 3,53, dp 1,3 19), ambas superiores à média tam as médias mais elevadas, são respectivamente
da escala. o “cansaço” (x = 3,96, dp = 1,638) e os “esqueci
Relativamente à motivação intrinseca (medida mentos” (x = 3,22, dp 1,623).
através da escala de avaliação da motivação intrín
seca, com quatro itens e sete pontos que variam
entre 1 = “discordo totalmente” e 7 = “concordo TESTE DE HIPÓTESES
inteiramente”), a média obtida é de x 5,82 (dp Para efectuar o teste de hipóteses, onde procu
1,016), pelo que podemos dizer que existe um rámos verificar as hipóteses que formulamos para
nivel elevado de motivação intrínseca, ressalvando esta pesquisa, realizamos diversas análises tipo
a acentuada dispersão verificada. predictor-critério, através de equações de regressão
Em relação ao burnout (medido através da MBI, simples, sendo de referir que aqui somente iremos
que tem 22 itens e sete pontos que variam entre O apresentar os resultados considerados significati
“Nunca” e 6 “Sempre”), conforme podemos ve vos (p <0,05).

REVISTA INVESTIGAÇÃO EM ENFERMAGEM 1 61


BURNOUTEAESENTISMO LkBORAL EM ENFERMEIROS

Conforme podemos observar no quadro 4, con Quadro 6— ‘oeficientes beta estandardizados obtidos
firmamos as hipóteses 111 —O burnout tem influên através de equações de regressão simples, efectuadas
cia no absentismo laboral, e 112 Existe influencia—
entre o burnout ‘medidas,) e os problemas de saúde
das variáveis sociodemográflcas no absentismo relacionados com o siresse.
labora 1

Quadro 4 Coeficientes beta estandardizados abtidos


através de equações de regt-essãa simples, efectuadas Lt*d.; ‘,‘O.GL”p’úAI;


trEM

entre o burnaut e as variáveis sociodemograficas (medi


dasi e o absentismo labora!

DAS1
VARiAVEIS PREDITORAS ABSENTISMO Finalmente, de referir que não conseguimos con
LABORAL
Eo,I firmar as hipóteses H5 Os fêores de mal-estar

relacionados com o absentismo laboral têm influ


SOC IO’’IFICAS ência no absentismo laboral, 117 —Os problemas de
onrio 2, saúde relacionados com o stresse têm influência no
absentismo laboral, 1-19 Os objectivos profissio

nais influenciam o absentismo laboral, e 1111 A—

motivação intrínseca tem influência no burnout.


Relativamente ao quadro 5, podemos dizer que O facto de não termos confirmadas estas hipó
confirmamos as hipóteses 113 As variáveis so —
teses o que se por um lado contraria a literatu

ciodemográficas influenciam o burnout, H4 Os — ra consultada (Rodriguez & Ortiz, 1999, Silva &
factores de mal-estar relacionados com o absen Marziale, 2000; Nascimento, 2003; Reis et ai.,
tismo laboral têm influência no burnour. 118 Os — 2003), por outro também parece confirmar Outros
objectivos profissionais têm influência no burnout, aspectos, designadamente o facto de o absentismo
e 1110 A motivação intrínseca tem influência no

laboral poder ser entendido como um mecanismo
burnout. de defesa face às pressões exercidas (Benavides
& Benach, 2001; Robbins, 2002) pode eventual-

Quadro 5 Coeficientes beta estandardizados obtidas


mente ter relação com os seguintes aspectos que re


através de equações de regressão simples, efectuadas
gistamos nesta população: um absentismo baixo ou
entre as variáveis sociodemogi’-4ficas. os factores de
mal-estar relacionados com o absentismo labora?,
quase nulo; baixos níveis de burnout para a maioria
os
objectivos profissionais, e a motivação intrínseca (medi dos inquiridos; os objectivos profissionais serem
das) e o burnout. no sentido de manter a profissão de enfermeiro
durante todo o percurso profissional; um nível re
vouÀvfsrRrorronS lativamente elevado na motivação intrínseca; e um
nível pouco elevado de frequência de problemas de

saúde relacionados com o stresse.


Assim sendo, dos resultados que obtivemos re
zS lativamente às hipóteses que formulamos para este
estudo, podemos dizer que nesta população o ab
sentismo laboral Somente influenciado pelo bur
nou( e pelas variáveis sociodemográficas (as quais
Lfl,.4.:,A.OL”,<OAL “pMí EM F,.,,d..,,.,..t Mr-Oi.-.,,,I,,.
— também influenciam o burnoul), e que contraria-
mente ao que postulamos no inicio desta pesquisa,
os factores de mal-estar relacionados com o absen
Em relação ao quadro 6, podemos dizer que coo tismo laboral, os problemas de saúde relacionados
firmamos a hipótese 116 O burnout influencia os

com o stresse, a motivação intrínseca, e os objec
problemas de saúde relacionados com o stresse. tivos profissionais, não influenciam o absentismo

62 1 REVISTA INVESTiGAÇÃO tM ENFtAGEM


BUscNOUTEASSENTISMO LRBORAL EM ENFERMEIROS

laboral, mas somente o burnout, à excepção dos lor mais elevado registado, nas escalas globais ou
problemas de saúde relacionados com o stresse que subescalas para os FMERAL e PSRS).
São influenciados por este síndrome. Desse modo, podemos dizer que os FMERAL
Então, relativamente ao modelo de relação das apresentam relações significativas com: as variá
variáveis em estudo que propusemos no início des veis sociodemográficas (SD) a nível do estado civil
ta pesquisa, em função das hipóteses formuladas ( 0,156*), existência de filhos (0,169*), as habili
para a mesma, o modelo que finalmente verifica tações literárias (0,232), o tipo de serviço onde
mos (vide figura 2). trabalha (0,1984*), o tempo de serviço na profissão
( 0,144’), o tempo de serviço no actual serviço
Figura 2 Representação gráfica do modelo em estu

( 0,193*); com a motivação intrinseca (0,149*);
do de acordo com os resultados signficativos obtidas. e com os PSRS (0,2l4**). Os PSRS apresentam
relações significativas com: as variáveis SD a nível
da idade (- 0,164*), do género (0,212), do tem-
pode casa ao trabalho (O,175), do tipo de serviço
onde trabalha (- 0,145*), do tempo de serviço na
profissão ( 0,182*) e no actual serviço (- 0,229);
e dos FMERAL (0,2l4**). Finalmente, a motiva
ção intrínseca apresenta relações significativas
com os objectivos profissionais (0,2204*); e com
os FMERAL (0,I49).
Legenda: AL absentismo Iaboral; variáveis SD variáveis


Tendo em Conta as associações significativas que
sociodemográficas; FMERAL factores de mal-estar relacio

encontramos entre estas variáveis, podemos então
nados coto ri absentismo laboral; PSRS problemas de saúde

dizer que os FMERAL, os PSRS e as variáveis SD


relacionados com o stresse; OP objectivos profissionais; Ml
estabelecem relações significativas entre si, e que

motivação intrínseca; I{ hipótese.


a motivação intrínseca se relaciona significativa-


mente com os objectivos profissionais, e com os
factores de mal-estar anteriormente mencionados.
Deste modo, verificamos que este modelo se en
quadra no modelo final que apuramos com o teste
OUTRAS RELAÇÕES SIGNIFICATIVAS de hipóteses, conforme o esquema seguinte (vide
ENTRE AS VARIÁVEIS figura 3):

[‘ara além dos resultados que temos vindo a apre Figura 3 Representação grojlca do modelo final

sentar e analisar em conformidade com os objec proposto com as relações apuradas entre outras variá
veis.
tivos desta investigação, quisemos também saber
quais as relações significativas estabelecidas com
as restantes variáveis estudadas, pelas variáveis que
se apresentam seguidamente: motivação intrínseca;
objectivos profissionais; factores de mal-estar rela
cionados com o absentismo laboral (FMERAL); e
os problemas de saúde relacionados com o strcsse
(PSRS). Assim sendo, realizámos sucessivas cor-
relações de Pearson (r) de modo a determinarmos
quais as associações significativas (*p> 0,05; *
p>
4
0.01; *p> 0,001) que se estabeleciam entre as Legenda: AL absentismo tabocal: variáveis SI) variáveis so

variáveis anteriormente mencionadas, assim como ciodemográficas; FMERAL — factores de mal-estar relacionados
com o absensiamo laboral; PSRS problemas dc saúde relaciona
os respectivos sentido das tendências lineares, as

dos com o tirasse; O? objectivos profissionais; Ml motivaçâo



quais apresentamos seguidamente (indicando o va intrinseca; 1-1 hipóteses.


REVISTA INVESTIGAÇÃO EM ENFEIt&AGEM 1 63


ãURNOUTEA1ISENTISMO LABORAL EM ENFERMEIROS

CONCLUSÕES E IMPLICAÇÕES Evangelista, R. A. Hortense, P, & Sousa, F. A. E. F.


(2004). Estimação de magnitude do eatresse, pelos atu.
Os resultados e conclusões que obtivemos neste nos de graduação, quanto ao cuidado de enfermagem.
estudo vêm ao encontro da literatura consultada, Rev Latino-am Enfermagem, 12(6), 913-917.
na maioria dos aspectos, embora estejam em de Faria, M. C. C. S. (2003). Educação para a saúde no ensino
sacordo noutros, designadamente no que concerne superior presentes no fl.ituro. Ler educação, 2(3), 95-118.

nas relações entre algumas variáveis sociodemo Guido, L. A. (2003). Stress e coping entre enfermeiros
gráficas (e.g., a idade, género sexual, existência e de Centro Cirúrgico e Recuperação Anestésica. Tese de
número de filhos), o absentismo laboral e o bur Doutoramento, Escola de Enfermagem, Universidade de
noul, bem como entre a motivação intrínseca, os São Paulo, São Paulo. Consultado em SABER Bibliote

objectivos profissionais, e este tipo de absentismo. ca Digital de Teses e Dissertações Universidade de São

Pensamos assim que provavelmente alguns destes Paulo em 2 de Fevereiro de 2005: http://www.tesesusp.
br!teses/disponiveisl83/83 13 l/tde-2 122003-16021 7/pu
resultados poderão ter ligação com algumas das ca
blico! Laura.teac.pdf.
racterísticas desta população, de que destacamos os
Hill, M. M, & Rui, A. (2002). Investigação por questio
baixos níveis de absentismo laboral e de burnoul,
nário (2. Ed,). Lisboa: Edições Silabo.
bem como os níveis elevados de motivação intrín
seca e dc objectivos profissionais. Jacques, M. G. C. (2003). Abordagens téorico-metodotó
gicas em saúde/doença mental & trabalho. Psicologia &
Podemos então dizer que este estudo nos abre
Sociedade, 15(l), 97-116.
caminho para outras pesquisas, designadamente
em relação a alguns aspectos específicos da proble Jesus, S. N. (1996). A motivação para a profissão docente
contributo para a clarificação de situações de mal-estar
mática considerada, como sejam as relações exis

e para a formação de estratégias de formação de profes


tentes entre o vínculo contratual, a parentalidade,
sores. Aveiro: Estante Editora.
o absentismo laboral e o burnout, justificando-se
Jesus, S. N. (2000). Motivação e formação de professo
desenvolver e alargar a sua pesquisa não somente
res. Coimbra: Quarteto Editora.
em relação aos profissionais de Enfermagem, como
também a outros grupos socioprofissionais que tra Maliada, J. R. (2004). La gestión dei ausentisnio laboral
en las empressa espafiolas. Consultado em 27 de
balham nesta área, de modo a aprofundar o nosso
Julho de 2005, em Publimatic Atenea: http://www.pu

conhecimento deste tipo de absentismo nesta área


blimstic.com/hacecuerpo.php?d=nuevosrumbos&numart
de trabalho, que nos permitam fornecer contributos =24644&numedi=2004-O 1 -27&aeccion= documentos.
para a sua prevenção.
Martinez, J. C. A. (1997). Aspectos epidemiotógicos dei
síndrome dei burnout cri personal sanitario. Revista Es
paflola de Salud Publica. 7 1(3), 293-303.
Maslach, C. P., & Leiter, M. P. (1999). Fonte de Prazer ou
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Desgaste? Guia para vencer o estresse na empresa. Cam
pinas: Papirus.
Maslach, C., & Jackson, S. E. (1997). MB1, inventario
Balione, G. J, (2002). Síndrome de I3umout. Consuttado
«bumout» de Maslach. Madrid: TEA Ediciones.
em 1 de Março de 2004, em PsiqWeb Psiquiatria Geral
em: http://www.psiqweb.medbr/cursos/stress4.html. Maalach, C., & Leiter, M. F (1997). The truth about bur
nout: how orgsnizations cause stress and what to do about
Benavides, F. G., & Benach, .1. (2001). Working condi
it. San Francisco: Jossey-Basa.
tions and sickncss absence: a complex relation 1 Epide
miol Community Heaith, 55, 368. Moncada i Lluis, S. M. (2000). Continguts dei trebail
i incapacitar temporal: en la cohort “casa grari” de tre
llorges et ai. (2002). O síndrome de bumout e os valo
bailadora de l’ajuntarnent de Barcelona. Tese de Douto
res organizacionais: um estudo comparativo em hospitais
ramento, Universidade Autónoma de Barcelona, Barce
universitários. Psicologia: reflexão e critica 15(1), 189-
lona. Consultado em 27 de Julho de 2005, em Servidor
200.
de Tesis Doctorais cri Xarxa: http://www.tdx.cesca.es/
Echaudemaison, C D (Coord). (2001). Dicionário de TESIS_UAB/ AVAILABLEíFDX-0927 102-141 127/smi-
Economia e Ciências Sociais. Porto: Porto Editora. ldes.pdf.

64 REvISTA INVESTIGAÇÃO EM ENFERMAGEM


BURNOIJT E ABSENTISMO lABORAL EM ENFERMEIROS

Murcho, N. A. C. (2006). Burnout e absentismo laboral Queirós, P. J. P. (2005). Bumout no trabalho e conjugal
em enfermeiros. Tese de Mestrado, Departamento de Psi em enfermeiros portugueses. Coimbra: Edições Sinais
cologia, Faculdade de Ciência Humanas e Sociais, Uni Vitais.
versidade do Algarve, Faro. Rego, A., & Couto, 5. (2005), Como os climas organiza
Murcho, N. A. C., & Jesus, S. N. (2006). Escala de Factores cionais autentjzóticos explicam o absentismo, a produti
de Absentismo Laboral (EFAL): Um estudo prévio. In Isabel vidade e o stresse: um estudo luso-brasileiro, Documen
Leal, J. L. Pais Ribeiro, & Saul N. de Jesus (Ed.). 6. Con tos de Trabalho em Gestão, Departamento de Economia,
gresso Nacional de Psicologia da Saúde Actas (pp. 805
— Gestão e Engenharia Industrial, Universidade de Aveiro,
- 810). Lisboa: Instituto Superior de Psicologia Aplicada. Aveiro. Consultado em 27 de Julho de 2005 em Depar
tamento de Economia, Gestão e Engenharia Industrial
Nascimento, G. M. (2003). Estudo do Absentismo de
Universidade de Aveiro: http://www.egLua.ptJwp_ges
Trabalhadores de Enfermagem em uma unidade básica e

tao/ WPsOAstresse,prodabsepdf.
distrital de saúde do Municipío de Ribeirão Preto SP. -

Dissertação de Mestrado, Escola de Enfermagem de Ri Reis, R. J. et ai. (2003). Fatores relacionados ao absentis
beirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Pre mo por doença em profissionais de Enfermagem. Revista
to. Consultado em 27 de Julho de 2005, em Biblioteca de saúde Pública, 37(5), 6 16-623.
de Teses e Dissertações —Universidade de São Paulo: Robbins, 5. P. (2002). Comportamento organizacional
http:/Jwww.teses.usp.bríteSes/díSponiveis/22/22 1 32/tde- (2. cd.). S. Paulo: Prentice-HaII do Brasil,
21052004-1 10529/publico! Dissertacaopdf.
Rodríguez, A., & Ortiz, Y. (1999). Absentismo iaboral.
Nunca, F., & Vala, J. (2002). Cultura organizacional e ges Salud y Seguridad. 2(2). Consultado em 25 de Julho de
tão de Recursos Humanos. In A. Caetano, & J. Vala (Org,). 2005, em Servicio de Prevencián de Riesgos Laborales!
Gestão dc Recursos Humanos Contextos, processos e

Gabinete de Prevención y Calidad Ambientai de la Uni
técnicas (2. ed., pp. 119-150). Lisboa: Editora RH. versidad de Granada: http://www.ugr.esl—gabpcaJsalud
Pacheco, J. E. 1’., Murcho, N., Pacheco, A. 5., & Murcho, 2.htm.
A. (2006). Escala de problemas de saúde relacionados Ropcr, N., Logan, W.W., & Tiemey, A. 1, (1995). Modelo
com o stresse. in Isabel Leal, J. L. Pais Ribeiro, & Saul de Enfermagem (3 ed), Alfragide: Editora McGraw-Hill
N. de Jesus (Ed.). 6. Congresso Nacional de Psicotogla dc Portugal.
da Saúde—Actas (pp. 727W- 732). Faro: Instituto Superior
Schaufeli, W. B,, & Buunk, [3. P. (1996). Professional
de Psicologia Aplicada.
Bumout. In M. J. Schabracq, J. A. M. Winnubst & C. L.
Pais Ribeiro, J. L. (1999). investigação e avaliação em Coopcr (Ed.). Handbook of work and health psychology
Psicologia e saúde. Lisboa: Climcpsi Editores. (pp. 311-346). [s.i.1: John Wiley & Sons Ltd,
Parreira, P., & Sousa, F. (2000). Contacto com a morte e Sekiou, L., et ai. (2001). Gestion des ressources humaines
síndroma de bumout. Revista de investigação em Enfer (2. cd.). Bruxelles: Editions Dc Boek.
magem, 1, 17-23.
Silva, D. M. P, P,, & Marziale, M. H. P. (2000). Absen
Peretti, J. M. (2001). Recursos Humanos (3. cd.). Lisboa: teismo de trabalhadores de enfermagem em um hospital
Edições Silabo. universitário. Revista latino-americana de Enfermagem,
Pina e Cunha, M., Rego, A., Campos e Cunha, R., & Ca 8(5), 44-51.
bral-Cardoso, C. (2003). Manual do comportamento or Souza, 5. R. O. S., Almeida, J, E., Silva, M. 3,, & Neves,
ganizacional e gestão. Lisboa: Editora RH. M. G. (2001). Absenteísmo de Enfermagem em Unidade
Pinto, A. M., Lima, M. L., & Silva, A. L. (2003). Stress de Terapia Intensiva de Adulto. Consultado em 24 de Ou
profissional em professores portugueses: incidência, pre tubro de 2005 em “Calass 2001 — XII Congrés l’Alass”:
ditores e reacção de bumout. Psychologica, 33, 18 1-194. http ://www.alass.org/es/Actas/57-BR.doc.
Plana, A. P., Fabrcgat, A. A., & Gassió, J. 8. (2003). Bur Urbina, J. E., & Urbina de Urbina, M. E. (2000).
nout syndrome and coping strategies: a structural rcla Absentismo Laboral - Circunstancias Somato-Psico
tions model. Paychology in Spain, 7(I), 46-55. Sociales: Propuesta a una Clasificación. Archivos
Venozelanos de Psiquiatria y Neurologia, 46(95).
Pueyo, R. C. (2000). El síndrome de bumout o de des
gaste profesional. JANO EMC, 58(1334), 56-58. Con Consultado em 8 de Março de 2004, em lnfomedic
sultado em 2 dc Agosto de 2005, em Doyma: http:// on une: http://www.infomedonline.com.ve/psiquia
db.doyma.es/cgi-bin/wdbcgi.exe/doyma/mrevista. tria/art46953pdf.
fulltext?pident9224. Watts-Davies, R. (1993). Absentismo. Lisboa: Oradiva,

REVISTA tNVESTIGAÇÃO EM ENFERMAGEM 1 65

Você também pode gostar