MINHA FAMÍLIA, MINHA REFERÊNCIA tarefas edificantes, trabalhando se cessar, na seara dO Senhor ( 4 ),
obedecendo aos seus desígnios ( 5 ).
2 Timóteo 3: 1 a 5.
“Sobrevirão tempos difíceis” .
Esta acertiva é válida para nós hoje, porque é certo que
tempos mais difíceis estão por vir. Mas já estamos vivendo dias
tormentosos. Ainda que nos esforcemos para explicar o caos hodierno
mediante complexas teorias sociológicas, antropológicas ou
‘ecológicas’, nenhuma explicação é mais convincente e completa do
que a revelação bíblica.
Em Timóteo 3, temos uma explícita mensagem: um perfil do
mundo no qual vivemos. Estamos rodeados de cientistas e filósofos
considerados brilhantes, cheios de conhecimentos, mas destituídos de
sabedoria. Pessoas geniais que fizeram descobertas ou desenvolvem
pesquisas de importância incalculável, mas acreditam em fábulas e
negam a Deus, ironizando os princípios da verdade ( verso 7 ).
A loucura que hoje é proclamada como entendimento,
sabedoria e visão privilegiada, será desmascarada em breve ( 9 ),
mas, por enquanto, leva de rodo, as almas incautas, criando novas
seitas ou promovendo o ceticismo.
A grande chaga resultante dos descaminhos da humanidade se
sente no seio da família que se desintegra nas palavras duras, no
abandono e descaso, nos maus tratos, na falta de afeto natural... na
falta de identificação entre seus membros, na incompatibilidade de
gênios... na desvalorização da vida, no aborto, no comércio de
crianças, na prostituição infantil, na delinqüência juvenil, nos filhos
perdidos para as drogas, no alcoolismo...
Os crimes hediondos que testemunhamos ou dos quais somos
informados, diariamente... que abalam a opinião pública e estarrecem
as autoridades têm sua origem em um único lugar: no lar. Não importa
se esse lar é numa favela, sob uma ponte ou em suntuosas mansões.
Falatórios impróprios, profanos que tentam banalizar as coisas
do alto; comentários jocosos, condescendência com os desejos
carnais; invenções e questões loucas e inúteis e as muitas contendas
em que se metem os jovens ( II Tim. 2: 16 )...
Brincadeiras impróprias, cheias de malícia; pais ausentes e
negligentes; métodos pedagógicos contaminados pelo espiritualismo;
limites frouxos e maus exemplos com os quais as crianças se
habituam a conviver...
Consumismo, vaidade, frivolidade e ignorância... Essas são as
causas de estarmos chafurdando num mar de lama moral e emocional.
A amargura é companheira da humanidade. Crianças e tenra
idade já convivem com os terrores da guerra, com a miséria e o crime.
Fornicação e sensualidade vulgar são reclamadas como direitos em
vez de execradas. A música mundana que ecoa dioturnamente das
emissoras de rádio; as artes, a literatura a a moda profanam os valores
sagrados e impõem sua marca incisivamente sobre todos,
indistintamente. Os meios de comunicação de massa hipnotizam
crianças, adultos, velhos e até animais.
O único lugar em todo o mundo, onde ainda podemos nos
resguardar das más influências seculares, é o nosso lar. Ainda temos
aí, relativa liberdade; suficiente para cultivarmos a paz, a sabedoria e o
amor.
Para tanto, precisamos nos fortificar na graça de Deus ( 1 ),
testemunhar aos nossos familiares e ensinar aos nossos filhos, o
caminho em que devem andar, reservando tempo para instruí-los ( 2 );
carecemos também, de resignação nas aflições ( 3 ). Devemos
administrar o nosso tempo, a fim de estarmos sempre ocupados com
Não podemos reclamar as bênçãos de Deus se não formos
coerentes com a fé que professamos. Portanto, sejam as mulheres:
Sujeitas a seu marido, modestas, amáveis, sóbrias, virtuosas,
caridosas, hospitaleiras ( I Pedro 3 ). Sejam os maridos: mansos,
zelosos, cheios de entendimento, respeitosos e afetuosos. Seja, o
casal: moldado na misericórdia, cheio de amor e longanimidade. Viva
em comunhão com o céu, saiba refrear sua língua e abster-se do mal.
Sejam os filhos: obedientes, humildes, confiantes, vigilantes e
reverentes, educados na simplicidade e sabedoria, sabendo suportar a
disciplina. (I Pedro 5)
O matrimônio deve ser reverenciado como instituição divina
para constituição de uma família santificada. Não haja lugar nela para
abominações. O leito seja sem mácula. Haja ousadia apenas na fé e
no testemunho. Fortaleça-se o coração na sã doutrina e não com
manjares. Entoem-se louvores entre seus muros. Seja a família,
beneficente, sujeita ao seu pastor, honesta, hospitaleira e perseverante
em oração (Heb. 13 ).
Sejam, os anciãos, sóbrios e prudentes, fervorosos, caridosos,
pacientes e prontos em ensinar, vivendo em seriedade, especialmente
as mulheres idosas que devem ser santas, moderadas,
experimentadas conselheiras, sujeitas ao marido, não caluniadoras,
boas donas de casa, preparadas para exortar aos mancebos e servos (
Tito 2 )
Os pais sejam ponderados, firmes na disciplina, piedosos,
zelosos e sábios na comunicação e trato com os filhos, não irritando,
desanimando, entristecendo, rejeitando ou maldizendo aqueles que
são a herança do Senhor. (Colossenses 3: 21 ).
A família que for honrada e bem conceituada nas cortes
celestiais terá o privilégio da presença divina em seu lar e poderá
contar com a proteção e inspiração de Deus. Será o modelo de sua
descendência, o lastro do caráter das gerações vindouras, o ninho
acolhedor, um modelo do próprio lar celestial.
Não deixemos os nossos filhos órfãos do cuidado paterno e
materno. Não negligenciemos o alimento espiritual. Não neguemos aos
nossos queridos o abrigo espiritual e a luz da sabedoria que guia e
aquece. Não cerremos as portas aos que estão famintos e fatigados.
Ergamos um altar permanente ao Senhor para dentro de nossas portas
e estaremos seguros. Ensinemos aos nossos filhos, a obedecerem por
princípio e não por emoção. Amemos a disciplina e sejamos imitadores
de Cristo. Ensinemos nossos filhos a amar o bem, assumir
responsabilidades, tomar iniciativas e reverenciar seus pais como
modelos do próprio Pai celeste.
O mundo continuará mau e corrompido, mas não terá domínio
sobre os nossos, pois seremos como a família de Noé, que Deus
poupou da destruição; mereceremos o privilégio concedido a Ló e sua
família, a José do Egito e seus queridos e seremos abençoados como
a descendência de Abraão.
Dra. Valéria Peixoto Meira
Fonte: http://www.viapreventiva.com.br/familia.htm
Acesso em 01/08/07