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Cabulas para Código Penal
Cabulas para Código Penal
º 1
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Artigo 294.º
Artigo 295.º
Artigo 296.º
(Fim das penas)
Artigo 297.º
Artigo 298.º
(As teorias relativas preventivas)
GÉRAL: Na parte geral desta teoria a pena visa dissuadir que a generalidade
das pessoas pratiquem crime
Artigo 299.º
Artigo 1.º 5
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(Teoria da prevenção geral negativa)
Artigo 300.º
1ª CRITICA: Naõ o funciona, por exemplo, nos Éstados Unidos, onde haé pena
de morte, eé onde existe mais homicíédios, logo a pena supostamente mais
dissuasora naõ o surte esse efeito.
Agora temos de ver, em que medida eé que o nosso CP recebe cada uma
destas teorias dos fins das penas (CP Art. 40ºe Art. 93º e o artigo 71º)
Concorrem para a resoluçaõ o da questaõ o de saber, de entre todas as teorias
dos fins das penas, quais eé que o nosso CP recebe como teoria subjacente.
Art 40 CP O nosso CP parece afastar expressamente a teoria retributiva. A
pena naõ o visa reparar os danos de culpa, nem visa retribuir a culpa.
Contudo aà quem entenda que ao contrario do que pareça, naõ o pode deixar
de se considerar que mesmo aà luz do DTO positivo portugueê s, a pena
tambeé m visa retribuir a culpa
Art. 40º n1 Refere que as penas e as medidas de segurança visam a
protecçaõ o do bem juríédico, estaé a referir-se aà prevençaõ o geral quando se
refere aà integraçaõ o do agente na sociedade, estaé a referir-se aà prevençaõ o
especial
Art. 40 n 2 refere que a culpa serve naõ o uma finalidade da pena mas
apenas para limitar a medida da pena, serve exclusivamente para definir o
circuito míénimo possíével da medida da pena, a pena naõ o existe para parar
existe para prevenir novos crimes .
Previnem-se novos crimes, atraveé s da pena na medida da culpa ai o agente,
naõ o se pode prevenir para alem ao que seja a sua culpa concreta revelada na
praé tica do facto.
Haé um artigo do professor Sousa Brito em que este procura demonstrar que
mesmo depois do art. 40º, a pena tambeé m visa retribuir a culpa, com
fundamento do artigo 71º, n1CP que ao contraé rio do art. 40º coloca lado a
lado, a culpa e a prevençaõ o.
Mas, este argumento naõ o eé decisivo, porque o artigo 71º diz que na definiçaõ o
da pena concreta, devemos atender aà funçaõ o da culpa e isso naõ o faz com que
Artigo 301.º
Nullum crimen, nulla prenna,sine lego ( art 29 CRP) - Naõ o haé crime, nem
pena, sem lei
Todo o sentido fundamental do princíépio da legalidade eé garantistico, tem
por objectivo a defesa o arguido contra eventuais abusos
A lei soé pode intervir para restringir ou limitar direitos, liberdades e
garantias fundamentais quando isso se revela absolutamente imprescindíével
para acautelar outros direitos taõ o fundamentais
O princíépio da legalidade divide-se em 4 sub princíépios:
. Preé via
. Stricta
. Certa
. Scripta (escrita)
Assim podemos dizer que: (naõ o pode haver crime sem lei)
a) Naõ o pode haver crime sem lei (scripta)
b) A lei que define crime tem de ser uma lei precisa (certa)
c) Proíébe-se a retroactividade da lei penal (previa) art. 29º Nº.1
d) Proíébe-se a interpretaçaõ o extensiva das normas penais (stricta)
incriminadoras
1 - Naõ o haé crime, nem pena sem letra preé via:
Condiciona a aplicaçaõ o da lei no tempo das leis penais, faz-se em termos
substancialmente diferentes, das do art. 12º CC
2 - Naõ o haé crime, nem pena sem lei escrita:
Influencia o problema das fontes de Dto. Penal, para que se possa falar em
crime este teraé de estar previsto no Dto. Penal
3 - Naõ o haé crime, nem pena sem lei estrita:
Condiciona o problema da interpretaçaõ o e integraçaõ o das normas penais,
saõ o limites diferentes daqueles que resultam do art. 9º CC
4 - Naõ o haé crime, nem pena sem lei certa:
ÉÉ o problema da tipicidade em sentido restrito condiciona o problema da
formulaçaõ o da lei penal, dirige-se ao legislador, este estaé sujeito a regras
muito mais exigentes. O legislador naõ o pode descrever a conduta com
preceitos gerais e indeterminados.
ÉÉ necessaé rio ter em atençaõ o ao sub princíépio da lei preé via (naõ o haé crime,
nem pena sem lei previa).
Ém mateé ria de aplicaçaõ o retroactiva das leis penais desfavoraé veis ao
arguido.
Leis penais posteriores ao facto, favoraé veis ao arguido, saõ o
obrigatoriamente aplicaé veis retroactivamente.
Artigo 1.º 7
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Éstes saõ o dois princíépios com natureza constitucional, vinculativos ao
legislador ordinaé rio.
(art. 29º nº.4) Éstudemos o art.2º nº.2 e nº.4 do CP
Art.2º Nº.2: cabem as hipoé teses em que a lei nova descriminaliza o facto. A
consequeê ncia eé a de que, se ainda naõ o foi julgado, o processo eé arquivado, se
jaé foi julgado e estaé preso tem de ser libertado.
Art.2º nº.4: cabem as hipoé teses em que o facto, continuando a ser crime eé
concretamente, menos punitiva. A nova lei aplica-se apenas aos aos casos
que ainda naõ o tenha sido objecto transitada em julgado.
Artigo 302.º
SUMA:
A interpretaçaõ o extensiva em normas incriminadoras naõ o eé possíével. Soé eé
possíével, no aê mbito de normas incriminadoras uma interpretaçaõ o
declarativa lata.
Admite a interpretaçaõ o restrita
8 Código Penal
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Afirma-se que naõ o eé possíével integrar lacunas por analogia. O juiz pura e
simplesmente julga absolvendo.
Pode-se fazer interpretaçaõ o extensiva, mas com limites
Naõ o se aceita que se faça uma interpretaçaõ o interpretativa restritiva de
normas penais favoraé veis, isto porque, a ser possíével diminuir-se-ia o campo
de aplicabilidade destas normas favoraé veis, o que significa aumentar o
campo de punibilidade.
Artigo 303.º
(Quanto á analogia)
Artigo 304.º
(Leis penais em branco)
Artigo 305.º
a) A lei (escrita)
Aqui estaé a tal decorreê ncia do princíépio da legalidade “nullo crimen nulla
poena sihe lege scripta “ (art.165º CRP)
b) Costume
Como fonte de incriminaçaõ o naõ o eé admissíével em Dto. Penal, de contrario
violaria o disposto no art. 1º do CP, e arts.29º e 165º nº.1 CRP,
nomeadamente estaria a violar o princíépio de representatividade politica e
da reserva da lei formal.
No entanto o costume tem valia quando visa, naõ o criar ou agravar a
responsabilidade penal do agente, mas quando a sua intervençaõ o resulte
beneé fica p/o agente, ou seja, quando o costume se venha traduzir no aê mbito
de uma norma favoraé vel, isto eé , quando o costume de alguma norma venha
atenuar ou entaõ o excluir a responsabilidade criminal do agente
c) Jurisprudeê ncia
Naõ o eé fonte imediata do Dto., mas sim fonte imediata. Corresponde ao
conjunto das opinioõ es dos eminentes penalistas.
Reconduz-se aé aplicaçaõ o da lei ao caso concreto. Haé uma grande tendeê ncia
para que os tribunais se orientem por decisoõ es anterior
d) Doutrina
Naõ o eé fonte imediata do Dto., mas sim fonte imediata. Corresponde ao
conjunto das opinioõ es dos eminentes penalistas.
e) Fontes do Dto. Internacional – Tratados
Saõ o fontes do Dto. Penal, tal como a lei, porque depois de todo o processo de
assinatura, aprovaçaõ o, ratificaçaõ o, eles entram na ordem juríédica nacional
como lei escrita.
f) Aplicaçaõ o da lei no tempo
10 Código Penal
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Naõ o haé crime sem uma lei anterior ao momento da praé tica do facto que
declare esse comportamento como crime e estabeleça p/ele a
correspondente sançaõ o.
Ém direito penal origina portanto a lei do movimento da praé tica do facto.
Mas a aplicaçaõ o externa ou exacerbada deste princíépio poderia levar a
situaçoõ es injustas, donde o princíépio geral em mateé ria penal eé a de que as
leis penais mais favoráveis aplicam-se sempre retroactivamente.
1º. Os factos saõ o julgados aà luz da lei que o vigora no momento da praé tica do
facto.
2º. Se a lei posterior for desfavoraé vel ao arguido nunca se aplica. Éxiste um
ultra actividade da lei penal, porque se aplica sempre a lei mais favoraé vel ao
arguido. Isto sucede porque o agente criminoso naõ o pode ser punido por
uma pena superior aà quela que ele esperava contar (art. 29º nº.4 do CRP
(Principio da segurança juríédica)
3º. Se estivermos perante um crime continuado ou permanente, que se
inicia na lei anterior e acabe na vigeê ncia da lei nova, os factos saõ o julgados
perante e lei em vigor (se os pressupostos tiverem acontecido na vigeê ncia
dessa lei). (aqui falamos na necessidade da pena se o legislador mudou a lei
era porque achava necessaé ria criminalizar tal acto ou descriminalizaé -lo).
4º. Se estivermos perante uma lei intermeé dia esta soé deveraé ser aplicada se
tiver conteué do mais favoraé vel ao arguido, devido ao princíépio da igualdade
(art.2º nº.2)
5º. Lei Temporária Saõ o as leis que marcam aà partida (art.2º nº.3) o seu
prazo de vigeê ncia, saõ o as normas que se destinam a vigorar durante um
determinado períéodo de tempo prefixado Para o Prof. Taipas de
Carvalho só é lei temporária se se verificar 2 pressupostos:
»»» Press material: que lei delimite que a proé pria lei e temporaé ria
»»» Press formal: a lei teraé de dizer o tempo de vigeê ncia
Contudo, para o Prof. Figueiredo Dias soé eé necessaé rio verificar-se o
pressuposto material.
Poõ e-se o problema do art.2º nº.3 ser inconstitucional. Naõ o seraé
inconstitucional porque aqui o que sobressai eé a necessidade da pena. A
caducidade da pena verifica-se quando o facto em si naõ o seja verificado do
mesmo modo quando a lei estava em vigor.
6º. Problema da lei revogatoé ria ser inconstitucional e a proé pria ser mais
favoraé vel.
Haé quem diga neste caso que a lei sendo inconstitucional naõ o pode ser
aplicada mesmo que seja mais favoraé vel.
Quando ocorre um facto no momento em que a nova lei eé inconstitucional,
como se deve fazer?
Pensa-se que naõ o se pode aplicar a anterior porque no momento em que o
autor fez o pacto naõ o contava c/ aquela lei mas sim c/a lei inconstitucional.
Artigo 1.º 11
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Resolve-se desta forma: o autor naõ o eé julgado pela lei inconstitucional e
tambeé m naõ o eé julgado pela pena anterior. Aqui, neste caso se o autor naõ o
pode contar c/a lei anterior mais gravosa exclui-se a culpa ao autor pois
quando este agiu, pensou que se aplicaria a lei nova (que foi dada como
inconstitucional).
Artigo 306.º
Quando uma lei revogatoé ria despenaliza certo acto e que tipifica tal acto,
seraé necessaé rio que esta lei tenha uma indicaçaõ o do Dto. Transitoé rio, ou seja
uma indicaçaõ o sobre a sua aplicaçaõ o da lei no tempo.
Teraé de ter uma disposiçaõ o que diga em que casos saõ o que a lei eé retroactiva
(decisaõ o do Supremo Tribunal).
Ésta disposiçaõ o derroga o art.2º do Dec-lei 433/82. Contudo, soé com a
autorizaçaõ o da ASS. Repué blica eé que a lei de disposiçaõ o pode derrogar o art.
2º da lei 433/82.
Ésta lei naõ o eé considerada vaé lida se naõ o existir esta autorizaçaõ o da ASS. Rep.
Contudo nos trabalhos preparatoé rios realizados para a construçaõ o da lei, haé
quem entenda que naõ o seraé necessaé rio que seja expressa a revogaçaõ o.
Artigo 307.º
(Aplicação da lei no espaço)
Artigo 308.º
concurso de infracçoõ es, sempre que o agente com a sua conduta cometa uma
pluralidade de infracçoõ es. As quais podem produzir o procedimento de
vaé rios crimes, ou do mesmo tipo mais do que uma vez.
Artigo 1.º 13
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A teoria do concurso permite extinguir os casos nos quais as normas
requerem uma aplicaçaõ o conjunta, das situaçoõ es em que o conteué do da
conduta eé associado por uma ué nica norma.
CONCURSO ÉFÉCTIVO
OU
CONCURSO DÉ CRIMÉS· Constitui a situaçaõ o em que o agente
comete efectivamente vaé rios crimes e a sua responsabilidade contempla
todas as infracçoõ es praticadas.
CONCURSO APARÉNTÉ
OU
CONCURSO DÉ NORMAS· Uma vez que a conduta do agente soé
formalmente preenche vaé rios tipos de crimes afasta a aplicaçaõ o de outro ou
outras de que o agente tenha tambeé m preenchido os elementos tíépicos.
Ém rigor naõ o se pode falar em concurso de crimes, mas taõ o soé em concurso
de normas
A Relaçaõ o de concursos aparente consagra-se por conexaõ o de subordinaçaõ o
e hierarquicamente, podendo identificar-se essencialmente 3 tipos de
relaçoõ es:
1) RÉLAÇAÃ O DÉ ÉSPÉCIALIDADÉ
Uma norma encontra-se numa relaçaõ o de especialidade em relaçaõ o a outra
quando acrescenta mais um tipo incriminador, naõ o a contradizendo contudo.
Neste sentido, veê -se que por força de uma relaçaõ o de especialidade em que
as normas se podem encontrar, tanto pode subsistir a norma que contenha
a moldura penal mais elevada, como norma que contenha a moldura penal
mais baixa.
2) RÉLAÇAÂ O DÉ SUBSIDIARIÉDADÉ
Nos casos em que a norma veê a sua aplicabilidade condicionada pela naõ o
aplicabilidade de outra norma, soé se aplicando a norma subsidiaé ria quando a
outra naõ o se aplique. A norma prevalecente condiciona de certo modo o
funcionamento daquela que lhe eé subsidiaé ria.
3) RÉLAÇAÃ O DÉ CONSUNÇAÃ O
Quando um certo tipo legal de crime faça parte naõ o por definiçaõ o do coé digo,
mas por uma forma caracteríéstica, a realizaçaõ o de outros tipos de crime, ou
seja, quando tem uma definiçaõ o tíépica suficientemente ampla que abrange
os elementos da descriçaõ o tíépica da outra norma (matar aà paulada).
Artigo.º309
(Teoria da infracção penal)
Se for um médico que omite a acção e que possa salvar o doente, é homicídio.
Tem de se verificar se este que omitiu devia agir:
Se for um pai que omita a acção p/salvar um filho, é homicídio.
Art.200º ou deve ser tida c/acçaõ o activa (art.10º nº.1 + art 1º)
NÉGLIGÉÂ NCIA: Para existir eé necessaé rio actuar sem cuidado a que estaé
obrigado e de que eé capaz.
Artigo 310.º
(Erro sobre o objecto / identidade física)
(Responsabilidade Criminal)
Quando há erro sobre o objecto, esse erro indicia o concurso entre crimes,
aquele de que o agente tem dolo na forma tentada e aquele que ele consuma
de forma negligente (concurso efectivo real).
ERRO NA EXECUÇÃO / ABERRATION ICTUS O agente naõ o consegue
sequer, com a sua acçaõ o, alcançar o objecto que se pretendem atingir e
atinge um objecto diferente.
A sua acçaõ o vai produzir os seus efeitos num objecto de acçaõ o, a que a acçaõ o
foi dirigida (ex: falha a pontaria).
(Resp. criminal)
Neste erro pune-se sempre em concurso entre a tentativa e o crime
negligente consumado. (se se verificar os elementos da tentativa e os
elementos do crime).
Artigo 1.º 17
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Uma aberration ictus indicia sempre a possibilidade de punir em concurso,
se se verificarem os requisitos de punibilidade, haé que ver se aquilo que ele
estaé a tentar atingir eé crime e haé que ver se aquilo que ele realmente atinge
na forma negligente estaé tipificado como crime na forma negligente. (ex: A
pretende matar B com uma bomba no carro mas eé C que morre).
A eé punido em concurso efectivo real pela tentativa de homicíédio de B e pelo
homicíédio consumado de C
Artigo 311.º
(Erro sobre o processo causal)
Legitima defesa· Para saber se estamos perante um faço praticado pelo qual
se excluíéa a ilicitude atraveé s de legíétima defesa eé necessaé rio estarem
reunidos 3 pressupostos:
18 Código Penal
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Defendi)
Art. 17º
- Se o erro naõ o for censuraé vel exclui-se a culpa
- Se o erro for censuraé vel eé punido c/ a pena prevista p/o crime doloso, mas
a pena pode ser atenuada (art.17º nº.2 do CP)
Para que a ilicitude seja excluíéda seraé necessaé rio reunir os pressupostos
objectivos (art.16º nº.3) e o elemento subjectivo (art.32º)
Ou seja,
Teraé de se verificar os pressupostos da puniçaõ o da negligeê ncia:
Tipificado na lei