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br Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● ANATOMIA TOPOGRÁFICA

ANATOMIA TOPOGRÁFICA DO PESCOÇO 2016


Arlindo Ugulino Netto.
INTRODUÇÃO E ESTRUTURAS SUPERFICIAIS

O pescoço é o segmento de transição entre a cabeça e o tórax, por onde passam vasos e nervos que se dirigem
do tórax para a cabeça, ou vice-versa. Em seu plano mediano encontram-se vísceras que fazem parte do aparelho
digestivo, respiratório e glândulas endócrinas, além de glândulas exócrinas em sua extensão cranial.
A pele do pescoço é caracterizada por ser fina, delicada e com escassez de tecido subcutâneo, sendo claro a
presença de rugas. Além disso, apresenta linhas de tensão (clivagem ou fenda) importantes do ponto de vista clínico,
uma vez que, seguindo essas linhas como referência em incisões, a cicatrização é mais fácil de ser atingida
perfeitamente.

ANATOMIA DE SUPERFÍCIE
Primordialmente, é importante identificar relevos cartilagíneos, ósseos, vasculares e musculares como forma de
localizar estruturas importantes para o estudo dessa região:
 Relevos cartilagíneos: proeminência laríngea (encontro das lâminas da cartilagem tireoide), cartilagem cricoide.
Entre essas duas regiões há a presença do ligamento cricotireoideo, local em que, nos casos de emergência,
é realizada a cricotireoidectomia.
 Relevos ósseos: são identificados dois:
o Osso Hioide: demarcada pelo osso hioide, osso móvel sustentado por ligamentos.
o Projeção do processo espinhoso da 7ª vértebra cervical (vértebra proeminente).
 Relevos vasculares: veia jugular externa, lateralmente.
 Relevos musculares: marcado pelo músculo esternocleidomastoideo (cabeça esternal, cabeça clavicular), que
delimita pontos importantes para punções venosas. É visível também a incisura jugular.

OSSOS RELACIONADOS AO PESCOÇO


O esqueleto do pescoço é constituído pelas
vértebras cervicais, pelo osso hioide, pelo manúbrio do
esterno e pelas clavículas. Relacionam-se, também, com
essa região, a mandíbula, o osso temporal, occipital, a
escápula e o osso hioide.

VÉRTEBRAS CERVICAIS TÍPICAS


 Vértebras típicas (3ª a 6ª)
o Corpo vertebral pequeno
o Forame vertebral triangular
o Processos espinhosos curtos e bífidos
o Processos transversos apresentam o
forame transversário.

VÉRTEBRAS CERVICAIS ATÍPICAS


 C1 ou Atlas:
o Massas laterais: processo transverso; face articular superior; face articular inferior.
o Arco anterior: tubérculo anterior; fóvea do dente do áxis.
o Arco posterior: tubérculo posterior; suco p/ artéria vertebral. Não possui processo espinhoso.
 C2 ou Áxis: possui uma estaca denominada dente (processo odontoide) que se projeta superiormente a partir de
seu corpo. Além disso, possui os processos articulares e o processo transverso.
 C7 ou Vértebra proeminente: processo espinhoso longo e não bífido; forames transversários pequenos.

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OSSO HIOIDE
É um osso móvel em forma de “U” que se situa na parte anterior do pescoço, ao nível da
vértebra C3, no angulo entre a mandíbula e a cartilagem tireoidea. Está dividido em:
 Corpo do hioide
 Corno maior
 Corno menor

O hioide não se articula com qualquer outro osso. Ele é suspenso pelos ligamentos estilo-
hioideos aos processos estiloides dos temporais e firmemente ligado à cartilagem tireóidea da
laringe.

FÁSCIAS DO PESCOÇO
As estruturas do pescoço são circundadas por uma camada de tecido subcutâneo (tela subcutânea) e são
compartimentalizadas por camadas da fáscia cervical.

TECIDO SUBCUTÂNEO CERVICAL E O PLATISMA


O tecido subcutâneo do pescoço é uma camada de tecido conjuntivo adiposo situada entre a derme e a pele e a
lâmina superficial da fáscia cervical. Contem nervos cutâneos, vasos sanguíneos e linfáticos, linfonodos superficiais e
quantidades variáveis de gordura. Anterolateralmente, contém o platisma.

PLATISMA
O platisma (do grego, placa plana) é um músculo dérmico situado no tecido
subcutâneo. Assemelha-se a uma lâmina larga e fina de músculo.
 Origem: fáscia que recobre as porções mais superiores dos Mm. Deltoide e
peitoral maior.
 Inserção: margem inferior da mandíbula onde suas fibras sofrem decussação
sobre o mento e se fundem com os músculos periorais.
 Inervação: nervo facial.
 Ação: tensiona a pele do pescoço, produzindo pregas cutâneas verticais.

O platisma cobre a face anterolateral do pescoço, e encobre a veia jugular


externa (que desce do angulo da mandíbula até o meio da clavícula) e os principais
nervos cutâneos do pescoço.

FÁSCIA CERVICAL
A fáscia cervical consiste em três lâminas (bainhas) fasciais: superficial, pré-traqueal e pré-vertebral. Essas
lâminas, além de sustentar vísceras, músculos, vasos e linfonodos profundos, formam compartimentos importantes do
ponto de vista anátomo-clínico, além de proporcionar uma condição escorregadia que permite a movimentação de
estruturas do pescoço no ato da deglutição e ao virar a cabeça.

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LÂMINA SUPERFICIAL DA FÁSCIA CERVICAL


A lâmina superficial da fáscia cervical circunda todo o pescoço profundamente à pele e
ao tecido subcutâneo. Divide-se em partes superficiais e profundas para revestir os
músculos esternocleidomastoideo (anteriormente) e o trapézio (posteriormente).
Essa lâmina envolve as glândulas parótidas e submandibular.
Está fixada, superiormente: linha nucal superior, processos mastoides, arcos
zigomáticos, margem inferior da mandíbula, hioide, processos espinhosos cervicais.
Inferiormente, fixa-se: manúbrio do esterno, clavículas, acrômio e as espinhas das escápulas.

LÂMINA PRÉ-TRAQUEAL DA FÁSCIA CERVICAL


A lâmina pré-traqueal da fáscia cervical está situada na porção mais anterior do
pescoço. Estende-se inferiormente do hioide até o tórax, onde se funde ao pericárdio fibroso
que cobre o coração. Está dividida em duas laminas:
 Lâmina muscular: envolve os mm infra-hioideos.
 Lâmina visceral: envolve a glândula tireoide, traqueia e esôfago. Continua-se superiormente com a fáscia
buco-faríngea (circundando superficialmente a faringe) e, lateralmente, funde-se com as bainhas
carotídeas.

Seu espessamento ao nível do osso hioide, em forma de polia, forma o tendão intermediário do M. digástrico.
Essa lamina aprisiona e redireciona também o músculo omo-hiódeo com dois ventres.

LÂMINA PRÉ-VERTEBRAL DA FÁSCIA CERVICAL


A lâmina pré-vertebral é uma bainha tubular que circunda a coluna e seus músculos adjacentes (anteriormente:
longo da cabeça, longo do pescoço; lateralmente: escalenos; posteriormente: músculos profundos do pescoço).
Ela está fixada superiormente à base do crânio, estendendo-se até o nível de T3, onde se funde à fáscia
endotorácica. Estende-se lateralmente como bainha axilar, que circunda os vasos axilares, o plexo braquial e troncos
simpáticos.

OBS: A bainha carotídea é um revestimento fáscial tubular que se estende da base do crânio até a raiz do pescoço.
Funde-se anteriormente com as lâminas superficial e pré-traqueal e posteriormente com a lâmina pré-vertebral. Seu
conteúdo é: artérias carótidas comum e interna; veia jugular interna; nervo vago; alguns linfonodos cervicais profundos; o
ramo para o seio carótico do nervo glossofaríngeo e fibras nervosas simpáticas.
OBS²: O espaço retrofaríngeo é o espaço interfascial entre a lâmina pré-vertebral e a fáscia bucofaríngea (circunda a
faringe superficialmente) que permite o movimento da faringe, esôfago, laringe e traqueia durante a deglutição.

MÚSCULOS RELACIONADOS COM O PESCOÇO

MÚSCULO ESTERNOCLEIDOMASTOIDEO (ECM)


 Origem ou inserção inferior: Cabeça esternal (face anterior do manúbrio esternal) e Cabeça clavicular (face
superior do terço medial da clavícula)
 Inserção superior: Processo mastoide e Metade lateral da linha nucal superior.
 Ação: Isoladamente inclinam a cabeça para o mesmo lado. Em conjunto fletem o pescoço.
 Inervação: n. acessório (motora) e ramos do Plexo cervical (C2 e C3, sensitiva).

MÚSCULO TRAPÉZIO
 Origem: Terço medial da linha nucal superior; Protuberância occipital externa; Processos espinhosos das
vértebras torácicas; Ligamento nucal.
 Inserção: Terço lateral da clavícula; Acrômio; Espinha da escápula.
 Ação: Elevação do ombro, Depressão do ombro, Abdução do braço.
 Inervação: Nervo acessório e ramos do plexo cervical (C3 c C4).

NERVOS SUPERFICIAIS DO PESCOÇO E PLEXO CERVICAL


Os nervos superficiais do pescoço são formados a partir do entrelaçamento dos ramos anteriores dos quatro
primeiros nervos cervicais (C1 a C4). A disposição é variável e irregular, sendo mais frequentemente:
 Ramos de C1 e C2 originam a raiz superior da alça cervical. Ramos de C2 e C3 originam a raiz inferior da alça.
A alça cervical segue sobre a v. Jugular interna para inervar os músculos infra-hioideos.
 Ramos de C3, C4 e C5 se unem para formar o nervo frênico que tem trajeto descendente sobre o m. escaleno
anterior e passa entre a A. e V. subclávia para penetrar no tórax e inervar o m. Diafragma.

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 De C1 a C4 partem outros ramos musculares que chegam aos músculos escalenos, pré-vertebrais, m.
trapézio e m. ECM.

RAMOS CUTÂNEOS DO PLEXO CERVICAL


São nervos que emergem na borda posterior no terço médio do músculo
esternocleidomastoideo (ponto nervoso do pescoço):
 N. occipital menor (C2): parte para a região da nuca para suprir a pele do pescoço
e o couro cabeludo póstero-superior à orelha.
 N. auricular magno (C2 e C3): ascende sobre o músculo ECM até o polo inferior da
glândula parótida, onde divide-se para suprir a pele da bainha que circunda a
glândula, o processo mastoide, as superfícies da orelha e uma área de pele que se
estende do angulo da mandíbula até o processo mastoide. Acompanha a veia
jugular externa
 N. cervical transverso (C2 e C3) segue para a região anterior do pescoço.
 N. supraclaviculares (C3 e C4): partem como um tronco comum sob a cobertura do
m. ECM, dividindo-se logo após em: mediais, intermédios e laterais.

VEIAS SUPERFICIAIS DO PESCOÇO


São veias superficiais situadas acima do músculo ECM:
 Veia jugular externa (mais lateral);
 Veia jugular anterior (próxima à linha mediana do pescoço);
 Arco jugular (anastomose entre as duas jugulares anteriores).

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VEIA JUGULAR EXTERNA


Começa perto do angulo da mandíbula (imediatamente abaixo da orelha) pela união da divisão posterior da veia
retromandibular com a veia auricular posterior. A VJE cruza o ECM em direção obliqua, profundamente ao platisma,
e entra na parte anteroinferior da região cervical lateral. Em seguida, perfura a lamina superficial da fáscia cervical, que
forma o teto dessa região, na margem posterior do ECM, descendo até a parte inferior da região cervical lateral e
termina na veia subclávia (ou na jugular interna). Drena a maior parte do couro cabeludo e a região da face.

VEIA JUGULAR ANTERIOR


Inicia-se na região submentoniana (abaixo do queixo) e submandibular, a partir de veias superficiais da região.
Passa a ter trajeto descendente na face anterior do pescoço. Passa sob o m. ECM e desemboca na v. jugular externa.

ARCO VENOSO JUGULAR


União inconstante das duas Vv. Jugulares anteriores.

LIMITES DO QUADRILÁTERO DO PESCOÇO


Para estudo anatômico, observa-se o pescoço como dois quadriláteros
unidos na linha mediana anterior voltados antero-posteriormente. Seus limites são:
 Limite superior: Borda inferior da mandíbula, linha que se estende do ângulo
da mandíbula ao processo mastoide.
 Limite posterior: Borda anterior do m. trapézio.
 Limite anterior: Linha mediana anterior do pescoço.
 Limite inferior: clavícula.

A partir do músculo ECM, divide-se ainda o pescoço em dois trígonos


maiores e subdivisíveis: trígono anterior e trígono posterior.

TRÍGONOS DO PESCOÇO
 Trígono anterior: limite superior: Mandíbula; anterior: Linha mediana anterior do pescoço; posterior: M. ECM.
Esse trígono está subdividido em:
 Trígono submandibular;
 Submentual;
 Carótico;
 Muscular.

 Trígono posterior (lateral): limite anterior: M. ECM; posterior: M. Trapézio; inferior: Clavícula. Esse trígono está
subdividido em:
 Trígono occipital
 Trígono subclávio ou omoclaviular.

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Arlindo Ugulino Netto.
TRÍGONO ANTERIOR DO PESCOÇO

Este trígono delimita a região cervical anterior, limitada pela margem


anterior do ECM, linha mediana anterior do pescoço e mandíbula.
 Limite anterior: linha mediana do pescoço.
 Limite posterior: margem anterior do m. ECM.
 Limite superior: margem inferior da mandíbula.
 Ápice (voltado inferiormente): incisura jugular
 Teto: tecido subcutâneo e platisma.
 Assoalho: faringe, laringe e glândula tireoide.

O trígono anterior encontra-se dividido em 4 trígonos menores a partir de


dois músculos: digástrico e omo-hioide.
 Trígono submandibular
 Trígono submentual
 Trígono carótico
 Trígono muscular

TRÍGONO SUBMANDIBULAR OU DIGÁSTRICO


Área entre a mandíbula e os ventres do músculo digástrico. Tem como assoalho os músculos milo-hioideo, o m.
hioglosso e o M. constrictor médio da faringe.
Seu conteúdo consiste em: Glândula submandibular; linfonodos submandibulares; ducto submandibular; nervo
hipoglosso (NC XII); partes da artéria e veia faciais; e artéria submentual.

TRÍGONO SUBMENTUAL
Área ímpar situada abaixo do mento (queixo) e limitada inferiormente pelo corpo do hioide (base do triângulo) e
lateralmente pelos ventres anteriores dos mm digástricos direito e esquerdo. Tem como assoalho os mm. milo-hioide
direito e esquerdo e a rafe mediana.
Seu conteúdo consiste em: pequenos linfonodos submentuais e pequenas veias que formam a v. jugular
anterior.

TRÍGONO CARÓTICO
Área vascular limitada pelo: Ventre superior do M. omo-hioideo
(anteriormente); Ventre posterior do M. digástrico (superior); Margem anterior do M.
ECM (posteriormente).
O conteúdo deste trígono consiste na própria bainha carótida e suas
estruturas. É nessa região que é palpável a pulsação do pulso carótico.

BAINHA CAROTÍDEA
Condensação fascial tubular, de cada lado do pescoço, formada pelas
extensões fasciais das 3 lâminas da fáscia cervical, que se estende da base do
crânio até a raiz do pescoço. Envolve a veia jugular interna, a artéria carótida comum
e o nervo vago.
 Artéria carótida comum na porção inferior e artéria carótida interna na porção
superior (medialmente)
 Veia jugular interna (lateralmente)
 Nervo vago (posteriormente)
 Linfonodos cervicais profundos

OBS: Os seios caróticos são dilatações da parte proximal da artéria carótida interna que funcionam como
baroceptores. São inervados pelo NC IX (glossofaríngeo).
OBS: O glomo carótico é um quimiorreceptor (monitora o nível de O2 sanguíneo) que se situa profundamente e
medialmente à bifurcação da carótida comum.

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TRÍGONO MUSCULAR
Tem como limites: ventre superior do omo-hioideo; Margem anterior do MECM e linha mediana anterior do
pescoço. Tem como conteúdo: músculos infra-hioideos; vísceras do pescoço; glândula tiroide e glândulas paratireoides.

MÚSCULOS DO TRÍGONO ANTERIOR

MÚSCULOS SUPRAHIOIDEOS
Músculos que estão acima do hioide e o conectam com o crânio. São eles:
milo-hioideo, gênio-hioideo, estilo-hioideo e digástrico.

1. Músculo digástrico
 Inserção Superior: Fossa digástrica da mandíbula (Ventre Anterior);
incisura mastoide do temporal (Ventre Posterior).
 Inserção Inferior: Tendão intermediário para o corpo e corno maior do
hioide
 Inervação: Nervo Facial (ventre posterior) e n. milo-hioide (ventre
anterior)
 Ação: Elevação do osso hioide e abaixamento da mandíbula (abertura
da boca e deglutição: encurta o assoalho da boca e ajuda a abertura da
faringe). O ventre anterior traciona o osso hioide para frente e o ventre
posterior para trás

OBS: Seus ventres são divididos por um espessamento da lamina pré-traqueal da fáscia cervical.

2. Músculo Milo-hioideo
 Inserção Superior: Linha milo-hioidea da mandíbula
 Inserção Inferior: Rafe (espessamento) mediana e corpo do hioide
 Inervação: n. milo-hioide (Ramo do nervo Trigêmeo - V par craniano)
 Ação: eleva o hioide e encurta o assoalho da boca e língua

3. M. Gênio-hioideo
 Origem: Espinha geniana inferior da mandíbula
 Inserção: Corpo do hioide
 Inervação: fibras de C1 (via NC XII, o n. hipoglosso)
 Ação: encurta o assoalho da boca e alarga a faringe.

4. Músculo Estilo-hiódeo
 Origem: Processo estiloide do temporal
 Inserção: Corpo do hioide
 Inervação: Ramo cervical do nervo facial
 Ação: Retrai o hioide alongando o assoalho da boca

MÚSCULOS INFRA-HIOIDEOS
São músculos fitáceos, em forma de fita, situados abaixo do hioide, em dois planos:
 Superficiais: Omo-hioideo e Esterno-hioideo
 Profundos: Esterno-tireoideo e Tireo-hioideo.

1. Músculo Omo-hiódeo
 Origem: Margem superior da escápula
 Inserção: Margem inferior do hioide
 Inervação: Ramos da alça cervical (C1-C3)
 Ação: Abaixa, retrai e fixa o hioide.

2. Músculo Esterno-hioideo
 Origem: Manúbrio do esterno e extremidade medial da clavícula
 Inserção: Corpo do hioide
 Inervação: Ramos da alça cervical (C1 a C3)
 Ação: Abaixa o hioide

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3. Músculo Esternotireoideo
 Origem: Face posterior do manúbrio do esterno
 Inserção: Linha oblíqua da cartilagem tireóidea
 Inervação: Ramos da alça cervical (C2 e C3)
 Ação: Abaixa o hioide e a laringe

4. M. Tíreo-hioideo
 Origem: Linha oblíqua da cartilagem tireóidea
 Inserção: Margem inferior do corpo e corno maior do hioide
 Inervação: C1 (via NC XII)
 Ação: Abaixa o hioide e eleva a laringe

VASOS DO TRÍGONO ANTERIOR


Estão contidos no trígono anterior do pescoço: sistema de artérias carótidas (comum, que se bifurca em
externa e interna); veia jugular interna e suas tributárias e veias jugulares anteriores (superficial).

ARTÉRIA CARÓTIDA COMUM


Inicia-se no lado direito a partir da bifurcação do tronco
braquiocefálico e no lado esquerdo diretamente do arco aórtico.
Possui trajeto ascendente no pescoço, dentro da bainha carotídea,
situada medialmente à veia jugular interna. Termina-se na altura da
margem superior da cartilagem tireóidea pela divisão em seus ramos
terminais: artérias carótidas interna (corre na bainha carotídea até a
base do crânio) e externa (sai da bainha carotídea para emitir ramos
para face e pescoço).
É nessa bifurcação que se encontra os seios e glomos
caróticos.

ARTÉRIA CARÓTIDA INTERNA


Inicia-se a partir da bifurcação da artéria carótida comum ao
nível da margem superior da cartilagem tireóidea. Tem seu trajeto
ascendente, dentro da bainha carotídea, medialmente à veia jugular
interna. Ela não emite ramos no pescoço.
Termina no pescoço após penetrar no crânio pelos canais
caróticos, situados na porção petrosa do osso temporal.

ARTÉRIA CARÓTIDA EXTERNA


Inicia-se a partir da bifurcação da artéria carótida comum ao nível da margem superior da cartilagem tireóidea.
Corre póstero superiormente à região entre o colo da mandíbula e o lóbulo da orelha. Seu término dar-se na intimidade
da glândula parótida pela divisão em seus ramos terminais: artérias maxilar e temporal superficial.

RAMOS DA ARTÉRIA CARÓTIDA EXTERNA


1. Artéria faríngea ascendente (medialmente):
é o primeiro ramo (posterior) da ACE,
possuindo um trajeto ascendente na faringe.
Emite ramos para a faringe e Mm. pré-
vertebrais.
2. A. Tireóidea superior (anteriormente): ramo
com trajeto mais inferior. Corre ântero-
inferiormente para alcançar a glândula tireoide,
profundamente aos músculos infra-hioideos.
Emite ramos p/ estes músculos, para o ECM e
para a tireoide. Emite a A. laríngica superior.
3. A. Facial (anteriormente): origina-se em um
tronco comum com a artéria lingual ou
superiormente a ela. Emite o ramo tonsilar,
para o palato e Gl. Submandibular. Passa sob
os Mm. digástrico e estilo-hioide, onde encurva-
se em torno da margem inferior da mandíbula e
para entrar na face. É possível palpar sua
pulsação.

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4. A. Lingual (anteriormente): surge no contorno anterior e forma uma alça sobre o M. constrictor médio da
faringe. Corre profundamente ao m hioglosso para emitir ramos para a língua, glândula sublingual e assoalho
da boca.
5. A. Occipital (posteriormente): origina-se na face posterior da a. carótida externa, acima da a. facial. Passa
profundamente ao ventre posterior do M. digástrico, cruzando a artéria carótida interna e os NC IX, X e XI.
Atravessa o músculo ECM, passando no ápice do trígono lateral e termina no escalpo.
6. A. auricular posterior (posteriormente): sobe posteriormente entre o meato acústico externo e o processo
mastoide para suprir os mm adjacentes, Gl. parótida, nervo facial, estruturas do temporal e escalpo.

OBS: Ramos terminais ACE


 Temporal Superficial: Tem trajeto ascendente posteriormente a glândula parótida, cruza anteriormente o arco
zigomático e emite ramos para a porção temporal do couro cabeludo.
 Artéria maxilar: ramo mais calibroso, origina-se na Gl. Parótida posteriormente ao colo da mandíbula, tem
trajeto anterior e medial até situar-se profundamente à mandíbula. Emite ramos profundos para a face: A.
alveolar inferior, A. mentual, A. bucal, A. infra-orbital, artéria temporal profunda anterior e posterior e outros.

VEIA JUGULAR INTERNA


É a maior veia do pescoço. Inicia-se
no forame jugular na fossa posterior do crânio
como continuação direta do seio sigmoide
(onde recebe toda drenagem venosa do
encéfalo). Tem trajeto descendente na bainha
carotídea lateralmente à artéria carótida
interna e comum. Passa sob o m. ECM e
termina na região posterior à extremidade
esternal da clavícula, unindo-se com a veia
subclávia omolateral para formar a veia
braquiocefálica.
 Dilatação em sua origem: Bulbo
superior da veia jugular interna
 Dilatação na extremidade inferior:
Bulbo inferior da veia jugular interna
(válvula de 2 folhetos)
 Tributárias: veias facial e lingual; veia
faríngea; veia tireóidea superior e
média; veia occipital (irregular).

Drena o sangue proveniente do


encéfalo, da parte anterior da face, de
vísceras cervicais e de músculos profundos
do pescoço.

OBS: As veias do trígono anterior podem ser classificadas como superficiais (jugular anterior e jugular externa) e
profundas (jugular interna).

NERVOS DO TRÍGONO ANTERIOR


São oriundos do plexo cervical e nervos cranianos.
 Nervo cervical transverso: Fibras de C2 e C3. Supre a pele que recobre o trígono anterior Surge na margem
posterior do MECM, cruza este músculo, seguindo anteriormente em direção ao trígono anterior.
 Nervo Hipoglosso (XII NC): Surge no trígono submandibular profundamente ao ventre posterior do m
digástrico. Supre os mm intrínsecos e extrínsecos da língua (genioglosso, hioglosso, estiloglosso, palatoglosso).
Passa entre a A. carótida externa e a v jugular externa. Emite raiz superior da alça cervical e ramo para o m
gênio-hioideo (fibras de C1).
 Nervo Glossofaríngeo (IX NC): Sai do crânio pelo forame jugular. Desce entre a a. carótida interna e v. jugular
interna, profundamente ao processo estiloide e músculos associados. Aprofunda-se em direção aos músculos da
faringe, atingindo a base da língua e área da tonsila palatina.
o Relaciona-se com a língua e a faringe (plexo faríngeo)
o Ramos sensitivos para: seio carótico; terço posterior da lingual; parte oral da faringe; tonsila palatina.
o Ramo motor para o M. estilofaríngeo
 Nervo Vago (X NC): Deixa o crânio pelo forame jugular. Tem trajeto na bainha carótica. Origina os ramos
faríngeo, laríngeo superior e ramos cardíacos.

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LINFONODOS CERVICAIS PROFUNDOS


Acompanham o trajeto da veia jugular interna. O mais importante é o linfonodo jugulodigástrico, que é palpável
em casos de amidalite, por drenar justamente a tonsila palatina. Os linfonodos recebem o nome da região onde se
encontram.

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ANATOMIA TOPOGRÁFICA DO PESCOÇO 2016


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TRÍGONO POSTERIOR DO PESCOÇO

O trígono posterior (lateral) do pescoço possui um conteúdo menor que o


anterior. Dentre as estruturas contidas nele, podemos citar: o nervo acessório, a artéria
occipital, porções do plexo braquial e a artéria subclávia.
Tem como limites:
 Limite anterior: Margem posterior do M. esternocleidomastoideo.
 Limite posterior: Margem anterior do M. trapézio.
 Limite inferior: Margem superior do terço médio da clavícula.
 Teto: o trígono posterior está coberto pela pele, panículo adiposo, pelo m.
platisma e pela lâmina superficial da fáscia cervical.
 Assoalho: o assoalho do trígono posterior está formado por músculos, que estão
cobertos pela lâmina pré-vertebral da fáscia cervical: M. semi-espinal da cabeça,
M. esplênio da cabeça, M. levantador da escapula, M. escaleno médio e M.
escaleno posterior. O M. escaleno posterior nem sempre é visível. Algumas
vezes é possível observa-se a parte interior do músculo escaleno anterior.

Para localização mais precisa das estruturas, a região cervical lateral é dividida em um grande trígono occipital
superiormente e um pequeno trígono omoclavicular pelo ventre inferior do músculo omo-hióideo:
 Trígono occipital
 Trígono omoclavicular (supraclavicular, sublcávio)

TRÍGONO OCCIPITAL
É assim denominado porque a artéria occipital aparece em seu ápice. O nervo mais importante que cruza esse
trígono é o nevo acessório (NC XI). O trígono occipital é a porção superior do trígono posterior.
Seus limites são:
 Anterior: Margem posterior do m. esternocleidomastoideo
 Posterior: margem anterior do m. trapézio
 Inferior: Ventre inferior do m. omo-hióideo.

TRÍGONO OMOCLAVICULAR
O trígono omo-hióideo forma a parte inferior do trígono posterior, corresponde a fossa supraclavicular maior,
superficialmente.
Seus limites são:
 Anterior: Margem posterior do m. esternocleidomastóideo
 Superior: Margem inferior do m. omo-hióideo
 Inferior: Margem superior do terço médio da clavícula.

OBS: A fossa supraclavicular menor é a área que corresponde ao espaço entre os dois tendões do músculo
esternocleidomastóideo. Por esse espaço, passa a veia jugular interna, podendo ser aí acessada por punção (a
chamada “punção venosa central”).

CONTEÚDO DO TRÍGONO OMOCLAVICULAR


 Artéria subclávia (3ª parte);
 Artéria supra-escapular;
 Linfonodos supraclaviculares;
 Veia jugular externa e sua tributária (veia supra-escapular e veia cervical transversa);
 Nervos supra-claviculares;
 Artéria cervical transversa (ramo profundo, também denominado artéria dorsal da escápula);
 *Algumas vezes a veia subclávia.

CONTEÚDO DO TRÍGONO CERVICAL LATERAL


A parte inferior da VJE cruza esse trígono superficialmente e a artéria subclávia situa-se profundamente nele.
Esses vasos são separados pela lâmina superficial da fáscia cervical. Como a terceira parte da artéria subclávia está
localizada nessa região, o trígono omoclavicular frequentemente é denominado trígono subclávio.

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VEIA JUGULAR EXTERNA


É formada pela união das Vv. Retromandibular (ramo posterior) e Auricular Posterior, formando próximo ao
ângulo da mandíbula (imediatamente inferior à orelha). Cruza o M. Esternocleidomastóideo em direção oblíqua,
profundamente ao platisma, entrando na parte anteroinferior do trígono posterior do pescoço. Desemboca na veia
Subclávia ou na veia jugular interna. É responsável por drenar couro cabeludo e face. Imediatamente acima da clavícula,
a VJE recebe as veias cervicais transversas, supra-escapular e jugular anterior.

VEIA SUBCLÁVIA (3ª PARTE)


Principal meio de drenagem do membro superior. Curva-se através da parte inferior da região cervical lateral.
Passa anterior ao músculo escaleno anterior e ao nervo frênico e une-se na margem medial do músculo com a VJI para
formar a veia braquiocefálica, posteriormente à extremidade medial da clavícula.

A. CERVICAL TRANSVERSA DO PESCOÇO


Origina-se do tronco tireocervical (ramo da a. Subclávia). Segue superficial e lateralmente cruzando o nevo
frênico e o músculo escaleno anterior, um pouco acima da clavícula. Em seguida, cruza os troncos do plexo braquial
para seguir profundamente ao trapézio. O ramo superficial da artéria cervical transversa acompanha o nervo acessório.
O ramo profundo segue anterior aos músculos rombóides como artéria dorsal da escápula (pode originar-se
diretamente da subclávia) acompanhando o nevo de mesmo nome. Supre Mm. da região Escapular

A. SUPRA-ESCAPULAR
Origina-se do tronco tireocervical. Segue ínfero lateralmente cruzando o músculo escaleno anterior e o nevo
frênico. Em seguida, atravessa sobre a terceira parte da artéria subclávia e os fascículos do plexo braquial. E então,
passa posteriormente à clavícula, passando pela incisura da escápula, para suprir músculos na face posterior deste osso
(Mm. Supra e Infra Espinhais).

A. OCCIPITAL
Ramo da a. Carótida Externa, que entra na região cervical lateral, atingindo o ápice do trígono Posterior.
Ascende sobre a face para suprir metade posterior do couro cabeludo.

N. ACESSÓRIO (NC XI)


Passa profundamente ao músculo ECM, inervando-o antes de entrar na região cervical lateral na junção dos
terços superior e médio da margem posterior do músculo. Em trajeto póstero-inferior, passa profundamente à lâmina
superficial da fáscia cervical, seguindo sobre o músculo levantador da escápula, do qual é separado pela lâmina pré-
vertebral da fáscia. O NC XI então desaparece profundamente à margem anterior do trapézio na junção de seus dois
terços superiores com seu terço inferior.

RAMOS DO PLEXO CERVICAL (C1 - C4)


Emerge em um ponto médio da borda posterior do M. Esternocleidomastóideo  Divide-se em vários ramos.
 N. Occipital Menor (C2-C3): Ramo mais superior. Supre pele do pescoço e couro cabeludo atrás da orelha e
parte superior da orelha.
 N. Auricular Magno (C2-C3): Abaixo do N. Occipital Menor. Ascende verticalmente em direção à Parótida.
Supre a pele do pescoço e uma área sobre a parte Inferior da Orelha até Processo Mastóide.
 N. Cervical transverso (C2-C3): Cruza transversalmene o M. Esternocleidomastóide. Supre a pele do trígono
anterior do pescoço.
 Nn. Supraclaviculares (C3-C4): Ramos lateral, intermédio e medial. Supre a pele do pescoço, tórax e ombro e
articulações acrômio-clavicular e esterno-clavicular.

N. FRÊNICO (C3-C4)
Os nervos frênicos originam-se principalmente do nervo C4, mas recebem contribuição dos nevos C3 e C5.
Seguem inferiormente: no lado esquerdo, o nervo frênico cruza anteriormente a primeira parte da artéria subclávia; do
lado direito, situa-se no músculo escaleno anterior e cruza anteriormente à segunda parte da artéria subclávia. Nos dois
lados, o nervo frênico segue posteriormente à veia subclávia e anteriormente a artéria torácica interna. Entra no tórax
suprindo a pleura mediastinal e o pericárdio. Representa o único suprimento motor para o Diafragma.

PARTE SUPRACLAVICULAR DO PLEXO BRAQUIAL


Originam-se entre os Mm. Escaleno Anterior e Médio.

LINFONODOS CERVICAIS SUPERFICIAIS


Linf. Parotídeos, Occipitais e Mastoideos que drenam para os Linf. Jugulares Profundo e Superficiais, que daí,
drenam para os Linf. Supraclaviculares.

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MÚSCULOS DO TRÍGONO POSTERIOR

1. M. semi-espinal da cabeça
 Origem: processos transversos de C4 a T6.
 Inserção: entre as linhas nucais superior e inferior.
 Inervação: ramos posteriores dos nervos espinais
 Ação: dorsiflexão e rotação da cabeça.

2. M. Esplênio da cabeça
 Origem: Processos espinhosos das vértebras C4-T3 e lig. Nucal.
 Inserção: metade lateral da linha nucal superior e processo mastóideo.
 Inervação: ramos posteriores dos nervos cervicais.
 Ação: Flexão posterior da cabeça e rotação.

3. M. Levantador da escápula
 Origem: tubérculos posteriores dos processos transversos das vértebras C1-C4.
 Inserção: ângulo superior da escápula.
 Inervação: nervo dorsal da escapula e Nn. C3 e C4 (esses dois últimos servem para prospecção).
 Ação: eleva o ângulo superior da escapula inclinando a cavidade glenoidal para baixo e gira o pescoço.

4. M. Escaleno médio
 Origem: processo transverso de C2-C7.
 Inserção: primeira costela, posterior ao sulco da a. subclávia.
 Inervação: ramos anteriores dos nervos cervicais.
 Ação: elevação da primeira costela e flete lateralmente o pescoço.

OBS: Entre os músculos escaleno anterior e escaleno médio passam o plexo braquial e a artéria subclávia. Já a veia
subclávia passa anteriormente ao músculo escaleno anterior.

5. M. Escaleno posterior
 Origem: processos transversos de C4-C6.
 Inserção: margem superior da segunda costela.
 Inervação: ramos anteriores dos nervos cervicais.
 Ação: eleva a segunda costela e flete lateralmente o pescoço.

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ANATOMIA TOPOGRÁFICA DO PESCOÇO 2016


Arlindo Ugulino Netto.
RAIZ E ESTRUTURAS PROFUNDAS DO PESCOÇO

A raiz do pescoço consiste na área de junção entre o tórax e o pescoço, ou seja, é o lado cervical da abertura
superior do tórax. Logo, podemos defini-la como a área imediatamente superior à abertura superior do tórax e às
entradas das axilas (DRAKE et al, 2005).
Tem como limites:
 Lateral: 1ª par de costelas e suas cartilagens
 Anterior: manúbrio do esterno
 Posterior: corpo vertebral de T1

ESTRUTURAS PROFUNDAS DO PESCOÇO


 Plexo Braquial;
 Veia jugular interna;
 Vasos Subclávios;
 Vísceras do pescoço;
 Nervos;
 Músculos pré-vertebrais.

MÚSCULOS PRÉ-VERTEBRAIS
São músculos que formam os assoalhos dos trígonos. Situam-se posteriormente à lâmina pré-vertebral da fáscia
cervical, no assoalho dos trígonos do pescoço. Podem ser distribuídos em dois grupos: Músculos vertebrais anteriores
(assoalho do trígono anterior) e Músculos vertebrais laterais (assoalho do trígono lateral).

MÚSCULOS VERTEBRAIS ANTERIORES


1. Músculo Longo da Cabeça
 Inserção superior: porção basilar do occipital
 Inserção inferior: Processos Transversos de C3 a C6
 Inervação: Ramos anteriores de nervos espinhais C1/C2
 Ação: Flexão da cabeça

2. Músculo Longo do Pescoço


 Porção oblíqua superior: Tubérculo anterior do atlas aos Processos transversos C3 a C6
 Porção vertical: Corpos vertebrais C2 a C4 para os corpos vertebrais de C5 a T3
 Porção oblíqua inferior: Corpos das vértebras T1 a T3 até os Processos transversos de C5 a C6
 Inervação: Ramos anteriores de Nervos Espinhais (C2 a C6)
 Ação: Flete o pescoço e Rotação para o lado oposto

3. M. Reto Anterior da Cabeça


 Inserção Superior: Parte basilar do occipital
 Inserção Inferior: Massa lateral do Atlas
 Inervação: Ramos dos nervos espinhais
 Ação: Estabiliza a cabeça

4. M. Escaleno Anterior
 Origem: Processos transversos de C4 a C6
 Inserção: 1ª costela
 Ação: Eleva a 1ª costela; Flete o pescoço lateralmente; Gira o pescoço
 Inervação: Nervos espinhais cervicais

MÚSCULOS VERTEBRAIS LATERAIS


1. M. Reto Lateral da Cabeça
 Inserção Superior: Processo jugular do occipital
 Inserção Inferior: Processo transverso do Atlas
 Inervação: Ramos dos nervos espinhais (C1-C2)
 Ação: Flete e estabiliza a cabeça

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5. M. Esplênio da Cabeça
 Origem: Porção inferior do ligamento nucal; Processos espinhosos de C4 a T3
 Inserção: Processo mastoide; Terço lateral da linha nucal superior
 Inervação: Ramos posteriores dos nervos espinhais
 Ação: Individualmente fletem lateralmente e giram o pescoço para o mesmo lado; Em conjunto
estendem o pescoço.

6. M. Levantador da Escápula
 Origem: Processos transversos de C1 a C4
 Inserção: Porção superior da margem medial da escápula
 Inervação: Nervo dorsal da escápula e Nervos espinhais cervicais
 Ação: Eleva a escápula.

7. M. Escaleno Médio
 Origem: Processos transversos de C2 a C7
 Inserção: Face superior da 1ª costela
 Ação: Flete o pescoço lateralmente; Eleva a 1ª costela
 Inervação: Ramos anteriores dos nervos espinhais cervicais

8. M. Escaleno Posterior
 Origem: Processos transversos de C4 a C6
 Inserção: Margem externa da 2ª costela
 Ação: Flete o pescoço lateralmente; Eleva a 2ª costela
 Inervação: Ramos anteriores dos nervos espinhais C7 e C8

OBS: Os músculos escalenos são considerados auxiliares da respiração, sendo de uso necessário em pacientes com
crise de asma, que forçam essa musculatura para expandir a caixa torácica.

ARTÉRIAS NA RAIZ DO PESCOÇO

TRONCO BRAQUIOCEFÁLICO
É o maior ramo do arco aórtico, medindo cerca de 4 a 5 cm. Origina-se atrás do manúbrio do esterno na linha
mediana e geralmente não possui ramos. Tem trajeto ascendente e lateralmente para a direita, sendo recoberto
superficialmente pelos músculos esterno-hioideo e esternotireoideo.

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ARTÉRIAS SUBCLÁVIAS
Seus ramos suprem o pescoço, membro
superior e encéfalo. A A. subclávia direita origina-se
do TBC, posterior à articulação esternoclavicular
direita. A A. subclávia esquerda origina-se do arco
aórtico, 1cm distal à artéria carótida comum E, sobe
no mediastino superior e entra na raiz do pescoço
posterior à articulação esternoclavicular esquerda.
O seu trajeto inicial na região cervical dar-se
posteriormente à articulação esternoclavicular de
cada lado, tendo, inicialmente, um trajeto ascendente.
Curvam-se lateralmente sobre a 1ª costela, passando
posteriormente ao músculo escaleno anterior.
Passam a ter trajeto descendente em direção ao
terço médio da clavícula, para penetrar no canal
cérvico-axilar, com o nome de artéria axilar (passa
a chamar-se artéria axilar após ultrapassar a borda
externa da 1ª costela).
A artéria subclávia está dividia em três
porções em relação ao m. escaleno anterior:

1ª Porção: desde sua origem até a borda medial do músculo escaleno anterior. Tem como ramos principais:
 Artéria vertebral: Sobe no espaço piramidal (bem do
ápice) entre os músculos escalenos (anterior) e longos
(longo do pescoço). Penetra nos forames
transversários de C6 até C1. Entram no crânio pelo
forame magno e se unem na margem inferior do tronco
encefálico para formar a artéria basilar.
 Artéria torácica interna: Origina-se da face
anteroinferior da a. subclávia. Trajeto descendente em
direção ao tórax, para irrigar a parede torácica anterior.
Não emite ramos no pescoço.
 Tronco tireocervical: Origina-se medialmente ao m.
escaleno anterior. Dá origem a três ramos: artéria
tireoide inferior, artéria supra-escapular e artéria
cervical transversa. Seus ramos terminais são: a A.
cervical ascendente e a própria A. tireóidea inferior.
o Artéria supra-escapular: geralmente é o
primeiro ramo do tronco tireocervical, com
trajeto lateral e posterior, passando então pela
incisura da escápula para suprir dos músculos
na região posterior desse osso.
o Artéria cervical transversa: Trajeto posterior passando sobre o assoalho do trígono lateral, passando
sobre os troncos do plexo braquial, emitindo dois ramos: um profundo (geralmente, representando a a.
dorsal da escápula) e um superficial. Envia ramos para músculos da região cervical lateral, para
músculos mediais da escápula e para o trapézio.
o Artéria cervical ascendente: Trajeto ascendente sobre o M. escaleno anterior, geralmente medial ao
nervo frênico, para suprir os músculos da parte superior do pescoço e do trígono lateral,
o Artéria tireóidea inferior: principal ramo do tronco tireocervical por ser a artéria visceral primária do
pescoço. Tem trajeto ascendente e medial em direção ao polo inferior da glândula tireoide.

2ª Porção: exatamente posterior ao músculo escaleno anterior. Seu principal ramo é:


 Tronco costocervical: Origina-se da face posterior da 2ª parte da A. subclávia. Divide-se em:
o A. intercostal suprema: supre os dois primeiros espaços intercostais.
o A. cervical profunda: supre os músculos cervicais profundos posteriores.

3ª Porção: lateral ao músculo escaleno anterior, estendendo-se até a margem externa da 1ª costela.
 Artéria dorsal da escápula: pode originar-se como ramo profundo da A. cervical transversa (tronco
tireocervical), podendo ser um ramo independente da 3ª porção da subclávia. Passa lateralmente através do
plexo braquial, anteriormente ao m. escaleno médio e aprofunda-se no m. levantador da escápula. Alcança a
escápula para suprir os m. romboides.

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VEIAS NA RAIZ DO PESCOÇO

VEIA JUGULAR ANTERIOR


Origina-se próximo ao hioide com a confluência das veias submandibulares superficiais. Desce sob o tecido
subcutâneo ou profundamente à lâmina superficial da fáscia cervical lateral entre a linha mediana anterior do pescoço e
a margem anterior do músculo ECM. Desemboca na veia jugular externa ou na veia subclávia. Acima do manúbrio do
esterno, as VJA direita e esquerda, frequentemente, se unem através da linha mediana para formar o arco venoso
jugular ao nível da incisura jugular.

VEIA JUGULAR EXTERNA


Origina-se perto do angulo da mandíbula (imediatamente abaixo da orelha) pela união da divisão posterior da
veia retromandibular (sua divisão posterior) com a veia auricular posterior. A VJE cruza o ECM em direção obliqua,
profundamente ao platisma, e entra na parte antero-inferior da região cervical lateral. Em seguida, perfura a lamina
superficial da fáscia cervical, que forma o teto dessa região e termina na veia subclávia (ou na jugular interna).
Drena a maior parte do couro cabeludo e a região da face. Recebe, ao longo de seu trajeto descendente, como
tributárias, as veias supra-escapulares, as veias cervicais transversas e as jugular anterior.

OBS: A veia retromandibular é formada pela união da veia temporal superficial e veia maxilar. Seus ramos terminais
consistem em duas partes: anterior (drena para a veia facial, contribuindo na formação da veia jugular interna) e
posterior (contribui na formação da veia jugular externa). Ou seja, a divisão anterior da veia retromandibular desemboca
na veia facial, que por sua vez, desemboca na veia jugular interna; enquanto a divisão posterior, junto à veia auricular
posterior, originam a veia jugular externa.

VEIA JUGULAR INTERNA


Continuação do seio sigmoide a partir do forame jugular, recebendo como tributárias: v. facial, v. lingual, v.
faríngea, v. occipital, v. tireóidea superior e v. tireóidea média. Termina na raiz do pescoço pela união com a veia
subclávia para formar a veia braquiocefálica.

VEIA SUBCLÁVIA
Continuação da veia axilar (origina-se na margem lateral da 1ª costela), une-se com a veia jugular interna para
formar a veia braquiocefálica.

OBS: O ângulo venoso é o ângulo formado na região de anastomose da VJI com a VSC, onde desembocam o ducto
torácico e o tronco linfático direito.

VASOS LINFÁTICOS NA RAIZ DO PESCOÇO


A drenagem da linfa é geralmente feita por linfonodos profundos situados ao longo da Veia Jugular Interna.

NERVOS NA RAIZ DO PESCOÇO

NERVO VAGO
É o X par de nervos cranianos. Surge no pescoço a partir do forame jugular, de onde passa a ter trajeto
descendente na bainha carotídea, posteriormente à artéria carótida comum e a veia jugular interna.

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O nervo vago D passa anteriormente à


primeira parte da artéria subclávia e
posteriormente à veia braquiocefálica. O nervo
vago esquerdo desce entre a artéria carótida
comum e artéria subclávia esquerda,
posteriormente a articulação esternoclavicular.

NERVOS LARINGEOS RECORRENTES


Ramos do nervo vago, na porção inferior
do pescoço. O direito circunda posteriormente a
artéria subclávia direita, enquanto o esquerdo
circunda posteriormente o arco aórtico. Ambos
têm trajeto ascendente até a face póstero-medial
da glândula tireoide e sobem no sulco traqueo-
esofágico para suprir todos os músculos
intrínsecos da laringe, exceto o músculo
cricotireoideo.

NERVO FRÊNICO
Forma-se a partir de ramos de C3 a C5,
na margem lateral do músculo escaleno anterior,
com trajeto descendente sobre este, encoberto
pela veia jugular interna e M. ECM, para entrar no
tórax e suprir o músculo diafragma.

TRONCOS SIMPÁTICOS
Situam-se na região anterolateral a coluna vertebral. Diferentemente da porção torácica do tronco simpático, na
região cervical, ele está associado a três gânglios simpáticos cervicais:
 Gânglio cervical superior: Situa-se ao nível de C1 e C2. Envia nervos para a carótida externa e interna.
 Gânglio cervical médio: Situa-se na face anterior da artéria tireóidea inferior ao nível da cartilagem cricoide e
do processo transverso de C6, imediatamente anterior à artéria vertebral.
 Gânglio cervical inferior: Funde-se com o 1º gânglio torácico para formar o grande gânglio cervicotorácico ou
gânglio estrelado, que se situa anteriormente ao processo transverso de C7, posteriormente à origem da artéria
vertebral.

OBS: Síndrome do desfiladeiro torácico: Síndrome neurovascular associada com compressão do plexo braquial,
artéria subclávia e veia subclávia na saída torácica superior. Pode resultar de uma variedade de anomalias, como
costela cervical (síndrome da costela cervical), bandas faciais anômalas e anormalidades da origem ou inserção dos
músculos escaleno médio ou
anterior. É comum também em
tumores que invadem a raiz do
pescoço (câncer de pulmão,
por exemplo, como o chamado
“tumor de Pancoast”). Os sinais
clínicos podem incluir dor na
região dos ombros e pescoço
que se irradia para o braço,
paresia ou paralisia dos
músculos enervados pelo plexo
braquial, parestesia, perda da
sensibilidade, redução dos
pulsos arteriais na extremidade
afetada, isquemia e edema.

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ANATOMIA TOPOGRÁFICA DO PESCOÇO 2016


Arlindo Ugulino Netto.
VÍSCERAS CERVICAIS

As vísceras do pescoço estão dispostas em três camadas, denominadas de acordo com a sua função primária.
Da região superficial para profunda, são elas:
1. Camada Endócrina: tireoide; paratireoides. São glândulas sem ductos que fazem parte do sistema
endócrino do corpo, sendo elas secretoras de hormônios (T3, T4, calcitonina; paratormônio).
2. Camada respiratória e fonação: laringe; traqueia. Têm como função: encaminhar o ar para o trato
respiratório; desviar o alimento para o esôfago; manter via aerífera aberta, com meios de fechá-la
temporariamente; e produzir a voz (fonação).
3. Camada alimentar: faringe; esôfago.

Essas vísceras estão envoltas pela parte visceral da lâmina pré-traqueal.

GLÂNDULA TIREOIDE
Situa-se profundamente aos músculos esternotireoideo e
esterno-hioideo, ao nível das vértebras C5 a T1. Consiste em dois
lobos (direito e esquerdo) e um istmo unindo-os.
 Os lobos localizam-se ântero-lateralmente à laringe e
traqueia.
 O istmo une os dois lobos anteriormente ao 2º e 3º anéis
da traqueia.

OBS: O termo “tireoide” (do grego Thyreos, escudo e Eidos,


semelhante) é devido à semelhança da glândula e da cartilagem com
escudos utilizados por soldados romanos.
OBS²: Na língua, no ápice do sulco terminal, existe o forame cego,
que representa a invaginação da faringe que se dá na formação
embrionária para formar a tireoide. Após sua formação, essa
glândula é tracionada inferiormente ao pescoço, fazendo surgir uma
ligação: o ducto tireoglosso, que desaparece gradativamente.
Pessoas que nascem com esse ducto devem sofrer intervenção
cirúrgica para retirada de cistos.

A tireoide é uma glândula altamente vascularizada, o que prova que sangramentos nesse nível são intensos. Ela
está envolta por uma fina cápsula fibrosa fixada à cartilagem cricoide e tireoide por tecido conectivo denso.
Superficialmente, encontra-se revestida pela camada visceral da lâmina pré-traqueal da fáscia cervical.

ARTÉRIAS DA TIREOIDE
A glândula, altamente vascularizada, é
suprida pelas artérias tireóideas superior e
inferior, situadas entre a cápsula fibrosa e a bainha
fascial frouxa (lâmina pré-traqueal).
 Artéria tireóidea superior: ramo da artéria
carótida externa (primeiro de seus ramos),
descendo até os polos superiores da
glândula. Dividem-se em ramos anterior e
posterior que suprem a face anterossuperior
da glândula.
 Artéria tireóidea inferior: são os maiores
ramos dos troncos tireocervicais (oriundos
da a. subclávia), que seguem supero-
medialmente para chegar à face posterior da
glandula, suprindo principalmente os pólos
inferiores.
 Artéria tireóidea ima: é inconstante, tendo
uma frequência de 10% na população.
Origina-se do tronco braquiocefálico ou do
arco aórtico.

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VEIAS DA TIREOIDE
Três pares de veias geralmente formam um plexo venoso tireoide na superfície anterior da tireoide e da
traqueia.
 V. tireóidea superior: acompanham as artérias tireóideas superiores e drenam para a veia jugular interna.
 V. tireóidea média: seguem um trajeto paralelo às artérias tireóideas inferiores e drenam para a veia jugular
interna.
 V. tireóidea inferior: geralmente, correm sozinhas ou com a artéria tireóidea ima. Drena para a veia
braquiocefálica, posteriormente ao manúbrio.

DRENAGEM LINFÁTICA DA GLÂNDULA TIREOIDE


É feita por uma rede capsular de vasos linfáticos que drenam para os linfonodos: linfonodos pré-laríngeos, pré-
traqueais, paratraqueais, e cervicais profundos inferiores (em última instância).

INERVAÇÃO DA TIREOIDE
Os nervos da tireoide são derivados de fibras vasomotoras dos gânglios simpáticos cervicais (superiores,
médios e inferiores). Eles chegam às vísceras através dos plexos cardíacos e periarteriais tireoideos. A secreção
endócrina da tireoide é controlada pela hipófise (por meio do hormônio TRH).

GLÂNDULAS PARATIREOIDES
Comumente são 4 (duas superiores e duas inferiores) localizadas posteriormente à
glândula tireoide. As superiores estão ao nível da margem inferior da cartilagem cricoide. As
inferiores, localizadas no polo inferior da glândula tireoide. Suas secreções estão relacionadas
ao metabolismo do cálcio.

VASOS DAS GLÂNDULAS PARATIREOIDES


 Supridas por ramos das Artérias Tireóideas Inferiores.
 Veias paratireoides drenam para o plexo venoso na face anterior da Glândula tireoide.
 Vasos linfáticos, semelhantemente à tireoide, drenam para linfonodos: paratraqueais e
cervicais profundos (última instância).

INVERVAÇÃO DAS GLANDULAS PARATIREOIDES


É feita através de ramos tireoideos dos gânglios simpáticos cervicais. A secreção dos hormônios dessas
glândulas é controlada por outros hormônios.

LARINGE
Órgão complexo da fonação formado por 9 cartilagens interconectadas por membranas, ligamentos e
articulações sinoviais. Situa-se na parte anterior do pescoço ao nível de C3 a C6, presa ao osso hioide e à raiz da língua.

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ESQUELETO DA LARINGE
É formada por 3 cartilagens ímpares (tireóidea, cricoidea e epiglótica) e por 3 cartilagens pares (aritenoide,
corniculada e cuneiforme).
 Cartilagem tireoide: Composta por duas lâminas que se fundem anteriormente no plano mediano, em seus 2/3
inferiores para formar a proeminência laríngea (cujo relevo é mais visível em homens). Têm-se como meios de
fixação dessa cartilagem:
o Membrana tireo-hioidea (fixação superior com o hioide): ligamento tireo-hioideo mediano e ligamentos
tireo-hioideos laterais.
o Articulação cricotireóidea (sinovial): entre corno inferior e face lateral da cartilagem cricoide.

 Cartilagem cricoide: tem forma de anel, possuindo um arco anterior e uma lâmina posterior. É uma cartilagem
espessa e resistente, representando o único anel completo de cartilagem. Possui duas superfícies articulares:
duas inferiores para os cornos inferiores da cartilagem tireoide; e duas superiores para as cartilagens
aritenoides. Tem como meios de fixação:
o Ligamento cricotireoideo mediano: espessamento na membrana cricotireóidea que serve como fixação
superior com a margem da cartilagem tireóidea.
o Ligamento cricotraqueal: fixação inferior com o 1º anel traqueal.

OBS: O cone elástico é a parte inferior da parte membranácea da laringe. É uma estrutura formada pelo: ligamento
cricotireoideo mediano e lateral e pelo ligamento vocal (margem superior espessada do ligamento cricotireoideo).
OBS²: O ligamento vocal estende-se da junção das lâminas da cartilagem tireóidea ao processo vocal da aritenoide.
Corresponde à margem superior do ligamento cricotireoideo, sendo revestido pela prega vocal. É a vibração desse
ligamento que vai dar os sons das vogais na fonação.

 Cartilagem aritenoidea: cartilagem com forma piramidal articulada com as faces articulares superiores da
cartilagem cricoide, na porção lateral da margem superior da lâmina da cartilagem cricoide. É constituída por:
Ápice (superiormente), Processo vocal (anteriormente) e pelo processo muscular (lateralmente).
o Ápice: sustenta a cartilagem corniculada
o Processo vocal: fixa o ligamento vocal e presta inserção ao músculo vocal.
o Processo muscular: fixa os músculos cricoaritenoideos posterior e lateral
o Articulações cricoaritenoides: articulação sinovial que permitem a mobilidade das aritenoides, importante
nos movimentos das pregas vocais.

 Cartilagem epiglótica: única cartilagem da laringe do tipo elástica (o restante é do tipo hialina). Situa-se atrás
da raiz da língua e do osso hioide. Forma a margem superior e parede anterior do ádito da laringe. Sua
extremidade superior é livre e sua extremidade inferior é mais afilada (percíolo epiglótico) e está fixada ao ângulo
formado pelas lâminas da cartilagem tireoide pelo ligamento tireoepiglótico. Tem como meios de fixação:
o Ligamento tireoepiglótico: fixa às lâminas da cartilagem tireóidea.
o Ligamento hioepiglótico: fixa a face anterior ao hioide.
o Membrana quadrangular: fixa as faces laterais da cartilagem aritenoide. A partir dessa membrana, têm-
se a formação do: ligamento vestibular (margem livre inferior da membrana quadrangular); as pregas
vestibulares (estende-se da cartilagem tireóidea à aritenoidea, acima da prega vocal); ligamento
ariepiglótico (margem superior livre da membrana quadrangular) e prega ariepiglótica (contém as
cartilagens corniculadas e cuneiformes em sua região posterior).

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OBS: A prega ariepiglótica é formada pelas:


 Cartilagens corniculadas: fixam-se nos ápices da cartilagem aritenoide
 Cartilagens cuneiformes: não se fixam a outras cartilagens.
OBS²: Adito da laringe: margem da epiglote + prega ariepiglotica + tubérculos cuneiformes e corniculados.

CAVIDADE DA LARINGE (PORÇÕES)


É limitada desde o ádito da laringe (margem superior da laringe) até a margem inferior da cartilagem cricoide. O
vestíbulo é a entrada da laringe. A glote (ou rima da glote) é o espaço delimitado pelas pregas vocais. O ventrículo da
laringe corresponde à escavação entre as pregas vestibulares e pregas vocais. A cavidade infraglótica é a porção da
laringe abaixo das pregas vocais.
 Comunica-se superiormente com a porção laríngea da faringe (laringofaringe).
 Continua-se inferiormente com a traqueia.

APARELHO VOCAL DA LARINGE


O som resulta da variação da relação de contração e relaxamento das pregas vocais (tensão e comprimento das
pregas), na largura da rima da glote (consiste no espaço entre as pregas vocais e processos vocais da aritenoide) e na
intensidade do esforço respiratório.
As pregas vestibulares (falsas cordas vocais) estão localizadas superiormente as pregas vocais, mantendo uma
função protetora. Elas envolvem os ligamentos vestibulares.
As pregas vocais (cordas vocais verdadeiras) são compostas pelo ligamento vocal e o músculo vocal. São as
principais responsáveis pela vibração que produz os sons (de vogais).

MÚSCULOS INTRÍNSCECOS DA LARINGE


De acordo com sua funcionalidade, esses músculos são classificados em: músculos extrínsecos da laringe
(Supra-hioideos e Infra-hioideos) e músculos intrínsecos da laringe, que alteram o comprimento e tensão das pregas
vocais e tamanho e formato da rima da glote. Estes últimos podem funcionar como: esfincteres, adutores, abdutores,
tensores e relaxadores.
Os músculos intrínsecos podem originar-se na cartilagem cricoide (músculos cricotireoideos, músculos
cricoaritenoideos laterais e músculos cricoaritenoideos posteriores) ou podem unir as cartilagens tireoide e aritenoide,
como os músculos tireoaritenoideos (fibras paralelas ao ligamento vocal), o músculo vocal (fibras fixadas ao ligamento
vocal), os músculos cricoaritenoideos laterais, os músculos aritenoideos oblíquos e os músculos ariepiglóticos. Podem
também unir as cartilagens aritenoideas entre si (músculo aritenoideo transverso e músculo aritenoideo oblíquo) e unir
as cartilagens aritenoides e epiglote, com faz o músculo ariepiglótico (fibras do aritenoideo oblíquo que se estendem até
a epiglote na prega ariepiglótica).

Esses músculos podem ser classificados como:


 Adutores: aproximam as pregas. Músculos cricoaritenoideos laterais.
 Abdutores: alargam a rima da glote. Músculos cricoaritenoideos posteriores
 Esfincteres: fecham e abrem a glote durante a deglutição. Músculos cricoaritenoideos laterais, Músculos
aritenoideos oblíquos, Músculos ariepiglóticos.
 Tensores: tensionam as cordas vocais ao inclinar a cartilagem tireóidea anteriormente (gerando a voz alta).
Músculos cricotireoideos
 Relaxadores: deixam as cordas flácidas tracionando as aritenoides (gerando voz baixa). Músculos
tireoaritenoideos.

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INERVAÇÃO DA LARINGE
A inervação dos músculos intrínsecos da laringe se dá por meio de ramos do nervo vago: o nervo laríngeo
recorrente (n. laríngeo inferior) inerva todos eles, exceto o M. cricotireoideo (este é inervado pelo nervo laríngeo
externo, ramo do nervo laríngeo superior).
 Laríngeo superior: Ramo interno: sensitivo para região interna da laringe, superior as pregas vestibulares; Ramo
externo: inerva o músculo cricotireoideo
 Laríngeo inferior: Continuação do nervo laríngeo recorrente (nervo motor da laringe)

OBS: Compressões no nevo laríngeo recorrente (como por exemplo, pelo arco aórtico no tórax, por meio de uma
dilatação) causa rouquidão devido a prejuízos motores dos músculos intrínsecos da laringe.

VASOS DA LARINGE
 Artérias:
 Laríngea superior: ramo da a. tireóidea superior (carótida externa).
 Laríngea inferior: ramo da a. tireóidea inferior (tronco tireocervical).

 Veias:
 Laríngea superior: drena para a veia tireóidea superior e dela, para a veia jugular interna.
 Laríngea inferior: drena para a veia tireóidea inferior e dela, para a v. braquiocefálica.

VASOS LINFÁTICOS DA LARINGE


 Acima das pregas vocais:
o Linfonodos cervicais profundos posteriores
 Abaixo das pregas vocais:
o Linfonodos pré-traqueais
o Linfonodos paratraqueais

TRAQUEIA
A traqueia é um tubo fibrocartilagíneo sustentado por anéis
incompletos que matem a sua luz sempre aberta. Tem diâmetro de 2,5cm e
comprimento 11 cm. Inicia-se ao nível de C6 na extremidade inferior da
laringe e termina ao nível do ângulo esternal ou T4/T5 dividindo-se em
brônquios principais D e E. Seus principais componentes são:
 Anéis traqueais
 Ligamento anular da traqueia (entre os anéis)
 Parede membranácea (posterior) com o músculo traqueal

RELAÇÕES DA TRAQUEIA
 Anteriores: Istmo da Gl. tireoide, Arco venoso jugular, M.
esternotireoideo e esterno-hioideo.

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 Laterais: Artérias carótida comum, Lobos da Gl. tireoide e Nervos laríngeos recorrentes no sulco
traqueoesofágico.
 Posteriores: Esôfago.

ARTÉRIAS DA TRAQUEIA
Artérias que suprem a traqueia são derivadas de ramos viscerais das artérias tireóideas inferiores.

INERVAÇÃO DA TRAQUEIA
A inervação é feita tanto por ramos simpáticos (gânglios cervicais) quanto parasimpáticos.

FARINGE
É um tubo comum aos sistemas digestório e respiratório, que vai da base crânio à margem inferior da cartilagem
cricoide, iniciando o canal alimentar. Está divida em três partes: Naso-faringe, Oro-faringe e Laringo-faringe.

NASOFARINGE
Situada acima do palato mole, é a extensão posterior das cavidades nasais, através das coanas. Nela, podem
ser encontradas:
 Tonsila faríngea (adenoide)
 Prega salpingofaríngea e músculo salpingofaríngeo.
 Recesso faríngeo

ORO-FARINGE
Estende-se do palato mole até a epiglote. Anteriormente comunica-se com a cavidade oral; Inferiormente: Base
da lingual e Epiglote; Superiormente: Palato mole; e Lateralmente: Arco palatoglosso, Arco palatofaríngeo, Tonsila
palatina (amígdala).
A orofaringe recebe o bolo alimentar da cavidade oral e o direciona para a laringofaringe para realizar a
deglutição em três estágios:
 1° estágio: músculos da língua e palato mole impulsionam o bolo alimentar para a orofaringe
 2° estágio: elevação do palato mole; elevação da laringe e encurtamento da faringe (músculos supra-hioideos e
longitudinais da faringe).
 3° estágio: músculos constrictores da faringe impulsionam o bolo alimentar para o esôfago.

LARINGOFARINGE
Localiza-se posteriormente à laringe (nível de C4 a C6), comunicando-se com o ádito da laringe. Estende-se da
margem superior da epiglote e pregas faringoepiglóticas até a margem inferior da cartilagem cricoide, onde se continua
como esôfago.
Suas paredes póstero-laterais são constituidas por músculos constrictores médio e inferior e pela fáscia
bucofaríngea (continuação da lâmina pré-traqueal posteriormente). Internamente, estão situados na faringe os
músculos palatofaríngeo e estilofaríngeo.

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OBS: Recesso piriforme: pequena depressão lateralmente ao ádito da laringe, limitada pela cartilagem tireóidea e
membrana tireohioidea.

MÚSCULOS DA FARINGE
 Camada circular externa:
 Constrictor superior da faringe
 Constrictor médio da faringe
 Constrictor inferior da faringe
 Camada longitudinal interna
 Músculo palatofaríngeo
 Músculo estilofaríngeo
 Músculo salpingofaríngeo

1. M. Constrictor superior da faringe


 Origem: lado da língua, linha milo-hioidea da mandíbula, rafe pterigomandibular, hâmulo pterigoideo
do esfenoide.
 Inserção: Rafe mediana da faringe, Tubérculo faríngeo do occipital
 Inervação: Plexo nervoso faríngeo (Ramos faríngeos do nervo vago e glossofaríngeo e Ramos
simpáticos do gânglio cervical superior)
 Ação: Constricção da faringe na deglutição

2. M. Constrictor médio da faringe


 Origem: ligamento estilo-hioideo; Corno maior e menor do hioide.
 Inserção: Rafe mediana da faringe
 Inervação: Plexo nervoso faríngeo (Ramos faríngeos do nervo vago e glossofaríngeo e Ramos
simpáticos do gânglio cervical superior)
 Ação: Constricção da faringe na deglutição

3. M. Constrictor inferior da faringe
 Origem: Linha oblíqua da cartilagem tireoide, Arco da cartilagem cricoide.
 Inserção: Rafe mediana da faringe
 Inervação: Plexo nervoso faríngeo (Ramos faríngeos do nervo vago e glossofaríngeo e Ramos
simpáticos do gânglio cervical superior)
 Ação: Constricção da faringe na deglutição.

4. M. salpingofaríngeo
 Origem: tuba auditiva
 Inserção: funde-se com o M. Palatofaríngeo
 Inervação: Nervo acessório via ramo faríngeo do nervo vago e Plexo faríngeo
 Ação: Elevam a faringe e laringe durante a deglutição e fonação, ou seja, encurtam e alargam.

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5. M. palatofaríngeo
 Origem: palato duro e aponeurose palatina
 Inserção: Margem posterior da cartilagem tireóidea; Face lateral da faringe e esôfago
 Inervação: Nervo acessório via ramo faríngeo do nervo vago e Plexo faríngeo.
 Ação: Elevam a faringe e laringe durante a deglutição e fonação, ou seja, encurtam e alargam.

6. M. estilofaríngeo
 Origem: processo estiloide do temporal
 Inserção: Margem posterior e superior da lâmina da cartilagem tireóidea; Funde-se com o M.
Palatofaríngeo
 Inervação: Nervo glossofaríngeo (IX par craniano)
 Ação: Elevam a faringe e laringe durante a deglutição e fonação, ou seja, encurtam e alargam.

VASOS DA FARINGE
 Irrigação arterial: um ramo da artéria facial, a artéria tonsilar atravessa o músculo constritor superior e entra
no pólo inferior da tonsila. A tonsila também recebe brotos arteriais das artérias palatinas ascendente, artéria
lingual e palatina descendente. Além delas, recebe irrigação da artéria faríngea ascendente (ramo da
carótida externa).
 Drenagem venosa: a grande veia palatina externa desce do palato mole e passa perto da superfície lateral da
tonsila antes de entrar no plexo venoso faríngeo.

DRENAGEM LINFÁTICA DA FARINGE


Os vasos linfáticos seguem lateral e inferiormente até os linfonodos perto do
ângulo da mandíbula e para o linfonodo jugulo digastrico (linfonodo tonsilar). Além
disso, as tonsilas faríngeas, tubárias, palatinas e linguais formam o anel linfático (de
Waldeyer), uma faixa circular incompleta de tecido linfoide ao redor da parte superior da
faringe.

NERVOS DA FARINGE
A inervação da faringe é realizada pelo plexo faríngeo, de modo que suas
fibras motoras e sensitivas são destinadas à inervação dos músculos acima citados e
suas fibras sensitivas são provenientes do nervo glossofaríngeo (para as três partes da
faringe) e do nervo maxilar (para a mucosa da porção anterossuperior da nasofaringe).

ESPAÇOS OU RECESSOS DA FARINGE


 Espaço entre o músculo constrictor superior e a base do crânio ou Recesso faríngeo: dá passagem ao m
levantador do véu palatino, tuba auditiva e artéria palatina ascendente.
 Espaço entre os Mm. constrictores superior e médio: dá passagem ao músculo estilofaríngeo, nervo
glossofaríngeo e ligamento estilo-hioideo.
 Espaço entre os Mm. constrictores médio e inferior: dá passagem ao ramo interno do nervo laríngeo superior e
vasos laríngeos superiores.
 Espaço abaixo do M. constrictor inferior: dá passagem ao nervo laríngeo recorrente e artéria laríngea inferior.

ESÔFAGO
Tubo muscular contínuo com a laringofaringe, ao nível de C6, que se estende pelo pescoço, tórax até alcançar o
abdome. Possui musculatura voluntária no 1/3 superior. No pescoço, situa-se entre a traqueia e a coluna cervical, na
linha mediana. Tem trajeto para a esquerda à medida que desce no tórax.

RELAÇÕES DO ESÔFAGO
 Anteriormente: traqueia.
 Lateralmente: bainha carótica; Nervo laríngeo recorrente no sulco traqueoesofágico; lobos da glândula tireoide.
 Posteriormente: vértebras cervicais.

VASOS DO ESÔFAGO
 Irrigação arterial: Artérias tireóideas inferiores.
 Drenagem venosa: Veias tireóideas inferiores.
 Vasos linfáticos drenam para: linfonodos paratraqueais e linfonodos cervicais profundos inferiores.

NERVOS DO ESÔFAGO
 Fibras somáticas: nervos laríngeos recorrentes.
 Fibras vasomotoras: troncos simpáticos cervicais.
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