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PROJETO CE -004.010.001-005
JAN 2024
APRESENTAÇÃO
1) Este Projeto foi elaborado pela Comissão de Comissão de Estudo de Equipamentos de
Elevação de Carga (CE-004:010.001) do Comitê Brasileiro de Máquinas e Equipamentos
Mecânicos (ABNT/CB-004), nas reuniões de:
dd.mm.aaaa
2) Aqueles que tiverem conhecimento de qualquer direito de patente devem apresentar esta
informação em seus comentários, com documentação comprobatória;
_____________
© ABNT 2024
Todos os direitos reservados. Salvo disposição em contrário, nenhuma parte desta publicação pode ser
modificada ou utilizada de outra forma que altere seu conteúdo. Esta publicação não é um documento
normativo e tem apenas a incumbência de permitir uma consulta prévia ao assunto tratado. Não é autorizado postar
na internet ou intranet sem prévia permissão por escrito. A permissão pode ser solicitada formalmente à ABNT.
Prefácio
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT a
qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários e
não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.
Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar as
datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.
Scope
This Standard sets out the requirements that must be taken into account when designing electric wire
rope hoist and lifting and handling equipment that use serial production components
1. Escopo
Esta Norma estabelece os requisitos mínimos que devem ser levados em consideração ao projetar
talhas elétricas de cabo de aço e equipamentos de elevação e movimentação de carga que utilizam
componentes de produção seriada.
2. Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).
ABNT NBR 8400-1, Equipamentos de elevação e movimentação de carga – Regras para projeto –
Parte 1: Classificação e cargas sobre as estruturas e mecanismos
ABNT NBR 8400-2, Equipamentos de elevação e movimentação de carga – Regras para projeto –
Parte 2: Verificação das estruturas ao escoamento, fadiga e estabilidade
ABNT NBR 8400-3, Equipamentos de elevação e movimentação de carga – Regras para projeto –
Parte 3: Verificação à fadiga e seleção de componentes dos mecanismos
ABNT NBR 8400-4, Equipamentos de elevação e movimentação de carga – Regras para projeto –
Parte 4: Equipamento elétrico
ABNT NBR 8400-5, Equipamentos de elevação e movimentação de carga – Regras para projeto –
Parte 5: Cargas para ensaio e tolerâncias de fabricação
ABNT NBR 15958 (8400-6), Regras de segurança para projetos de equipamentos de elevação de
carga
3. Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições da ABNT NBR 8400-1 e os
seguintes.
talha
guincho motorizado compacto para içamento de cargas gerais, constituído de motor, freio, redutor,
tambor, cabo de aço e caixa de gancho
4. Condições gerais
4.1 Esta Norma estabelece requisitos mínimos e não isenta os fabricantes da necessidade de
atender Normas regulamentadoras e legislação aplicável.
4.2 A utilização de dispositivos adicionais de segurança deve ser feita em função da análise de
risco inerente ao uso do equipamento (ex: chave fim de curso redundante na elevação, dispositivo de
proteção contra sobrecarga, etc.)
4.3 A existência ou não de um dispositivo de sobrecarga não exime o usuário de limitar seu uso á
carga nominal permitida no gancho ou no dispositivo permanente de içamento do equipamento.
4.4 Todas os requisitos definidos nas normas ABNT NBR 8400-1/2/3/4/5 são válidos, exceto os
pontos destacados à seguir.
Esta Norma define regras para classificação em grupos para os componentes mecânicos e estruturais,
os carregamentos e suas combinações a serem considerados e aplica-se integralmente às talhas e
equipamentos que utilizam componentes padronizados.
4.4.2 ABNT NBR 8400-2: Verificação das estruturas ao escoamento, fadiga e estabilidade
Esta Norma aplica-se integralmente para o projeto das talhas e equipamentos que utilizam
componentes padronizados. Deve ser considerado adicionalmente as verificações estabelecidas no
Anexo A para as estruturas dos equipamentos que utilizam talhas suspensas em viga únicas de perfis
tipo I ou W e vigas tipo caixão.
A seguintes limitações de flechas em relação ao vão da ponte (L) devem ser consideradas:
− , para pontes que utilizam perfil I ou W laminado ou soldado. Esta limitação se aplica a
equipamentos com baixas velocidades de elevação (≤ 6 m/min) e sem exigência de precisão de
posicionamento ou que utilizam sistema de controle sofisticados com controle de aceleração,
mesmo com vários pontos de velocidades .
4.4.3 ABNT NBR 8400-3: Verificação à fadiga e seleção de componentes dos mecanismos
Esta Norma aplica-se integralmente para o projeto das talhas e equipamentos que utilizam
componentes padronizados quanto a seu dimensionamento. Aplicam-se também as Normas ABNT
NBR 10980 para as roldanas e ABNT NBR 11375 para os tambores.
Requisitos adicionais:
− Deve ser utilizado dispositivo guia de cabos para talhas elétricas que utilizam tambores com
enrolamento simples, conforme ilustrado na Figura 1. Neste caso fica dispensado o uso de flanges que
se projetam acima do diâmetro do tambor. Na Figura 2 está ilustrado talhas de duplo enrolamento com
e sem guia de cabo.
a) com guia de cabos e sem flanges b) sem guia de cabos, com flanges
Erro! Autoreferência de indicador não válida.
− Fica dispensado o seu uso para talhas especiais com dupla ranhura, aplicando-se neste caso o
mesmo critério da NBR 15958 quanto aos flanges dos tambores. Para este tipo de talha caso seja
utilizado dispositivo guia de cabos fica dispensado o uso de flanges que se projetam acima do
diâmetro do tambor.
Esta Norma aplica-se integralmente para o projeto das talhas e equipamentos que utilizam
componentes padronizados.
Esta Norma se aplica para os equipamentos que utilizam talhas padronizadas, inclusive quanto às
cargas de ensaio. Para as talhas padronizadas produzidas em série deve ser considerado os ensaios
em fábrica descritos no Anexo B.
4.5 Todos os requisitos definidos na norma ABNT NBR 15958 (futura ABNT NBR 8400-6): Regras de
segurança para projetos de equipamentos de elevação de carga são válidos, exceto os pontos
destacados a seguir:
− talhas com dispositivo guia não necessitam de flanges em suas extremidades com diâmetro maior
que o nominal tambor.
− pelo menos uma chave para limitar o curso superior e inferior de elevação em operação normal é
obrigatória.
− o uso de uma chave redundante para limitar o curso, quando não requerido pelo cliente, deve ser
avaliado em função da análise de risco inerente a operação do equipamento (exemplo manuseio de
cargas perigosas, como metal líquido ou combustível nuclear).
− a instalação de dispositivos para limitar o percurso de translação das talhas, deve ser avaliado em
função da análise de risco inerente a operação do equipamento
− talhas com capacidade superior a 1000 kgf devem ser equipadas com limitador de sobrecarga.
Dispositivos mecânicos ou eletrônicos confiáveis, podem ser utilizados como limitador de carga.
− o aumento da segurança como o uso de um dispositivo limitador de carga, deve ser acordado entre
o fabricante e usuário.
Anexo A
(normativo)
Tensões locais nas vigas para o caso de talhas suspensas
A.1 Efeito local devido às cargas nas rodas na aba inferior das vigas de rolamento
tipo I ou W
O método a seguir deve ser usado para determinar a tensão local de flexão na aba inferior dos perfis I
ou W, devido às cargas nas rodas.
A tensão de flexão local devido à carga nas rodas aplicadas a uma distância maior do que b em
relação à extremidade da viga, onde b é a largura da aba inferior, pode ser determinada em três
pontos indicados na Figura A.1:
Figura A.1 — Pontos para determinação da tensão devido às cargas nas rodas
Desde que a distância xw ao longo da viga de rolamento, entre rodas adjacentes não seja menor do
que 1,5b, onde b é a largura da aba inferior, a tensão de flexão local longitudinal σ0x e a transversal σ0y
na aba inferior, devido a aplicação da carga na roda a uma distância maior do que b da extremidade
da viga, é obtida de:
. /
. /
onde:
= . /( − ))
onde:
Tabela A.1 — Coeficientes cxi e cyi para cálculo da tensão nos pontos i = 0,1 e 2
Tensão Vigas com aba paralela a Viga com aba cônica a,b
flexão
longitudinal
= , $ − , "% . + , $% . #' ,$$.
= , − , . + , ( . #'&,& .
transversal
) = , − &, " . ) = $, %( − ", $ . − $, %( . #' ,(& .
− , . #'
σ0y
,$(".
) = , ) = ,
a
Convenção de sinal: cxi, cyi são positivos para tensões de tração na face inferior da aba
b
Os coeficientes para abas cônicas são para inclinações de 14% ou 80. Podem ser utilizados para maiores
inclinações, pois são conservativos para estes casos. Para vigas com menores inclinações, os valores das vigas
com abas paralelas podem ser utilizados, pois são conservativos.
Alternativamente, para cargas próximas a borda livre da aba inferior, os valores de cxi, cyi da Tabela
A.2 podem ser utilizados.
Tabela A.2 — Coeficientes cxi e cyi para cálculo da tensão com a carga próxima da borda da aba
Na ausência de melhor informação, a tensão de flexão local σ0y,ex na extremidade da viga, devido a
aplicação da carga na roda em uma aba inferior sem reforço, deve ser determinada por:
,* = + , ( − $, $$ . , − , . ,$ -. ./ /
Alternativamente, se a aba inferior for reforçada na extremidade através de uma chapa soldada de
espessura similar que se estende ao longo da largura b e pelo menos tendo um comprimento b no
sentido longitudinal da viga (ver Figura A.2), a tensão de flexão local σ0y,ex pode ser considerada
inferior a tensão calculada em região afastada da extremidade.
Se a distância xw entre duas rodas adjacentes for menor do que 1,5b, uma aproximação conservadora
pode ser adotada superpondo as tensões calculadas individualmente para cada roda.
A tensão de flexão local σ0x deve ser combinada com a tensão de flexão geral da viga no sentido
longitudinal σx.
Para os pontos 1 e 2:
0 . = 0 + ,& .0
Para o ponto 0:
0 = 123 4 + 2 − 23 . 2
6 4
. ) 5 5
A tensão máxima atuante deve ser comparada com a tensão admissível dada pela ABNT NBR 8400-2
para o caso de solicitação considerado.
A.2 Efeito local devido às cargas nas rodas na aba inferior das vigas de
rolamento tipo caixão.
Na Figura A.3 está representado o modelo da viga para cálculo das tensões, bem como a
nomenclatura para as variáveis usadas nas equações e a simbologia para as tensões.
Figura A.3 — Símbolos usados no cálculo das tensões locais na aba das vigas caixão
As equações e coeficientes para o cálculo das tensões locais na aba inferior das vigas tipo caixão são
dados na Tabela A.3. As equações e coeficientes são baseados em ajuste de curvas obtidas com
base no método dos elementos finitos. Portanto, são aproximações e não tem relação direta com
parâmetros físicos.
Os sinais para as tensões nos pontos 0, 1, 2 são válidas na face inferior. As tensões na face superior
têm sinal contrário. O fator µ é dado por:
7
=
(8 − 9: )
> 4, ,4 _
2<4 = =<4 =<4 = −0,95 + + T 1,2 ( − 0,1) ,4
− 0,76V \ ] ^
2
9? 4
Z,[[[
(4 W , )XY Y
2@4 = 0 =@4 = 0
As equações para o cálculo da tensão local nos filetes de soldas de penetração parcial seguem a
figura explicativa A.4.
Figura A.4 - Símbolos usados no cálculo das tensões nas soldas de filete
k = 0l$m . n ; o = 0l$ n
;
(
q pn
pnq = pn + ; #= n + − .& .q ;
√ √
k
k0n = ksn = ; o n = o − k. # ;
√
k o n
0 = sn = p0n ; 0 n = (. p
nq nq
O subscrito “glob” se refere à tensão global no ponto calculado (tensão longitudinal normal e de
cisalhamento na solda).
O fator de redução 0,75 não deve ser aplicado à tensão transversal ao filete de solda.
A força F deve ser calculada conforme ABNT NBR 8400 – 1 considerados os coeficientes de impacto
ψh e de majoração Mx.
As tensões longitudinais admissíveis fRd,X, fRd,Y, bem como as de cisalhamento fRd,τX, fRd, τY devem ser
tomadas em relação ao limite elástico no caso de solicitação analisado, conforme a ABNT NBR 8400-
2.
NÃO TEM VALOR NORMATIVO 11/19
ABNT/CB-004
PROJETO 004.010.001-005
JAN 2024
Anexo B
Como, no entanto, a ABNT NBR 8400-1 não contém mais informações sobre outros fatores que
resultam na causa do dano, além do espectro de carga e do tempo de uso, esta Norma define um
"procedimento de ensaio padronizado" (referido a seguir como "ensaio") que especifica os requisitos
mínimos.
A validação deve ser feita pelo engenheiro responsável pelo setor de desenvolvimento de produtos da
empresa com recolhimento de ART especifica.
Modelos de talhas ensaiados e validados segundo esta norma poderão ser fabricados sem a
necessidade de reprodução dos testes aqui descritos. Sempre levando em consideração que não haja
alterações técnicas que afetem o dimensionamento da mesma.
O ensaio é realizado no grupo de mecanismo mais baixo no qual o equipamento produzido em série é
oferecido. A verificação da classificação em grupos de mecanismos superiores pode ser efetuada
matematicamente de acordo com a ABNT NBR 8400-1 com base nos resultados do ensaio do grupo
inferior.
O ensaio pode ser realizado em salas fechadas e não climatizadas. A temperatura ambiente deve
estar na faixa de 25° C ± 10° C.
Este ensaio não inclui fatores ambientais (por exemplo, umidade/ chuva/ neve/ temperatura). Se for
esperado que tais fatores afetem a capacidade de componentes relacionados à segurança (por
exemplo, freios), uma verificação separada deve ser feita para o mecanismo de içamento em série
completo ou para esses componentes.
O mecanismo de içamento deve ser apoiado em um arranjo mecanicamente rígido com a tolerância
permitida para a superfície de apoio. Se forem criadas cargas adicionais em determinadas
configurações (por exemplo, na estrutura ou mancal do tambor) devido ao projeto do mecanismo de
elevação, o ensaio deve ser baseado no arranjo mais desfavorável. A carga suspensa pode ser guiada
em um arranjo deslizante.
B.3.2 Configurações:
O ensaio deve ser realizado com o mecanismo de elevação totalmente montado. Deve-se dar
preferência à seleção do arranjo de cabeamento para os meios de sustentação da carga que propicie
a maior velocidade de elevação oferecida. Se o ensaio for realizado com um arranjo de cabeamento
com maior número de cabos, a carga de ensaio deve ser aumentada por um fator fLast para levar em
conta a maior tensão cinética de corpo rígido resultante na cadeia de elementos do acionamento
durante a fase de aceleração. O fator fLast =1,1 pode ser usado como o aumento da carga de ensaio
para cada redução de 50% na velocidade de elevação. Neste caso, 10% do período de operação deve
ser verificado com carga aumentada e os 90% restantes com a carga nominal correspondente ao
número de ramais do arranjo do cabeamento ensaiado.
O cálculo exato do fator fLast durante a fase de aceleração pode ser feito pelas equações abaixo onde:
n/k sistema de cabeamento onde n é o número total de ramais de cabos e k o número de
ramais recolhidos pelo tambor;
IR momento de inércia das partes em rotação: motor, freio, redutor, tambor ou engrenagens
de corrente expressa em kg.m2 ;
2g†‡ 4
i„ = …„ e f
ˆ
ˆ
€•‚/ƒ =
609‰
Cálculo das forças no cabo para o menor cabeamento oferecido Sang e para o sistema de cabos
ensaiado Sens.
Š‰‚•
‹ ‰ŒJ =
ŠŽ‚Œ
ŠP/P = 63743•
Š4/P = 58840•
Š‰‚• ŠP/P
‹ ‰ŒJ = = = 1,083
ŠŽ‚Œ Š4/P
Exemplo de cálculo da carga de ensaio para diferentes cabeamentos considerando o fator fLast =1,1:
Fator de aumento de carga de ensaio para sistemas com maior número de cabos:
Exemplo:
sistema de cabos ensaiado 4/1 ou 8/2: fator de aumento de carga = 1,12 = 1,21
Alternativamente, o período de operação com aumento de carga pode ser convertido em um período
de operação total estendido para fins de verificação. Se o ensaio for realizado com uma velocidade de
elevação superior à máxima oferecida, a carga pode ser reduzida pelos mesmos motivos. Neste caso,
no entanto, o método de cálculo exato especificado acima para fLast deve ser usado.
Cálculo da variação do tempo de operação em função do fator de variação de carga e da distribuição
dos tempos de aceleração e frenagem.
–—‘
” ‰ŒJ =
–
Onde:
Dvor número de horas com carga máxima requerido pela Norma para classificação de acordo
com o grupo do mecanismo;
Tbv soma dos tempos de aceleração e frenagem durante um ciclo de elevação em segundos
(s);
Se o mecanismo de elevação em série for oferecido com várias opções de unidades de acionamento e
controle (por exemplo, motores de rotor de gaiola, inversores de frequência, corrente contínua,
hidráulica, pneumática), a unidade de acionamento em série que causa o impacto de torque mais
desfavorável deve ser selecionada para o ensaio.
Componentes adicionais que são possíveis como opção podem ser testados separadamente do
mecanismo de elevação em série totalmente montado (por exemplo: elementos de comutação do
controle de velocidades, moitão inferior, segundo freio, proteção contra sobrecarga, etc.).
B.4.1 Carga
Todo o ensaio deve ser realizado em plena carga (coeficiente de espectro de carga km = 1).
Dependendo do arranjo do cabeamento, a carga deve ser aumentada ou o período de ensaio
estendido correspondentemente (ver B.3.2).
O ensaio deve ser realizado com os valores permitidos especificados pelo fabricante para o tempo em
operação (ED) e número de partidas do mecanismo. O tempo de operação pode ser agrupado em um
bloco de tempo dentro de um ciclo de dois (2) minutos. Pontos de parada adicionais devem ser
considerados ao longo do percurso de elevação para atingir o número de partidas do acionamento, se
necessário.
Quando a temperatura atinge um valor estável, o ensaio pode ser conduzido nesta temperatura com
resfriamento externo regulado com um tempo de operação (ED) aumentado e maior número de
partidas do mecanismo para reduzir os períodos de ensaio.
Com arranjos de passagem de cabos 1/1 e velocidades de elevação de até 12,5 m/min, o percurso da
carga por partida não deve exceder 6 m. Em velocidades de elevação mais altas, o percurso da carga
por partida não deve exceder 10 m.
Esses valores também se aplicam aos arranjos de passagem de cabos 2/2.
Para arranjos de cabos 2/1, metade dos valores de percursos de carga e velocidades podem ser
aplicados em cada caso.
A carga deve ser levantada do chão no mínimo no início de cada quarto (4o) movimento de elevação
(sem computar as paradas intermediárias para atingir o número de partidas do acionamento). Se o
cálculo do sistema de cabeamento e acionamento for baseado em uma partida via motor em baixa
velocidade ou operação de mudança de polaridade, um em cada quatro dos movimentos de elevação
usados para pegar a carga do chão ou seja, no início de cada décimo sexto (16º) movimento de
elevação para pegar a carga (sem levar em conta as paradas intermediárias para atingir o número de
partidas do acionamento) , deve ser realizada apenas pelo motor de elevação principal, desde que o
sistema de controle não o impeça. Para melhor entendimento consulte as figuras B1, B.2 e B.3 onde h
é a altura de elevação da carga em cada ciclo e t é o tempo decorrido.
Figura B.1 — Operação normal de elevação durante o ensaio (Ciclo I: a carga não é apoiada no solo).
Figura B.2 — Pegar a carga no solo em baixa velocidade no início de cada 4ª operação de elevação, (Ciclo II).
Figura B.3 — Após a 4ª operação de pegar a carga no solo, içar na velocidade máxima, se possível (ciclo III).
Todos os trabalhos de manutenção prescritos pelo fabricante ou Normas relevantes devem ser
executados de acordo com a duração do serviço.
O ensaio é considerado concluído com sucesso se uma das duas condições abaixo for atendida:
a) após a conclusão de um teste, a vida útil alcançada em horas com carga nominal é pelo menos
20% superior ao número de horas de carga nominal requerido para o Grupo do mecanismo.
b) após completar pelo menos três ensaios, o valor médio da vida útil alcançada é maior que o
número necessário de horas de carga nominal para o Grupo de Mecanismos de ensaio e a menor vida
útil alcançada não é inferior a 10% abaixo do valor para o Grupo do Mecanismo.
Bibliografia
FEM 9.901, Rules for the design of series lifting equipment and cranes equipped with
series lifting equipment.
FEM 9.852, Power driven series hoist mechanisms. Standardized test procedure for
verification of the classification
ISO 16881-1, Design calculation for rail wheels and associated trolley track supporting
structure-Part 1 – General