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Josué Octávio Plácido Mathedi

Engº Mecânico – Unisanta – Santos


Engº de Condicionamento e Comissionamento
USP – São Paulo
Práticas de Engenharia
de Condicionamento e
Comissionamento

2010
Eng.º Octávio Mathedi

Práticas de Engenharia
de Condicionamento e
Comissionamento

Editora
AgBook
MATHEDI, Josué Octávio Plácido.

Práticas de Engenharia de Condicionamento e Comissionamento de


Equipamentos / Josué Octávio Plácido Mathedi. – Santos: 2010.

Direitos autorais reservados e protegidos pela Lei 9.610, de


19 de fevereiro de 1998.

Práticas de Engenharia de Condicionamento e Comissionamento de


Equipamentos.

1. Condicionamento e Comissionamento. I. Título


ÍNDICE

Objetivo e Conteúdo 5

Módulo 1 - INTRODUÇÃO AO CONDICIONAMENTO E COMISSIONAMENTO 5

Apresentação 5

Introdução 5

1.1. Condicionamento e Comissionamento – Definições Gerais 6

1.1.1. Condicionamento 6

O porquê do Condicionamento? 7

1.1.1.1. Recebimento 7

1.1.1.2. Preservação 8

1.1.1.3. Inspeção Mecânica 10

1.1.1.4. Inspeção Funcional 10

1.1.2. Comissionamento 12

1.2. Problemas na Escolha das Equipes de Condicionamento e Comissionamento14

Módulo 2 – ATIVIDADES DE CONTROLE DURANTE O TEMPO DE PROJETO E


FABRICAÇÃO 16

2.1. Definições de Escopo 17

2.2. Lista e Divisão de Sistemas e Subsistemas 18

2.3. Rede de Precedência 22

2.4. Folhas de Verificação 26

2.4.1. Folhas de Verificação de Itens – FVI’s 26

2.4.2. Folhas de Verificação de Malhas – FVM’s 27

2.5. Sistema de Gerenciamento de Condicionamento – SGC 28

2.6. Cronograma de Testes 30


Módulo 3 – ATIVIDADES E DOCUMENTAÇÃO DO COMISSIONAMENTO 31

3.1. Manuais de Aceitação 31

3.1.1. Manual de Aceitação Mecânica - MAM 31

3.1.2. Manual de Teste de Aceitação de Performance – TAP 31

3.1.3. Termo de Transferência e Aceitação de Sistema – TTAS 34

3.2. Atividades de Comissionamento 34

3.2.1. Aceitação Mecânica 35

3.2.2. Start-up 35

3.2.3. Teste de Performance ou Teste de Desempenho 36

3.2.4. Operação Assistida 37

3.2.5. Transferência e Aceitação do Comissionamento 37

Módulo 4 – FERRAMENTAS DE APOIO AO SGC E ATIVIDADES PÓS-


COMISSIONAMENTO 38

4.1. Ferramentas de Apoio ao SGC 38

4.2. Atividades Pós-Comissionamento 40

4.2.1. Organização e Registro 40

4.2.2. Relatório Analítico 40


Nota do autor

Este livro didático foi criado para o Curso de Condicionamento e


Comissionamento de Instalações Industriais da METHODUS CURSOS EAD,
Instituição de Ensino a Distância na qual sou professor. Por se tratar de um
livro didático, foi dividido em módulos.
Módulo 1 - INTRODUÇÃO AO CONDICIONAMENTO E
COMISSIONAMENTO

Apresentação

Muitas vezes, quando se faz necessária uma reforma de grande porte em


uma unidade industrial, ou até mesmo quando se visa à implantação de uma
nova planta industrial, deve-se realizar uma série de atividades antes e durante
os trabalhos de montagem e de manutenção das instalações e equipamentos,
para o sucesso da empreitada. A essas atividades dá-se o nome de
Condicionamento e Comissionamento, e serão analisadas com detalhes nesta
disciplina.

Introdução

A implantação de grandes projetos industriais é um processo que


demanda tempo, tecnologia, recursos humanos e materiais. Nasce de uma
reunião administrativa (Kick-Off Meeting) e se encerra quando as instalações
entram em operação normal. Entre esses dois momentos, que pode ser de
alguns meses ou até mesmo de vários anos, sempre demandando grandes
quantidades de recursos humanos e materiais, é que ocorre o
Condicionamento e Comissionamento da unidade industrial. Para que o
sucesso do projeto seja plenamente alcançado, deverá haver um planejamento
eficaz dos “Stakeholders”¹, para que um dos aspectos mais importantes do
trabalho seja cumprido, a data para o início das operações da unidade. Uma
boa equipe de O&M² envolvida com as práticas do PM&Bok³ e em sintonia com
o corpo técnico da empresa e pessoal da contratada – muitos contratos de
equipes de operação são celebrados durante o projeto – contribuem e muito
para o sucesso do empreendimento.

¹Stakeholders: grupo de pessoas envolvidas diretamente com a organização de uma empresa


e seus projetos, possuindo deste modo interesses econômicos na organização.
² O&M é a sigla de Organização e Métodos: função administrativa que cuida da eficiência e
eficácia da estrutura administrativa por meio de técnicas científicas de redução de tempo, de
esforços e custos.
³ PM&Bok é a sigla de Project Management Body of Knowledge: um guia contendo nove práticas sobre
gestão de projetos, publicado pelo Project Management Institute (PMI).
Os primeiros planos de Comissionamento surgiram após a 2ª grande guerra,
com o crescente aumento do volume de produção das indústrias e da
necessidade de se criar mecanismos que garantissem os prazos de produção
das novas plantas, em razão dos altos investimentos. Esses planos de
comissionamento foram e são estruturados de maneira a permitir a transição
do período de testes de performance (ver item 3.2.3.) para o período
operacional de forma suave e com qualidade, sem descontinuidades,
cumprindo-se os prazos estabelecidos e com garantia de produção.
Concluiu-se então que o sucesso do Comissionamento dependia de ações
e fatores anteriores a “posta em marcha” da unidade industrial. A partir disso,
planos de controle dos trabalhos de construção e montagem foram
estabelecidos a fim de minimizar, ou eliminar os eventuais problemas que
poderiam surgir na fase final de implantação do projeto. A esses planos de
controle antecipados deu-se o nome de Pré-Comissionamento – do inglês –
Pre-Commissioning ou Condicionamento, cujo principal objetivo é o
cumprimento de todas as etapas do comissionamento dentro do prazo previsto
para o início da operação comercial da nova unidade industrial.

1.1. Condicionamento e Comissionamento – Definições Gerais

Antes de mais nada, Condicionamento e Comissionamento de plantas


industriais são processos muito dependentes, mas que ocorrem em tempos
distintos, sempre orientados à qualidade, cujo objetivo, e porque não desafio, é
garantir a entrada em operação da planta nos prazos e condições pré-
estabelecidos.

Mas o que é Condicionamento?

1.1.1. Condicionamento: são todas as atividades necessárias para deixar em


“condições” de funcionamento os equipamentos de um sistema ou subsistema,
deixando-os prontos para a partida e entrada em operação. O condicionamento
termina nos testes a frio dos equipamentos dos sistemas ou subsistemas. O
Condicionamento é um termo criado pela Petrobras que, através de
procedimentos e ferramentas, permite a entrada em operação dos
equipamentos no prazo previsto. Fora do ambiente Petrobras, ou seja, no
exterior, muitas companhias chamam o Condicionamento de Pre-
Commissioning.
O porquê do Condicionamento?

Uma companhia de petróleo, por exemplo, que produza em média 300 mil
barris/dia a US$ 50,00 o barril, terá um prejuízo de 15 milhões de dólares para
cada dia de atraso. Portanto, qualquer atraso na entrada em operação de uma
unidade de processo custa muito dinheiro. Por isso que todos os equipamentos
e itens de processos têm de estar em perfeitas condições de funcionamento,
isto é, bem condicionados. O condicionamento é dividido em quatro atividades:
Recebimento (de caráter qualitativo), Preservação, Inspeção Mecânica e
Inspeção Funcional; conforme mostra o diagrama abaixo:

Fig. 1 - Diagrama das atividades do condicionamento

1.1.1.1. Recebimento

O recebimento dos equipamentos marca o início do processo de


condicionamento, onde uma inspeção de recebimento verifica se o
equipamento recebido está em conformidade com as especificações
contratadas na compra, além de verificar o seu estado. Nada mais é do que um
“check-list”, em que se compara o que foi comprado com o que foi recebido.
Caso haja eventuais desvios nas especificações de compra, as equipes de
projeto e montagem devem tomar providências em tempo hábil para evitar
atrasos no cronograma principal.
Até aqui, algumas páginas para apresentação do livro.

Havendo interesse, acesse o link:

http://www.agbook.com.br/book/28335--Praticas_de_Engenharia_de

Saudações

Octávio Mathedi

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