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MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

ROCHAS ORNAMENTAIS

Curso de Arquitetura e Urbanismo


Prof.ª Camila Vieira
CONTEÚDO

• Definição
• Importância
• Propriedades
• Tipos de acabamento
• Patologias
DEFINIÇÃO

Segundo a NBR 12012:2003: material rochoso natural submetido a diversos graus ou tipos de
beneficiamento, utilizado para exercer função estética.

Comercialmente existem dois tipos de rochas ornamentais: mármores e granitos.


No Brasil são comercializados mais de 500 tipos, sendo um dos principais produtores em volume e em
qualidade estética.

Granito: Azul Fantástico Granito: Rosa Bahia Granito: Floral Pádua Prata
IMPORTÂNCIA
O domínio da especificação correta de rochas ornamentais permitirá a diminuição das frequentes
patologias pétreas observadas em ambientes onde as rochas naturais foram incorretamente
especificadas.

• A especificação depende do ambiente:

 Úmidos (banheiros, cozinhas, áreas de serviço)


 De grande trânsito (corredores, praças)
 De ampla variação térmica (ambientes externos em geral)
 Que necessitam de intensa e frequente limpeza (banheiros, cozinhas, áreas de serviço e áreas de
lazer)
 Submetidos a grandes cargas (garagens, depósitos)
PROPRIEDADES
PROPRIEDADES DOS MINERAIS DE IMPORTÂNCIA
PARA AS ROCHAS ORNAMENTAIS

Dureza

Dureza é a resistência ao risco.


Para os minerais foi definida uma escala relativa e progressiva de dureza, denominado de escala de
Mohs.
PROPRIEDADES DOS MINERAIS DE IMPORTÂNCIA
PARA AS ROCHAS ORNAMENTAIS

Dureza

Rochas ricas em talco, serpentina (pedra sabão, esteatitos) , gipsita e calcitas (calcário, mármores) são
rochas facilmente riscáveis, por exemplo, por grãos de areia (quartzo) presos na sola de sapatos.

Não devem ser utilizados no revestimento de pisos, a não ser nas partes centrais da casa (onde os
sapatos já estão limpos), em banheiros (a não ser aqueles nos quais o usuário usa chinelos ou está
descalço) ou outros ambientes específicos.

São rochas cuja limpeza deve ser executada com cuidado evitando-se material abrasivo (sapólios) e
agressivos (ácidos).
PROPRIEDADES DOS MINERAIS DE IMPORTÂNCIA
PARA AS ROCHAS ORNAMENTAIS

Dureza

O mesmo vale para ardósias, rochas também muito susceptíveis ao risco.

Seu emprego como piso deve restringir-se às construções


rústicas e áreas de serviço.

Sua resistência ao risco pode ser aumentada quando


recobertas com resinas do tipo sinteco, que, além de
proteger as placas, confere-lhes um brilho mais ou menos
intenso (existem sintecos brilhantes, foscos e acetinados).
PROPRIEDADES DOS MINERAIS DE IMPORTÂNCIA
PARA AS ROCHAS ORNAMENTAIS

Dureza

Por sua vez, rochas ricas em quartzo e feldspato, como os granitos e gnaisses, são muito
resistentes ao risco.

Piso de granito Verde Ubatuba


PROPRIEDADES DOS MINERAIS DE IMPORTÂNCIA
PARA AS ROCHAS ORNAMENTAIS

Clivagem

Clivagem são planos de rompimento potenciais ou reais, paralelos, que refletem planos de
fraqueza na estrutura cristalina regular dos minerais.

A calcite apresenta clivagem porque As micas apresentam clivagem laminar.


se parte na forma de pequenos
blocos geométricos
PROPRIEDADES DOS MINERAIS DE IMPORTÂNCIA
PARA AS ROCHAS ORNAMENTAIS

Clivagem

Quando for bem desenvolvida, a clivagem segundo uma direção permitirá o desgaste do mineral por
atrito, como aquele causado por passantes, tornando a superfície irregular.

Clivagens bem desenvolvidas também facilitam


a infiltração, permitindo a fixação de sujeiras
na subsuperfície das rochas, originando
manchas e emprestando à rocha um aspecto
de sujeira difusa, mesmo quando
continuamente limpas.
PROPRIEDADES DOS MINERAIS DE IMPORTÂNCIA
PARA AS ROCHAS ORNAMENTAIS

Fraturas

Fraturas são fendas irregulares em minerais não controladas por sua estrutura cristalina. A maior ou
menor facilidade de um mineral ao fraturamento (ou quebra) depende do seu coeficiente de
elasticidade.

O fraturamento permite a infiltração de agentes


líquidos e gasosos, que provocam a alteração do
mineral.
Ex.: mineral granada. Possui alta dureza e intenso
fraturamento.
Estas rochas não devem ser utilizadas em áreas de
intenso tráfego ou sujeitos a impactos (quebra de
objetos).
PROPRIEDADES DOS MINERAIS DE IMPORTÂNCIA
PARA AS ROCHAS ORNAMENTAIS

Textura (Trama Rochosa)

A trama tem fundamental importância no comportamento de uma rocha, sendo analisada sob três
aspectos principais:

Tamanho absoluto dos cristais constituintes da rocha

• Este tamanho determina a granulação da rocha.

• Em rochas de granulação muito grossa os minerais geralmente apresentam clivagens e fraturas mais
desenvolvidas, o que facilita a infiltração de agentes fluidos.

• Rochas muito finas facilitam o desenvolvimento, quando impactadas, de fraturas arredondadas, as


mesmas observadas em garrafas de vidro quebradas.
PROPRIEDADES DOS MINERAIS DE IMPORTÂNCIA
PARA AS ROCHAS ORNAMENTAIS

Textura (Trama Rochosa)


PROPRIEDADES DOS MINERAIS DE IMPORTÂNCIA
PARA AS ROCHAS ORNAMENTAIS

Textura (Trama Rochosa)


PROPRIEDADES DOS MINERAIS DE IMPORTÂNCIA
PARA AS ROCHAS ORNAMENTAIS

Tamanho relativo dos cristais

Rochas constituídas por cristais com dimensões aproximadamente iguais são denominados
equigranulares.
As rochas nos quais coexistem cristais significativamente maiores (fenocristais) numa massa de cristais
menores (matriz) são denominados de porfiríticas, porfiroblásticos ou porfiroclásticos, respectivamente
para rochas magmáticas, metamórficas ou fortemente tectonizadas.
PROPRIEDADES DOS MINERAIS DE IMPORTÂNCIA
PARA AS ROCHAS ORNAMENTAIS

Tamanho relativo dos cristais

A combinação dos dois aspectos facilita a infiltração de fluídos nos fenocristais e nos seus contatos
com a matriz.

Seixos, por sua superfície externa lisa, em alguns casos, são facilmente arrancados da sua matriz
arenosa.
PROPRIEDADES DOS MINERAIS DE IMPORTÂNCIA
PARA AS ROCHAS ORNAMENTAIS

Contato entre os cristais

O contato entre os cristais formadores das rochas podem ser basicamente retilíneos, ondulados ou
irregulares.

Originam-se, assim, respectivamente tramas poligonais (ou de calçamento), lobuladas e serrilhadas


(ou engrenadas).

Estes últimos são as tramas mais resistentes e as primeiras as mais fracas. As tramas poligonais são as
mais propícias para a infiltração dos agentes fluidos que promovem a oxidação, alteração ou
dissolução dos minerais.
TIPOS DE ACABAMENTO
TIPOS DE ACABAMENTO

Acabamento Características
Polido Acabamento plano, liso, lustroso e altamente refletivo produzido por
abrasão mecânica e polimento.
Levigado Acabamento plano e não reflexivo, produzido por abrasão mecânica em
diferentes graus.
Flamejado (ou Acabamento realizado por uma rápida exposição do material a uma
térmico) chama em alta temperatura, resultando na esfoliação da superfície da
rocha, tornando-a rugosa.
Jato de areia Acabamento produzido por um jato de partículas altamente abrasivas em
alta velocidade. Seu resultado é uma superfície finamente rugosa que, em
geral, deixa a superfície um pouco mais clara do que sem acabamento.
Apicoado Acabamento conseguido por meio de um martelo pneumático com cabeça
em martelo, com numerosas pontas. O resultado é uma superfície rugosa,
com relevo de até vários milímetros.
Quebra Refere-se a superfície de quebra natural que se dá quando a rocha é
obtida por meio de cunhas.
TIPOS DE ACABAMENTO

Apicoado Levigado

Polido Flamejado
TIPOS DE ACABAMENTO

Escadas e pisos externos ou com tráfego intenso de pessoas: os acabamentos brutos, flamejados e
levigados são utilizados para se obter maior segurança, pois são antiderrapantes.

Revestimentos de muros, paredes internas ou externas, detalhes, colunas ou pés de mesa, o


acabamento apicoado confere a beleza e o charme da rusticidade à arquitetura moderna.
TIPOS DE ACABAMENTO

Pias, lavatórios, mesas e bancadas: os materiais polidos, impermeabilizados ou resinados, transmitem


a nobreza e o requinte dos materiais, além de revelar toda a beleza das cores das pedras.

Granito Verde Ubatuba


TIPOS DE ACABAMENTO

Escadas e pisos internos ou com pouco


tráfego de pessoas

o acabamento polido é mais indicado,


podendo ser feito nas escadas uma
faixa levigada ou frisos para torná-las
mais seguras.

Escada em mármore com acabamento levigado


TIPOS DE ACABAMENTO
Bordas de piscina: o acabamento levigado não deixa a superfície escorregadia e nem machucam
no contato.

Áreas próximas às piscinas: também pode ser usado os acabamentos bruto e flamejado.

Borda de piscina em Granito Branco com acabamento


de superfície levigado. Piso revestido com pedra São
Tomé do Norte
REVESTIMENTO DE FACHADAS
REVESTIMENTOS DE FACHADAS COM ROCHAS

Assentamento com emprego de


Fachadas com até 3 m de altura adesão física com argamassas
tradicionais.

Fachadas com até 15 m de altura

Uso de telas fixadas na estrutura


por meio de chumbadores
expansivos para ancorar as placas.
REVESTIMENTOS DE FACHADAS COM ROCHAS

Fachadas com até 15 m de altura

Antes da concretagem das placas, as mesmas devem ter seu dorso preparado com
ranhuras para receber arames que realização a ancoragem.
REVESTIMENTOS DE FACHADAS COM ROCHAS

Sistema de fixação por meio de inserts

Não há contato direto entre a estrutura e a placa de rocha. Os inserts fixam a rocha através de um
prolongamento existente em sua extremidade, sendo esse conjunto ancorado na estrutura da
edificação.
REVESTIMENTOS DE FACHADAS COM ROCHAS

Sistema de fixação por meio de inserts

As placas devem ser fixadas no mínimo em três pontos, sendo mais comumente por quatro.
REVESTIMENTOS DE FACHADAS COM ROCHAS

Especificação das Placas

Aspectos a serem considerados:

Espessura

A espessura mínima das placas em fachadas é função do ângulo de assentamento (Norma


DIN 18516-3:1990).

Horizontal
ou 40 mm Acima de 60° 30 mm
Até ângulo de 60°

Nas normas ABNT NBR 13707:1996 e ABNT NBR 13708:1996 não existe especificação
quanto à espessura mínima, sendo que na prática brasileira é utilizado 20 mm.
REVESTIMENTOS DE FACHADAS COM ROCHAS

Especificação das Placas

Aspectos a serem considerados:

Controle das características da placa

Principais itens que devem ser verificados:

• As dimensões da placa devem estar de acordo com o projeto (ver tolerâncias);


• Se as placas forem recebidas na obra já furadas, devem ser conferidas individualmente, com o
projeto;
• A tonalidade e a textura das placas tem que seguir padrões definidos devendo o material ser
procedente da mesma pedreira e preferencialmente do mesmo lote;
• Rejeitar peças com fissuras, trincas e imperfeições. Esses defeitos são realçados com o umedecimento
da placa com um pano molhado.
REVESTIMENTOS DE FACHADAS COM ROCHAS

Especificação das Placas

Aspectos a serem considerados:

Aspectos petrográficos

É necessário conhecer o comportamento da rocha em função do tempo e do ambiente de exposição.

Mármore Não recomendados para os revestimentos externos.

Granitos contendo sulfetos Sofrem manchamento por alteração destes materiais.


e/ou granadas ferríferas
REVESTIMENTOS DE FACHADAS COM ROCHAS

Juntas

Os espaçamentos entre as placas têm as funções de acomodar:

• Tolerâncias dimensionais das rochas;


• Tolerâncias de montagem;
• Variações dimensionais ocorridas pelas variações de temperatura e umidade;
• Deformações do edifício;
• Efeitos de longo tempo causados por fluência.

Placas até 0,3 m2 Placas até 1,25 m2 Acima de 1,25 m2

Juntas de 6 mm Juntas de 8 mm Juntas de 10 mm


REVESTIMENTOS DE FACHADAS COM ROCHAS

Juntas

Podem ser aplicados selantes nas juntas e a norma NBR 13707:1996 estabelece que eles devem ser
colocados sobre um cordão de apoio inerte e não aderente inserido na junta. Ele deve ser de vinil,
polipropileno, butil e poliruetano.
GRANITOS
GRANITOS
Rocha magmática mais frequente da crosta terrestre.
GRANITOS

Características Físicas

• Coloração branca, acizentada, rosada, avermelhada, esverdeada, amarelada, acastanhada.

• Textura variável de acordo com a forma de jazimento: pode ter granulação fina, média ou grossa.

Características químicas e mecânicas

• Elevada resistência à abrasão por seu elevado teor de quartzo;

• Não reage com ácidos;

• Baixo índice de absorção de água.


GRANITOS

Aplicações

• Revestimento de paredes (interiores e exteriores);


• Revestimento de pisos (interiores e exteriores),
detalhes decorativos em pisos, soleiras e rodapés;
• Elementos construtivos (pilares, colunas)
• Objetos decorativos;
• Tampos de mesas e balcões de cozinha;
• Lápides;
• Pedra de construção e pavimentação;
GRANITOS

Observações

• A oxidação da granada em certos granitos pode causar


manchas acastanhadas;

• Alguns minerais acessórios podem causar manchas


localizadas devido à sua oxidação;

• Em granitos de coloração clara as manchas de umidade


são mais visíveis que nos de coloração escura;

• Nas placas podem ocorrer manchas oleosas, por utilização Granito Vermelho Brasília
de areia suja e argamassas impróprias, na ocasião do
assentamento das placas.
GRANITOS
GRANITOS
GRANITOS
GRANITOS
MÁRMORES
MÁRMORES
Material muito utilizado desde a antiguidade em monumentos ou revestindo palácios e mansões.

Características Físicas

• Coloração varia entre branca, cinza, amarela, vermelha, rosa, verde, azul e preta. Raramente
apresenta um colorido uniforme;

• Granulação varia de fina a grossa;

Características químicas e mecânicas

• Baixa resistência à abrasão;

• Resistência mecânica menor que a do granito;

• Reação com ácidos.


MÁRMORES

Aplicações

• Revestimento de paredes (interiores ou exteriores não agressivos)


• Revestimento de pisos (interiores), detalhes decorativos em pisos, soleiras e rodapés, em pavimentos
de baixo tráfego;
• Objetos decorativos;
• Tampos de mesa;
• Lápides
MÁRMORES

Observações

• A baixa dureza do material restringe sua aplicação em pisos de ambientes de alto tráfego, o que
acarretaria seu alto desgaste e perda de suas qualidades (brilho) e de estética arquitetônica (perda
de homogeneidade da superfície assentada)

• Por efervescer na presença de ácidos, não deve ser utilizado como revestimento em ambientes
exteriores agressivos, a não ser que seja executado um processo de proteção e impermeabilização
pós-assentamento;

• Devido à reação com ácidos, deve-se, também, evitar sua aplicação em banheiros e balcões de
cozinha, local onde são encontrados produtos de limpeza e ácidos, naturais ou não.
MÁRMORES
MÁRMORES
QUARTZITOS
QUARTZITOS
Características Físicas

• Cores claras em tons de branco, amarelo, rosa, verde ou cinza, que refletem a luz;
• Granulação fina a grossa;
• Placas com superfície áspera.

Características químicas e mecânicas

• Alta resistência à abrasão;


• Elevada absorção de água;
• Inerte a agentes de alteração (produtos de limpeza, cítricos)
QUARTZITOS
Aplicações

• Revestimento de paredes (internas e externas), muros e muretas;


• Revestimento de pisos (interiores e exteriores);
• Revestimento de bordas de piscinas, por ser poroso e rugoso, impede que o piso de torne
escorregadio mesmo molhado;
• Ornamentação
ARDÓSIAS
ARDÓSIAS
Características físicas

• Coloração preta com tonalidade acinzentada, esverdeada, azulada, acastanhada e


avermelhada;
• Granulação fina a muito fina;
•Aspecto sedoso;

Características químicas e mecânicas

• Baixa a média resistência à abrasão;


• Inerte ao ataque de ácido.
ARDÓSIAS
Aplicações

• Revestimento de muros, muretas, paredes, pisos em ambientes exteriores;


• Revestimento de paredes e pisos em ambientes interiores;
• Mobiliário: mesas, cadeias, bancos, tampões de pias e lousas;
• Decoração.
ARDÓSIAS
PATOLOGIAS
PATALOGIAS

Rochas ornamentais são materiais de revestimento muito duráveis, porém, se não forem
corretamente instalados ou não receberem cuidados apropriados apresentarão problemas
que encurtarão sua vida útil e comprometerão a qualidade do revestimento e da obra.

As patologias são estudadas com o intuito de diagnosticar as causas do problema,


estabelecer os devidos reparos de acordo com o revestimento em questão, além de
fornecer os procedimentos que minimizem ou evitem a ocorrência dessas patologias em
outros revestimentos pétreos.
PATALOGIAS

Fatores associados às patologias

1. Especificação de materiais incompatíveis com as condições de utilização, por


desconhecimento;

2. Emprego das técnicas de execução não adequadas;

3. Ausência de um projeto construtivo;

4. Falta de controle de qualidade das etapas de produção.


PATALOGIAS

Alteração do Interação dos agentes ambientais sobre a natureza da


revestimento
rocha.

Mármores Granitos

São atacados por ácidos e resistem São as rochas mais resistentes aos
pouco à abrasão. agressores químicos e físicos.
PATALOGIAS

Principais Patologias

•Modificações na coloração original •Perda da resistência mecânica


•Manchamentos •Desgaste
•Eflorescências •Descolamento
•Degradações •Juntas descontínuas
•Deteriorações •Falhas no rejuntamento
•Fissuramento ou Trincamento •Perda de brilho
•Bolor
PATALOGIAS

Modificação da Coloração

• Presença de minerais, que quando alterados perdem suas características iniciais;


• Existência de minerais ferrosos, que quando oxidados produzem manchas castanhas na
superfície;
• Deposição de sujeira na superfície e encardidos ocasionam uma aparência amarelada na
pedra;
• Amarelamento de ceras ou outras películas utilizadas na proteção ou impermeabilização
da superfície da placa.
PATALOGIAS

Modificação da Coloração

Ardósia manchada pela liberação de ferro.

Granito com coloração modificada


pela perde CO2 dos minerais devido
ao seu microfissuramento por dilatação
térmica.
PATALOGIAS

Manchas de Umidade

• Características das rochas escolhidas: elevada porosidade, elevada permeabilidade,


constituição mineralógica imprópria, coloração (em pedras claras visualiza-se mais
nitidamente esse tipo de manchamento);

• Infiltrações de muros de arrimo, pilares mal vedados ou impermeabilizados;

• Percolação de água da chuva formando manchas em forma geométrica;


PATALOGIAS

Manchas em granito devido à


infiltração de água através do piso. Manchas em granito provocadas
pelas águas das chuvas que
percolam juntas mal rejuntadas.
PATALOGIAS

Minerais Secundários

Por decomposição um mineral primário transforma-se em outro, dito secundário num processo
no qual ocorre a liberação de certos elementos químicos.

• Sulfetos de ferro amarelos presentes em granitos, mármores e ardósias. Por alteração se


transformam em óxido e hidróxidos de ferro amarelados, castanho-avermelhados, castanhos
ou vermelhos (ferrugem).

• Magnetitas em granitos que por alteração liberam ferrugem;


PATALOGIAS

Mancha de ferrugem causada pela


decomposição de minerais ferríferos
presentes no mármore com os agentes do
meio externo.

Mármore manchado devido à


liberação de ferrugem por porta de
ferro.
PATALOGIAS

Ardósias verdes e pretas com manchas de ferrugem resultantes da alteração de sulfetos.


PATALOGIAS
Argamassa

Manchamentos, fissuramento e descolamentos de placas são muito comuns em placas pétreas fixadas
pelo processo convencional, devido a:

• Excesso de água da argamassa (manchas escuras com aspecto molhado) que por exsudação, penetra
nos poros da pedra de baixo pra cima;

• Impurezas de ferro no cimento e na superfície de areia, transportadas durante a evaporação da água


da argamassa, que penetram nos poros e fissuras da pedra, causando manchas indeléveis amareladas,
vermelho-acastanhadas ou castanhas.

• Carreação de sais solúveis para a superfície da placa sob forma de manchas brancas (eflorescência)
extraídos ou de cal ou do cimento.
PATALOGIAS

Manchas de ferrugem em mármore


proveniente de impurezas de ferro no
Mancha em granitos provocada pela cimento e na areia da argamassa.
evaporação de água excessiva carreando
excessos de resinas da argamassa.
PATALOGIAS

Eflorescência de carbonato de cálcio em Eflorescência de carbonato de cálcio em


gnaisse bruto. ardósia preta irradiando de juntas verticais
e horizontais.
PATALOGIAS
Resina

As resinas são utilizadas geralmente para a


reconstituição de quebras na superfície das
placas. São comumente usadas em mármores
travertinos para preencher buracos
superficiais desta rocha muito porosa. A
resina perde, com o tempo, sua
transparência e sua aderência à rocha.
PATALOGIAS
Perda de Brilho

A perda de brilho por desgaste abrasivo resulta tanto de características intrínsecas da


rocha quanto do nível de tráfego a que um piso é submetido.

Mármores, pedra-sabão, dioritos, sienitos e outras rochas pobres em quartzo têm pequena
resistência ao desgaste.

Granitos, muito ricos em quartzo, resistem muito bem a longas e intensas abrasões.
PATALOGIAS
Perda de Brilho

Perda de brilho em mármore por Perda de brilho em mármore por


abrasão (escadaria de hotel). abrasão (escadaria de banco).
PATALOGIAS
Riscos

Os riscos dependem da dureza da pedra.

Ardósias e mármores são pedras mais macias quando comparadas aos granitos, sendo mais
susceptíveis ao risco.

O risco e o desgaste são comuns em edificações que não respeitam sua finalidade inicial. É
o caso de residências transformadas em museus de intensa visitação, etc.
PATALOGIAS
Riscos

Placa de mármore desgastada e Riscos em ardósia de parede externa


riscada em escadaria. de residência.
PATALOGIAS
Deterioração

Quando grande parte de um revestimento pétreo apresenta patologias variadas, diz-se que o
revestimento está deteriorado.

Fatores que influenciam a deterioração

• Características físico-mecânicas da rocha:


rochas carbonáticas, por sua solubilidade em
ácidos naturais e artificiais sofrem, com o
tempo, degradação estética e funcional, quer
em ambientes poluídos, muito úmidos ou à
beira mar. Mármore deteriorado por dissolução
em ambiente quimicamente agressivo.
PATALOGIAS
Fatores que influenciam a deterioração

• Presença de abundantes minerais de fácil decomposição, que por este processo comprometem a
estética e a duraibilidade do revestimento;

• Utilização de material em início ou estado avançado de decomposição, por desconhecimento das


características e propriedades do revestimento escolhido.
Incluem-se: granitos amarelos, cuja cor não é primária e sim secundária, resultante da
alteração parcial da rocha. Partes dessa rocha são muito porosas e apresentam características físico-
mecânicas pouco recomendáveis para numerosas aplicações.

• Fadiga, a longo prazo, da textura e/ou estrutura da rocha com elevado coeficiente de dilatação
térmica, por expansões e contrações sucessivas o que leva à perda de suas caracterísitca físico-
mecânicas.
PATALOGIAS
Trincamento e Fraturamento

As trincas aparecem devido aos seguintes fatores

• Falta de cuidado no transporte (choque entre


placas) e assentamento da peça (a superfície
entre a camada de revestimento e a camada
de fixação não contínua);

Trincamento da placa de granito fruto de um assentamento


com camada de fixação descontínua.
PATALOGIAS

As trincas aparecem devido aos seguintes fatores

• Elevado índice de dilatação térmica das placas de


revestimento que são expostas a amplas variações
térmicas e deparadas por juntas com largura
insuficientes para evitas o contato entre placas
adjacentes.

Trincas em mármore causadas por juntas de


dilatação com espessura insuficiente.
PATALOGIAS

As trincas aparecem devido aos seguintes fatores

• Baixa resistência ao impacto, em casos de pisos sujeitos


a alto tráfego de pessoas, cargas ou veículos.

Fraturamento de placa de gnaisse por


impacto. Trincas em mármore causadas por juntas de
dilatação com espessura insuficiente.
PATALOGIAS
Falha dos selantes

Problema com os selantes das juntas (usado como rejunte no assentamento) são causados por dois
fatores:

• Excesso de produto utilizado e falta de limpeza posterior, manchando a superfície da pedra ao


redor das juntas;

• Falta do produto, havendo descontinuidade no rejuntamento o que propicia a infiltração de água


da chuva ou de limpeza e o surgimento de manchas de umidade.
PATALOGIAS
Falha dos selantes

Manchamento de granito devido à


aplicação excessiva de selante em juntas.

Mancha em escada de granito por infiltração de


água em juntas insuficientemente seladas.
EXEMPLOS DE APLICAÇÃO
EXEMPLOS

Autores das fotos e comentários: Alan Sampaio e Ionara Pereira

Mármore com pequenos buracos. A camada polida


sofreu desgaste por receber água ou outros tipos de Percebe-se pequenas elevações e manchas
substâncias. brancas. A pedra não possui mais nenhum
tipo de brilho, provavelmente por ser em
uma área externa e não receber os
cuidados necessários.
EXEMPLOS

Autores das fotos e comentários: Amanda Alencar

Risco na pedra

Fruteira com pedra de mármore

Manchas amareladas
EXEMPLOS

Autores das fotos e comentários: Esteffany Rodrigues, Maria Jailza e Nathália Souza

Existem manchas que provavelmente foram causadas pelo excesso de umidade da cozinha.
Enquanto a perda do brilho é proveniente da manutenção inadequada, realizada com água
sanitária.
EXEMPLOS

Autores das fotos e comentários: Camila Mirelle, Laudemmy Layon, José de Lima Rocha e Thamires Leonel

Piso cerâmico indicado Revestimento cerâmico para exterior –


para garagem – Não Apresentando fungos
resistente
EXEMPLOS

Autores das fotos e comentários: Camila Gonzaga de Oliveira, Olga Mara Francino de Almeida e Iasmyn
Sales de Souza

A rocha ornamental fotografada foi o granito. Sua patologia chama-se eflorescência, e é


causada pela retenção de umidade na rocha. A água, com seus sais minerais, acabam por
enfraquecer os minerais que compõem a pedra. O efeito craquelado é gerado pela
descamação superficial.
FIM DA AULA

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