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19/08/2016

Discurso é parte fundamental da política.

Atividade política é eminentemente representativa. Mesmo qdo n há mecanismos formais de


representação, o político está sempre se colocando na posição de falar por outros.
Foucault – a luta política é a luta para se falar em nome de outros. Isso significa q eu cheguei à
posição de liderança política.

Problemas na interpretação do discurso político.


O q o político pensa em seu foro íntimo é irrelevante do ponto de vista político.
Esse discurso encarna certas/determinadas representações do mundo social.

Representações q são construídas e vinculadas a determinados interesses.

Sociedade – território de disputa entre interesses antagônicos, ou espaço de complementaridade


entre funções distintas.
Schumpeter – democracia é um método pelo qual um eleitorado q n sabe o q tá acontecendo
autoriza uma minoria a exercer o poder.

Democracia – maneira de garantir a legitimidade da eleição.

Democracia um pouco + substantiva, na qual os eleitores têm 1 pouco + de influência sobre os


eleitos.

Discurso dos líderes políticos – cada vez + autoconscientes. Qto + ele domina seu métier, mais
ele sabe falar direito.

Discurso é recebido pelo público, q o codifica de acordo com sua visão de mundo.
Dissonância cognitiva – tendemos a nos defender de ideias que contradigam nossas crenças.

Dscursos concorrentes – esses discursos são organizados pelos meios de comunicação, de


acordo com seus interesses.

Mídia – 3 condições pq definir 1 processo comunicativo como mediado pela mídia


1- Intermediação tecnológica
2- Disparidade de posições entre quem fala e quem ouve
3- Um fala, muitos ouvem.
4- Distância tempo / espaço entte emissor e receptor.

Retroalimentação entre emissão e recepção: quem discursa busca saber o q o público quer ouvir
a respeito.

O vínculo entre representantes e representados ocorre por meio de mecanismos discursivos


bastante complexos. Entender esse vínculo discursivo é entender a interação entre política e
mídia.

A influencia dos media vai muito além da política. Nossa vida cotidiana é toda moldada pelos
meios de comunicação de massa. Consumimos o discurso da mídia de forma ininterrupta.

Hegel – “A leitura do jornal se tornou a prece matinal do homem moderno”.

Transformações q a TV particularmente nos coloca: relação direta entre o movimento de liberação


das mulheres e da rebeldia juvenil e a ascensão da TV.

Os meios de comunicação acabam tendo um impacto na redução das hierarquias sociais (quando
vemos House, questionamos os médicos)

Massmedia amplia significativamente o horizonte de nossas experiências.

Dependência cognitiva – dependemos dos mm pra saber do que acontece no mundo


para nos situarmos no mundo, precisamos de informações q nos estão disponíveis via jornalismo

jornalismo – pessoas e práticas q recolhem infos de vários lugares, selecionam, empacotam e


vendem esse pacote de infos pra nós (e pros anunciantes). Esse sistema é imprescindível pra
gente se situar na sociedade. Sua principal caracrerística é a de selecionar e de hierarquizar a
informação.

Sistemas peritos – anthony giddens usou esta expressão p explicar a ideia d q no mundo
contemporâneo nós dependemos do funcionamento de sistemas q n temos ideia d como
funcionam (rede elétrica, aviões q voam etc.), mas temos relações de confiança com tais
sistemas, e pretensamente temos capacidade de adquirir conhecimentos de como manipular
esses sistemas. Confiamos desconfiando desses sistemas peritos, a partir de métodos de
aferição da competência desses sistemas peritos.
Mídia – temos q acreditar q tais fatos aconteceram, sem que tenhamos q avaliar por nós mesmos.
1- Confiança d q o fato narrado ocorreu
2- Confiança de q o q é narrado como ocorreu é o que de fato ocorreu.
3- Confiança de que a seleção do fato é adequada.
Função de Gatekeeper dos meios de comunicação (quem abre e fecha o portão pra informação
passar)

Critérios objetivos de noticiabilidade, relevância e importância de uma notícia

26/8
Discurso político
É autoconsciente. Não tem nada de espontâneo. Vai ser produzido visando a obtenção de
determinados efeitos, e vai ser testrado antes de ser levado ao público.
O objetivo não é fazer pensar, o objetivo é gerar comportamentos.
Diferentes ambientes de com vão exigir diferentes técnicas para este efeito da adesão do público.
A retórica do palanque visa a inflamar os ânimos do público, enquanto a Tv permite um contato
mais “individualizado” com o telespectador.
Understanding media – McLuhan – baixar no bookzz
Funny or die Johnny Depp interpreta Donald Trump.
Entreatos – filme do joão salles sobre os bastidores da campanha do Lula.
Dois psicólogos que estudam pesquisas de opinião pública. Daniel Kahneman e Amos Tversky
ligar com a pesquisa sobre como os títulos inlfuenciam a apreensão do conteúdo dos textos.

4 principais transformações q fazem da TV ainda hj o principal meio de comunicação c o público:

1- imagem: a imagem visual contribui para a formação da imagem pública. isso faz com q a
preocupação com a imagem seja muito maior. A imagem de juventude é positiva, em vez da
experiência.

2- untimidade: a sensação de intimidade entre o candidato e seus eleitores faz com q a distância
entre público e candidato pareça diminuir. Isso tb tem impacto na forma como os eleitores avaiam
os políticos. Eu uso p avaliar os políticos os mesmos critérios q uso p avaliar gente de meu
convívio pessoal

3- atinge um público indiferenciado: isso leva à diluição do conteúdo dos discursos, que conduz a
uma maior transparência, porém a uma superficialidade temática.
4- Velocidade (timing) a TV é uma mídia caracteristicamente ágil. O público não quer ser
aborrecido, quer 1 entretenimento que nunca pare.

Outroi fenômeno (próprio do Brasil): pq o eleitor compra o mun do de fantasia vendido pelos
candidatos?

Propaganda intransitiva  eu não tenho como avaliar se o bem q a propaganda me oferece é


bom ou não, pq não terei como consumir tal item. Mas eu avalio o produto a partir da qualidade
da propaganda.
Nelson Harcher diz q o eleitor avalia os candidatos pela propaganda.

O discurso político é sempre dialógico. Ele nunca se entende como um discurso q fala sozinho.
Ele sabe q está falando em concorrência com outros discursos, e dentre d 1 determinado
ambiente de informação. Então, ele está sempre implicitamente antecipando o q os adversários
poderiam falar, e respondendo antecipadamente as possíveis críticas (polêmica oculta).

Eleição – mecanismo q é democrático de um lado, e aristocrático de outro (no sentido de se


escolher os melhores, então eu tenho q mostrar q eu sou o melhor).
Uma das formas de mostrar q eu sou o melhor é com o discurso. Eu tenhoq me diferenciar do
discurso da mídia.

Os agentes plíticos vão se apresentar como portadores de marcas de distinção q os fazem


especiais para os cargos q eles querem ocupar.
O próprio discurso é simultaneamente 1 maneira de transmissão de conteúdos se espera q
sejam avaliados e interpretados racionalmente, mas tb é a expressão simbólica de qualidades q o
candidato pode ter.

Ver direitinho a história de tópico e foco e como o trump trabalha isso tudo...

Opinião pública
Combinação de respostas a questionários aplicados por alguém q tem interesse em obter
determinado conhecimento.
Apanhadões de pesquisas políticas são opiniões privadas q são expressas privadamente como
respostas a 1 questionário.
Habermas – mudança estrutural da esfera pública (MEEP). Reconstituição histórica, emergência
da esfera pública burguesa.
No estado absoluto, os homens do poder decidiam, e os cidadãos privados acatavam. Acreditava-
se q o público não podia ter acesso às informações governamentais por questões de segurança.
(Até o século XVIII era proibido aos jornais trazer debates do parlamento britânico). Logo, o
cidadão não pode ter opinião sobre o que rola na política.
Movimento de contestação dessa realidade = movimento de criação de uma esfera pública.
Os cidadãos privados começam, então, a julgar que têm direito de formar e expressar opinião
sobre as questões públicas. Na narrativa de Habermas sobre a Inglaterra, o grande
desencadeador disso é o café. O cidadão burguês da Inglaterra vai ter 1 rotina q inclui, às 17h, o
fim do expedienter no qual eles se reunem em cafés e conversam com desconhecidos, que ele
encontra no lugar público, sobre questões que afetam suas vidas.
Os cafés vão depender dos jornais e ao mesmo tempo vção realimentar os jornais, pois àquela
época eles recebiam cartas dos leitores e as publicavam em pé de igualdade com o material da
própria redação.
As pessoas dialogam em condição de igualdade e liberdade. A opinião pública seria o resultado
dessa troca de argumentos entre cidadãos comuns.  essa é a esfera pública ideal de
Habermas. (uma opinião que se forma em público e que reflete o espaço público). Ela pressupõe
igualdade e possibilidade de acesso ao debate q n existia nem na Inglaterra do século XVII/XIX,
nem hoje.
Opinião público, segundo Habermas, é aquela q deseja se manifestar em público.
A opinião pública gera uma forma informal de poder que constrange os governantes.
Habermas fala da colonização do espaço público qdo vc tem a introdução do conceito de
publicidade (no sentido de tornar público decisões de governo)
(Propaganda – propagação da fé)

Bourdieu defende q a opinião pública não existe.


Pesquisa de intenção de voto = pesquisa de comportamento
Opinião = julgamento.
Segundo bourdieu, a pesquisa de opinião impõe uma agenda q não necessariamente é a dos
entrevistados.

Pesquisas de opinião c estudantes franceses em 1968 – mostravam q o grupo era o + alienado e


incapaz de ações políticas na França – 3 meses depois a coisa era bem diferente – as perguntas
eram mal formuladas.
Tendemos a trabalhar c a razão razoável – o modelo acadêmico de buscar causa e efeito, por
exemplo, não funciona. Pensamos uma coisa e fazemos outra.

Posição social – Bourdieu diz q o mais importante são as não-respostas. Isso é associado a
estratificação social (mulheres X homens; pobres X ricos).
Pesquisa c amostra estratificada não tem margem de erro. Ou não deveria ter. quem margem de
erro é amostra aleatória.

Falar com Brito que a gente tem que correr atrás de um estatístico pra falar sobre essa bagaça.

A mídia recolhe pesquisas de opinião para dizer o que a mídia diz.


Neumann começou sua carreira como assessora de Goebbels. Ela escapou do tribunal de
Nuremberg e torna-se CEO do Instituo para os Estudos da Democracia. Vai trabalhar mto c a
democracia cristã alemã.
Espiral do silêncio – identificação da natureza gregária do ser humano. Precisamos viver em
coletividade, tendemos a escapar o máximo que podemos do isolamento.
Tendemos a nos adaptar ao q o grupo espera da gente, queremos ter essa sensação de
pertencimento.

Tendemos a evitar manifestar opiniões contrárias à do grupo ao qual pertencemos.


Isso nos leva a mudanças permanentes de opinião. O q vai parecer q é a maioria é aquilo q tem +
visibilidade pública.

Os meios de comunicação de massa geram essa sensação de opinião e de espiral do silêncio.


Mas os novos meios de comunicação vêm pra mudar isso (Redes Sociais).

09/09/2016
Os meios de comunicação de massa sãomajoritariamente privados, na sociedade em q vivemos.
Temos 1 utilização mercantil da com de massa. Isos define nosso sistema de comunicação.
Jornais partidários  jornais comerciais
Obj: influenciar a opinião pública  ganhar $
Grandes empresas começam a comprar grandes espaços publicitários, isso gera uma série de
tensões entre as empresas e os jornais.

A defesa clássica da liberdade de imprensa é contra a censura governamental. Mas podemos


dizer hj q a censura empresarial é mais forte do que a questão da censura estatal.
Quanto menos competitivo é o mercaod de mídia, mais claramente esse veto empresarial se
estabelece.
Dados do inicio do ano 2000 dão conta de que 80% da receita dos jornais impressos vêm da
publicidade; 20% vem das vendas de exemplares.
Com isso, boa parte do conteúdo apresentaod ao público é orientado ao público “certo”, ou seja, o
público que vai consumir determinados produtos (anunciados pelo jornal).
As escolhas jornalística ssão orientadas pela necessidade de buscar anunciantes (caderno de
informática, veículos, feminino etc)
LATimes – grande revolução na gestão jornalística. Contratou o antigo CEO da Kellog’s (que
havia demitido vários funcionários lá), que implantou uma nova política. Derrubou o muro entre
depto comercial e redação.
Ele determinou q toda página teria quer atrair anunciantes. Caso contrário, ele seria demitido.
As ações do LATimes subiram alucinadamente na Bolsa de Valores, mas isso afastou os leitores.
Em 1 ano e meio a experiência fracassou, pois o jornal perdeu muitos anunciantes.
Ao atrair público com critérios de entretenimento, a mídia deixa de cumprir com sue compromisso
de fornecer notícias relevantes.
Megaconglomerados- Time + Warner
Chateaubriand – em 1920, criou uma rede de jornais (Diários Associados) com conteúdo
nacional, com matérias transmitidas por telégrafo. Depois cria 1 rede de rádios (Rádio Tupi), que
depois dá origem à TV Tupi, e a revista Cruzeiro.
Chateaubriand passa a ter enorme influência política. Entrou na carreira política (foi Senador),
pressionou abertamente por mudanças na legislação (sobre guarda de filhos em caso de
separação dos pais, por exemplo, dps q ele se separou da mulher e queria se vingar dela.)
Foi nomeado embaixador do Brasil no Reino Unido.
Sistema de mídia que influencia o sistema político.
Contribuiu bastante para a queda + suicídio de Vargas, e para o golpe de 1964.

Organizações / Grupo Globo – nasce no início do século XX. Em 1959, JK dá a Roberto Marinho
uma concessão pra implantar um canal de TV. Renova a concessão sem havê-la implantado, e
firma uma parceria com o grupo Time Life, um contrato de consultoria (aliança disfarçada).
Jornal nacional – 1969
Afiliadas (Globo possui RJ SP DF e REC).
Confluência entre a propriedad de emissoras e a participação na esfera política: deputados e
senadores são donos de rádios, jornais e TV.
Meios de comunicação – moeda de troca na política brasileira.
Chatraubriand Foi o responsável pela criação do MASP.

16/9
Antes de 1950 – o jornalismo br era literário. Não usava o lead. Na década de 50 a modernização
(americanização) do jornalismo no brasil trouxe ao país os padrões americanos.
Com esse padrão, o txt depende cada vez menos do jornalista, e sim dos padrões de produção.
Deve ter imparcialidade, neutralidade e objetividade.

O jornalismo reconhece q n consegue ser objetivo, então insere marcadores de objetividade, uma
simulação de objetividade.

4 rituais predominantes da objetividade no jornalismo (tuchmann):


- apresentar os dois lados da história (“A imparcialidade é a objetividade que subiuno muro”)
- Apresentação evidências como suporte
- apresentar um especialista que endosse as evidências
- narrativas que apresentem uma hierarquização do que é importante. O que eu destacar é
o que de fato é importante – isso tb pode ser usado
- separar informação de opinião, sempre.

Esses rituais se reforçam pelo fato de que todos os veículos de imprensa tendem a assumi-los.

Essa busca de apresentação do material jornalístico como objwetivo é acompanhado pelos


constrangimentos próprios do processo de produção de uma notícia.
Há determinados ritmos que precisam ser respeitados, uma certa produtividade q precisa ser
alcançada.

Rotinização do inesperado (Tuchmann): o jornal deve nos apresentar auqilo que aconteceu de
inesperado do mundo.
Como o jrnalismo lida com isso? Com processos de sistematização de produção e de redução de
custos dessa apuração.
O que acontece no mundo, por mais inesperado que seja, tende a ser interpretado pelos
enquadramentos (framings) disponíveis no universo mental dos jornalistas.

Isso faz com que as difetrentes fontes em potencial do jornalismo atuem de forma ativa no sentido
de dar aos jornalistas aquilo que elas querem (assessorias de imprensa).
Fontes oficiais – têm uma credibilidade de origem. (é só pegar um dado no ministério e tá tudo
resolvido).

Isso nos leva àquilo q vários críticos da mídia vão apresentar, q é uma decadência do aspecto
mais nobre do jornalismo, o jornalismo de investigação.

No Brasil, jornalismo investigativo se confunde com jornalismo de denúncia.


O jornalista não tem o papale ativo de busca da informação, apenas está disposto a divulgar
aquilo q outros têm interesse que seja divulgado.

Nivelação dos eventos – pelo processo industrial de produção da notícia, pela necessidade de
suprir uma quantidade X de notícias todo dia, o jornalismo se torna incapaz de fornecer aos
leitores uma noção real do que eestá acontecendo no mundo. Os eventos são nivelados, a
denpuncia do lula e a abdução do papa por Ets têm o mesmo impacto numa manchete principal.

O jornalismo precisa cativar seu público. Isso leva a 2 movimentos:


1- Uniformização dos conteúdos jornalísticos – o jornalista lê os concorrentes pra se
equiparar a eles.
2- Introdução nos critérios de noticiabilidade de elementos q n são próprios do jornalismo
como tal, mas têm a ver c a necessidade do público por entretenimento

Barthes – fait divers (a informação que se esgota em si mesma).

23/9
Pluralismo é concorrente + concomitante a imparcialidade. É a ideia de que c o pluralismo o
jornalismo pode de fato ser representativo de toda a sociedade.
Robert Dahl - o q caracteriza os sists democráticos é a existência de diferentes grupos de
interesses numa esfera pública, e nenhum consegue se sobrepor aos outros.
Como governo da maioria, a democracia n se realiza, mas ela pode se realizar como o govenro
de várias minorias.
Pluralismo na mídia :
1- Pluralismo politico – as diferentes forças políticos terão suas interpretações de mun do e seus
discursos presentes na mídia
Pluralismo social – temos no mundo social diferentes posições q levam a diferentes visões sobre
este mundo.
Nossa visão de mundo pressupõe de nosso lugar nesse mundo.
Problema – o jornalismo tente a universalizar a perspectiva dos jornalistas, que vêm do mesmo
grupo (classe média, universitários etcetc)
Junção dos dois pluralismos – nem todos os interesses estão nbecesariamente representados por
outros partidos. Existem outros setores a serem representados.

O pluralismo garante q a divergência política seja apesentada ao público. As novas mídias n


alteram o fato de q existe uma concentração da mídia tradicional.
A concentração de poder é uma forma de censura.
Liberdade de imprensa – valor liberal, relativamente recente.
Liberalismo – dever do estado e da igreja proteger os súditos e os fieis à exposição de ideias
nocivas.
Aolongo do tempo, as pessoas passaram a considerar q a tutela do estado sobre as ideias não
faz mais sentido.
2 momentos cruciais para isso: pensamento inglês (John Milton, 1644) publicou 1 panfletão
airofagítica. Antes ele havia escrito um panfleto sobre divóricio, e por causa desse panfleto o
parlamento inglês estabeleceu a censura prévia . Milton foi contra isso, dizendo que: 1- se
estamos certos da razão, não precisamos temer o erro. A censura é a prova de que nós não
estmaos certos do que nós achamos, senão a gente teria a convicção de q nossa posição
venceria num debate livre de ideias. Se existe 1 debate livre, a vdd sempre vence, se o debate n
é livre, jamais a vdd vai vencer.
2- john stuart mill (Sobre a liberdade, 1859) a única justificativa de interferência individual ou
coletiva na liberdade de 1 outra pessoa é a autoproteção, ou a proteção a 1 terceira pessoa.
Esse princípio vai se aplicar à liberdade de expressão é a lib de consciência.
(a verdade existe, mas ela é intangéivel. Por outro lado, a vdd sempre se fortalece em contraste
com o erro.)
A humanidade ganha qdo as pessoas usam seu cérebro criativamente.
Mill – a liberdade de expressão não é estrita à angústia moral. O atod eu falar 1 coisa e isso
prejudicar outra, pq ela fica triste c o q eu falei não retira de mim o direito de falar aquilo.
Historicamente, havia 4 restrições principais à lib expressão, q n se sustenta mais.
1- heresia. Isos acabou, pois c o pluralismo religioso, a própria ideia de heresia perde a
centralidade.
2- razões de estado - qdo o interesse do estado está em jogo n pode haver liberdade de
expressão (Estado = portador do interesse do bem comum)
3- obscenidade – tb caduca, devido à maior elasticidade de padrões morais (questões de
sexualidade ~são questões de foro íntimo)
4- discurso de ódio.- por exemplo, gritar fogo numa sala de cinema. Ou o discursoi nazista contra
os judeus.
liberdade de expressão – é um direito coletivo. Eu sou um cidadão, eu tenho o direito de ser
informado diversamente.

30/09/2016

Imparcialidade – a narrativa apresentada pela mídia traz um retrato do mundo que não adere aos
interesses ou aos valores de nenhum dos grupos em disputa. Ser imparcial = ser isentão.
Críticas à imparcialidade – a parcialidade tem a ver com a forma como a gente vê o mundo.
Sempre a nossa visão do mundo é uma visão a partir de uma determinada perspectiva. (TVD
falando de grupos de pertencimento?)
Nossa visão de mundo é sempre formada pela nossa experiência, pelos nossos códigos e valores
incorporados a partir de nossa vivência em sociedade.

- neutralidade: eu n me importo com a sconsequências do que eu transmito.


- reflexividade: a revelação de algumas notícias faz vc mudar sue comportamento.
- objetividade: adesão ao mundo tal como ele é. Existe frequentemente 1 tensão entre
imparcialidade e objetividade.
- valores-notícia: vc escolhe o q vai ser noticiado a partir do cálculo dos valores-notícia.

3 eixos p se apresentar os valores-notícia: (capacidade q a notícia tem de atingir o seu público).


(galtung & Ruge)
Eixo do impacto
1- amplitude e proximidade. Qto maior o numero de pessoas envolvidas, maior o número daquele
fato. (número de mortos dividido pelo número de km  brinks).
2 - duração e frequência: qto mais duradouro o evento, menos valor ele tem.
3 - negatividade: fatos ruins são mais notícia q fatos bons.
4 – inesperabilidade: se 1 cachorro morde 1 pessoa n é notícia; se 1 pessoa morde 1 cachorro é
notícia.
5 – clareza : qto mais claras são as implicações de um acontecimento, qto + fácil e univoca é a
implicação desse acontecimento, mais noticiável é o assunto.

Eixo da empatia com a audiência


1- personalização: fatos retratados como fruto de ações de (ou resultados sobre) indivíduos
2- proximidade cultural – se pertence ao mesmo univerdo do leitor, terá mais valor.
3- países de elite X países não de elite: 1 terremoto na espanha é mais notícia do q um terremoto
na costa do marfim.
4 – pessoas de elite X pessoas não elite: pessoas q se destacam de outras por alguma
característica q as distingue.

Eixo do pragmatismo – vai ser notícia aquilo q é + fácil virar notícia


1- adesão aos enquadramentos prévios
2- continuidade (suíte) (downs – teoria econômica da democracia.
3- Equilíbrio das notícias nas editorias.

As escolhas subjetivas dos jornalistas são enquadradas em critérios objetivos, e tem-se que qqr
jornalista seria capaz de fazer a seleção das notícias a partir de critérios externos a ele.
Isso é questionável, pois há vários outros elementos q entram ação nessa equação.

Habermas – todo ato de fala (momento de troca discursiva) possui 4 pressupostos implícitos:
(condições de validade do discurso – consciência moral e agir comunicativo.
- compreensibilidade
- verdade (adesão ao mundo objetivo)
- correção (adesão aos valores sociais compartilhados)
- sinceridade (adesão ao univeros próprio que eu tenho)

Sinceridade - O discurso jornalístico foge da sinceridade. O jornalista produz um texot no qual


procura anular sua existência, suas questões.
Compreensibilidade – o txt jornalístico é feito em textos predeterminados, de forma a se alcançar
a compreensão pelo maior número de pessoas
Verdade = objetividade
Correção = aqiu entram Ettema e Glasser.

E&G – O q o jornalismo faz é transformar O Certo e O Errado como componentes da realidade


objetiva, e não com aplicações de critérios de valor. O jornalismo faz isso sobretudo em seus
mometnos mais nobres, como o quarto poder, como seu watchdog

O jornalismo vai trabalhar sistematicamente com a transformação dos valores em fatos.

O erro e o vício são mostrados como transgressão a uma regra – o q, ao final das contas, vai
revalidar as regras. O julgamento moral é um julgamento q fica naturalizado. Não estou dizendo
por que aqui ocorreu um erro; estou apontando: aqui ocorreu um erro.
Ao reafirmar o status quo, o jornalismo aponta o desvio como uma falha moral de determinados
agentes, o que, na maior parte dos casos, temos q o sistema pode funcionar, o problemas são os
indivíduos q agem de maneira incorreta.

Escândalo do mensalão – pessoas más, sem moral, q vão usar posições privilegiadas dentro do
aparelho do estado para se beneficiar. O q se há de fazer? Remover essas pessoas do aparelho
de estado.
Tem-se 1 personalização do vício, q é 1 problema de indivíduos isolados, e não das isntituições
em si.
Não se pensa a corrupção como uma relação entre o poder econômico e o poder político
imiscuídos.

Vc anula o entendimento de q o jornalismo é motivado por uma detemrinada motivação particular


do q é certo ou errado, e de outro lado vc nega a discussão sobre esses valores.

Bruno P W Reis
1-kantiano
2-limite
3-humano
4-ladrão
5-crime organizado

07/10/2016

Campo: bourdieu um dos eixos principais de sua obra = ideia d q o mundo social se divide em
campos. Ganhamos na compreensão do mundo social se o dividirmos em campos.
Campos são microcosmos desse mundo social com formas próprias, leis próprias. Os agentes
desses campos competem entre si por algo q eles vejam como algo bom, postivo, necessário. Por
exemplo: no campo da literatura. Há bons e maus escritores. Quem reconhece os bons
escritores? Seus pares. (Paulo Coelho é um best-selles ms n é um grande escritor, pois seus
pares não o reconhecem comotal.)

A política é um desses campos. Há agentes dentro do campo da política disputando seus


espaços. A eleição não esta na mesma hierarquia de reconhecimento de importância dos pares
políticos – os políticos têm outros critérios de valoração internos.
Quanto mais especializado o campo, mais forte a barreira entre os de dentro e os defora. Mas o
campo político se abre periodicamente aos “profanos” no momento das eleições (o campo da
política é mais poroso q o campo da matemática, por exemplo).

A mídia tb pode ser vista como um campo idem o jornalismo. Jornalistas disputam prestígio,
reconhecimento e influência. (critérios de respeitabilidade profissional).

O campo jornalístico, segundo bourdieu, tem pouca autonomia, opis sofre permanente influência
dos critérios do campo econômico ao qual as empresas jornalísticas pertencem.
Enqto no jornalismo os critérios de valoração são uns, enquanto empresa os critérios são outros.
Uma empresa jornalística q quer lucroi vai buscar publicar um material q atraia um grande
público.
Existe uma tensão presente emtodas as redações: os jornalistas tipicamente são guiados pela
disputa jornalística, mas as empresas querem lucro.
Frequentemente se faz uma crítica ao jornalismopor exte estar dominado pelos interesses
empresariais, o q seria uma das causas de sua degeneração.
Existem formas de resistência. Os jornalistas entendem q sua profissão se liga a outros fatores q
não a ana dos patrões em vender jornal.
Por outro lado, ocampo jornalístico é influenciado pelos interesses políticos, pois o jornalismo
possui uma influência nas representações do mundo social, portanto nas escolhas políticas do
seu público.
Hoje, no Brasil, essa resistência é mínima, dada a crise do setor.

Relação entre campo da mídia e campo político:


1- agenda setting
2- produção do capitla político (Bouyrdieu) – conj de atributos q fazem a pessoa ocupar posição
de prestígio em determinado campo.
Capital político delegado – ligado à ocupação de cargos públicos. Se a pessoa n for inepta,
ela sai do cargo preservando tal capital político.
Capital político transferido – o sujeito q tem um determinado capital em outro campo e
transfere esse capital para a política. Boa parte dessa transferência se passa pela mídia
(Russomano, Tiririca, Jean Wyllys, Marta Suplicy), ou então por capital familiar ou capital
econômico.
O capo político vai retrabalhar esse capital original, vai ter “taxas de conversão diferentes”.
3- a busca pelo fato político – como os meios são importantes pra promover o caompo político, os
atores políticos buscam chamar atenção para seus atos. Os agentes políticos mudam sua forma
de agir com o objetivo de chamar a atenção dos meios de comunicação – daí temos movimentos
que se modificam (e se personalizam) de forma a atender aos critérios de noticiabilidade dos
jornais.
4- fixação do campo político – o jornalismo ajuda a circunscrever a política à política. (esse
movimento é bem conservador).
Mas há movimentos q quebram isso: mov operário luta pra q suas pautas sejam consideradas
lutas políticas; idem movimento feminista, movimento ecologista.

Hiperpolitização do noticiário político – o noticiário mostra q a política é algo q gira em torno de si


mesma. Isso ocorre por vários motivos: especialização do jornalista (que só lê os acontecimentos
políticos de forma restrita à política).

Aumento da desconfiança na política. Hipóteses:


1- fim das ilusões (a mídia é importante por fornecer informações sobre os líderes políticos).
2- percepção popular correta continuada – antes as pessoas confiam nas elites políticas pq elas
eram boas; hj elas não confiam pq a elite política é ruim. Mídia tem papelk importante nisso por
favorecer candidatos de pior qualidade. A mídia faz as pessoas comuns ficarem mais
“assanhadas” : a ilusão de que estão bem informadas, elas se acham mais capazes de intervir no
jogo político.
Nossas elites se tornaram piores por sofrer a influência de uma opinião pública formada pela
televisão.
Com a TV (e, agora, a Internet), eixgimos dos políticos uma reação/resposta cada vez mais
rápida (logo, impensada) dos políticos em relação aos acontecimentos.

3- espiral do cinismo: a elite política continua boa como sempre foi, o público que se tornou
cínico, portanto mau. Todo mundo tem uma agenda secreta. Ninguém é aquilo que diz ser.
(joseph catela e Katherine Jameson dizem isso). Os jornalistas eram ensinados a serem céticos,
mas se tornaram cínicos.

O noticiário eleitoral organiza as disputas eleitorais como uma corrida de cavalos – alimentados
pelas pesquisas de opinião – ess aé a culminância da estratégia da cobertura política.  PEDIR
AO LUIS FELIPE MIGUEL O NOME DO AUTOR QUE INAUGUROU ESSA TEORIA.

Relação entre campo jornalistico e campo político – isso é uma abstração. O que existe é uma
relação entre jornalistas e políticos, que vai se dar de diferentes formas (3 formas de relações
entre J e Ps: i) testemunho dos jornalistas a eventos políticos; ii) relações mais ou menos
formalizadas entre jornalistas e políticos q claramente não existiriam se não fosse o jornalismo.
Exemplo: entrevista; iii) relação cotidiana e informal e suas fontes.

21/10/2016

A visibilidade dá saliência e relevância.


Ela é importante, e pode se dar com ou sem acesso à fala. A visibilidade c acesso à fala permite
o agendamento e enquadramento de questões.

Personagens presentes neste noticiário:


Foco concentrado no poder Executivo – isso alimenta a hierarquia entre os três poderes. Isso tb é
constatado na literatura internacional. A grande maioria dos personagens do noticiário são
detentores de cargos. Nos EUA, isto se chama “presidentecentrismo”: onde o presidente está, é
lá que o noticiário vai estar.

No legislativo, tb existe uma preferência pelos detentores de cargos:


Membros da mesa da Câmara (presidente, etc.)
Lideres de bancada
Presidentes das comissões

Especialistas (cientistas políticos, juristas e economistas), não necessariamente respeitados


entre seus pares. Sua visibilidad eé completamente diferente de seu capital acadêmico.

Quase ausência da Sociedade civil – os membros da sociedade civil estão quase sempre
ausentes do noticiário político.

Presença signitifcativa, porém bem circunscrita, de populares, que dão um aspecto folclórico
Quem apresenta argumentos numa discussão é aquele sujeito que está legitimamente num
campo político enquanto detentor de um dado cargo, ocupando determinada posição.

Os diferentes órgãos e veículos usam uma mesma matriz de entrevistados, é um produto


pasteurizado.
Com isso tem-se o reforço inclusive dos padrões discriminatórios.

Atividade
Entrar no site, pegar as oito últimas notícias mais recentes
- Para cada uma delas, indicar os personagens citados (personagem = toda e qqr pessoa
física citada, e eventualmente pode ser uma pessoa coletiva (Fiesp, PSDB etc.) mas a
pessoa coletiva só entra como personagem se ela for agente de alguma ação.
- Esses personagens serão identificados (gênero, cargo ocupado, raça, cor – branco e não-
banco).
- Dizer se o personagem tem voz ou não (a posição da personagem foi mencionada, foi
apresentada?)
- região do país ao qual ele pertence
- Para cada uma das reportagens, uma análise de 3 linhas sobre o q os daods mostram
daquela reportagem.

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