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ABNT/CB-004

PROJETO CE -004.010.001-005
JAN 2024

Equipamentos de elevação e movimentação de carga – Regras para


projeto de talhas elétricas de cabos de aço e equipamentos que utilizam
componentes de produção seriada
Load lifting and handling equipment – Design rules for electric wire rope hoist and equipment
that use serial production components.

APRESENTAÇÃO
1) Este Projeto foi elaborado pela Comissão de Comissão de Estudo de Equipamentos de
Elevação de Carga (CE-004:010.001) do Comitê Brasileiro de Máquinas e Equipamentos
Mecânicos (ABNT/CB-004), nas reuniões de:

dd.mm.aaaa

a) é baseado na(s) FEM 9.901:1991 Series Lifting Equipment;

b) não tem valor normativo;

2) Aqueles que tiverem conhecimento de qualquer direito de patente devem apresentar esta
informação em seus comentários, com documentação comprobatória;

3) Analista ABNT – Carlos Albeto Bigatan.

_____________
© ABNT 2024

Todos os direitos reservados. Salvo disposição em contrário, nenhuma parte desta publicação pode ser
modificada ou utilizada de outra forma que altere seu conteúdo. Esta publicação não é um documento
normativo e tem apenas a incumbência de permitir uma consulta prévia ao assunto tratado. Não é autorizado postar
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NÃO TEM VALOR NORMATIVO


ABNT/CB-004
PROJETO 004.010.001-005
JAN 2024

Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto da
normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT a
qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários e
não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.

Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar as
datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.

A ABNT NBR 004.010.001-005 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Máquinas e Equipamentos


Mecânicos (ABNT/CB-004), pela Comissão de Estudo de Equipamentos de Elevação de Carga (CE-
004:010.001). O seu Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº XX, de XX.XX.XXXX a
XX.XX.XXXX.

O Escopo em inglês da ABNT NBR 004.010.001-005 é o seguinte:

Scope
This Standard sets out the requirements that must be taken into account when designing electric wire
rope hoist and lifting and handling equipment that use serial production components

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1. Escopo
Esta Norma estabelece os requisitos mínimos que devem ser levados em consideração ao projetar
talhas elétricas de cabo de aço e equipamentos de elevação e movimentação de carga que utilizam
componentes de produção seriada.

Esta Norma não se aplica aos seguintes tipos de equipamentos:

− guinchos mecânicos ou elétricos automotivos;

− talhas ou guinchos com tambores não ranhurados ou de múltiplas camadas;

− equipamentos para elevação e transporte de pessoas.

2. Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).

ABNT NBR 8400-1, Equipamentos de elevação e movimentação de carga – Regras para projeto –
Parte 1: Classificação e cargas sobre as estruturas e mecanismos

ABNT NBR 8400-2, Equipamentos de elevação e movimentação de carga – Regras para projeto –
Parte 2: Verificação das estruturas ao escoamento, fadiga e estabilidade

ABNT NBR 8400-3, Equipamentos de elevação e movimentação de carga – Regras para projeto –
Parte 3: Verificação à fadiga e seleção de componentes dos mecanismos

ABNT NBR 8400-4, Equipamentos de elevação e movimentação de carga – Regras para projeto –
Parte 4: Equipamento elétrico

ABNT NBR 8400-5, Equipamentos de elevação e movimentação de carga – Regras para projeto –
Parte 5: Cargas para ensaio e tolerâncias de fabricação

ABNT NBR 15958 (8400-6), Regras de segurança para projetos de equipamentos de elevação de
carga

ABNT NBR 10980, Equipamentos de levantamento e movimentação de cargas – Roldana –


Dimensões e materiais

ABNT NBR 11375, Equipamentos de levantamento e movimentação de cargas – Tambores –


Dimensões e materiais

3. Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições da ABNT NBR 8400-1 e os
seguintes.

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talha

guincho motorizado compacto para içamento de cargas gerais, constituído de motor, freio, redutor,
tambor, cabo de aço e caixa de gancho

4. Condições gerais
4.1 Esta Norma estabelece requisitos mínimos e não isenta os fabricantes da necessidade de
atender Normas regulamentadoras e legislação aplicável.

4.2 A utilização de dispositivos adicionais de segurança deve ser feita em função da análise de
risco inerente ao uso do equipamento (ex: chave fim de curso redundante na elevação, dispositivo de
proteção contra sobrecarga, etc.)

4.3 A existência ou não de um dispositivo de sobrecarga não exime o usuário de limitar seu uso á
carga nominal permitida no gancho ou no dispositivo permanente de içamento do equipamento.

4.4 Todas os requisitos definidos nas normas ABNT NBR 8400-1/2/3/4/5 são válidos, exceto os
pontos destacados à seguir.

4.4.1 ABNT NBR 8400-1: Classificação e cargas sobre as estruturas e mecanismos

Esta Norma define regras para classificação em grupos para os componentes mecânicos e estruturais,
os carregamentos e suas combinações a serem considerados e aplica-se integralmente às talhas e
equipamentos que utilizam componentes padronizados.

4.4.2 ABNT NBR 8400-2: Verificação das estruturas ao escoamento, fadiga e estabilidade

Esta Norma aplica-se integralmente para o projeto das talhas e equipamentos que utilizam
componentes padronizados. Deve ser considerado adicionalmente as verificações estabelecidas no
Anexo A para as estruturas dos equipamentos que utilizam talhas suspensas em viga únicas de perfis
tipo I ou W e vigas tipo caixão.

A seguintes limitações de flechas em relação ao vão da ponte (L) devem ser consideradas:

− , para pontes com vigas tipo caixão, simples ou dupla;

− , para pontes que utilizam perfil I ou W laminado ou soldado. Esta limitação se aplica a
equipamentos com baixas velocidades de elevação (≤ 6 m/min) e sem exigência de precisão de
posicionamento ou que utilizam sistema de controle sofisticados com controle de aceleração,
mesmo com vários pontos de velocidades .

4.4.3 ABNT NBR 8400-3: Verificação à fadiga e seleção de componentes dos mecanismos

Esta Norma aplica-se integralmente para o projeto das talhas e equipamentos que utilizam
componentes padronizados quanto a seu dimensionamento. Aplicam-se também as Normas ABNT
NBR 10980 para as roldanas e ABNT NBR 11375 para os tambores.

Requisitos adicionais:

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− Deve ser utilizado dispositivo guia de cabos para talhas elétricas que utilizam tambores com
enrolamento simples, conforme ilustrado na Figura 1. Neste caso fica dispensado o uso de flanges que
se projetam acima do diâmetro do tambor. Na Figura 2 está ilustrado talhas de duplo enrolamento com
e sem guia de cabo.

Erro! Autoreferência de indicador não válida.

a) com guia de cabos e sem flanges b) sem guia de cabos, com flanges
Erro! Autoreferência de indicador não válida.

− Fica dispensado o seu uso para talhas especiais com dupla ranhura, aplicando-se neste caso o
mesmo critério da NBR 15958 quanto aos flanges dos tambores. Para este tipo de talha caso seja
utilizado dispositivo guia de cabos fica dispensado o uso de flanges que se projetam acima do
diâmetro do tambor.

4.4.4 ABNT NBR 8400-4: Equipamento elétrico

Esta Norma aplica-se integralmente para o projeto das talhas e equipamentos que utilizam
componentes padronizados.

4.4.5 ABNT NBR 8400-5: Cargas para ensaio e tolerâncias de fabricação

Esta Norma se aplica para os equipamentos que utilizam talhas padronizadas, inclusive quanto às
cargas de ensaio. Para as talhas padronizadas produzidas em série deve ser considerado os ensaios
em fábrica descritos no Anexo B.

Valores do coeficiente de ensaio dinâmico, ρ


Capacidade nominal
Ψ ≤ 1,2 a Ψ ≤ 1,4 a Ψ > 1,4
t
≤ 30 1,2 1,25 1,3
≤ 100 1,15 1,2 1,25

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> 100 1,10 1,15 1,2


a Onde Ψ é o coeficiente dinâmico de acordo com 5.2.2.1.1 da ABNT NBR 8400-2

4.5 Todos os requisitos definidos na norma ABNT NBR 15958 (futura ABNT NBR 8400-6): Regras de
segurança para projetos de equipamentos de elevação de carga são válidos, exceto os pontos
destacados a seguir:

− talhas com dispositivo guia não necessitam de flanges em suas extremidades com diâmetro maior
que o nominal tambor.

− pelo menos uma chave para limitar o curso superior e inferior de elevação em operação normal é
obrigatória.

− o uso de uma chave redundante para limitar o curso, quando não requerido pelo cliente, deve ser
avaliado em função da análise de risco inerente a operação do equipamento (exemplo manuseio de
cargas perigosas, como metal líquido ou combustível nuclear).

− a instalação de dispositivos para limitar o percurso de translação das talhas, deve ser avaliado em
função da análise de risco inerente a operação do equipamento

− talhas com capacidade superior a 1000 kgf devem ser equipadas com limitador de sobrecarga.
Dispositivos mecânicos ou eletrônicos confiáveis, podem ser utilizados como limitador de carga.

− o aumento da segurança como o uso de um dispositivo limitador de carga, deve ser acordado entre
o fabricante e usuário.

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Anexo A
(normativo)
Tensões locais nas vigas para o caso de talhas suspensas
A.1 Efeito local devido às cargas nas rodas na aba inferior das vigas de rolamento
tipo I ou W
O método a seguir deve ser usado para determinar a tensão local de flexão na aba inferior dos perfis I
ou W, devido às cargas nas rodas.

A tensão de flexão local devido à carga nas rodas aplicadas a uma distância maior do que b em
relação à extremidade da viga, onde b é a largura da aba inferior, pode ser determinada em três
pontos indicados na Figura A.1:

− ponto 0: transição entre aba e alma;

− ponto 1: no ponto de aplicação da carga na roda

− ponto 2: borda da flange

Figura A.1 — Pontos para determinação da tensão devido às cargas nas rodas

Desde que a distância xw ao longo da viga de rolamento, entre rodas adjacentes não seja menor do
que 1,5b, onde b é a largura da aba inferior, a tensão de flexão local longitudinal σ0x e a transversal σ0y
na aba inferior, devido a aplicação da carga na roda a uma distância maior do que b da extremidade
da viga, é obtida de:

. /

. /

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onde:

Fz é o valor de projeto da carga na roda para o caso de solicitação considerado;

t1 é a espessura da aba inferior no ponto de aplicação da carga na roda

Geralmente os coeficientes cx e cy para determinação das tensões longitudinais e transversais de


flexão nos pontos 0,1 e 2 mostrados na Figura A.1 podem ser determinados da Tabela A.1,
dependendo se a superfície da aba em contado com a roda é plana ou cônica, sendo o valor do fator µ
dado por:

= . /( − ))

onde:

n é a distância do ponto de aplicação da carga na roda a borda livre da aba;

tw é a espessura da alma da viga.

Tabela A.1 — Coeficientes cxi e cyi para cálculo da tensão nos pontos i = 0,1 e 2

Tensão Vigas com aba paralela a Viga com aba cônica a,b

Tensão de = , − , . + , " . #$, . = − ,% − , "&%. + , .# ,$ .

flexão
longitudinal
= , $ − , "% . + , $% . #' ,$$.
= , − , . + , ( . #'&,& .

σ0x = , &$ − , . + ,% . #'(, .


= − , %% − , . + , " . #'",(% .

Tensão de ) =− , + , %&&. + , &(. #(, $ .


) = − , %( + , % .
flexão + , % . #'(, .

transversal
) = , − &, " . ) = $, %( − ", $ . − $, %( . #' ,(& .

− , . #'
σ0y
,$(".

) = , ) = ,
a
Convenção de sinal: cxi, cyi são positivos para tensões de tração na face inferior da aba
b
Os coeficientes para abas cônicas são para inclinações de 14% ou 80. Podem ser utilizados para maiores
inclinações, pois são conservativos para estes casos. Para vigas com menores inclinações, os valores das vigas
com abas paralelas podem ser utilizados, pois são conservativos.

Alternativamente, para cargas próximas a borda livre da aba inferior, os valores de cxi, cyi da Tabela
A.2 podem ser utilizados.

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Tabela A.2 — Coeficientes cxi e cyi para cálculo da tensão com a carga próxima da borda da aba

Vigas com aba paralelaa Viga com aba cônicaa,b


Tensão Coeficiente
µ =0,1 µ = 0,15 µ = 0,15

Tensão de flexão cx0 0,2 0,2 0,2


longitudinal
cx1 2,3 2,1 2,0
σ0x
cx2 2,2 1,7 2,0

Tensão de flexão cy0 -1,9 -1,8 -0,9


transversal
cy1 0,6 0,6 0,6
σ0y
cy2 0,0 0,0 0,0
a
Convenção de sinal: cxi, cyi são positivos para tensões de tração na face inferior da aba
b
Os coeficientes para abas cônicas são para inclinações de 14% ou 80. Podem ser utilizados para maiores
inclinações, pois são conservativos para estes casos. Para vigas com menores inclinações, os valores das
vigas com abas paralelas podem ser utilizados.

Na ausência de melhor informação, a tensão de flexão local σ0y,ex na extremidade da viga, devido a
aplicação da carga na roda em uma aba inferior sem reforço, deve ser determinada por:

,* = + , ( − $, $$ . , − , . ,$ -. ./ /

onde: tf é a espessura média da aba

Alternativamente, se a aba inferior for reforçada na extremidade através de uma chapa soldada de
espessura similar que se estende ao longo da largura b e pelo menos tendo um comprimento b no
sentido longitudinal da viga (ver Figura A.2), a tensão de flexão local σ0y,ex pode ser considerada
inferior a tensão calculada em região afastada da extremidade.

Figura A.2 — Reforço na aba inferior na extremidade da viga de rolamento

Se a distância xw entre duas rodas adjacentes for menor do que 1,5b, uma aproximação conservadora
pode ser adotada superpondo as tensões calculadas individualmente para cada roda.

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A tensão de flexão local σ0x deve ser combinada com a tensão de flexão geral da viga no sentido
longitudinal σx.

A tensão combinada deve ser calculada pela equação:

Para os pontos 1 e 2:

0 . = 0 + ,& .0

Para o ponto 0:

0 = 123 4 + 2 − 23 . 2
6 4
. ) 5 5

A tensão máxima atuante deve ser comparada com a tensão admissível dada pela ABNT NBR 8400-2
para o caso de solicitação considerado.

A.2 Efeito local devido às cargas nas rodas na aba inferior das vigas de
rolamento tipo caixão.
Na Figura A.3 está representado o modelo da viga para cálculo das tensões, bem como a
nomenclatura para as variáveis usadas nas equações e a simbologia para as tensões.

Figura A.3 — Símbolos usados no cálculo das tensões locais na aba das vigas caixão

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As equações e coeficientes para o cálculo das tensões locais na aba inferior das vigas tipo caixão são
dados na Tabela A.3. As equações e coeficientes são baseados em ajuste de curvas obtidas com
base no método dos elementos finitos. Portanto, são aproximações e não tem relação direta com
parâmetros físicos.

Os sinais para as tensões nos pontos 0, 1, 2 são válidas na face inferior. As tensões na face superior
têm sinal contrário. O fator µ é dado por:

7
=
(8 − 9: )

Tabela A.3 — Equações para tensões e coeficientes


Ponto Equação para tensão Coeficientes Símbolos e limites

0 > =< = 0,123 + 0,48 + 0,194 4 9:


2< = =3 HJ = M9?
9? 4 − 0,5 8H=98I(5HJ − 1,375)

=@ = −1,3067 − 1,45HJ + 0,5833HJ 4 28 < O < 168


>
2@ = =5 + 1,933
9? 4 0,1 < 7M8 < 0,5

0,15 < HJ < 0,8

1 > =<P = 2,23 − 1,49 + 2Q 'PR,SS (1 + 1,5HJ ) + 0,4HJ 4,


2<P = =<P
9? 4
=@P = 0,33 (HJ − 1) + (1 + 2HJ )T0,3 + 0,4 UQI(3,4 + 0,4 HJ 4 )V
>
2@P = =@P
9? 4

> 4, ,4 _
2<4 = =<4 =<4 = −0,95 + + T 1,2 ( − 0,1) ,4
− 0,76V \ ] ^
2
9? 4
Z,[[[
(4 W , )XY Y

2@4 = 0 =@4 = 0

3 =`a = 0,4 + 1,8 HJ 4 ℎ


Hd =
A tensão na alma é a soma
da tensão de membrana (m) 9:
O ,P4
=`? = (0,01 + 0,0212 HJ S ). e0,125 − 0,25f
Na e de flexão (f)
chapa 8 4ii ≤ 9: ≤ 12ii
da alma 2`S = 2`Sa + 2`S?
e c`d = 1 509: < ℎ
>
2`S = =`a .
garganta
c` 0 ≤ ℎ < 509:
da solda +b + 9? -9: c`d = 1 +
1 + 0,0004536 Hd S
6>b
+c`d . =`? . c` = 2 + 1,5 UQIT1,5. g(0,35 − HJ )V
9: S T1 + (2 HJ )'S V + 0,45 UQIT4g(HJ − 0,5)V

As equações para o cálculo da tensão local nos filetes de soldas de penetração parcial seguem a
figura explicativa A.4.

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Figura A.4 - Símbolos usados no cálculo das tensões nas soldas de filete

Equações para cálculo das tensões:

k = 0l$m . n ; o = 0l$ n
;
(

q pn
pnq = pn + ; #= n + − .& .q ;
√ √

k
k0n = ksn = ; o n = o − k. # ;

k o n
0 = sn = p0n ; 0 n = (. p
nq nq

 tensão na superfície da solda: 0nt = 0 + 0 n ;

 tensão na raiz da solda: 0nu = 0 − 0 n

Equação para combinação de tensão na raiz da solda:

0w.xyz − , & . 0w 0nu +0w.xyz − , & . 0w -. 0nu sxyz sn


v ~ +v ~ − +v ~ +v ~ ≤
{|},w {|},• {|},w . {|},• {|},sw {|},s•

O subscrito “glob” se refere à tensão global no ponto calculado (tensão longitudinal normal e de
cisalhamento na solda).

O fator de redução 0,75 não deve ser aplicado à tensão transversal ao filete de solda.

A força F deve ser calculada conforme ABNT NBR 8400 – 1 considerados os coeficientes de impacto
ψh e de majoração Mx.

As tensões longitudinais admissíveis fRd,X, fRd,Y, bem como as de cisalhamento fRd,τX, fRd, τY devem ser
tomadas em relação ao limite elástico no caso de solicitação analisado, conforme a ABNT NBR 8400-
2.
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Anexo B

Ensaios em fábrica das talhas produzidas em série


B.1 Introdução
A classificação do mecanismo de elevação em série é efetuada de acordo com ABNT NBR 8400-1:
Classificação e cargas sobre as estruturas e mecanismos.

A duração teórica de serviço também é baseada na ABNT NBR 8400-1. A verificação do


dimensionamento e classificação de mecanismos de talhas produzidas em série é efetuada pelos
fabricantes usando métodos matemáticos e ensaios.

Como, no entanto, a ABNT NBR 8400-1 não contém mais informações sobre outros fatores que
resultam na causa do dano, além do espectro de carga e do tempo de uso, esta Norma define um
"procedimento de ensaio padronizado" (referido a seguir como "ensaio") que especifica os requisitos
mínimos.

A implementação bem-sucedida do ensaio em conjunto com as verificações matemáticas dá ao


fabricante a autoridade para aplicar a designação "Classificação em Grupo de Mecanismos de acordo
com o Procedimento de Ensaio Padronizado".

A validação deve ser feita pelo engenheiro responsável pelo setor de desenvolvimento de produtos da
empresa com recolhimento de ART especifica.

Modelos de talhas ensaiados e validados segundo esta norma poderão ser fabricados sem a
necessidade de reprodução dos testes aqui descritos. Sempre levando em consideração que não haja
alterações técnicas que afetem o dimensionamento da mesma.

B.2 Escopo de aplicação


Esta Norma aplica-se a mecanismos de içamento em série motorizados, no escopo de aplicação da
ABNT NBR 004:010.001-005. Esta Norma não trata dos meios de sustentação da carga empregados
(cabos, correntes, correias).

O ensaio é realizado no grupo de mecanismo mais baixo no qual o equipamento produzido em série é
oferecido. A verificação da classificação em grupos de mecanismos superiores pode ser efetuada
matematicamente de acordo com a ABNT NBR 8400-1 com base nos resultados do ensaio do grupo
inferior.

B.3 Implementação dos ensaios

B.3.1 Condições estruturais para os ensaios:

O ensaio pode ser realizado em salas fechadas e não climatizadas. A temperatura ambiente deve
estar na faixa de 25° C ± 10° C.

Este ensaio não inclui fatores ambientais (por exemplo, umidade/ chuva/ neve/ temperatura). Se for
esperado que tais fatores afetem a capacidade de componentes relacionados à segurança (por
exemplo, freios), uma verificação separada deve ser feita para o mecanismo de içamento em série
completo ou para esses componentes.

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O mecanismo de içamento deve ser apoiado em um arranjo mecanicamente rígido com a tolerância
permitida para a superfície de apoio. Se forem criadas cargas adicionais em determinadas
configurações (por exemplo, na estrutura ou mancal do tambor) devido ao projeto do mecanismo de
elevação, o ensaio deve ser baseado no arranjo mais desfavorável. A carga suspensa pode ser guiada
em um arranjo deslizante.

B.3.2 Configurações:

O ensaio deve ser realizado com o mecanismo de elevação totalmente montado. Deve-se dar
preferência à seleção do arranjo de cabeamento para os meios de sustentação da carga que propicie
a maior velocidade de elevação oferecida. Se o ensaio for realizado com um arranjo de cabeamento
com maior número de cabos, a carga de ensaio deve ser aumentada por um fator fLast para levar em
conta a maior tensão cinética de corpo rígido resultante na cadeia de elementos do acionamento
durante a fase de aceleração. O fator fLast =1,1 pode ser usado como o aumento da carga de ensaio
para cada redução de 50% na velocidade de elevação. Neste caso, 10% do período de operação deve
ser verificado com carga aumentada e os 90% restantes com a carga nominal correspondente ao
número de ramais do arranjo do cabeamento ensaiado.

O cálculo exato do fator fLast durante a fase de aceleração pode ser feito pelas equações abaixo onde:
n/k sistema de cabeamento onde n é o número total de ramais de cabos e k o número de
ramais recolhidos pelo tambor;

F força motora referida à trajetória vertical da carga em newton (N);

€•‚/ƒ aceleração da carga em metros por segundo ao quadrado (m/s2);

IR momento de inércia das partes em rotação: motor, freio, redutor, tambor ou engrenagens
de corrente expressa em kg.m2 ;

mR massa equivalente referida a trajetória da carga, correspondente ao momento de inércia


das partes em rotação em kg;

m massa da carga suspensa no gancho em kg;

Sn/k força resultante no cabo de aço ou na corrente em newton (N);

V velocidade de elevação em metros por minuto (m/min)

ωM rotação de trabalho de motor em rotações por minuto (rpm)

ta tempo de aceleração do mecanismo de elevação em segundos (s)

2g†‡ 4
i„ = …„ e f
ˆ
ˆ
€•‚/ƒ =
609‰

Ša/ƒ = > − i„ €•‚/ƒ

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Cálculo das forças no cabo para o menor cabeamento oferecido Sang e para o sistema de cabos
ensaiado Sens.

Fator de variação de carga cinética de corpo rígido fLast, matematicamente determinado:

Š‰‚•
‹ ‰ŒJ =
ŠŽ‚Œ

Exemplo de cálculo de fLast:

m= 5000 kg; F= 1.6m.g; mR=m

menor cabeamento oferecido: 1/1

cabeamento testado: 2/1

ŠP/P = 63743•

Š4/P = 58840•

Š‰‚• ŠP/P
‹ ‰ŒJ = = = 1,083
ŠŽ‚Œ Š4/P

Exemplo de cálculo da carga de ensaio para diferentes cabeamentos considerando o fator fLast =1,1:

a) sistema de cabeamento 1/1 – 5 t. Carga de ensaio: 5 t – 100% do tempo.

b) sistema de cabeamento 2/1:

 carga de ensaio: Sens.1 = 5 x 2 =10 t (90% do tempo).

 carga de ensaio aumentada: Sens.2= 5 x 2 x 1,1 =11 t (10% do tempo).

Fator de aumento de carga de ensaio para sistemas com maior número de cabos:

Exemplo:

 menor sistema de cabos oferecido 1/1

 sistema de cabos ensaiado 2/1 ou 4/2: fator de aumento de carga = 1,1

 sistema de cabos ensaiado 4/1 ou 8/2: fator de aumento de carga = 1,12 = 1,21

 sistema de cabos ensaiado 8/1: fator de aumento de carga = 1,13 = 1,331

Alternativamente, o período de operação com aumento de carga pode ser convertido em um período
de operação total estendido para fins de verificação. Se o ensaio for realizado com uma velocidade de
elevação superior à máxima oferecida, a carga pode ser reduzida pelos mesmos motivos. Neste caso,

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no entanto, o método de cálculo exato especificado acima para fLast deve ser usado.
Cálculo da variação do tempo de operação em função do fator de variação de carga e da distribuição
dos tempos de aceleração e frenagem.

•Ž‚Œ = •‘’] “1 + ” ‰ŒJ +‹ ‰ŒJ S − 1-•

–—‘
” ‰ŒJ =

Onde:

Dens duração do tempo estendido de ensaio em horas (h);

Dvor número de horas com carga máxima requerido pela Norma para classificação de acordo
com o grupo do mecanismo;

Tbv soma dos tempos de aceleração e frenagem durante um ciclo de elevação em segundos
(s);

T duração total de um ciclo de elevação em segundos (s)

Se o mecanismo de elevação em série for oferecido com várias opções de unidades de acionamento e
controle (por exemplo, motores de rotor de gaiola, inversores de frequência, corrente contínua,
hidráulica, pneumática), a unidade de acionamento em série que causa o impacto de torque mais
desfavorável deve ser selecionada para o ensaio.

Componentes adicionais que são possíveis como opção podem ser testados separadamente do
mecanismo de elevação em série totalmente montado (por exemplo: elementos de comutação do
controle de velocidades, moitão inferior, segundo freio, proteção contra sobrecarga, etc.).

B.4 Programa de ensaios

B.4.1 Carga

Todo o ensaio deve ser realizado em plena carga (coeficiente de espectro de carga km = 1).
Dependendo do arranjo do cabeamento, a carga deve ser aumentada ou o período de ensaio
estendido correspondentemente (ver B.3.2).

B.4.2 Sequência no tempo

O ensaio deve ser realizado com os valores permitidos especificados pelo fabricante para o tempo em
operação (ED) e número de partidas do mecanismo. O tempo de operação pode ser agrupado em um
bloco de tempo dentro de um ciclo de dois (2) minutos. Pontos de parada adicionais devem ser
considerados ao longo do percurso de elevação para atingir o número de partidas do acionamento, se
necessário.

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Quando a temperatura atinge um valor estável, o ensaio pode ser conduzido nesta temperatura com
resfriamento externo regulado com um tempo de operação (ED) aumentado e maior número de
partidas do mecanismo para reduzir os períodos de ensaio.

B.4.3 Percursos, ciclos:

Com arranjos de passagem de cabos 1/1 e velocidades de elevação de até 12,5 m/min, o percurso da
carga por partida não deve exceder 6 m. Em velocidades de elevação mais altas, o percurso da carga
por partida não deve exceder 10 m.
Esses valores também se aplicam aos arranjos de passagem de cabos 2/2.
Para arranjos de cabos 2/1, metade dos valores de percursos de carga e velocidades podem ser
aplicados em cada caso.
A carga deve ser levantada do chão no mínimo no início de cada quarto (4o) movimento de elevação
(sem computar as paradas intermediárias para atingir o número de partidas do acionamento). Se o
cálculo do sistema de cabeamento e acionamento for baseado em uma partida via motor em baixa
velocidade ou operação de mudança de polaridade, um em cada quatro dos movimentos de elevação
usados para pegar a carga do chão ou seja, no início de cada décimo sexto (16º) movimento de
elevação para pegar a carga (sem levar em conta as paradas intermediárias para atingir o número de
partidas do acionamento) , deve ser realizada apenas pelo motor de elevação principal, desde que o
sistema de controle não o impeça. Para melhor entendimento consulte as figuras B1, B.2 e B.3 onde h
é a altura de elevação da carga em cada ciclo e t é o tempo decorrido.

Figura B.1 — Operação normal de elevação durante o ensaio (Ciclo I: a carga não é apoiada no solo).

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Figura B.2 — Pegar a carga no solo em baixa velocidade no início de cada 4ª operação de elevação, (Ciclo II).

Figura B.3 — Após a 4ª operação de pegar a carga no solo, içar na velocidade máxima, se possível (ciclo III).

B.4.4 Procedimento de ensaio:

Etapa 1: 3 x ciclo I + ciclo II;

Etapa 2: 3 x ciclo I + ciclo II;

Etapa 3: 3 x ciclo I + ciclo II;

Etapa 4: 3 x ciclo I + ciclo III, se possível, caso contrário, repita o ciclo II

B.4.5 Serviço de manutenção:

Todos os trabalhos de manutenção prescritos pelo fabricante ou Normas relevantes devem ser
executados de acordo com a duração do serviço.

B.5 Valores de ensaios requeridos:


Os ensaios devem ser concluídos quando o mecanismo de içamento produzido em série ainda estiver
operacional, no entanto, no mais tardar quando danos reconhecíveis indicarem que há um risco
imediato de falha.
O período decorrido até esse tempo conta como a vida útil alcançada em horas de carga nominal.
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O ensaio é considerado concluído com sucesso se uma das duas condições abaixo for atendida:

a) após a conclusão de um teste, a vida útil alcançada em horas com carga nominal é pelo menos
20% superior ao número de horas de carga nominal requerido para o Grupo do mecanismo.

b) após completar pelo menos três ensaios, o valor médio da vida útil alcançada é maior que o
número necessário de horas de carga nominal para o Grupo de Mecanismos de ensaio e a menor vida
útil alcançada não é inferior a 10% abaixo do valor para o Grupo do Mecanismo.

B.6 Obtenção de dados técnicos:


Os ensaios de vida útil também podem ser usados para obter, proteger e verificar dados técnicos. Por
exemplo:
 dados do motor: aumento de temperatura, sobre temperatura, corrente, consumo, curvas de
velocidade;
 dados do freio: desgaste, intervalos de ajuste;
 dados do redutor de engrenagens: desgaste, lubrificação;
 dados do tambor: desgaste das ranhuras, características do enrolamento;
 dados da roda dentada: desgaste, características operacionais;

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Bibliografia

 FEM 9.901, Rules for the design of series lifting equipment and cranes equipped with
series lifting equipment.
 FEM 9.852, Power driven series hoist mechanisms. Standardized test procedure for
verification of the classification
 ISO 16881-1, Design calculation for rail wheels and associated trolley track supporting
structure-Part 1 – General

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