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prevenção.

Essa lesão nos vasos dos olhos pode também causar um derrame de sangue, que
provoca manchas prejudiciais à visão. Por isso, o diabético deve fazer o exame de fundo
de olho, pelo menos, uma vez por ano e precisa também manter a doença bem
controlada como uma medida de prevenção.
Em alguns casos, esses vasos podem ser “cauterizados” com um
tratamento a laser, como fez a dona de casa Leda Ferreira, mostrada na
reportagem da Marina Araújo (veja no vídeo ao lado). Nessa situação, a
mancha da retinopatia pode melhorar ou simplesmente não evoluir, mas
em quadros mais graves, quando o derrame de sangue é muito grande,
pode não ter efeito e a pessoa perder a visão.
Pode ocorrer ainda de a retina ficar pouco irrigada e ir “morrendo” aos
poucos, até a pessoa perder a função do órgão e não enxergar mais.
Dados mostram que diabéticos há 20 anos têm 90% de chance de ter
algum grau de retinopatia, no entanto, como lembrou o endocrinologista
Alfredo Halpern, esses problemas podem ser evitados e controlados se a
diabetes estiver sob controle.
Como prevenção, os médicos alertam que pacientes com diabetes tipo 2
devem fazer acompanhamento com um oftalmologista após 5 anos do
descobrimento da doença. Já quem tem diabetes tipo 1 precisa fazer uma
consulta assim que for feito o diagnóstico. Para detectar a retinopatia
diabética, o exame feito é o de fundo de olho, simples e barato – se
diagnosticada, o médico vai indicar o melhor tratamento e, principalmente,
se preocupar em controlar a diabetes.

As principais complicações oculares causadas pela diabetes são:


1. Retinopatia diabética
A retinopatia diabética começa de forma branda evoluindo, em alguns casos, para a forma mais
grave da doença, a retinopatia diabética proliferativa, onde há um grande comprometimento da
visão, podendo haver ainda hemorragia, descolamento da retina, formação de membranas
opacas e neovascularização da íris.
A fotocoagulação a laser de argônio e a vitrectomia são as melhores formas de tratamento para
retinopatia diabética proliferativa, porém deve-se ficar bem claro que a melhor forma de
impedir a progressão da doença para cegueira é através do controle diário das taxas de açúcar
no sangue e a realização de pelo menos 1 consulta anual com o oftalmologista.
Saiba mais detalhes essa doença em: Retinopatia diabética
2. Glaucoma
O glaucoma é caracterizado pelo aumento da pressão dentro do olho. Com o tempo, esta
pressão alta danifica o nervo ótico, que pode levar a perda da visão lateral do seu olho. Saiba
identificar os primeiros sintomas do glaucoma.
Seu tratamento pode ser feito com o uso diário de colírios para baixar a pressão no olho, mas
por vezes o oftalmologista pode indicar uma cirurgia a laser.
3. Catarata
A catarata é uma espécie de nuvem que se forma sobre o cristalino do olho, que deixa a visão
embaçada, seu tratamento consiste na remoção desta 'nuvem' e a colocação de uma lente dentro
do olho. Saiba mais detalhes da cirurgia para catarata.
O que fazer em caso de suspeita de alteração visual
Se você tem diabetes e nota que está com alguma dificuldade para ler, sente dor nos olhos, se
eles ficam vermelhos e se você sente alguma tontura em determinados momentos do dia, deve
medir sua glicemia diariamente para saber a diabetes está devidamente controlada e seguir o
tratamento indicado pelo médico para manter a taxa de açúcar no sangue sob controle.
Além disso, é aconselhado ir numa consulta com um oftalmologista para que faça todos os
exames necessários para identificar precocemente qualquer complicação ocular. A melhor
forma de lidar com essa situação é descobrindo logo o que tem e iniciando o tratamento
adequado porque as complicações da diabetes nos olhos podem ser irreversíveis e a cegueira é
uma possibilidade.
Mesmo quem ainda não apresenta nenhuma alteração visual deve ir ao oftalmologista 1 vez ao
ano para realizar exames que possam identificar possíveis alterações logo que elas surgirem.

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