- Sobre a obra de Martins Pena, escreveu o crítico e ensaíst a Sílvio Romero (1851- 1914): "(. ..) se perdêssemos todas as leis, escritos, memórias da história brasileira dos primeiros 50 anos desse século XIX, que está a findar, e nos ficassem somente as comédias de Martins Pena, era possível reconstruir por elas a fisionomia moral de toda esta época. (...) parece que o dramat urgo brasileiro est á vivo entre nós e escreveu hoje as suas comédias”. - Bem por isso, Martins Pena tem sido considerado a maior figura do teatro nacional no século XIX, e uma das mais importantes de toda a nossa dramaturgia. - Independência do Brasil em 7 de setembro de 1822 , proclamando como i mperador do Brasil D. Pedro I. - A peça foi escrita provavelmente entre 1833 e 1837. - É o criador da comédia de costumes no teatro brasileiro e um dos primeiros a retratar o processo de urbanização no século XIX . - Por varias vezes Martins Pena se inspirou em fatos verídicos para compor sua obra, e com extrema pericia refletia em sua obra o ambiente brasileiro da época, com seus ridículos, tipo, costumes e fatos correntes. - Uma curiosidade sobre o rio de janeiro imperial é que a cidade foi habitada por uma grande quantidade de ciganos. A antiga Rua dos Ciganos é hoje a Rua d a Constituição, e o Campo dos Ciganos, hoje é a Praça T iradent es. Martins Pena voltou a sua atenção aos ciganos que exerciam os ofícios de caldeireiros e lampistas, como também a malandragem e furtos . Obs: Caldeireiro = Profissional da área metalúrgica / Lampista = fabricante de lampiões e lanternas . - Na peça aparecem dois ciganos que querem enganar um roceiro vendendo- lhe uma joia falsa. Enquanto um com sua lábia encarna um vendedor pilantra, o outro cigano se passa por entendedor de joias, assim conclui ndo seu plano de ludibriar o mineiro. Em seguida retrata o contato das pessoas do interior com os cidadãos urbanos .