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Broquilho/Borquilha

1.
O mesmo que bruzel/bruzelo (brutamontes).
Não te faças broquilho/a. Faz-te homem sabedor!
Indivíduo do campo de vestuário e maneiras pouco apuradas.

2.
Alcunha dada aos naturais da freguesia do Porto da Cruz. Sentido pejorativo:
pessoa pouco instruída. Sujeito novo, desajeitado.
3.
Diversos autores defendem como um populismo regional da Madeira, como «banano» (pessoa
ou coisa muito grande); «broquilho/burquilho» (bruto).

4.
A Associação Flores de Maio desenvolve «um trabalho voluntário de recolha do património
imaterial, revisita a memória e alma do povo “broculho” (forma popular de “borquilho”),
alcunha coletiva pela qual são conhecidos os habitantes do Porto da Cruz».
5. Borquilho é aquele que tem as pernas tortas. Cambaio.

6.
«Dispensa Matrimonial de Francisco Minho, natural da freguesia de Santa Maria da Azinheira
da vila de Borquilhos, Reino de Espanha e Rosa Maria, natural da freguesia de S. Pedro do
Corval, termo de Reguengos de Monsaraz».
7.
Segundo Miguel Albuquerque, Sérgio Marques “não é nenhum Broquilha”, numa referência à
questão das ribeiras do Funchal.

8.
Em 1846, «Broquilha», diminutivo de boca, resulta de «Broquilhada».
9.
A obra «Tratado descritivo do Brasil» (1587), contém referências ao Brasil colonial, onde
encontramos: «O gado bovino apresentava semelhança com a raça Garaneza, provavelmente
introduzida no Nordeste pelos franceses, e com a, descendente direta dos animais dos troncos
lusitanos: o Bos taurus. Ana Pimentel, mulher de Martim Afonso de Souza, importou o primeiro
plantel: bois capados, vacas fuscas, alvasãs, Broquilhas, vacas parideiras, vacas com suas
crianças».

10.
Borquilha/Broquilha
«Os indivíduos da cidade cunharam termos genéricos e depreciativos que significam
“rústico, incivil ou bisonho”, tais como “labrego”, “vilão” e “borquilho”, este último
também usado para apontar “habitantes de qualquer das outras freguesias do Norte da
Ilha”, à semelhança de “norteiro”.
Aos do “campo”, é provável que lhes tenha ocorrido criar neologismos de sabor popular,
como “funchaleiro”, “cidadense” e “cidadeiro.»

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