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O pescoço é o segmento de transição entre a cabeça e o tórax, por onde passam vasos e nervos que se dirigem
do tórax para a cabeça, ou vice-versa. Em seu plano mediano encontram-se vísceras que fazem parte do aparelho
digestivo, respiratório e glândulas endócrinas, além de glândulas exócrinas em sua extensão cranial.
A pele do pescoço é caracterizada por ser fina, delicada e com escassez de tecido subcutâneo, sendo claro a
presença de rugas. Além disso, apresenta linhas de tensão (clivagem ou fenda) importantes do ponto de vista clínico,
uma vez que, seguindo essas linhas como referência em incisões, a cicatrização é mais fácil de ser atingida
perfeitamente.
ANATOMIA DE SUPERFÍCIE
Primordialmente, é importante identificar relevos cartilagíneos, ósseos, vasculares e musculares como forma de
localizar estruturas importantes para o estudo dessa região:
Relevos cartilagíneos: proeminência laríngea (encontro das lâminas da cartilagem tireoide), cartilagem cricoide.
Entre essas duas regiões há a presença do ligamento cricotireoideo, local em que, nos casos de emergência,
é realizada a cricotireoidectomia.
Relevos ósseos: são identificados dois:
o Osso Hioide: demarcada pelo osso hioide, osso móvel sustentado por ligamentos.
o Projeção do processo espinhoso da 7ª vértebra cervical (vértebra proeminente).
Relevos vasculares: veia jugular externa, lateralmente.
Relevos musculares: marcado pelo músculo esternocleidomastoideo (cabeça esternal, cabeça clavicular), que
delimita pontos importantes para punções venosas. É visível também a incisura jugular.
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OSSO HIOIDE
É um osso móvel em forma de “U” que se situa na parte anterior do pescoço, ao nível da
vértebra C3, no angulo entre a mandíbula e a cartilagem tireoidea. Está dividido em:
Corpo do hioide
Corno maior
Corno menor
O hioide não se articula com qualquer outro osso. Ele é suspenso pelos ligamentos estilo-
hioideos aos processos estiloides dos temporais e firmemente ligado à cartilagem tireóidea da
laringe.
FÁSCIAS DO PESCOÇO
As estruturas do pescoço são circundadas por uma camada de tecido subcutâneo (tela subcutânea) e são
compartimentalizadas por camadas da fáscia cervical.
PLATISMA
O platisma (do grego, placa plana) é um músculo dérmico situado no tecido
subcutâneo. Assemelha-se a uma lâmina larga e fina de músculo.
Origem: fáscia que recobre as porções mais superiores dos Mm. Deltoide e
peitoral maior.
Inserção: margem inferior da mandíbula onde suas fibras sofrem decussação
sobre o mento e se fundem com os músculos periorais.
Inervação: nervo facial.
Ação: tensiona a pele do pescoço, produzindo pregas cutâneas verticais.
FÁSCIA CERVICAL
A fáscia cervical consiste em três lâminas (bainhas) fasciais: superficial, pré-traqueal e pré-vertebral. Essas
lâminas, além de sustentar vísceras, músculos, vasos e linfonodos profundos, formam compartimentos importantes do
ponto de vista anátomo-clínico, além de proporcionar uma condição escorregadia que permite a movimentação de
estruturas do pescoço no ato da deglutição e ao virar a cabeça.
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Seu espessamento ao nível do osso hioide, em forma de polia, forma o tendão intermediário do M. digástrico.
Essa lamina aprisiona e redireciona também o músculo omo-hiódeo com dois ventres.
OBS: A bainha carotídea é um revestimento fáscial tubular que se estende da base do crânio até a raiz do pescoço.
Funde-se anteriormente com as lâminas superficial e pré-traqueal e posteriormente com a lâmina pré-vertebral. Seu
conteúdo é: artérias carótidas comum e interna; veia jugular interna; nervo vago; alguns linfonodos cervicais profundos; o
ramo para o seio carótico do nervo glossofaríngeo e fibras nervosas simpáticas.
OBS²: O espaço retrofaríngeo é o espaço interfascial entre a lâmina pré-vertebral e a fáscia bucofaríngea (circunda a
faringe superficialmente) que permite o movimento da faringe, esôfago, laringe e traqueia durante a deglutição.
MÚSCULO TRAPÉZIO
Origem: Terço medial da linha nucal superior; Protuberância occipital externa; Processos espinhosos das
vértebras torácicas; Ligamento nucal.
Inserção: Terço lateral da clavícula; Acrômio; Espinha da escápula.
Ação: Elevação do ombro, Depressão do ombro, Abdução do braço.
Inervação: Nervo acessório e ramos do plexo cervical (C3 c C4).
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De C1 a C4 partem outros ramos musculares que chegam aos músculos escalenos, pré-vertebrais, m.
trapézio e m. ECM.
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TRÍGONOS DO PESCOÇO
Trígono anterior: limite superior: Mandíbula; anterior: Linha mediana anterior do pescoço; posterior: M. ECM.
Esse trígono está subdividido em:
Trígono submandibular;
Submentual;
Carótico;
Muscular.
Trígono posterior (lateral): limite anterior: M. ECM; posterior: M. Trapézio; inferior: Clavícula. Esse trígono está
subdividido em:
Trígono occipital
Trígono subclávio ou omoclaviular.
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TRÍGONO SUBMENTUAL
Área ímpar situada abaixo do mento (queixo) e limitada inferiormente pelo corpo do hioide (base do triângulo) e
lateralmente pelos ventres anteriores dos mm digástricos direito e esquerdo. Tem como assoalho os mm. milo-hioide
direito e esquerdo e a rafe mediana.
Seu conteúdo consiste em: pequenos linfonodos submentuais e pequenas veias que formam a v. jugular
anterior.
TRÍGONO CARÓTICO
Área vascular limitada pelo: Ventre superior do M. omo-hioideo
(anteriormente); Ventre posterior do M. digástrico (superior); Margem anterior do M.
ECM (posteriormente).
O conteúdo deste trígono consiste na própria bainha carótida e suas
estruturas. É nessa região que é palpável a pulsação do pulso carótico.
BAINHA CAROTÍDEA
Condensação fascial tubular, de cada lado do pescoço, formada pelas
extensões fasciais das 3 lâminas da fáscia cervical, que se estende da base do
crânio até a raiz do pescoço. Envolve a veia jugular interna, a artéria carótida comum
e o nervo vago.
Artéria carótida comum na porção inferior e artéria carótida interna na porção
superior (medialmente)
Veia jugular interna (lateralmente)
Nervo vago (posteriormente)
Linfonodos cervicais profundos
OBS: Os seios caróticos são dilatações da parte proximal da artéria carótida interna que funcionam como
baroceptores. São inervados pelo NC IX (glossofaríngeo).
OBS: O glomo carótico é um quimiorreceptor (monitora o nível de O2 sanguíneo) que se situa profundamente e
medialmente à bifurcação da carótida comum.
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TRÍGONO MUSCULAR
Tem como limites: ventre superior do omo-hioideo; Margem anterior do MECM e linha mediana anterior do
pescoço. Tem como conteúdo: músculos infra-hioideos; vísceras do pescoço; glândula tiroide e glândulas paratireoides.
MÚSCULOS SUPRAHIOIDEOS
Músculos que estão acima do hioide e o conectam com o crânio. São eles:
milo-hioideo, gênio-hioideo, estilo-hioideo e digástrico.
1. Músculo digástrico
Inserção Superior: Fossa digástrica da mandíbula (Ventre Anterior);
incisura mastoide do temporal (Ventre Posterior).
Inserção Inferior: Tendão intermediário para o corpo e corno maior do
hioide
Inervação: Nervo Facial (ventre posterior) e n. milo-hioide (ventre
anterior)
Ação: Elevação do osso hioide e abaixamento da mandíbula (abertura
da boca e deglutição: encurta o assoalho da boca e ajuda a abertura da
faringe). O ventre anterior traciona o osso hioide para frente e o ventre
posterior para trás
OBS: Seus ventres são divididos por um espessamento da lamina pré-traqueal da fáscia cervical.
2. Músculo Milo-hioideo
Inserção Superior: Linha milo-hioidea da mandíbula
Inserção Inferior: Rafe (espessamento) mediana e corpo do hioide
Inervação: n. milo-hioide (Ramo do nervo Trigêmeo - V par craniano)
Ação: eleva o hioide e encurta o assoalho da boca e língua
3. M. Gênio-hioideo
Origem: Espinha geniana inferior da mandíbula
Inserção: Corpo do hioide
Inervação: fibras de C1 (via NC XII, o n. hipoglosso)
Ação: encurta o assoalho da boca e alarga a faringe.
4. Músculo Estilo-hiódeo
Origem: Processo estiloide do temporal
Inserção: Corpo do hioide
Inervação: Ramo cervical do nervo facial
Ação: Retrai o hioide alongando o assoalho da boca
MÚSCULOS INFRA-HIOIDEOS
São músculos fitáceos, em forma de fita, situados abaixo do hioide, em dois planos:
Superficiais: Omo-hioideo e Esterno-hioideo
Profundos: Esterno-tireoideo e Tireo-hioideo.
1. Músculo Omo-hiódeo
Origem: Margem superior da escápula
Inserção: Margem inferior do hioide
Inervação: Ramos da alça cervical (C1-C3)
Ação: Abaixa, retrai e fixa o hioide.
2. Músculo Esterno-hioideo
Origem: Manúbrio do esterno e extremidade medial da clavícula
Inserção: Corpo do hioide
Inervação: Ramos da alça cervical (C1 a C3)
Ação: Abaixa o hioide
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3. Músculo Esternotireoideo
Origem: Face posterior do manúbrio do esterno
Inserção: Linha oblíqua da cartilagem tireóidea
Inervação: Ramos da alça cervical (C2 e C3)
Ação: Abaixa o hioide e a laringe
4. M. Tíreo-hioideo
Origem: Linha oblíqua da cartilagem tireóidea
Inserção: Margem inferior do corpo e corno maior do hioide
Inervação: C1 (via NC XII)
Ação: Abaixa o hioide e eleva a laringe
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4. A. Lingual (anteriormente): surge no contorno anterior e forma uma alça sobre o M. constrictor médio da
faringe. Corre profundamente ao m hioglosso para emitir ramos para a língua, glândula sublingual e assoalho
da boca.
5. A. Occipital (posteriormente): origina-se na face posterior da a. carótida externa, acima da a. facial. Passa
profundamente ao ventre posterior do M. digástrico, cruzando a artéria carótida interna e os NC IX, X e XI.
Atravessa o músculo ECM, passando no ápice do trígono lateral e termina no escalpo.
6. A. auricular posterior (posteriormente): sobe posteriormente entre o meato acústico externo e o processo
mastoide para suprir os mm adjacentes, Gl. parótida, nervo facial, estruturas do temporal e escalpo.
OBS: As veias do trígono anterior podem ser classificadas como superficiais (jugular anterior e jugular externa) e
profundas (jugular interna).
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Para localização mais precisa das estruturas, a região cervical lateral é dividida em um grande trígono occipital
superiormente e um pequeno trígono omoclavicular pelo ventre inferior do músculo omo-hióideo:
Trígono occipital
Trígono omoclavicular (supraclavicular, sublcávio)
TRÍGONO OCCIPITAL
É assim denominado porque a artéria occipital aparece em seu ápice. O nervo mais importante que cruza esse
trígono é o nevo acessório (NC XI). O trígono occipital é a porção superior do trígono posterior.
Seus limites são:
Anterior: Margem posterior do m. esternocleidomastoideo
Posterior: margem anterior do m. trapézio
Inferior: Ventre inferior do m. omo-hióideo.
TRÍGONO OMOCLAVICULAR
O trígono omo-hióideo forma a parte inferior do trígono posterior, corresponde a fossa supraclavicular maior,
superficialmente.
Seus limites são:
Anterior: Margem posterior do m. esternocleidomastóideo
Superior: Margem inferior do m. omo-hióideo
Inferior: Margem superior do terço médio da clavícula.
OBS: A fossa supraclavicular menor é a área que corresponde ao espaço entre os dois tendões do músculo
esternocleidomastóideo. Por esse espaço, passa a veia jugular interna, podendo ser aí acessada por punção (a
chamada “punção venosa central”).
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A. SUPRA-ESCAPULAR
Origina-se do tronco tireocervical. Segue ínfero lateralmente cruzando o músculo escaleno anterior e o nevo
frênico. Em seguida, atravessa sobre a terceira parte da artéria subclávia e os fascículos do plexo braquial. E então,
passa posteriormente à clavícula, passando pela incisura da escápula, para suprir músculos na face posterior deste osso
(Mm. Supra e Infra Espinhais).
A. OCCIPITAL
Ramo da a. Carótida Externa, que entra na região cervical lateral, atingindo o ápice do trígono Posterior.
Ascende sobre a face para suprir metade posterior do couro cabeludo.
N. FRÊNICO (C3-C4)
Os nervos frênicos originam-se principalmente do nervo C4, mas recebem contribuição dos nevos C3 e C5.
Seguem inferiormente: no lado esquerdo, o nervo frênico cruza anteriormente a primeira parte da artéria subclávia; do
lado direito, situa-se no músculo escaleno anterior e cruza anteriormente à segunda parte da artéria subclávia. Nos dois
lados, o nervo frênico segue posteriormente à veia subclávia e anteriormente a artéria torácica interna. Entra no tórax
suprindo a pleura mediastinal e o pericárdio. Representa o único suprimento motor para o Diafragma.
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1. M. semi-espinal da cabeça
Origem: processos transversos de C4 a T6.
Inserção: entre as linhas nucais superior e inferior.
Inervação: ramos posteriores dos nervos espinais
Ação: dorsiflexão e rotação da cabeça.
2. M. Esplênio da cabeça
Origem: Processos espinhosos das vértebras C4-T3 e lig. Nucal.
Inserção: metade lateral da linha nucal superior e processo mastóideo.
Inervação: ramos posteriores dos nervos cervicais.
Ação: Flexão posterior da cabeça e rotação.
3. M. Levantador da escápula
Origem: tubérculos posteriores dos processos transversos das vértebras C1-C4.
Inserção: ângulo superior da escápula.
Inervação: nervo dorsal da escapula e Nn. C3 e C4 (esses dois últimos servem para prospecção).
Ação: eleva o ângulo superior da escapula inclinando a cavidade glenoidal para baixo e gira o pescoço.
4. M. Escaleno médio
Origem: processo transverso de C2-C7.
Inserção: primeira costela, posterior ao sulco da a. subclávia.
Inervação: ramos anteriores dos nervos cervicais.
Ação: elevação da primeira costela e flete lateralmente o pescoço.
OBS: Entre os músculos escaleno anterior e escaleno médio passam o plexo braquial e a artéria subclávia. Já a veia
subclávia passa anteriormente ao músculo escaleno anterior.
5. M. Escaleno posterior
Origem: processos transversos de C4-C6.
Inserção: margem superior da segunda costela.
Inervação: ramos anteriores dos nervos cervicais.
Ação: eleva a segunda costela e flete lateralmente o pescoço.
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A raiz do pescoço consiste na área de junção entre o tórax e o pescoço, ou seja, é o lado cervical da abertura
superior do tórax. Logo, podemos defini-la como a área imediatamente superior à abertura superior do tórax e às
entradas das axilas (DRAKE et al, 2005).
Tem como limites:
Lateral: 1ª par de costelas e suas cartilagens
Anterior: manúbrio do esterno
Posterior: corpo vertebral de T1
MÚSCULOS PRÉ-VERTEBRAIS
São músculos que formam os assoalhos dos trígonos. Situam-se posteriormente à lâmina pré-vertebral da fáscia
cervical, no assoalho dos trígonos do pescoço. Podem ser distribuídos em dois grupos: Músculos vertebrais anteriores
(assoalho do trígono anterior) e Músculos vertebrais laterais (assoalho do trígono lateral).
4. M. Escaleno Anterior
Origem: Processos transversos de C4 a C6
Inserção: 1ª costela
Ação: Eleva a 1ª costela; Flete o pescoço lateralmente; Gira o pescoço
Inervação: Nervos espinhais cervicais
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5. M. Esplênio da Cabeça
Origem: Porção inferior do ligamento nucal; Processos espinhosos de C4 a T3
Inserção: Processo mastoide; Terço lateral da linha nucal superior
Inervação: Ramos posteriores dos nervos espinhais
Ação: Individualmente fletem lateralmente e giram o pescoço para o mesmo lado; Em conjunto
estendem o pescoço.
6. M. Levantador da Escápula
Origem: Processos transversos de C1 a C4
Inserção: Porção superior da margem medial da escápula
Inervação: Nervo dorsal da escápula e Nervos espinhais cervicais
Ação: Eleva a escápula.
7. M. Escaleno Médio
Origem: Processos transversos de C2 a C7
Inserção: Face superior da 1ª costela
Ação: Flete o pescoço lateralmente; Eleva a 1ª costela
Inervação: Ramos anteriores dos nervos espinhais cervicais
8. M. Escaleno Posterior
Origem: Processos transversos de C4 a C6
Inserção: Margem externa da 2ª costela
Ação: Flete o pescoço lateralmente; Eleva a 2ª costela
Inervação: Ramos anteriores dos nervos espinhais C7 e C8
OBS: Os músculos escalenos são considerados auxiliares da respiração, sendo de uso necessário em pacientes com
crise de asma, que forçam essa musculatura para expandir a caixa torácica.
TRONCO BRAQUIOCEFÁLICO
É o maior ramo do arco aórtico, medindo cerca de 4 a 5 cm. Origina-se atrás do manúbrio do esterno na linha
mediana e geralmente não possui ramos. Tem trajeto ascendente e lateralmente para a direita, sendo recoberto
superficialmente pelos músculos esterno-hioideo e esternotireoideo.
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ARTÉRIAS SUBCLÁVIAS
Seus ramos suprem o pescoço, membro
superior e encéfalo. A A. subclávia direita origina-se
do TBC, posterior à articulação esternoclavicular
direita. A A. subclávia esquerda origina-se do arco
aórtico, 1cm distal à artéria carótida comum E, sobe
no mediastino superior e entra na raiz do pescoço
posterior à articulação esternoclavicular esquerda.
O seu trajeto inicial na região cervical dar-se
posteriormente à articulação esternoclavicular de
cada lado, tendo, inicialmente, um trajeto ascendente.
Curvam-se lateralmente sobre a 1ª costela, passando
posteriormente ao músculo escaleno anterior.
Passam a ter trajeto descendente em direção ao
terço médio da clavícula, para penetrar no canal
cérvico-axilar, com o nome de artéria axilar (passa
a chamar-se artéria axilar após ultrapassar a borda
externa da 1ª costela).
A artéria subclávia está dividia em três
porções em relação ao m. escaleno anterior:
1ª Porção: desde sua origem até a borda medial do músculo escaleno anterior. Tem como ramos principais:
Artéria vertebral: Sobe no espaço piramidal (bem do
ápice) entre os músculos escalenos (anterior) e longos
(longo do pescoço). Penetra nos forames
transversários de C6 até C1. Entram no crânio pelo
forame magno e se unem na margem inferior do tronco
encefálico para formar a artéria basilar.
Artéria torácica interna: Origina-se da face
anteroinferior da a. subclávia. Trajeto descendente em
direção ao tórax, para irrigar a parede torácica anterior.
Não emite ramos no pescoço.
Tronco tireocervical: Origina-se medialmente ao m.
escaleno anterior. Dá origem a três ramos: artéria
tireoide inferior, artéria supra-escapular e artéria
cervical transversa. Seus ramos terminais são: a A.
cervical ascendente e a própria A. tireóidea inferior.
o Artéria supra-escapular: geralmente é o
primeiro ramo do tronco tireocervical, com
trajeto lateral e posterior, passando então pela
incisura da escápula para suprir dos músculos
na região posterior desse osso.
o Artéria cervical transversa: Trajeto posterior passando sobre o assoalho do trígono lateral, passando
sobre os troncos do plexo braquial, emitindo dois ramos: um profundo (geralmente, representando a a.
dorsal da escápula) e um superficial. Envia ramos para músculos da região cervical lateral, para
músculos mediais da escápula e para o trapézio.
o Artéria cervical ascendente: Trajeto ascendente sobre o M. escaleno anterior, geralmente medial ao
nervo frênico, para suprir os músculos da parte superior do pescoço e do trígono lateral,
o Artéria tireóidea inferior: principal ramo do tronco tireocervical por ser a artéria visceral primária do
pescoço. Tem trajeto ascendente e medial em direção ao polo inferior da glândula tireoide.
3ª Porção: lateral ao músculo escaleno anterior, estendendo-se até a margem externa da 1ª costela.
Artéria dorsal da escápula: pode originar-se como ramo profundo da A. cervical transversa (tronco
tireocervical), podendo ser um ramo independente da 3ª porção da subclávia. Passa lateralmente através do
plexo braquial, anteriormente ao m. escaleno médio e aprofunda-se no m. levantador da escápula. Alcança a
escápula para suprir os m. romboides.
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OBS: A veia retromandibular é formada pela união da veia temporal superficial e veia maxilar. Seus ramos terminais
consistem em duas partes: anterior (drena para a veia facial, contribuindo na formação da veia jugular interna) e
posterior (contribui na formação da veia jugular externa). Ou seja, a divisão anterior da veia retromandibular desemboca
na veia facial, que por sua vez, desemboca na veia jugular interna; enquanto a divisão posterior, junto à veia auricular
posterior, originam a veia jugular externa.
VEIA SUBCLÁVIA
Continuação da veia axilar (origina-se na margem lateral da 1ª costela), une-se com a veia jugular interna para
formar a veia braquiocefálica.
OBS: O ângulo venoso é o ângulo formado na região de anastomose da VJI com a VSC, onde desembocam o ducto
torácico e o tronco linfático direito.
NERVO VAGO
É o X par de nervos cranianos. Surge no pescoço a partir do forame jugular, de onde passa a ter trajeto
descendente na bainha carotídea, posteriormente à artéria carótida comum e a veia jugular interna.
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NERVO FRÊNICO
Forma-se a partir de ramos de C3 a C5,
na margem lateral do músculo escaleno anterior,
com trajeto descendente sobre este, encoberto
pela veia jugular interna e M. ECM, para entrar no
tórax e suprir o músculo diafragma.
TRONCOS SIMPÁTICOS
Situam-se na região anterolateral a coluna vertebral. Diferentemente da porção torácica do tronco simpático, na
região cervical, ele está associado a três gânglios simpáticos cervicais:
Gânglio cervical superior: Situa-se ao nível de C1 e C2. Envia nervos para a carótida externa e interna.
Gânglio cervical médio: Situa-se na face anterior da artéria tireóidea inferior ao nível da cartilagem cricoide e
do processo transverso de C6, imediatamente anterior à artéria vertebral.
Gânglio cervical inferior: Funde-se com o 1º gânglio torácico para formar o grande gânglio cervicotorácico ou
gânglio estrelado, que se situa anteriormente ao processo transverso de C7, posteriormente à origem da artéria
vertebral.
OBS: Síndrome do desfiladeiro torácico: Síndrome neurovascular associada com compressão do plexo braquial,
artéria subclávia e veia subclávia na saída torácica superior. Pode resultar de uma variedade de anomalias, como
costela cervical (síndrome da costela cervical), bandas faciais anômalas e anormalidades da origem ou inserção dos
músculos escaleno médio ou
anterior. É comum também em
tumores que invadem a raiz do
pescoço (câncer de pulmão,
por exemplo, como o chamado
“tumor de Pancoast”). Os sinais
clínicos podem incluir dor na
região dos ombros e pescoço
que se irradia para o braço,
paresia ou paralisia dos
músculos enervados pelo plexo
braquial, parestesia, perda da
sensibilidade, redução dos
pulsos arteriais na extremidade
afetada, isquemia e edema.
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As vísceras do pescoço estão dispostas em três camadas, denominadas de acordo com a sua função primária.
Da região superficial para profunda, são elas:
1. Camada Endócrina: tireoide; paratireoides. São glândulas sem ductos que fazem parte do sistema
endócrino do corpo, sendo elas secretoras de hormônios (T3, T4, calcitonina; paratormônio).
2. Camada respiratória e fonação: laringe; traqueia. Têm como função: encaminhar o ar para o trato
respiratório; desviar o alimento para o esôfago; manter via aerífera aberta, com meios de fechá-la
temporariamente; e produzir a voz (fonação).
3. Camada alimentar: faringe; esôfago.
GLÂNDULA TIREOIDE
Situa-se profundamente aos músculos esternotireoideo e
esterno-hioideo, ao nível das vértebras C5 a T1. Consiste em dois
lobos (direito e esquerdo) e um istmo unindo-os.
Os lobos localizam-se ântero-lateralmente à laringe e
traqueia.
O istmo une os dois lobos anteriormente ao 2º e 3º anéis
da traqueia.
A tireoide é uma glândula altamente vascularizada, o que prova que sangramentos nesse nível são intensos. Ela
está envolta por uma fina cápsula fibrosa fixada à cartilagem cricoide e tireoide por tecido conectivo denso.
Superficialmente, encontra-se revestida pela camada visceral da lâmina pré-traqueal da fáscia cervical.
ARTÉRIAS DA TIREOIDE
A glândula, altamente vascularizada, é
suprida pelas artérias tireóideas superior e
inferior, situadas entre a cápsula fibrosa e a bainha
fascial frouxa (lâmina pré-traqueal).
Artéria tireóidea superior: ramo da artéria
carótida externa (primeiro de seus ramos),
descendo até os polos superiores da
glândula. Dividem-se em ramos anterior e
posterior que suprem a face anterossuperior
da glândula.
Artéria tireóidea inferior: são os maiores
ramos dos troncos tireocervicais (oriundos
da a. subclávia), que seguem supero-
medialmente para chegar à face posterior da
glandula, suprindo principalmente os pólos
inferiores.
Artéria tireóidea ima: é inconstante, tendo
uma frequência de 10% na população.
Origina-se do tronco braquiocefálico ou do
arco aórtico.
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VEIAS DA TIREOIDE
Três pares de veias geralmente formam um plexo venoso tireoide na superfície anterior da tireoide e da
traqueia.
V. tireóidea superior: acompanham as artérias tireóideas superiores e drenam para a veia jugular interna.
V. tireóidea média: seguem um trajeto paralelo às artérias tireóideas inferiores e drenam para a veia jugular
interna.
V. tireóidea inferior: geralmente, correm sozinhas ou com a artéria tireóidea ima. Drena para a veia
braquiocefálica, posteriormente ao manúbrio.
INERVAÇÃO DA TIREOIDE
Os nervos da tireoide são derivados de fibras vasomotoras dos gânglios simpáticos cervicais (superiores,
médios e inferiores). Eles chegam às vísceras através dos plexos cardíacos e periarteriais tireoideos. A secreção
endócrina da tireoide é controlada pela hipófise (por meio do hormônio TRH).
GLÂNDULAS PARATIREOIDES
Comumente são 4 (duas superiores e duas inferiores) localizadas posteriormente à
glândula tireoide. As superiores estão ao nível da margem inferior da cartilagem cricoide. As
inferiores, localizadas no polo inferior da glândula tireoide. Suas secreções estão relacionadas
ao metabolismo do cálcio.
LARINGE
Órgão complexo da fonação formado por 9 cartilagens interconectadas por membranas, ligamentos e
articulações sinoviais. Situa-se na parte anterior do pescoço ao nível de C3 a C6, presa ao osso hioide e à raiz da língua.
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ESQUELETO DA LARINGE
É formada por 3 cartilagens ímpares (tireóidea, cricoidea e epiglótica) e por 3 cartilagens pares (aritenoide,
corniculada e cuneiforme).
Cartilagem tireoide: Composta por duas lâminas que se fundem anteriormente no plano mediano, em seus 2/3
inferiores para formar a proeminência laríngea (cujo relevo é mais visível em homens). Têm-se como meios de
fixação dessa cartilagem:
o Membrana tireo-hioidea (fixação superior com o hioide): ligamento tireo-hioideo mediano e ligamentos
tireo-hioideos laterais.
o Articulação cricotireóidea (sinovial): entre corno inferior e face lateral da cartilagem cricoide.
Cartilagem cricoide: tem forma de anel, possuindo um arco anterior e uma lâmina posterior. É uma cartilagem
espessa e resistente, representando o único anel completo de cartilagem. Possui duas superfícies articulares:
duas inferiores para os cornos inferiores da cartilagem tireoide; e duas superiores para as cartilagens
aritenoides. Tem como meios de fixação:
o Ligamento cricotireoideo mediano: espessamento na membrana cricotireóidea que serve como fixação
superior com a margem da cartilagem tireóidea.
o Ligamento cricotraqueal: fixação inferior com o 1º anel traqueal.
OBS: O cone elástico é a parte inferior da parte membranácea da laringe. É uma estrutura formada pelo: ligamento
cricotireoideo mediano e lateral e pelo ligamento vocal (margem superior espessada do ligamento cricotireoideo).
OBS²: O ligamento vocal estende-se da junção das lâminas da cartilagem tireóidea ao processo vocal da aritenoide.
Corresponde à margem superior do ligamento cricotireoideo, sendo revestido pela prega vocal. É a vibração desse
ligamento que vai dar os sons das vogais na fonação.
Cartilagem aritenoidea: cartilagem com forma piramidal articulada com as faces articulares superiores da
cartilagem cricoide, na porção lateral da margem superior da lâmina da cartilagem cricoide. É constituída por:
Ápice (superiormente), Processo vocal (anteriormente) e pelo processo muscular (lateralmente).
o Ápice: sustenta a cartilagem corniculada
o Processo vocal: fixa o ligamento vocal e presta inserção ao músculo vocal.
o Processo muscular: fixa os músculos cricoaritenoideos posterior e lateral
o Articulações cricoaritenoides: articulação sinovial que permitem a mobilidade das aritenoides, importante
nos movimentos das pregas vocais.
Cartilagem epiglótica: única cartilagem da laringe do tipo elástica (o restante é do tipo hialina). Situa-se atrás
da raiz da língua e do osso hioide. Forma a margem superior e parede anterior do ádito da laringe. Sua
extremidade superior é livre e sua extremidade inferior é mais afilada (percíolo epiglótico) e está fixada ao ângulo
formado pelas lâminas da cartilagem tireoide pelo ligamento tireoepiglótico. Tem como meios de fixação:
o Ligamento tireoepiglótico: fixa às lâminas da cartilagem tireóidea.
o Ligamento hioepiglótico: fixa a face anterior ao hioide.
o Membrana quadrangular: fixa as faces laterais da cartilagem aritenoide. A partir dessa membrana, têm-
se a formação do: ligamento vestibular (margem livre inferior da membrana quadrangular); as pregas
vestibulares (estende-se da cartilagem tireóidea à aritenoidea, acima da prega vocal); ligamento
ariepiglótico (margem superior livre da membrana quadrangular) e prega ariepiglótica (contém as
cartilagens corniculadas e cuneiformes em sua região posterior).
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INERVAÇÃO DA LARINGE
A inervação dos músculos intrínsecos da laringe se dá por meio de ramos do nervo vago: o nervo laríngeo
recorrente (n. laríngeo inferior) inerva todos eles, exceto o M. cricotireoideo (este é inervado pelo nervo laríngeo
externo, ramo do nervo laríngeo superior).
Laríngeo superior: Ramo interno: sensitivo para região interna da laringe, superior as pregas vestibulares; Ramo
externo: inerva o músculo cricotireoideo
Laríngeo inferior: Continuação do nervo laríngeo recorrente (nervo motor da laringe)
OBS: Compressões no nevo laríngeo recorrente (como por exemplo, pelo arco aórtico no tórax, por meio de uma
dilatação) causa rouquidão devido a prejuízos motores dos músculos intrínsecos da laringe.
VASOS DA LARINGE
Artérias:
Laríngea superior: ramo da a. tireóidea superior (carótida externa).
Laríngea inferior: ramo da a. tireóidea inferior (tronco tireocervical).
Veias:
Laríngea superior: drena para a veia tireóidea superior e dela, para a veia jugular interna.
Laríngea inferior: drena para a veia tireóidea inferior e dela, para a v. braquiocefálica.
TRAQUEIA
A traqueia é um tubo fibrocartilagíneo sustentado por anéis
incompletos que matem a sua luz sempre aberta. Tem diâmetro de 2,5cm e
comprimento 11 cm. Inicia-se ao nível de C6 na extremidade inferior da
laringe e termina ao nível do ângulo esternal ou T4/T5 dividindo-se em
brônquios principais D e E. Seus principais componentes são:
Anéis traqueais
Ligamento anular da traqueia (entre os anéis)
Parede membranácea (posterior) com o músculo traqueal
RELAÇÕES DA TRAQUEIA
Anteriores: Istmo da Gl. tireoide, Arco venoso jugular, M.
esternotireoideo e esterno-hioideo.
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Laterais: Artérias carótida comum, Lobos da Gl. tireoide e Nervos laríngeos recorrentes no sulco
traqueoesofágico.
Posteriores: Esôfago.
ARTÉRIAS DA TRAQUEIA
Artérias que suprem a traqueia são derivadas de ramos viscerais das artérias tireóideas inferiores.
INERVAÇÃO DA TRAQUEIA
A inervação é feita tanto por ramos simpáticos (gânglios cervicais) quanto parasimpáticos.
FARINGE
É um tubo comum aos sistemas digestório e respiratório, que vai da base crânio à margem inferior da cartilagem
cricoide, iniciando o canal alimentar. Está divida em três partes: Naso-faringe, Oro-faringe e Laringo-faringe.
NASOFARINGE
Situada acima do palato mole, é a extensão posterior das cavidades nasais, através das coanas. Nela, podem
ser encontradas:
Tonsila faríngea (adenoide)
Prega salpingofaríngea e músculo salpingofaríngeo.
Recesso faríngeo
ORO-FARINGE
Estende-se do palato mole até a epiglote. Anteriormente comunica-se com a cavidade oral; Inferiormente: Base
da lingual e Epiglote; Superiormente: Palato mole; e Lateralmente: Arco palatoglosso, Arco palatofaríngeo, Tonsila
palatina (amígdala).
A orofaringe recebe o bolo alimentar da cavidade oral e o direciona para a laringofaringe para realizar a
deglutição em três estágios:
1° estágio: músculos da língua e palato mole impulsionam o bolo alimentar para a orofaringe
2° estágio: elevação do palato mole; elevação da laringe e encurtamento da faringe (músculos supra-hioideos e
longitudinais da faringe).
3° estágio: músculos constrictores da faringe impulsionam o bolo alimentar para o esôfago.
LARINGOFARINGE
Localiza-se posteriormente à laringe (nível de C4 a C6), comunicando-se com o ádito da laringe. Estende-se da
margem superior da epiglote e pregas faringoepiglóticas até a margem inferior da cartilagem cricoide, onde se continua
como esôfago.
Suas paredes póstero-laterais são constituidas por músculos constrictores médio e inferior e pela fáscia
bucofaríngea (continuação da lâmina pré-traqueal posteriormente). Internamente, estão situados na faringe os
músculos palatofaríngeo e estilofaríngeo.
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OBS: Recesso piriforme: pequena depressão lateralmente ao ádito da laringe, limitada pela cartilagem tireóidea e
membrana tireohioidea.
MÚSCULOS DA FARINGE
Camada circular externa:
Constrictor superior da faringe
Constrictor médio da faringe
Constrictor inferior da faringe
Camada longitudinal interna
Músculo palatofaríngeo
Músculo estilofaríngeo
Músculo salpingofaríngeo
4. M. salpingofaríngeo
Origem: tuba auditiva
Inserção: funde-se com o M. Palatofaríngeo
Inervação: Nervo acessório via ramo faríngeo do nervo vago e Plexo faríngeo
Ação: Elevam a faringe e laringe durante a deglutição e fonação, ou seja, encurtam e alargam.
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5. M. palatofaríngeo
Origem: palato duro e aponeurose palatina
Inserção: Margem posterior da cartilagem tireóidea; Face lateral da faringe e esôfago
Inervação: Nervo acessório via ramo faríngeo do nervo vago e Plexo faríngeo.
Ação: Elevam a faringe e laringe durante a deglutição e fonação, ou seja, encurtam e alargam.
6. M. estilofaríngeo
Origem: processo estiloide do temporal
Inserção: Margem posterior e superior da lâmina da cartilagem tireóidea; Funde-se com o M.
Palatofaríngeo
Inervação: Nervo glossofaríngeo (IX par craniano)
Ação: Elevam a faringe e laringe durante a deglutição e fonação, ou seja, encurtam e alargam.
VASOS DA FARINGE
Irrigação arterial: um ramo da artéria facial, a artéria tonsilar atravessa o músculo constritor superior e entra
no pólo inferior da tonsila. A tonsila também recebe brotos arteriais das artérias palatinas ascendente, artéria
lingual e palatina descendente. Além delas, recebe irrigação da artéria faríngea ascendente (ramo da
carótida externa).
Drenagem venosa: a grande veia palatina externa desce do palato mole e passa perto da superfície lateral da
tonsila antes de entrar no plexo venoso faríngeo.
NERVOS DA FARINGE
A inervação da faringe é realizada pelo plexo faríngeo, de modo que suas
fibras motoras e sensitivas são destinadas à inervação dos músculos acima citados e
suas fibras sensitivas são provenientes do nervo glossofaríngeo (para as três partes da
faringe) e do nervo maxilar (para a mucosa da porção anterossuperior da nasofaringe).
ESÔFAGO
Tubo muscular contínuo com a laringofaringe, ao nível de C6, que se estende pelo pescoço, tórax até alcançar o
abdome. Possui musculatura voluntária no 1/3 superior. No pescoço, situa-se entre a traqueia e a coluna cervical, na
linha mediana. Tem trajeto para a esquerda à medida que desce no tórax.
RELAÇÕES DO ESÔFAGO
Anteriormente: traqueia.
Lateralmente: bainha carótica; Nervo laríngeo recorrente no sulco traqueoesofágico; lobos da glândula tireoide.
Posteriormente: vértebras cervicais.
VASOS DO ESÔFAGO
Irrigação arterial: Artérias tireóideas inferiores.
Drenagem venosa: Veias tireóideas inferiores.
Vasos linfáticos drenam para: linfonodos paratraqueais e linfonodos cervicais profundos inferiores.
NERVOS DO ESÔFAGO
Fibras somáticas: nervos laríngeos recorrentes.
Fibras vasomotoras: troncos simpáticos cervicais.
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