Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Partes Constituintes Dos TRAFOS
Partes Constituintes Dos TRAFOS
DEPEL
DEPEL
2
1. INTRODUÇÃO
3
empregados para isolações elétricas, uma vez que na maior parte dos casos os
enrolamentos primários e secundários são separados por um dielétrico.
Nesse trabalho serão abordados as principais características dos transformadores
de potência e seus respectivos componentes construtivos. Além disso, será feita uma
breve exposição de diversos tipos de transformadores, onde o objetivo é destacar as
principais diferenças entre eles.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1. Definição
Transformadores de Potência são máquinas estáticas que transferem energia
elétrica de um circuito para outro, de forma a manter a mesma frequência e variar os
valores de tensões e correntes. Além disso, chegam a operar a partir de altos valores de
potência, fato que o caracteriza conforme o seu nome.
Durante o funcionamento dos transformadores de potência, vários processos de
desgaste e envelhecimento ocorrem no sistema de isolamento. Os efeitos de fadiga
térmica, química, elétrica e mecânica, tais como pontos quentes, sobreaquecimento,
sobretensões e vibrações são responsáveis por alterações do sistema isolante e devem
ser monitorados para garantir a eficiência do equipamento, de forma a permitir
intervenções de manutenção preditiva, a fim de evitar paradas de máquinas e,
consequentemente, aumento de custos.
A Figura 1 exibe um transformador trifásico de potência fabricado pela WEG e
é utilizado no sistema de distribuição da Escócia. Conforme já citado anteriormente,
esse equipamento possui 241 toneladas e uma potência máxima de 225 MVA.
4
2.2. Tipos de Transformadores
Os transformadores são classificados de acordo com sua potência nominal,
faixas de tensão e corrente, aplicação e suas partes constituintes. Segundo a NBR 5356,
dentre os Trafos conhecidos tem-se as seguintes classificações:
Transformador abaixador: transformador no qual a tensão do enrolamento
primário é superior à do secundário.
Transformador de corrente constante: transformador que, dentro dos limites
preestabelecidos, mantêm constante a corrente no circuito secundário, a despeito das
variações da resistência deste circuito e da tensão no circuito primário.
Transformador de distribuição: transformador de potência utilizado em
sistemas de distribuição de energia elétrica.
Transformador de núcleo envolvente: transformador cujo núcleo é constituído
por colunas interligadas pelos jugos, das quais algumas não atravessam bobinas dos
enrolamentos.
Transformador de núcleo envolvido: transformador cujo núcleo é constituído
por colunas interligadas pelos jugos, das quais todas atravessam bobinas dos
enrolamentos.
Transformador de reforço: transformador no qual um enrolamento é ligado em
serie num circuito, para modificar tensão nesse circuito, e o outro enrolamento constitui
um enrolamento de excitação por outro circuito.
5
Transformador elevador: transformador no qual a tensão no enrolamento
primário é inferior do que a do enrolamento secundário.
Transformador em liquido isolante: transformador cuja parte ativa é imersa
em liquido isolante.
Transformador em liquido isolante com gás inerte: transformador em liquido
isolante no qual é mantida, sobre o liquido isolante, uma atmosfera de gás inerte.
Transformador em massa isolante: transformador com os enrolamentos, ou
com o núcleo e os enrolamentos, impregnados e envoltos em massa isolante.
Transformador monofásico: transformador constituído de apenas um
enrolamento de fase em cada tensão.
Transformador para exterior: transformador projetado para suportar
exposição permanente as intempéries.
Transformador para interior: transformador projetado para ser abrigado
permanente das intempéries.
Transformador polifásico: transformador cujos enrolamentos primários e
secundários são polifásicos.
Transformador regulador: transformador de potencia provido de comutador
de derivações de carga.
Transformador seco: transformador cuja parte ativa não é imersa em liquido
isolante.
Transformador selado: transformador cuja construção assegura a separação
entre os amblentes interno e externo, em condições especificadas.
Transformador submersível: transformador capaz de funcionar normalmente
imerso em água, em condições especificadas.
Transformador subterrâneo: transformador constituído para ser instalado em
câmara, abaixo do nível do solo.
6
dispositivo de fixação à parede. Além disso, dependendo do tipo da bucha, podem ainda
incluir o condutor central e os dispositivos de ligação deste aos condutores externos da
bucha.
Coluna: cada uma das partes do núcleo paralela aos eixos dos enrolamentos, e
envolvida, ou não, por enrolamentos.
Comutador de variações: dispositivo para mudanças das ligações e derivações
de um enrolamento de um transformador.
Comutador de derivações em carga: comutador de derivações adequado para
operação com o transformador energizado, em vazio ou em carga.
Comutador de derivações sem tensão: comutador de derivações adequado
somente para operações com o transformador desenerginzado.
Conservador: reservatório auxiliar parcialmente cheio de liquido isolante. É
ligado ao tanque de um transformador de modo a mantê-lo completamente cheio e
permitir a livre expansão e contração do liquido isolante, bem como minimizar a sua
contaminação.
Derivação: ligação feita em qualquer ponto do enrolamento, de modo a permitir
a mudança da relação das tensões do transformador. Esse termo pode também ser
entendido como uma combinação de derivações.
Dispositivo de alivio de pressão: dispositivo de proteção para transformadores
em liquido isolante, que alivia a sobrepressão interna anormal.
Enrolamento: conjunto de espiras que constituem um circuito elétrico,
monofásico ou polifásico, de um transformador.
Enrolamento com isolante progressivo: enrolamento cujo isolamento cresce
progressivamente desde o nível de isolamento do terminal do neutro até o nível de
isolamento dos terminais de linha.
Enrolamento com isolante uniforme: enrolamento cujo nível de isolamento é,
em toda a sua extensão, igual ao nível de isolamento dos terminais de linha.
Enrolamento comum (de um autotransformador): conjunto das espiras que
pertencem a ambos os enrolamentos, primário e secundário, do autotransformador.
Enrolamento de alta-tensão: enrolamento cuja tensão nominal é a mais elevada
de todas. Esse termo deve ser entendido independentemente do valor numérico da
tensão em causa.
7
Enrolamento de baixa tensão: enrolamento cuja tensão nominal é a menos
elevada de todas. Esse termo também deve ser entendido independentemente do valor
numérico da tensão de causa.
Enrolamento de excitação (de um transformador de reforço): enrolamento
que excita o enrolamento-série do transformador.
Enrolamento de fase: conjunto de espiras que constituem uma das “n” partes
iguais de um enrolamento polifásico de “n” fases. Esse termo deve ser empregado para
designar o conjunto das bobinas em uma determinada coluna do núcleo.
Enrolamento de media-tensão: qualquer um dos enrolamentos de um
transformador de vários enrolamentos, cuja tensão nominal fica compreendida entre as
dos enrolamentos de baixa-tensão e de alta-tensão. A classificação dos enrolamentos de
alta-tensão, média-tensão e baixa-tensão não se aplica aos enrolamentos terciários.
Enrolamento primário: enrolamentos que recebem a energia.
Enrolamento secundário: enrolamento que fornece a energia.
Enrolamentos-série (de um transformado de reforço): enrolamento ligado em
série com o circuito cuja tensão deve ser modificada.
Enrolamento terciário auxiliar: enrolamento adicional, ligado em triangulo, de
baixa potencia em relação aos enrolamentos primários e secundários, que pode ser
ligado a uma carga. Em transformadores ligados em estrela-estrela ou em estrela-
ziguezague, pode servir ainda como enrolamento terciário de estabilização.
Enrolamento terciário de estabilização: enrolamento adicional ligado em
triangulo, que não fornece energia e se destina a estabilizar o ponto neutro e a reduzir a
influencia dos terceiros harmônicos nos transformadores ligados em estrela-estrela ou
em estrela-ziguezague.
Imagem térmica: sistema de supervisão térmica de um transformador, que dá
uma indicação local ou remota da temperatura de um ou mais enrolamentos, a partir da
medição indireta desta temperatura.
Jugo: cada uma das partes do núcleo que interliga as colunas.
Marca de polaridade: cada um dos símbolos utilizados para identificar as
polaridades dos terminais de um transformador.
Nível de isolamento: conjunto de tensões suportáveis nominais.
Núcleo: Circuito magnético de um transformador.
Parte ativa: conjunto formado pelo núcleo, enrolamentos e suas partes
acessórias.
8
Placa de identificação: construída em alumínio ou aço inoxidável, nesse
acessório constam todas as informações construtivas resumidas e normatizadas do
aparelho. Entre as informações fornecidas pela placa encontram-se: nome e dados do
fabricante, numeração da placa, indicação das NBR, potência (kVA), impedância
equivalente (%), tensões nominais (alta tensão e baixa tensão), tipo de óleo isolante,
diagramas de ligações, diagrama fasorial, massa total (kg), volume total do líquido (L).
Ponto neutro: ponto de referencia, real ou ideal, para todas as tensões de fase de
um sistema polifásico. Num sistema simétrico de tensões, o ponto neutro está,
normalmente, no potencial zero. Além disso, num sistema polifásico ligado em estrela
ou ziguezague, o ponto neutro é o ponto comum.
Radiadores: o calor gerado na parte ativa se propaga pelo óleo, onde é dissipado na
tampa e laterais do tanque. Em casos especiais, como potência elevada e ventilação
insuficiente, os transformadores são munidos de radiadores, que aumentam a área de
dissipação, ou adaptados com ventilação forçada.
Relé de Buchhols: dispositivo de proteção para transformadores em liquido
isolante, que detecta tanto a presença de gases livres quanto o fluxo anormal de liquido
isolante, entre o tanque e o conservador.
Resistencia de curto-circuito: componente resistivo da impedância de curto-
circuito.
Respirador com secador de ar: dispositivo ligado ao ambiente não-imerso em
líquido isolante de conservadores de transformadores, de modo a somente permitir a
passagem do ar externo através de elementos de filtragem e secagem, minimizando a
contaminação do liquido isolante.
Tanque: recipiente que contem a parte ativa e o meio isolante.
Terminais correspondentes: são terminais de enrolamento diferentes de um
transformador, marcados com o mesmo índice numérico e letras diferentes.
Terminal: parte condutora de um transformador, destinada à sua ligação elétrica
a um circuito externo.
Terminal de linha: terminal destinado a ser ligado a uma fase do circuito
externo.
Terminal de neutro: terminal ser ligado ao neutro do circuito externo.
9
Figura 2: Vista externa de um transformador de Potência
10
3. CONCLUSÃO
O conhecimento prévio dos diversos tipos de transformadores e seus
componentes compõe um aspecto crucial para a compreensão física e matemática de sua
modelagem. Além disso, a análise construtiva desses equipamentos deixa explícito um
conhecimento que pode ser tomado como referencial prático para técnicas que evolvem
a análise de falhas, manutenção, controle de temperatura e outros problemas que
estejam vinculados ao entendimento qualitativo dos trafos. Portanto, fica evidente que o
conteúdo abordado por esse trabalho se torna essencial como parte introdutória no
estudo dos transformadores, uma vez que abrangem de forma geral suas definições e
características.
4. BIBLIOGRAFIA
- Manual de Instruções da Comtrafo: Transformador a óleo - Força
- NBR 5356: Transformador de potência. Rio de Janeiro, 1993.
- Norma Técnica Celg D: Transformador de Potencial Indutivo – Especificações
- Eurico G. de Castro Neves e Rubi Münchow – ELETROTÉCNICA, Vol. 1,
Capitulo 8: Transformadores Elétricos.
- http://www.weg.net/pt/Media-Center/Noticias/Produtos-e-Solucoes/Transformador-
Gigante (acessado em 05 de março de 2012).
- http://pt.wikipedia.org/wiki/Transformador (acessado em 05 de março de 2012).
11