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GUIA PARA CERTIFICAÇÃO DE

APARELHOS DE CARGA

SEÇÃO 1 - GUINDASTES

CAPÍTULOS

A ABORDAGEM

B DOCUMENTOS, REGULAMENTAÇÃO
E NORMAS

C MATERIAIS E MÃO-DE-OBRA

D REQUISITOS DE PROJETO POR SISTEMAS

E INSTALAÇÕES DE MAQUINARIA, ELETRICI-


DADE E SISTEMAS DE COMANDO E SEGU-
RANÇA

T INSPEÇÕES E TESTES

APÊNDICES

APÊNDICE 1 DIMENSIONAMENTO DE ACES-


SÓRIOS FIXOS

APÊNDICE 2 NOMENCLATURA DE SISTEMAS


COM PAUS DE CARGA (INGLÊS
E PORTUGUÊS)

APÊNDICE 3 PEDESTAL DE GUINDASTE


REGISTRO BRASILEIRO Guia para certificação de aparelhos de carga CAPÍTULOS - A- T
de navios e aeronaves

CAPÍTULO A - plano estrutural do mastro, postes e brandais;


ABORDAGEM - plano estrutural dos paus de carga incluindo os acessórios
do laís e do garlindéu;
CONTEÚDO DO CAPÍTULO - detalhes da braçadeira e mancal do garlindéu, pino do
garlindéu, olhais dos guardins, e fixações semelhantes;
A1. APLICAÇÃO Nota: quando for apresentada uma lista de padrões
internacionais ou nacionais apropriados para o em-
prego dos acessórios, será exigida somente uma lis-
tagem especificando o material, carga máxima de
A1. APLICAÇÃO trabalho SWL e os padrões segundo os quais os
acessórios foram fabricados;
100. Natureza dos sistemas - a especificação dos aços empregados indicando o grau,
consumíveis de solda e tipo e dimensões das soldas empre-
101. Esta seção se aplica a equipamentos tais como: gadas nos mastros, paus de carga e fixações associadas;
- os cálculos de resistência e estabilidade para mastros,
- paus de carga e guinchos com pau de carga postes, brandais e paus de carga.
- guindastes rotativos com pedestal - listagem dos cabos de aço e cabos de fibra fornecendo o
- aparelhos para carga pesada diâmetro, construção, acabamento e cargas de ruptura cer-
- pórticos de carga tificadas.
- ―A‖ frames
- carregador / descarregador 102. Para aparelhos utilizando guindastes os seguintes
- elevadores de bordo planos e documentos devem ser submetidos para aprova-
- rampas de proa ou de popa ção:
- plataformas móveis
- arranjo geral do guindaste incluindo especificação dos
instalados a bordo de navios, balsas, plataformas, operando parâmetros principais de operação;
em portos, em vias de navegação interior ou mar aberto. - análise de forças para o sistema do guindaste;
- o arranjo dos mecanismos de içamento da carga, içamen-
to da lança e giro, incluindo o arranjo e funções de prote-
ções contra sobrecarga e as várias chaves limitadoras;
CAPÍTULO B - o cálculo de resistência dos principais itens indicando
DOCUMENTOS, REGULAMENTAÇÃO E NORMAS claramente as hipóteses de projeto, critérios operacionais,
capacidade nominal, centros de gravidade das partes do
CONTEÚDO DO CAPÍTULO guindaste, e quais os padrões utilizados no cálculo;
- cálculo de estabilidade do guindaste;
B1. DOCUMENTAÇÃO PARA O RBNA - planos estruturais de todos os componentes incluindo a
lança,m torre, plataforma, pórtico, anel de giro, pedestais,
B2. REGULAMENTAÇÃO trilhos, arranjo de peação quando em repouso e as estrutu-
ras associadas, fornecendo escantilhões e grau do aço em-
B3. NORMAS pregado, consumíveis de solda e tipo e dimensões das sol-
das;
- detalhes de catarinas, patescas, eixos, pinos de giro, ro-
das, balanças de carga, anel de giro, parafusos de fixação
B1. DOCUMENTAÇÃO PARA O RBNA do anel de giro e itens semelhantes, fornecendo a especifi-
cação e grau do aço empregado;
100. Sistema de manuseio de carga ou de serviço para
equipamentos novos Os seguintes planos devem ser apresentados para informa-
ção:
101. Para aparelhos utilizando guinchos e paus de car-
ga os seguintes planos e documentos devem ser submeti- - detalhes de gatos de carga, torneis, vigas e balanças de
dos para aprovação: carga e outros itens do poleame e acessórios, indicando o
material, carga máxima de trabalho SWL, testes de carga e
- arranjo do aparelho de carga mostrando a posição dos o padrão segundo os quais foram fabricados;
guinchos, paus de carga, paus de carga para carga pesada, - listagem dos cabos de aço e cabos de fibra fornecendo o
puas de carga operando em tandem e a posição dos itens diâmetro, construção, acabamento e cargas de ruptura cer-
individuais do poleame e acessórios; tificadas.
- diagrama de forças, sendo que no caso de paus de carga
em tandem indicação do raio de ação e especificações dos 103. Para elevadores de carga e rampas os seguintes
sistema; planos e documentos devem ser submetidos para aprova-
- diagrama de esforços transmitidos ao casco pelos elemen- ção:
tos do sistema;
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- especificações de projeto incluindo os materiais a serem 101. Os desenhos e manuais apresentados deverão estar em
utilizados; conformidade com estas Regras. A eficiência do equipa-
- planos estruturais principais; mento e dos componentes intercambiáveis a serem testados
- detalhes de polias e suportes; são de responsabilidade do fabricante, e serão verificados
- cálculos indicando claramente as capacidades, carga de por ocasião dos testes.
veículos;
- cálculo indicando claramente as capacidades, carga de 102. Um diagrama mostrando o arranjo do sistema mon-
veículos, centro das rodas, impressão de pneus, faixa e tado e especificando a carga de trabalho SWL para cada
ângulos de operação, pesos e centros de gravidade das componente deve ser submetido para análise. Uma cópia
partes componentes; aprovada desse diagrama deve ser incluída no Registro de
- arranjos do enrolamento de cabos nos tambores Aparelhos de Carga e deve estar permanentemente dispo-
- dimensões, construção, acabamento e carga de ruptura nível para consulta a bordo do navio.
certificada dos cabos de aço e correntes;
- arranjo típico, incluindo detalhes construtivos do carro do 200. Sistema de manuseio de carga ou de serviço para
elevador e trilhos-guia, onde aplicável; equipamentos existentes
- acessos típicos, onde aplicável;
- especificação dos testes contra incêndio das portas do 201. A emissão de certificados para aparelhos de carga
carro e acessos do poço, incluindo dispositivos de segu- de navios existentes que não tenham sido classificados de
rança onde aplicável; acordo com as Regras do RBNA será feita mediante inspe-
- arranjo e detalhes do poço elevador, incluindo dispositi- ções do aparelho por oficina qualificada, preferencialmente
vos de segurança, onde aplicável; autorizada pelo fabricante do guindaste, acompanhada por
inspetor qualificado do RBNA. Toda a documentação des-
104. Os seguintes planos e documentos referentes à ma- crita no parágrafo A3.200 acima deverá ser submetida para
quinaria, sistemas elétricos e de controle devem ser subme- aprovação.
tidos para aprovação:
202. Caso a documentação não esteja disponível, nova
- arranjo geral da cabine e/ou estações de controle; documentação deve ser preparada com base em medidas
- arranjo do quadro de força com os diagramas dos circui- realizadas a bordo na presença de vistoriador do RBNA. O
tos; Escritório Central do RBNA irá decidir caso a caso quais
- diagramas dos circuitos elétricos indicando as especifica- documentos poderão ser dispensados.
ções dos equipamentos e cabos, grau de isolamento, cor-
rente nominal, tipos das diversas proteções elétricas e sua 203. A carga SWL será em cada caso determinada pelo
capacidade nominal e fabricantes; RBNA.
- cálculos da corrente de curto circuito para a barra dos
quadros principais e auxiliares e a saída dos transformado-
res;
- diagrama esquemático dos circuitos de controle, intertra- B2. REGULAMENTAÇÃO
vamentos e sistemas de alarme para alimentação hidráuli-
ca, pneumática e/ou elétrica; 100. Aplicação
- detalhes dos dispositivos de segurança, incluindo disposi-
tivos de segurança e travamento; 101. Em navios de bandeira brasileira é aplicada a NOR-
- especificação dos cilindros hidráulicos e sistemas opera- MAM 01 no que se refere aos navios portadores dos equi-
cionais, quando aplicável. pamentos abordados nesta Seção.

105. Os seguintes planos e documentos referentes à ma-


quinaria, sistemas elétricos e de controle devem ser subme-
tidos para informação: B3. NORMAS

- especificação de operação e aplicação; 100. Normas industriais


- arranjo geral do compartimento do motor incluindo as
unidades de potencia; 101. Quando não houver prescrições específicas nas Re-
- arranjo geral dos dispositivos de elevação da carga, ele- gras para os diversos sistemas, é verificado o atendimento
vação da lança, giro e deslocamento juntamente com as às normas industriais aplicáveis.
instruções técnicas;
102. Os aparelhos de carga devem atender a normas na-
106. Os planos dos reforços estruturais das bases do apa- cionais e internacionais em vigor, entre as quais:
relho de carga e sua fixação ao casco
ABNT
NBR 10014 – Moitão e cadernal de aço para movimenta-
ção de carga em embarcações

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NBR 10015 – Moitão e cadernal de aço para movimenta- Isto pode resultar em danos ao cabo de carga ou mesmo a
ção de carga em embarcações – ensaio de carga quebra da lança, e por isso é definido um ângulo máximo
NBR 10070 – Ganchos – haste forjados para equipamentos de balanço.
de cargas – dimensionamento e propriedades mecânicas
NBR 13129 – Cálculo de carga do vento em guindastes Aparelho de carga todo sistema constituído por paus de
NBR 13541 – Movimentação de carga – cabo de aço - es- carga, guindastes, elevadores e rampas instalados a bordo
pecificações de navios ou plataforma offshore com o objetivo de manu-
NBRISO167 – Anel de carga grau 8 para uso em lingas sear ou transferir cargas suspensas na vertical, que podem
NBR 13543 – laço de cabo de aço – utilização e inspeção ser carga geral, equipamentos, mercadorias ou pessoas.
NBR 13544 – sapatilha para cabo de aço
NBR 13545 – manilhas Brandais são os cabos que agüentam a mastreação para as
NBR 8400 – cálculo de equipamentos de levantamento e bordas do navio.
movimentação de carga
NBRISO 2408 – cabos de aço para uso geral Cábrea embarcação constituída por flutuantes ou barcaças
NBRISO 3076 – correntes de elos curtos para elevação de que servem de base a guindastes ou outros aparelhos de
carga. içamento de carga, com ou sem propulsão.
NR do Ministério do Trabalho:
NR 29 – Norma reguladora da segurança e saúde no traba- Cadernal: dispositivo constituído basicamente de uma
lho portuário caixa dentro da qual trabalham mais que uma polia.
NR 11 – Transporte, movimentação, manuseio e armaze-
namento de materiais Cargas mortas (dead load) WT: são as forças-pêso exer-
ILO cidas por todos os membros estruturais fixos e móveis
ILO C32 e ILO C152 – Occupational safety and health permanentemente presentes na operação.
(Dock workers), Recomendação 160
Carga máxima de trabalho (CMT) – ver SWL

Carga operacional é a soma da capacidade SWL do sis-


B4. DEFINIÇÕES tema com quaisquer outros componentes que estejam dire-
tamente conectados à carga e que sofram a mesma movi-
100. Termos aqui utilizados. mentação que esta.

Alcance: é a distância horizontal do ponto de engate da Chapas de aço de qualidade Z normalmente especifica-
carta ao ponto de fixação da lança, ou ao eixo de rotação das para aplicações críticas em estruturas tais como flanges
de guindastes simples ou duplos, quando o navio estiver e plataformas oceânicas.
nivelado. No caso de lanças móveis o alcance é definido
especificando-se o ângulo de inclinação da lança em rela- Significa um aço de baixo teor de carbono com teste de
ção à horizontal. Devem ser especificados os alcances dutilidade na direção do eixo ―z‖ da chapa, ao invés de
máximo e mínimo. teste no sentido longitudinal e/ou transversal.

Amantilho - sistema de cabos que dá a variação de ângulo Também chamada chapa ―TTT‖ é normalmente especifi-
da lança ou pau de carga com a horizontal. cada quando existem cargas pesadas perpendiculares à
superfície da chapa.
Anel de carga –
a. principal - anel superior de uma linga através do qual As chapas para teste Z normalmente têm espessuras entre
esta é fichada ao gato de um guindaste ou outro equipa- 16 mm e 75m, e durante a laminação sofrem redução mí-
mento de elevação de carga nima de 3:1, o que significa que um lingote de 230 mm
b. intermediário – usado para conectar uma ou duas pernas fornecerá uma chapa de espessura no máximo 75 mm.
de uma linga ao anel de carga principal
c. conjunto de anel de carga – constituído de um anel de Componente – Partes / membros fixos ao sistema tais co-
carga principal e dois anéis de carga intermediários. mo lanças, mastros, garlindéu, polias embutidas, etc.

Ângulo máximo de balanço é o ângulo a partir do qual o Condições normais de serviço são as condições nas quais
cabo de carga pula fora do goivo da polia na cabeça da foi determinada sua capacidade SWL e que inclui as se-
lança do guindaste. guintes condições:
a. O ângulo de banda não deve exceder 5°
Um guindaste pode suportar pequenos desvios de sua posi- b. O ângulo de trim não deve exceder 2°
ção estática, mas uma vez que exista um balanço a carga c. Operação no porto
não estará mais alinhada com a lança. d. Velocidade máxima do vento 20 m/s
e. Pressão máxima do vento 250 Pa
f. Movimentação independente de fatores restritivos
externos
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g. A natureza da operação de carga quanto a fre- Inspeção externa consiste em uma inspeção visual para
qüência e características dinâmicas deve ser com- verificar se existe deformação dos componentes ou outros
patível com o fator de carga previsto nas Regras defeitos tais como desgaste por corrosão.

Condições específicas de serviço são condições que ex- Laís – seção da ponta do pau de carga oposta ao garlindéu.
cedem as condições normais de serviço e para as quais as
seguintes condições são aplicáveis: Linga comumente chamada ―lingada‖ é um conjunto cons-
tituído por corrente, cabo de aço ou cinta têxtil, conectado
a. Condições de banda e trim excedendo as da con- a terminais superiores e inferiores, apropriado para acoplar
dição normal de serviço (ver Tabela T.D2.303.1) carga ao gato de um guindaste ou outro equipamento de
b. Operação em águas desprotegidas, ou seja, em re- movimentação de carga.
giões em que um estado de mar pode ocorrer que
provoque movimentos apreciáveis na estrutura Massame é o conjunto de cabos do aparelho de carga, tais
flutuante como cabo de carga, amantilhos, guardins, etc.
c. Velocidade máxima do vento maior que 20 m/s
d. Pressão máxima do vento maior que 250 Pa Moitão: dispositivo constituído por uma caixa dentro da
e. A carga não está em repouso no início da opera- qual trabalha uma única polia.
ção de carga
f. A movimentação de carga está sujeita a fatores Não conformidade – o não cumprimento de um regula-
restritivos externos mento especificado e/ou um ponto fraco detectado que, se
g. A natureza da operação de carga quanto a fre- não for corrigido, resultará na degradação da qualidade do
qüência e características dinâmicas não é compa- produto ou serviço ou que tenha impacto negativo no meio
tível com o fator de carga previsto nas Regras ambiente

Elementos da estrutura primária para efeito deste capí- Moitão móvel é um moitão de projeto especial que é utili-
tulo, elementos da estrutura primária são definidos como zado para ―pegar‖ cargas ou âncoras, e é projetada de for-
sendo: ma que a lateral da caixa pode ser aberta para facilitar a
- Lança ou pau de carga inserção de um laço de cabo sem ter que remover a carga.
- Mastro ―A‖, mastro ou pórtico
- Base do guindaste Movimentos do navio
- Vigas de carga Avanço (surge) – deslocamento longitudinal (eixo
- Olhais e borboletas x) do navio
- Mecanismo de giro Deriva (sway) – deslocamento transversal (eixo y)
- Pinos do navio em paralelo a sua linha de centro

Guardins - sistema de cabos que dá o movimento à lança Afundamento (heave)– movimento vertical (eixo z)
ou pau de carga para o giro horizontal. do navio

Guindaste de bordo é um dispositivo de elevação de car- Jogo (roll) - movimento angular do navio em torno
gas montado em navios de superfície destinados a movi- do eixo x (balanço lateral)
mentar cargas, caçambas, cofres de carga (containers) o
outros materiais quando o navio estiver em um porto ou Arfagem (pitch) – movimento angular do navio em
área abrigada, por meio de um único operador que pode torno do eixo y (também chamado caturro)
realizar as manobras de giro, içamento da carga e elevação
da lança. Guinada (yaw) – movimento angular do navio em
torno do eixo z
Guindastes de grande porte aqueles cuja capacidade de
carga SWL é maior que 98 kN Paus de carga em tandem em inglês ―union purchase”
são paus de carga possuindo dois postes (em inglês “king-
Guindastes de pequeno porte aqueles cuja capacidade de posts”) ou ―pescadores‖ e aparelhados de tal forma que
carga SWL é inferior a 98 kN trabalham ambos com o mesmo gato de carga.

Inspeção visual significa uma inspeção visual detalhada Quando os paus de carga são instalados aos pares há so-
por vistoriador qualificado suplementada caso necessário mente os guardins externos que se amarram às bordas,
por outros meios de inspeção com o objetivo de chegar a sendo os internos substituídos por um cabo também cha-
uma conclusão confiável quanto à segurança do aparelho mado ―teque‖
de carga ou do massame e poleame inspecionados.
Para essa inspeção, os componentes ou partes poderão ser
desmontados caso julgado necessário.

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Tensão de projeto é a máxima tensão permitida pelas Re-


gras quando o aparelho estiver içando uma carga corres-
pondente à sua capacidade SWL somada ao esforços late-
rais e de vento especificados.

Tonelada
1 kN = 1000 N = 0,98 toneladas métricas
1 Ltf (long ton) = 2240 lbf

As figuras F.B4.100.1 a F.B4.100.6 mostram os diversos


tipos de guindastes, pórticos, mastros ―A‖ e cábreas, e a
tabela T.B4.100.1 traz a nomenclatura dos diversos com-
ponentes.

Poleame e acessórios (loose gear) acessórios que não es-


tão permanentemente fixados ao aparelho de carga, como
por exemplo:
- correntes
- anéis
- placas triangulares
- gatos
- moitões e cadernais
- manilhas
- tornéis

Os seguintes itens também são considerados como com-


ponentes auxiliares:

- balanças de carga
- spreaders

SWL - Safe working load ou CMT – carga útil de tra-


balho
a. Safe Working Load (SWL, Carga Máxima de Trabalho)
é a máxima carga estática a que um sistema pode ser sub-
metido nas condições para as quais foi certificado

b. Safe Working Load do poleame e acessórios é a carga


máxima para a qual o componente foi certificado e testado,
e que não pode ser inferior à máxima carga suportada pelo
sistema.

O peso de quaisquer polias ou acessórios empregados fa-


zem parte do SWL.

Quando o equipamento utilizar uma caçamba (grab) a letra


―G‖ deve ser adicionada ao símbolo ―SWL‖.

Sapatilho: acessório de cabo de aço em forma de gota,


com seção em meia cana, utilizado para proteção do olhal
do cabo de aço.

Temperatura de operação de projeto é a mínima tempe-


ratura esperada na região em que o guindaste vai operar tal
como definida pelo armador, fabricante do guindaste ou
estaleiro.
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TABELA T.B4.100.1 TRAZ A NOMENCLATURA DOS DIVERSOS COMPONENTES


No. Componente Tipo de guindaste (ver figura 1)
A B C D E
1 Viga principal da lança - - X X X
Boom chord
2 Lança telescópica - X - - -
Boom extension
3 Pino do gralindéu X X X X X
Boom foot pin
4 Mecanismo de elevação da lança X X X X X
Boom hoist mechanism
5 Cabo de içamento da lança (amantilho) - - X X X
Boom hoist wire rope
6 Vigas de contraventamento da lança - - X X X
Boom lacing
7 Cilindro hidráulico de elevação da lança X - - -
Boom lift cylinder
8 Conjunto de polia da extremidade (laís) da lança X X X X X
Boom point sheave assembly or boom head
9 Seção da lança, intermediária - - X X X
Boom section, insert
10 Seção inferior da lança X X X X X
Boom section, lower, base or butt
11 Seção superior da lança X X X X X
Boom section, upper, point or tip
12 Separador da lança X - X X X
Boom splice
13 Calço de limite da lança - - X X X
Boom stop
14 Extensão da ponta da lança X X X X X
Boom tip extension or jib
15 Cabine de controle - X X X X
Cab
16 Contrapeso - - - X -
Conterweight
17 Cabresto - - - X X
Floating harness or briddle
18 Pórtico, Mastro ou “A-frame” - - X X X
Gantry, mast or A-frame
19 Bloco do gato de carga X X X X X
Hook block
20 Poste lateral (pescador) ou central - - - - X
Kong post or center post
21 Tambor principal do cabo de carga X X - - -
Main hoist drum
22 Cabo de carga X X X X X
Main hoist rope (cargo runner)
23 Bola de contrapeso X X X X X
Overhaul ball
24 Pedestal X X X X X
Pedestal
25 Amantilho - - - X X
Pendant line
26 Conjunto do anel de giro X X X X -
Swing circle assembly
27 Cabo ou tambor auxiliar de içamento X X - - X
Whip line or auxiliary hoist drum
28 Cabo auxiliar de içamento X X X X X
Whip line or auxiliary hoist rope
7
FIGURA F.B4.100.1
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FIGURA F.B4.100.2

9
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FIGURA F.B4.100.3

10
FIGURA F.B4.100.4

FIGURA F.B4.100.5
FIGURA F.B4.100.6

CAPÍTULO C 103. Todos os materiais devem ser testados na presença


MATERIAIS E MÃO-DE-OBRA de vistoriador do RBNA em conformidade com as respec-
tivas especificações.
CONTEÚDO DO CAPÍTULO
200. Aços laminados para estrutura
C1. AÇOS E MATERIAIS LAMINADOS
PARA ESTRUTURA 201. Os aços laminados utilizados para pedestais e colu-
nas mestras (king posts) devem estar em conformidade
C2. FORJADOS PARA ESTRUTURA com a tabela T.C1.102.1

C3. FUNDIDOS PARA ESTRUTURA TABELA T.C1.102.1 - GRAU DO AÇO


Temperatura de serviço (projeto)
C4. CABOS DE AÇO E ACESSÓRIOS Espessura 0°C -10°C -20°C -30°C -40°C
(mm)
< 12,5 A, AH A, AH A, AH A, AH B, AH
C5. POLEAME 12,5 < t ≤ 20 A, AH A, AH A, AH B, AH D, DH
20 < t ≤ 25 A, AH A, AH B, AH D, DH D, DH
C6. OUTROS MATERIAIS 25 < t ≤ 30 A, AH A, AH D, DH D, DH E, EH

C7. SOLDAGEM
30 < t ≤ 35 A, AH B, AH D, DH D, DH E, EH
35< t ≤ 40 A, AH D, DH D, DH D, DH E, EH
C8 MÃO-DE-OBRA 40 < t B,AH D, DH D, DH D, DH E, EH

203. O aço de alta resistência para aplicação estrutural


C1. MATERIAIS PARA ESTRUTURA deve ser suprido em quarto graus de resistência,: 27S, 32,
36 e 40.
100. Geral
204. A resistência requerida no teste de impacto é desig-
101. Os materiais estruturais devem ser adequados para nada subdividindo os níveis de resistência nos graus AH,
as condições de serviço desejadas. Devem ser de boa qua- DH, EH e FH.
lidade, livres de defeitos e com características satisfatórias
de dureza, limite de escoamento e ruptura, e, onde apropri- 205. Para designar plenamente um açode alta resistência
ado, soldabilidade e capacidade de suportar a carga na di- e suas propriedades mecânicas deve ser informada a letra
reção da espessura. do grau e o número do nível de resistência, isto é, AH32
ou FH40, por exemplo.
102. Todos os materiais afetando a resistência e durabi-
lidade do equipamento, poleame e acessórios deve possuir 206. Os requisitos deste capítulo são aplicáveis a cha-
propriedades em conformidade com A Parte 5 destas Re- pas, barras chatas, perfis não excedendo os limites de es-
gras com os requisitos adicionais do presente capítulo. pessura determinados pela tabela T.C1.102.2.
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Designação Espessura máxima em


mm
do aço
Chapas e Barras
barras largas chatas e
perfis
AH27S DH27S EH27S EH27S

AH32 DH32 EH32 FH32


100 50
AH36 DH36 EH36 FH36

AH40 DH40 EH40 FH40


TABELA T.C1.102.2. – ESPESSURA MÁXIMA DE
CHAPAS E PERFIS

Para espessuras maiores, variações nos requisitos podem


ser permitidas ou requeridas para aplicações particulares,
mas não será permitida redução do valor da energia de
impacto.

204. Ver tabela T.C1.102.3 para a composição química


e características dos aços de alta resistência grau A, B, D E
para aplicação estrutural.

205. Ver tabela T.C1.102.4 para composição química e


T.C1.102.5 para a propriedades mecânicas dos aços de
alta resistência grau A, B, D E para aplicação estrutural.

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TABELA T.C1.102.3
REQUISITOS PARA AÇO DE RESISTÊNCIA ESTRUTURAL NORMAL
CHAPAS GROSSAS DE AÇO LAMINADAS DE RESISTÊNCIA NORMAL PARA APLICAÇÃO ESTRUTURAL
Aço Estrutural Naval Aço Estrutural
GRAU A B D E 440 / 550 (8)
Oxigênio Básico e fornos Sie- Oxigênio Básico e fornos Si- Oxigênio Básico em fornos Sie- Oxigênio Básico em fornos Siemens Oxigênio Básico em fornos Sie-
Processo de Fabricação
mens Martin ou elétrico emens Martin ou elétrico mens Martin ou elétrico Martin ou elétrico mens Martin ou elétrico
Qualquer método, exceto aço Qualquer método, exceto aço Totalmente acalmado, processo de Totalmente acalmado, processo de Qualquer método, exceto aço
Método de Desoxidação
efervescente para E  12, 5 mm efervescente. refinamento de grão com alumínio refinamento de grão com alumínio efervescente para E  12, 5 mm
Carbono ( máx ) 0, 21 (1) 0, 21 0, 21 0, 18 0, 25
Composição Química ( % )

Manganês ( máx )  2, 50 C 0, 80 ( 2 )  0, 60  0, 70 0, 80 - 1,20 19  E  38


Enxofre ( máx ) 0, 040 0, 040 0, 040 0, 040 0, 050

Fósforo ( máx ) 0, 040 0, 040 0, 040 0, 040 0, 040

Silício ( máx ) - 0, 35 0, 10 - 0, 35 0, 10 - 0, 35 -

Outros C + Mn / 6  0, 40 C + Mn / 6  0, 40 C + Mn / 6  0, 40 Al  0, 015 C + Mn / 6  0, 40 Cu  0, 20 (9
)
E  25 - Nenhum (3)
Todas as espessuras Todas as espessuras Todas as espessuras Todas as espessuras
Condições de Fornecimento E  25 - N TC
Nenhum Nenhum N TC Nenhum
E  35 - N TC (4)
Resistência a Tração ( N/ mm2 ) 400 - 520 400 - 520 400 - 520 400 - 520 400 - 550
Limite de Escoamento ( N / mm2 ) 235 mín (5) 235 mín 235 mín 235 mín  250
Propriedades Mecânicas

Alongamento em 5, 65  S0 ( % )  21 (6)  21 (6)  21 (  21 (  18


6) 6)
Temperatura ( C ) 20 0 (7) - 10 - 40 Dobramento Guiado ( 10 )
Teste de Impacto
entalhe em V Espessura ( mm)  50  50  50 E -
tipo Charpy
E  50 27
( longitudinal ) Energia Média
mín. ( J ) 27 27 27 E  50  70 34 -
E  70  100 41

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TABELA T.C1.102.3
REQUISITOS PARA AÇO DE RESISTÊNCIA ESTRUTURAL NORMAL
CHAPAS GROSSAS DE AÇO LAMINADAS DE RESISTÊNCIA NORMAL PARA APLICAÇÃO ESTRUTURAL

NOTAS:

( 1 ) O teor máximo de carbono de 0, 26 % será permitido para chapas do Grau A de espessura  12, 50 mm e perfis de todas as espessuras.
( 2 ) Será permitido que o teor de Mn seja excedido até um máximo de 1, 65 %, desde que a relação C + Mn/ 6  0, 40 seja mantido.
( 3 ) N - Normalizado; TC - Temperatura Controlada na laminação;
( 4 ) Perfis de Grau D poderão ser fornecidos na condição laminado, desde que resultados satisfatórios sejam obtidos no ensaio de impacto Charpy V;
( 5 ) Para Grau A com espessura  25, 40 mm o limite de escoamento será  220 N / mm2;
( 6 ) Quando são utilizados corpos de prova de tração retangular com base de medida de 200 mm, o alongamento mínimo será o tabelado abaixo:

5  10  15  20  25  30  25
Espessura ( mm )
5  10  15  20  25  30  35  30

Alongamento (%) 14 16 17 18 19 20 21 22

( 7 ) Para aço grau B de espessura  25 mm totalmente acalmado o ensaio de impacto não será requerido;
( 8 ) O Grau 440 / 550 é aceitável para espessura  38, 10 mm em aplicações comuns, inclusive onde o Grau A é permitido;
( 9 ) No caso de ser requerido pelo comprador;
( 10 ) Para dobramento guiado longitudinal o diâmetro do macho será conforme o valor tabelado:

Espessura ( mm ) E 19 19  E  25 25  E  38

Diâmetro do Macho 0, 50 E 1, 00 E 1, 50 E

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TABELA T.C1.102.4
COMPOSIÇÃO QUÍMICA PARA AÇO DE ALTA RESISTÊNCIA ESTRUTURAL
CHAPAS GROSSAS DE AÇO LAMINADAS DE ALTA RESISTÊNCIA PARA APLICAÇÃO ESTRUTURAL

Aço Estrutural Naval

GRAU AH, DH, EH 32, AH /DH / EH 36 e AH / DH / EH 40 FH 32 / 36 / 40

Método de Desoxidação Acalmado, Prática de grão fino (1)

Carbono 0,18 0,16

Manganês 0,90 – 1,60 (3) 0,90 – 1,60


Composição Química (%) máx. , exceto quando especificado (7)

Silício 0,10 – 0,50 (4) 0,10 – 0,50

Fósforo 0,035 0,025

Enxofre 0,035 0,025

Alumínio (6) 0,015 0,015

Nóbio 0,02 – 0,05 0,02 – 0,05


Vanádio 0,05 – 0,10 0,05 – 0,10

Titânio 0,02 0,02

Cobre 0,35 0,35

Cromo 0,20 0,20

Níquel 0,40 0,80

Molibdênio 0,08 0,08

Nitrogênio __ 0,009 ou 0,012 (9)


A B / XHYY (X = A, D, E or F YY = 32, 36 or 40) *

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* (1) O aço deve conter pelo menos um dos elementos de refinamento do grão em quantidade suficiente para estar em conformidade com os requisitos de grão fino do item d abaixo:
a. Um grão austenítico McQuaid-Ehn com tamanho de grão 5 ou menor de acordo com ASTM E112 para cada cadinho de cada corrida, ou
b. Um conteúdo mínimo de alumínio solúvel em ácido de 0,105% OU conteúdo total mínimo de alumínio de 0,050% para cada cadinho de cada corrida, ou
c. Conteúdo mínimo de columbium (nióbio) de 0,020% ou conteúdo mínimo de vanádio de 0,050% para cada cadinho de cada corrida, ou
d. Quando vanádio e alumínio são usados em combinação, o conteúdo mínimo de vanádio de 0,030% e conteúdo mínimo de alumínio solúvel em ácido de 0,010% ou conteúdo total mí-
nimo de alumínio de 0,015%.
e. Quando columbium (nióbio) e alumínio são usados cm combinação, conteúdo mínimo de columbium (nióbio) de 0,010% e conteúdo mínimo de alumínio solúvel em ácido de 0,010%
ou conteúdo total mínimo de alumínio de 0,015%.
(2) O conteúdo de qualquer outro elemento adicionado intencionalmente deve ser determinado e relatado.
(3) Aço AH com espessura 12, 5 mm ou menor, pode ter índice mínimo de 0,7% de manganês;
(4) Onde o índice de alumínio solúvel não for menor que 0,015% , o índice mínimo de silicone requerido não é aplicável;
(5) O conteúdo total de alumínio pode ser usado em lugar do conteúdo solúvel em ácido, de acordo com o item (1) d. acima;
(6) A quantidade de alumínio, nióbio e vanádio aplica-se quanto qualquer um desses elementos seja usado individualmente. Quando usados em combinação, o conteúdo mínimo deve estar em
conformidade com o item (1) d. acima.
(7) Estes elementos não precisam ser reportados no relatório da usina a menos que adicionados intencionalmente.
(8)Estes elementos podem ser registrados como ≤ 0,02%, onde o valor presente não exceda 0,02%;
(9) A marcação AB/XHYY é utilizada para caracterizar o grau DHYY da chapa que tiver sido normalizada, laminada por controle termomecânico, ou laminada por controle de acordo com um
procedimento aprovado.
(10) Os requisitos para carbono equivalente e susceptibilidade ao craqueamento a frio para aços controlados termo-mecanicamente são dados por:

Mn Cr + Mo + V Ni + Cu
Carbono equivalente = C + + + %
6 5 15
Si Mn Cu Ni Cr Mo V
Susceptibilidade ao craqueamento a frio = C + + + + + + + + 5B %
30 20 20 60 20 15 10
(11) Para outros aços, o carbono equivalente (Ceq) pode ser calculado a partir da análise de cadinho de acordo com a equação:

Mn Cr + Mo + V Ni + Cu
Carbono equivalente = C + + + %
6 5 15

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TABELA T.C1.102.5 TABELA T.C1.202.1


PROPRIEDADES MECÂNICAS PARA AÇO DE AL- Tensão mínima de 235 315 355 390 420-
TA RESISTÊNCIA escoamento N/mm2 690
Tensão de Tensão de Esco- Alongamento Energia Longitu- 27 31 34 39 42
Grau Tração amento mínima % minima de impac- dinal
N/ mm² N/ mm² to(J) Trans- 20 22 24 26 28
(kgf/ (kgf/ mm²,ksi) versal
mm²,ksi)
AH 32 303. Para elementos da estrutura que recebem esforços
DH 32 440/590 315 22 na direção perpendicular à espessura, devem ser emprega-
EH 32 (45/60, (32, 46) dos aços de ductilidade especificada como Chapas Z.
FH 32 64/85)
AH 36 400. Testes de impacto para cábreas
DH 36 490/620 355 21
EH 36 (50/63, (36, 51) 401. Os valores de impacto de aços para mecanismo de
FH 36 71/90) giro para cábreas devem estar em conformidade com os
AH 40 seguintes requisitos:
DH 40 510/650 390 20
EH 40 (52/66, (40,57) Teste Charpy com entalhe em V
FH 40 74/94) Temperatura de teste: quando testados a temperatu-
ras de -20°C ou a 10°C abaixo da temperatura de
300 Propriedades de impacto projeto, o que for mais baixo
Energia média: 42 J mínima
301. A temperatura requerida para um teste de impacto Energia individual: 27 J mínima
depende a temperatura de projeto TD e da espessura do
material.

As temperaturas de testes de impacto de estruturas primá- C2. FORJADOS PARA ESTRUTURA


rias e secundárias para aços utilizados em estruturas solda-
das é dado na Tabela T.C1.201.1 abaixo. 100. Aço forjado

TABELA T.C1.201.1 101. Ao selecionar o grau do aço forjado devem ser se-
guidos os critérios da Parte 5, Titulo 61, Seção 2, Capítulo
Espessura Temperatura do teste de impacto °C
D das Regras. Os requisitos deste capítulo são adicionais
do Estrutura primária Estrutura secundária
às Regras e específicos para o seu emprego em aparelhos
material Cábrea Guindaste Cábrea Guindaste
de carga.
de bordo de bordo
e ≤ 12 TP + 10 TP + 20 Não re- Não re-
102. Todos os aços forjados para emprego neste capítulo
querido querido
devem ser adequados para as condições de serviço.
12 < e ≤25 TP TP + 10 Não re- Não re-
querido querido 103. Devem ser de boa qualidade, livre de defeitos e
25 < e ≤50 TP - 20 TP - 10 TP TP + 10 devem apresentar condições de moldabilidade e soldabili-
e > 50 TP - 30 TP - 30 TP - 10 TP dade satisfatórias.

Notas: 104. O vistoriador deve verificar se os materiais empre-


1 – Para aços de tensão de escoamento 355 N/mm2 a tem- gados na construção de guindastes possuem certificados de
peratura de teste não necessita ser menor que – 40 °C. teste emitidos pela usina.
2 – Para aços com tensão de escoamento > 355 N/mm2, a
temperatura não deve ser maior que 0°C. 105. O material deve ser claramente identificado pela
3 – TP é a temperatura de projeto usina indicando a especificação, grau e número de corrida.
4 – Quando a temperatura de projeto não for inferior a -10°C, o
teste pode ser feito a temperatura ambiente
107. Para componentes utilizados em estruturas de aço,
são recomendados forjados de aços carbono e carbono-
302. Os valores da energia de impacto são relacionados
manganês propriedades mecânicas mínimas fornecidas
somente a tensão de escoamento mínima do material, con-
pela Parte 5, Título 61, Seção 2, Capítulo D das Regras,
forme a tabela T.C1.202.1 abaixo:
abaixo reproduzidos:.

As características básicas são dadas no quadro abaixo:

18
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A espessura da parede do forjado deve ser da ordem de


metade da espessura do tarugo. Onde esta operação não for
ITEM GRAU 1 (1) GRAU 2 (2) praticável, deve-se assegurar que o tarugo seja preparado
Resistência à ruptura, mín. 33 a 42 42 Kgf/mm² adequadamente com uma razão de forja não inferior a 2:1.

Limite de escoamento, mín. 18 21 Kgf/mm² 112. Quando os forjados forem conectados por solda-
gem, o processo de solda deve ser submetido ao RBNA
Para corpo de prova longitudinal : para aprovação.
Alongamento em 50 mm, mín. 30 25 % (2)
Redução da área, mín. 38 % (3) 113. Num estágio adequado das operações, e depois de
todos os serviços a quente terem sido executados, o forjado
Para corpo de prova transversal : deve ser submetido a tratamento térmico para refinar o
Alongamento em 50mm, mín. 25 21 % grão e conferir as propriedades mecânicas requeridas.
Redução de área, mín. 29 %
Se por alguma razão o forjado sofrer um novo aquecimen-
(1) O grau 1 é utilizado para peças soldadas e o grau 2 para to para serviço a quente, deve-se submetê-lo a novo trata-
peças como madres de leme, quadrantes etc. e para aplica- mento térmico.
ção estrutural.
114. Quando o forjado for submetido a aquecimento ou
(2) Para peças com diâmetro ou espessura maior que 305 desempeno a frio ou a quente, deve ser submetido a um
mm, este valor passa a 24%. tratamento térmico para alívio de tensões após essa opera-
(3) Para peças com diâmetro ou espessura maior que 305 ção.
mm, este valor passa a 36%.
115. Quando for necessário processo de endurecimento
108. Outros graus de aço forjado somente poderão ser da superfície, os procedimentos devem ser submetidos ao
empregados mediante aprovação do RBNA. RBNA para aprovação.

109. A parte central dos forjados deve sofrer deformação O fabricante deve demonstrar que o processo de endureci-
plástica adequada. mento foi uniforme ao longo de toda a superfície do forja-
do e que o processo não afetou as características e proprie-
110. Para forjados onde a fibra é predominantemente dades do corpo principal do forjado.
longitudinal, a razão de deformação deve ser conforme a
tabela T.C2.110.1 abaixo. 116. Partes cortadas com maçarico de lingotes ou chapas
grossas e que sofreram deformações pequenas ou mono-
Método de forja Razão de forja total axiais não são consideradas como forjados tal como defi-
A partir de lingotes ou barras3:1 para L > D nido acima. Tal método de fabricação requer autorização
forjadas de lingotes 1,5:1 para L ≤ D especial do RBNA.
A partir de laminados 4:1 para L > D
2:1 para L ≤ D 200. Requisitos para forjados empregados em meca-
TABELA T.C2.110.1 – RAZÃO DE FORJA nismos de giro de guindastes
Notas:
1. A razão de forja é definida como a relação entre a área 201. Mecanismos de giro – as especificações para os
de seção transversal média do lingote e a área de seção mecanismos de giro devem ser aprovadas pelo RBNA.
transversal média do tarugo forjado (billet). Quando um
lingote for previamente preparado essa área pode ser to- 202. Os requisitos para materiais empregados em anéis
mada como a área da seção transversal média depois dessa de giro são dados na tabela T.C1.202.1 abaixo:
operação.

2. L e D são o comprimento e diâmetro finais do forjado.

3. Quando barras laminadas forem usadas, a razão de forja


não deve ser menor que 6:1.

111. Ameis e peças ocas devem ser forjadas a partir de


lingotes ou tarugos.

Antes da expansão e do martelamento da peça os tarugos


devem ser furados ou então a peça deve ser cortada a partir
de tarugo oco.

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TABELA T.C2.202.1 – REQUISITOS PARA MATERIAIS USADOS EM ANÉIS DE GIRO


Requisito Cábrea Guindaste de bordo
Tratamento térmi- De acordo com especificações aprovadas
co
Temperatura do -20°C ou Tp – -10°C ou Tp, a que
teste de impacto 10 for menor
a que for menor
Energia Média ≥ 42 ≥ 25
de im- Simples ≥ 27 ≥ 20
pacto mínima
(J)
Alongamento (%) 14 %
Propriedades de Devem ser submetidas especificações dos
fadiga testes requeridos em uma seção do anel de
giro
Fragilidade Ibidem

203. Para parafusos de fixação dos anéis de giro, devem


ser observadas as seguintes propriedades: TABELA T.C2.305.1COMPOSIÇÃO QUIMICA PA-
RA FORJADOS
TABELA T.C2.203.1 Aços carbono e Ligas
Energia de impacto (J) Alongamento (%) carbono - magné-
Média Individual sio
mínima Carbono ≤ 0,23 (1) (2) (4)

42 27 14 Manganês 0,30 ~1,50 (4)

300. Requisitos para eixos, pinos, manilhas, gatos de Silício ≤ 0,45 ≤ 0,45
carga, torneis, correntes, etc
Fósforo ≤ 0,035 ≤ 0,035
301. Forjados para eixos, pinos, manilhas, gatos de car- Enxofre ≤ 0,035 ≤ 0,035
ga, correntes, etc. devem ser feitos de aço acalmado e non- Cromo ≤ 0,30 (3) (4)
aged, com tratamento de grão fio. Molibdênio ≤ 0,15 (3) (4)

Níquel
302. A composição química de aços carbono e carbono- ≤ 0,40 (3) (4)

manganês deve estar de acordo com a Parte 5, Titulo 61, Cobre ≤ 0,30 (3) ≤ 0,30 (3)
Seção 2, Capítulo D das Regras Residuais totais ≤ 0,85 ---
303. As propriedades mecânicas para tais forjados são Notas:
fornecidas na Tabela T.C2.303.1. (1) O conteúdo de carbono pode ser maior que o indica-
do na tabela desde que o carbono equivalente não seja
Nota: os valores de impacto de energia fornecidos acima maior que 0,41% dado pela fórmula:
são longitudinais, dois terços dos quais são transversais.
Mn Cr + Mo + V Ni + Cu
304. Os requisitos para temperatura dos testes de impac- Carbono equivalente = C + + + %
to são dados na Tabela T.C2.304.1 abaixo: 6 5 15
(2) O conteúdo máximo de carbono para aços carbono ou
TABELA T.C2.304.1 carbono – magnésio para forjados não destinados a cons-
Espessura/diâmetro Temperatura do teste de impacto (°C) trução soldada pode ser de 0,65%.
do material Cábrea Gundaste de (3) Considerado como elemento residual
bordo (4) Submeter especificação ao RBNA para informação
t ≤ 50 TP + 10 TP + 20 (5) Um ou mais dos elementos devem estar em conformi-
dade com o conteúdo mínimo
50 < t ≤ 100 TP TP

t > 100 TP – 10 TP

Nota: TP é a temperatura de projeto

305. A tabela T.C2.305.1 fornece a composição química


dos forjados para aplicações neste capítulo.
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TABELA T.C2.303.1
REQUISITOS MECÂNICOS PARA EIXOS, PINOS, MANILHAS, GATOS DE CARGA, TORNEIS,
CORRENTES, ETC
Resistência ao escoamento (N/mm2) 235 ≤ Re< 300 300 ≤ ReH< 355 355 ≤ ReH< 500 500 ≤ ReH< 690 ReH> 690
Resistência a tração (N/mm2) 400 – 560 ≤ 620 ≤ 770 ≤940 >940
Razão resistência escoamento / tração 0.85 ≤ 0.85 ≤ ≤ 0.90 De acordo
Alongamento (%) ≥ 22 ≥ 20 ≥ 16 ≥ 14 com especifi-
cção aprova-
Redução de área ≥ 40 ≥ 35 ≥ 35 ≥ 35 da

Média
Energia de impacto
≥ 42 ≥ 42 ≥ 42 ≥ 42 ≥ 42
(J)
Individual
≥ 27 ≥ 27 ≥ 27 ≥ 27 ≥ 27
Em nenhum caso a carga mínima de ruptura poderá ser
inferior ao estipulado na Parte 5, Título 61, Seção 3, Capí-
tulo B4 destas Regras.
C3. FUNDIDOS PARA ESTRUTURA
Devem ser obedecidos os requisitos da norma ABNT ISO
100. Aço fundido 2408.

101. Ao selecionar o grau do aço fundido devem ser se- 202. Cabos de carga (cargo runners), amantilhos (pen-
guidos os critérios do item C1.100 acima, como aplicável. dant lines, topping lines), devem ser formados uma única
peça sem emendas.
102. As características do aço fundido, tratamento térmi-
co e testes devem obedecer à Parte 5, Título 61, Seção 2, 203. Não é permitido o uso de grampos para formar as
Capítulo C1 das Regras.. mãos de cabos no final das extremidades de trabalho de
cabos de carga (cargo runners).
104. Outros graus de aço fundido somente poderão ser
empregados mediante aprovação do RBNA. Grampos podem somente ser empregados na fixação de
extremidades de cabos nos tambores.
105. Poleame e acessórios tais como gatos de carga,
anéis de carga, olhais de içamento, torneis e manilhas não Para esse fim, devem ser empregadas presilhas de liga de
devem ser construídos de aço fundido ou de ferro fundido alumínio prensadas desde que essas presilhas não sejam
submetidas a esforços de dobramento.

A prensagem das presilhas deve ser feita somente por fa-


C4. CABOS DE AÇO E ACESSÓRIOS bricantes cujo equipamento tenha sido inspecionado e
aprovado pelo RBNA. As presilhas devem trazer marca-
100. Aplicação ção conforme descrito no capítulo T.

101. São aplicáveis os requisitos da Parte 5, Título 61, 204. Cabos de aço com tensão nominal acima de 1570
Seção 3, Capítulo B4 destas Regras, aqui reproduzidos. N/mm2 e mais que 114 arames individuais não devem ser
utilizados para estaiamento permanentemente exposto ao
102. São aplicáveis os requisitos da norma ABNT NBR tempo.
ISO 2408.
205. Cabos de aço para carga e movimentação, expostos
103. Este capítulo traz requisitos adicionais aos mencio- ao tempo, devem ser galvanizados, e cabos de estaiamento
nados em C2.101 acima. permanentemente expostos ao tempo devem ter galvaniza-
ção reforçada.
200. Requisitos de construção para cabos de aço
206. A relação entre o cabo de aço e o goivo do poleame
201. A fabricação, aprovação, teste e identificação dos ou o diâmetro do tambor do guincho é dada a seguir e deve
cabos de aço deve ser feita conforme a Parte 5, Título 61, ser obedecida ao selecionar o cabo de aço a ser emprega-
Seção 3, Capítulo B4 destas Regras, obedecidas as tensões do:
mínimas de ruptura calculadas conforme o item 201 acima.

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TABELA T.C4.206.1 – RELAÇÃO ENTRE GOIVADO DE POLIAS E DIÂMETRO DOS CABOS DE AÇO E ENTRE
DIÂMETRO DO TAMBOR E DIÂMETRO DOS CABOS DE AÇO
Razão para Goivo / diâmetro Diâmetro do tambor sem Diâmetro do tambor Tensão nominal do
do cabo ranhuras / diâmetro do com ranhuras / diâme- cabo N/mm2
cabo tro do cabo (1)
Cabos de aço sem carga 9 12 10 1570
Cabos de aço sob carga operados a veloci- 14 16 12,5 1570
dade 40 m/min com ciclo de carga 16 ciclos
por hora
Cabos de aço sob carga velocidade 40m/min, 20 22 18 1770
15 ciclos por hora
Cabos de aço para guindastes de convés 20 22 18 1770
Cabos de aço para guindastes com caçamba 24 28 22 1770
(2)
metido ao RBNA para inclusão no Livro de Registro de
(1) – Onde forem utilizados cabos de aço com tensão Equipamentos de Carga (Cargo Gear Book).
nominal mais alta que a tabelada, as razões devem
ser aumentadas proporcionalmente
(2) Onde houver polias com goivo em ―V‖ a razão 208. Os cabos de aço utilizados devem atender aos requisi-
deve ser pelo menos 31,5. tos desta seção, que estão em acordo com a norma NBR -
6890.
207. Os cabos de aço devem ser fornecidos com certifi-
cado de teste fornecido por fabricante ou autoridade certi- 209. Os cabos de aço serão obtidos pelos processos indi-
ficadora, mostrando a carga de ruptura de uma amostra. cados no item 200.

O certificado deve mostrar o diâmetro do cabo, quantidade 210. Os cabos de aço utilizados devem preferencialmente
de pernas, quantidade de fios por perna, qualidade dos atender aos requisitos da tabela T.C4.210.1.
arames núcleo, enrolamento, data do teste e deve ser sub-

TABELA T.C4.210.1 - CABOS DE AÇO

CLASSIFICAÇÃO QUALIDADE ESTRUTURA DO CARGA DE RUP-


DO AÇO CABO COMPOSIÇÃO TURA (mín.)
n DE n DE DAS PERNAS
PERNAS ARAMES N / mm2

6  19 + AF Aço médio 6 19 1 + 6 / 12 1372 a 1568


de arado MPS 1 alma de fibra
6  24 + 7AF Aço médio 6 24 9 / 15 1372 a 1568
de arado 7 almas de fibra
MPS
6  37 + AF Aço de 6 37 1 + 6 / 12 / 18 1568 a 1764
arado PS 1 alma de fibra
TABELA T.C4.212.1 - MASSA MÍNIMA DA
211. Na fabricação dos cabos de aço qualidade A (galva- CAMADA DE ZINCO
nizados) ou qualidade B (galvanizados e trefilados) devem
ser empregados arames protegidos por uma camada homo-  DO ARAME QUALIDADE A QUALIDADE B
gênea de zinco aplicada por imersão à quente ou eletroliti-
camente. g/m g/m g/m

212. A massa da camada de zinco deve atender aos requi- d < 0,49 75 40
sitos da tabela T.C4.212.1. 0,50 > d < 0,59 90 50
0,60 > d < 0,79 110 60
0,80 > d < 0,99 130 70
1,00 > d < 1,19 150 80
1,20 > d < 1,49 165 90
1,50 > d < 1,89 180 100
1,90 > d < 2,49 205 110
2,50 > d < 3,19 230 125
3,20 > d < 3,99 250 135

5-22
REGISTRO BRASILEIRO Guia para certificação de aparelhos de carga CAPÍTULOS - A-
T
de navios e aeronaves

300. Requisitos de testes em cabos de aço


TIPO DO ARA-  do arame  do arame
301. Ensaio de enrolamento: ME < 1,50 mm > 1,50 mm

a) a amostra consiste em que sejam retirados, no mínimo, QUALIDADE A 4   do arame 6   do arame


um arame de cada perna de cabo, em seguida enrolados em QUALIDADE B 2   do arame 3   do arame
pelo menos 10 voltas juntas de hélice em torno de um 302. Ensaio de torção
mandril cilindríco de diâmetro especificado na tabela
T.C4.301.1; a) a amostra consiste de todos os arames individuais de
b) o ensaio será considerado satisfatório se a camada de uma perna de cabo novo com comprimento nominal livre
zinco continuar a aderir firmemente ao arame após o enro- entre garras conforme os valores da tabela T.B4.302.1;
lamento; b) o ensaio será considerado satisfatório, mesmo ocor-
c) quando no primeiro ensaio um arame não atender aos rendo ruptura em qualquer ponto da amostra, se o
requisitos exigidos, será permitido um ensaio adicional em número mínimo de torções nos arames individuais atender
todos os arames remanescentes da amostra do cabo; aos requisitos da tabela T.C4.302.1;
d) o resultado do ensaio adicional será considerado satisfa- c) quando no primeiro ensaio a amostra não atender aos
tório se pelo menos 96% dos arames ensaiados não apre- requisitos exigidos, será permitido um ensaio adicional em
sentarem defeitos superficiais. todos os arames remanescentes do cabo;
d) o resultado do ensaio adicional será considerado satisfa-
tório se pelo menos 96% dos arames suportarem o número
mínimo de torções da tabela T.C4.302.1.
TABELA T.C4.301.1 - DIÂMETRO DO MANDRIL

TABELA T.C4.302.1 - COMPRIMENTO E NÚMERO MÍNIMO DE TORÇÕES PARA ARAMES

NÚMERO DE TORÇÕES
 DO ARAME COMPRIMENTO NOMINAL
(mm) LIVRE ENTRE GARRAS QUALIDADE QUALIDADE
A B
d < 0,99 200   do arame 26 48
1,00 > d < 1,29 100   do arame 13 24
1,30 > d > 2,29 100   do arame 13 23
2,30 > d < 2,99 100   do arame 12 20
3,00 > d < 4,00 100   do arame 10 18

303. Ensaio de revestimento:

a) a amostra consiste em que sejam retirados, no mínimo, TABELA T.C4.303.1 - NÚMERO MÍNIMO
um arame de cada perna e em seguida a massa da camada DE IMERSÕES
de zinco ser determinada e certificada, pelo fabricante,
através de remoção por processo químico da galvanização  DO ARAME TEMPO DE IMERSÃO
e medida da perda de massa dos arames; (mm) (seg)
b) o ensaio da camada de zinco será considerado satisfató- QUALIDADE QUALIDADE
rio se a massa da camada de zinco atender aos requisitos A B
das tabelas T.C4.202.1 e T.C4.303.1;
c) o ensaio também poderá ser realizado por processo de d < 0,59 30 ---
imersão em solução à base de sulfato de cobre cristalizado, 0,60 > d < 0,99 60 30
sendo que após o número de imersões exigidas e lavagem 1,00 > d < 1,49 90 60
em água corrente os arames não devem apresentar depósi- 1,50 > d < 1,89 120 60
tos aderentes de cobre; 1,90 > d < 2,49 120 90
d) quando no primeiro ensaio um arame não atender aos 2,50 > d < 3,19 150 90
requisitos exigidos será permitido um ensaio adicional em 3,20 > d < 3,99 180 120
todos os arames remanescentes da amostra do cabo;
e) o resultado do ensaio adicional será considerado satisfa-
tório se pelo menos 96% dos arames ensaiados atende aos 304. Ensaio de ruptura:
requisitos das tabelas 4.1.F-14 e T.B4.303.1.

5-23
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de navios e aeronaves

a) a amostra consiste do próprio cabo de aço novo com


comprimento nominal livre entre garras igual a 30 vezes o f) o resultado do ensaio adicional será considerado satisfa-
diâmetro do cabo sem ser menor que 600 mm, amostra tório se a amostra ensaiada até a ruptura atender aos requi-
essa retirada de cada lote de mesmas fabricação e caracte- sitos da tabela TC4.304.2, permitindo-se uma tolerância de
rísticas ou de cada bobina em casos de lotes diferentes; até 2,5% abaixo do valor tabelado.
b) o ensaio será considerado satisfatório se a amostra en-
saiada até a ruptura atender aos requisitos da tabela TABELA T.C4.304.1 - FATORES
T.C4.304.2;
c) quando a capacidade de tração da máquina de ensaio for CLASSIFICAÇÃO DO FATOR
insuficiente para ensaiar a amostra do próprio cabo de aço, CABO
admite-se o ensaio em uma de suas pernas, neste caso, o
resultado da carga de ruptura obtida, multiplicada pela 6  19 + AF 0,86
quantidade de pernas e deduzindo-se 10% deve atender aos 6  24 + 7AF 0,87
requisitos da tabela T.C4.304.2; 6  37 + AF 0,83
d) o ensaio de ruptura também poderá ser realizado em
amostras individuais de arames com comprimento nominal
livre entre garras conforme valores da tabela T.B4.302.1,
neste caso, o resultado da carga de ruptura obtida, multi-
plicada pela quantidade de arames e multiplicado pelos
fatores indicados na tabela T.B4.304.1; deve atender aos
requisitos da tabela T.B4.304.2;
e) quando no primeiro ensaio, em qualquer um dos casos, a
amostra não atender aos requisitos exigidos, será permitido
um ensaio adicional;

TABELA T.C4.304.2 - CARGA DE RUPTURA MÍNIMA EM CABOS DE AÇO

CLASSIFICAÇÃO DO CABO

DIÂMETRO 6  19 + AF 6  24 + 7AF 6  37 + AF
NOMINAL MPS MPS PS
mm QUALIDADE QUALIDADE QUALIDADE QUALIDADE QUALIDADE QUALIDADE
A B A B A B
KN KN KN KN KN KN

8,0 26 29 23 25 28 31
9,5 37 41 30 33 41 45
11,5 51 56 41 45 56 61
13,0 65 72 52 57 75 83
14,5 83 91 69 76 95 105
16,0 102 112 86 95 117 129
19,0 145 160 125 138 167 184
22,0 196 216 164 180 226 249
26,0 255 281 220 242 295 324
29,0 324 354 279 307 370 407
32,0 395 434 345 380 455 500
35,0 475 522 418 460 522 573
38,0 562 618 501 551 618 679
42,0 656 722 578 636 722 794
45,0 756 832 674 741 832 915
48,0 865 952 772 849 954 1049
51,0 980 1078 883 971 1078 1186

- a quantidade em cada perna e o diâmetro dos arames in-


400. Verificação dimensional dividuais será verificada;

401. Os cabos de aço serão verificados dimensionalmente - a variação máxima permitida entre o diâmetro dos arames
de acordo com os seguintes requisitos: de uma mesma camada deve atender aos requisitos da tabe-
la T.C4.401.1;
a) verificação dos arames: b) verificação do passo:

5-24
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de navios e aeronaves

- o passo dos cabos será verificado nas bobinas a uma dis- - os diâmetros dos cabos serão verificados nas bobinas em
tância de pelo menos 3,0 m, sendo que o comprimento me- pelo menos três seções diferentes distantes 1,50 m uma da
dido deve corresponder a cinco ou mais passos; outra:
- o exame será considerado satisfatório se o resultado cal- - o diâmetro real do cabo será o resultado da média calcu-
culado dividido pelo número de passos não exceder a 7,25 lada nas medições realizadas de acordo com as tolerâncias
vezes o diâmetro do cabo; máximas permitidas na tabela T.C4.401.1.
c) verificação do diâmetro:

TABELA T.C4.401.1 - TOLERÂNCIAS PARA DIÂMETROS DE CABOS E ARAMES DE AÇO

DIÂMETRO NOMINAL DO TOLERÂNCIA DIÂMETRO DO QUALIDADE QUALIDADE


CABO (mm) ARAME (mm) A B

d < 19,0 + 0,08 0,25 > d < 0,70 --- + 0,038


19,0 > d < 29,0 + 1,20 0,70 > d < 1,50 + 0,089 + 0,051
29,0 > d < 38,0 + 1,60 1,50 > d < 2,35 + 0,114 + 0,063
38,0 > d < 57,0 + 2,40 2,35 > d < 3,59 + 0,190 + 0,073

A distância mínima entre as presilhas com olhais chumba-


500. Marcação dos ou trançados deve ser de pelo menos 20 vezes o diâ-
metro do cabo.
501. Os cabos de aço que tenham atendido satisfatoriamen-
te aos requisitos de testes serão marcados nas bobinas ou 505. Quando forem usados anéis de carga, os mesmos
rolos com uma marcação indelével ou serem etiquetados devem estar em conformidade com a norma ABNT NBR
pelos fabricantes com as seguintes inscrições: ISO 16798.

- Carimbo do RBNA; 600. Manilhas


- Número do certificado de classificação;
- Construção do cabo; 601. As manilhas devem estar em conformidade com a
- Qualidade do aço; norma ABNT NBR 13545.
- Carga de ruptura mínima, em KN;
- Comprimento, em m; 700. Gatos de carga
- Diâmetro, em mm;
- Marca do fabricante; 701. Os gatos-haste forjados para equipamentos de le-
vantamento e movimentação de cargas devem seguir os
600. Sapatilhos para cabos de aço requisitos da norma NBR 10070.

601. Devem ser seguidos os requisitos da norma NBR 800. Balanças e vigas de carga
13544 da ABNT.
801. A carga máxima útil (SWL) de uma balança de car-
700. Lingas de carga ga ou viga para içamento é a máxima carga útil para a qual
o equipamento foi certificado.
701. Devem ser seguidos os requisitos da norma NBR
13541 da ABNT para os cabos de aço 802. Ao verificar se uma carga pode ser içada por deter-
minado aparelho usando-se vigas ou balanças de carga,
702. O cabo de aço utilizado para confecção de lingas deve-se lembrar que a solicitação será igual ao SWL da
deve ser de classificação 6 x 19 ou 6 x 37, de torção regu- viga ou balança mais seu peso próprio.
lar, com alma de aço ou de fibra, conforme normas NBR
6327 ou ISO 2408. 803. O material empregado na construção da viga ou
balança deve ser de qualidade para solda.
503. A resistência à tração dos arames conforme NBR
6327 ou ISO 2408deve ser de pelo menos: 804. Deve ser dedicada atenção especial à continuidade
- 1764 MPa, para cabos com alma de fibra estrutura, e mudanças abruptas de seção devem ser evita-
- 1960 MPa para cabos com alma de aço. das.

504. As lingas com olhais chumbados com ou sem sapa- 805. Os pontos de levantamento onde há concentração
tilhas com diâmetro nominal acima de 38 mm devem ser de esforços devem ser adequadamente reforçados.
fabricados com cabo de alma de aço.
806. As soldas e procedimentos de solda devem ser
aprovados pelo RBNA.

5-25
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de navios e aeronaves

807. A balança ou viga deve ser projetada de forma que CA1 CA2
as tensões máximas não ultrapassem os limites dados na
tabela T.C4.807.1 quando operando na sua capacidade
SWL: 300. Carga máxima útil (CMU, SWL)
TABELA T.C4.807.1 – LIMITES DE TENSÃO NAS
VIGAS E BALANÇAS DE CARGA 301. A carga de ruptura do moitão ou cadernal deve ser
SWL ≤ 10 t SWL ≥ 160 t de no mínimo 5 vezes a carga máxima útil (SWL) do mes-
Flexão 0,45 σy 0,67 σy mo.
Cisalhamento 0,30 σy 0,40 σy
302. A carga SWL requerida deve ser determinada com
Tensões combi- 0,50 σy 0,90 σy
referência à resultante das forces atuando no moitão ou
nadas
Cadernal conforme sua posição no aparelhamento.
Tensão de supor- 0,50 σy 0,90 σy
te (bearing) 303. Moitões e cadernais não devem ser usados em posi-
ções outras que as que constem do arranjo aprovado.
808. A viga deve ser projetada para assegurar estabilida-
de lateral quando sob carga. 304. A carga SWL de uma polia simples é calculada na
condição de trabalho em que a polia está suspensa pela
809. Quando a viga for projetada como uma estrutura cabeça, com os cabos em paralelo dos dois lados.
içada por uma estrutura de lingas, a estrutura deve ser cal-
culada para resistir as forças de compressão geradas. A carga nominal marcada na polia representa o peso que
ela pode levantar em segurança.
O fator de segurança de cada componente contra a flamba-
gem por compressão sob a carga de teste não deve ser me- A resultante R na cabeça é portanto 2 x P.
nor que 1,3.
Os acessórios da cabeça, portanto, devem ser projetados
para suportar uma solicitação de 2P e a carga de prova
aplicada será de 4P (ver capítulo T5).
C5. POLEAME
2P
100. Poleame

101. Devem ser seguidos os requisitos da norma NBR SWL = P


10014 da ABNT.

200. Classificação dos moitões e cadernais de aço

201. Os moitões e cadernais são classificados em:


Carga = P
a. Moitão de aço sem ferragem na orelha, designado
pel osímbolo MA1; O cálculo do SWL requerido vai depender do diagrama de
b. Moitão de aço com ferragem na orelha designado forces sobre o Cadernal ou moitão e deve ser calculado
pelo símbolo MA2; caso a caso:
c. Cadernal de aço sem ferragem na orelha designa- P P
do pelo símbolo CA1;
d. Cadernal de aço com ferragem na orelha, desig-
nado pelo símbolo CA2
SWL = P

Carga 2P

R
MA1 MA2

SWL do moitão = 0,5 R

SWL do guindaste = 2P
5-26
REGISTRO BRASILEIRO Guia para certificação de aparelhos de carga CAPÍTULOS - A-
T
de navios e aeronaves

502. A ferragem da cabeça, quando giratória, deve girar


por simples esforço manual.
R = 2P
503. A folga entre a parte externa da polia e a parede
interna da caixa não deve exceder o limite de 10% do diâ-
SWL da polia = 0,5 R = P metro do cabo para evitar que o cabo fique preso entre a
caixa e a polia..
P 504. Todos os cantos externos de ferragens e paredes
devem ser ligeiramente arredondados.
P
505. Nas polias para moitões e cadernais que façam par-
SWL do guindaste = 2P te dos aparelhos de carga não deve ser utilizado ferro fun-
Note-se que em todos os casos com moitões MA1 o SWL dido ou ferro fundido maleável nas seguintes circunstân-
a manilha ou elo que prende o moitão deve ter uma capa- cias:
cidade SWL igual a duas vezes o SWL marcado no moi-
tão. a. moitão com SWL maior que 10 t
b. cadernal com SWL maior que 20 t
400. Solicitações de projeto c. Qualquer moitão ou cadernal na lança de um apa-
relho de carga com SWL maior que 20 t.
401. A percentagem da solicitação resultante na fixação
da cabeça que é transmitida por uma polia não deve ser 506. Os moitões e cadernais devem ser providos de dis-
tomada com valor inferior ao da tabela T.C5.401.1 positivos que permitam lubrificação adequada.

TABELA T.C5.401.1 – SOLICITAÇÃO RESULTAN- 507. O diâmetro da polia deve ser medido da base do
TE goivo.

Moitão ou Quantidade Mancais com Mancais com 508. A profundidade do goivo na polia não deve ser me-
cadernal de polias bucha ou sim- rolamento nor que ¾ do diâmetro do cabo.
ples
A profundidade do goivo deve ser igual ao diâmetro do
CA1 CA2 CA1 CA2 cabo.

Duplo 2 52 43 51 42 509. A relação entre o cabo de aço e o goivo do poleame


é dada na Tabela T.C4.206.1.
Triplo 3 37 32 35 30
510. Polias com lateral rebatível devem ser projetadas e
Quádruplo 4 29 26 27 24 construídas de forma a assegurar que permaneçam sempre
fechadas quando em uso.
Quíntuplo 5 24 22 22 20
511. Os pinos dos eixos das polias devem ser travados
Sêxtuplo 6 21 20 19 18 contra movimentos laterais e rotação.
Notas:
O coeficiente de atrito deve ser tomado como 5% pala po- O acabamento superficial do pino deve ser adequado para
lias com bucha ou simples, e 2% para polias com rolamen- o tipo de mancal a ser utilizado.
to
512. Deve ser instalado um tornel entre o gato de carga e
o anel elo de ligação ou outro acessório para levantar a
402. A carga numa orelha deve ser considerada como a carga, capaz de girar livremente e que não possa soltar-se.
carga máxima à qual a orelha pode ser submetida em ser-
viço.
403. As tensões nas partes componentes do moitão deve
ser determinada pelas cargas transmitidas pela polia.
C6. OUTROS MATERIAIS
500. Detalhes construtivos
100. Outros materiais
501. As porcas de fixação da ferragem da cabeça devem
ser soldadas à haste da ferragem, e as demais porcas de- 101. Outros materiais tais como aço inoxidável, ligas de
vem ser eficazmente travadas, prevendo-se, porém, sua alumínio, ligas de plástico e madeira, devem ser seleciona-
fácil desmontagem. dos e empregados de acordo com suas características e

5-27
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de navios e aeronaves

devem estar em conformidade com a Seção 5 destas Re-


gras. 200. Inspeção das soldas em estrutura / acessórios dos
aparelhos de carga
102. Tais materiais somente poderão ser empregados
mediante autorização especial do RBNA. 201. Todas as superfícies a serem soldadas devem ser
inspecionadas visualmente.

Os cordões de solda devem apresentar transição gradual


C7. SOLDAGEM para o metal base, e as soldas devem estar de acordo com
as especificações de projeto.
100. Requisitos gerais
202. Aços acalmados e endurecidos com tensão de esco-
101. Os requisitos para soldagem estão descritos na Parte amento igual ou maior que 420 N/mm2, o teste não destru-
2, Título 11, Seção 2 Capítulo D. tivo deve ser realizado 48 horas depois de completada a
soldagem.
102. Os requisitos deste capítulo são complementares
aos descritos no item 101 acima. 203. Quando os cordões forem submetidos a tratamento
térmico, deve ser realizado NDT depois do término do
103. Antes do início da soldagem, devem ser apresenta- tratamento.
dos procedimentos de solda para aprovação pelo RBNA.
204. O tipo e extensão dos NDT depende da carga su-
104. Os soldadores devem todos ser certificados. portada pelos membros estruturais, e é mostrada na Tabela
T.C6.204.1 abaixo:
105. A empresa responsável por testes não destrutivos
deve ser homologada pelo RBNA.
TABELA T.C6.204.1 – INSPEÇÃO DE SOLDAS
RT = RADIOGRAFIA UT = ULTRA SOM MT = PARTÍCULA MAGNÉTICA
Tipo de estrutura Tipo de conexão Inspeção Método de inspeção
visual RT UT MT
Estrutura essencial Topo 10~20 100 100
T, penetração total 100 - 100 100
T, filete, grande penetração 100 - - 100
Estrutura primária Topo 100 5~10 50~80 20~50
T, penetração total 100 - 50~80 25~50
T, filete, grande penetração 100 - - 20~50
Estrutura secundária Topo 100 - 2~5 2~5
T, penetração total 100 - 2~5 2~5
T, filete, grande penetração 100 - - 2~5
100. Aplicação
Nota 1 – A tabela mostra a percentagem sobre o total de
soldas que deve ser testada 101. Este Guia foi elaborado entendendo que cabe aos
Armadores / Operadores a responsabilidade pelo controle
Nota 2 – Onde dois elementos estruturais de tipos diferen-
tes forem unidos a inspeção da sola deve estar baseada no das cargas SWL, operação dos equipamentos por pessoal
tipo para o qual os requisitos mais estritos são exigidos. apto, prevenção de distribuições inadequadas de cargas,
peação e manutenção do guindaste.
Nota 3 – A verificação por partícula magnética (MT) pode
ser substituída por líquido penetrante.

Nota 4 – Estruturas essenciais são estruturas para as quais CAPÍTULO D


não é possível a redistribuição de tensões e não existe ele- REQUISITOS POR SISTEMAS
mento redundante, incluindo a conexão do garfo do garlin-
déu, lança à cabeça de lança, conexão de patesca submeti- CONTEÚDO DO CAPÍTULO
da a carga pesada à lança, etc.
D1. REQUISITOS GERAIS DE PROJETO
Nota 5 – As percentagens de soldas inspecionadas foi di-
mensionada de forma a cobrir membros e conexões impor- D2. MÉTODO DE CÁLCULO
tantes.
D3. SISTEMAS DE PAUS DE CARGA
C8. MÃO-DE-OBRA
D4. GUINDASTES DE BORDO
5-28
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T
de navios e aeronaves

D5. CÁBREAS E GUINDASTES FLUTUANTES

D6. OUTROS SISTEMAS


TABELA T.D1.202.1 – CLASSIFICAÇÃO DE APA-
D1. REQUISITOS GERAIS DE PROJETO RELHOS DE CARGA CONFORME UTILIZAÇÃO

100. Condições operacionais Classe de utiliza- Freqüência de Ciclos de levan-


ção utilização de le- tamento
101. Alcance operacional – a documentação e arranjo do vantamento
sistema submetidos para aprovação devem especificar as A Ocasional com 6,3 x 104
faixas permissíveis de trabalho (com as restrições que se longos períodos de
fizerem necessárias) baseadas em considerações de estabi- repouso
lidade e resistência, juntamente com os ângulos de inclina- B Regular, serviço 2,0 x 104
ção permissíveis da estrutura flutuante. intermitente
C Regular, serviço 6,3 x 104
102. Efeitos do mar – quando um aparelho de carga é intensivo
testado e aprovado pelo RBNA é normalmente estipulado D Serviço intensivo 2,0 x 104
que esse aparelho pode operar somente em águas calmas severo

Neste contexto, águas calmas significa condições que não 203. A classificação conforme o estado de carga segue
causam movimentos apreciáveis na estrutura flutuante (até abaixo:
Beaufort 2)..
TABELA T.D1.203.1 – CLASSIFICAÇÃO DE APA-
Águas desprotegidas, por outro lado, significa regiões em RELHOS DE CARGA CONFORME ESTADO DA
que um estado de mar pode ocorrer que provoque movi- CARGA
mentos apreciáveis na estrutura flutuante.
Estado de carga Definição Fração mínima da
103. Inclinação do navio – ao determinar as forças em cargamáxima
um sistema de carga, um dos fatores fundamentais a serem 0 muito leve Cargas muito le- 0
considerados é que quando o navio inclina, cargas mais ves, somente ex-
altas podem ocorrer no aparelho de carga do que quando o cepcionalmente
navio estiver sem banda. operam no SWL
1 leve Cargas comumen- 1/3
104. Efeito do vento – o efeito do vento sobre a estrutu- te da ordem de 1/3
ra do guindaste está apresentado nos capítulos que seguem. da nominal
2 médio Cargas comumen- 2/3
105. A temperatura operacional mínima é de 10°C, te da ordem de 2/3
sendo que para temperaturas operacionais mais baixas de- da nominal
vem ser especificadas na documentação apresentada para 3 pesado Regularmente 1
aprovação e este fator vai influir na escolha dos materiais. carregados com a
carga nominal
106. Para condições operacionais especiais, ver o capí-
tulo referente a cábreas. 204. Para efeito deste capítulo, vamos agrupar os guin-
dastes em classes conforme abaixo:
200. Classificação dos guindastes ou elementos da
estrutura em grupos TABELA T.D1.204.1 – GRUPOS DE APARELHOS
DE CARGA CONFORME RBNA
201. A classificação dos guindastes em grupos levando
em conta as classes de utilização e estado de carga foi feita Grupo Estado da carga Fração mínima da
baseada na norma NBR 8400 da ABNT. carga máxima
I 0 – muito leve 0
202. Abaixo é dada a classificação conforme as classes II 1 - leve 1/3
de utilização. 2 - médio 2/3
III 3 - pesado 1

205. Os guindastes do grupo I não serão aqui considera-


dos.

5-29
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de navios e aeronaves

206. Os guindastes do grupo II geralmente são encontra-


dos em navios de carga geral ou porta containeres que Estas cargas fazem parte da carga máxima de trabalho
apenas ocasionalmente operam próximos da capacidade (SWL).
SWL.
Para efeito de cálculo, estas cargas podem ser desprezadas
207. Os guindastes do grupo III operam regularmente se forme menores que 5% da carga máxima de trabalho
próximos da capacidade SWL e que excedem 6,3x10 4 ci- SWL.
clos durante o curso de sua vida operacional.
Quando maior que 5% da carga máxima, a capacidade
Estes guindastes podem ser divididos em dois sub-grupos: SWL deve ser multiplicada por um coeficiente que consta
dos capítulos D2, D3 e D4 deste Guia.
- guindastes que ocasionalmente operam com
caçambas D2. MÉTODO DO CÁLCULO
- guindastes que operam com caçambas por
mais de 75% do tempo. 100. Verificação em relação ao limite de escoamento,
flambagem e fadiga
208. A Tabela T.D1208.1 abaixo mostra exemplos de
classificação dos guindastes: 101. Para os diferentes elementos da estrutura verifica-se
a existência de um coeficiente de segurança suficiente em
TABELA T.D1.208.1 CLASSIFICAÇÃO DE EQUI- relação às tensões críticas considerando-se as três seguin-
PAMENTOS DE LEVANTAMENTO CONFORME tes causas de falha possíveis:
CLASSES DO RBNA COM BASE NA TABELA DA
NBR 8400 a. ultrapassagem do imite de escoamento
b. ultrapassagem das cargas críticas de flambagem
Estado de Classe de utilização conforme RBNA c. ultrapassagem do limite de resistência á carga
carga A B-C D
1 I I II Os aços utilizados devem ser classificados; caso não se-
2 I II III jam, deve ser apresentado certificado da usina e realizados
3 II III Especial testes de análise química, tração e, onde requerido, impac-
to em amostras, sendo uma amostra por espessura e por
TABELA T.D1.208.2 EXEMPLOS DLASSIFICAÇÃO numero de corrida.
DE EQUIPAMENTOS DE LEVANTAMENTO CON-
FORME RBNA COM BASE NA TABELA DA 102. Esta verificação deve ser feita conforme os requisi-
NBR 8400 tos por tipo de aparelho contido nos capítulos D3 a D5 do
presente Guia e estar em conformidade com os itens 5.8
Tipo de equipamen- Grupo Estado de Utilização até 5.13 da norma NBR 8400,.
to (RBNA) carga
Guindaste portuário II-III 2 B-C D3. SISTEMAS COM PAUS DE CARGA
com gato
Guindaste portuário II-III 3 B-C 100. Aplicação
com caçamba
Guindastes de bordo II 2-3 B 101. Os requisitos deste Capítulo são aplicáveis a paus
Sistemas de bordo II-III I-II-III A-B-C de carga com movimento de giro lateral, paus de carga
com pau de carga operando geminados e guindastes com paus de carga.

Projetos especiais devem ser analisados com base nos pre-


300. Solicitações operacionais estáticas e cargas mor-
sentes requisitos.
tas

301. Cargas operacionais estáticas – Safe Working Load 200. Geral


(SWL, Carga Máxima de Trabalho) é a carga estática má-
xima a que um sistema pode ser submetido nas condições 201. Na determinação das forces agindo nos sistemas de
para as quais foi certificado. paus de carga o ângulo da lança com a horizontal deve ser
considerado como 15° para paus de carga classe I e II e
Uma pré-condição é que o aparelho de carga deve estar 25° para paus de carga classe III.
trabalhando dentro dos parâmetros de carregamento para
os quais os cálculos de projeto foram baseados. Na prática tais ângulos poderão ser maiores, mas em ne-
nhum caso o ângulo da lança com a horizontal deve ultra-
passar 30° para paus de carga classe I e II e 35° para paus
302. Pêso próprio – as cargas devidas ao pêso próprio
de carga classe III.
ou cargas mortas são as forças-peso exercidas pelos mem-
bros estruturais móveis e fixos permanentemente presentes
na operação.
5-30
REGISTRO BRASILEIRO Guia para certificação de aparelhos de carga CAPÍTULOS - A-
T
de navios e aeronaves

202. Para determinar as forças agindo nas patescas ou nos a tensão do cabo de carga sob a condição de que a car-
polias embutidas, o ângulo da lança com a horizontal deve ga esteja sendo arriada.
ser tomado como o ângulo máximo para a operação e em
geral não deve ser menor que 70°. A carga de trabalho do guardim deve ser determinada de
acordo com a tabela T.D3.302.1
203. Os limites operacionais para ângulos de banda e
trim são em geral 5° para banda e 2° para trim. TABELA T.D3.302.1 – CARGA DE TRABALHO DOS
GUARDINS
Para paus de carga classes I os efeitos de banda e trim po- SWL do massame do pau SWL dos guardins em kN
dem ser desprezados no cálculo. de carga, kN
SWL ≤ 49 0.5 × SWL + 4.9
Para paus de carga classe II e III o efeito da inclinação 49 < SWL ≤ 147 0.1 × SWL + 24.5
deve ser levado em consideração nos cálculos. 147 < SWL ≤ 588 0.25 × SWL
SWL ≥ 735 0.2 × SWL
Para ângulos maiores que 5° de banda e 2° de trim o ângu-
lo real máximo deve ser levado em consideração. Quando o aparelhamento dos paus de carga estiver arran-
jado para operação em tandem, as lanças de dentro de bor-
204. A carga básica para o cálculo da força para paus de do e de for a de bordo devem estar localizadas no menor
carga giratórios e fixos deve ser definida como a carga ângulo com a horizontal que ainda permita operação nor-
máxima de trabalho (SWL) somada aos pesos próprios da ma, bem como a faixa de operação e comprimento dos
lança e acessórios acima do gato. paus de carga devem estar em conformidade com os requi-
sitos da figura F.D3. 302.1.
205. A carga básica para o cálculo da força para paus de
carga aparelhados em tandem deve ser tomada como a car-
ga máxima de trabalho SWL.

206. A tolerância para atrito nas polias e para a rigidez


dos cabos de aço deve ser tomada como5%, para cadernais
com polias simples ou com bucha, e 2% para cadernais
com rolamento.

Este requisito é aplicável a todo tipo de aparelho de carga.

207. O coeficiente de segurança dos cabos para paus de


carga deve ser tomado conforme a Tabela T. D2.206.1.

TABELA T. D2.206.1
Pau de carga
Coeficiente de segurança
do garlindéu ao olhal do amantilho
K= Tensão de ruptura no teste
Tensão admissível no cabo
SWL do aparelho Cabos de carga θ
Amantilhos e guardins
H = h+0.35
Até 10 t 5 h Topo da borda
10 – 160 t 10000
falsa ou braçola
(8,85 * SWL) + 1910
160 t e maior 3
Cabos para estaiamento FIGURA F.D3. 302.1.
(brandais)
Até 10 t 4 Θ = ângulo do pau de carga com a horizontal, igual para
ambos os paus de carga
300. Paus de carga em tandem
L = comprimento da escotilha, em m
301. As condições e solicitações para o cálculo ou análi-
se das forças agindo no sistema de paus de carga devem B = largura da escotilha, em m
atender aos requisitos dos itens D2.100 e D2.200 acima.
C = alcance C em m além da boca a meia nau: não deve ser
302. No caso de guindastes para carga pesada, onde o inferior a 3,5 m ou como requerido pelo Armador
cabo de carga é paralelo ao amantilho entre a cabeça do
pau de carga e a cabeça do mastro, a tensão no amantilho S = distância entre o laís dos dois paus de carga, em m, no
deve ser considerada como a força total do amantilho me- plano horizontal
5-31
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de navios e aeronaves

Em geral a posição do pau de carga tal como mostrada na


b = distância vertical a partir do pino do garlindéu figura F.D3.303.1 deve ser utilizada para esse cálculo e
nesse caso o ângulo entre os cabos de carga deve ser toma-
l = a cabeça da lança interna no plano de projeção dentro do como sendo 120° e a posição da placa triangular conec-
da escotilha de carga deve estar localizado: tando os dois cabos de carga é admitida como sendo a po-
sição mais baixa conforme mostrado na figura F.D3.303.2.
a. a uma distância l não superior a L/5 do lado opos-
to da escotilha dotada de somente um par de paus
de carga;

b. a uma distância l de não mais que L/3 do lado


oposto da escotilha dotada de dois pares de paus
de carga;

c. a uma distância de 1,5 m de cada lado da escoti-


lha.

h = Quando o ângulo formado pelos cabos de carga for


assumido como igual a 120° a mínima altura ―h‖ do ponto
de junção (placa tirângulo) de dois cabos de carga acima
do topo da borda da braçola da escotilha ou borda livre
não deve ser menor que:
5 m para SWL ≤ 19.6 kN
6 m, para SWL > 19.6 kN
onde SWL é a carga maxima de trabalho do aparelho em
tandem em kN.
A altura ―h‖ como definida acima deve ser aumentada ade-
quadamente quando não pode atender aos requisitos para
operação normal . FIGURA F.D3.303.2

303. O cálculo da força para o pau de carga operando em


tandem deve ser realizado de forma que o empuxo do pau
de carga e a carga dos brandais seja obtida da posição de
maior alcance do pau de carga dentro de sua faixa de ope-
ração.

5-32
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T
de navios e aeronaves

FIGURA F.D3.303.1

306. O arranjo dos paus de carga em tandem devem ser Para esse fim a resultante do componente horizontal do
tal que não permita o dobramento do pau de carga no sen- cabo de carga e dos brandais na direção do eixo do pau de
tido contrário em nenhum ponto dentro do alcance do carga, que é denominada ―vão de alívio fh‖ multiplicada
guindaste. por tgθ (θ – ângulo do pau de carga com a horizontal) não
deve ser maior que a soma cós componentes verticais do-
cabo de carga e dos brandais ―fr‖ (vide figura F.D3.306.1).

Tensão no cabo de
fh carga paralela ao
Componente
vertical do
guardim
carga

fr
vertical cabo
Componente

Compressão no
de carga

pau de carga

½ peso do pau de carga

FIGURA F.D3.306.1

305. A carga de trabalho dos schooner guys no arranjo


em tandem deve ser tomada como sendo 20% da carga
SWL do pau de carga, mas não menos que 9,8 kN. 406. O laís deve ser adequadamente reforçado ou ter
maior espessura na área em que os olhais dos amantilhos e
guardins são fixados.
400. Cálculo do pau de carga
407. O coeficiente de segurança n para a estabilidade do
401. O pau de carga pode ser construído tanto com diâ- pau de carga em relação à compressão crítica dada pela
metro constante como com um diâmetro constante em sua
seção média com conicidade nas extremidades.

402. A seção média de diâmetro uniforme de um pau de


carga com extremidades em conicidade deve corresponder
a no mínimo 1/3 do comprimento do pau de carga, e o di- fórmula de Euler não deve ser menor que a requerida na
âmetro menor das seções cônicas não deve ser menor que tabela T.D3.407.1.
70% do diâmetro da seção constante.
SWL do pau
404. A espessura da parede do pau de carga não deve de carga em ≤ 98 294 ≥ 588
ser menor que 1/50 do diâmetro do mesmo em sua seção kN
média, mas não precisa ser maior que 1/30 desse diâmetro, Coeficiente
sendo que em nenhum caso deve ser inferior a 4 mm. de segurança 5,0 4,5 4,0
de estabili-
405. O coeficiente de esbeltez do pau de carga não deve dade n
ser maior que 150. TABELA T.D3.407.1 COEFICIENTE DE SEGURAN-
ÇA n

5-33
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de navios e aeronaves

TABELA T.D3.407.2 – COEFICIENTE DE SEGU-


Nota: O coeficiente de segurança para a estabilidade é RANÇA PARA ESTABILIDADE DE PAU DE CAR-
aplicável com índice de esbeltez λ menor que 145. GA SUBMETIDO A COMPRESSÃO AXIAL
Carga maxima útil SWL do pau de ≤ 98 ≥ 588
carga em kN
Coeficiente de segurança n para 2,5 2,0
estabilidade do pau de carga

J1
J0
J1 Caso a tensão axial σs do aço seja maior que 70% de sua
tensão de tração σb a tensão de escoamento deve ser modi-
a ficada dividindo o valor por um coeficiente β que deve ser
obtido da tabela T.D3.407.3.
L
Valores intermediários devem ser obtidos por interpolação.

A compressão axial admissível p é dada pela expressão: TABELA T.D3.407.3 – COEFICIENTE β

mEJ0 Razão entre ten-


P= * 10-5 kN são de escoa- ≤0,70 0,75 0,80 0,85 0,90
nL2 mento e de tração
σs / σb σb
onde: 1,0000 1,045 1,084 1,1200 1,1550
Coeficiente β
m = coeficiente obtido de acordo com a tabela T.D3.406.2,
sendo que valores intermediários devem ser obtidos por Nota: quando a razão exceder 0,9, deve ser tomada como
interpolação linear; 0.9.

E = módulo de elasticidade = 2,06 * 10 5 MPa 409. O momento no laís de um pau de carga para con-
vencional deve ser considerado como a soma algébrica dos
L = comprimento do pau de carga, em metros, medido do momentos no plano vertical do pau de carga originados
centro do garfo do garlindéu até o centro da polia do laís pela polia do laís e cargas aplicadas aos acessórios agindo
nesse mesmo ponto.
J0 = momento de inércia da seção central do pau de carga,
em cm4; O momento horizontal no laís causado pelas solicitações
de giro ou pelos amantilhos pode ser , em geral, despreza-
n = coeficiente de segurança para a estabilidade do pau de do.
carga dado na tabela T.D3.407.1;
410. No caso de um pau de carga giratório, o pau de car-
a/L 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 ga tem dois moitões para o amantilho entre os quais a car-
J1/J0 Coeficiente m ga não é i8gualmente distribuída quando o pau de carga
0,01 2,55 3,65 5,42 7,99 9,63 não está na linha de centro do navio.
0,10 5,01 6,32 7,84 9,14 9,77
0,20 6,14 7,31 8,49 9,39 9,81 Nesses casos m irá ocorrer um momento na cabeça do pau
0,40 7,52 8,38 9,10 9,62 9,84 de carga e este deve ser levado em conta nos cálculos de
0,60 8,50 9,02 9,46 9,74 9,85 estabilidade de acordo com os requerimentos deste capítu-
0,80 9,23 9,50 9,69 9,81 9,86 lo.
TABELA T.D3.407.2 – COEFICIENTE M
500. Mastros e pescadores (postes, derrick posts,
408. A carga admissível de compressão axial pode tam- kingposts)
bém ser calculada por meio da teoria de estabilidade elás-
tica. 501. Os mastros e postes de paus de carga devem ser
suportados por dois conveses e conectados ao convés prin-
Para tais cálculos os efeitos do momento de flexão devido cipal de maneira efetiva.
ao peso próprio do pau de carga e o momento na extremi-
dade do lais do pau de carga devem ser consideradas. 502. As casarias de guincho podem ser consideradas
como suporte de convés desde que esteja adequadamente
O coeficiente de segurança n para a estabilidade do pau de reforçada para tal.
carga sujeito a compressão axial não deve ser menor que o
apresentado na tabela T.D3.407.2. 503. Meios alternativos que forneçam suporte efetivo
para o maestro ou poste serão considerados.

5-34
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T
de navios e aeronaves

504. O mastro ou poste deve ser adequadamente reforça-


do onde submetidos a cargas concentradas, tais como no a. Dois paus de carga servindo uma escotilha no
suporte do garlindéu, olhais para o amante ou estais. menor ângulo do pau de carga com a horizontal;
b. Dois paus de carga, um para vante do porão de
O calcanhar das borboletas e os cantos dos acessórios não carga e outro para ré, girados para um bordo do
devem ser fixados aos painéis não reforçados do mastro. navio até sua máxima posição operacional.

O reforço deve ser feito utilizando espessuras maiores. Caso 3 – para mastro ou poste suportando paus de carga
tanto para cargas leves como para cargas pesadas, a com-
505. A continuidade estrutural deve ser mantida na estru- binação da solicitação decorrente das cargas leves e pesa-
tura de todos os componentes e quaisquer mudanças brus- das não precisa, em geral, ser considerada.
cas de seção devem ser evitadas.
Caso 4 – quaisquer condições que introduzam solicitações
506. Aberturas tais como acessos e furos de alívio devem maiores que as consideradas acima devem ser levadas em
ser evitadas em locais sujeitos a cargas concentradas ou a consideração.
altas solicitações de cisalhamento.
511. A tensão combinada em qualquer seção de um mas-
507. O diâmetro externo D do mastro ou poste não deve tro ou poste deverá obedecer às seguintes condições:
ser maior que o obtido da expressão:
a. cada uma das duas tensões normais σx e σy, seja
100*t igual ou inferior a σa;
D= mm, para t ≤ 15 mm
25 – t b. o esforço de cisalhamento seja igual ou inferior a
τa;
D = 100*t para t > 15 mm
c. a tensão de comparação σcp seja igual ou inferior
onde: a σa, isto é:

t = espessura da parede do mastro ou poste, em mm σcp = √σx2 + σy2 - σx* σy + 3* τxy2 ≤ σa

A espessura mínima da parede do mastro ou poste não de- onde:


ve ser menor que 6 mm.
σx e σy = tensões normais
Onde o mastro ou poste for também usado como duto de
ventilação, a espessura mínima da parede não deve ser me- σa = tensão admissível à tração ou compressão
nor que 7 mm.
τxy = tensão de cisalhamento
508. Recomenda-se que o diâmetro externo do mastro na
região do olhal do amante seja maior ou igual a 85% da τa = tensão de cisalhamento admissível
seção no nível do convés de suporte.
512. O coeficiente de segurança referente à tensão de
509. As solicitações do amante, cabo de carga e com- escoamento σs do material para o mastro e poste incluindo
pressão do pau de carga aplicadas ao mastro ou poste de- a verga e estruturas afixadas, não deve ser menor que os
vem ser calculadas de acordo com os requisitos relevantes valores dados na tabela T.D3.512.1 abaixo:
pelas quais as solicitações combinadas das diversas seções
do mastro ou poste devem ser consideradas.
TABELA T.D3.512.1 – COEFICIENTE DE SEGU-
510. No cálculo da resistência do mastro ou poste as RANÇA PARA TENSÃO DE ESCOAMENTO
condições mais desfavoráveis de carga devem em geral ser
consideradas, como segue: Carga máxima de Coeficiente de segurança
trabalho SWL em kN Masro estaiado Mastro sem estais
Caso 1 – mastro ou poste com um só pau de carga: SWL ≤ 98 2,20 2,0
SWL ≥ 588 1,76 1,6
98 < SWL < 588 Obter por interpolação linear
a. Um pau de carga servindo uma escotilha no me-
nor ângulo do pau de carga com a horizontal; 513. Quando a tensão de escoamento σs do aço empre-
b. Um pau de carga girando para fora da borda até o gado for maior que 70% da tensão de tração a tensão de
ponto máximo de operação. escoamento deve ser modificada de acordo com a tabela
Tabela T.D3.407.3 – Coeficiente β.
Caso 2 – mastro ou poste com dois ou mais paus de carga:

5-35
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de navios e aeronaves

514. O grau do aço utilizado na fabricação do mastro e mar e vento dadas pelo item D4.101 acima serão objeto de
seus acessórios é dado em C2. considerações específicas.

515. O arranjo dos estais do maestro deve ser tal que não 200. Solicitações principais
venha a obstruir a operação do pau de carga.
201. As solicitações operacionais a serem consideradas
Macacos devem ser instalados na parte inferior dos estais e na análise de guindastes são as seguintes:
conectados a olhais fixados ao convés, borda falsa ou casa-
ria. - Solicitações principais exercidas sobre a estru-
tura do equipamento suposto imóvel, no estado
Os estais devem ser submetidos a uma tensão inicial. de carga mais desfavorável;
- Pêso próprio
516. O módulo de elasticidade dos cabos de aço para - Solicitações devidas a banda e/ou trim
cálculo do alongamento dos estais pode ser tomado como - Solicitações dinâmicas devido ao movimento
sendo 1.1 * 105 MPa, e a área da seção do cabo tomada vertical e horizontal da carga
como a calculada pelo diâmetro nominal do cabo. - Solicitações devido ao vento e condições ambi-
entais
Valores maiores poderão ser adotados desde sejam resul- - Solicitações em acessos, plataformas, etc.
tantes de testes realizados.
202. Solicitações com o guindaste estivado devem ser
D4. GUINDASTES DE BORDO consideradas na análise do guindaste e ocorrem quando os
efeitos climáticos exercem solicitações acima das estabele-
100. Aplicação cidas no item D1.100 acima:

101. Os requisitos deste capítulo aplicam-se a guindastes - Solicitações devidas aos efeitos climáticos
abaixo descritos projetados num porto ou em águas abri- (vento, condições de mar, etc.)
gadas onde não há movimentos significativos do navio e o - Solicitações devidas aos movimentos do na-
estado do mar não ultrapassa Beaufort 2: vio

a. Guindastes de convés montados em navios para Nessa condição não é permitida elevação de carga ou carga
manusear equipamentos e cargas nas condições de pendente do gato.
porto
b. Guindastes para manuseio de containeres para 203. Coeficiente de majoração φd – considerando-se que
operar nas condições de porto existe uma certa probabilidade de que sejam ultrapassados
c. Guindastes flutuantes montados sobre balsas ou os limites calculados, inerente à precisão do cálculo e aos
pontões para manusear cargas nas condições de imprevistos, deve-se aplicar um coeficiente de majoração
porto aos resultado obtido para a capacidade SWL que vai de-
d. Caçambas montadas em navios, barcaças ou pon- pender da classe do guindaste:
tões para operação nas condições de porto
e. Guindastes de provisões pontes rolantes de Praça TABELA T.D4.203.1 – COEFICIENTE DE MAJO-
de Máquinas, etc. montados em navio para manu- RAÇÃO
sear equipamentos e provisões nas condições de Tipo do guindaste e tipo de serviço Coeficiente
porto de majoração
f. Guindastes montados em navios para manuseio de φd
equipamento não tripulado em um ambiente Ponte rolante de Praça de Máquinas,
offshore, por exemplo, guindastes para linhas turcos de provisão, guindastes de ma- 1,00
submersas. nutenção
g. Guindastes montados em plataformas offshore Guindastes de convés, guindastes para
móveis ou fixas para transferência de equipamen- containeres, pórticos, cábreas e guin-
tos, provisões etc. de e para navios supridores dastes flutuantes 1,05
h. Guindastes montados em plataformas offshore Guindastes com caçamba 1,20
móveis ou fixas para manusear submersíveis tri-
pulados e sistemas de mergulho 300. Solicitações principais exercidas sobre a estrutu-
ra do equipamento suposto imóvel, no estado de carga
102. Sistemas de paus de carga não estão incluídos neste mais desfavorável;
capítulo e devem ser projetados de acordo com os reque-
rimentos do capítulo D3. 301. Solicitações básicas são a carga viva mais a carga
morta, como definido no Capítulo B4 item100 do presente
103. Quaisquer guindastes ou elevadores não cobertos guia.
pela descrição supra ou que ultrapassem as condições de

5-36
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de navios e aeronaves

400. Solicitações dinâmicas devido ao movimento ver- onde:


tical e horizontal da carga
a = aceleração em m/s2
401. Nas solicitações devidas ao levantamento da car-
ga de serviço devem ser levados em conta oscilações pro- e
vocadas pelo levantamento brusco da carga, multiplicando- Vh = velocidade de deslocamento in m/s
se as solicitações devidas à carga de serviço por um coefi-
ciente dinâmico φh. conforme a tabela abaixo Quando as condições de trabalho forem conhecidas mas a
velocidade não, o valor mais alto de aceleração para a ve-
locidade adequada deve ser usado.

405. As forças de inércia atuado na carga e no guindas-


Coeficiente φh a velocidades VL em m/min te resultantes do movimento de giro devem ser considera-
Equipamento φh VL em m/min das..
Pontes ou 1,15 0 < VL ≤ 0,25
pórticos rolan- 1 + 0,6 VL 0,25 < VL < 1 A aceleração de giro, ou alternativamente a aceleração de
tes 1,60 VL ≥ 1 giro e o tempo de frenagem devem ser informados pelo
Guindaste com 1,15 0 < VL ≤ 0,25 fabricante.
lança 1 + 0,3 VL 0,25 < VL < 1 Quando essa informação não estiver disponível, a acelera-
1,30 VL ≥ 1 ção na extremidade da lança deve ser adotada como 0,6
Tabela T.D4.401.1 - Coeficiente φh a velocidades VL em m/min m/s2 com a lança do guindaste no raio máximo de giro.

Conforme indicado nas tabelas, o valor do coeficiente φh 406. Em geral, o efeito da força centrífuga atuando na
não deve ser inferior a 1,15 estrutura do guindaste é pequeno e pode ser desprezado.

402. Devem ser consideradas as forças que ocorrem 407. As solicitações de torção que ocorrem sobre uma
quando um guindaste desloca-se ao longo de trilhos ou estrutura quando dois pares de rodas movem-se ao longo
pistas resultando numa aceleração vertical atuando no de um trilho, perpendiculares aos trilhos tendendo a en-
guindaste e sua carga juntamente com a aceleração hori- curtar uma diagonal e alongar a outra devem ser levadas
zontal devida à mudança de velocidade do guindaste em em consideração.
deslocamento.
O valor dessa força Fr é calculado através das seguintes
403. A aceleração vertical é usualmente pequena desde fórmulas:
que os trilhos e junções sejam nivelados.
Fr = λ P em N
Como essas forças não são consideradas simultâneas com
as que ocorrem durante o içamento, podem normalmente onde:
ser desprezadas.
P = carga vertical nas rodas em N
404. A aceleração horizontal incluindo a frenagem de-
ve ser informada pelo fabricante. λ = coeficiente que depende da razão entre a bitola l e a
base b
Quando essa aceleração é desconhecida, mas a velocidade
e condições de serviço são conhecidas, essa aceleração
pode ser obtida das fórmulas Fr

a. Para guindastes com velocidade baixa de desloca- b


mento (0,4 a 1,5 m/s:
a = 0,075Vh + 0,07.
Fr
b. Para guindastes com velocidade de deslocamento Fr b/l F r b/l
moderada a alta (1,5 a 4,0 m/s) l

a = 0,075Vh + 0,20. λ

0,20
c. Para guindastes com velocidade de 1,5 a 4,0 m/s e 0,15
aceleração alta (0,4 – 0,7 m/s2) 0,10
0,05
a = 0,10Vh + 0,27.
0 2 4 6 8 10 12 l/b
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408. Devem ser levadas em consideração as solicitações 502. Com o guindaste peado, as bases de dispositivos de
aplicadas à estrutura de um guindaste como resultado do peação devem ser projetadas de forma a suportarem as
contato com dispositivos limitadores de deslocamento. solicitações oriundas das duas combinações de projeto
abaixo:
O limitador deve ser considerado com capacidade de ab-
sorver a energia cinética de um guindaste sem carga a uma a) Aceleração perpendicular ao plano do convés de ± 1,0 g
velocidade de 70% da velocidade nominal. Aceleração paralela do convés na direção de vante e ré
de ± 0,5 g.
Quando forem instalados dispositivos de desaceleração Inclinação estática de 30°
que operem antes de o guindaste alcançar o final dos tri- Ventos de 63 m/s atuando na direção longitudinal proa-
lhos e desde que tais dispositivos operam automaticamente popa.
e provoquem desaceleração efetiva ao guindaste em todas
as condições, a velocidade reduzida é a que será utilizada b) Aceleração perpendicular ao plano do convés de ± 1,0 g
nos cálculos. Aceleração paralela do convés na direção de vante e ré
de ± 0,5 g.
Para guindastes nos quais as cargas suspensas podem ba- Inclinação estática de 30°
lançar, a solicitação introduzida pelo limitador deve ser Ventos de 63 m/s atuando na direção transversal.
calculada equacionando a capacidade de energia do limita-
dor com a energia cinética do peso morto de carga do 215. As solicitações devido aos movimentos do navio
guindaste, excluindo-se a carga viva. serão calculadas conforme segue.

Para guindastes em que o movimento de balanço da carga A Tabela T.D4.502.1 fornece os parâmetros máximos
é restringido por guias fixos, o pêso próprio mais a carga permitidos para os movimentos do navio:
viva devem ser considerados no cálculo das forças.
TABELA T.D4.502.1 PARÂMETROS MÁXIMOS
500. Solicitações devido a condições ambientais PERMITIDOS PARA OS MOVIMENTOS DO NA-
VIO
501. Para todos os aparelhos de carga descritos na tabela Movimento Máxima ampli- Período em se-
T.D1.501.1 os cálculos de projeto serão baseados nas in- tude gundos
clinações especificadas nessa tabela a menos que requisi- 0,7 B
tos mais rigorosos sejam impostos nas seções deste capítu- Jogo υ = 30° Tr =
lo. √ GM
Arfagem
Para a condição ―estivado‖ (lança peada em seu suporte) ψ = 12e-Lpp/300 Tp = 0,5√Lpp
deve ser permitida tolerância para a inclinação estática e
para as forças dinâmicas de aceleração conforme itens adi-
ante neste guia. Afundamento Lpp/80 Th = 0,5√Lpp

TABELA T.D4.501.1 – ÂNGULOS DE BANDA E


onde:
TRIM
Banda Trim Lpp — comprimento entre perpendiculares, em m;
Navios e estruturas flutuantes seme- ± 5° ± 2° GM — altura metacêntrica inicial do navio carregado, em m;
lhantes a navios B — boca moldada do navio, em m;
Balsas com razão L/B menor que 4 ± 3° ± 2° ψ — considerado não maior que 8°;
Diques flutuantes ± 2° ± 2° e — base dos logaritmos naturais.
Cábreas até 60 t SWL ± 5° ± 2,5°
Cábreas acima de 60 t SWL ± 3° ± 2°
Plataformas semi-submersíveis ± 3° ± 3°
Plataformas elevatórias ± 1° ± 1°

A ocorrência dos ângulos de banda e trim mostrados na


tabela T.D4.501.1acima é normalmente simultânea.

Ângulos de operação maiores que os fornecidos na tabela a


T.D4.501.1 acima deverão ser objeto de considerações
especiais.

Ângulos menores que os fornecidos na tabela T.D4.501.1


acima somente poderão ser adotados nos cálculos caso o
Armador faça prova de que esses ângulos não serão exce-
didos em operação norma.
5-38
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T
de navios e aeronaves

Componente das forças, em Newtons

Perpendicular ao convés Paralelo ao convés


Movimento
Transversal Longitudinal

Estático

Jogo W cos υ W sin υ

Arfagem W cos ψ W sin ψ

Combinado W cos(0.8 υ) cos(0.8 ψ) W sen(0.8 υ) W sen(0.8 ψ)

Dinâmico
υy υZr
± 0,07 W ± 0,07 W
Jogo Tr2 Tr2

ψx ψ υZp
Arfagem ± 0,07 W ± 0,07 W
Tp2 Tp2

Lpp Lpp Lpp


Afundamento ± 0,05 W cos υ ± 0,05 W sen υ ± 0,05 W sen ψ
Th2 Th2 Th2

Lpp
± 0,05 W cos ψ
Th2

Símbolos
Notas:
Carga estática significa o componente da gravidade da força atuando no navio devido aos ângulos de balaço e arfagem, e
a carga dinâmica significa a força de inércia devido aos movimentos do navio (Jogo, arfagem e afundamento);
y = distância transversal paralela ao convés da LC do navio até a LC do guindaste, em metros;

x — distância longitudinal paralela ao convés desde o centro do movimento de Arfagem, isto é, do centro longitudinal de
flutuação (LCF) à linha de centro do guindaste, em metros;

Zr — distância perpendicular ao convés a partir do centro de Jogo tomada na vertical do centro de gravidade do navio, até
o centro de gravidade do guindaste, em metros;

Zp — distância perpendicular ao convés entre o centro do movimento de arfagem até a linha de centro do guindaste, em
metros;
W — pêso do guindaste ou seus componentes, em Newtons;

φ e ψ considerados em graus;

Ver Parte 2, Título 11, Seção 1, Capítulo C2 das Regras.

TABELA T.D4.502.2 – FORÇAS DINÂMICAS

5-39
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de navios e aeronaves

As combinações de forças estáticas e dinâmicas deve ser conside-


rada como segue: a. Para guindastes em operação, conforme a tabela
T.D1.601.1
a. Jogo:

Jogo estático + Jogo dinâmico + afundamento dinâmico (no ân-


b. Para guindastes peados, o valor de Vw deve ser tomado
gulo de banda υ). como 63 m/s.

b. Arfagem: 504. A força dos ventos na carga suspensa é calculada


como um valor mínimo conforme segue:
arfagem estática + arfagem dinâmica + afundamento dinâmico
(no ângulo de trim υ). Para guindastes facilmente fixados contra ventos e para
operação com ventos leves:
c. Movimentos combinados:

Força estática combinada + 0,8 (jogo dinâmico + afundamento


f = 0,015*m*g;
dinâmico).
Para todos os tipos normais de guindastes instalados em
A determinação das forças devidas ao movimento do navio por áreas livres:
programas de computador reconhecidos pode ser aceita em análi-
se de navegação oceânica e quase-estática de acordo com a con- f = 0,03*m*g
dição de mar mais severa que seja de ocorrência provável na área
de navegação do navio. Para guindastes que devem continuar operando com ventos
fortes:
503. As pressões e velocidades dos ventos quando o
guindaste está em operação são dadas pela Tabela f = 0,06*m*g
T.D4.503.1
onde:
TABELA T.D4.503.1 – PRESSÕES E VELOCIDADES
DOS VENTOS COM O GUINDASTE EM OPERA- f = força dos ventos na carga suspensa em kN
ÇÃO
Tipo de guindaste Velocidade Pressão dinâ- m = massa da carga suspensa em t
do vento mica do vento
Vw (m/s) (kPa) g = aceleração da queda livre (g = 10 m/s2)
Guindastes facilmente fi- 14,0 0,125
xados contra ação de ven- 505. A força do vento Fw atuando na estrutura do guindaste
tos, projetados para opera- ou em elementos estruturais individuais deve ser calculada da
ção com ventos leves expressão seguinte:

Todos os tipos normais de 20,0 0,250 Fw = A*p*Cf em N


guindastes instalados em
onde:
áreas livres
A = área efetiva frontal da parte, em m2, isto é, a projeção da
Guindastes descarregado- 28,5 0,500 área sólida sobre um plano perpendicular à direção do vento
res tipo transportador que
devem continuar operando p = pressão do vento que corresponde à condição apropriada do
com ventos fortes projeto, em kN/m2

A pressão dinâmica do vento ―P‖ é dada pela seguinte Cf = coeficiente da força na direção do vento
equação:
A carga total do vento na estrutura é obtida como a soma das
2 cargas em seus componentes.
P = K * Vw
Onde: Os coeficientes das forças para componentes do implemento,
armações de treliça única, e alojamento de implementos são da-
K = fator relacionado com a massa específica do ar, o qual, dos na tabela T.D4.505.1 abaixo.
para fins de projeto, é considerado constante:

K = 0,613 kg/m3 Pa

Vw = velocidade do vento, usada como base para o cálculo


em m/s, considerada como segue:

5-40
REGISTRO BRASILEIRO Guia para certificação de aparelhos de carga CAPÍTULOS - A-
T
de navios e aeronaves

vento

comprimento do elemento l l
Flambagem aerodinâmica = = =
largura da seção tranversal à frente do vento b D

largura da seção tranversal à frente do vento l


Razão da seção (seções quadradas) = =
(ou retangulares) profundidade da seção paralela ao fluxo do vento b

TABELA T.D4.505.1 – COEFICIENTES DAS FORÇAS

Tipo Descrição Flambagem aerodinâmica


l/b ou l/D

5 10 20 30 40 50

Superfícies planas, seções ocas, retangulares, se- 1,30 1,35 1,60 1,65 1,70 1,80
ções laminadas
Componen- Seções circulares onde DVs < 6 m2/s 0,75 0,80 0,90 0,95 1,00 1,10
tes do im-
plemento
DVs ≥ 6 m2/s 0,60 0,65 0,70 0,70 0,75 0,80

b/d

≥ 2,00 1,55 1,75 1,95 2,10 2,20


Seções quadradas acima de 350 mm e
retangulares acoma de 250 mm x 450 1,00 1,40 1,55 1,75 1,85 1,90
mm
0,50 1,00 1,20 1,30 1,35 1,40

0,25 0,80 0,90 0,90 1,00 1,00

Seções laterais planas 1,70

Armações de
treliça única
Seções circulares onde DVs < 6 m2/s 1,20

DVs ≥ 6 m2/s 0,80

Alojamento Plataforma ou base da máquina (fluxo de ar sob a 1,10


da máquina. estrutura evitado)

5-41
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de navios e aeronaves

D é o diâmetro de uma seção circular, Vs é a velocidade do vento

Os coeficientes das forças obtidos por meio de túnel de vento


serão aceitos pelo RBNA mediante apresentação da documenta- relação da seção largura da seção transversal do fluxo do vento b
ção relevante. (p/ seções quadradas = =
ou retangulares) profundidade da seção paralela ao fluxo do d
Quando uma armação é fabricada com seções circulares ou de vento
seções circulares em ambos os regimes DVs < 6 m2/s e DVs ≥
6 m2/s, sendo D o diâmetro de uma seção circular e Vs a velo- 506. Quando componentes do implemento ou armações para-
cidade do vento, os coeficientes apropriados da força são lelas são posicionados de maneira a proporcionar proteção, a
aplicados nas áreas frontais correspondentes. força do vento no componente ou armação de proteção ao vento
e nas partes desprotegidas é calculada usando-se os coeficientes
apropriados de força.
A flambagem aerodinâmica é calculada através da seguinte
equação: Os coeficientes das forças nas partes desprotegidas são multipli-
cados por um fator de proteção η dado na Tabela T.D4.506.1.
flambagem comprimento l l
= = ou Os valores de η variam com as relações de solidez e espaçamen-
aerodinâmica largura da seção transversal o fluxo de vento B D tos definidos na Tabela T.D4.506.1.

A relação da seção é calculada através da seguinte equação:

FIGURA F.D4.506.1 – RELAÇÃO DE SOLIDEZ

A Área das partes sólidas Σ A componentes


Relação de solidez = = =
A0 Área fechada (interna) b*l

FIGURA F.D4.506.1 – RELAÇÃO DE ESPAÇAMENTO

distância entre as laterais das faces a


Relação de solidez = =
largura do corpo através da seção transversal do fluxo do vento b

5-42
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T
de navios e aeronaves

TABELA T.D4.506.1 - FATORES DE b. Para torres compostas de seções circulares:


PROTEÇÃO η
DVs < 6,0 m2/s Ft = 1,2p (1 + η)
Relação de Relação de solidez A/Ae
DVs ≥ 6,0 m2/s Ft = 1,4p (1 + η)
Espaçamento
Α/b 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 onde:

D = diâmetro da seção em metros


0,5 0,75 0,4 0,32 0,21 0,15 0,1
Vs = valor de projeto da velocidade do vento em m/s.
1,0 0,92 0,75 0,59 0,43 0,25 0,1
O valor de η is deve ser tirado da tabela T.D4.604.1 para a/b =
1,0 de acordo com a relação de solidez da face de proteção do
2,0 0,95 0,8 0,63 0,5 0,33 0,2
vento.

4,0 1 0,88 0,75 0,66 0,55 0,45 A carga máxima do vento em uma torre quadrada ocorre quando
o vento sopra em uma quina, e pode ser tomada como 1,2 vezes a
5,0 1 0,95 0,88 0,81 0,75 0,68 carga na face.
507. Condições de operação e combinação de cargas: o proje-
6,0 1 1 1 1 1 1 to do guindaste deve levar em conta o que segue:

Quando existir um número de armações e componentes do im- Cargas a serem consideradas:


plemento idênticos, com espaçamentos eqüidistantes entre si de a. Pêso próprio
tal maneira que cada armação proteja a que estiver imediatamente
anterior, é aceito que o efeito de proteção aumente até a nona b. Carga viva e o componente horizontal da carga viva
armação e permaneça constante daí em diante. devido a banda e trim multiplicados pelo fator de iça-
mento φh.
As cargas dos ventos, em Newtons, devem ser calculadas pelas
seguintes equações:
c. A solicitação horizontal mais desfavorável (usualmente
Até nove armações: devido a aceleração de giro)

1 – ηn d. O componente horizontal da carga morta devida a ban-


Fw = A.p.Cf ( ) Newtons da e trim.
1-η
O projeto do guindaste deve ser considerado em relação a solici-
tações resultantes das seguintes quatro condições de operação:
Quando existirem mais que nove armações:
Caso 1 – guindaste operando sem vento

1 – ηn [ (a) + (b) + (c) + (d) ] * coeficiente de majoração φd


Fw = A.p.Cf [ + (n-9) η3] Newtons
Caso 2 – guindaste operando com vento
1-η
[ (a) + (b) + (c) + (d) ] * coeficiente de majoração φd + Lw
onde:
onde Lw é a solicitação de vento mais desfavorável
A = área efetiva frontal da parte, em m2, isto é, a projeção da
área sólida sobre um plano perpendicular à direção do vento
Caso 3 – guindaste sem operar na posição de peado:
p = pressão do vento que corresponde à condição apropriada do
A combinação de solicitações a ser considerada é:
projeto, em kN/m2
Forças resultantes da aceleração devida aos movimentos do navio
Cf = coeficiente da força na direção do vento
e forças estáticas somadas às forças do vento apropriadas à con-
dição de guindaste peado.
n= número de armações
S efeitos de ancoragem, travamentos e peação, onde aplicável,
η = fator de proteção dado pela tabela T.D4.640.1 mas não me-
devem ser levados em consideração.
nor que 0,1
Caso 4 – guindaste submetido a uma carga específica:
O cálculo da força do vento na face de torres de treliça baseado
na área sólida da face de proteção do vento deve ser multiplicada
As seguintes solicitações devem ser consideradas:
pelos seguintes coeficientes:
a. Para torres compostas de seções planas: a. contato com os limitadores de movimento

Ft = 1,7p (1 +η)
5-43
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de navios e aeronaves

b. falha do cabo de carga ou liberação súbita da carga Caso 3 – guindaste em condição de peado sujeito a tem-
com contrapeso pestade;
c. carga de teste
Caso 4 – guindaste sujeito a carga específica (caso 4 do
item 605 acima)
508. Cargas nas plataformas e acessos: plataformas e
acessos devem ser projetados para suportar uma carga uni-
As cargas e forças resultantes das quatro condições acima
formemente distribuída sobre a área total de 5000 N e uma
devem ser multiplicadas por seus respectivos coeficientes
carga concentrada de 3000 N em cada elemento individual.
de carga dados na Tabela T.D4.600.1 abaixo para os mo-
mentos de tombamento relativos à extremidade em consi-
600. Estabilidade contra tombamento
deração.
601. Guindastes móveis, carros de pontes rolantes, ca-
O guindaste será considerado como estável caso a soma
çambas, etc, que são capazes de deslocar-se quando carre-
dos momentos de tombamento não é maior que a soma dos
gados devem ser analisados a respeito da estabilidade con-
momentos de endireitamento
tra tombamento nas seguintes condições:
Caso 1 – guindaste operando sem vento;

Caso 2 – guindaste operando com vento;

Tipo de Condição Cargas Cargas Forças inter- Cargas do Observações


guindaste Mortas vivas nas (incluindo vento
cargas vivas)
Guindaste tipo 1 0,95 1,4 0 0 Para guindastes com braço, análise da
ponte 2 0,95 1,2 1 1 estabilidade deve ser feita para:
3 0,95 0 0 1,15 (1) direção longitudinal (braço do guin-
daste)
4 0,95 - - -
conditions 1 & 2)
(2) direção transversal (direção do des-
locamento, condição analisar a estabili-
dade na direção transversal (condição 3)

Guindastes com 1 0,95 1,50 0 0


lança 2 0,95 1,35 1 1,0
3 0,95 0 0 1,1
4 0,95 -0,20 0 1,0
TABELA T.D4.601.1 – COEFICIENTES DE CARGA PARA CONDIÇÕES DE TRABALHO
701. Tensão admissível
Quando dispositivos de fixação (rodas de reação, garras,
etc.) forem utilizados durante a operação do guindaste as A tensão admissível σa deve ser considerada como a ten-
forças resultantes dos dispositivos de fixação poderá ser sãodo componente em estudo multiplicada for um coefici-
usada no cálculo do momento de endireitamento. ente de tensão f que depende da condição de carga consi-
derada, e é dada pela expressão geral:
Momentos de tombamento resultantes da inclinação do
navio devem ser considerados. σa = f * σ

Para cábreas e guindastes flutuantes, a estabilidade global onde:


contra tombamento deve ser analisada.
σa = tensão admissível, in N/mm2
Guindastes com lança devem ser projetados com respeito
aos requisitos de carregamento de tal forma que a lança f = coeficiente de tensão
não venha a dobrar-se em sentido da contraflecha sob con-
dições operacionais e cargas de teste. σ = tensão de escoamento, in N/mm2.

Alternativamente limitadores podem ser instalados para O fator de tensão f para aços nos quais σy / σu ≤ 0,7 é dado
prevenir que a lança venha a deformar-se em sentido con- na tabela T.D4.701.1 abaixo, sendo:
trário.
σy = tensão de escoamento do material, em N/mm2
700. Tensões admissíveis
σu = tensão máxima de tração, em N/mm2

5-44
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T
de navios e aeronaves

σcr multiplicada pelo fator de tensão, f, como definido na


. tabela T.D4.701.1
TABELA T.D4.701.1 COEFICIENTE DE TENSÃO f
Caso 1 2 3e4 Adicionalmente, deve ser levada em consideração a capa-
cidade geral da lança para resistir carga de compressão
Coeficiente de tensão f 0,67 0,75 0,85 (ver item adiante) quanto a falha local devida a tensão
crítica de compressão sendo excedida,.
Para aços com σy / σu > 0,7 a tensão admissível deve ser
derivada da seguinte expressão: Para membros sujeitos a compressão simples a tensão crí-
tica de compressão é dada pela fórmula de Perry-
σa = 0,41*f*( σu + σy ) Robertson como função do índice de esbeltez do elemento
o coeficiente de Robertson dado na tabela T.D4.702.2 e a
tensão de escoamento do material σy .
τa = 0,24*f*( σu + σy )
Valores críticos da tensão de compressão são dados na
onde:
tabela T.D4.702.3.
τa = tensão admissível de cisalhamento.
Pode-se usar interpolação linear para valores intermediá-
rios do índice de esbeltez..
A tensão de falha para os tipos de tensão é dada na tabela
T.D4.701.2 abaixo
Os valores do coeficiente de Robertson são dados na tabela
T.D4.702.2, e o índice de esbeltez para membros com raio
TABELA T.D4.701.2 TENSÃO DE FALHA
de giração constante deve ser obyido pela seguinte fórmu-
Tipo de tensão Símbolo Tensão de falha la:
Tração σt 1,0σy
λ = K*L/r,
Compressão σc 1,0σy onde:
Cisalhamento τ 0,58σy
λ = índice de esbeltez
Rolamento (bearing) σbr 1,0σy
K = constante que depende do tipo de engastamento da
Para componentes sujeitos as tensões combinadas os se- viga
guintes critérios de tensão admissível devem ser emprega-
dos: L = comprimento da viga em mm dada na tabela
T.D4.702.1
(a).Cada uma das tensões normais σx e σy deve ser igual ou
inferior à tensão admissível r = raio de giração em mm

σ x < f * σt TABELA T.D4.702.1 – COEFICIENTE K


σ y < f * σt
Diagrama Vínculo K
(b). o esforço de cisalhamento τo seja igual ou inferior à
tensão admissível de cisalhamento Restringida contra rotação e translação
em ambas as extremidades 0,7

τo < f * τa
Restringida contra rotação e translação
(c). a tensão de comparação σcp seja igual ou inferior a em uma extremidade e somente contra 0,8
translação na outra 5
σcp = (σx2 + σy2 – σx σy + 3τo2)½ ≤ 1,1f σa Restringida somente contra translação
em cada extremidade 1,0
onde:

σx = tensão aplicada na direção x, em N/mm2 Restringida contra rotação e translação


σy = tensão aplicada na direção y, em N/mm2 em uma extremidade e somente contra 1,5
τo = tensão de cisalhamento aplicada, em N/mm2. rotação no outro
Restringida contra rotação e translação
702. Tensão admissível: compressão e flexão em uma extremidade e livre para am- 2,0
bos os movimentos na outra
A tensão admissível para membro sujeitos a compressão
deve ser calculada como a tensão crítica de compressão,

5-45
REGISTRO BRASILEIRO Guia para certificação de aparelhos de carga CAPÍTULOS - A- T
de navios e aeronaves

TABELA T.D4.702.2 – VALORES DA CONSTANTE DE ROBERTSON, a, PARA VÁRIAS SEÇÕES


Espessura do Eixo de a
Tipo de seção flange flambagem
ou chapa, mm
Seção I laminada (vigas universais) xx 2,0
yy 3,5
Seção H laminada (colunas universais) até 40 xx 3,5
Ver nota 1 yy 5,5
acima de 40 xx 5,5
yy 8,0

Perfil I ou H de chapa soldada até 40 xx 3,5


Ver notas 1, 2 e 3 yy 5,5
acima de 40 xx 3,5
yy 8,0
Seção laminada I ou H com flanges soldados xx 3,5
Ver notas 1 e 4 yy
xx 2,0
yy
Seções soldadas em forma de caixa até 40 qualquer 3,5
Ver notas 1, 3 e 4 acima de 40 qualquer 5,5

Canais, cantoneiras e seções T laminados (laminados ou cortados de viga ou coluna uni- qualquer 5,5
versal)
Laminados com seção oca qualquer 2,0
Barras redondas, quadradas e chatas até 40 qualquer 3,5
Ver nota 1 acima de 40 qualquer 5,5

Seções laminadas compostas (2 ou mais seções I, H ou canais qualquer 5,5


Duas seções de cantoneira, canal ou T costas com costas qualquer 5,5
Duas seções laminadas amarradas ou battenend qualquer 5,5
Contraventamento de treliça qualquer 2,0
NOTAS
1. Para espessuras entre 40 mm e 50 mm o valor de σcr pode ser considerado como a media dos valores para espessuras menores
que 40 mm e os valores para espessuras acima de 40 mm.
2. Para seções I ou H soldadas onde possa haver garantia que as extremidades dos flanges serão somente cortados a cha, um coe-
ficiente a = 3,5 pode ser empregado para flambagem no eixo y-y para flanges até 40 mm de espessura, e a = 5,5 para flanges
acima de 40 mm.
3. Tensão de escoamento para seções fabricadas de chapa por solda reduzida de 25 N/mm2.
4. ―Seções tipo caixa soldadas‖ inclui aquelas fabricadas a partir de quarto chapas, duas cantoneiras ou seções I ou H e duas
chapas mas não seções tipo caixa compostas por dois canais ou chapas com reforços longitudinais soldados.

5-46
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de navios e aeronaves

σb σb
703. Para membros submetidos a flexão e compressão
+ <f
combinadas o seguinte critério para tensão admissível
σc σt
deve ser empregado:
σb = tensão de flexão aplicada, em N/mm2
σt = tensão de compressão aplicada, in N/mm2

TABELA T.D4.702.3 VALORES DE σCR PARA AÇO COM σY VARIÁVEL

Tensão de escoamento em N/mm2 240 260 360

Constante de Robertson a 2,0 3,5 5,5 8,0 2,0 3,5 5,5 8,0 2,0 3,5 5,5 8,0

Índice de esbeltez, λ
20 23 23 23 23 25 25 25 25 35 35 35 34
9 9 8 7 9 8 7 5 6 3 0 5
30 23 23 22 21 25 24 24 23 34 33 32 31
4 0 4 8 3 8 2 4 8 9 8 6
40 22 22 21 19 24 23 22 21 33 32 30 28
8 0 0 9 6 7 6 4 7 2 5 6
50 22 20 19 18 23 22 21 19 32 30 27 25
1 1 5 1 8 5 0 4 3 1 8 6
60 21 19 18 16 22 21 19 17 30 27 24 22
2 6 0 3 8 0 2 4 2 5 9 5
70 20 18 16 14 21 19 17 15 27 24 21 19
0 2 3 6 4 3 4 6 2 5 9 6
80 18 16 14 13 19 17 15 13 23 21 19 17
5 5 7 1 6 5 5 8 7 3 0 0
90 16 14 13 11 17 15 13 12 20 18 16 14
7 8 1 6 5 6 8 2 2 2 4 7
100 14 13 11 10 15 13 12 10 17 15 14 12
9 2 7 3 4 7 2 8 1 6 1 7
110 13 11 10 92 13 12 10 96 14 13 12 11
1 7 3 4 1 7 6 4 2 1
120 11 10 92 82 11 10 95 85 12 11 10 97
5 3 7 6 5 6 6
130 10 91 82 73 10 93 84 76 10 10 93 85
1 2 8 1
140 89 81 73 66 90 83 75 68 94 89 82 76
150 78 72 66 59 79 74 67 61 83 78 73 68
160 70 65 59 53 71 66 60 55 73 69 65 61
170 63 58 53 49 63 59 55 50 65 62 58 55
180 56 53 49 44 57 53 49 45 59 56 53 49
190 51 48 44 40 51 48 45 41 53 51 48 45
200 46 44 40 37 47 44 41 38 48 46 44 4
210 42 40 37 34 42 40 28 35 43 42 40 38
220 39 37 34 32 39 37 25 32 40 38 37 35
230 35 34 32 29 36 34 32 30 36 35 34 32
240 33 31 29 27 33 31 30 28 34 32 31 30

5-47
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de navios e aeronaves

lança como um todo deve ser analisada quanto à falha por


flambagem da lança, tanto no plano horizontal quanto no
800. Estabilidade geral das lanças de guindastes plano de elevação.
802. O índice de esbeltez é o comprimento efetivo da
lança dividido pelo raio de giração no plano considerado.
depende do tipo de vínculos nas extremidades.

Para levar em conta a variação no raio de giração com o


D
comprimento um raio efetivo de giração deve ser calculado
de acordo como segue:

le
re = ( )
H
A
L
onde:

re = raio de giração efetivo em mm

le = m * I2, in mm4

A = área da seção transversal em mm2


R
I2 = Segundo momento de área máximo do membro no
RH
plano considerado
Rl
FIGURA F.D4.801.1 m = dado pelas Tabelas T.D4.801.1 a T.D4.801.3, como
801. Após a análise dos membros individuais da estrutu- apropriado.
ra da lança terem sido analisados quanto à flambagem, a

TABELA T.D4.801.1 – FATOR m PARA OS DIVERSOS VALORES DE I1/I2

I1/I2 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0

m 0,294 0,372 0,474 0,559 0,634 0,704 0,769 0,831 0,889 0,946 1,0

I2 I1

5-48
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T
de navios e aeronaves

TABELA T.D4.801.2 – FATOR m PARA VÁRIOS VALORES DE I1/I2 E a/L

I1/I2 a/L

0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5

0,1 0,555 0,622 0,689 0,756 0,823 0,891

0,2 0,652 0,708 0,765 0,821 0,877 0,934

0,4 0,776 0,815 0,854 0,894 0,933 0,972

0,6 0,866 0,890 0,915 0,940 0,964 0,988

0,8 0,938 0,950 0,961 0,973 0,985 0,996

1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0

TABELA T.D4.801.3 – FATOR m PARA VÁRIOS VA-


LORES DE I1/I2 E a/L

I1/I2 a/L

0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5

0,1 0,372 0,373 0,418 0,479 0,563 0,671

0,2 0,474 0,500 0,532 0,586 0,660 0,756

0,4 0,634 0,667 0,691 0,729 0,783 0,852

0,6 0,769 0,795 0,810 0,836 0,869 0,913

0,8 0,889 0,950 0,961 0,973 0,985 0,996

1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0

5-49
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de navios e aeronaves

803. O comprimento efetivo da lança depende dos tipos


de vínculo nas extremidades. 806. Para elementos submetidos à compressão o índice
de esbeltez λ não deve ser maior que o dado na Tabela
As condições são diferentes no plano e na elevação e são T.D4.806.1 abaixo:
também dependentes do tipo de lança considerado do qual
há dois tipos, suportado por cabos e em balanço. Tipos de componentes Índice de esbel-
tez λ
804. Para lanças suportadas por cabos o comprimento Contraventamento
efetivo deve ser calculado da seguinte maneira: Componentes da treliça princi- 120
primários sujei- pal
a. Na elevação, a lança pode ser considerada como tos a compressão Componente co- 150
sendi fixa em relação à translação e livre para girar de tal mo um todo
maneira que o comprimento efetivo é tomado como sendo Membros secundários sujeitos à com-
o comprimento atual da lança para todas as atitudes, isto é, pressão (contraventamento da treliça 150
IK = 1,0. auxiliar ou anéis da treliça principal)

b. No plano a extremidade inferior da lança deve ser con- TABELA T.D4.806.1 – ÍNDICE DE ESBELTEZ λ PA-
siderada como fixa contra translação e rotação pelos eixos RA ELEMENTOS SOB COMPRESSÃO
de pivoteio e o laís deve ser considerado como parcialmen-
te vinculado em relação à translação pelos cabos de carga e 807. A tensão crítica de flambagem σcrc ou τcr para uma
amantilho, o vínculo variando com a tensão nesses cabos e chapa submetida a compressão ou cisalhamento contra
atitude da lança. flambagem local é dada pelas seguintes expressões, respec-
tivamente:
O comprimento efetivo no plano é dado por:

le = L*k

onde:

le = comprimento efetivo da lança

L =comprimento físico real da lança


onde:
k = constante dada por:
E = módulo de eslaticidade do aço, 2,6 * 10 5 em MPa;

t = espessura da chapa em mm;

b = largura da chapa em mm;


onde C é a razão entre a carga aplicada ao laís (cabeça da kc = coeficiente de flambagem de compressão, ver Tabela
lança) pelo amantilho e a carga aplicada na parte não verti- T.D4.807.1;
cal do cabo de carga, e R, RH, Rl, D e H são dimensões, em
mm, mostradas na figura F.D4.801.1. kτ = coeficiente de flambagem de cisalhamento, ver Tabela
805. Para lanças com aço de muito alta tensão ou com T.D4.807.1
elevada esbeltez os cálculos devem ser apresentados para
aprovação do RBNA.

5-50
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de navios e aeronaves

Condição de tensão Coeficiente de flambagem


Compressão uniforme ou não uniforme

Flexão simples ou flexão como tensão máxima υ ≤

Flexão com compressão como tensão máxima -1<υ<0

Cisalhamento simples

808. A tensão combinada crítica de flambagem σ pcr


para uma chapa submetida a uma combinação de compres-
são e cisalhamento é dada pela seguinte expressão:

onde:

σc — tensão de compressão em MPa; onde:


υ — veja na tabela T.D4.807.1 na coluna ―Condição de
tensão‖ σ ccr, τcr ou σcrp são os mesmos acima definidos
σ ccr, τcr — mesmo que definido no item 807 acima
σz = tensão de escoamento do aço em MPa
809. Quando os valores de σ ccr, τcr ou σcrp são obtidos
das expressões apresentadas no item 807 como adequado, 810. A tensão admissível contra falha por flambagem
são maiores que o limite elástico do aço assumido como deve ser tomada como a tensão de flambagem crítica ou a
0.75σs, as tensões críticas de flambagem σ ccr, τcr ou σcrp tensão de flambagem crítica modificada, obtida dos itens
devem ser substituídas por σ crlc, τrl ou σcrlp obtidas das 807, 808 ou 809 acima, multiplicado por um coeficiente de
expressões: tensão f definido na Tabela T.D4.701.1.

811. Os presentes cálculos não cobrem tensão de flam-


bagem crítica em chapas estruturadas com perfis.

5-51
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de navios e aeronaves

812. Estabilidade contra flambagem para cilindro de


paredes finas

812.a. Um cilindro de paredes finas sujeito a compressão


axial ou compressão combinada com flexão deve ser veri-
ficado quanto a estabilidade contra flambagem desde que onde R e t são definidos como em D3.812.a acima.
as dimensões do cilindro estejam dentro dos limites dados
pela expressão: 900. Diversos

901. Para juntas soldadas, as propriedades físicas do


metal de deposição devem ser consideradas como sendo
iguais às do metal base.

onde: Para juntas de topo com penetração total submetidas a ten-


sões de compressão simples ou tração simples a tensão
t = espessura da parede do cilindro em mm admissível do material de deposição deve ser considerada
igual à do material de base.
R = raio do plano médio da parede do cilindro em mm
Para soldas em filete e soldas submetidas a cisalhamento,
σs = tensão de escoamento em MPa as tensões admissíveis devem ser reduzidas.

E = módulo de elasticidade do aço, 2,06 * 10 5 em MPa Os valores dessas tensões reduzidas são dados na Tabela
T.D4.901.1 onde f é o fator de tensão, ver Tabela
812.b. A tensão crítica σcrc para as paredes finas do cilin- T.D4.701.1.
dro sujeitas a compressão axial ou excêntrica é dada pela
seguinte expressão: TABELA T.D4.901.1 – TENSÃO ADMISSÍVEL NAS
SOLDAS EM N/MM2

Tensão admissível
Tipo de junta
Tração e com- Cisalhamento
onde: pressão

t = espessura da parede do cilindro em mm Topo com penetração 1,0F σy 0,58F σy


total
R = raio do plano médio da parede do cilindro em mm
Filete 0,7F σy 0,58F σy
E = módulo de elasticidade do aço, 2,06 * 10 5 em MPa
A tensão em soldas filete deve ser calculada pela dimensão
812.c. Quando a tensão crítica de flambagem obtida pela da garganta da solda.
expressão D3.812.a acima for maior que o limite elástico
do aço, considerado como 0,75 * σs , a tensão crítica de A resistência das juntas empregando parafusos pré-
flambagem σcr deve ser substituída por σcrlc obtida da se- tensionados para transmitir forças de cisalhamento e/ou de
guinte expressão: tração, isto é, parafusos de alta resistência com interferên-
cia, deve ser determinada de acordo com um padrão nacio-
nal aprovado.

Para juntas utilizando parafusos de precisão, definidos co-


mo turned or cold bolts ajustados em furos lisos ou ros-
queados cujo diâmetro não é maior que o do parafuso em
mais que 0,4 mm, a tensão admissível devida à carga ex-
onde os termos são definidos da mesma maneira que em
terna aplicada é dada na Tabela T.D4.901.2.
D3.812.c acima.

812.d Quando o comprimento da parede fina do cilindro


for maior que 10R, anéis de reforço intermediários devem
ser instalados, e o espaçamento entre os anéis não deve ser
menor que 10R.

O momento de inércia da área do anel de reforço não deve


ser menor que o obtido da seguinte expressão:

5-52
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T
de navios e aeronaves

TABELA T.D4.901.2 – TENSÃO ADMISSÍVEL EM Além desse limite, o pré-tensionamento deve ser realizado
PARAFUSOS AJUSTADOS por dispositivo hidráulico e o alongamento dos parafusos
medido para determinar a pré-carga.
Tensão admissível
A solicitação devida a carregamento externo no parafuso
Tipo de soli- Caso de carregamen- Caso de carregamen- mais solicitado, é dada por:
citação to to

1e2 3e4

Tração 0,4σy 0,54σy

Cisalhamento 0,38σy 0,51σy onde:


simples
M = momento de tombamento de projeto, em N mm
Cisalhamento 0,57σy 0,77σy
duplo H = carga axial de projeto, em Newtons

Tensão e 0,48σy 0,64σy D = diâmetro do círculo de parafusos, em mm


cisalhamento
N = quantidade de parafusos.
(σyy2 +
A tensão admissível de tração para parafusos to ISO 898/1
3τ2)½
grau 2.25.5. The allowable tensile stress for bolts grade
associated with the external loading of 2.25.4, and preten-
Suporte (bea- 0,9σy 1,2σy
sioned in accordance with 2.25.3 are given in Table 3.2.16.
ring)

Quando as juntas forem submetidas a cargas flutuantes ou Table 3.2.16 Allowable stress in ISO 898/1 bolts
reversas os parafusos devem ser pré-tensionados por meios
controlados até 70 a 80 por cento de sua tensão de escoa- Allowable stress, in
mento. N/mm2
International standard ISO 898/1
Parafusos de grau comum não devem ser usados para jun- Load ca- Load ca-
designation
tas primárias ou juntas sujeitas a fadiga. ses ses

902. Anéis de giro e parafusos para anel de giro – o 1 and 2 3 and 4


fabricante deve submeter planos do anel de giro, o arranjo
dos parafusos, a estrutura do guindaste e pedestal na região 8,8 256 343
do anel de giro e cálculos demonstrando as cargas de pro-
jeto estáticas e de fadiga, bem como as tensões admissíveis 10,9 360 482
para o anel e para o arranjo dos parafusos.
12,9 432 579
Os flanges de montagem devem ser rígidos e os parafusos
igualmente espaçados ao redor de todo o perímetro do 903. Coeficiente de segurança para cabos de aço
anel.
A tensão de ruptura dos cabos de aço empregados em
O material das juntas deve ser, em geral, aço contra aço e equipamentos de carga não deve ser menor que a máxima
não é recomendada a instalação de anéis de vedação entre tensão calculada para o cabo multiplicada por um fator de
as juntas. segurança definido conforme o tipo de guindaste conforme
segue:
Os parafusos devem ser de padrão ISSO 898/1 Grau 8.8,
10.9 ou 12.9 ou equivalente e devem ser pré-tensionados
por meios controlados até 70 a 80 por cento de sua tensão
de escoamento.

O pré-tensionamento deve estar em conformidade com as


instruções do fabricante do material do mancal e, em geral,
pré-tensionamento por torquímetro para parafusos até ta-
manho M30 pode ser empregado.

5-53
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de navios e aeronaves

201. Os requisitos do capítulo D4 aplicam-se aos guin-


TABELA T. D4.903.1 dastes flutuantes ou cábreas exceto onde houver requisitos
Coeficiente de segurança n especiais definidos neste capítulo D5.
K= Tensão de ruptura no teste
Tensão admissível no cabo
SWL do aparelho Cabos de carga 202. Exceto onde especificado o projeto de cábreas e
Amantilhos e guardins guindastes flutuantes deve ser feito conforme sua catego-
Até 10 t 5 ria.
10 – 160 t 10000
(8,85 * SWL) + 1910 O fator de majoração φd igual a 1,2 deve ser empregado
160 t e maior 3 em todos os guindastes flutuantes e cábreas.
Cabos para estaiamento
(brandais) 203. As forces dinâmicas devidas a elevação da carga
Até 10 t 4 para guindastes flutuantes e cábreas devem incluir o efeito
10 – 107 t 8000 do movimento relativo do guindaste além da carga devida
(8,85 * SWL) + 1910 aos efeitos de choque e elevação da carga.
107 t e maior 2,8
Nota: o coeficiente de segurança não deve ser maior que 5 O fator de içamento φh deve ser determinado a partir das
condições de mar operacionais de projeto, que podem ser
D5. CÁBREAS E GUINDASTES FLUTUANTES definidas pela escala de Beaufort e pela escala das condi-
ções de mar, ou a partir da altura e freqüência das ondas, e
100. Aplicação deve ser calculado pela expressão:

101. Este Capítulo se aplica à aparelhos de movimentação


de carga em que uma ou mais unidades são montadas sobre
uma estrutura flutuante com ou sem propulsão cujo propó-
sito é tornar o guindaste operacional sobre a água, para
operação em ambiente offshore.
onde:
Ambiente offshore é definido como locais onde haja mo-
vimento significativo do navio ou instalação sobre a qual o υw — fator de onda dado pela tabela T.D5.203.1 ;
guindaste foi montado devido a ação do mar.
K — rigidez (stiffness) do guindaste, em MPa;
O estado do mar, em geral, será maior que Beaufort 2.
Ql — carga viva, em N.
102. O guindaste e a estrutura flutuante são considerados
como unidade única. Para cálculos iniciais:
103. Parte da missão da unidade pode ser transportar Ql = √K/Ql
carga quer suspensa do gato ou estivada na estrutura flutu-
ante. K pode ser tomado como 0.057.

200. Requisitos de projeto

TABELA T.D5.203.1
No. de Condição Altura sig- Velocidade Fator de iça- Ângulo máximo de balanço
Beaufort de mar nificante de mínima de mento Caso 1 Caso 2
onda içamento υw
m/s α° β° α° β°
2 1 0,6 0,2 8,1 5 2 2 5
4 2~3 1,6 0,33 13,7 6 3 3 6
6 5~6 3,9 0,46 21,7 8 4 4 8
8 7 7,0 0,64 33,3 12 6 6 12
Notas:
α = ângulo máximo de balanço normal ao plano da lança
β = ângulo máximo de balanço no plano da lança Os ângulos máximos de balanço devem ser considerados
Caso 1 e caso 2 = ver capítulo D4 item 507. de acordo com a tabela T.D5.203.1 acima.

Para a definição de ângulo máximo de balanço, ver capítu-


lo B4.
5-54
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T
de navios e aeronaves

204. Quando as condições operacionais de projeto de 400. Anéis de giro


vento e mar forem conhecidas, o fator de içamento φh pode
ser calculado da seguinte fórmula, mas em nenhum caso 401. As propriedades dos materiais para os anéis de giro
deve ser menor que o dado em D4.401. devem estar em conformidade com o capítulo C.2 item
200.

402. O anel deve ser considerado em relação a cargas


estáticas resultando da pior combinação de cargas tal como
especificado em D4.507 associada com a tensão admissível
baseada em um fator de segurança igual ou maior que 2,5
em relação à tensão de escoamento do aço.
onde:
403. O anel deve ser também analisado com respeito a
H – altura significante de onda de projeto, em m; fadiga e tensão admissível de 1,5.

T – altura significante de onda, em m; 404. A carga para a análise de fadiga deve ser toamda da
combinação de carga 2 tal como especificado em D4.507
K e Ol – tal como definido em D5.203 acima multiplicada por um fator de espectro de 0,7.

Para calcular a rigidez do sistema do guindaste, a seguinte 405. A falha por fadiga deve ser tomada da curva S-N
combinação dos elementos estruturais deve ser considera- obtida de um teste com base em 2 * 106 ciclos.
da:
406. Os anéis de giro devem atender aos critérios tanto
a. sistema do cabo de carga; de resistência estática quanto de resistência à fadiga.
b. sistema do amantilho;
c. lança do guindaste 407. Os parafusos devem obedecer aos requisitos do ca-
pítulo D4 item 902.
Para cabos de aço o módulo de elasticidade pode ser con-
siderado como sendo 1,1 * 105 Mpa. 408. Os materiais devem obedecer aos requisitos do ca-
pítulo C,
Quando for utilizado compensador, amortecedor ou dispo-
sitivo similar, serão consideradas propostas para análise de 500. Coeficiente de segurança para cabos de aço.
redução dos fatores de içamento.
501. O coeficiente de segurança e carga de ruptura para
300. Velocidade de içamento cabos de cão deve ser obtido da expressão abaixo, mas em
nenhum caso devem ser menores que os obtidos na tabela
301. A velocidade de içamento minima deve ser sufici- T.D4.903.1:
ente para garantir que depois que a carga foi içada não
ocorra contato da mesma com o navio devido a movimento n0 = 0,625 * φh * n
de ondas.
onde:
302. A velocidade mínima de içamento para várias con-
dições de mar e vento são dadas na tabela T.D5.203.1 aci- n = coeficiente de segurança obtido de T.D4.903.1
ma.
φh = coeficiente de içamento obtido de T.D4.401.1
303. Quando os valores de projeto de altura e período da
onda forem especificados, a velocidade de içamento da
carga pode ser obtida da expressão: CAPÍTULO E
INSTALAÇÕES DE MAQUINARIA, ELETRICIDA-
DE E SISTEMAS DE COMANDO E SEGURANÇA

CONTEÚDO DO CAPÍTULO

E1. REQUISITOS GERAIS


onde: E2. DISPOSITIVOS PARA ELEVADORES
PARA PASSAGEIROS E TRIPULAÇÃO
H – altura significante de onda de projeto, em m;
E3. DISPOSITIVOS PARA APARELHOS DE
T – altura significante de onda, em m;
5-55
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de navios e aeronaves

CARGA
101. Os controles devem ser capazes de operar satisfato-
E4. DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA PARA riamente quando sujeitos a ângulos de banda ou trim de
GUINCHOS 10° quando os elevadores estiverem em operação.

E1. REQUISITOS GERAIS 102. Quando os elevadores estiverem parados, os contro-


les devem suportar uma inclinação de 22,5° qualquer que
100. Requisitos gerais seja sua localização.

101. Este capítulo aplica-se a instalações de maquinaria, 103. Devem ser dotados meios para assegurar o controle
elétricas e sistemas de controle e segurança para os seguin- seguro e eficiente da velocidade, direção e parada do carro
tes aparelhos de carga: do elevador.

a. Guinchos e paus de carga 200. Disposições de segurança


b. Guindastes
c. Rampas de veículo e rampas 201. Os elevadores devem ser dotados de dispositivos de
d. Elevadores de carga e passageiros inter-travamento para evitar a ativação dos circuitos de
acionamento quando:
102. Os freios dos mecanismos de elevação da carga, a. As portas ou seus componentes estiverem abertos;
elevação da lança, movimentação horizontal e deslocamen- b. Acessos ao poço do elevador ou seus componentes esti-
to dos aparelhos de carga devem ser capazes de segurar verem abertos.
uma carga estática de 1,5 vezes a capacidade nominal dos
guinchos. 202. Portas automáticas bi-partidas devem ser dotadas de
dispositivos de proteção para prevenir danos pessoais à
103. Sistemas de segurança e controle devem ser instala- tripulação ou passageiros em conformidade com o seguin-
dos para assegurar a operação segura dos aparelhos de car- te:
ga e para estar em conformidade com os requisitos relevan-
tes referentes a segurança, alarme, inter-travamento e con- a. devem ser instalados no bordo de ataque de cada
trole. carro ou porta de acesso;
b. devem estender-se ao longo de toda a altura da
104. A direção do movimento das alavancas de controle entrada, começando 2,5 mm acima das soleiras;
para a operação dos aparelhos de carga deve ser logica- c. a força para operar os dispositivos de proteção
mente relacionado com a convenção: não deve exceder 14,7 N;
- o movimento da alavanca na direção do operador corres- d. os dispositivos de proteção devem agir imediata-
ponde ao movimento de içamento da carga ou da lança mente quando as bordos de ataque das portas es-
- o movimento para a direita do operador corresponde ao tiverem obstruídos.
giro do guindaste para a direita
203. Em adição aos dispositivos de para nos andares
A direção do movimento das volantes de controle para a inferior e superior, meios independentes devem ser dotados
operação dos aparelhos de carga deve ser logicamente re- para parar o elevador no caso de ultrapassar o limite do
lacionado com a convenção: primeiro e último andares.
- o movimento horário do volante corresponde ao movi-
mento de içamento da carga ou da lança 204. Elevadores para navios de passageiros devem ser
- o movimento horário do volante corresponde ao giro do equipados de dispositivo que nivele automaticamente com
guindaste para a direita o piso do convés e abram as portas em caso de falha de
alimentação.
Junto aos controles ou na proximidade dos mesmos deve
ser afixada placa com símbolos e notas que claramente Nivelamento seqüencial do carro do elevador com o con-
identifiquem as direções do movimento do aparelho de vés é permitido.
carga e a posição neutra do controlador.
205. Um dispositivo de segurança deve ser instalado no
105. As balaustradas dos acessos, plataformas, etc. de- carro do elevador e quaisquer contrapesos para parar e
vem ter altura mínima de 1,00 m com um corrimão no topo manter suas posições no caso de sobrevelocidade ou falha
e um vergalhão intermediário a meia distância. Recomen- dos cabos de suspensão ou de suas fixações.
da-se a instalação de um vergalhão inferior a uma altura de
0,10 metros. 206. Um dispositivo de segurança deve ser instalado que
irá parar o carro e/ou contrapesos e manter a posição em
E2. DISPOSITIVOS PARA ELEVADORES PARA caso de solecamento dos cabos de suspensão..
PASSAGEIROS E TRIPULAÇÃO

100. Requisitos gerais


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T
de navios e aeronaves

207. Devem ser dotados meios de inter-travamento para .106. Pelo menos três voltas do cabo devem permanecer
evitar que o elevador seja operado quando a escotilha de no tambor quando a lança estiver no suporte de peação ou
saída de emergência estiver aberta. na posição mais baixa de trabalho.

208. O carro do elevador deve ser dotado de um alarme, 107. Tambores para cabo que não possam ser inspecio-
telefone ou outro meio equivalente de comunicação. nados a todo instante pelo operador devem ser providos de
sistemas de guia para o cabo enrolando no tambor. Este
209. Um mostrador de andar deve ser provido dentro do sistema de guia deve ser instalado de qualquer forma
carro e em cada entrada externa. quando o cabo não for capaz de enrolar-se satisfatoriamen-
te no tambor.
210. Um indicador de chegada do elevador deve ser pro-
vido em cada andar. Tal dispositivo pode ser constituído por ranhuras no tam-
bor, dispositivo de enrolamento ou similar.
211. Iluminação de emergência deve ser provida nos
seguintes locais: 200. Guindastes
- carro do elevador
- compartimento do mecanismo de elevação 201. Devem ser instalados sistemas de controle para os
- pontos de acesso ao poço movimentos vertical da carga, vertical da lança, giro e para
- poço do elevador o posicionamento dos guindastes móveis.

Essa iluminação de emergência deve ser ativada automati- 202.. Onde necessário, os guindastes devem ser dotados
camente em caso de falha da fonte principal de energia de calços para evitar que a lança na posição máxima venha
elétrica. a colidir com a cabine do guindaste

E3. DISPOSITIVOS PARA APARELHOS 203. Os guindastes devem ser dotados de chaves limita-
DE CARGA doras (limit switches) para o que segue:

100. Requisitos gerais - Limite superior para o gato de carga


- Ângulo inferior e superior da lança de carga
101. Sistemas para manuseio da carga devem ser dotados - Ângulo máximo de giro (aplicável para guin-
de um sistema de controle que garanta controle efetivo e dastes com restrição ao movimento de giro)
segura da velocidade, direção e parada do equipamento. - Deslocamento do guindaste, aplicável a guin-
dastes móveis
102. Os postos de controle devem ser arranjados de for-
ma que o operador possa observar a área de operação do 204. As chaves limitadoras descritas no item 103 acima
aparelho de carga e a carga sendo içada. devem ativar alarmes, corte automático da alimentação e
manter a carga e o guindaste na posição no evento de ati-
103. O sistema deve ser dotado de parada de emergência, vação da qualquer uma dessas chaves.
independente da requerida em E3.101 para arrestar o mo-
vimento do aparelho em caso de emergência. Exceção é feita para guindastes auxiliares.

A parada de emergência deve ser claramente identificada e 205. Caso a operação normal de um guindaste requeira
protegida contra operação inadvertida. funções que uoltrapassem os limites de uma chave limita-
dora, uma chave de cancelamento deve ser instalada para
104. Deve ser dotado um alarme que seja ativado no ca- cancelar a ação da chave de fim de curso como, por exem-
so de falha de alimentação de energia e meios devem ser plo, no caso do abaixamento de uma lança até seu jazente
providos para segurar o equipamento e a carga na posição para peação durante a viagem.
do momento da falha.
Esta chave de cancelamento deve ser adequadamente iden-
Para sistemas de controle elétrico, a continuidade da ope- tificada e protegida contra acionamento inadvertido.
ração após uma falha de alimentação somente será possível
retornando a alavanca de controle para a posição neutra. 206. Chaves limitadoras devem ser projetadas e instala-
das de forma que sua eficiência não seja prejudicada pelas
105. Caso sejam instalados indicadores do status de ope- condições atmosféricas ou por sujeira.
ração de maquinaria, se operando ou em prontidão, os
mesmos devem estar disponíveis em todas os pontos de 207. Em seguida à resposta das chaves limitadoras, o
controle. movimento na direção oposta deve estar livre. Quando
possível, sensores de proximidade devem ser instalados.

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de navios e aeronaves

208. Para guindastes móveis, calços de limitação de final 219. Degraus de escadas e suportes devem ser construí-
de curso devem ser instalados após as chaves limitadoras. dos de barra quadrada colocada com os cantos vivos para
cima.
209. Os guindastes devem ser dotados dispositivos de
proteção contra sobrecarga ou de indicadores de carga. 220. As instalações elétricas devem segu

O dispositivo de sobrecarga deve ser ativado a uma carga 300. Requisitos adicionais para cábreas
não maior que 110 % da carga máxima de trabalho (SWL).
301. Para cábreas e guindastes flutuantes, além dos re-
210. Cilindros hidráulicos para a operação de içamento quisitos dos itens 100 e 200 acima, deve ser adicionalmen-
da lança devem ser dotados de meios para evitar o abaixa- te instalado o que segue:
mento precipitado da lança no caso de, por exemplo, uma
falha na linha entre a cabine de controle e o cilindro. - um indicador de velocidade do vento dotado
de alarme que seja ativado quando o limite da
211. Para guindastes com carga / raio de ação variáveis, velocidade do vento seja atingido por um pe-
um indicador de carga que mostre automaticamente a carga ríodo predeterminado de tempo;
máxima a um determinado raio deve ser instalado. - um indicador de nível para o guindaste com
os limites operacionais marcados conforme
Um alarme deve ser ativado quando a carga atinge 95% da especificado no projeto;
carga máxima de trabalho (SWL) e o dispositivo deve cor- - devem ser dotados meios de comunicação en-
tar a alimentação automaticamente a 110% da carga SWL. tre o operador do guindaste e o sinaleiro;
- um indicador de carga no gato.
212. Todos os mecanismos operacionais do guindaste
devem ser dotados de freios. 400. Requisitos para cestas de transbordo

Para os movimentos de içamento da carga e da lança os 401. Conforme a NR29, é proibido o acesso de trabalha-
freios devem ser do tipo ―locked on‖ e dotados de disposi- dores à embarcações em equipamentos de guindar, exceto
tivo de liberação para permitir que a carga seja abaixada na em operações de resgate e salvamento ou quando forem
posição. utilizados cestos especiais de transporte, desde que os
equipamentos de guindar possuam condições especiais de
O fator de segurança do freio, isto é, a relação entre o tor- segurança e existam procedimentos específicos para tais
que do freio e o torque nominal especificado não deve ser operações.
menor que 1,5.
402. As cestas utilizadas para transbordo de pessoas de-
213. Guindastes móveis devem ser dotados de travamen- vem ser construídas de forma que:
to aos trilhos para evitar que o guindaste deslize devido a - não exista risco para a entrada e saída de pes-
cargas de vento ou inclinação do navio. soas,
- o portão de acesso seja dotado de um meca-
214. Guindastes móveis devem ser dotados de dispositi- nismo de travamento que impeça a abertura
vos de ancoragem para fixar o guindaste quando não esti- indevida do portão
ver operando.
403. As balaustradas das cestas de transbordo devem ter
215. Os guindastes devem ser providos de alarmes visu- altura mínima de 1,00 m com um corrimão no topo e um
ai9s e sonoros de sinalização. vergalhão intermediário a meia distância. Recomenda-se a
instalação de um vergalhão inferior a uma altura de 0,10
No caso de guindastes móveis, deve ser instalado um sinal metros.
contínuo visual e sonoro de aviso quando o guindaste esti-
ver se deslocando sobre seus trilhos. 404. As cestas de transbordo devem ser pintadas de bri-
lhantes e a carga SWL deve ser um terço da carga SWL
216. Para guindastes de carga / raio de ação variáveis, do guindaste.
um indicador de raio de alcance da lança deve ser instala-
do. 500. Requisitos para guinchos de carga

217. O poleame do guindaste deve ser dotado de guarda 501. O cabo deve ser capaz de enrolar adequadamente
cabos para evitar que o cabo pule fora da polia. no tambor e, caso necessário, um dispositivo de enrola-
mento deve ser instalado.
218. Estruturas auxiliares tais como escadas, borboletas,
bandejas de cabo, etc.não devem ser soldadas a membros 502. O comprimento do tambor do cabo deve ser tal que
submetidos a alta tensão. Onde necessário, prova do esfor- o cabo seja enrolado em não mais que três camadas.
ço de operação deve ser fornecida.

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de navios e aeronaves

503. No entanto, o cabo pode enrolar-se no tambor em 611. Quando travas de controle remoto forem utilizadas,
mais que três camadas desde que as seguintes condições meios alternativos devem ser dotados para pear a rampa no
sejam obedecidas: evento de falha dos controles ou do mecanismo das travas.

- um dispositivo de enrolamento seja instalado; 612. Um fio de arame contínuo de segurança ou meio
ou equivalente deve ser instalado nas laterais e extremidades
- o tambor seja dotado de ranhuras; ou das plataformas e sob as extremidades das aberturas de
- o ângulo de enrolamento seja restringido em convés.
no máximo 2°.
Meios devem ser providos para corte automático da opera-
504. O comprimento do cabo que se enrola no tambor ção da rampa e manutenção da mesma no local quando o
deve ser adequado para quaisquer posições operacionais fio de segurança for tensionado.

505. Pelo menos três voltas do cabo devem permanecer CAPÍTULO F


no tambor quando a lança estiver no suporte de peação ou DETALHES CONSTRUTIVOS DE ACESSÓRIOS
na posição mais baixa de trabalho.
506. Em todas as condições de operação a distância entre F1. DETALHES CONSTRUTIVOS
a camada mais externa do cabo quando enrolado regular-
mente no tambor e o limite da circunferência lateral do F1. DETALHES CONSTRUTIVOS
tambor deve ser maior que 2.5 vezes o diâmetro do cabo.
100. Requisitos gerais
507. os guindastes devem ser dotados de freios capazes
de aplicar torque de frenagem para segurar a carga na po- 101. O grau de aço selecionado para a fabricação de
sição imediatamente após o corte da alimentação, no even- olhais cortados de chapa laminada deve em geral estar em
to de falha de alimentação. conformidade com o capítulo C do presente guia.

O torque efetivo de frenagem não deve ser menor que 1,5 200. Acessórios
vezes o torque nominal do guincho. .
201. Olhais duplos para encaixe nas extremidades de
600. Elevadores de veículos e rampas paus de carga, a polia da cabeça do pau de carga na sua
extremidade superior bem como o olhar para fixar o bran-
601. Devem ser previstos arranjos para evitar a ativação dal deve ser encaixado na linha de centro do pau de carga e
dos controles e circuitos quando: soldado com penetração total.
- Quaisquer tampas que possivelmente possam
impedir o movimento da rampa ou elevador Arranjos diferentes devem ser submetidos ao RBNA para
estiverem abertas. aprovação.
- O elevador estiver em sobrecarga
- As barreiras de veículos não estiverem fecha- 202. Os acessórios de extremidade para giro e de paus de
das. carga para carga leve não necessitam encaixar na lança e
602. Um aviso audiovisual contínuo deve ser emitido podem ser soldados diretamente na extremidade da mesma.
dentro da área operacional durante a operação do elevador
ou rampa. 203. O diâmetro de polias embutidas de paus de carga
para carga pesada não devem ser menores que 1.2 vezes o
608. Quando um elevador ou rampa estiver travado por diâmetro da lança naquele ponto.
trava retrátil, devem ser providos meios para assegurar que
a alimentação não seja desconectada até que todas as tra- 204. O garfo do garlindéu na extremidade inferior do
vas estiverem acionadas e que a descida não seja possível a pau de carga pode ser de aço forjado, item fabricado ou
menos que os dispositivos sejam destravados. aço fundido,.

609. Quando uma rampa de acesso for adicionada a uma O pino do garlindéu deve ser dotado de porca e presilha.
rampa de popa, esta rampa não deve exceder um ângulo de
10° com a horizontal e um alarme deve ser ativado quando A borboleta do garlindéu pode ser fabricada ou pode ser de
o ângulo máximo permitido for ultrapassado. aço fundido.

610. A inclinação máxima da rampa de acesso quando O garlindéu deve ser encaixado com o anel retentor, pino
em sua posição operacional não deve exceder um determi- e trava para evitar que seja levantado para fora do mancal.
nado ângulo em relação à horizontal e um alarme deve ser
ativado caso tal ângulo seja excedido. 206. A borboleta do mancal do tornel pode ser fabricada
ou de aço fundido e deve ser construída de forma a evitar

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de navios e aeronaves

que o pino vertical gire ou seja levantado para fora da bor- 308. A construção macacos de rosca permitir o trava-
boleta. mento.

206. Olhais fixos devem ser instalados de forma que o A extremidade dos macacos deve ser forjada em uma única
momento de flexão transversal não ocorra durante a opera- peça.
ção tanto quanto possível.
Os macacos do tipo com extremidade em gancho não de-
O tipo dos olhais ou borboletas deve ser adequado às par- vem ser usados em aparelhos de carga.
tes anexadas.
309. Recomenda-se que o peso do gato ou a corrente de
Os locais onde os olhais são fixados devem ser adequada- ligação sejam conectadas ao gato de forma a não desorga-
mente reforçados por meio de reforços. nizar o enrolamento do cabo quando o guincho esteja tra-
balhando sem carga.

300. Poleame e acessórios 310. Chains used as span chain or as part of preventer
guy are to be of studless long link chains. Preventer
301. Gatos de carga tipo ―C‖ devem ser projetados de guy with patent is to be fitted with stop device, the distance
forma a evitar que o gato engate na estrutura do navio ou between the device and the end clip is to be as short
outro obstáculo ao içar por meio de proteção para o gato. as practical and, in general, not greater than one pitch of
the clips.
302. Gatos para finalidades especiais, tais como para içar
containeres, devem estar em conformidade com os padrões 400. Tolerâncias e dimensionamento dos acessórios
internacionais.
401. Ver o Apêndice 1 do presente e as normas da
303. Deve ser instalado um tornel entre o gato e a cor- ABNT referidas no capítulo B.3 do presente.
rente curta ou outro item para elevar a carga, capaz de gi-
rar livremente. CAPÍTULO T
INSPEÇÕES E TESTES
304. A extremidade do pino de uma manilha deve ser
dotado de trava. CONTEÚDO DO CAPÍTULO

Manilhas empregadas para fixar gatos, pesos, correntes ou T1. REQUISITOS GERAIS
similares devem ser dotados de cavirão.
T2. VISTORIAS
305. Moitões devem ser construídos de forma a evitar
que o cabo fique preso entre a caixa e a polia, minimizan- T3. CERTIFICADOS
do a folga ou colocando guardas adequadas.
T4. TESTES DO APARELHO DE CARGA
Deve ser prevista lubrificação efetiva do moitão durante a
operação. T5. TESTES DOS COMPONENTES AUXILIARES

Deve ser prevista lubrificação para todos os mancais e T6. TESTES DE CABOS DE AÇO
acessórios da cabeça do moitão sem desmontar a polia.
T7. TESTES DE IMPACTO
O goivado para cabos de aço deve ser de aço, e o emprego
de polias de ferro fundido deve ser submetido para aprova-
ção do RBNA.
T1. REQUISITOS GERAIS
Não devem ser usadas patescas móveis em aparelhos de
carga. 100. Tipos de inspeção

A relação entre goivado de polias e diâmetro dos cabos de 101. Os aparelhos de carga devem ser submetidos a uma
aço e entre diâmetro do tambor e diâmetro dos cabos de inspeção inicial antes de entrarem em serviço. Inspeções e
aço é dada na Tabela T.C4.304.1 do presente guia. testes periódicos devem ser realizados depois que o apare-
lho de carga estiver operando.

307. A espessura de placas triangulares conectando cor- 102. Todo os componentes intercambiáveis e auxiliares
rentes com cabos de carga deve ser apropriada à abertura devem ser submetidos a testes de carga e inspeção minuci-
das manilhas de forma a minimizar a folga entre eles. osa antes de entrar em serviço, bem como componentes
reparados ou para substituição.

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T
de navios e aeronaves

103. Acidentes ou avarias significativas devem ser co- g Após a conclusão satisfatória da vistoria inicial, os certi-
municadas ao RBNA a tempo para que sejam realizadas as ficados descritos em T.3 devem ser emitidos e o Livro e
inspeções e testes necessários Registro de Carga (Cargo Gear Book) devidamente endos-
sado.
104. As inspeções a que devem ser submetidos os siste-
mas de carga são as que seguem: 200. Vistorias em aparelhos de carga de navios exis-
a. Vistoria inicial tentes
b. Vistorias anuais
c. Vistoria de renovação (qüinqüenal) 201. Aparelhos de carga de navios classificados por So-
d. Vistorias ocasionais por avaria ou reparo ciedade Classificadora membro do IACS, ao ser requerida
a transferência para o RBNA, devem seguir as determina-
200. Outros requisitos ções da NORMAM 06 e os requisitos abaixo:

201. Quando um aparelho de carga permanecer parado a. Quando a próxima vistoria for de renovação, esta deve
ou em reparos por mais que 12 meses, deverá ser realizada ser realizada conforme os requisitos deste capítulo. Medi-
inspeção antes da volta ao serviço. ante resultados satisfatórios, os certificados descritos em
T.3 devem ser emitidos bem como um novo Livro e Regis-
A extensão da vistoria e dos testes será determinada pelos tro de Carga (Cargo Gear Book) devidamente endossado.
tipos de inspeções que deixaram de ser feitos no período
de paralisação. b. Quando a próxima vistoria for anual, estas serão realiza-
das conforme o disposto neste capítulo. Concluída satisfa-
Caso uma vistoria de renovação tenha vencido no período toriamente a vistoria, um novo Livro e Registro de Carga
em que o equipamento ficou paralisado, uma vistoria de (Cargo Gear Book) devidamente endossado e os certifica-
renovação completa deverá ser realizada e o novo período dos do navio existente descritos em T.3 devem ser anexa-
determinado a partir da data de vencimento da anterior. dos ao mesmo.

T2. VISTORIAS 202. Aparelhos de carga de navios não classificados por


Classificadora membro da IACS devem seguir os requisi-
100. Vistorias iniciais em aparelhos de carga tos para vistoria inicial do item 100 do presente.

101. São inspecionadas as seguintes partes, ficando a 300. Vistorias anuais


critério do vistoriador selecionai locais a serem examina-
dos mais detalhadamente de acordo com a condição em 301. Vistorias anuais devem ser realizadas em intervalos
que foi encontrado o componente e/ou parte: não maiores que 12 meses a partir da vistoria inicial ou de
renovação.
a. Análise e aprovação dos planos e documentos descritos
no capítulo B em três vias, a menos de fornecedores que 302. As lanças ou paus de carga juntamente com seus
tenham Type Approval do RBNA; acessórios, mastros, e convés devem ser submetidos a ins-
peção externa conforme a tabela T.T2.300.1 abaixo
b. Inspeção da conformidade entre os planos aprovados e o
sistema instalado a bordo; 303. Os componentes auxiliares (loose gear) devem ser
extensivamente inspecionados conforme a tabela
c. Inspeção dos componentes intercambiáveis e auxiliares T.T2.300.1 abaixo.
individualmente junto com seus certificados para efeito de
identificação e rastreamento, bem como inspeção do arran- 304. Os cabos de aço devem ser submetidos a inspeção
jo, componentes, soldas, materiais etc. completa conforme norma NBR 13543e tabela T.T2.305.1
abaixo.
d. Inspeção rigorosa do aparelho de carga e testes confor-
me descrito em T.4 do presente para confirmar que o apa- 305. Os guinchos, guindastes, elevadores e rampas de-
relho de carga opera com eficiência e segurança, e que os vem ser extensivamente inspecionados conforme a tabela
limit switches, controles e dispositivos semelhantes operam T.T2.300.2 abaixo.
satisfatoriamente;

e. Testes operacionais não serão aceitos como alternativa


para os testes de carga descritos em T.4

f. Depois do teste de carga, inspecionar os componentes


visualmente para verificar se não houve deformação duran-
te os testes;

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de navios e aeronaves

Tabela T.T2.305.1 – itens e inspeções para vistoria anual de paus de carga

N° Item Sistema
1 Acessórios de mastros e lan- a. Inspecionar olhais, etc., na extremidade da lança e no topo do mastro
ças b. Inspecionar o garlindéu e pinos quanto a deformação, desgaste, marcas ou outros defeitos
c. Inspecionar a fixação das polias independentes
2 Acessório no convés Inspecionar os olhais no convés, limitadores de cabos, etc
3 Paus de carga, lanças e mas- a. Inspecionar quanto a corrosão, com atenção especial à seção que faz contato com os jazen-
tro tes. Caso necessário, requisitar medição de espessura.
b. Verificar se há marcas ou mossas
c. Verificar empeno e, se necessário, remover para medição/reparo
d. Verificar os acessórios das extremidades
4 Poleame a. Verificar o poleame quanto a facilidade de rotação, lubrificação, desgaste, marcas no goivo. Se
necessário, remover.
b. Verificar se as polias são de capacidade SWL apropriada para a posição em que se encontram
5 Manilhas, elos, anéis, gatos, a. Verificar quanto a desgaste, deformação ou outros defeitos. Os itens devem estar limpos para
placas triangulares, etc permitir a inspeção.
b. Verificar se os itens são de capacidade SWL apropriada para a posição em que se encontram
6 Cabos de aço Verificar os cabos de aço com atenção a pernas rompidas e ferrugem e desgaste junto às mãos do
cabo
7 Correntes Verifficar se as correntes estão limpas para a inspeção. Verificar deformações e desgaste
8 Re-teste a. Quando certificados para itens substituídos ou reparados não estiverem disponíveis, re-testar o
guindaste.
b. Realizar teste de carga quando os reparos que foram realizados possam ter afetado a resis-
tência

Tabela T.T2.305.2 – itens e inspeções para vistoria anual de guindastes, elevadores e rampas

N° Item Sistema
1 Arranjo Verificar o arranjo de enrolamento e de içamento conforme no Plano de Arranjo do Aparelho de
Carga ou plano do fabricante
2 Polias fixas, cadernais, eixos e a. Verificar se há trincas nas polias. Caso necessário, desmontar o item
proteções b. Inspecionar o goivo quanto a marcas
c. Assegurar que a lubrificação está correta
d. Verificar o travamento dos eixos
e. Verificar desgaste excessivo do pino e bucha, desmontando onde necessário
f. Verificar a condição das chapas laterais e de separação
3 Garlindéu e dobradiças das Verificar a lubrificação e o desgaste
rampas
4 Anéis de giro a. Verificar a lubrificação, o aperto dos parafusos e o desgaste ou folga excessiva no anel
b. Verificar em especial desgaste nos anéis internos e externos e nas pistas
c. Inspeções adicionais devem ser realizadas caso requeridas pelo fabricante
5 Cabos de aço a. Inspecionar o cabo de aço em toda sua extensão
b. Verificar fios quebradas ou corrosão. Caso haja 5% dos fios quebrados, o cabo deve ser subs-
tituído
c. Inspecionar as mãos com particular atenção a fios quebrados junto à chumbada.
d. Antes de re-aparelhar, o cabo deve ser totalmente lubrificado
6 Estrutura a. Verificar o aperto de todos os parafusos. Em caso de substituição, verificar se os parafusos
são do mesmo tipo e qualidade dos originais.
b. Inspecionar os parafusos dos jazentes quanto a corrosão
c. Verificar se há trincas na solda
d. Verificar a estrutura quanto a corrosão, removendo a pintura e batendo com martelete quando
necessário
7 Manilhas, anéis, gatos, etc a. Inspecionar sob condições apropriadas e verificar se há trincas, deformações, desgaste ou
outros defeitos
b. Caso for encontrada manilha deformada e esta for reparada, realizar tratamento térmico ade-
quado e testar.
c. Caso o pino seja trocado, a manilha deve ser testada
8 Correntes a. Verificar quanto a deformação, desgaste ou outros defeitos
b. Caso tenham sido substituídos elos, verificar se são de resistência e material equivalente ao
original, se foram submetidos a tratamento térmico adequado e testar

5-62
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de navios e aeronaves

N° Item Sistema
9 Tambores a. Verificar se duas voltas de cabo permanecem no tambor em todas as condições operacionais
b. Verificar o travamento do cabo no tambor
c. Verificar o tambor quanto a rachaduras e outros defeitos que possam avariar o cabo
d. Verificar a operação correta de dispositivos de enrolamento, se houverem
10 Cilindros hidráulicos, guinchos a. Verificar a condição da tubulação hidráulica
e acessórios b. Verificar os pistões, pinos, mancais, etc. quanto a desgaste e deformação
c. Verificar se há deformação ou avaria nas borboletas
11 Pivoteamento principal e man- a. Verificar os pivôs e rolamentos quanto a desgaste e deformação e quanto a folgas excessivas
cais de giro b. Verificar a lubrificação
12 Re-teste a. Quando certificados para itens substituídos ou reparados não estiverem disponíveis, re-testar o
guindaste.
b. Realizar teste de carga quando os reparos que foram realizados possam ter afetado a resis-
tência
13 Verificação do guindaste em O guindaste deve ser operado em cada vistoria para verificar a operação segura e eficiente do iça-
operação mento, giro, levantamento da lança e deslocamento (quando houver) e a operação dos limit switches
para içamento excessivo, abaixamento excessivo, levantamento da lança, giro e deslocamento

306. Verificar o registro do uso, manutenção e reparo da maquinaria de içamento, guinchos, etc. para confirmar sua condição
de manutenção.

307. Após a conclusão satisfatória da vistoria anual e Livro de Registro de Carga deve ser endossado.

400. Vistorias de renovação

401. Para sistemas com pau de carga, os seguintes itens devem ser inspecionados a intervalos de 5 anos depois da vistoria
inicial ou de renovação:

Tabela T.T2.401.1 – itens e inspeções para vistoria de renovação de sistemas com pau de carga

N° Item Sistema
1 Acessórios de mastros e lan- a. Inspecionar olhais, etc., na extremidade da lança e no topo do mastro
ças b. Remover e Inspecionar o garlindéu e pinos quanto a deformação, desgaste, marcas ou outros
defeitos
c. Inspecionar a fixação das polias independentes
2 Acessório no convés Inspecionar os olhais no convés, limitadores dos cabos, etc
3 Paus de carga, lanças e mas- a. Inspecionar quanto a corrosão, com atenção especial à seção que faz contato com os jazen-
tro tes. Caso necessário, requisitar medição de espessura.
b. Verificar se há marcas ou mossas
c. Verificar empeno e, se necessário, remover para medição/reparo
d. Verificar os acessórios das extremidades
4 Poleame a. Remover todo o poleame, limpar e inspecionar quanto a facilidade de rotação, lubrificação,
desgaste, marcas no goivo.
b. A polia e eixo devem girar livremente e a folga não deve ser excessiva. Remover o eixo caso
necessário
c. A caixa e divisões dos cadernais devem ser inspecionadas quanto a empeno ou corrosão
formando bordas finas
5 Manilhas, elos, anéis, gatos, a. Inspecionar sob condições apropriadas e verificar se há trincas, deformações, desgaste ou
placas triangulares, etc outros defeitos
b. Caso for encontrada manilha deformada e esta for reparada, realizar tratamento térmico ade-
quado e testar.
c. Caso o pino seja trocado, a manilha deve ser testada
6 Cabos de aço a. Inspecionar o cabo de aço em toda sua extensão
b. Verificar fios quebradas ou corrosão. Caso haja 5% dos fios quebrados, o cabo deve ser subs-
tituído
c. Inspecionar as mãos com particular ateção a fios quebrados junto à chumbada.
d. Antes de re-aparelhar, o cabo deve ser totalmente lubrificado
Correntes a. Verificar quanto a deformação, desgaste ou outros defeitos
b. Caso tenham sido substituídos elos, verificar se são de resistência e material equivalente ao
7 original, se foram submetidos a tratamento térmico adequado e testar
8 Re-teste Os sistemas de pau de carga devem ser submetidos a testes de carga a cada inspeção qüinqüenal.

5-63
REGISTRO BRASILEIRO Guia para certificação de aparelhos de carga CAPÍTULOS - A- T
de navios e aeronaves

402. Os guindastes, elevadores, rampas e todo o loose 504. Um teste de carga deve ser realizado de acordo com
gear devem ser inspecionados de acordo com a tabela os requisitos relevantes depois de terminado o reparo, e o
T.T2.300.2 Certificado de Teste e Inspeção do Aparelho de Carga de-
ve ser endossado mediante resultados satisfatórios do test,
403. Os guindastes, elevadores e rampas devem ser sub- registrando a extensão do reparo.
metidos a teste de carga conforme o capítulo T.4 abaixo.
505. Caso não tenha sido completado o reparo, o Certifi-
O teste deve demonstrar operação satisfatória, eficiência cado de Teste e Inspeção do Aparelho de Carga deve ser
dos indicadores de sobrecarga e ação efetiva dos limit endossado com a observação de que o equipamento está
switches. fora de serviço até que seja completado o reparo e testado
satisfatoriamente.
404. Após a conclusão satisfatória da vistoria inicial, os
certificados descritos em T.3 devem ser emitidos e o Livro 506. Depois de uma vistoria ocasional devida a avarias e
e Registro de Carga (Cargo Gear Book) devidamente en- reparos, deve ser emitido relatório de vistoria ocasional no
dossado. qual conste:

500. Vistorias ocasionais devido a avarias e reparos a. Pessoas presentes;

501. A causa de uma avaria ao aparelho de carga deve b. A causa da avaria (se houver Protesto Marítimo,
ser informada ao RBNA a tempo, juntamente com os deta- anexar cópia);
lhes do reparo proposto.
c. A extensão e natureza da avaria;
É necessário que o vistoriador verifique a extensão e causa
das avarias para que possa ser determinado o escopo da d. A extensão e natureza dos reparos realizados in-
vistoria. formando se foram satisfatoriamente completados;

502. Quaisquer componentes que sejam encontrados com e. A carga de teste aplicada.
desgaste durante uma vistoria ocasional devem ser substi-
tuídos ou reparados de imediato quando: 600. Inspeções periódicas de lingas de carga

a. Sejam encontrados membros estruturais com des- 601. Estas inspeções devem seguir a norma NBR 13543
gaste por corrosão acima de 10% da espessura ori- da ABNT.
ginal;
602. Os operadores devem realizar inspeção visual quan-
b. Trincas ou deformações permanentes; to a defeitos ou deteriorações antes de cada série de movi-
mentações e a intervalos adequados durante cada série,
c. Os componentes auxiliares (loose gear) tais co- consistindo no mínimo de verificações quanto aos seguin-
mo olhais, elos, correntes, gatos, etc. apresentem tes itens:
desgaste de 10% de suas dimensões originais e/ou
desgaste de pinos acima de 6% de seu diâmetro ori- - arames partidos
ginal, bem como trincas ou deformação permanente
nas polias; - distorção do cabo (nó, amassamentos, dobras permanen-
tes)
d. Desgaste ou corrosão excessiva em cabos de aço
ou 5% de fios quebrados em qualquer comprimento - danos no trançado, nas presilhas ou nos acessórios
correspondente a 10 vezes o diâmetro do cabo de
aço; - danos por calor

e. A sapata do freio apresente desgaste excessivo e - corrosão, especialmente junto às mãos dos cabos nas ex-
os rebites estejam expostos na superfície de frena- tremidades.
gem;
603. Os cabos de açode as lingas devem ser submetidos
f. A engrenagem de transmissão tenha dente que- a inspeção completa a intervalos não excedendo 6 meses.
brado ou trinca.
T3. CERTIFICADOS

100. Certificados
503. A substituição desses componentes deve ser acom-
panhada por um certificado do fabricante, e os materiais 101. Os seguintes certificados para aparelhos de carga
utilizados no reparo devem ser equivalentes ao original. serão emitidos pelo RBNA em conformidade com a forma
aprovada pelo International Labour Office (ILO):

5-64
REGISTRO BRASILEIRO Guia para certificação de aparelhos de carga CAPÍTULOS - A-
T
de navios e aeronaves

Como componentes de ferro são raros, esta parte é pouco


- Certificado de teste e inspeção completa do aparelho de utilizada como regra geral.
carga
400. Anotações especiais
- Certificado de teste e inspeção completa de guinchos em
aparelhos com paus de carga 401. Quando o Armador solicitar a retirada de serviço de
um aparelho de carga, a localização e número desse apare-
- Certificado de teste e inspeção completa do poleame e lho deve ser registrada na coluna 3 da PARTE I ou da
acessórios (loose gear) PARTE II do Registro, devidamente endossada.

- Certificado de teste e inspeção completa de cabos de aço 402. Durante a inspeção de qualquer estrutura, instala-
ção ou arranjo, se for notada qualquer condição que afete
200. Notação de classe sua segurança operacional, breves comentários e exigên-
cias devem ser anotadas na coluna de notas da PARTE
201. Os aparelhos de carga que fizerem jus aos certifica- correspondente do Registro, devidamente endossada.
dos do item T3.100 acima recebem notação adicional de
classe ―G‖ no Certificado de Classe de Casco. 500. - Certificado de teste e inspeção completa do
aparelho de carga
300. Livro de Registro de Aparelhos de Carga
501. Este Certificado aplica-se a todos os aparelhos de
301. Depois de completadas satisfatoriamente todas as carga, incluindo sistemas com paus de carga, guindastes,
condições requeridas para a emissão de certificado pelo elevadores, rampas, etc., e deve ser emitido após inspeção
RBNA o Registro de Aparelhos de Carga e o Certificado satisfatória e teste de carga.
de Teste e Inspeção Completa do aparelho de carga devem
ser emitidos com o Certificado de teste e inspeção comple- 502. Em geral, este certificado será emitido depois de
ta de componentes auxiliares (loose gear) e o Certificado completado cada teste qüinqüenal e depois da inspeção e
de teste e inspeção completa de cabos de aço, constituindo teste de reparos, re-construção ou re-utilização.
o Livro de Registro do Aparelho de Carga seguindo a me-
todologia abaixo: 503. Certificado de Teste e Inspeção de paus de carga
empregados em operação geminada
(1) PARTE 1 do Registro é destinada ao endosso após a
conclusão da inspeção de renovação, isto é, qüinqüenal, e a Este certificado aplica-se a sistemas de paus de carga utili-
vistoria anual de sistemas de guindastes. zados em operação geminada, e deve ser emitido depois de
completadas as inspeções de forma satisfatória, e que o
A coluna 3 destina-se especialmente a extensões de prazo e equipamento tenha sido satisfatoriamente testado em ope-
a coluna 4 especialmente para registrar avarias, reparos, re- ração geminada.
teste e inspeção de componentes fixos.
Este certificado deve ser mantido a bordo para apresenta-
(2) PARTE II do Registro é destinada ao endosso após a ção conjuntamente com o Certificado de Teste e Inspeção
conclusão da vistoria anual de guinchos, guindastes ou do Aparelho de Carga.
sistemas de paus de carga.
As coordenadas X, Y e Z das posições fixas dos olhais
A coluna 3 é destinada especialmente para registrar avari- para paus de carga geminados devem constar do verso do
as, reparos, re-teste e inspeção de guindastes, guinchos e certificado e devem estar de acordo com o projeto.
componentes auxiliares.
600. Certificado de Teste e Inspeção de Componentes
A coluna 3 também pode ser utilizada para registrar a ex- Auxiliares
tensão de prazo das inspeções quinquenais.
601. Este certificado aplica-se a todo componente auxili-
(3) PARTE III do Registro é destinada para o endosso ar e é emitido após inspeção satisfatória e teste de carga.
após a conclusão a inspeção anual dos componentes auxili-
ares de aço ou outros materiais que não ferro. Os parâmetros técnicos podem ser referidos no certificado
de teste do fabricante.
A coluna 3 é especialmente destinada para registrar avari-
as, reparo e re-teste de componentes auxiliares de aço. Quando os componentes auxiliares são feitos de ferro, ge-
ralmente não há necessidade de tratamento térmico perió-
(4) PARTE IV do Registro é destinada ao endosso depois dico.
da conclusão do tratamento térmico de componentes auxi-
liares feitos de ferro. 602. O Certificado de Tratamento Térmico de Compo-
nentes Auxiliares de Ferro aplica-se a todo componente

5-65
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de navios e aeronaves

auxiliar feito de ferro, e deve ser emitido depois de um - Reforços


tratamento térmico periódico. poderão ser aceitos certificados de teste dos fabricantes.

Recomenda-se que tais componentes auxiliares sejam subs- 904. Os certificados de fabricantes mencionados no item
tituídos por componentes de aço. 902 devem conter os resultados dos testes especificados
pela Parte 5 das Regras do RBNA bem como testes adicio-
700. Certificado de Inspeção e Teste de Cabos de Aço nais a critério do RBNA.

701. Este certificado aplica-se a cabos de aço de apare- T4. TESTES DO APARELHO DE CARGA
lhos de carga, e é emitido após inspeção e teste satisfató-
rios. 100. Teste de desempenho

Os parâmetros técnicos podem ser referidos no certificado 101. Todas a operações previstas com o aparelho instala-
de teste do fabricante. do a bordo serão executadas, na presença do vistoriador.

702. O Certificado de Teste e Inspeção de Cabos de Fi- Todas as chaves limitadoras devem ser testadas com o
bra aplica-se a cabos de fibra empregados no aparelho de guindaste em vazio.
carga, e deve ser emitido depois de inspeção e teste satisfa-
tórios. 200. Teste de carga

Os parâmetros técnicos podem ser referidos no certificado 201. O teste deve ser realizado utilizando pesos conheci-
de teste do fabricante. dos móveis.

800. Substituição de componentes As cargas de teste utilizadas são as do quadro que segue.

801. Quaisquer substituições de componentes auxiliares TABELA T.T4.201.1 – CARGA DE TESTE PARA
ou de cabos de aço deve ser acompanhado do certificado APARELHOS DE CARGA
de teste e aprovação do fabricante, bem como do Certifi- Carga Útil de Trabalho – CUT Carga de Teste
cado de Teste e Inspeção de Componentes Auxiliares e/ou (“Safe Working Load” – SWL)
do Certificado de Inspeção e Teste de Cabos de Aço.
até 20 t 1,25 x CUT
900. Documentação requerida para os materiais
de 20 t a 50 t CUT + 5 t
901. Os documentos e certificados aqui relacionados
devem ser apresentados antes ou, o mais tardar, na data acima de 50 t CUT + 10%
dos testes de aceitação do equipamento.

902. Membros estruturais principais sujeitos a altas car- 202. Serão averiguadas as seguintes condições de posi-
gas estáticas ou dinâmicas e que são críticos para a resis- cionamento da carga máxima:
tência e durabilidade do equipamento e dos acessórios tais
como: a) giro da lança a 90° com a linha de centro da em-
- Mastro barcação e
- Postes a.1) ângulo mínimo da lança e carga na
- Coluna do guindaste altura máxima;
- Lança a.2) ângulo máximo da lança e carga na
- Cilindros hidráulicos do mecanismo de elevação altura máxima;
- Anéis de giro b) giro da lança a 0° com a linha de centro da em-
- Vigas barcação (para vante e para ré, se for lança girató-
devem ser certificados pelo RBNA de acordo com as Re- ria) e
gras aplicáveis. b.1) ângulo mínimo da lança e carga na
altura máxima;
903. Outros componentes sujeitos a cargas relativamente
menores cuja função é limitada basicamente a assegurar a b.2) ângulo máximo da lança e carga na
eficiência funcional do equipamento de carga ou aces- altura máxima;
sór4ios, tais como:
- Carcaça do guindaste A carga de teste deve permanecer içada por pelo menos 5
- Span bearings (cinco) minutos.
- Cilindros hidráulicos do mecanismo de giro
- Polias de cabos 203. No caso de sistemas com pau de carga a carga de
- Componentes intercambiáveis teste deve ser içada com a aparelhagem normal do navio,
- Olhais e borboletas com o pau de carga no ângulo mínimo com a horizontal

5-66
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T
de navios e aeronaves

para o qual o sistema foi projetado (normalmente 15 graus) 303. Alguns componentes estruturais do guindaste tam-
ou a um ângulo maior pré-determinado. bém devem ser examinados:
a) jazentes, onde requeridos;
O ângulo no qual o teste foi realizado deve constar do cer- b) polias e guias de cabo;
tificado de teste. c) cabos de aço incluindo as mãos;
d) maquinaria de içamento;
204. No caso de guindastes para carga pesada deve-se e) freios e embreagens;
assegurar que os estais estejam corretamente instalados. f) gatos;
g) conjunto de giro e arranjo de parafusos;
205. No caso de guindastes, a carga de teste deve ser
içada, movimentada horizontalmente e a lança elevada a 400. Fonte de corrente elétrica
baixa velocidade.
401. A tomada de corrente elétrica para o guincho duran-
206. Pórticos e guindastes móveis juntamente com seus te o teste deve ser através dos cabos da embarcação. To-
trolleys, onde apropriado, devem deslocar-se na extensão mada de corrente elétrica da costa apenas pode ser realiza-
total de seus trilhos. da se através do painel de comando principal.

207. No caso de guindastes de carga x raio variável, os 500. Maquinaria


testes são geralmente realizados nas posições máxima, mí-
nima e intermediária. 501. Os sistemas de máquinas dos guindastes devem ser
construídos e instalados, e testados à satisfação do vistori-
208. No caso de guindastes hidráulicos nos quais existe ador de acordo com os planos aprovados. Os materiais
limitações de pressão torna-se impossível realizar o teste a utilizados na construção dos componentes mecânicos dos
25% de excesso da carga SWL. guindastes devem ser certificados pela usina e verificados
pelo vistoriador.
Em tais casos será suficiente içar a maior carga possível,
mas geralmente essa carga não será menor que 10 por cen- 600. Freios e Dispositivo de segurança contra falhas
to em excesso da carga SWL.
601. A operação de todos os freios e dispositivos de se-
Deve constar no certificado que a carga de teste foi limita- gurança contra falhas devem ser simulados em condições
da devido ao controle de limite de carga do arranjo elétri- de perda de carga à satisfação do vistoriador. Deve haver
co/ hidráulico do guindaste, e que as válvulas de escape ou um documento preparado pelo fabricante do guindaste in-
dispositivos de ajuste encontravam-se selados. dicando os cuidados e procedimentos apropriados para o
teste dos dispositivos.
209. Como regra geral os testes devem ser realizados com
cargas de teste, e nenhuma exceção deve ser feita nos tes- 700. Marcação do guindaste
tes iniciais.

No caso de reparos, substituição de peças ou quando a ins- 701. Para lança com uma só capacidade de carga, deve
peção periódica requerer um re-teste, pode-se considerar o ser marcado nas colunas laterais do pórtico do guindaste e
uso de dispositivo de mola ou hidráulico desde que a carga no calcanhar da lança, a carga útil de trabalho juntamente
SWL do aparelho de carga não exceda 15 toneladas métri- com o ângulo mínimo da lança com a horizontal, ou o raio,
cas. e a data do teste para qual a lança é certificada. As letras
devem contrastar com a pintura de fundo, e ter no mínimo
Quando um dispositivo de mola ou hidráulico for utilizado, uma polegada de altura.
deve ser calibrado para uma precisão de ± 2% e o indica-
dor deve permanecer constante por 5 minutos. 702. Se o guindaste for aprovado para várias capacida-
des de carga, os diagramas de carga do guindaste indicado-
300. Inspeções após o teste res das cargas máximas seguras de funcionamento devem
estar visíveis ao operador do guindaste, fixadas próximas
301. Após o teste serão desmontadas peças para inspeção, ao controle.
escolhidas por amostragem pelo vistoriador. No mínimo,
serão inspecionadas 1/5 das peças de cada tipo. 703. Esses diagramas devem também indicar as varia-
ções de ângulo de trabalho da lança do guindaste e os rai-
302. Cada guindaste, juntamente com seus acessórios os máximo e mínimo que podem ser atingidos, garantindo
críticos serão examinados a fim de verificar se alguma par- operação segura, de acordo com cada comprimento pre-
te ou componente sofreu avaria, ou foi deformado perma- tendido.
nentemente.
800. Registro do teste

5-67
REGISTRO BRASILEIRO Guia para certificação de aparelhos de carga CAPÍTULOS - A- T
de navios e aeronaves

801. Devem ser inseridas no Livro de Registro de Car- - data do ensaio


gas, cópias dos iniciais e subseqüentes certificados dos
testes emitidos pelo vistoriador. 202. As manilhas devem apresentar marcações legíveis
com as seguintes indicações:
T5. TESTES DOS COMPONENTES AUXILIARES
a. corpo da manilha
100. Testes do poleame e acessórios - marca ou símbolo para identificação do fabricante
- carga de trabalho em toneladas
101. Todo item dos componentes auxiliares deve ser - para manilhas T(8) ou 10, letra ou número
testado e rigorosamente inspecionado antes de entrar em correspondente ao grau
operação pela primeira vez e a cada alteração ou reparo - para manilhas com diâmetros d> 19 mm, código
substancial que possa afetar sua segurança. de rastreabilidade para permitir a identificação da
manilha ou lote de manilhas
103. As cargas de teste a serem aplicadas devem estar de b. pino de manilha
acordo com a seguinte tabela: - para manilhas grau T(8) ou 10 de diâmetro
>13 mm, devem ser marcados o grau e símbolo do
TABELA T.T5.102.1 – CARGA DE TESTE DE COM- fabricante.
PONENTES AUXILIARES - para manilhas grau T(8) ou 10 de diâmetro
Item Teste <13 mm, devem ser marcado pelo menos o grau.
Moitão 4 x SWL
Cadernal 203. Os anéis de carga devem apresentar marcações
SWL < 25t 2 x SWL legíveis com as seguintes indicações:
25t<SWL≤160 t (0,933 x SWL) + 27
SWL>160 t 1,1 x SWL - código de produto do fabricante
Correntes, gatos de carga, - grau de resistência
anéis, manilhas, torneis, - nome do fabricante
etc. - código de rastreabilidade
SWL ≤ 25t 2 x SWL
SWL > 25t (1.22 x SWL) + 20 204. Os sapatilhos devem apresentar marcações legíveis
Balanças de carga, sprea- com as seguintes indicações:
ders, estruturas e dispositi-
vos similares - símbolo ou marca do fabricante
10t<SWL 2 x SWL - tamanho nominal
10t<SWL≤160 t (1.04 x SWL) + 9.6
SWL>160t 1.1 x SWL 205. Todo conjunto de lingas deve ser identificado por
plaqueta e/ou gravação em relevo na presilha, com pelo
menos as seguintes informações:
Nota 1- A carga SWL para um moitão deve ser tomada
como a metade da carga resultante na cabeça do moitão. - símbolo ou marca do fabricante
- valor da carga de trabalho na vertical para laços
Nota 2 – A carta SWL para um cadernal deve ser tomada simples
com sendo a carga resultante na cabeça do cadernal. - valor a 45° para conjuntos de dois ou quatro laços

Nota 3 – Após o teste de carga, a manilha não deve apre- T6. TESTES DOS CABOS DE AÇO
sentar deformação maior que 1% da dimensão inicial ou
0,5 mm, o que for maior, e sem sorer aumento da dimensão 100. Testes dos cabos de aço
efetiva ou dimensão semelhante medida entre mascas de
punção nos olhais que ultrapasse 0,25% ou 0,5 mm, o que 101. Os cabos de aço devem ser testados por amostra-
for maior. O pino, após o afrouxamento, deve girar livre- gem, sendo um pedaço destinado a teste destrutivo.
mente.
102. O procedimento de teste deve estar de acordo com
um padrão internacional ou nacional.

200. Marcação dos acessórios requerida pelas normas 103. A carga SWL do cabo de aço deve ser determinada
ABNT aplicáveis dividindo-se a carga de ruptura da amostra por um coefici-
ente de utilização, determinado como segue:
201. Os moitões e cadernais devem apresentar marca-
ções legíveis com as seguintes indicações:

- carga máxima útil (SWL)


- símbolo ou marca do fabricante
5-68
REGISTRO BRASILEIRO Guia para certificação de aparelhos de carga CAPÍTULOS - A-
T
de navios e aeronaves

TABELA T.T6.103.1 – COEFICIENTE DE SEGU-


RANÇA PARA CABOS DE AÇO
Item Coeficiente
Cabo de aço fazendo parte
de linga
SWL≤10t 5
10t<SWL≤160t 104
(8.85 x SWL) + 1 910
SWL>160t 3
Cabo de aço formando par-
te integral de um aparelho
de carga
SWL≤160t 104
(8.85 x SWL) + 1 910
SWL>160t 3

Nota: Os coeficientes acima são os utilizados pela conven-


ção ILO C152, mas podem ser diferentes a depender de
regulamentos nacionais.

200. Marcação dos cabos de aço

201. Os cabos de aço devem ser fornecidos em bobinas.

202. O nome do fabricante e o número do certificado


devem estar marcados de forma legível e durável em uma
etiqueta afixada na bobina.

T7. TESTES DE IMPACTO

100. Valores requeridos nos testes de impacto

Guia para Aparelhos de Carga -abcdeft

5-69
REGISTRO BRASILEIRO Guia para certificação de aparelhos de carga CAPÍTULOS - A- T
de navios e aeronaves

APÊNDICE 1 – DIMESIONAMENTO DE ACESSÓRIOS FIXOS

A1.100. Garlindéu, tornel e cachimbo

A1.101. Garlindéu

FIGURA F.A1.101.1 – GARLINDÉU (CALCANHAR, HEEL)

Ver nota

Diâmetro do flange a ser ajusta-


do para o diâmetro da lança e
Cortar caso necessário
tipo de solda

Ver nota

Espessura no mínimo igual à da espessura da parede da lança

Ver nota

TABELA T.A1.101.1 – FORÇAS AXIAIS DA LANÇA E DIMENSÕES DO GARLINDÉU

Tamanho Força axi- a b c d e (min) g l(max) r


Nominal al
Admissível
kN
1,6 16 32 16 28 24 10 15 80 25
2 20 50 16 30 26 10 15 90 28
2,5 25 45 22 32 29 10 15 107 30
3 32 50 22 35 32 10 15 112 32
4 40 50 25 38 35 12 22 120 35
5 50 55 25 42 41 15 22 135 42
6 63 60 32 47 44 15 22 145 45
8 80 65 32 53 47 18 22 153 48
10 100 70 40 60 54 18 25 173 55
12 125 75 40 67 58 22 25 188 60
16 160 85 45 66 67 22 25 208 68
20 200 95 50 85 75 25 30 235 65
25 250 100 60 95 79 25 30 260 70
32 320 105 70 105 83 25 40 270 85
40 400 115 70 93 25 40 300 95
A1.102 – pino transversal do garlindéu – referir-se à figura F.A1.102.1 e à Tabela T.A1.102.1
5-70
REGISTRO BRASILEIRO Guia para certificação de aparelhos de carga CAPÍTULOS - A-
T
de navios e aeronaves

FIGURA F.A1.102.2 – PINO HORIZONTAL DO GARLINDÉU

Nota: o diâmetro do furo d4 deve ser igual ao diâmetro nominal da presilha.


TABELA T.A1.102.1 – CARGAS ADMISSÍVEIS E DIMENSÕES DO PINO HORIZONTAL DO GARLINDÉU

Tamanho Força axial a b c d1 d2 d3 d4 e f l w


Nominal Permissível (min) (min)
kN
1,6 16 10 6 62 22 24 44 8 16 3 100 3
2 20 10 6 64 24 26 56 8 16 4 105 3
2,5 25 11 6 79 27 30 56 8 16 4 120 3
3 32 11 6 82 30 33 60 10 20 4 125 3
4 40 12 6 91 33 39 66 10 20 4 135 3
5 50 12 6 96 39 42 77 10 20 4 140 3
6 63 12 6 115 42 45 78 13 26 5 165 3
8 80 12 8 121 45 48 85 13 26 5 175 3,5
10 100 14 8 144 52 56 98 13 26 5 200 4
12 125 14 9 152 56 62 105 13 26 5 210 4,5
16 160 19 9 171 64 70 115 16 32 6 240 5
20 200 18 10 190 72 78 125 16 32 6 260 5,5
25 250 18 10 220 76 82 135 16 32 6 290 6,5
32 320 18 12 251 80 86 140 16 32 6 325 8
40 400 25 12 261 90 96 160 20 40 7 350 9

5-71
REGISTRO BRASILEIRO Guia para certificação de aparelhos de carga CAPÍTULOS - A- T
de navios e aeronaves

A1.103 – Pino do garlindéu – figura F.A1.103.1 e tabela T.A1.103.1 para as forças axiais da lança e dimensionamento do pino
do garlindéu FIGURA F.A1.103.1 –CARGAS ADMISSÍVEIS E DIMENSÕES DO PINO DO GARLINDÉU

Tipo A Tipo B
Tamanho Nominal 1,6 a 16 Tamanho Nominal 2,5 a 40
(1) Tamanho nominal (2) Força axial admissível kN (3) Tipo TABELA F.A1.103.1 – PINO DO GARLINDÉU

(1) (2) (3)

5-72
REGISTRO BRASILEIRO Guia para certificação de aparelhos de carga CAPÍTULOS - A-
T
de navios e aeronaves
A1.104 – Cachimbo do garlindéu – figura F.A1.104.1 e tabela T.A1.104.1 para as forças axiais da lança e
dimensionamento do cachimbo do garlindéu

FIGURA F.A1.104.1 – CA-


CHIMBO DO GARLINDÉU

Solda de vedação

Filtro de óleo

Solda de vedação

Dois furos no mancal inferior


10 mm para diâmetro entre 50 e 100 mm
Linha de ajus-
12 mm para diâmetro > 100 mm
te plano

Ver nota da tabela T.A1.104.1

5-73
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TABELA T.A1.104.1 – CARGAS ADMISSÍVEIS E DIMENSÕES DO CACHIMBO DO GARLINDÉU


Pino do gar- Força axial per- Garganta
lindéu missível de solda
d1 Tipo

Nota: quando fixado a um maestro ou poste (Samson post) a dimensão b3 não deve ser menor que 2/3 do diâmetro do poste ou mastro na
altura da fixação.

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A1.105 – Braçadeira do garlindéu – figura F.A1.105.1 e tabela T.A1.105.1 para as forças axiais da lança e dimensionamento da
braçadeira do garlindéu
FIGURA F.A1.105.1 – BRAÇADEIRA DO GARLINDÉU

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TABELA T.A1.105.1 – CARGAS ADMISSÍVEIS E DIMENSÕES DA BRAÇADEIRA DO GARLINDÉU

Diametro
d1 do Carga ad-
pino do missível
garlindéu kN
F.A1.103
.1

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A1.106 – Anéis e presilhas do garlindéu – figura F.A1.106.1 e tabela T.A1.106.1 para as forças axiais da lança e dimensiona-
mento dos anéis e presilhas do garlindéu

FIGURA F.A1.106.1 – ANÉIS E PRESILHAS DO GARLINDÉU

TABELA T.A1.106.1 – CARGAS ADMISSÍVEIS E DIMENSÕES DE ANÉIS E PRESILHAS DO GARLINDÉU


Diametro d1
do pino do
garlindéu
F.A1.103.1

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200. Tornel da ponta do mastro

201. Braçadeiras e pinos do tornel – ver figura F.A1.201.1 e tabela T.A1.201.1

FIGURA F.A1.201.1 – BRAÇADEIRAS E PINOS DO TORNEL

Olhal para içamento a ser colocado


quando a carga for ≤ 80 kN

r = 3 mm para carga ≤ 125 kN


r = 5 mm para carga > 125 kN mas ≤ 400 kN

Engraxadeira deve ser


acessível

TABELA T.A1.201.1 – CARGAS ADMISSÍVEIS E DIMENSÕES DAS BRAÇADEIRAS E PINOS DO TORNEL


Carga Gar
admissí- gan-
vel no ta
sol-
olhal kN
da

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202. Mancal do tornel – ver figura F.A1.202.1 e tabela T.A1.202.1

FIGURA F.A1.202.1 – MANCAL DO TORNEL

Ajustar o corte do arco ao mastro; caso seja plano sem arco cortar
de acordo com os comprimentos b e l a serem determinados separa-
damente para cada componente

Furo da presilha

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TABELA T.A1.202.1 – CARGAS ADMISSÍVEIS E DIMENSÕES DO MANCAL DO TORNEL

Carga Gar
admissí- gan-
vel no ta
sol-
olhal kN
da

203. Olhal oval – ver figura F.A1.203.1 e tabela T.A1.203.1

FIGURA F.A1.203.1 – FORMA DOS OLHAIS

Tipo A Tipo B

Para outras dimensões ver tipo A


Marcar posição

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TABELA T.A1.203.1 – CARGAS ADMISSÍVEIS E DIMENSÕES DE OLHAIS OVAIS

Dimensões Montagem
Tama- tipo A
Carga
ma-
admissí-
nho Solda
vel kN
nomi-
nal

300. Acessórios do lais

301. Quando houver polia embutida na ponta do pau de carga (laís) o diâmetro da polia não deve ser inferior que o requerido
para o cabo respectivo nem menor que 1,2 vezes o diâmetro do pau de carga nesse ponto.

302. Acessórios do lais – ver figura F.A1.302.1 e tabela T.A1.302.1

5-81
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FIGURA F.A1.302.1 – ACESSÓRIOS DO LAIS

Ver nota 1 na Ver nota 1 na


tabela tabela
T.A1.302.1 T.A1.302.1

Ver nota 2 na ta-


bela T.A1.302.1 Ver nota 2 na ta-
Tipo A bela T.A1.302.1
Tipo B

FIGURA F.A1.302.1 – CARGA ADMISSÍVEL E DIMENSÕES DOS ACESSÓRIOS DO LAIS

Tam. Carga ad- Olhal Tipo A


nominal missível kN

Notas:
(1) Quando reforçada com placa dupla, e deve ser medida da parte externa da superfície da placa.
(2) Detalhes dimensionais dos acessórios do laís podem diferir em extremidades opostas do acessório dependendo da carga
de içamento da lança e da carga a ser içada, bem como seu efeito sobre a fixação do moitão de carga quando as espessu-
ras forem as mesmas.

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APÊNDICE 2 – NOMENCLATURA DE SISTEMAS COM PAUS DE CARGA

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APÊNDICE 3 – PEDESTAIS DE GUINDASTES

A3.1 APLICAÇÃO E REQUISITOS GERAIS

A3.2 PRINCÍPIOS DE CÁLCULO

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A.3.1 APLICAÇÃO 302. Expansão, aumento de espessura com chapa inseri-


da (sobrepostas não são permitidas), e escareamento gra-
100. Aplicação dual da conexão, aço de alta tensão, etc., podem ser em-
pregados para reduzir ao máximo os efeitos de concentra-
101. Esta seção aplica-se ao projeto e análise de resis- ção de tensões.
tência da estrutura de ligação do pedestal do guindaste com
o casco do navio.. 303. Até onde praticável devem ser evitados furos nos
elementos diretamente conectados ao pedestal do guindaste
102. Quando não houver requisitos especiais neste ou a mastro do pau de carga bem como às extremidades de
Apêndice, devem ser cumpridos os requisitos da Parte 2 tais componentes.
Título 11 das Regras do RBNA.
Quando inevitável, deve ser adicionado material para com-
103. A estrutura de suporte é a parte da estrutura do cas- pensação.
co sobre ou na qual o pedestal, olhais, ancoragem, borbole-
tas de um aparelho de carga estão instalados e que suporta 304. O mastro do pau de carga deve-se estender continu-
diretamente as forças agindo em tais componentes. amente através do convés principal até o casco e terminar
numa estrutura vertical de suporte de resistência adequada.
104. A estrutura de suporte deve ser capaz de suportar a
carga de projeto mais desfavorável e assegurar que a ope- 305. Borboletas, hastilhas, longituinais, etc. devem ser
ração normal do guindaste e aparelho seja segura. instaladas na conexão entre o mastro e o convés de forma a
transferir de forma efetiva a carga para oriunda de todas as
105. Os requisitos deste Apêndice são adicionais e não direções da estrutura de suporte.
desobrigam do cumprimento da Parte 2 Título 11 das Re-
gras do RBNA. 306. O projeto deve evitar tensões excessivas na chapa
do convés conectada ao pedestal.
200. Planos e documentos
307. A transferência de grandes tensões de tração na di-
201. Os seguintes planos e documentos devem ser sub- reção perpendicular à estrutura deve ser evitada até onde
metidos para aprovação: possível para evitar uma possível ruptura laminar da chapa.

Arranjo estrutural local, reforços e detalhamento das cone- Quando necessário, aço de ―direção Z‖ pode ser emprega-
xões entre o pedestal e convés, e entre as estruturas de su- do dentro de 1 metro da interseção das conexões de acordo
porte, cobrindo todos os componentes da área da estrutura com o item A3.308 abaixo.3.10.4.4
de suporte.
308. Adicionalmente, detalhes estruturais devem ser pro-
202. Os seguintes planos e documentos devem ser sub- jetados em conformidade com a Parte 2 das Regras do
metidos para informação: RBNA.

- Arranjo da lança e mastro A3.2 CÁLCULO POR FÓRMULAS


- Detalhes de cargas agindo sobre o pedestal
- Cálculos estruturais incluindo detalhamento das condi- 100. Geral
ções operacionais e combinações de carregamento
- Parâmetros de vento, condições de mar e correntes para a 101. Os pedestais para guindastes montados a bordo de
condição de operação mais severa e para a condição de navios constituem item de classe.
guindaste peado
- Relatório da análise de comportamento no mar e resposta Os pedestais para instalações de cábreas e guindastes flu-
aos movimento ou teste de modelo, conforme mais ade- tuantes serão considerados da mesma forma que a estrutura
quando principal de suporte.
- Descrição do modelo de cálculo, incluindo tipo de ele-
mentos e condições de contorno 102. As condições de carga tais como definidas nos capí-
- Resultados dos cálculos incluindo a deflexão / deforma- tulos D3. e D4. do presente guia devem ser aplicadas em
ção, escoamento e flambagem associação com os níveis admissíveis de tensão deiscutidos
- Dados do programa de cálculo podem ser requeridos. neste Apêndice.

300. Requisitos estruturais gerais 103. Os pedestais, em geral, devem atravessar o convés e
serem satisfatoriamente engastados no casco ou na estrutu-
301. Detalhes de conexão devem ser projetados de forma ra principal de suporte
que a tensão seja adequadamente transferida entre os com-
ponentes conectados.

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Propostas para arranjos diferentes devem ser submetidas


para aprovação. 400. Materiais

104. A flange do pedestal no local do mancal do anel de 401. Os materiais para os pedestais de guindastes deve
giro deve ser projetado e ter espessura suficiente para for- estar em conformidade com a Parte 5, Título 61 Seção 1 e
necer um suporte rígido e nivelado para os rolamentos e com os requisitos adicionais deste Apêndice.
para os parafusos de fixação.
402. O grau de aço para pedestais de guindastes deve ser
As tolerâncias e arranjos propostos pelo fabricante do selecionado de acordo com a Tabela T.A3.2.402.1 abaixo.
mancal do anel de giro devem ser atendidos. .
Quando for considerado necessário introduzir borboletas TABELA T.A3.2.402.1 – GRAU DO AÇO PARA PE-
de suporte do flange, o espaçamento das borboletas não DESTAIS DE GUINDASTES
deve ser maior que o obtido colocando-as em intervalos
alternados entre os parafusos. Espessura da chapa em mm Grau do aço

200. Cargas de projeto t ≤ 20,5 A/AH


20,5 < t ≤ 25,5 B/AH
201. O pedestal deve ser projetado para a pior combina-
25,5 < t ≤ 40,0 D/DH
ção de cargas possível resultante do peso próprio, carga de
trabalho, vento e acelerações do guindaste juntamente com t > 40 E/EH
aquelas resultantes do trim e banda do navio.

202. Os arranjos de lança peada devem ser levados em


conta quando calculando as cargas aplicadas ao pedestal.

300. Tensões admissíveis

301. As tensões admissíveis devem ser consideradas co-


mo a tensão de falha do componente em análise multipli-
cada pelo coeficiente Fp o qual depende do caso de carre-
gamento em análise.

302. A tensão admissível é dada pela expressão geral:

σa = Fp * σ

onde:

σa = tensão admissível em N/mm2

σ = tensão de ruptura em N/mm2

Fp = coeficiente de tensão

303. O fator de tensão para aços com σy / σu ≤ 0,7 são


dados na tabela T.A3.2.303.1, onde:

σy = tensão de escoamento do material em N/mm2

σu = tensão máxima de ruptura para o material em N/mm2

TABELA T.A3.2.303.1 – COEFICIENTE DE TENSÃO


Fp
Caso de 1 2 3 and 4
carregamento
Coeficiente de 0,5 0,57 0,64
tensão, Fp

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