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Apostila de Anatomia Topografica Dos Animais Domesticos Unipampa 2013 PDF
Apostila de Anatomia Topografica Dos Animais Domesticos Unipampa 2013 PDF
DISSECAÇÃO
Roteiro de dissecação da disciplina de Anatomia Topográfica dos Animais
Domésticos do curso de graduação em Medicina Veterinária da Universidade
Federal do Pampa – campus Uruguaiana, RS.
Uruguaiana
2013.01
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Sumário
Figura 1.
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Figura 2.
Figura 3.
Figura 4.
Figura 5.
Figura 6.
1.2 Axila
Figura 7.
1.2.4. Identifique, na face medial da escápula os músculos supra–espinhoso,
subescapular e redondo maior. Como se pode notar, o m. supra –espinhoso aloja-se
na fossa supra – espinhosa e cobre também a borda cranial da escápula. O m.
subescapular é constituído por 3 fascículos que convergem distalmente, fundindo-se
num ventre único ao nível do ângulo distal da escápula. O m. redondo maior situa-se
ao longo da borda caudal da escápula, unindo parcialmente ao subescapular. Sua
extremidade distal separa-se deste último para se prender na tuberosidade redonda
maior do úmero. Relaciona-se láterocaudalmente com o m. grande dorsal.
1.2.5 Neste item, serão dissecados os nervos do plexo braquial. Antes de
iniciar esta dissecação, identifique os linfonodos axilares, em número de 1 ou 2: eles
são estruturas ovoides ou arredondadas, com 0,5 a 1,0 cm de diâmetro.
O plexo braquial é formado por feixes nervosos provenientes dos ramos
ventrais dos três últimos nervos espinhais cervicais e do 1º nervo espinhal torácico.
Cada nervo espinhal emerge do forame intervertebral respectivo. Do plexo braquial
originam- se os nervos para o membro torácico. Nos ruminantes, identifique, no
sentido craniocaudal, o tronco comum dos nervos supra-escapular e
subescapular cranial, o tronco comum dos nervos subescapular caudal,
toracodorsal, axilar e radial e o tronco comum dos nervos ulnar, mediano e
musculocutâneo. Nos carnívoros essa formação de troncos é mais inconstante.
1.2.6. Disseque o n. supra- escapular até sua penetração no espaço entre os
músculos supra- espinhoso e subescapular. Siga o n. subescapular cranial até sua
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1.3.1 Retire com cuidado a fáscia que recobre esta região (figura 8).
Identifique, no sentido craniocaudal, os músculos bíceps braquial,
coracobraquial, tríceps braquial e tensor da fáscia do antebraço. O bíceps
braquial estende-se ao longo da face craniaomedial do úmero. Caudalmente ao
bíceps, encontra-se o coracobraquial, que se estende do processo coracóide da
escápula até o terço médio do corpo do úmero. Nos carnívoros, o coracobraquial é
bem reduzido, fusiforme, estendendo-se apenas até o nível proximal do úmero. O
tríceps braquial e o tensor da fáscia do antebraço já foram reconhecidos. Nesta face,
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pode-se identificar, além da cabeça longa, a cabeça medial do tríceps. Esta última
situa-se entre o corpo do úmero e a cabeça longa.
Figura 8.
Figura 9.
Figura 10.
2.1 Face
Figura 11.
2.1.2 Identifique logo abaixo da pele o músculo cutâneo da face, cujas fibras
dispõem-se no sentido caudorrostral. Ele é delgado, transparente e está, em alguns
pontos, intimamente aderido à pele. Identifique o músculo parótido-auricular, que é
uma delgada cinta muscular cujas fibras dispõem-se verticalmente a partir da base
da orelha e recobrem a glândula parótida. Nos carnívoros, o m. cutâneo da face tem
seu homólogo denominado platisma.
2.1.3. Rebata a pele rostrocaudalmente, evitando atingir estruturas mais
profundas como os músculos cutâneo da face e parótido-auricular. Observe,
profundamente ao músculo parótido-auricular, a glândula parótida e delimite o
contorno desta glândula. Identifique, na borda rostral da parótida e, às vezes
parcialmente recoberto por ela, o linfonodo parotídeo.
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Figura 12.
2.3 Pescoço
Figura 13.
2.3.1.7 Alguns dos músculos profundos da face lateral do pescoço não tem
muita relevância em Medicina Veterinária e por isto não serão aqui dissecados.
Em ambos os lados:
2.3.2.1Identifique, na face ventral do pescoço, ventralmente ao cleidocefálico,
o m. esternocefálico, que, como o nome indica, se estende do esterno à cabeça. O
músculo esternocefálico dos carnívoros divide-se em duas porções: uma
esternomastoide (mais grossa, estreita e ventral) e outra esterno-occipital (mais
delicada, ampla e superficial). Em ovinos, apenas a porção esternomastoide está
presente. Nos demais ruminantes, além da porção esternomastoide existe também a
esternomandibular.
2.3.2.2 Identifique e limpe a v. jugular externa (figura 14), que corre
caudalmente no sulco jugular, formado entre os músculos clidocefálico, dorsalmente,
e esternocefálico, ventralmente.
2.3.2.3 Identifique, na face ventral do pescoço, a laringe e a traqueia.
Verifique, ao longo da face ventrolateral da traqueia, os músculos esternotireóideo
e esterno-hióideo. Eles são delgados feixes musculares que se estendem desde o
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Figura 14.
Figura 15.
3.1.11 Identifique os músculos serrátil dorsal cranial, serrátil dorsal
caudal, iliocostal e longuíssimo. Os dois primeiros são formados por delgados
fascículos que se prendem de modo oblíquo no terço dorsal das costelas III a VI e
das costelas X a XII, respectivamente. Os músculos iliocostal e longuíssimo formam
a massa muscular que preenche o espaço entre os ângulos das costelas e os
processos espinhosos das vértebras torácicas. Dos dois, o longuíssimo é o mais
dorsal e volumoso. Ele estende-se do ílio e do sacro até a cabeça; no tórax ele
recebe a denominação de longuíssimo torácico. Na região mais cranial do dorso
torácico, pode-se observar também o m. semi-espinhal do tórax. Iliocostal,
longuíssimo e semi-espinhal são músculos epaxiais (figura 16).
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Figura 16
3.1.12 O m. transverso do tórax será visualizado quando da abertura da
cavidade, bem como a pleura e os vasos e nervos intercostais.
3.1.13 Faça uma revisão dos ossos que compõem a parede torácica. Estude
os músculos, vasos e nervos identificados neste capítulo.
Obs.: os músculos da parede abdominal serão dissecados juntamente com o
estudo respectiva cavidade.
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Figura 17.
Figura 18.
4.2.1 Identifique a fáscia lata, que é uma lâmina fibrosa e brilhante na qual se
prendem os mm. tensor da fáscia lata distalmente e bíceps femoral cranialmente.
Remova apenas a fáscia superficial da face lateral da coxa, tendo-se o cuidado de
preservar a fáscia lata.
4.2.2. Identifique caudalmente à fáscia lata, o m. bíceps femoral (figura 19).
Verifique que ele apresenta uma parte cranial, mais larga e cujas fibras dirigem-se
obliquamente no sentido craniocaudal, e uma parte caudal, mais estreita e com
fibras dirigidas verticalmente. Tenha o cuidado de preservar a contribuição tendinosa
do m. bíceps femoral para o tendão calcanear comum na face lateral da perna!
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Figura 19.
4.3.1. Localize o m. tensor da fáscia lata e verifique que esta fáscia estende-
se também na face medial da coxa, recobrindo parte proximal do m. reto femoral.
Disseque-o, correndo verticalmente na face medial do tensor da fáscia lata.
4.3.2. Em ruminantes, identifique o l. subilíaco, situado cranialmente ao m.
tensor da fáscia lata e envolvido em quantidade variável de tecido adiposo. Cuidado
para não removê-lo durante a limpeza deste tecido.
4.3.3. Remova, com cuidado, a fáscia que recobre os mm. superficiais da face
medial da coxa. Estes são, no sentido craniocaudal, os mm. tensor da fáscia lata,
vasto medial, sartório, pectíneo e grácil. O vasto medial, pertencente ao grupo
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quadríceps, recobre parcialmente o reto femoral e está preso à fáscia lata. O sartório
é um músculo estreito, delgado e sua extremidade proximal apresenta-se dividida
em cabeças cranial e caudal em ruminantes. Nos carnívoros o m. sartório é formado
por duas tiras bem distintas, as porções cranial e caudal. Limpe o espaço entre
essas duas porções e visualize o vasto medial do m. quadríceps femoral. O m. grácil
é largo, delgado e recobre o semimembranoso. Tenha o cuidado de preservar
medialmente as contribuições tendinosas do m. grácil e semitendinoso para o
tendão calcanear comum!
4.3.4. Disseque a a., v. e n. femorais emergindo da cavidade abdominal e
passando na região mais proximal do membro, entre as duas cabeças de origem do
m. sartório em ruminantes. Em carnívoros, estas estruturas transitam no trígono
femoral formado entre a porção caudal do m. sartório e m. grácil. Nesta região é
possível palpar o pulso femoral em carnívoros e pequenos ruminantes. Seccione a
cabeça caudal do sartório e rebata-a cranialmente. Verifique que a maior parte do n.
femoral penetra no m. quadríceps femoral. O restante deste nervo corre distalmente
junto à artéria e veia femorais e constitui o n. safeno, que é primordialmente
sensorial. Disseque os vasos femorais e o n. safeno distalmente até o ponto em que
a a. femoral emite, no terço médio da coxa, a a. safena. Verifique que a a. e o n.
safenos passam a correr juntos distalmente na face medial da coxa, emergindo da
borda caudal do sartório em ruminantes.
Figura 20.
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Figura 21.
4.4.10. Identifique, na face dorsal do pé, os tendões dos mm. extensor lateral
dos dedos e extensor longo dos dedos. Observe, no terço proximal do metatarso,
profundamente ao tendão do extensor longo dos dedos, o pequeno m. extensor
curto dos dedos. Note, ao nível da articulação metatarsofalangiana, a bifurcação do
tendão extensor longo dos dedos, originando um ramo para cada dedo principal.
4.4.11. Disseque na face plantar, os tendões dos mm. flexor superficial dos
dedos, flexor profundo dos dedos e m. interósseo III e IV. Observe que a disposição
destes tendões é semelhante à de seus homônimos do membro torácico. Disseque
estes tendões seguindo as mesmas manobras utilizadas no membro torácico.
4.4.12 Estude os músculos, vasos e nervos até agora dissecados.
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Figura 22.
Figura 23.
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Figura 24.
lado oposto, constituindo os troncos vagais dorsal e ventral. Disseque estes troncos
até o hiato esofágico do diafragma.
5.8 Disseque agora o frágil e delicado tronco simpático. Identifique o
gânglio cervical médio, que é pequeno e está situado ao nível da entrada do tórax.
A partir deste gânglio, disseque a alça subclávia (ruminantes), que se compõe de
ramos cranial e caudal. Estes dois ramos unem o gânglio cervical médio ao gânglio
cervicotorácico contornando a a. subclávia. O gânglio cervicotorácico situa-se
medialmente ao extremo dorsal da primeira costela.
5.9 Prossiga a dissecação do tranco simpático (figura 25) ao longo dos corpos
das vértebras torácicas, desde o gânglio cervicotorácico até a transição
toracolombar. Note os ramos comunicantes que partem de seus gânglios para se
unirem aos nn. espinhais torácicos.
Figura 25.
Figura 26.
Ruminantes:
Faça uma incisão perpendicular no 10º. ou 11º. espaço intercostal e rebatas
as últimas costelas dorsalmente. Este procedimento pode ser bilateral,
especialmente se o rúmen estiver repleto.
Feito isso, rebata dorsalmente a parede do abdome (só se aplicam aos
grupos que receberam animais inteiros). Ao terminar a dissecação ou estudo da
cavidade abdominal, suture a parede abdominal para evitar danificar as
vísceras do cadáver antes de guardá-lo no formol ou sobre a maca!
6.2 Estude no cadáver a disposição topográfica do omento maior,
estômago, intestinos, fígado e vias biliares (figura 27), o pâncreas, o baço, os
rins, os ureteres e as glândulas adrenais. Rebata ou mesmo remova o omento
maior, caso necessário, para melhor visualizar estas vísceras. Identifique também o
peritônio.
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Figura 27.
Carnívoros:
Observe, o omento maior e desprotegidos dele a vesícula urinária com
ligamento vesical mediano; o Útero; o Estômago; o Duodeno e o Baço (figura 28). O
tamanho destes órgãos pode variar entre animais e alterar o posicionamento das
demais vísceras.
Figura 28.
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6.6. Localize a origem das aa. renais direita e esquerda e disseque-as até
sua penetração no hilo do rim correspondente. Note as artérias lombares, que se
originam em série da aorta e se dirigem dorsalmente para a região epiaxial.
6.7. Observe, próximo à entrada da pelve, a origem da a. mesentérica
caudal e das aa. testiculares ou ováricas. Disseque a. artéria mesentérica caudal
até sua bifurcação em aa. sigmóidea e retal cranial. As aa. testiculares ou ováricas
são delgadas e originam-se da aorta cada lado da a. mesentérica caudal.
6.8. Disseque a terminação da a. abdominal na entrada da cavidade pélvica.
Identifique as aa. ilíaca externa, circunflexa profunda do ílio, ilíaca interna e
sacral mediana.
6.9. Identifique, correndo à direita da aorta abdominal, a v. cava caudal
cranialamente. Identificando suas tributárias: vv. testiculares ou ováricas e vv.
renais. Num fígado isolado, note o trajeto hepático da v. cava caudal. Seccione
longitudinalmente esse segmento hepático da v. cava caudal e observe os vários
óstios de desembocadura das veias hepáticas que nele se abrem.
6.10. Passe a estudar a v. porta. Identifique o ponto de sua penetração na
face visceral do fígado. Disseque distalmente as veias que se reúnem para formar a
v. porta: v. mesentérica cranial, proveniente dos intestinos e v. lineal procedente
do baço e do estômago.
6.11. Estude os nervos, artérias, as veias e os linfonodos da cavidade
abdominal.
Ruminantes:
Estude a disposição topográfica das vísceras abdominais. No antímero
esquerdo, verifique inicialmente o omento maior com sua fixação no sulco
longitudinal esquerdo e atravessando ventralmente rúmen (figura 29) para o
antímero direito. Observe ainda no antímero esquerdo a predominância do rúmen
com seus compartimentos (sacos e sulcos), o baço dorsalmente preso ao rúmen
pelo lig. ruminoesplênico. Identifique o retículo cranioventralmente ao rúmen e
palpe uma parte do lobo esquerdo do fígado no limite mais cranial deste antímero.
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Figura 29.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
KÖNIG, H.E.; LIEBICH, H.G. Anatomia dos Animais Domésticos: texto e atlas
colorido. 4.ed. Artmed. 2011.