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O-Mecânico Ed264 PDF
O-Mecânico Ed264 PDF
EDITORIAL
V
ocê tem em mãos mais uma edição espe- seguem trabalhar com checklists próprios
cial da Revista O Mecânico! Neste mês em sintonia com a oficina (que muitas vezes
de abril, damos toda atenção à mecâni- é da mesma empresa), até os clientes meno-
ca diesel – um ramo tão apaixonante quanto res, que frequentam oficinas independentes
difícil, como muitos dos mecânicos e proprie- e lutam para conseguir bons fretes para não
tários de oficina que militam no ramo podem fechar o mês no prejuízo. Esteja seu cliente
afiançar. Quem viveu as últimas duas déca- em qualquer das duas situações, atendê-lo
das dentro do setor automotivo viu de perto com qualidade e rapidez é fundamental. Por
o choque de realidade pelo qual ao mercado isso tratamos dos diferenciais que uma ofici-
diesel passou para diminuir o nível de emissão na diesel deve possuir na seção Qualidade em
de poluentes de veículos comerciais, e como Série deste mês.
isso afetou a reparação. Depois de décadas Outro aspecto que vem impactando as
trabalhando com uma tecnologia sem grandes oficinas, seja de leves ou pesados, é a informa-
evoluções, essas oficinas se viram obrigadas a tização. Hoje, a internet é uma ferramenta im-
investir em ferramentas e equipamento com a prescindível de informação técnica e, até mes-
chegada da tecnologia dos motores eletrôni- mo, de pesquisa de compras de autopeças,
cos. Como se isso não bastasse, em 2012 veio ferramentas e equipamentos. Muitas oficinas
a obrigatoriedade das normas Euro V para ve- já utilizam as redes sociais como ferramentas
ículos novos, trazendo novos sistemas e mais de divulgação de seu trabalho, com muito su-
necessidade de atualização e informação. cesso – tenha certeza que seu cliente também
Nesta edição da Revista trazemos matérias usa o computador para pesquisar peças para
técnicas que simbolizam esses dois principais o seu veículo. Em uma matéria especial, mos-
marcos recentes no mercado diesel. Primeira- tramos alguns números que comprovam que o
mente, o processo de diagnóstico da injeção mecânico já está conectado e ativo na internet.
common rail, que equipa todos os veículos A revolução não está só na tecnologia
diesel recentes, de picapes aos embarcada dos veículos, mas
extrapesados. Também deta- também no modo de atender
lhamos todo o funcionamento seu cliente, de diagnosticar e
dos sistemas EGR e SCR, res- reparar motores, de procurar
ponsáveis pelos níveis de emis- melhores preços, de buscar
são dos motores novos dentro informação técnica e divulgar
dos limites da Euro V. seu trabalho. Bem-vindo ao
Toda essa transformação futuro do nosso setor! Conte
tecnológica também afetou sempre conosco como parcei-
os clientes desse mercado, ros nesta (r)evolução!
que precisam investir de for-
ma mais constante em ma- Forte abraço e boa leitura,
nutenção preventiva: desde
as grandes frotas, que con- Fábio Antunes de Figueiredo
Diretor Geral
3
Sumário
w w w. o m e c a n i c o. c o m . b r
ED. 264
EXPEDIENTE
www.facebook.com/omecanico
Seções twitter.com/portalomecanico
Diretores:
12
arte@omecanico.com.br
Gestão editorial:
Assinatura
Tel: (11) 2627-5168
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Distribuição
Tel: (11) 2627-5168
distribuicao@omecanico.com.br
Impressão: Prol Editora Gráfica
22 de redução de emissões
nos motores a diesel 34 vez mais conectado à
internet 38 de repação de veículos
pesados
Tiragem da edição 264 auditada por PwC
Apoio:
Desenvolvimento
ENTREVISTA
ENTREVISTA
bica), temos a unidade da Cummins Emission Maurício: Trata-se de uma solução para
Solutions, responsável pela produção dos o cliente que procura e necessita com agilida-
sistemas de emissões, além do Centro de de de seu equipamento em perfeitas condi-
“
nas para mineração e aplicações marítimas. controle do motor, bomba de combustível de da nossa fábrica, que abastece os dealers
É importante que esse alta pressão e cabeçotes. A gama é oferecida dos OEMs, contabilizados também como
profissional (mecânico) O Mecânico: Quais linhas de motores para a toda linha de motores Cummins. Além pontos de apoio no pós-venda para atender
atualmente são produzidas em nosso país disso, temos a linha de turbos originais rema- à população de caminhões dotados de mo-
se mantenha nufaturada da Cummins Turbo Technologies, tores Cummins.
e qual é a capacidade de produção das fá-
atualizado, por meio bricas? detentora da marca Holset, também com ga-
Maurício: A principal unidade fabril, com rantia de fábrica. O Mecânico: Recentemente, a Cummins
de treinamentos
capacidade de produção de 500 unidades de abriu as portas da sua fábrica para parceiros
específicos de motores por dia, está localizada no município O Mecânico: Qual é a vantagem para do pós-venda. Qual a importância desse tipo
”
capacitação. de Guarulhos (SP), onde estão as áreas de o consumidor em adquirir um componente de ação para a empresa?
motores, geradores e turbos. Próximo ao ae- ou um motor remanufaturado ao invés de Maurício: Temos feito um esforço muito
roporto internacional Franco Montoro (Cum- um novo? grande para contribuirmos com o desempe-
6 7
nho de nossos canais de vendas e serviços, Maurício: Oferecemos cursos em parce-
ENTREVISTA
a fim de fornecer cada vez mais o que este ria com o SENAI, mais especificamente módu-
mercado nos solicita, auxiliando o trabalho de lo de motores diesel completo e parcial, além
todos os profissionais/parceiros do pós-venda, de sistema de injeção. Também promovemos
tanto na parte técnica quanto comercial, para treinamento com técnicos da escola, pois o
reduzir também o custo operacional do usu- sistema de ensino é um multiplicador de co-
ário final. Queremos criar mais proximidade nhecimento.
com o nosso canal de vendas para ampliar o
conhecimento técnico e sobre as vantagens O Mecânico: Considerando o impacto
que os nossos produtos oferecem para o usu- das novas legislações de emissão de poluentes
ário final. na tecnologia dos motores diesel nos últimos
15 anos, como o mecânico independente de
O Mecânico: Na visão da Cummins, qual motores diesel deve se preparar para não ficar
é o peso do mecânico independente dentro para trás na evolução tecnológica do setor?
do planejamento do aftermarket da empresa? Maurício: É importante que esse profis-
Quais ações a Cummins dirige especificamen- sional se mantenha atualizado, por meio de
te para os profissionais das oficinas indepen- treinamentos específicos de capacitação. Os
dentes? motores passam constantemente por atuali-
Maurício: Nós entendemos que o mecâ- zações. Saímos do motor mecânico, passan-
nico é uma parte importante no processo de do com pelo sistema de injeção eletrônica e
pós-venda e temos uma política de incentivo na sequência injeção com parametrização de
para capacitação deste público, seja por meio curva, consumo, torque e potência. Evoluímos
de um canal direto ou via outros profissionais ao Euro V com sistema de emissão e tecno-
que consideramos multiplicadores. logias integradas rumo à telemetria direta e
O Tech Day, por exemplo, é um evento interação no monitoramento do veículo para
promovido pela Cummins que inclui pales- o entendimento e controle do consumo, for-
tras técnicas sobre os produtos e soluções da ça, manutenção, desgaste e custo total de
Cummins e suas demais unidades de negócios operação.
como Cummins Filtraton, fabricante dos pro-
dutos Fleetguard, Cummins Turbo Technolo- O Mecânico: Nos últimos anos, a in-
gies, detentora da marca Holset, e Cummins dústria de pesados, tanto de fabricação de
Emission Solutions, sistemista e líder na pro- veículos quanto de autopeças, vem sendo
dução de sistemas de pós-tratamento. constantemente afetada por crises de dife-
Outra ação é o ‘Cummins Com Você’ que rentes naturezas e motivos. Como a Cum-
segue um escopo semelhante ao Tech Day, mins vê este quadro atualmente? E quais
mas é oferecido para distribuidores e oficinas ações têm tomado para reverter o momento
credenciadas de modo que essas informações desfavorável?
sejam também repassadas, como falei ante- Maurício: Temos pouca influência dian-
riormente. te do cenário atual, mas a companhia pre-
cisa se reinventar na atual conjuntura, fo-
O Mecânico: A Cummins possui parce- cando no desenvolvimento e crescimento.
ria com escolas de ensino técnico para me- Hoje consolidamos os negócios de motores,
cânicos? Qual é a importância da formação e peças e serviços para que as vendas neste
da capacitação do profissional da reparação segmento cresçam tanto em share como em
diesel? lucratividade.
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Bilionésimo freio a disco com design Colette Baterias Moura lança linha de óleo de motor
ACONTECE
ACONTECE
A ZF TRW comemorou a produção de um bilhão O Grupo Moura, conhecido pela produção de baterias,
de freios a disco dentro da família do projeto Colette. ingressa no ramo de óleos lubrificantes. A linha, chamada
“Nenhum outro projeto de freio a disco alcançou de Lubel, já está sendo comercializada em Campinas/SP e
tal aceitação nas estradas mundiais. Hoje pode- poderá ser encontrada em todos os estabelecimentos de au-
mos afirmar que os freios a disco são reconhecidos topeças que já vendem a bateria Moura até o final do ano.
como o método mais eficiente de parar veículos O produto é oferecido nas linhas sintéticas, semissintéticas
leves”, disse Manfred Meyer, vice-presidente da enge- e minerais.
nharia global de freio da ZF TRW.
10 11
de”, declara o instrutor de sistemas diesel da 2) O próximo teste a ser feito é medir a
ESPECIAL DIESEL - INJEÇÃO
5b
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7) O início do diagnóstico do circuito de alta 8) A seguir, faça o teste de isolamento
ESPECIAL DIESEL - INJEÇÃO
12) Com o uso do scanner KTS, ainda é pos- dição de funcionamento. Já o teste de com-
sível fazer outros testes para avaliar a dis- pressão atua com o motor de partida ligado
persão ou irregularidades entre o funcio- por cinco segundos, sem colocar o propulsor
namento dos injetores. Dependendo do em funcionamento. Esse teste também avalia
veículo, é possível testar o motor duran- o quanto cada injetor contribui para o fun-
te a partida (teste de compressão) ou cionamento do motor. Em qualquer um dos
também durante a condição de funcio- dois testes, caso a dispersão entre um cilin-
namento em marcha lenta. Com o teste dro e outro seja muito grande, significa que
em marcha lenta, é possível saber quan- existem falhas no motor, ou no cilindro ou no
9 to cada cilindro contribui para essa con- injetor common rail.
16 17
ESPECIAL DIESEL - INJEÇÃO
Remoção e bancada
13) Para remover o injetor, com o conjunto
de retorno já retirado, solte o conector da
bobina.
Montagem
15a
15b 15c
18
16) A bancada utilizada por Rafael Amorim
ESPECIAL DIESEL - INJEÇÃO
20 21
1.800 ppm do diesel de alguns anos atrás, que Como funciona
ESPECIAL DIESEL - MOTOR
EGR – recirculação
Conheça as características principais dos sistemas de redução dos gases
de emissões que equipam os motores a diesel atuais Para atender aos níveis de emissões deter-
minados pelo Proconve P7, o sistema EGR faz
a recirculação de parte dos gases de exaustão
Flávio Faria Alexandre Villela (daí vem seu nome, “EGR”, sigla inglesa para
“Exhaust Gas Recirculation”), o que significa
E
mbora ainda existam nas ruas, ônibus e No caso dos motores diesel, a evolução dos que parte do gás que sai pelo coletor de esca-
caminhões soltando fumaça preta nas cida- últimos 15 anos foi notável em todos os aspec- pe é recirculado e misturado junto com ar da
des e estradas, felizmente, estão ficando no tos, tanto do lado da engenharia para redução atmosfera admitido pelo motor entrando nova-
passado. Com legislações de restrição às emis- das emissões quanto do próprio combustível, mente em combustão. Esse processo, aliado à
sões de poluentes cada vez mais rígidas, as mon- que desde 2006 tem chegado ao mercado bra- utilização de um catalisador de oxidação do die-
tadoras e fabricantes de motores estão sempre sileiro em versões com cada vez menos enxofre sel e um filtro para material particulado, faz com A tubulação inferior encaminha os
em busca das últimas tecnologias para desenvol- (o mais “limpo” da categoria no Brasil é o S-10, que o veículo atinja tanto os níveis exigidos de gases para o resfriador. A superior é a
ver propulsores que ofereçam o melhor conjunto que traz na sua composição apenas 10 partes NOx (oxido de nitrogênio) quanto os de material entrada do líquido de arrefecimento
de potência, economia e baixo nível de poluição. por milhão do elemento, muito abaixo dos compartilhado do motor
particulado emitido para a atmosfera.
22 23
A válvula EGR é controlada pelo módulo
ESPECIAL DIESEL - MOTOR
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de escape seja recirculada, elevando os níveis de
ESPECIAL DIESEL - MOTOR
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testes para bombas e uma outra para bicos fácil e rapidamente reparados. Sistemas sofis-
ENTREVISTA
ARTIGO
ENTREVISTA
ARTIGO
injetores. Por sinal, totalmente mecânicos. ticados requerem ferramentas sofisticadas e
Aqui também as ferramentas de trabalho se mão de obra qualificada, que nem sempre es-
limitavam às convencionais, complementadas tava à disposição nos rincões do país. E como
por um ou outro gabarito ou acoplamento es- a tecnologia aplicada atendia perfeitamente à
pecial destinado a um outro fabricante. legislação ambiental e de segurança veicular
O mesmo pode se dizer com relação ao vigente na época, por quê complicar? Quanto
conhecimento técnico específico. O que mu- mais simples e robusto, melhor.
dava, de modelo para modelo, eram os alguns
procedimentos (desmontagem, montagem e
ajuste). O básico era sempre o mesmo. Ou
Com alicate, martelo e chave seja: a mecânica ensinada nas escolas técnicas
e principalmente dentro das oficinas, passada
da boca do mestre para o ouvido do aprendiz
H
ouve um tempo no qual mecânica de Com uma simples caixa de ferramentas
veículos pesados era sinônimo de bru- (sempre de grandes dimensões) o Guerreiro
talidade e pouca tecnologia. E não era das Oficinas realizava reparos de emergência
por menos. em quase todos os sistemas de quase todos
Naquela época (e não faz tanto tempo modelos existentes no mercado. As oficinas
assim) os caminhões, até hoje apelidados de autorizadas e especializadas contavam com
“brutos” (devido às suas dimensões e força), um conjunto suplementar de extratores de
assim como os ônibus, eram produzidos prati- outras ferramentas especiais. Sempre mecâ-
camente sem nenhuma tecnologia sofisticada nicas (ou hidráulicas) e sem nenhuma tecno-
embarcada. O sistema elétrico estava restrito logia de ponta.
aos sistemas de carga, partida, velas de aque- Até mesmo o preciso sistema de alimen-
cimento e comando de alguns acessórios. tação seguia praticamente a mesma regra.
Quem está na profissão há mais de 10 anos Como era totalmente mecânico, um “bom-
sabe muito bem disso. bista” precisava apenas de uma bancada de
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Só que as “coisas” mudam.
ENTREVISTA
ARTIGO
32
94 milhões
MERCADO DIGITAL
MERCADO DIGITAL
de brasileiros ou
55% da população
acima dos 10 anos de idade acessa a internet
Mecânico
co conectado
A Revista O Mecânico vem se adaptando à re-
alidade do mercado e mostra que o mecânico já está
P
esquisas apontam que o aumento do uso cliente: é muito mais fácil fazer uma pesquisa
da internet cresce exponencialmente no comparativa na internet do que uma pesquisa Page Views
Acessos
Brasil. Os números divulgados em 2015
pelo Comitê Gestor da Internet (CGI) revelam que
“física” andando ou telefonando de oficina em
oficina, de loja em loja. Nos Estados Unidos,
únicos 4,30
55% da população brasileira acima dos 10 anos
de idade tem acesso à internet, seja pelo compu-
cujo mercado automotivo é modelo para o
restante do mundo, 7 em cada 10 consumi-
1,78 milhões
tador (de mesa ou laptop) ou pelo celular (1). Isso dores pesquisam preços de autopeças na
milhão
2,41
equivale a mais de 94 milhões de pessoas. Em internet, mesmo que a compra seja concluída Páginas
2008, apenas 34% da população na mesma faixa em uma loja física (2). No Brasil, o consumidor visitadas a
etária fazia uso da rede. Evidentemente, números cada vez mais utiliza a internet para se respal- cada acesso
tão significativos possuem impacto direto em um dar na hora de fechar um negócio.
mercado tão relevante quanto o automotivo. Hoje, o mecânico precisa acompanhar abril 2015 abril 2016
Se você é mecânico, basta utilizar o sen- esse ritmo e aproveitar as oportunidades que Perfil de visitação - Portal O Mecânico
so comum para pensar com a cabeça do seu esse novo cenário traz até a oficina.
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Newsletter O Mecânico Facebook O Mecânico
MERCADO DIGITAL
MERCADO DIGITAL
Base consolidada em
425 mil
26 mil e-mails
Taxa de conversão de
curtidas
7,5% Abril / 2016
36 37
QUALIDADE EM SÉRIE
QUALIDADE EM SÉRIE
oficina diesel trabalha, o público é diferenciado
e prima pela velocidade no processo de reparo.
Avaliação
Caminhões e ônibus parados significam prejuí- Dentro da certificação do IQA, o gerente
zo para o cliente”, explica. de serviços do instituto lista os 20 principais
O quadro geral do setor, no entanto, pontos que são avaliados, que também ser-
aponta para um descompasso entre o cres- vem de dicas de melhoria às empresas de re-
cimento da tecnologia embarcada em cami- paração diesel:
nhões e ônibus novos e o desenvolvimento
das oficinas, ainda aquém do que o mercado 1) Organização da empresa: a certifica-
necessita. Sistemas de controle de emissão ção avalia o planejamento os princípios
de poluentes (SCR e EGR) equipam todos os de qualidade e a aplicação das ferramen-
veículos fabricados desde 1º/01/2012, para tas da qualidade (5S). Também é avaliado
que possam atender aos limites de emissões se a empresa tem Visão, Valores e Política
determinados pela Euro V. Sem falar no au- da Qualidade e como são divulgados.
mento da eletrônica embarcada e a presença
cada vez maior de caminhões com freios com 2) Saúde ocupacional: trata da segu-
ABS (obrigatório desde 2014) e câmbio auto- rança do trabalho. Como o trabalho se
mático ou automatizado. dá com peças mais robustas, isso pode
Todos esses itens demandam mais trei- trazer problemas de saúde para o profis-
namento de funcionários e mais investimento sional. Sérgio cita o exemplo da retirada
oficinas diesel
“As oficinas diesel não evoluíram junto com os de EPI e de equipamentos que auxiliem o
veículos pesados, diferentemente das oficinas trabalho para esse tipo de veículo é im-
de automóveis”, declara Sérgio, chamando a portante”, avalia.
atenção para a queda na idade
média da frota de pesados.
Estimulando a qualidade nas empresas de reparação de Para estimular o crescimento
da qualidade do serviço, o IQA
veículos pesados, a certificação traz pontos de melhoria criou em 2015 uma certificação
específica para esse nicho. A cer-
para que o setor evolua juntamente com a tecnologia tificação de oficinas de repara-
ção de veículos pesados leva em
embarcada de caminhões e ônibus conta a necessidade de conheci-
mento específico para reparo de
motores diesel, ferramental mais
Fernando Lalli Arquivo robusto, os equipamentos de me-
dição e diagnóstico de motor die-
O
ficinas dedicadas à reparação de cami- organização e, também, ambientais. “Tudo o sel (como o opacímetro) e o pró-
nhões e ônibus atendem a necessida- que envolve o reparo de um caminhão ou ôni- prio layout da oficina, que deve
des específicas de uma clientela que bus é sempre maior do que no processo em ser adequado para acomodar ve-
utiliza seus veículos unicamente para o traba- um veículo leve”, aponta Sérgio Ricardo Fabia- ículos de maior porte, e também
lho. Por esse motivo, precisam trabalhar de no, gerente de serviços do IQA (Instituto da as características específicas da
forma muito afinada seus processos de gestão, Qualidade Automotiva). “No nicho em que a clientela.
38 39
QUALIDADE EM SÉRIE
40
8) Bancada (suporte) de elevação: se-
QUALIDADE EM SÉRIE
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15) Catálogos: seguindo
QUALIDADE EM SÉRIE
19) Pessoal: a certificação avalia o registro Para mais detalhes sobre os modelos
e a atualização constante de treinamen- de certificação de oficinas do IQA, en-
to dos funcionários. “No setor diesel, a tre em contato pelo telefone (11) 5091-
quantidade de treinamentos e necessida- 4545 ou acesse www.iqa.org.br
de de atualização é maior”, afirma Sérgio.
44
larga (1.540 mm) e 3 cm mais alta (480 mm) Confiabilidade e conforto são as marcas
RAIO X
RAIO X
A dianteira possui para-choque grande, do novo conjunto da Hilux. Este novo con-
faróis mais estreitos e alongados (que na ver- junto permite uma melhora considerável na
são SRX conta que luzes diurnas LED) e capô condução do veículo, deixando-a mais apto
com vincos bem demarcados, conferindo ao ao trânsito urbano
veículo visual mais agressivo que das antigas Segundo a Toyota, o diâmetro dos cilin-
versões. O intercooler foi deslocado para a dros dos amortecedores também foi melho-
frente do motor, enquanto a entrada de ar rado, a fim de atenuar pequenas vibrações
que antes existia no capô não existe mais. provenientes do conjunto. Da mesma ma-
O lançamento vem em seis versões: Chas- neira, a barra estabilizadora foi aumentada
si-cabine 4×4 e câmbio manual; Standard 4×4, e as molas longitudinais da suspensão foram
nas configurações com cabine simples ou du- reposicionadas em 50 mm em direção às ex-
pla, também com transmissão manual de seis tremidades laterais, oferecendo maior segu-
velocidades; SR; SRV; e a top de linha SRX. As rança em curvas acentuadas.
três últimas são equipadas com
tração 4×4 e transmissão auto-
mática de seis velocidades.
Suspensão
diferenciada
Dianteira - Independente,
braços duplos triangulares, molas
diesel de 177 cv
Picape inova visual e powertrain para se firmar
ainda mais no mercado e oferecer um conjunto
robusto e de fácil manutenção
A
Nova Toyota Hilux tem tudo para con- Quando comparada à geração anterior, a
tinuar na ponta das vendas entre as nova Hilux é 7 cm maior (5.330 mm), 2 cm mais
picapes do segmento. Com conjunto larga (1.855 cm) e 4,5 cm mais baixa (1.815
mecânico elogiável, mecânica robusta e visual mm). A única coisa que permaneceu foi o en-
atrativo, o fora de estrada agrada ao condutor treeixos de 3.085 mm, garantindo espaço inter-
e, principalmente, ao mecânico que atuará em no elogiável. A caçamba também aumentou,
sua manutenção. cerca de 0,5 cm maior (1.525 mm), 2,5 cm mais
46 47
Os dados de consumo que são informa-
RAIO X
RAIO X
dos pelo Inmetro para a picape automática
são 9,03 km/l em trecho urbano e 10,52 km/l
em uso rodoviário. Para a nova Hilux com
transmissão manual, os resultados são 9,3
km/l e 11,5 km/l, respectivamente.
A transmissão automática possui seis velo-
cidades, equipando as versões SR, SRV e SRX.
Com nova relação de marchas, está ajustada
para privilegiar arrancada mais vigorosa em pri-
meira marcha, e elevar a economia de combus-
tível em sexta, de acordo com a fabricante. Esta
transmissão traz a tecnologia Super ECT, que
adequa o desempenho do veículo ao estilo de
condução do motorista, quantidade de carga e
à inclinação do terreno.
Já nas versões Standard com cabines simples
e dupla, ou chassi-cabine, há disponibilidade de Equipamentos
nova transmissão manual de seis velocidades,
adequada ao propósito de uso, que é, priorita- A gama de itens de série é ampla e, des-
de a versão de entrada, conta com direção
Freios • Taxa de compressão - 15,06 +-0,2
riamente, o trabalho. A capacidade de reboque
hidráulica progressiva, ar-condicionado, co-
da picape foi melhorada e pode suportar até 3,5
toneladas, com trailer, dependendo da versão. luna de direção com regulagem de altura e
Dianteiros - Discos ventilados com ABS,
• Sistema de injeção direta e eletrônica Outra novidade é que o motorista pode profundidade, medidor de economia de com-
EBD (Distribuição Eletrônica de Força de Fre-
de combustível (tipo Common Rail) adaptar seu estilo de condução à nova Hilux, bustível, aviso sonoro de chave na ignição e
nagem) e BAS (Sistema de Assistência em Fre-
selecionando os modos ECO - que suaviza a luzes acesas, limpador do para-brisa com
nagem de Emergência).
aceleração para condução mais econômica - ou temporizador e nivelador dos faróis. Os freios
Traseiros - Tambor com LSPV (válvula
A Toyota desenvolveu um novo projeto de Power, para uma direção mais vigorosa, pro- contam com ABS com Distribuição Eletrônica
proporcional sensível à carga) e com ABS,
motor diesel e o empregou na nova Hilux. O porcionando respostas mais rápidas para oca- (EBD) e Assistente de Frenagens Emergenciais
EBD e BAS
1GD 2.8L possui quatro cilindros em linha, turbo siões de ultrapassagem ou quando o veículo (BA). No campo da segurança passiva, a pica-
O sistema de freio também foi aprimo-
compressor (TGV - turbo compressor com geo- transporta cargas pesadas por longos percur- pe possui airbags duplos dianteiros, airbag de
rado. Mais preciso e suave no acionamento,
metria variável) e intercooler. Mesmo com 200 sos ou aclives acentuados. joelho para o motorista, cinto de segurança
propicia condução segura no tráfego urbano
cilindradas a menos do que o motor Toyota 1KD de três pontos na dianteira com pré-tensio-
e no fora-de-estrada.
da geração anterior, este propulsor possui cerca nadores, limitadores de força e alarme que
de 6 cv a mais (177 cv a 3.400 rpm) de potência. avisa o não-afivelamento do cinto. Adicional-
Powertrain de respeito Já com relação ao torque, houve aumento de mente, as versões cabine dupla trazem cintos
22% - isso na versão com transmissão manual de segurança de três pontos (com alarme de
• Toyota Diesel 2.8L 16V Turbo (42.8 kgfm entre 1.400 e 2.600 rpm) - e um au- alerta) e três apoios de cabeça no banco tra-
mento de 25% na versão com transmissão au- seiro; pontos de ISOFIX para ancoragem de
• Potência (cv/rpm): 177/3.400 tomática (45.9 kgfm entre 1.600 e 2.400 rpm). cadeira de crianças.
Segundo informações da Toyota, o desem- A estrutura do veículo foi projetada para
• Torque (kgf.m/rpm)45,9/1600 (AT) penho foi aperfeiçoado graças às melhorias suportar e absorver impactos frontais em até
aplicadas ao sistema de injeção e de admissão. 15% mais do que na antiga versão. Esta me-
• Cilindrada (cm3) - 2.755 Quando se fala em durabilidade e facilidade na lhoria trouxe resultados no crash-test do Latin
manutenção, a principal novidade é a utilização NCAP, no qual a picape conseguiu 5 estrelas
• Diâmetro x Curso do pistão (mm) de corrente de sincronismo ao invés de correia para proteção de adultos e 4 estrelas na pro-
92,0 x 103,6 dentada. teção de crianças.
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Olá, amigo Mecânico!
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Injeção teimosa Freio de reboque
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Dois judeus discutiam fervorosamente: – Olha, meu filho, preste atenção nos
HUMOR
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