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Teoria Exercicios Mpu Eca 31 01 20100312101551 PDF
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5. (CESPE/Defensor Público ES – 2009) Julgue os itens subseqüentes, que se referem a
medidas socioeducativas, atos infracionais e crimes praticados contra a criança e o
adolescente, crimes de tortura e sistema nacional de políticas públicas sobre drogas.
A. (____) A obrigação de reparar o dano causado com o ato infracional não é considerada
uma medida socioeducativa, tendo em vista que o adolescente não responde civilmente
por seus atos, sendo obrigação dos pais ressarcir a vítima de eventual prejuízo.
B. (____) A prestação de serviços comunitários é uma medida socioeducativa prevista no
ECA que consiste na realização de tarefas gratuitas de interesse geral, por período não
excedente a seis meses, independentemente da pena abstratamente cominada ao crime
referente ao ato infracional.
C. (____) Todos os crimes praticados contra a criança e o adolescente previstos no ECA
submetem-se à ação penal pública incondicionada.
12. (XXXI Concurso MP/SC_2004) Julgue os itens abaixo e assinale a opção correta:
I. O regime de semi-liberdade pode ser determinado desde o início, ou como forma de
transição para o meio aberto, possibilitada a realização de atividades externas,
independentemente de autorização judicial.
III. O autor de ato infracional cometido mediante grave ameaça ou violência a pessoa, é
passível de internação, desde que não haja outra medida adequada.
IV. No caso de ato infracional cometido mediante grave ameaça ou violência a pessoa, o
prazo máximo para conclusão do procedimento será de quarenta e cinco dias.
13. (Promotor de Justiça – MPE/RR 2008) João, aos 17 anos de idade, por ter praticado
latrocínio, foi submetido, após o devido processo legal, à medida socioeducativa de
internação. No curso do cumprimento da medida, João completou 18 anos, ocasião em
14. (Promotor de Justiça – MPE/RR 2008) Pedro, aos 14 anos de idade, foi encaminhado
à vara da infância e da juventude, por tráfico de entorpecentes. A ele, que não tinha
passagens anteriores pela vara da infância e da juventude, foi aplicada a medida de
internação pelo prazo mínimo de um ano. Após o cumprimento da internação, o juiz
aplicou a Pedro medida de semiliberdade e restringiu o direito de Pedro realizar visitas a
familiares, instituindo um regime de visitas progressivas e condicionadas.
Considerando a situação hipotética acima apresentada, julgue os itens subseqüentes.
A (____) O ECA possibilita a Pedro a prática de atividades externas sob o regime de
semiliberdade, sem necessidade de autorização judicial.
B (____) A restrição imposta pelo magistrado às visitas de Pedro aos familiares constitui
constrangimento ilegal, especialmente se desprovida de fundamentação.
C (____) O regime de semiliberdade constitui típica medida de caráter socioeducativo,
devendo ser priorizado o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários de Pedro.
D (____) Visto que, na hipótese, Pedro praticou ato infracional sem grave ameaça ou
violência e que não houve reiteração de outras infrações graves, e, ainda, que Pedro não
deixou de cumprir, reiterada e injustificadamente, medida anteriormente imposta, não se
justifica a imposição de medida de internação.
E (____) Caso a decisão do magistrado em relação à internação de Pedro seja
questionada em juízo, ela não pode ser sanada pela via do habeas corpus, pois tal
instrumento processual não se aplica às situações que envolvam decisões tomadas por
vara da infância e da juventude em detrimento da liberdade de criança ou adolescente.
26. (____) Considere a seguinte situação hipotética. Após praticar um furto em uma
residência, um adolescente com 17 anos de idade foi apreendido em flagrante e
apresentado à autoridade policial competente. Nessa situação, de acordo com o que
dispõe o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a autoridade policial deveria, de
imediato, lavrar o auto de apreensão e determinar o recolhimento do adolescente em
entidade de atendimento, para permanência sob internação provisória.
28. (____) A fundamentada apreensão de adolescente, mesmo maior de 18 anos, por fato
praticado quando ele era inimputável é medida prevista em lei, não constituindo
29. (____) Antes de iniciado o procedimento judicial para a apuração de ato infracional
praticado por adolescente, o Ministério Público pode conceder a remissão como forma de
exclusão do processo, atendendo às circunstâncias do fato e à personalidade do
adolescente.
31. (____) Conforme o ECA, a prestação de serviços comunitários pode ser substituída
por multa, desde que compatível com a situação patrimonial do adolescente ou de seus
responsáveis.
33. (____) Encontra tipificação penal no ECA, com previsão de pena privativa de
liberdade para o autor do delito, a conduta de um dirigente de uma escola particular que,
na presença de outros alunos, torne pública, de maneira ultrajante, a inadimplência do pai
de determinado aluno, submetendo essa criança a vexame e constrangimento.
34. (Magistratura do Mato Grosso – CESPE 2004) Marina está no oitavo mês de gravidez
e não sabe o paradeiro do pai da criança que espera. Encontra-se desempregada e não
tem condições econômicas para proporcionar alimentação e moradia adequadas, nem
para si, nem para a filha que está prestes a nascer, a qual pretende registrar com o nome
de Raquel.
A. (____)É dever do Estado propiciar apoio alimentar a Marina durante a gestação.
B. (____) É dever do Estado assegurar a Marina atendimento pré-natal no âmbito do
Serviço Único de Saúde(SUS).
C. (____) O hospital em que Raquel vier a nascer terá obrigação legal de propiciar a
permanência dela junto a Marina.
D. (____) Se, após o nascimento de Raquel, Marina não apresentar condições
econômicas suficientes para propiciar a sua filha um padrão de vida minimamente
digno, o Ministério Público deverá solicitar a decretação judicial da perda do poder
familiar de Marina sobre Raquel.
37. (UnB/CESPE – SEDF) Segundo o ECA, o adolescente privado de liberdade tem, entre
outros, o direito de
A. (____) receber visitas, ao menos mensalmente.
B. (____) ter acesso aos meios de comunicação, no mínimo duas vezes por semana.
C. (____) realizar atividades culturais, esportivas e de lazer.
D. (____) receber assistência religiosa, segundo a crença de um religioso disponível para
esse fim.
39. (Ministério Público do Rio Grande do Norte – 2004) Consiste o poder familiar num
conjunto de direitos e obrigações, exercidos em igualdade de condições por ambos os
pais, quanto à pessoa e bens dos filhos menores. No entanto, perderá o pai ou a mãe, por
ato judicial, o poder familiar, exceto quando:
A. (____) Castigar imoderamente o filho.
B. (____) Deixar o filho em abandono, tanto no aspecto moral, quanto material.
C. (____) Praticar atos contrários à moral e aos bons costumes.
D. (____) Houver condenação definitiva, por crime, cuja pena exceda a dois anos de
prisão.
Súmula 74 STJ Para efeitos penais o reconhecimento da menoridade do réu requer prova por
1. Súmulas importantes para o estudo documento hábil.
do ECA. Súmula 108 STJ A aplicação de medida socioeducativa ao adolescente pela pratica de ato
infracional é da competência exclusiva do juiz.
Súmula 265 STJ È necessária a oitiva do menor infrator antes de decretar-se a regressão da
medida socioeducativa.
Súmula 338 STJ A prescrição penal é aplicada nas medidas socioeducativas.
Súmula 342 STJ No procedimento de medida socioeducativa é nula a desistência de outras
provas em face da confissão do adolescente.
Súmula vinculante nº11(Uso de algemas) Só é licito o uso de algemas em caso de resistência
e de fundado receio de fuga ou de perigo à
integridade física própria ou alheia, por parte do
preso ou de terceiros, justificada a
excepcionalidade por escrito sob pena de
responsabilidade disciplinar, civil, e penal do
agente.
Súmula 705 STF A Renúncia do réu ao Direito de Apelação,
manifestada sem a assistência do defensor, não
impede o conhecimento da apelação por este
interposta.
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Súmula 718 STF A opinião do julgador sobre a gravidade em
abstrato do crime não constitui motivação idônea
para a imposição de regime mais severo do que o
permitido segundo a pena aplicada.
2. Jurisprudência STF/STJ
INFORMATIVO 505 – STF
A Turma deu provimento a recurso extraordinário para reformar acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo que, por reputar inconstitucional a parte final do
art. 127 do Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, afastara medida sócio-educativa aplicada a adolescente ("Art. 127. A remissão não implica necessariamente o
reconhecimento ou comprovação da responsabilidade, nem prevalece para efeito de antecedentes, podendo incluir eventualmente a aplicação de qualquer das medidas
previstas em lei, exceto a colocação em regime de semiliberdade e internação."). Salientou-se que a remissão é instituto jurídico expressamente previsto no ECA (artigos
126 a 128) e que pode ser identificado como a possibilidade da suspensão ou do encerramento do procedimento judicial iniciado para a apuração de ato infracional, sem
incursão no exame da autoria e da materialidade do caso sub judice. Ademais, aduziu-se que Lei 8.069/90 prevê duas espécies de remissão, a saber: a) pré-processual
ou ministerial (ECA, art. 126, caput), proposta pelo Ministério Público antes do início do procedimento judicial para averiguação de ato infracional e que tem como
conseqüência a exclusão do processo; e b) judicial (ECA, art. 126, parágrafo único), cabível depois de iniciado o procedimento judicial e proposta pela autoridade
judiciária, podendo suspender ou extinguir o processo. Na espécie, entendeu-se que a medida sócio-educativa aplicada ao menor dera-se por imposição da autoridade
judiciária, que homologara remissão cumulada à medida de advertência cominada por promotora de justiça. Assim, concluiu-se pela ausência de violação de garantia
constitucional, porquanto a medida sócio-educativa emanara de órgão judicial competente.
RE 248018/SP, rel. Min. Joaquim Barbosa, 6.5.2008. (RE-248018)
Em seguida, ultrapassada a questão referente à legitimidade para imposição da medida sócio-educativa, asseverou-se que a argüição incidental de inconstitucionalidade
da parte final do art. 127 do ECA merecia apreciação. Considerou-se, no ponto, que não haveria afronta ao devido processo legal na cumulação da remissão com a
medida de advertência. Enfatizou-se que a incidência dessa medida poderia ser vista, na hipótese, como um modo de o Poder Judiciário chamar a atenção do
adolescente, alertando-o para a gravidade de seus atos, sem ter que submetê-lo ao streptus inerente a um procedimento judicial. Ademais, destacou-se que o Pleno
desta Corte já assentara que o aludido dispositivo legal não violaria qualquer norma constitucional. RE provido para reformar o acórdão impugnado, afastando-se a
declaração de inconstitucionalidade nele contida, e reconhecendo-se a possibilidade de aplicação de medida sócio-educativa, pela autoridade judiciária, a requerimento
do Ministério Público, em remissão por este concedida. Precedente citado: RE 229382/SP (DJU de 31.10.2002).
RE 248018/SP, rel. Min. Joaquim Barbosa, 6.5.2008. (RE-248018)
Ato
infracional