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Sua Rotina de
Estudos no
Trombone
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Avisos Legais

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Copyright 2017 Todos os direitos reservados - Professor Artur Fernandes

Publicado em março de 2017.

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Sumário
Avisos Legais ...................................................................................................... 2
Introdução.......................................................................................................... 4
Conceitos básicos ............................................................................................... 7
Montando sua rotina ....................................................................................... 11
Aquecimento................................................................................................. 11
Estudo de fundamentos ................................................................................ 14
Produção de repertório ................................................................................. 19
Dúvidas frequentes .......................................................................................... 20
Dicas adicionais ................................................................................................ 25
Quer saber mais? ............................................................................................. 27

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Introdução

Antes de mais nada, me chamo Artur José Fernandes, vulgo “Professor Artur
Fernandes”. Sou bacharel em trombone pela Universidade do Estado do Paraná,
e sei das dificuldades de acesso à informação direcionada para instrumentistas,
especialmente na nossa língua.

Por esta razão, decidi partilhar do meu aprendizado criando este e-book, com
intuito de te auxiliar a montar uma rotina de estudos sólida, que, se aplicada com
persistência, certamente trará resultados.

Vou começar pelas perguntas e afirmações mais frequentes que vocês (e eu) já
se fizeram durante a jornada de aprender e se desenvolver no trombone. “Por
que cheguei aqui e não consigo tocar melhor?” “Por que os outros fazem (vídeos
youtube, performance ao vivo etc...) e eu simplesmente não consigo?” “Por que
para mim tudo parece difícil?” “Será que meu problema é o meu instrumento
(marca, modelo, tamanho)? Ou será meu bocal?” “O que é apoio?” “Fluência,
que troço é esse?” “Buzzing? Nunca fiz.” “Nota longa não serve para nada!”
“Escalas, é coisa para iniciante!” “Método, tenho vários!” E etc...

Poderia seguir com esta lista por um bom tempo, vou poupá-lo por agora...

A grande pergunta que você deve ter se feito para estar lendo este material é
“como posso melhorar no trombone através de informação? Isso é possível? ”,
e eu respondo: é sim! Informação vai abrir muitas portas para seus estudos e te
fazer pensar de forma diferente, encarando problemas de uma outra maneira.

Mas então você enfrentará problemas? Sim, muitos, mas fique tranquilo, aqui
vou colocar todas as experiências que me auxiliaram a resolver problemas de

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natureza básica. No fundo nós temos problemas ou por falta de acesso, ou


interesse, tempo, instrução...

Gostaria de lembrá-los que o trombone


foi criado no período Barroco, e pra
quem não sabe quanto tempo faz, já
vou dizendo que aproximadamente
250 anos, isso torna o trombone um
instrumento bem antigo. Claro que
sofreu evoluções, mas a base do
instrumento ainda é um tubo cilíndrico
deslizante com duas extremidades,
uma menor (bocal) e outra maior
(campana), que necessita de vibração
dos lábios para produzir as frequências
(notas). Então a partir desta afirmação
cabe uma reflexão: nada neste
instrumento (e na grande maioria dos outros também) será rápido como um
clique no “mouse”, tudo será como a “construção de uma casa”, onde se constrói
primeiro a fundação (base), que sustentará o peso e estrutura da casa, as
paredes e pilares, que sustentarão a laje e por fim, protegendo toda a casa, surge
o telhado, para manter a integridade da construção (casa). Mas o que a casa tem
a ver com o trombone? Só tudo!

Toda a informação que temos acesso (internet, cds, teatro) é uma “faca de dois
gumes”. Por um lado pode mudar sua referência (o que é bom) mas por outro
pode dar uma falsa ideia que é rápido chegar a determinado resultado.

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Mas vale relembrar que nada é rápido no trombone. Então se você assiste um
vídeo ou outro de grandes performances de músicos fantásticos, eu quero que
você avalie também o quanto de trabalho e tempo este músico teve para
construir algo tão poderoso afim de te impressionar, afinal, talento não te leva
longe sem orientação e estudo!

Outra dica importante, o que faz um grande músico ser visto como o tal não é
apenas sua capacidade física ou técnica, mas também a capacidade de fazer
parecer fácil o que é realmente difícil, e é por isso que somos “enganados” por
estes artistas. Ressalto que todos nós temos limitações, porém nenhuma delas
é instransponível, pois ao longo dos anos descobri que a mente é responsável
por 100% de tudo que você produz no instrumento. Sério Artur? Sim, muito
sério, se você for capaz de treinar seu cérebro afim de produzir um resultado X,
com um método e orientação adequados, é certo que você chegará lá.

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Conceitos básicos

Então vou começar pela fundação


da nossa casa: a respiração.

Falar de respiração é muito fácil,


agora fazer uma boa respiração exige um pouco de treino e persistência, pois se
você é autodidata, vai precisar gravar o que você estuda para perceber as
diferenças. Importante dizer que nem toda mudança já é para melhor, às vezes
podem ser ruins, porém insistir e acreditar que está no caminho certo fará seu
cérebro auxiliá-lo para acomodar as coisas no seu devido lugar trazendo à tona
o resultado esperado.

A pergunta que você deve se fazer sempre é “COMO ESTUDAR X, Y OU Z?”. E já


vou responder como pensar e estudar respiração.

Quanto mais natural a entrada e a saída do ar (sem tensão), melhores resultados


serão alcançados. Se parecer que o AR não sai, o problema está na sua mente,
concentre-se na saída do AR sem desfigurar as notas musicais, buscando gastar
mais energia (AR) nas frases musicais ou estudos. Uma sugestão simples para
estudar são as notas longas, afinal, não tem muitas trocas de notas que podem
gerar dificuldades que não estão diretamente relacionadas ao estudo em
questão, então uma nota longa pode resolver possíveis conflitos. Mas lembre-se
que não é para tocar forte! Toque com um volume médio pensando em um som
bonito e grande, e procure se concentrar na saída do AR e na beleza sonora.

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E se o AR não entra, o problema está também


na sua mente (olha ela de novo), procure fazer
uma respiração lenta e grande sempre que for
iniciar algo que você for tocar, concentre-se
neste detalhe e ao longo do tempo você não
precisará se preocupar com a entrada do seu
AR. Mas é só isso? Para uma base sim, algumas
das técnicas a serem faladas aqui tem muito
mais a ver com hábitos do que com estudos.
Troque hábitos ruins por bons hábitos!

“Algumas das técnicas a serem


faladas aqui tem muito mais a ver
com hábitos do que com estudos.”

O próximo assunto tem conexão direta com a respiração, a fluência. Pode ser
comparado a falar um novo idioma, no início você não está fluente e ao longo do
uso habitual desta nova língua você passa a ser fluente neste novo idioma. A
palavra chave para uma ótima fluência é controle, “fluir” é deixar o AR sair
relaxadamente, ou seja, garganta aberta, “apoiado” (será explicado
posteriormente) e um fluxo de
ar constante e sem flutuações.
Um bom exercício para
verificar e treinar a fluência é
um exercício com início de
uma nota longa ligada a
algumas semicolcheias onde

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se utiliza articulação com a língua (TA, RA, DA). Se a “cor” do som muda, se
comparado à nota longa, quando você passa a fazer as notas articuladas, mostra
que ao usar a língua o fluxo está parando. Procure sempre deixar as notas com
a mesma “cor” e qualidade, seja longa ou articulada.

Falei até agora de bases e continuando nesta ideia vou falar de embocadura.
Existe inúmeras formas de se interpretar como produzir o som através da
vibração dos lábios, umas mais flácidas, outras mais firmes. Por experiência
própria não existe maneira correta de ter
uma ótima embocadura, porém vale
ressaltar que deixar ela ao “relento”
também não resolve, você precisa de algo
que funcione em várias pessoas
comprovadamente e use-o como guia. Não
crie formas de soprar diferentes de
maneira que ninguém as use. Existem
basicamente 3 formas de interpretar a
embocadura. Uma firme, outra flácida e outra mista. Quando estou falando de
firmeza estou me referindo ao canto dos lábios firmes (duros), a mista pode ficar
flácida ou rígida de acordo com a exigência musical e por último a flácida que
está sempre mole.

Vou me ater à forma firme ou rígida. E digo o porquê. Em inúmeros métodos,


aulas e workshops pouco se fala sobre embocadura, mas quando se fala é
sempre que os cantos dos lábios devem estar firmes durante toda a
performance. Então se você ainda não parou para estudar isso sugiro que
estude, pois fará grande diferença na qualidade sonora. Um alerta, no começo
não será mil maravilhas, o som ficará estranho a sensação de tocar algumas

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notas mudará. Mas insista,


o resultado aparecerá. E
como estudar isso? Use
sua mente, concentre-se
na firmeza do canto dos
lábios durante sua rotina
de estudos em todos os
registros, seja vigilante no
início e logo perceberá os resultados (meses).

Mas nada disso se faz importante ou relevante se você não tiver uma rotina de
estudos que apoie estes conceitos. E por esta razão vamos montar juntos uma
rotina que esteja ao seu alcance e que o leve a seus objetivos.

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Montando sua rotina

Aquecimento

Vamos começar pelo aquecimento:

Alongamento pode ser uma


boa forma de começar seus
estudos, pois alongar músculos
vai relaxar sua musculatura
podendo aproveitar ao máximo
o seu vigor físico. Comece por
braços, ombros, tríceps, pulso,
dedos, passando para tronco e costas. Onde você pode encontrar isso? Na
INTERNET, mas você encontrará neste link um vídeo no meu canal do YouTube,
mostrando por onde começar. Isso deve levar cerca de 5 minutos no máximo,
então vai anotando.

Um lembrete, sempre que estiver cansado ou com sinais de cansaço, dores


musculares, dormência e qualquer sinal não natural do seu corpo, pare e
descanse, pois a longo prazo esses “desconfortos” podem causar lesões sérias,
então se cuide.

Intervalos devem ter proporções de acordo com o tempo de estudo, quanto mais
tempo você estiver estudando, maior seu intervalo deve ser. Considere cerca de
15 minutos como um bom intervalo. Eles (intervalos) farão com que sua
circulação sanguínea volte ao normal e os músculos relaxem.

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Respiração pode ser o próximo passo na sua rotina. Após os alongamentos seu
corpo estará pronto para começar a carregar o peso de tocar um instrumento.
Isso mesmo, tocar um instrumento de sopro requer um preparo físico
considerável, não quer dizer que fará de você um atleta, não ao menos a ponto
de concorrer nas olimpíadas, mas farão
de você um atleta do sopro.

A respiração consiste em três zonas: a


baixa, a média e a alta. A baixa está na
parte inferior do seu tronco, próximo às
vísceras. Nesta parte está “o apoio” que
tanto se fala para tocar ou cantar. A
respiração média está próxima à localização do coração e a alta, nos ombros e
parte superior do peito. Cabe ressaltar que qualquer respiração precisa do uso
total da circunferência do corpo, isso quer dizer frente e costas.

Agora vou descrever como usar a parte baixa da respiração pois esta técnica
consiste em copiar a mesma técnica que cantores utilizam para cantar, e sendo
extremamente eficiente, será a escolhida a ser transcrita.

Quando respiramos para falar não é o mesmo tipo de respiração usada para
tocar ou cantar, ela precisa de resistência, condicionamento, força e controle.
Uma ótima dica é pensar que tem que engolir o ar ou puxar com certa força o ar
para dentro do seu corpo. Se você sentir seu abdômen se mover ao respirar
desta forma você está no caminho certo. Tenha consciência que a respiração é
extremamente importante para melhorar tudo no instrumento de sopro, não à
deixe de lado nos seus estudos nunca!

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“Tenha consciência que a respiração é


extremamente importante para melhorar
tudo no instrumento de sopro”

Neste momento do seu aquecimento já deve ter se passado cerca de 30 minutos


entre exercícios de respiração e alongamentos, nos deixando com 15 minutos
para completar 45 e assim fazer um intervalo. Esta quantidade de tempo é ideal
para fazer “Buzzing”, ou seja, zumbido no bocal. Consiste em um estudo que
simula as frequências sem o uso de todo o instrumento, somente com o bocal.

O buzzing foi muito importante para o início do meu aprimoramento como


instrumentista, ajuda no controle da respiração (saída do ar) e aumenta sua
resistência, pois o exercício de buzzing, diferentemente de quando você está
tocando no instrumento, requer mais esforço muscular uma vez que a boca fica
um pouco mais fechada pela diferença de pressão. No instrumento a pressão é
maior, consequentemente os lábios ficam mais abertos, e com o buzzing há
(praticamente) ausência de pressão, o que faz com que os lábios fiquem mais
próximos um do outro.

Eu postei um vídeo no meu canal do YouTube


(neste link) que contém uma ótima rotina de
buzzing, o qual você poderá assistir inúmeras
vezes e fazer comigo minha rotina diária
desses exercícios sem sair de casa! Na
descrição do vídeo você poderá se cadastrar e
baixar gratuitamente os exercícios escritos.

Após esses exercícios faça um intervalo de no mínimo 15 minutos.

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Estudo de fundamentos

O próximo passo pode variar, mas a escolha sábia seria fazer notas longas,
verificando a firmeza do canto dos lábios com som continuo e sem tensão.

Sempre quando for estudar, se não for um estudo específico para forte e fraco,
prefira fazer numa dinâmica confortável (meio forte ou fraco).

Sugestão de exercícios de nota longa

O exercício consiste em tocar uma nota na primeira posição e abrir o tubo até a
sétima posição em legato natural (sem língua), não cresça, não deixe o som abrir
e a qualidade sonora tem que ser a mesma durante toda a abertura do tubo.

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Legenda

A B C D E F G
La Si Do Re Mi Fa Sol

Ab Bb Cb Db Eb Fb Gb
Lab Sib Dob Reb Mib Fab Solb

Um exemplo seria tocar o Bb 2 (1° espaço suplementar superior) e abrir o tubo


a fim de encontrar o E 2 (3° espaço), respirar e fazer o contrário do E para o Bb.
Passo a passo: Respire, toque Bb por 2 pulsos, abra o tubo até chegar na 7°
posição (E), respire, toque E (7°posição) por 2 pulsos e feche o tubo até encontrar
o Bb na 1° posição. Esse exercício com 1 pequena variação deve levar cerca de 5
a 10 minutos.

Flexibilidade é ótimo para a sequência, visto que seu corpo já aqueceu o


suficiente para o trabalho do dia. Exercícios de flexibilidade devem ser feitos com
certa regularidade, de 3 a 5 vezes
por semana. Diferente de
intervalos, a flexibilidade aprimora
a velocidade e adequação do seu
aparato musical (boca, respiração,
língua, postura...).

O exercício a seguir usa as notas da


séria harmônica, sendo assim de
fácil memorização, podendo também ser usado para aquecimentos rápidos
antes de performances. Duração: cerca de 20 minutos.

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Sugestão de exercícios de flexibilidade

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Agora o próximo fundamento serão as escalas. Exercícios de escalas tem muita


importância, pois além de condicionar, para não cometer erros nas tonalidades,
também treina seu ouvido relativo. Eu sempre opto por fazer escalas na forma
descendente, e já explico o porquê: se você começar as escalas das notas graves
poderá desmontar sua embocadura, fazendo você tropeçar nas notas no
caminho, já tocando do agudo para o grave pode ajudar de uma maneira simples
a consertar este problema.

Sugestão de exercícios de escalas

E agora chegou o momento da rotina para ser criativo. Eu vou colocar algumas
sugestões aqui, mas você pode ser inventivo. Eu gosto de usar das escalas para
aprimorar muitas coisas, e articulação é uma delas.

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Sugestão de exercícios de escalas com diferentes articulações

Após esses exercícios faça um intervalo de no mínimo 15 minutos.

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Produção de repertório

Esta parte final da rotina eu dedico ao repertório, trechos, peças ou concertos.


Mas pode ser utilizada para música de câmara, com duetos, trio, quartetos e etc.

Quando você for estudar nesta etapa


seja consciente do seu nível, não
estude algo que ainda não está
dentro da sua qualificação técnica,
ou seja, algo que cause desconforto,
dores, podendo levá-lo a ter lesões,
sejam de ordem leve, ou de ordem
severa. Então todo o cuidado é
pouco, assim que sentir cansaço,
pare e faça um intervalo maior, com
cerca de 30 minutos. Se após este intervalo você ainda não conseguir produzir o
esperado, tenha calma, amanhã será um novo dia para estudar, faça esta mesma
rotina e verá que com o tempo os resultados aparecerão.

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Dúvidas frequentes

Perguntas que já estão na sua cabeça ao ler este material.

Quantas vezes na semana devo estudar trombone?

Depende do seu objetivo. Se for um “hobby” para você e gostaria de tocar bem
o suficiente para ter orgulho de si, eu diria de 2 a 3 vezes por semana (não conta
tocar, pois tocar não é o mesmo que estudar). Se for buscar um nível
semiprofissional, entre 3 a 4 vezes por semana. E para obter um nível
profissional, mínimo de 5 vezes por semana, talvez 6.

Qual é a velocidade de aprendizado que devo esperar dos estudos?

Cada estudo vai requerer seu tempo para amadurecer, isso quer dizer que cada
estudo é como uma “fruta”: cada fruta tem o seu tempo para crescer e ficar
madura o suficiente para consumo. Isto vale para os estudos também, um
exemplo seria eu querer melhorar meu staccato, no primeiro dia com certeza
não sairia o resultado esperado, alguns dias depois isso também não iria
melhorar, eu diria alguns meses, e estes meses podem variar de pessoa para
pessoa, isso depende da frequência que você estuda o tópico escolhido para
melhoramento. Alguns podem ser rápidos e levar semanas, e outros podem
levar anos! Infelizmente é a verdade...

Qual é o bocal ideal para mim?

Bocal eu comparo com roupa, se te serve e você está confortável, é o ideal para
você. Mas vale lembrar que cada tamanho de bocal tem sua característica. Um
bocal pequeno requer menos gasto de energia (ar) deixando tudo com uma

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carga de peso menor, os agudos são mais fáceis de se produzir mas perde nos
graves e o som fica menor em comparado com outros tamanhos de bocais. Um
bocal médio requer um gasto médio de energia, vai produzir um som médio com
um pouco de peso para produzir o som. Os agudos e graves vão sair mediante
estudo, mas vale lembrar que este bocal é ideal para quem procura se aprimorar
no instrumento, até estar consciente do tamanho de bocal ideal para si. E por
último o bocal grande, requer muito gasto de energia, precisa de muito trabalho
nos agudos e pouco nos graves, porém o som é grande e rico.

Qual é o nível ideal para eu poder começar a utilizar esta rotina?

O mínimo para poder utilizar este material é poder ler as partituras e produzir os
sons que estão inseridas neste e-book, a partir daí já possível começar a utilizar
este material.

“Eu não tenho 3 dias por semana para estudar esta rotina! ”

Todas as informações contidas neste e-book são sugestões, isso não quer dizer
uma obrigação, porém se você estudar 1 vez por semana ao invés de 3, seu
caminho chegará no mesmo produto final, mas será mais demorado.

Como posso acompanhar meu rendimento?

Uma alternativa é ter um professor de trombone da sua região, outra alternativa


é você gravar seus estudos e ao ouvir a si mesmo saberá o que trabalhar e/ou
perceber seu rendimento. Tenha em mente que ao estudar você estará se
aprimorando, e quando isso acontece você passa a tocar mais “leve”, o que era
difícil começa a parecer mais fácil ao ponto de te surpreender, e as pessoas ao
seu redor começam a perceber e comentar com você suas mudanças.

“Eu toco trombone baixo, esta rotina serve para mim? ”

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Serve sim, esta rotina contém os


fundamentos mais básicos que
qualquer trombonista deve estudar.
Existe pequenos detalhes acerca de
articulação que diferem um pouco
entre trombone baixo e tenor, mas
esta informação é mais específica e
não está contida neste material.

“A qualidade do instrumento influencia? Quanto? ”

A qualidade do seu trombone influencia um pouco sim no que você faz, e


contribui para aumentar a velocidade dos resultados dos estudos. É possível
fazer uma analogia do trombone com outro equipamento musical, por exemplo
a guitarra, esta possui 3 partes: o corpo da própria guitarra, o cabo e, por fim, a
caixa de som. No trombone também temos 3 partes: uma é você, outra o bocal
e por fim o instrumento em si. Se você possui uma boa guitarra, bons cabos e
uma caixa ruim, o som será bom? Não! No trombone é muito parecido. Se o
trombone não é de uma marca conhecida, ou ao menos estrangeira (salvo
chineses), e quando estou falando de marca estou me referindo à qualidade do
metal, do processo de fabricação, do acabamento e etc.., você terá outras
dificuldades que não de ordem técnica pessoal, e o instrumento pode te
atrapalhar na execução musical.

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“O que é apoio?”

Apoio é a capacidade que você tem de expulsar o ar do seu corpo com força e
frequência controlada. Ao tocar uma nota longa você sente o apoio, mas existe
uma forma simples de entender o apoio: basta respirar fundo e soprar com força
para fora, vai perceber que os músculos do seu corpo vão ser acionados para
“expulsar” o ar do seu corpo, preste muita atenção neles, afinal estes serão os
músculos que farão seu apoio melhorar. Tocar no instrumento será só uma
adaptação deste pequeno exercício.

Professor quais métodos você utiliza?

Os exercícios de base sempre


variam de acordo com cada
professor, mas quando você
procura aumentar seu nível
musical vai precisar de outros
alicerces, os métodos, eu
utilizo algumas lições do
Arban’s, Peretti e Rochut na
grande maioria.

Vale ressaltar que muitos exercícios são criados pelos próprios músicos, visto a
dificuldade de acesso e preços elevados desses materiais no mercado. Mas se
você já tem um pouco de experiência e quer melhorar não basta só ter a
metodologia com a base certa, mas ter a informação de como estudar.

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Existe momento certo ou idade perfeita para estudar trombone?

Não posso negar o fato de quanto mais cedo melhor, mas o cérebro funciona
igual desde que esteja saudável, não importando a idade. Quanto mais tempo
passamos sem informação (professores) podemos adquirir vícios negativos, isso
não se deve ao aluno, mas sim à falta de observação e orientação. Mas não
significa que não podemos reverter este quadro com estudo, vigilância e
orientação.

Eu tenho somente uma hora de estudo por dia, será suficiente?

A resposta é SIM! Já vi progresso em alunos com menos do que isso. O


importante é a regularidade e o “como” estudar os exercícios que farão seu
corpo e mente trabalhar para você alcançando a melhor performance.

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Dicas adicionais

Conheça os seus limites

Saiba seus limites, tanto físico como mental, não adianta tentar tocar estudos
difíceis após um dia de muito esforço físico, e o mesmo vale para o esforço
mental. Porém vale ressaltar que mesmo cansado é bom pegar no instrumento,
que seja por 10 minutos, não esqueça que tocar é como uma atividade física, se
não for regular o corpo sente.

Boa postura

Sente-se sempre confortavelmente, respire fundo e relaxado e quando for


estudar toque leve. Quando a música exigir outras dinâmicas como forte e fraco
demais, saia da zona de conforto e foque no trabalho.

Participe de grupos musicais

Eu sempre digo a meus alunos que devem praticar seus estudos, e quando falo
isso quero dizer participar de uma banda/orquestra, e não precisa ser grupo
profissional, quanto mais amador melhor, pois será neste local que você vai pôr
em prática a rotina apresentada aqui.

Planeje-se

Programe seus estudos: no dia anterior faça uma lista mental ou física (papel)
das suas atividades diárias e coloque lá sua intenção de estudar um tempo
determinado X. Com isso você verá que ficará “peso na consciência”, o fazendo
pensar que tem que cumprir a tarefa de estudar, o que pode ajudar a “abrir”
tempo no seu dia.

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Profissional x Amador

Ser amador ou profissional não tem nada a ver com tocar ou não por dinheiro.
Tocar um instrumento parece fácil e simples mas requer um pouco de sacrifício,
isto quer dizer que ter um instrumento caro não fará de você um músico
profissional. Quem é profissional é porque encara isto como profissão, o que
diferencia um profissional de um amador é como ele encara o instrumento e não
o quanto ganha com ele, estudando 5 a 6 vezes por semana. Mas nada impede
que um amador toque tão bem quanto um profissional, se ele se dedicar e buscar
o aprimoramento da mesma forma.

Não adquira qualquer hábito

As vezes adquirimos hábitos de estudos de vários de nossos professores, e isto


pode influenciar positivamente ou não. Esteja sempre na condição de aprendiz,
mas não se “venda” a qualquer ideia, além dos argumentos terem de fazer
sentido para você, tem que haver
capacitação por parte do professor.

Sobre o progresso

O progresso no instrumento pode ser


comparado ao subir de uma
escadaria: para chegar ao topo vai
precisar passar por muitos degraus. E estes degraus não são os concertos ou
apresentações, serão os dias de estudo e as conquistas semanais!

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las! E eu adoraria receber a sua avaliação sobre este material!
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PS.: Espero sinceramente que este material tenha auxiliado você na grande
jornada de se aprimorar neste instrumento versátil e maravilhoso!

Obrigado e bons estudos!

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