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Gerenciamento Global de Riscos

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Índice
Introdução 03

Risco de Mercado 06
Gap Gestão de Ativos e Passivos 08
Principais Descasamentos 08
Risco de Taxas de Juros 08
Risco de Moedas 09
Risco de Liquidez 10
Trading 11

Risco de Crédito 12

Risco Operacional 18
Modelo de Gestão de Risco Operacional do Banco do Brasil 19
Abordagem Qualitativa 20
Abordagem Quantitativa 21
Módulo Riscos Antecedentes e Conseqüentes 22
Ambiente de Controle 23

Informações Corporativas 24

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O Banco do Brasil tem perseguido o constante aprimoramento do seu
programa de administração global de riscos, adotando ferramentas
de vanguarda e as melhores práticas de mercado para a sua gestão.
Quer, com isso, alinhar-se às novas mudanças propostas para
o Acordo de Basiléia.
Trata-se de um conjunto de ações, que objetivam garantir o
acompanhamento e a gestão eficaz de riscos de mercado, de crédito
e operacional, assegurando uma alocação de capital mais eficiente
e proporcionando a maximização do retorno aos acionistas.
Neste documento, procuramos demonstrar como está estruturado
o programa de administração global de riscos do Banco do Brasil.

Enio Pereira Botelho


Vice-presidente de Controle e Relações com Investidores

2 Banco do Brasil

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Introdução
O gerenciamento de risco no Banco do Brasil é fundamentado
em métodos e técnicas modernos, com o objetivo de minimizar perdas
e possibilitar decisões adequadas de alocação de capital, além de
garantir o cumprimento de determinações legais, exigências de supervisão
bancária, normas, procedimentos e controles internos e externos.
O Banco do Brasil adota uma visão consolidada das diferentes categorias
de riscos - Mercado / Liquidez, Crédito e Operacional, conforme
esquematizado na figura a seguir:

Gestão
do Risco

Alocação de Capital
do Banco

Agregaç
ão dos
Riscos G
estão
da Carte
ira
Criação de Valor

Class
Quan ific
tificaç ação e
ão do
s Risc
os

Risco de
Mercado/Liquidez Risco de
Crédito Risco
Operacional

O processo está alinhado com as diretrizes traçadas pelo Banco Central


do Brasil - Bacen e com as recomendações emanadas do Novo Acordo
de Basiléia, que introduziram novos conceitos e enfoques:

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• ênfase em metodologias internas de gestão de risco: supervisão
e disciplina de mercado;
• incentivos para a redução de exigências de capital para quem gerenciar
melhor os riscos; e
• abordagem multidimensional, incluindo tecnologia de informação,
processo operacional, adequação ao cliente.

Novo Acordo

Pilar 1 Pilar 2 Pilar 3


Exigência de Capital Processo de Supervisão Disciplina de Mercado

• Medidores de risco Supervisores são • Os participantes do


• Risco de mercado responsáveis por avaliar mercado devem divulgar
• Risco de crédito como os bancos estão informações sobre seus
• Risco operacional adequando o capital riscos e gestão
econômico aos riscos
incorridos

Diversas ações vêm sendo efetuadas com o objetivo de disseminar


e consolidar a cultura de gestão de risco no Banco do Brasil.
Neste contexto, foi realizado, em maio/2001, seminário intitulado
Gestão Integrada de Riscos: Mercado, Crédito e Operacional.
A estratégia formulada para o gerenciamento de riscos, com uma visão
integrada dessas diferentes categorias, é centralizada no Comitê
de Risco Global. Sua estrutura é composta pelo Conselho Diretor
(presidente e vice-presidentes), diretores e executivos de diversas áreas
e tem por finalidade decidir, no âmbito do Banco do Brasil e de suas
subsidiárias integrais, sobre questões relacionadas ao gerenciamento
de riscos.
O Comitê de Risco Global define as estratégias de risco da Instituição.
É responsável pela visão integrada dos riscos do Banco, bem como a
interdependência entre as várias categorias de risco. É responsável,
também, por definir os limites de riscos, o nível de liquidez adequado
e planos de contingência e os modelos de mensuração de risco.

4 Banco do Brasil

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As decisões são comunicadas às áreas intervenientes por meio
de resoluções que expressam objetivamente o posicionamento desejado,
visando conferir agilidade ao processo.
A gestão das exposições a risco é delegada a três Comissões, que
consultam o Comitê sobre medidas a serem tomadas. Veja o organograma
a seguir:

Comitê de
Risco Global

Comissão de Gestão Comissão de Comissão de


de Ativos e Passivos Risco de Crédito Risco Operacional

Analisa e propõe medidas ao Analisa e propõe medidas ao Analisa e propõe medidas ao


Comitê de Risco Global sobre: Comitê de Risco Global sobre: Comitê de Risco Global sobre:

• gestão de ativos e passivos • gestão de risco de crédito • gestão do risco operacional

• nível de exposição ao risco • nível de exposição ao risco • nível de exposição ao risco


de liquidez e de mercado de crédito operacional

• gestão do risco de liquidez • modelos de risco de crédito • modelos de risco operacional


e de mercado
• planos de contingência • planos de contingência
• modelos de risco de liquidez
e de mercado e de gestão de
ativos e passivos

• níveis adequados de liquidez


e planos de contingência

As ações individualizadas das comissões que integram o Comitê de Risco


Global e que compõem o processo de gestão do risco no Conglomerado
encontram-se descritas a seguir.

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Risco de Mercado
Estratégia de risco
Alocação de capital

Gestão Adequação do capital

Alocação de Capital
do Risco
do Banco Diversificação
da carteira
Sistemas de limites
Agregaçã Monitorização
o dos
Riscos G
estão do desempenho
Criação de Valor

da Carte
ira
Modelos de
mensuração
Preço em
Class função do risco
Quan ificaç
tificaç ão e
ão do Processos evidentes
s Risc
os

Risco de
Mercado/ Risco de
Liquidez Crédito Risco
Operacional

Para fins de gerenciamento de risco de mercado, o BB segrega


as operações comerciais e de tesouraria (GAP) das operações de trading,
ambas com limites e estratégias próprias. Essa segregação visa conferir
ao Banco um posicionamento conservador na gestão de risco de mercado.
O BB utiliza metodologias estatísticas e de simulação para mensurar o
risco de mercado das suas posições. Dentre elas, convém mencionar:
• Valor em Risco (V@R)
• Sensibilidades (mudança paralela e torção das curvas de fatores
de risco)
• Análise de Stress
O Valor em Risco (V@R) é uma medida da perda máxima esperada
em valores monetários, sob condições normais de mercado, em
um horizonte de tempo determinado, com um nível escolhido de
probabilidade. No BB, o V@R é medido pela metodologia de simulação
histórica, com probabilidade de 95%, para o período de 1 dia.

6 Banco do Brasil

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A metodologia histórica assume que a observação de mudanças
históricas em taxas de juros, índices de mercado, taxas de câmbio,
ações e comoditties refletirão possíveis mudanças futuras. São realizadas,
constantemente, análises históricas para definição da melhor janela
de captura de observações e atualmente utilizam-se os últimos 150 dias
úteis para essa análise. A metodologia histórica permite uma medida
consistente de risco de instrumentos e carteiras. O V@R sofre processo
de back-testing, que consiste na comparação do valor calculado com
o resultado financeiro efetivamente ocorrido.
No processo de gestão de riscos são considerados, ainda, possibilidades
de perdas decorrentes de situações de crise (análise de stress).

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Gap Gestão de Ativos e Passivos

Principais Descasamentos
A diversidade e a volatilidade dos indexadores existentes no balanço
do BB exige uma gestão consolidada e tempestiva do risco de mercado.
A eventual decisão de redução dos descasamentos é implementada,
principalmente, por meio da utilização de produtos derivativos.
A redução dos descasamentos realizada nos últimos anos proporcionou
o aumento da previsibilidade do resultado do Banco e reduziu a sua
dispersão. O gráfico a seguir apresenta os principais descasamentos
do Banco Múltiplo existentes em 31/12/2001:

R$ billiões
30,0

20,0

10,0

(10,0)

(20,0)

(30,0)
CDI/TMS Prefixado US$ IGP PL e outros TJLP Dep. vista IRP/TR

Risco de Taxas de Juros


A Resolução CMN 2.692, de 24.02.2000, estabeleceu critérios para
exigência de capital para operações com taxas de juros prefixadas.
O V@R calculado, considerando-se os parâmetros desta Resolução,
resultou, no final do mês de dezembro/2001, em R$ 256,6 milhões.

8 Banco do Brasil

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Na tabela abaixo, podemos observar a exigência de capital para
operações prefixadas no ano de 2001:

Exigência de Capital R$ milhões

Risco 31.12.2001 31.12.2000 Média(*) Máximo(*) Mínimo(*)

Juros Prefixados 588 261 594 1.006 151


(*) Jan/2001 a Dez/2001.

A elevação observada no capital exigido deve-se ao aumento


da volatilidade, principalmente em julho/2001, na estrutura a termo
da taxa de juros brasileira.

Risco de Moedas
O Comitê de Risco Global estipula e revisa periodicamente limites para
os diversos indexadores a que o Banco esteja exposto.
Nesse sentido, tendo em vista o contido na Resolução CMN 2.891,
de 26.09.2001, o Comitê determinou que a exposição cambial
do Conglomerado fique inferior a 5% (cinco por cento) do Patrimônio
de Referência - PR, de forma a não haver exigência de capital decorrente
de posicionamentos em moeda estrangeira. Em 2001, a exigência de
capital para exposição cambial pode ser observada na tabela abaixo:

Exigência de Capital R$ milhões

Risco 31.12.2001 31.12.2000 Média(*) Máximo(*) Mínimo(*)

Exposição Cambial 0 0 39 759 0


(*) Jan/2001 a Dez/2001.

Gerenciamento de Risco 9

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Risco de Liquidez

O BB mantém Reservas de Liquidez formadas por Títulos Públicos


Federais de fácil conversão em espécie. Tais reservas são consideradas
na elaboração do processo orçamentário e, portanto, atendem às
necessidades diárias do fluxo de caixa da Instituição. Possui, ainda,
Plano de Contingência para fazer frente às crises nos mercados
financeiros nacional e internacional.
As principais variações na liquidez no ano de 2001, conforme gráfico
abaixo, foram decorrentes da troca do perfil da dívida externa brasileira
(Brady Bonds) e dos títulos do PESA (Programa Especial de Saneamento
de Ativos) por títulos da dívida pública interna (LFT e NTN-D), no valor
de R$ 10,9 bilhões, aproximadamente, em junho e julho de 2001.
A redução da liquidez no final de setembro/2001 deveu-se ao recolhimento
compulsório de 10% sobre os depósitos a prazo, a partir do dia 28.

Evolução da Liquidez Diária


(2001)

1º trimestre 2º trimestre 3º trimestre 4º trimestre

Saldo Caixa Reserva de Liquidez

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Trading

O Comitê de Risco Global define limites para as Tesourarias Doméstica


e Internacional assumirem posições mais sensíveis a riscos de mercado.
Para fins de avaliação, tais operações ficam segregadas das demais
operações comerciais, sendo seu risco mensurado e monitorado por
gerentes de risco subordinados à Unidade Gestão de Riscos, os quais são
responsáveis também pelo controle dos limites definidos pelo Comitê.
Atualmente, os principais limites utilizados para a carteira de trading são:
a) perda máxima diária e mensal;
b) valor em risco de 1 dia, com 95% de nível de confiança calculado pelo
método de Simulação Histórica;
c) limite de stress.
A intensa volatilidade verificada nos mercados financeiros, notadamente
no 2º semestre/2001, refletiu diretamente no V@R das carteiras de trading.
O V@R observado em 2001 encontra-se descrito na tabela abaixo:

V@R em mil

Trading 31.12.2001 31.12.2000 Média(*) Máximo(*) Mínimo(*)

Doméstico R$ 121 297 659 3.977 11


Internacional US$ 1.498 1.192 1.276 3.061 738
(*) Jan/2001 a Dez/2001.

Gerenciamento de Risco 11

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Risco de Crédito

Em total conformidade com as mudanças previstas no “Novo Acordo


de Basiléia”, o modelo de gestão de risco de crédito do BB é parte
integrante da administração consolidada de riscos globais dos negócios
da Instituição. Busca, por meio de desenvolvimento e aprimoramento
de modelos proprietários, a perfeita identificação dos riscos de crédito
associados à carteira, a fim de permitir a alocação de capital de forma
mais eficiente e eficaz, ajustada ao preço, contribuindo para a maximização
de valor para o acionista.
A visão da Instituição é de que o gerenciamento de risco de crédito
considera os métodos de determinação de limites máximos de exposição
em risco, bem como seus níveis de concentração, segregados em
portfolios (segmento de cliente, setor econômico, região, produto, rating,
garantias, etc.), até a determinação individualizada de limites, devidamente
monitorados.

Estratégia de risco
Alocação de capital
Gestão do Adequação do capital

Alocação de Capital
Risco do
Diversificação da
Banco
carteira
Sistemas de limites
Agregaçã Monitorização do
o dos
Riscos G
estão da desempenho
Criação de Valor

Carteira

Modelos de Rating
Preço em função
do risco
Class
Quan ificaç Processos evidentes
tificaç ão e
ão do
s Risc
os

Risco de
Mercado/
Liquidez Risco de Risco
Crédito Operacional

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Atualmente, a gestão de risco de crédito do BB é realizada pelo Comitê
de Risco Global, que avalia propostas apresentadas pela Comissão
de Risco de Crédito, cuja atribuição é propor medidas no âmbito do Banco
e de suas subsidiárias integrais relativas à gestão de risco de crédito, nível
de exposição ao risco de crédito, modelos de risco de crédito e planos
de contingência.
A Comissão é composta por oito membros permanentes com direito a voto,
que atuam em colegiado e cuja coordenação está a cargo do diretor da
área de crédito.

Coordenação

Diretoria de
Diretoria Comercial Diretoria de Crédito Diretoria de Governo
Agronegócios

Unidade
Diretoria Unidade Estratégia
Diretoria de Varejo Reestruturação de
Internacional e Organização
Ativos Operacionais

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14 Banco do Brasil

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Para garantir a excelência na gestão do risco de crédito, diversas ações
estão sendo integradas, pautadas nas melhores práticas do mercado:
• Modelo de gestão de risco;
• Alocação de capital econômico;
• Portfolio de risco (segmentos, setores, regiões etc.);
• Modelo de gestão da carteira;
• Modelos do rating de cliente e de operações;
• Modelo de precificação;
• Planos de contingências;
• Backtesting;
• Pontos de controle / auditoria;
• Treinamento.
Os métodos para definição de exposição em crédito (individual ou em
portfolio) baseiam-se em sistemas internos de segregação de clientes
em classes de risco - ratings, determinadas a partir de modelos estatísticos
que estimam a freqüência esperada de inadimplemento (default).
A partir da estimação da freqüência de inadimplemento, do índice de perda
dada a inadimplência e da exposição equivalente é possível estabelecer
a perda esperada, cujo desvio-padrão da sua distribuição é instrumento
para determinação da perda inesperada, efetivo valor em risco da carteira
de crédito, conforme esquematizado a seguir:

Gerenciamento de Risco 15

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Distribuição Tradicional de Perdas de Crédito
e Estrutura de Capital

70%

60%

50% Perda esperada


Probabilidade

40%

30%

20%
V@R de Crédito 99% de Confiança
10% Capital Econômico

00%
0, %
0, %
0, %
1, %
1, %
1, %
1, %
2, %
2, %
2, %
2, %
3, %
3, %
3, %
3, %
4, %
4, %
4, %
4, %
5, %
5, %
5, %
5, %
%
01
26
51
76
01
26
51
76
01
26
51
76
01
26
51
76
01
26
51
76
01
26
51
76
0,

Taxa de Inadimplência
Dados Ilustrativos

A determinação do V@R (Value at Risk) de crédito permitirá avaliar


os valores em risco das diversas carteiras e por intermédio da RAROC
(risk adjusted return on capital), o retorno proporcionado em sua alocação,
possibilitando a definição de ações de gestão que busquem sua
otimização e, conseqüentemente, o incremento de geração de valor para
o acionista.
O modelo que calcula o V@R permite, ainda, a realização de diversas
simulações de stress, projetando potenciais impactos de situações críticas
sobre a carteira de crédito, o que possibilita a definição antecipada
de ações que possam minimizar os referidos efeitos.
Durante o exercício de 2001, deu-se continuidade aos processos
de desenvolvimento e aprimoramento dos modelos proprietários para
as técnicas de análise de clientes (pessoa física e jurídica, instituições
financeiras, cooperativas e produtor rural), transações e gestão de risco
de crédito (V@R e RAROC).

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Estão sendo realizados treinamentos internos de divulgação das novas
abordagens de risco de crédito e das ferramentas em desenvolvimento
para gestão de portfolios.
Desenvolveu-se, também, o IQC - Índice de Qualidade da Carteira
de Crédito -, mecanismo de gerenciamento divulgado para toda a rede
e incluído como item do acordo do trabalho em 2002.
Além disso, foram definidos planos específicos de contingenciamento
ao risco de crédito.
De se destacar as ações de informatização do processo de
crédito (acolhimento da proposta, análise e despacho), respaldadas
por conformação tecnológica alinhada à nova visão da arquitetura
da informação do Banco, que permitirão, além da sua agilização,
melhor acompanhamento, monitoração e controle.
Em âmbito operacional, houve auditoria do processo de análise de crédito
e estabelecimento de limites de crédito de empresas, que culminou,
no começo deste ano, com a obtenção da certificação ISO 9001/2000,
ratificando o estágio de excelência alcançado no processo de análise de
crédito, situação presente também na segmentação middle (ISO 9002/94).
Quanto ao provisionamento para crédito de liquidação duvidosa,
vale mencionar a perfeita conformidade com as determinações legais
e a melhoria do acompanhamento do seu fluxo, bem como a visão
orientada para a cobertura de perda alinhada à expectativa de sua
ocorrência, a partir da construção da curva de distribuição da probalidade
das perdas esperadas.

Gerenciamento de Risco 17

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Risco Operacional
Estratégia de risco
Limites de Exposição
Análise de Cenários
Gestão do Alocação de Capital

Alocação de Capital
Risco do
Banco
Indicadores - chave
de Risco
Agregaçã
o dos Monitoração do
Riscos G
estão da Desempenho
Criação de Valor

Carteira
(linhas de
negócios
)
Auto - Avaliação de
Processos
Base de Dados
Class
Quan ificaç Modelos de Rating
tificaç ão e
ão do
s Risc
os

Risco de
Mercado/
Liquidez Risco de
Crédito
Risco
Operacional

O Novo Acordo de Basiléia, a ser implementado até 2005, representa


avanço significativo, pois oferece incentivos para os bancos fortalecerem
seus procedimentos de gestão e mensuração de riscos.
É inovador na medida em que propõe uma forte atuação sobre o risco
operacional, com exigência de encargo de capital para este risco.
O Novo Acordo propõe uma estrutura flexível à utilização de vários modelos
para identificação e mensuração de riscos, buscando tornar o nível mínimo
de capital regulatório exigido mais sensível à qualidade e à sofisticação
dos processos de gestão de riscos globais dos bancos.
Com o objetivo de gerenciar o risco operacional, o Banco do Brasil
desenvolveu modelo de gestão que permite identificar, priorizar,
mensurar e monitorar os riscos envolvidos nos seus processos.
O modelo está segmentado em duas abordagens: enfoque qualitativo
e enfoque quantitativo.

18 Banco do Brasil

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Modelo de Gestão de Risco Operacional
do Banco do Brasil
Fase 1
Modelo de
Objetos de Controle Controle

Priorização Matriz de Riscos


e Controles

Metodologia
Auto - Avaliação

Compliance
Relatório de Perdas
Riscos Controles Conformidade
Carpis

AMD - Indicadores

Relatório de
Auto - Avaliação Monitoramento

Fatores de Base de dados de Modelos Sistemas de Fase 2 Cálculo da Alocação


Risco Perdas Integrada Quantitativos(1) Informações de Capital (1) Modelos
(SAF) Gerenciais Quantitativos

Alocar Capital
DW

Fase 3

Risco Operacional decorrente do Risco Operacional que gerou Risco Legal e/ou
Risco de Conjuntura ( Risco Antecendente) Risco de Imagem (Riscos Conseqüentes)

Fase 1 - Módulo Qualitativo


Fase 2 - Módulo Quantitativo e Integração
Módulo Alocação de Capital
Fase 3 - Módulo Riscos Antecedentes e Conseqüentes

Gerenciamento de Risco 19

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Abordagem Qualitativa
A abordagem qualitativa (fase 1), já desenvolvida e em implementação
no Banco, é composta por metodologias, sistemas informatizados,
relatórios gerenciais e check-lists para controle dos processos conduzidos
no âmbito das agências, diretorias e unidades administrativas.
Conforme se observa na figura anterior, esta fase é composta do
Modelo de Controle, da Matriz de Riscos e Controles, da Metodologia
de Auto-avaliação e do Processo de Monitoramento, conforme
especificado a seguir:
• O “Modelo de Controle” fornece uma visão unificada dos “Objetos
de Controle” (processos, produtos e serviços passíveis de análise sob
a ótica de riscos e controles) e constitui a base para a aplicação da
Matriz de Riscos e Controles;
• A Matriz de Riscos e Controles classifica, por grau de criticidade,
os objetos de controle que deverão ser priorizados e submetidos
à Metodologia de Auto-avaliação;
• A Metodologia de Auto-avaliação, aplicada nos processos de maior
criticidade, objetiva o desenvolvimento de planos de ação para
minimizar riscos, avaliar e aprimorar os controles existentes;
• O Processo de Monitoramento fornece informações gerenciais
permitindo o acompanhamento da adequação dos controles.
Este monitoramento utiliza o Relatório Trimestral de Controle
e Compliance, o Relatório de Perdas Operacionais, o Relatório
de Auto-avaliação, a base de dados gerenciais do Sistema “Painel de
Controle” e a ferramenta “CARPIS” - Controle e Avaliação de Riscos
de Produtos, Investimentos e Serviços.

20 Banco do Brasil

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Abordagem Quantitativa
A utilização de modelos de mensuração, desenvolvidos sob o enfoque
quantitativo, fase 2, visa definir cotas de capital para suportar as perdas
esperadas (alta frequência e baixo impacto) e não-esperadas (baixa
frequência e alto impacto) e definir estratégias de seguro para as perdas
identificadas como severas (baixíssima frequência e altíssimo impacto).
Nesta fase deverá ocorrer a integração das abordagens qualitativa e
quantitativa.
As informações geradas nesta fase fornecem feedback da qualidade
das auto-avaliações, da eficiência dos controles implementados e do nível
de consciência de risco dos administradores e funcionários da Empresa.
Permite redirecionar ações no sentido de reduzir as perdas operacionais,
bem como o capital a ser alocado para fazer face a este risco.
No sentido de alinhar as ações implementadas ao processo de
quantificação e mensuração do risco operacional, o Banco vem
implementando um conjunto de iniciativas que visam imprimir maior
velocidade ao gerenciamento do risco operacional:
• Criação da Comissão de Risco Operacional com a finalidade de
analisar assuntos relativos à gestão de Risco Operacional, modelos
e níveis de exposição, bem como promover a articulação de ações
relativas à implementação de normas e procedimentos afetos
a controles internos e compliance. Os assuntos discutidos no âmbito
da Comissão de Risco Operacional são submetidos ao Comitê de Risco
Global para aprovação.
• Implementação de programa de análise de cenários mediante
identificação e interpretação de eventos externos ao Banco que
tenham reflexo e ou conseqüência nos processos operacionais,
como o novo Sistema de Pagamentos Brasileiro, lavagem de dinheiro,
eventos naturais (enchentes, secas e outros fenômenos naturais),
picos de atividades, entre outros;
• Identificação de ‘Indicadores-Chave de Risco’, entendidos como fatores
internos ao Banco que indicam a provável ocorrência de falha/perda

Gerenciamento de Risco 21

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operacional, tais como fraudes eletrônicas, reclamações de clientes,
conformidade no processo de crédito, entre outros;
• Aprovação de ‘Limites de Exposição’, que expressem o nível
de tolerância admissível para os Indicadores Chave de Risco;
• Desenvolvimento de Modelo de Rating de Risco Operacional para
a Rede de Agências. O rating é um indicador atribuído às agências
em função do nível de controle e de conformidade observados na
condução de seus processos, tais como operações de crédito,
cadastro e limite de crédito, fechamento de balancetes, contas
transitórias, entre outros. O indicador possibilita a identificação das
agências com maior nível de exposição a risco e permite direcionar
ações de melhoria na condução dos processos, aplicar treinamentos
e melhorar as condições de funcionamento da rede;
• Estruturação de banco de dados das principais perdas operacionais.
O desenvolvimento de modelos internos de gestão de risco operacional
mais sofisticados e precisos objetiva o enquadramento do Banco nos níveis
II ou III do Novo Acordo.

Módulo Riscos Antecedentes e Conseqüentes


O gerenciamento das perdas operacionais requer a análise dos fatores
que as antecederam bem como das suas conseqüências frente aos
demais riscos.
A fase 3, que é simultânea ao processo de mensuração, visa avaliar
o relacionamento do Risco Operacional com os Riscos Legal, de Imagem
e de Conjuntura. Objetiva identificar parcela do risco operacional
decorrente do Risco de Conjuntura (Risco Antecedente), a partir da
análise de fatores externos (Cenários) e seus impactos sobre os processos
operacionais.
Da mesma forma, deverá ser avaliado o grau de impacto do Risco
Operacional frente aos Riscos Legal e de Imagem (Riscos Conseqüentes),
dada à sua característica de potencializar os efeitos de alguns riscos.

22 Banco do Brasil

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Ambiente de Controle

O Modelo de Gestão de Risco Operacional está inserido em um ambiente


com cultura de controle e compliance fortalecido. Para consolidar este
ambiente, o Banco realizou as seguintes ações:
• Desenvolvimento de treinamento auto-instrucional sobre o tema
“Controles Internos, Risco Operacional e Compliance”, destinado aos
funcionários das agências, com o objetivo de induzir o desenvolvimento
de senso analítico e crítico diante de situações de risco. Cerca
de 37.000 funcionários foram submetidos ao treinamento em 2001;
• Elaboração de treinamentos específicos para os funcionários dos
Núcleos de Controle Operacional, envolvidos diretamente com o
controle na Rede de Agências, atualizando-os sobre assuntos afetos
a “Controles Internos, Risco Operacional e Compliance”;
• Criação da função Agente de Compliance para cada uma das Diretorias
e Unidades Administrativas e realização de cursos, qualificando-os
para a condução de suas atribuições;
• Definição de indicadores que influenciam na remuneração de
funcionários vinculados à rede de agências e unidades administrativas,
com o objetivo de induzir a comportamento pró-ativo em relação
a controles e identificação de riscos.

Gerenciamento de Risco 23

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24 Banco do Brasil

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