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Mod Am 1 PDF
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MODULAÇÃO AM
1 MODULAÇÃO AM-DSB
O princı́pio da modulação AM-DSB consiste no fato de que o sinal modulante interfere ex-
clusiva e diretamente na amplitude da portadora. Sejam:
PORTADORA: eo (t) = Eo .cos(ωo t)
MODULANTE: em (t) = Em .cos(ωm t)
SINAL MODULADO: e(t) = [Eo + Em (t)].cos(wo t)
e(t) = [Eo + Em .cos(ωm t)].cos(ωo t)
e(t) = Eo .[1 + Em /Eo .cos(ωm t)].cos(ωo t)
Chamamos a relação Em /Eo de ”ÍNDICE DE MODULAÇÃO”e é simbolizada por ”m”.
Logo,
O gráfico fica como mostrado na figura 3. Este é o caso mais comum de trasmissão em
AM-DSB
• m = 1 ⇐⇒ Em = Eo
Existe o tangenciamento da envoltória no eixo dos tempos.
• m > 1 ⇐⇒ Em > Eo
Considerando R = 1Ω
teremos
2
Emax (amplitude)2
Pm = = (7)
2 2
• P. PORTADORA
Po = Eo2 /2 (8)
• P. MÉDIA TOTAL
5. Qual o percentual da potência total média é gasta para transmitir a banda inferior.
Exercı́cio: Numa modulação AM-DSB foi utilizada uma portadora de 20 V pico a pico e
frequência de 3MHz, é feita uma modulação com uma informação cossenoidal de 9Vpp
e 5KHz. Determine:
5. Qual o percentual da potência total média é gasta para transmitir a banda lateral
inferior.
É responsável por gerar um sinal AM-DSB a partir de um sinal de informação e de uma onda
portadora. Podem ser divididos de acordo com o princı́pio de funcionamento em moduladores
sı́ncronos e quadráticos
São moduladores que possuem elemento que chavea o sinal modulante pela portadora. Na
figura 7, vê-se o diagrama simplificado de um modulador sı́ncrono, utilizado em pequenos
transmissores de AM.
Seu princı́pio de funcionamento é baseado no fato de que um sinal amostrado por uma função
do tipo ”chave sı́ncrona”gera uma série de harmônicos, que podem ser convenientemente
recuperados por uma filtragem passa-faixas. A figura 8 mostra um circuito tı́pico que executa
a modulação sı́ncrona AM − DSB, onde R1 ,R2 e R3 formam um somador resistivo, o diodo
D1 executa o papel de chave sı́ncrona de freqüência fo e o conjunto de indutores e capacitores
a seguir formam um circuito sintonizado em fo que retira, de todo o espectro disponı́vel no
sinal chaveado, as raias necessárias para a formação do AM − DSB. A análise do circuito
pode ser feita facilmente a partir das formas de ondas nos principais pontos, destacados nas
figuras 9, 10,11,12 acima por 1,2,3 e 4. Na figura 9(A) temos o sinal da portadora aplicado ao
ponto 1 e na figura 10(B) o sinal modulante aplicado ao ponto 2. Esses dois sinais somados
ponto-a-ponto são observados no ponto 3 e mostrados pela figura 11(C). A função chave
sı́ncrona executada por D1 , em conjunto com o efeito de oscilação sintonizada em fo feita
pelo filtro passa-faixa resulta no sinal modulado em AM − DSB do ponto 4 apresentado na
figura 12(D).
clc
close all
clear all
Eo=1.5
Em=1
t = 0:0.00005:0.03;
em=Em*(sin(2*pi*50.*t))
subplot(3,2,1)
plot(t,em);title(’Mensagem’)
Y = fft(em,16384);
Pyy = abs(Y)/16384;
f = 20000*(0:8191)/16384;
subplot(3,2,2)
plot(f,Pyy(1:8192));title(’Espectro do Sinal Mensagem’)
axis([-50 600 0 0.03])
eo=Eo*(sin(2*pi*300.*t))
subplot(3,2,3)
plot(t,eo);title(’Portadora’)
Y = fft(eo,16384);
Pyy = abs(Y)/16384;
f = 20000*(0:8191)/16384;
subplot(3,2,4)
plot(f,Pyy(1:8192));title(’Espectro do Sinal Portadora’)
axis([-50 600 0 0.03])
e= (Eo+em).*sin(2*pi*300.*t)
subplot(3,2,5);
plot(t,e);title(’Sinal Modulado’)
Y = fft(e,16384);
Pyy = abs(Y)/16384;
f = 20000*(0:8191)/16384;
subplot(3,2,6)
plot(f,Pyy(1:8192));title(’Espectro do Sinal Modulado’)
axis([-50 600 0 0.03])
Outro importante modulador de amplitude utiliza um FET para executar o produto entre
os sinais de entrada. A figura 22 apresenta o diagrama téorico do circuito. Na saı́da do
modulador existe um filtro passa-faixa sintonizado na frequência do sinal de portadora. A
largura da faixa desse filtro deve ser suficiente para acomodar as faixas laterais geradas
no processo de modulação. Através de CRF o sinal de AM é acoplado à carga RL , onde
desenvolve-se a tensão de saı́da e(t) . A figura 23 mostra as formas de onda tı́picas do
circuito.
A tensão VGG é igual a -3,25V, Eo é igual a 1,63V e Em é igual a 1,63V. Nessas condições,
as componentes de alta frequência da corrente de dreno atingem um máximo de 6,4mA e um
mı́nimo de 2,12mA, aproximadamente.
A análise matemática exata desse modulador é relativamente simples,porém exige bastante
trabalho. Sabe-se que a corrente em um FET pode ser expressa pela equação abaixo:
VGS 2
ID = IDSS (1 − ) (13)
VP
onde:
ID - corrente de dreno;
IDSS - corrente de dreno para VGS = 0;
VGS - tensão porta-fonte;
VP - tensão VGS para ID = 0.
A tensão VGS , no modulador quadrático, é dada por
IDSS
ID = [−2.em (t).eo (t)] (17)
VP2
IDSS
ID = −
[2.Em cosωm .t.Eo .cosωo .t] (18)
VP2
Aplicando-se a identidade trigonométrica:
1 1
cos(A).cos(B) = cos(A + B) + cos(A − B) (19)
2 2
onde: A = ωo .t e B = ωm .t
IDSS
ID = − [Em .Eo .cos(ωo + ωm )t + Em .Eo .cos(ωo − ωm )t] (20)
VP2
AEDB Aula de Modulação AM Engenharia Eletrônica
Princı́pios de Telecomunicações 22 Arlei Fonseca Barcelos
IDSS Em Eo IDSS Em Eo
ID (F L) = − 2
.cos(ωo + ωm )t − .cos(ωo − ωm )t (21)
Vp Vp2
Resta agora o cálculo do valor da corrente da portadora. Ela corresponde às parcelas em que
aparece o fator c(exceto,naturalmente, o termo -2bc”). A corrente da portadora será dada por:
IDSS
ID (P ORT ) = (VP − VGG ).2Eo cosωo .t (22)
VP2
Exercı́cio: No modulador da figura 24, para um FET BF245C (VP = −6.5V e IDSS = 17mA,
VDSS = 18V ), determinar:
4. Determinar o valor de RL para uma tensão de saı́da igual a 10V no pico da envoltória
x2 x3 x4 xn
f (x) = ex = 1 + x + + + + ... + (23)
2 6 24 n!
Sabemos que ic = β.iB e que iB = f (VBE ) de forma exponencial. Assim podemos afirmar:
2 3
ic = a + b.VBE + c.VBE + d.VBE (24)
onde : a,b,c,d,...são constantes numéricas.
Polarizando um transistor em uma região quadrática e considerando que, pelo circuito, temos
VBE = eo (t) + em (t); podemos aproximar:
Exercı́cio: Mostre que se o termo de terceira ordem, ou seja, o termo ”d”não for nulo teremos
um raia espectral em ωo + / − 2ωm , sendo esta muito difı́cil de ser eliminada.
Nesse circuito, o papel da chave sı́ncrona é executado pelo diodo detetor e o circuito RC
colocado a seguir cumpre seu papel de filtro passa-baixas. Uma análise mais detalhada do
funcionamento do circuito é feito pela figura 30, onde temos o sinal modulado em AM-DSB,
na figura 31 temos o que aconteceria com aquele sinal ao passar pela retificação imposta
pelo diodo, sem a colocação do capacitor C. Na figura32 temos a tensão que se observa nos
terminais de saı́da, já com a colocação do capacitor e na figura 33, a tensão de saı́da idealizada
pois como a frequência da portadora é muito maior que a do sinal modulante, a tensão de
saı́da pode ser suposta uma cossenóide pura, somada a um nı́vel DC (valor médio) que pode
ser facilmente eliminado por um acoplamento capacitivo feito em um estágio posterior do
receptor, como será visto adiante.
Uma regra prática que permite o cálculo da constante de tempo do filtro passa-baixas é dada
pela equação abaixo, onde a presença do ı́ndice de modulação na fórmula tende a adequar a
sensibilidade do filtro à porcentagem de modulação efetuada. Como o ı́ndice de modulação
é normalmente igual a 1(100%), a equação se reduz, via de regra, a um simples cálculo de
frequência de corte de um filtro passa-baixas.
1
RC = (29)
2π.m.fmmax
onde fmmax é a máxima frequência do sinal modulante, que em radiofusão comercial AM −
DSB é de 5KHz.
2 MODULAÇÃO AM − DSB/SC
A obtenção da forma de onda do sinal modulado pode ser feita a partir das formas de onda
e0 (t) e em (t), levando-se em consideração a definição do sinal modulado AM-DSB/SC da
equação acima.
A figura 34 mostra a obtenção do sinal modulado colocado em fase com e0 (t) e em (t). Note que
sempre que um dos dois sinais passar por zero, o mesmo irá acontecer com o sinal modulado.
Figura 34: Sinal modulado AM − DSB/SC sincronizado com o sinal modulante e com a portadora
Observe que toda a potência contida no sinal modulado pertence às raias que contêm in-
formação, já que não há freqüência da portadora. Consequentemente, não faz sentido tecer
comentários sobre o rendimento da transmissão pois ele será de 100 %, com a potência divi-
dida entre as duas bandas laterais.
Neste circuito modulador, a portadora chaveia uma ponte de diodos, permitindo ou não a
passagem do sinal modulante, que vai excitar um circuito LC. A figura 37 mostra um circuito
básico para esse tipo de modulação, indicando os pontos principais de análise do circuito.
Veja nesse circuito que, quando a portadora polariza diretamente os diodos da ponte, o
sinal de informação é aterrado, visto que o ponto 3 fica ao potencial de zero Volt. Por outro
lado, se a portadora polariza os diodos de maneira reversa, o sinal de áudio não encontra
obstáculos e vai excitar o circuito sintonizado com-posto por L e C2. A figura 38 explica, com
uma seqüência de formas de onda, o mecanismo de funcionamento do circuito. Vale a pena
observar, no gráfico que segue em (c), que a forma de onda no ponto 3 não cor-responde ex-
atamente a um trecho do sinal modulante, mas isso é facilmente explicável, pois se tivéssemos
uma onda quadrada como portadora, os diodos teriam um chaveamento instantâneo e pas-
sariam a conduzir no mesmo momen-to, mas como a portadora utilizada é cossenoidal, deve
existir um intervalo de tempo para o inı́cio de condução dos diodos, até que se estabeleça o
sinal modulante no ponto 3, ou até que esse sinal de lá desapareça.
É interessante verificar que, neste caso, o perfeito casamento entre os diodos dará a re-
jeição de portadora do circuito, pois como a cada passagem por zero do sinal modulante existe
uma inversão de fase de 180o do sinal modulado em relação à portadora, se os diodos não
forem perfeitamente iguais haverá um ”resı́duo de portadora”que pode ser medido da forma
convencionada no item anterior. De qualquer maneira conseguem-se ı́ndices de supressão da
portadora muito bons com o modulador em ponte pela facilidade de encontrar componentes
cujas caracterı́sticas sejam mais semelhantes.
Vemos nessa figura o sinal reinjetado pelo Oscilador Local em perfeito sincronismo de fase
e freqüência com o sinal modulado, fazendo com que, quando os diodos conduzem, o sinal
modulado chega ao filtro passa-baixas, resultando o sinal recuperado.
Você, que é uma pessoa bastante observadora, já deve ter notado a ênfase que está sendo
dada ao sincronismo de fase e freqüência entre o sinal do Oscilador Local e a portadora que
foi suprimida na modulação.
Figura 40: Formas de ondas do Circuito Demodulador sı́ncrono AM-DSB/SC com diodos em ponte