OILSON TREVISANUTO
Goiânia/GO
06/2018
OILSON TREVISANUTO
Goiânia/GO
06/2018
OILSON TREVISANUTO
BANCA EXAMINADORA
___________________________________________________________________
Prof. Dr. Pedro Luis Pereira Neto – Instituto Tecnológico Avançado - Coordenador
Goiânia/GO
06/2018
Dedico esta obra a todos os policiais
brasileiros que labutam diariamente em prol
de uma nação mais segura e justa.
A todos Agentes Penitenciários do Brasil, na
esperança de que num futuro próximo, todos
sejam Policiais Penitenciários.
“Inteligência é a capacidade de se adaptar à mudança.”
Stephen Hawking
“O segredo da mudança é concentrar toda a sua energia, não na luta contra o velho,
mas na construção do novo.”
Sócrates
RESUMO
Conclusion work on the implementation of the so-called Full Cycle of Police for the
Brazilian police, contrasting the model of the Brazilian police cycle with models
adopted in other countries, aiming to analyze and verify the most successful model to
be adopted in Brazil. The increasing levels of violence and crime reveal that Brazil's
public security system is at least inefficient, since violence can not be contained and
controlled at acceptable levels. The inefficiency of police action, too much
bureaucratization and police conflicts are reflections of the irrational model used in
which two police agencies are needed to complete the criminal prosecution. On the
one hand we have the ostensible-preventive Military Police that initiates the police
action and for constitutional requirement, passing on to its co-sister, the Civil Police,
the responsibility for the investigation of the crime and eventual elucidation of the
authorship of the crime. Essentially, the one who loses all of this is society. To do so,
we analyzed the Brazilian law and police, as well as the attribution of each police. Next,
a survey of the execution of the police action of some countries was carried out and
the Constitutional Amendment Proposals were presented that intend to assign the Full
Cycle of Police to the Brazilian police agencies. Finally, I analyze the so-called Full
Cycle of Police, demonstrating the benefits, efficiency, agility, economy, speed and
other gains for both the government and society, presenting, next, three possible
structural organization models for Brazilian police in the complete cycle. It is concluded
that it is necessary to assign the complete police cycle to all police, rejecting the idea
of demilitarization and unification of the military and civil police, proposing that it is
more feasible a scenario of multiple police, autonomous, all of full cycle, acting in a
collaborative way with each other.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 11
2. ORDEM SOCIAL, SEGURANÇA PÚBLICA E OS ÓRGÃOS POLÍCIAS
BRASILEIROS .......................................................................................................... 15
2.1 Ordem Pública ................................................................................................. 15
2.2 Segurança Pública ........................................................................................... 17
2.3 Os órgãos policiais brasileiros ......................................................................... 21
2.3.1 A Polícia Federal .................................................................................... 22
2.3.2 A Polícia Rodoviária Federal e Ferroviária Federal ................................ 23
2.3.3 A Polícia Militar ....................................................................................... 25
2.3.4 A Polícia Civil .......................................................................................... 26
2.3.5 As demais polícias e órgãos de segurança pública ................................ 27
2.4 Poder de Polícia e Poder da Polícia ................................................................. 28
2.5 Autoridade Policial e Agente da Autoridade Policial......................................... 29
3. MODELOS POLICIAIS NO MUNDO .................................................................... 31
3.1 Polícia Francesa .............................................................................................. 31
3.1.1 Guarda Nacional (Gendarmaria Nacional).............................................. 32
3.1.2 Polícia Nacional ...................................................................................... 33
3.2 Polícia Italiana .................................................................................................. 33
3.2.1 Polícia do Estado .................................................................................... 33
3.2.2 Guarda de finanças ................................................................................ 34
3.2.3 Corpo de Carabineiros............................................................................ 34
3.3 Polícia Espanhola ............................................................................................ 35
3.3.1 Corpo Nacional de Polícia ...................................................................... 35
3.3.2 Guarda Civil ............................................................................................ 36
3.4 Polícia Inglesa .................................................................................................. 37
3.5 Polícia Portuguesa ........................................................................................... 38
3.5.1 Polícia de Segurança Pública ................................................................. 38
3.5.2 Guarda Nacional Republicana ................................................................ 39
3.5.3 Polícia Judiciária ..................................................................................... 40
3.6 Polícia Chilena ................................................................................................. 41
3.6.1 Carabineiros do Chile ............................................................................. 41
3.6.2 Polícia de Investigações do Chile ........................................................... 42
3.7 Polícia Colombiana .......................................................................................... 43
3.8 Polícia Americana ............................................................................................ 44
3.8 Outros Países .................................................................................................. 45
4. BREVES COMENTÁRIOS ÀS PECs QUE TRATAM DA IMPLANTAÇÃO DO
CICLO COMPLETO DE POLÍCIA NO BRASIL ........................................................ 46
4.1 PEC 430/2009 .................................................................................................. 46
4.2 PEC 432/2009 .................................................................................................. 49
4.3 PEC 51/2013 .................................................................................................... 51
4.4 PEC 321/2013 .................................................................................................. 53
4.5 PEC 423/2014 .................................................................................................. 54
4.6 PEC 431/2014 .................................................................................................. 55
4.7 PEC 89/2015 .................................................................................................... 56
4.8 PEC 127/2015 .................................................................................................. 57
5. CICLO COMPLETO DE POLÍCIA: UMA ANÁLISE ............................................. 58
5.2 Constituição Federal e a rigidez para a mudança ............................................ 64
5.3 O modelo bipartido brasileiro: Polícia Administrativa vs Polícia Judiciária ....... 66
5.4 Modelos possíveis de polícia de ciclo completo ............................................... 73
5.4.1 Polícia de Ciclo Completo por grupo de crime e coexistência de múltiplas
polícias no mesmo espaço geográfico ............................................................ 73
5.4.2 Todas as polícias de Ciclo Completo com atuações por áreas geográficas
ou circunscrição............................................................................................... 80
5.4.3 Unificação das Polícias Estaduais e criação da Polícia Única nos estados
........................................................................................................................ 84
5.5 As Guardas Municipais nesse novo modelo e a hipótese da municipalização da
Segurança Pública ................................................................................................. 85
5.6 Sistema Prisional e a lavratura do Reds, embrião da Polícia Penal de ciclo
completo ................................................................................................................ 90
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 95
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 98
11
1. INTRODUÇÃO
1 Polícia de ciclo completo ou ciclo completo de polícia consiste na atribuição à mesma corporação
policial das atividades repressivas de polícia judiciária ou investigação criminal e da prevenção aos
delitos e manutenção da ordem pública realizadas pela presença ostensiva uniformizada dos policiais
nas ruas. Wikipédia. A enciclopédia livre. Disponível em:
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Polícia_de_ciclo_completo> Acesso em: 05 jun. 2018.
2 CF/88 - Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida
para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos
seguintes órgãos:[...]
12
3O termo de origem latina Sui generis significa, literalmente, "de seu próprio gênero", ou seja, "único
em seu gênero." Usa-se como adjetivo para indicar que algo é único, peculiar, incomum, descomunal,
particular, algo que não tem correspondência igual ou mesmo semelhante: uma atividade sui generis,
uma proposta sui generis, um comportamento sui generis. Wikipédia A enciclopédia livre. Disponível
em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Sui_generis> Acesso em: 05 jun. 2018.
13
O rápido levantamento de dados acima demonstra que de fato algo está errado
com a gestão da segurança pública. A sociedade brasileira necessita de uma
modernização dos órgãos de segurança para o enfrentamento da criminalidade e
eficiência no atendimento ao cidadão.
2018>
14
Moreira Neto (1988, p. 144-145) cita ainda que [...] “melhor se presta para
dessumir um "conceito operativo" de ordem pública, tal como o fez a Polícia Militar do
8 SILVA, Ronny Carvalho da. O "conceito odioso" de "ordem pública" para a efetivação do direito
fundamental à segurança: uma análise comparada no constitucionalismo luso-brasileiro. 2011. I
SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE ANÁLISE CRÍTICA DO DIREITO-UENP. Disponível em:
<http://eventos.uenp.edu.br/sid/publicacao/resumos/3.pdf> Acesso em 21 abr. 2018.
17
ordem social9 e evitar qualquer forma de violência por meio de leis, forças policiais e
poder judiciário.
De forma resumida Moreira Neto (1988, p. 152) conclui [...] “que segurança
pública é o conjunto de processos políticos e jurídicos, destinados a garantir a ordem
pública na convivência de homens em sociedade”.
9 Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para
a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos
seguintes órgãos. CRFB/1988. (Grifo nosso).
10 Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir
INDIVIDUAIS E COLETIVOS. Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
19
Denota-se que segurança pública também está ligada a ordem social isso
porque ao mesmo tempo é tratada como um direito social no artigo 6º 12, caput, da
Constituição de 1988. Portanto, assevera-se que a segurança é um dos objetivos do
Estado que proporciona ao cidadão o alcance dos seus próprios objetivos (SOUZA,
2008 apud MINUSCOLI e ALMEIDA, 2016).
IV - polícias civis;
Desta forma, “é por meio das polícias que o Estado exerce o seu legítimo
monopólio da força, mas sempre em observância aos princípios constitucionais”
(MARCHI, 2010, p. 36).
14 Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para
a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes
órgãos:
I - polícia federal;
II - polícia rodoviária federal;
III - polícia ferroviária federal;
IV - polícias civis;
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.
21
Por fim, segurança pública e ordem pública possuem uma linha tênue, mas são
conceitualmente distintos. A primeira se refere à aplicação da força pelo Estado,
através do Poder de Polícia e do Poder Judiciário, para a garantia e preservação da
segunda, que se traduz com paz social como um todo para a população.
A palavra "polícia" tem origem no vocábulo latino "politia", que, por sua vez,
resultou da latinização da palavra grega "πολιτεία" [politeia], esta derivada de "πόλις"
[polis] que significa "cidade". Tanto "politia" como "πολιτεία" significavam "governo de
uma cidade", "cidadania", "administração pública" ou "política civil". Na Grécia antiga,
o termo "πολισσόος" [polissoos] ("πόλις" [polis] + σῴζω [sōizō], significando "eu
guardo uma cidade") referia-se a uma pessoa encarregada da guarda urbana16.
15 O então presidente da Câmara dos Deputados, Ulysses Guimarães, declarou em 27 de julho de 1988
(foto) a entrada em vigor da nova Constituição Federal – apropriadamente batizada de Constituição
Cidadã.
16 Wikipédia, a enciclopédia livre. https://pt.wikipedia.org/wiki/Polícia. Acesso em: 23 abr. 2018.
22
17DE PLÁCIDO E SILVA. Vocabulário Jurídico, ed. cit., v. I1I, verbete Polícia, p. 1.174. Citado por
Lazzarini.
23
Suas competências são definidas pela Constituição Federal no artigo 144, pela
Lei nº 9.503/97 (Código de Trânsito Brasileiro), pelo Decreto n 1.655, de 03 de outubro
de 1995 e pelo seu regimento interno, aprovado pela Portaria Ministerial nº 1.375, de
2 de agosto de 2007.
18 Missão da Polícia Rodoviária Federal: “Garantir segurança com cidadania nas rodovias federais e
nas áreas de interesse da União.” (Grifo nosso). Disponível em: https://www.prf.gov.br/portal/acesso-
a-informacao/institucional/missao. Acesso em: 15 abr. 2018.
19 BRASIL. Presidência da República. Decreto nº 1.655 de 3 de outubro de 1995. Define a competência
Por ser uma polícia militarizada, os integrantes dessa corporação fazem uso de
farda. Na rotina laboral, a PM dispõe de viaturas caracterizadas para o patrulhamento
ostensivo. No patrulhamento, se deparando com um flagrante de um crime, a PM,
detém o autor, ouve o autor, ouve testemunhas, lavra o fato em boletim de ocorrência
próprio arrolando o autor, a(s) testemunha(s) e os PMs envolvidos na ocorrência e
depois apresenta tudo a Autoridade Policial, (delegado) este integrante da Polícia
Judiciária, interrompendo o ciclo da ação policial. Já a Polícia Judiciária, recebendo a
ocorrência, ouve todos os envolvidos, faz abertura de IP, realiza investigações a
posteriori, faz diligências, junta tudo no Inquérito Policial, para só depois encaminhar
para o MP, para oferecer ou não a denúncia contra o possível autor do delito. A crítica
ao atual modelo é justamente este, uma força inicia todo o processo e entrega a outra
para dar continuidade.
No mesmo sentido, CÂMARA (2016, p. 28) assevera que a Polícia Militar tem
a incumbência de “conciliar conflitos e nas ocorrências de flagrância delituosa, praticar
os atos preliminares de detenção e proteção do local, transferindo para sua coirmã os
demais procedimentos, interrompendo o ciclo da ação policial”.
apuração de infrações penais. Para tanto mantém vigilância permanente por meio de
policiamento ostensivo e sistemas eletrônicos. Também tem a incumbência de efetuar
a segurança do Presidente da Câmara dos Deputados e do Presidente do Senado
Federal em qualquer localidade do território nacional e no exterior, e a segurança dos
Deputados Federais e Senadores, servidores e quaisquer pessoas que eventualmente
estiverem a serviço do Congresso Nacional.
Suas atribuições fazem com que seja considerada uma polícia de ciclo
completo, o que significa que executam tanto atividades que são delegadas às
Polícias Civis quanto às Militares, mas restrita as áreas citadas acima.
“Em sentido estrito, Polícia é vocábulo designador do que se viu até agora, ou
seja, conjunto de instituições, fundadas pelo Estado, para, segundo as prescrições
legais, exercer a segurança pública para a manutenção da ordem pública” (BONFIM,
2006, p. 28).
Desta forma, [...] “Poder de Polícia é uma faculdade, um direito que o Estado
tem de, através da polícia, assegurar o bem-estar público ameaçado. O Poder da
Polícia é a polícia quando age. Essa ação só é legítima em virtude do Poder de Polícia,
que confere a potestas à Polícia” (BONFIM, 2006, p. 28).
Conforme Silva Júnior, “a lógica elementar não permite concluir que os policiais
militares, no exercício da função de policiamento, sejam considerados “agentes da
autoridade policial” como querem alguns. O mesmo sofisma nos faria crer que
qualquer do povo, que dê voz de prisão a um criminoso, seria também “agente da
autoridade policial” (2015, p. 14).
Como que para não deixar dúvida a respeito do termo, Gilmar Mendes citou
relatoria de sua lavra no Recurso Extraordinário 1.051.393/SE, já transitado em
julgado, destacando do parecer da Procuradoria Geral da República o trecho:
24 BRASIL. Decreto-Lei nº 3.689 de 3 de outubro de 1941. Código de Processo Penal. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del3689Compilado.htm> Acesso em: 01 jul. 2018.
25
Idem Ibidem
26 ARAS, Vladimir. A lavratura de TCO pela PRF e pela PM. 2013. Disponível em:
27SILVA, Elias Miler da. STF reconhece a lavratura do TCO também pela Polícia Militar. Defenda PM.
2017. Disponível em: <http://defendapm.org.br/2017/10/16/stf-reconhece-a-lavratura-do-tco-tambem-
pela-policia-militar-2/> Acesso em: 17 mai. 2018.
32
O autor cita ainda que a polícia francesa, serviu de modelo de polícia para
diversos países, sendo propagado por todo o mundo no final do século XVIII 28,
servindo de inspiração para as polícias modernas das quais podemos citar Arma dei
Carabinieri d’Ilália da Itália, Guardia Civil da Espanha, a Guarda Nacional Republicana
de Portugal de Portugal, os Carabineros de Chile do Chile e a Gendarmeria Nacional
Argentina da Argentina (RIBEIRO, 2016, p. 35).
28 Embora o site oficial da Police Nationale faça uma menção à criação no século XIII, ao Preboste de
Paris, por São Luis, A começar por MONET, os autores reportam-se a Luís XIV e a Tenencie de Police,
no século XVII.
29 FERREIRA, Roberto Cesar Medeiros; REIS, Thiago de Souza dos. O Sistema Francês de Polícia e
a sua relação com a Segurança Pública no Brasil. Anais do XV Encontro Regional de História da
ANPUH-RIO. Rio de Janeiro. 2012. Disponível em:
<http://www.encontro2012.rj.anpuh.org/resources/anais/15/1338408842_ARQUIVO_OSistemaFrance
sdePoliciaeasuarelacaocomaSegurancaPublicanoBrasil.pdf> Acesso em: 25 mai. 2018.
30 Polícia Francesa x Polícia Brasileira. Disponível em: <https://blitzdigital.com.br/artigos/1027-a-policia-
operacionais. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 18, n. 3734, 21 set. 2013.
Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/25343>. Acesso em: 24 maio 2018.
32
Idem Ibidem
33
A Itália possui quatro forças armadas que são a Polícia do Estado (em italiano
Polizia di Stato ou PdS), Guarda de Finanças (em italiano Guardia di Finanza), Corpo
de Carabineiros (em italiano: Corpo dei carabinieri) e Corpo da Polícia Penitenciária
(em italiano: Corpo dei Polizia Penitenziaria). Veremos as características de cada uma
abaixo.
Batista (2012, p. 17), explica que com o fim da era do Gen. Franco em 1977, o
sistema policial espanhol sofreu várias modificações e hoje as forças policiais se
dividem em três níveis:
38O subtítulo 3.3.1 Corpo Nacional de Polícia é uma síntese obtida no site oficial da "Policía Nacional"
do "Ministerio del Interior" do "Governo de España. Disponível em:
<https://www.policia.es/cnp/origen/origen.html> Acesso em: 25 mai. 2018.
37
39 O subtítulo 3.3.2 Guarda Civil é uma síntese obtida no site oficial da "Guardia Civil" do "Ministerio del
Interior" do "Governo de España. Disponível em:
<http://www.guardiacivil.es/es/institucional/Conocenos/index.html> Acesso em: 25 mai. 2018.
40 Square Mile ou City (Cidade de Londres) é uma pequena área dentro da Grande Londres. É o centro
financeiro e histórico de Londres. Com 8,6 mil habitantes, a City é o núcleo da Grande Londres (esta
um aglomerado de diversos boroughs). Sua área é de apenas 2,6 quilômetros quadrados - ou
aproximadamente uma milha quadrada, razão pela qual é referida como "The Square Mile".
38
46Site Oficial da Polícia Judiciária. Disponível em: <https://www.policiajudiciaria.pt/> Acesso em: 02 jul.
2018.
47 BRASIL. Câmera dos Deputados. Seminário Internacional sobre Segurança Pública. 2015.
Conforme comenta Sapori (2016, p. 53) “nos Estados Unidos, o sistema policial
é municipalizado, mas existem as polícias de condados, como também as polícias
estaduais. Todas são de ciclo completo.”
Brasil. 2012. 46 f. Monografia - Escola Superior de Guerra, Rio de Janeiro. 2012. Disponível em:
<www.esg.br/images/Monografias/2012/BATISTA.pdf> Acesso em: 02 mar. 2018.
45
56 MATA, Wender Ramos da. Ciclo Completo de Polícia no Brasil. In: Simpósio, Faculdade ICESP.
Brasília-DF. 2016. p. 10. Disponível em:
<http://nippromove.hospedagemdesites.ws/anais_simposio/arquivos_up/documentos/artigos/cc1ad92
69b0e7cfa1d1ebed57d0480de.pdf> Acesso em: 03 mar. 2018.
57 Idem, Ibidem, p. 11.
58 Idem, Ibidem, p. 11.
46
59O estudo apresentado é uma síntese da PEC 430/2009, demonstrando as principais mudanças
sofridas nos órgãos policiais brasileiros em caso de aprovação da PEC pelo Congresso Nacional.
47
Isso significa que a PEC em questão não prevê carreira única para ingresso na
polícia, havendo, portanto, diversas portas de entrada, a depender da carreira
48
A PEC prevê ainda que o regime previdenciário dos integrantes dos órgãos
relacionados no artigo 144 da Constituição Federal obedece ao disposto no § 4º, do
art. 40 da Constituição, garantida a integralidade e a paridade entre ativos e inativos,
bem como as alterações e os benefícios ou vantagens posteriormente concedidas, a
qualquer título, aos ativos, se estenderão aos inativos e aos seus pensionistas.
sofridas nos órgãos policiais brasileiros em caso de aprovação da PEC pelo Congresso Nacional.
50
ficando para lei federal, dispor sobre regras gerais das Polícias, em especial sobre
ingresso, denominação de cargos e carreiras. Opera a manutenção do Inquérito
Policial, situação contrária a literatura especializada e especialistas em segurança
pública. Não prevê o Ciclo Completo de Polícia para a Polícia Rodoviária Federal o
que é um erro grave. Não prevê municipalização da polícia, apenas mantém as
atribuições já existentes da Guarda Municipal.
Já no Art. 144-A a PEC prevê que a segurança pública no âmbito dos Estados,
Distrito Federal e Municípios, será provida pelas polícias e corpos de bombeiros, de
natureza civil, única em cada ente federal, estruturados em carreira única,
organizados em ciclo completo, responsabilizando-se cumulativamente pelas tarefas
ostensivas, preventivas, investigativas e de persecução criminal, ou seja, no Ciclo
Completo de Polícia.
sofridas nos órgãos policiais brasileiros em caso de aprovação da PEC pelo Congresso Nacional.
52
Já o Art. 144-B trata dos meios de controle dos órgãos policiais que seria
através de Ouvidoria Externa.
Esta PEC possui pouca aplicabilidade ou quase nenhum, haja vista que faculta
aos Estados a criação da polícia estadual. Mas, para isso ocorrer, necessita
desmilitarizar a Polícia Militar e realizar a unificação com a Polícia Civil para só então
constituir uma única polícia de natureza civil de ciclo completo. Portanto, se os
Estados não optarem pela constituição da nova polícia, o modelo dicotômico de polícia
administrativa e polícia judiciária continuará. Ademais, ela não prevê o Ciclo Completo
de Polícia para a PRF. Possibilita facultativamente a criação da polícia municipal com
função administrativa para vigilância ostensiva e de resolução de conflitos que não
constituam infração penal, órgão que não soma em nada na melhoria da segurança
pública, uma vez que a guarda municipal executa o mesmo papel, apenas não é
reconhecida como polícia.
65O estudo apresentado é uma síntese da PEC 321/2013, demonstrando as principais mudanças
sofridas nos órgãos policiais brasileiros em caso de aprovação da PEC pelo Congresso Nacional.
54
Altera-se o Art. 129, VIII determinando que toda investigação seja encaminhada
diretamente ao Ministério Público, titular da ação penal pública.
sofridas nos órgãos policiais brasileiros em caso de aprovação da PEC pelo Congresso Nacional.
55
Por vez, a Polícia Rodoviária e Ferroviária Federal, Polícia Militar e Polícia Civil
realizarão o Ciclo Completo de Polícia. Entretanto, em nenhum momento a PEC trata
da forma que será realizado o Ciclo Completo de Polícia pelas Polícias Militares e
Civis. Como está, ambas seriam concorrentes e realizariam patrulhamento ostensivo
preventivo e quem atender a ocorrência primeiro, seguiria com a investigação até o
judiciário e terminaria no sistema prisional. Apesar de não constar no texto da PEC,
imaginamos que as áreas de atuações deveriam ser atribuídas e definidas por leis
infraconstitucional.
sofridas nos órgãos policiais brasileiros em caso de aprovação da PEC pelo Congresso Nacional.
56
A PEC 89/2015 apresentada pelo Deputado Hugo Leal - PROS/RJ, traz uma
inovação para a área de segurança pública e poder judiciário, a figura do Juiz de
Instrução e Garantias.
Com a adoção do Ciclo Completo de Polícia, a Polícia Civil sofre uma mudança
elementar em que a emenda faz a separação entre natureza judiciária e natureza
policial. Atualmente, o Delegado de Polícia, está encaixado no poder executivo, mas
realiza atividades de natureza judicial com a elaboração de inquéritos policiais. A
emenda faz essa separação, criando a figura do juizado de instrução e garantias no
poder judiciário e faculta aos atuais Delegados de Polícia, em um prazo determinado,
a escolha ao novo cargo de juiz de instrução e garantias de natureza judicial ou o de
permanecer como autoridade policial na Polícia Civil em um cargo de natureza
estritamente policial. Aqueles que prefiram permanecer na PC, realizarão
estritamente, função de natureza policial. Com essa mudança, o Inquérito Policial será
abolido da responsabilidade da Polícia Civil, uma vez que no Ciclo Completo, qualquer
polícia lavrará o boletim de ocorrência ou TCO e o encaminhará diretamente ao
juizado de instrução e garantias.
sofridas nos órgãos policiais brasileiros em caso de aprovação da PEC pelo Congresso Nacional.
57
Por fim, atribui a todos os órgãos policiais elencados no Art. 144 da CR/88, a
realização do ciclo completo de polícia na persecução penal, consistente do exercício
das atribuições de polícia ostensiva e preventiva, investigativa e judiciária, e de
inteligência policial, sendo a atividade investigativa realizada em coordenação com o
Ministério Público, e a ele encaminhada.
sofridas nos órgãos policiais brasileiros em caso de aprovação da PEC pelo Congresso Nacional.
58
Para Ribeiro, “o ciclo completo de polícia teve sua gênese na França, em 1667,
para policiar Paris, a maior cidade da Europa àquele tempo [...]” (2016, p. 35).
Para Silva (2003 apud SILVA JÚNIOR, 2015) polícia de ciclo completo
compreende: “aquela que executa todas as fases da atividade policial:
prevenção, repressão, investigação e apuração dos crimes” (grifo nosso).
(...) “o Ciclo Completo de Polícia se dá quando uma força policial lida com a
ocorrência criminal, do momento em que ela chega ao local dos fatos até o
instante em que o criminoso é preso. Ou seja, junta-se na mesma força policial
a prevenção, a repressão e as investigações dos crimes.”
75
Ribeiro (2016, p.37) destaca que “o ciclo completo de polícia se impõe como
medida de eficiência. E eficiência é um dos princípios constitucionais da administração
pública”. O mesmo autor acrescente indicando os benefícios alcançados com o ciclo
completo de polícia como ideal de eficiência, e mais:
76 BRASIL. Câmera dos Deputados. Seminário Internacional sobre Segurança Pública. 2015.
Disponível em: <http://www.camara.leg.br/eventos-
divulgacao/evento;jsessionid=CE492711A30F9B64A1E51023675919A4.prod1n1-
secomp.camara.gov.br?id=16587> Acesso em: 04 abr. 2018.
62
Grande parte das ocorrências atendidas pela PM, são crimes de menor
potencial ofensivo, em que bastaria o registro de um TCO sobre o fato, notificando as
partes sobre a data da audiência e liberando-as logo em seguida, no local do fato,
sem descolamento, sem gasto de tempo, primando pela economia processual e
celeridade. Atendimento simples, prático e eficiente.
78 BRASIL. Câmera dos Deputados. Seminário Internacional sobre Segurança Pública. 2015.
Disponível em: <http://www.camara.leg.br/eventos-
divulgacao/evento;jsessionid=CE492711A30F9B64A1E51023675919A4.prod1n1-
secomp.camara.gov.br?id=16587> Acesso em: 04 abr. 2018.
65
A CF/88 foi emendada 99 vezes desde sua promulgação. Celso Ribeiro Bastos
(1999) assevera que "a razão da necessidade de reforma da Constituição a todo o
tempo, inclusive para a implementação de planos de governo, é razoavelmente
simples. O constituinte de 1988 quis inserir no seu texto muitas matérias legislativas,
de maneira a tornar o seu sistema rígido e se prevenir de golpes e desmandos
administrativos." Tal medida tem uma consequência grave: sua constante reforma.
Assim, Bastos (1999) conclui que “não se pode admitir que a Constituição
brasileira fique atrasada e aprisione o desenvolvimento em virtude de uma fragilidade
política de determinada época.”
Sapori (2016, p. 51) afirma que ainda não é consensual, “porém são poucos os
que ignoram o fato de que a dualidade polícia ostensiva/polícia investigativa tornou-
se foco crônico de ineficiência na atuação do Estado na provisão da segurança
pública.
82 Idem Ibidem
69
Acrescenta Giulian, que “as maiorias das delegacias de Polícia Civil do Brasil
utilizam de viaturas do tipo camburão com giroflex e os integrantes (detetives) usam
trajes ostensivos com inscrições, além de fazerem blitz e outras atividades típicas de
polícia ostensiva” (2002, p. 71 apud JUNIOR, 2011, p. 4).
Os conflitos não param por aí. Geralmente, ocorrem por extrapolação dos
limites imputados a cada órgão policial, mas com a intenção benéfica de contribuir
com a missão policial afim de elucidar crimes, como por exemplo, a atuação de
policiais militares das agências de inteligência e policiamento velado, acusados pela
polícia civil de usurparem suas funções. Inclusive, as Secretarias de Administração
Prisionais dos entes estaduais e federal, também possuem as Assessorias de
Inteligência, as quais realizam investigações no âmbito das unidades prisionais,
apoiando o Ministério Público, Judiciário e até mesmo a Polícia Civil nas investigações
de crimes e no combate a proliferação das ORCRIM.
70
Desta forma, Silva (1995, p. 100 apud JUNIOR, 2011, p. 3) destaca afirmando
que esta é a grande crítica ao atual modelo brasileiro, pois existe:
A título de exemplo do que o autor citou, Minas Gerais, possui 853 municípios
que são atendidos em sua integralidade pela Polícia Militar, único órgão do Estado
presente em todas estas localidades e em mais de 200 distritos. Neste Estado, a
Polícia Civil consegue manter seu atendimento 24 horas por dia (atendimento noturno,
feriados e finais de semana) em apenas 64 Municípios, o que leva, às vezes, a um
deslocamento de policiais militares por mais de 300 km de suas sedes para fazer um
registro de ocorrência, na maioria das vezes de crime de menor potencial ofensivo.
Com o agravante de ter que conduzir vítima, agente e testemunha, num verdadeiro
cárcere privado deste.83
Junior (2011, p. 5) assevera que “os anseios sociais por uma melhor qualidade
de vida, relacionada à sensação de segurança por intermédio da instituição do ciclo
completo de polícia, somente não acontece por razões de vaidades e disjunções
classistas.”
Cita ainda que a “polícia age quando a segurança falha e, mesmo quando atua,
depende de outros órgãos para confirmar sua ação” (CÂMARA, 2016, p. 31).
1. As polícias civil e militar são dirigidas geralmente por Chefes que reproduzem
o modelo existente, fundado no corporativismo, e num tradicionalismo enraizado.
Esses chefes policiais acabam passando um conceito equivocado de organização
policial às autoridades e à opinião pública.
“reforma das polícias no Brasil não é simples, pois as barreias para a mudança
são de diversos âmbitos, desde a história institucional, passando pela matriz
autoritária e sua atualização no período militar, a estrutura marcada pela
divisão do ciclo de policiamento e pelas divisões internas das polícias, o
corporativismo e as disputas de poder em trono das funções policias, a cultura
de baixa eficiência na gestão pública e de descontinuidade administrativa, o
senso comum punitivista e a pouca propensão do sistema político para atuar
de forma contundente para o aperfeiçoamento das instituições policiais.”
Desta forma, Sapori, (2016) conclui que a mudança de paradigma não é tarefa
fácil, pois além de exigir conhecimento técnico do assunto, exigirá também a
disposição e soluções sem esbarrar no viés corporativista existentes dentro dos
85Câmara dos Deputados. Justificação para aprovação da PEC 423/2014 de autoria do Deputado
Jorginho Mello - PR/SC. Disponível em:
<http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=621521> Acesso em: 29
mai. 2018.
73
órgãos policiais, para aqueles que não deseja a mudança por interesse pessoal.
Contudo, o princípio do interesse público deve prevalecer, cogita-se a modernização
de uma polícia cidadã.
Pois com uma polícia mais eficaz ocorrem menos crimes, uma vez que os
infratores da lei terão a certeza de sua prisão pelo aparato policial, diminuindo a
sensação de impunidade.
O TCO foi criado pela Lei 9.099/1995 para simplificar a burocracia policial e
acelerar a apuração dessas infrações de menor complexidade, que são julgadas pelos
JECRIM.
86
ARAS, Vladimir. A lavratura de TCO pela PRF e pela PM. 2013. Disponível em:
<https://vladimiraras.blog/2013/07/19/a-instauracao-de-tco-pela-prf-e-pela-pm/> Acesso em: 17 maio.
2018
75
87
ARAS, Vladimir. A lavratura de TCO pela PRF e pela PM. 2013. Disponível em:
<https://vladimiraras.blog/2013/07/19/a-instauracao-de-tco-pela-prf-e-pela-pm/> Acesso em: 17 maio.
2018
76
marcando a audiência junto ao judiciário. Desta forma pode-se perceber que, com tal
procedimento, há mais celeridade procedimental e mais rapidez no retorno do Policial
Militar ao serviço de patrulhamento, uma vez que não precisará permanecer muitas
horas dentro de uma Delegacia de Polícia Civil, esperando o registro do fato perante
a autoridade civil. A título de exemplo, cita-se a Polícia Militar do Estado de Santa
Catarina que realiza, anualmente, milhares de termos circunstanciados dentro da sua
unidade federativa (MATA, 2016).
Quando Rolim (2007) fala que as polícias militares “[...] passam a registrar
ocorrências em termos circunstanciados” [...] o autor faz um perfeito diagnóstico,
porque a tensão institucional cristalizada e latente entre as corporações, passa a
extrapolar o mundo policial quando, em que em alguns Estados da federação, as
polícias militares se articulam com o Poder Judiciário e o Ministério Público, para
deslocar as polícias civis da posição de órgão monopolizador da interlocução dos
“policiais de rua” (policiais militares) e as autoridades judiciais, estabelecendo um
canal direto de comunicação de seus atendimentos de natureza criminal: esse
fenômeno se dá pelo “termo circunstanciado”.
77
Ainda sobre decisões acerca da lavratura de TCO pela PM e PRF, entre outros
tantos julgados e acórdão, destaco a lição de Cezar Bittencourt:
Por outro lado, enquanto a PRF fosse conduzir esse mesmo cidadão à
Delegacia, quem policiaria a rodovia? O trecho rodoviário onde o fato ocorreu ficaria
88
ARAS, Vladimir. A lavratura de TCO pela PRF e pela PM. 2013. Disponível em:
<https://vladimiraras.blog/2013/07/19/a-instauracao-de-tco-pela-prf-e-pela-pm/> Acesso em: 17 maio.
2018
89
Idem Ibidem
78
Para Riberio (2016, p. 39) “a coexistência das várias agências de polícia impõe
por óbvio uma capacidade de articulação destas agências para dar eficácia ao ciclo
completo”. O autor, amplia a aplicabilidade do Ciclo Completo de Polícia neste
modelo, para aquelas cidades em que contam com apenas um órgão policial,
geralmente a Polícia Militar, demonstrando a estrutura do novo arranjo organizacional
dos órgãos de polícia de ciclo completo, que seria:
2 – Perícia autônoma.
4 – Controle externo.
Esclarece Ribeiro (2016, p. 39) que no território em que coexistir mais de uma
agência de polícia como PM e PC, os delitos de menor potencial ofensivo
enquadrados na Lei 9.099/1995 e legislações correlatas e o flagrante sejam atendidos
e encerrados pela polícia que estiver com a responsabilidade do atendimento.
90
Idem Ibidem
91 Justificativa para aprovação da PEC 51/2013.
79
partir dessa independência, pode-se abrir espaço para uma nova relação de
integração das agências (SILVA JÚNIOR, 2015, p. 5).
5.4.2 Todas as polícias de Ciclo Completo com atuações por áreas geográficas
ou circunscrição
Uma outra opção para a implantação do Ciclo Completo de Polícia, seria o que
propõem as PEC 431/2014, 89/2015 e 127/2015 que tem o objetivo de ampliar as
competências de todos os órgãos policiais, de forma a permiti-los exercer o Ciclo
Completo de Polícia. Isso significa que as polícias civis e as polícias militares dos
estados teriam, ambas, as funções de polícia ostensiva e judiciária.
Esta opção se mostra mais plausível, pois não acarretaria transtornos para as
instituições existentes, haja vista que não necessitaria de mudanças a nível cultural-
organizacional dos órgãos policiais, pois não haveria a chamada unificação das
polícias. Bastaria a Constituição Federal prever a ação de Ciclo Completo de Polícia
para os órgãos policiais no Art. 144.
Além das Polícias Militares e das Polícias Civis, temos ainda nos estados os
Agentes Penitenciários que atuaria como Polícia Penal de ciclo completo por
circunscrição, tendo total autonomia dentro dos estabelecimentos prisionais, entorno
e áreas adjacentes e em deslocamento de viaturas com presos. Assim, as polícias
militares ou polícias civis não seriam concorrente, mas colaborativas, uma vez que
uma não interferiria na área de atuação da outra. Igualmente, ocorreria com a PRF,
que já possuem as rodovias federais e área de interesse a União com circunscrição
de atuação, seria, portanto, atribuir somente o Ciclo Completo de Polícia. A Polícia
Federal, como já foi demonstrado no Capítulo I, item 2.3.1, já possui atribuição
Constitucional de Polícia de Ciclo Completo.
92 BALESTRERI, Ricardo. O que penso sobre a reforma das polícias. Disponível em:
<http://abordagempolicial.com/2013/11/o-que-penso-sobre-a-reforma-das-policias/> Acesso em: 03
jun. 2018.
93 MACEDO, Fausto; CHAPOLA, Ricardo. Entrevista Desembargador José Renato Nalini. Disponível
em: <http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/quando-os-de-cima-nao-dao-o-exemplo-os-
de-baixo-se-sentem-liberados-diz-presidente-do-tj-sp/> Acesso em: 03 jun. 2018.
83
Com esta Emenda, os juízes de direito, que atualmente são chamados a intervir
na fase de investigação criminal, serão liberados para que possam se dedicar
estritamente à função de julgar os processos criminais, sem qualquer custo adicional
aos cofres públicos, o que permitirá um considerável aumento da celeridade
processual no julgamento das ações penais, minimizando a atual sobrecarga que
fomenta a morosidade judicial existente no Brasil.97
Também com esta proposta será possível abrir o caminho para que sejam
reorganizados os órgãos policiais encarregados da investigação criminal, de modo a
permitir que as polícias sejam estruturadas conforme o modelo de ciclo completo, já
que as funções jurídicas atualmente exercidas pelo Delegado de Polícia são
94 CARDOSO, Maurício; LIMA, Giuliana; ANDRADE, Paula. Entrevista Desembargador José Renato
Nalini. Disponível em: <https://www.conjur.com.br/2015-jan-18/entrevista-desembargador-jose-renato-
nalini-presidente-tj-sp> Acesso em: 03 jun. 2018.
95 Justificação para aprovação da PEC 89/2015.
96 Idem Ibidem
97 Idem Ibidem
84
Desta forma, teríamos múltiplos órgãos policiais puros, todos de ciclo completo,
reservados exclusivamente à ostensividade, mediação social e prevenção,
inteligência policial, registro simplificado e rigorosa investigação, com formação
acadêmica própria à essas atividades.
5.4.3 Unificação das Polícias Estaduais e criação da Polícia Única nos estados
Assim como prevê as PEC 430/2009, PEC 432/2009, PEC 361/2011, PEC
51/2013, PEC 321/2013 e PEC 423/14, uma outra opção seria a unificação das
polícias civil e militar de cada estado, criando-se uma única polícia estadual. Desta
forma, teríamos então 27 polícias estaduais no Brasil, e não mais as 54 existentes no
modelo vigente bipartido. Nesse arranjo, cada polícia estadual estaria incumbida das
funções de policiamento ostensivo a perícia técnica científica, dentro dos limites
territoriais do respectivo estado. Haveria, portanto, apenas um comandante/chefe de
polícia em cada estado (SAPORI, 2016, p. 53).
Uma questão relevante apontada por Sapori (2016, p. 54), seria a definição do
caráter civil ou militar da nova polícia estadual, que segundo o autor, há duas
possibilidades: “(1) a Constituição já estabelece a priori essa dimensão; (2) a
Constituição delega a cada unidade da federação a prerrogativa da definição.”
Entretanto, das PEC apresentadas no início deste subcapítulo, são quase unânimes
98 Idem Ibidem
85
Por outro lado, este modelo se apresenta como o mais traumático, difícil e
arriscado de se realizar, por vários fatores. As polícias civis e militar são instituições
centenárias, cada uma possuem formações típicas e distintas, carregando culturas
organizacionais diferentes. A unificação de duas instituições dicotômicas em um
mesmo espaço poderia acarretar uma situação inversa ao esperado e trazer
embaraços a nível técnico, administrativo e operacional a institucionalização da nova
polícia unificada.
permitindo que municípios criassem suas próprias polícias a exemplo do que ocorre
dos EUA. Simulares a PEC 95/1995, outras tantas tramitaram no Congresso Nacional
sem que nenhuma delas fossem aprovadas e virasse realidade, conforme relação
cronológica de Proposta de Emenda Constitucional abaixo relacionadas:
Em contrapartida, Sapori (2016, p 53) defende que “seria sensato manter nosso
sistema policial em âmbito estadual, evitando a municipalização ou mesmo a
federalização”.
a violência e a criminalidade.” O autor assevera ainda que a “[...] Carta concedeu aos
municípios tão somente o poder de disciplinar e desenvolver as atividades de polícia
administrativa, porém sem os recursos para torná-las efetivas. A partir de então, caiu
a eficiência da segurança pública e, com ela, a qualidade de vida da população!”
Destaca Câmera (2016, p. 31) que “são nos municípios que ocorrem os
homicídios, roubos, furtos, estupros, estelionatos e os demais crimes [...] ensejados
pelos usos, costumes, e posturas locais, facilitados pelas características da
microrregião, sua topografia e outros tantos fatores. E neles tais ilícitos devem ser
apurados e punidos” [...]. O autor explica ainda que o combate a criminalidade requer
um controle rígido e próximo da sociedade. Entretanto, o autor cita que é “impraticável
no modelo atual com efetivos diluídos e diferentes demandas de segurança”.
Neste sentido, Câmara (2016, p. 32) explica que não podemos deixar de
“reconhecer a diversidade do continente brasileiro e de seus estados, bem como a
pluralidade de sua população”. Complementa ainda que “para enfrentar [...] delitos,
cada município, ou microrregião, precisaria de sua atuação preventiva sequenciada
pela ação repressiva da polícia e continuada pelo ministério público, justiça e sistema
prisional”.
Muito embora o sistema prisional não esteja incluído no rol do Art. 144 da CR/88
que compõem os órgãos de segurança pública, os agentes de segurança
penitenciários, ocupam com exclusividade o interior dos estabelecimentos penais do
país, principalmente no Estado de Minas Gerais.
Com o passar dos anos, as assunções das cadeias públicas em várias cidades
do estado, desativação daquelas sem infraestrutura adequadas e construção de
novos presídios, mitigou a Polícia Civil, liberando parte da corporação destinada a
custódia de presos para a atividade fim originária do policial civil, de investigação e
92
elucidação de crimes. A Polícia Militar também logrou melhorias, tendo em vista que
em situações de conflitos internos de presos como motins e rebeliões em presídios e
cadeias públicas sob a administração de Polícia Civil, os militares eram acionados
para conter a desordem e reestabelecer a ordem. Com as assunções, tal
deslocamento não foi mais necessário, igualmente, liberando os militares para a
atividade fim, patrulhamento ostensivo e preventivo.
100
Idem ibidem
94
Mas afinal, qual a relação dos agentes penitenciários com o Ciclo Completo de
Polícia? Na mesma linha de debate e modernização do Sistema de Segurança Pública
brasileira, está a reivindicação dos agentes penitenciários para a aprovação da PEC
308/2014, que cria a Polícia Penal. Outras PEC também propõem mudanças
simulares, como a PEC 14/2016 e PEC 372/2017. Isso significa que o sistema
prisional brasileiro irá compor o rol taxativo no Art. 144 da CR/88, além de atribuir
todas as prerrogativas de poder da polícia, transformando agentes penitenciários em
policiais penais ou policiais prisionais, pouco importando o termo a ser usado.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
de crime. Mas, tais informações não chegam aos policiais investigadores da PC,
perdendo-se informações valiosas que poderia colaborar para a elucidação do crime.
Este trabalho nos deixa concluir que em todos os países estudados, França,
Itália, Alemanha, Espanha, Portugal, Inglaterra, Chile, Colômbia, EUA, entre outros,
adotam o Ciclo Completo de Polícia, que persiste do patrulhamento ostensivo-
preventivo, investigação e apresentação das provas ao Poder Judiciário ou Ministério
Público. Isso significa que dentro de um mesmo órgão, há policiais
fardados/uniformizados responsáveis pelo patrulhamento e há uma porcentagem de
policiais à paisana responsáveis pelas investigações, tudo dentro da mesma agência
policial.
Ademais, para os 78% dos países estudados que mantêm uma polícia de
natureza militar/carabineiro/gendarmaria, é justificado primordialmente para atuarem
em caso de guerra externa ou ainda para atuarem em casos de grandes calamidades
ou estado de sítio dentro do próprio país.
No que concerne a unificação das polícias civil e militar, compreendo ser a pior
alternativa a ser adotada, pois ambas são instituições centenárias, com formação e
cultura organizacional completamente diferentes. Seria o mesmo que juntar água e
óleo em um frasco, elas ficariam juntas, mas cada qual com seu modo de trabalho e
visão diferentes. Com relação ao estudo de polícia comparada, todos os países
estudados têm, exceto a Colômbia, duas ou mais agências policiais, todas de ciclo
completo. Além das dificuldades de controle de um único órgão e da fragilidade
estatal, uma vez que seria polícia de natureza civil com direito a greve, e na
eventualidade de decretação de greve, a sociedade ficaria às margens da
criminalidade.
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