Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ANEXOS
1 - PLANTA DE SETORIZAÇÃO
1
PROJETO DE LEI
DE GERENCIAMENTO COSTEIRO DO MUNICÍPIO DE SALVADOR - BAHIA.
PROJETO DE LEI N° XX
Institui o Plano Municipal de Gerenciamento Costeiro -
PMGC previsto na Política Municipal de Meio Ambiente,
Lei 8915/2015, e dá outras providências.
CAPÍTULO I
II - articular com os demais níveis de governo a gestão integrada dos ambientes da zona
costeira, construindo mecanismos de tomada de decisões, de produção e disseminação de
informações confiáveis, utilizando tecnologias avançadas;
VII - planejar e ordenar o uso dos recursos naturais, renováveis e não renováveis; recifes,
parcéis e bancos de algas; ilhas costeiras; sistemas fluviais, estuarinos e lagunares, baías e
enseadas; praias; promontórios, costões e grutas marinhas; restingas e dunas; florestas
litorâneas, manguezais e pradarias submersas;
3
XVII - adotar medidas preventivas contra o lançamento de resíduos poluidores na
Baía de Todos os Santos e Orla Atlântica, em especial materiais provenientes de indústrias
químicas, da lavagem de navios transportadores de petróleo e seus derivados, de acordo
as exigências da Lei Federal n° 9.966 de 28 de abril de 2000, e as soluções tecnicamente
inadequadas de esgotamento sanitário;
CAPÍTULO II
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
XVIII - armazéns das Docas: construção utilizada para guarda de mercadorias nas
instalações portuárias;
5
XX - estrutura náutica: equipamento ou conjunto de equipamentos
organizadamente distribuídos por uma área determinada, com a finalidade de
apoio à atracação, embarque, desembarque e trânsito de pessoas, cargas ou
produtos ou à atividade sobre o espaço físico em águas públicas, tais como
empreendimentos náuticos, píeres, rampas, trapiches, flutuantes,
atracadouros (flutuantes ou não);
XXII - garagem náutica: estrutura náutica que combina áreas para guarda de
embarcações em terra ou sobre a água, cobertas ou não, e acessórios de acesso
à água, podendo incluir oficina para manutenção e reparo de embarcações e
seus equipamentos;
XXIII - instalação portuária de uso privativo: aquela explorada por pessoa jurídica
de direito público ou privado, dentro ou fora da área do porto organizado,
utilizada na movimentação de passageiros ou na movimentação ou
armazenagem de mercadorias, destinados ou provenientes de transporte
aquaviário;
XXV - linhas de base: linhas a partir das quais os espaços marítimos são
estabelecidos, sendo definidas pela linha de baixa-mar e pelos limites onde a
linha de costa seja recortada ou irregular como entrada de baías, locais com
recifes ou franjas de ilhas entre outros, de acordo com a Convenção das
Nações Unidas sobre o Direito do Mar;
XXVI - marés de sizígia: são as que ocorrem nas luas novas e cheias, produzindo
maiores variações de altura entre a preamar e a baixamar;
6
XXVIII - marisma: terrenos baixos, costeiros, pantanosos, de pouca drenagem,
essencialmente alagados por águas salobras e ocupados por plantas halófitas
anuais e perenes, bem como por plantas de terra alagadas por água doce;
XXXIII - píer: construção lançada da terra sobre o corpo d'água, montada sobre pilotis,
combinada ou não com flutuantes, que serve para lazer e para atracação de
embarcações;
XXXIX - quebra mar: estrutura similar ao molhe, com as duas extremidades na água,
destinada à proteção do acesso de embarcações;
7
XL - rampa: construção em plano inclinado, lançada da terra para o corpo d'água,
utilizada para lançamento e recolhimento de embarcações;
XLIV - trecho da orla marítima: seção da orla marítima abrangida por parte ou todo
da unidade paisagística e geomorfológica da orla, delimitado como espaço de
intervenção e gestão;
CAPÍTULO III
DOS LIMITES, OBJETIVOS, INSTRUMENTOS E COMPETÊNCIAS PARA GESTÃO
COSTEIRA
§ 1° a área marítima da Zona Costeira corresponde espaço que se estende por doze milhas
náuticas, medido a partir das linhas de base, compreendendo, dessa forma, a totalidade do
mar territorial;
III - todo território insular do município será considerado Faixa Terrestre de Orla.
§ 2° Faixa de Orla Marítima: representada pela área de mar limitada na linha isóbata de
dez metros que demarca a profundidade máxima da faixa na qual a variação topográfica
interfere no comportamento e na ação das ondas.
9
§ 5° Faixa Marítima Atlântica: Faixa marítima da Zona Costeira, na face atlântica do
Município, além da isóbata de 10 metros.
I- dados que indiquem tendência erosiva, com base em taxas anuais, expressas em
períodos de dez anos, capazes de ultrapassar a largura da faixa proposta;
III - trecho de orla abrigada cujo gradiente de profundidade seja inferior à profundidade
de dez metros.
CAPÍTULO IV
DA SETORIZAÇÃO DA ZONA COSTEIRA
I- SETOR DE ORLA ATLÂNTICA, composto pelas áreas que integram a Faixa de Orla
Marítima e Faixa de Orla Terrestre que vão da Ponta do Padrão até o limite com o
Município de Lauro de Freitas;
III - SETOR PORTUÁRIO, composto pela área de Faixa de Orla Marítima e Faixa de Orla
Terrestre do limite do Terminal Turístico Náutico da Bahia com o antigo Armazém n° 1 da
CODEBA na Avenida da França até a linha definida pelo ponto de Coordenadas Geográficas
UTM/DATUM WGS84 L 553.994,78 | N 8.567.714,2 e pelo ponto de Coordenadas
Geográficas UTM/DATUM WGS84 L 553.718,8 | N 8.567.714,1;
10
IV - SETOR PENÍNSULA ITAPAGIPANA 1, composto pela área da Faixa de Orla
Marítima e Faixa de Orla Terrestre iniciada a partir da reta definida pelos pontos de
Coordenadas Geográficas UTM/DATUM WGS84: L 553.770,2 | N 8.567.714,2 e L 553.718,8
| N 8.567.714,1 até a Ponta do Humaitá;
VII - SETOR NAVAL, composto pela Faixa de Orla Marítima e Faixa de Orla Terrestre do
início da Praia de Inema até o limite do Município de Simões Filho com o Município de
Salvador;
VIII - SETOR BAÍA DE TODOS OS SANTOS, composto pelas águas da Baía de Todos os
Santos inseridas na Faixa Baía de Todos os Santos, portanto a partir da isóbata de 10m
(dez metros) de profundidade até as linhas divisórias imaginárias do Município de
Salvador com os Municípios de Vera Cruz, Itaparica, Saubara, Salinas das Margaridas,
Madre de Deus e Candeias;
IX - SETOR ILHAS, composto pela Faixa de Orla Marítima e Faixa de Orla Terrestre das
Ilhas dos Frades, Maré, Bom Jesus dos Passos, Santo Antônio, Coqueiros, Itapipuca e
Sossego;
X- SETOR OCEÂNICO, relativo à Faixa Marítima Atlântica, definida pela área marítima
de profundidades maiores que 10 metros, na face leste do município, voltada ao Oceano
Atlântico;
CAPÍTULO V
DOS INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO
11
instrumentos de forma articulada e integrada:
III - Lei de Ordenamento de Uso e Ocupação do Solo (LOUOS): Lei Municipal que detalha
e regulamenta os parâmetros de uso e ocupação estabelecidos no Plano Diretor de
Desenvolvimento Urbano Municipal;
12
XV - Relatório de Qualidade Ambiental da Zona Costeira Municipal RQA/ZC, que consiste
no procedimento de consolidação periódica das informações produzidas pelo
monitoramento e avaliação das medidas e ações desenvolvidas.
CAPÍTULO VI
DA GESTÃO AMBIENTAL COSTEIRA
CAPÍTULO VII
DAS DIRETRIZES GERAIS PARA OCUPAÇÃO DA ZONA COSTEIRA
SEÇÃO I
DIRETRIZES COMUNS AOS SETORES
Art. 11 As praias são bens públicos de uso comum do povo, sendo assegurado o livre e
franco acesso a elas e ao mar em qualquer direção ou sentido, ressalvado os trechos
considerados de interesse público e de segurança nacional ou incluídos em áreas protegidas
por legislação específica.
Art. 12 O município deverá erigir esforços para atingir o padrão ambiental e estrutural
definido pelo programa internacional de certificação para praias e marinas Bandeira Azul,
determinado pelo FEE (Foundation for Environmental Education), alcançando todas as suas
diretrizes e critérios e considerando que:
I- será necessário envolver representações da sociedade civil no processo de
implantação e efetivação do Programa;
III - os critérios deverão ser dirigidos e avaliados pelo órgão que opera a certificação e
revisados a cada 5 anos.
Art. 14 Para as áreas urbanizadas e não urbanizadas, respeitado o PDDU e suas alterações
posteriores, serão permitidos a instalação de novas construções no solo da Faixa de Orla
Terrestre inclusive na Faixa de Marinha, conforme definição constante no Decreto Lei nº 9760,
de 05 de Setembro de 1946, salvo o disposto no Artigo 24 para o SETOR DE ORLA ATLÂNTICA.
Art. 15 A execução das seguintes obras localizadas na Faixa de Orla Terrestre ou Marítima
ficam sujeitas ao licenciamento ambiental no órgão municipal competente e aprovação da
SUCOM:
14
III - estruturas de apoio para instalações portuárias, terminais, dutos, emissários,
plataformas e instalações similares, públicas ou privadas.
15
Art. 20 Os bancos de moluscos e formações coralíneas e rochosas nas faixas marítimas do
Município serão identificados e delimitados, para efeito de proteção, através de Ato do
Executivo Municipal.
Parágrafo Único: Os critérios de delimitação das áreas de que trata o caput deste artigo,
será objeto de norma específica.
SEÇÃO II
DIRETRIZES POR SETOR
SUBSEÇÃO I
SETOR DE ORLA ATLÂNTICA
Art. 21 Intervenções na Faixa Marítima de Orla do Setor De Orla Atlântica que possam
causar alterações no comportamento das ondas e, consequentemente, nas suas ações sobre o
transporte de sedimentos não serão permitidas.
Art. 23 Para as áreas urbanizadas e não urbanizadas, respeitado o PDDU e suas alterações,
não será permitida a implantação de qualquer nova construção no solo na faixa costeira de
33m (trinta e três metros) contada a partir da preamar máxima das marés em direção ao
continente, considerada como "non aedificandi", ou em valor superior a este quando
comprovado em estudo técnico e devidamente determinado por legislação municipal.
Art. 24 O ZEE-OA será institucionalizado por ato do Executivo Municipal no prazo de 180
16
(cento e oitenta) dias a partir da data de publicação desta Lei.
Art. 25 Os usos de veículos automotores ou elétricos nas áreas de praia ficarão sujeitos ao
prévio licenciamento ambiental.
Art. 26 Fica proibida a circulação/navegação de barcos motorizados ou jet skis nas lagunas
existentes na Zona Costeira.
SUBSEÇÃO II
SETOR HISTÓRICO CENTRAL
Art. 27 Intervenções na Faixa Marítima de Orla do Setor Histórico Central que possam
causar alterações no comportamento das ondas e, consequentemente, nas suas ações sobre o
transporte de sedimentos serão permitidas desde que precedidas de estudos técnicos que
comprovem irrelevância nos impactos ambientais, ou ainda se composta por soluções que
minimizem estes impactos a níveis aceitáveis, especialmente sobre os efeitos erosivos ou de
assoreamento.
Art. 29 Não serão obrigatórios acessos ao mar no trecho compreendido entre a Rua Aloisio
de Carvalho e o início da ZEIS do Solar do Unhão definida pelo Plano Diretor, por sua
configuração em encosta de declive acentuado.
Art. 30 Não é permitido o uso de veículos automotores ou elétricos nas áreas de praia do
Setor Histórico Central.
Art. 31 O ZEE-HC será institucionalizado por ato do Executivo Municipal no prazo de 180
(cento e oitenta) dias da data de publicação desta Lei.
SUBSEÇÃO III
SETOR PORTUÁRIO
17
§ 1° Na área ocupada pelo antigo terminal de passageiros e Armazéns Nº3, Nº 6, Nº7 e Nº
8, suas laterais e sua área frontal até o cais após dezembro de 2016.
§ 2° Na área ocupada pelos Armazéns Nº 4 e Nº 5, suas laterais e sua área frontal até o cais
após dezembro de 2018.
§ 3° Na Área da Faixa de Orla Terrestre limitada pelo quadrilátero composto pela Av.
Oscar Pontes, Ruas Caís do Saneamento, o ponto representados pelas coordenadas UTM
/DATUM WGS84 L 553652 N 8567070 e DATUM /DATUM W0384 12°57'21.86"S -
38°30'19.21M e o ponto representado pelas coordenadas UTM /DATUM WGS84 L
553956.42 N 8567687 e DATUM /DATUM WGS84 12°57'21.29"S -38°30'29.12"O após
dezembro de 2016.
§ 4° Na área ocupada pelo terminal de Containers do Caís até a Av. Oscar Pontes após
dezembro de 2024.
Art. 34 Os acessos ao mar no trecho do Setor Portuário na área antes ocupada pelos
Armazéns Nº 1 e Nº 2, dependerão de negociação especifica com o Ministério da Fazenda,
através da Receita Federal.
Art. 35 O ZEE-P será institucionalizado por ato do Executivo Municipal no prazo de 180
(cento e oitenta) dias da data de publicação desta lei.
SUBSEÇÃO IV
SETOR PENÍNSULA ITAPAGIPANA 1
Art. 38 Os usos de veículos automotivos ou elétrico nas áreas de praia ficarão sujeitos ao
prévio licenciamento ambiental.
Art. 39 O ZEE-PI-1 será institucionalizado por ato do Executivo Municipal no prazo de 180
(cento e oitenta) dias a partir da publicação desta lei.
18
SUBSEÇÃO V
SETOR PENÍNSULA ITAPAGIPANA 2
Art. 42 Os usos de veículos automotivos ou elétrico nas áreas de praia ficarão sujeitos ao
prévio licenciamento ambiental.
Art. 43 O ZEE-PI-2 será institucionalizado por ato do Executivo Municipal no prazo de 180
(cento e oitenta) dias a partir da publicação desta lei.
SUBSEÇÃO VI
Art. 44 Intervenções na Faixa de Orla Marítima do Setor Subúrbio Ferroviário que possam
causar alterações no comportamento das ondas e, consequentemente, nas suas ações sobre o
transporte de sedimentos serão permitidas desde que precedidas de estudos técnicos que
comprovem irrelevância nos impactos ambientais, ou ainda se composta por soluções que
minimizem estes impactos a níveis aceitáveis, especialmente sobre os efeitos erosivos ou de
assoreamento.
Art. 46 Os usos de veículos automotivos ou elétrico nas áreas de praia ficarão sujeitos ao
prévio licenciamento ambiental.
Art. 47 O ZEE-SF será institucionalizado por ato do Executivo Municipal no prazo de 180
(cento e oitenta) dias a partir da publicação desta lei.
SUBSEÇÃO VII
SETOR NAVAL
19
Art. 48 Intervenções na Faixa Marítima de Orla do Setor Naval que possam causar
alterações no comportamento das ondas e, consequentemente, nas suas ações sobre o
transporte de sedimentos serão permitidas desde que precedidas de estudos técnicos que
comprovem irrelevância nos impactos ambientais, ou ainda se composta por soluções que
minimizem estes impactos a níveis aceitáveis, especialmente sobre os efeitos erosivos ou de
assoreamento.
Art. 50 O ZEE-N será institucionalizado por ato do Executivo Municipal no prazo de 180
(cento e oitenta) dias da data de publicação desta Lei.
Art. 51 Não é permitido uso de veículos automotores ou elétricos nas áreas de praia.
SUBSEÇÃO VIII
SETOR BAÍA DE TODOS OS SANTOS
Art. 54 O Setor Baía De Todos Os Santos deverá ser submetido a monitoramento constante
da qualidade da água, especialmente relacionado aos parâmetros quantitativos de nitrogênio,
fósforo e oxigênio, com frequência mínima anual para registro nos Relatórios de Qualidade
Ambiental da Zona Costeira (RQA/ZC).
Art. 55 O ZEE-BTS será institucionalizado por ato do Executivo Municipal no prazo de 180
(cento e oitenta) dias da data de publicação desta Lei.
SUBSEÇÃO IX
SETOR ILHAS
Art. 56 Constitui-se como Setor Ilhas todo o território terrestre insular do município e suas
Faixas Marítimas de Orla.
Art. 57 Intervenções na Faixa Marítima de Orla do Setor Ilhas que possam causar
alterações no comportamento das ondas e, consequentemente, nas suas ações sobre o
20
transporte de sedimentos serão permitidas desde que precedidas de estudos técnicos que
comprovem irrelevância nos impactos ambientais, ou ainda se composta por soluções que
minimizem estes impactos a níveis aceitáveis, especialmente sobre os efeitos erosivos ou de
assoreamento.
III - O Município no prazo de 180 (cento e oitenta) dias fará publicar no Diário Oficial a
listagem e cartografia das passagens existentes na Ilha dos Frades, Ilha de Maré e Bom
Jesus dos Passos.
Art. 60 Será permitido uso de veículos automotores ou elétricos nas áreas de praia, desde
que precedidos de autorização do órgão ambiental do município.
SUBSEÇÃO X
SETOR OCEÂNICO
SUBSEÇÃO XII
SETOR CONTINENTAL URBANO 2
CAPÍTULO VIII
DOS INCENTIVOS
Art. 67 O Poder Executivo Municipal, dentro das margens previstas no Código Tributário,
poderá criar mecanismos que venham a contemplar as propriedades que abriguem áreas
especialmente protegidas por esta Lei.
CAPÍTULO IX
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
22
Art. 68 Até a aprovação do Zoneamento Ecológico Econômico Costeiro de cada setor
elencado na presente Lei, a aprovação de projetos que intervenham na Faixa Marítima ou
Terrestre só deverão ser aprovados se em conformidade com o Plano Diretor do município.
Art. 69 A SUCOM e a SECIS, no prazo de até 05 (cinco) anos, a contar da publicação desta
Lei, deverão realizar estudos em conjunto, diretamente ou por meio de equipe técnica
contratada ou conveniada, para:
23