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LAUDO PERICIAL

VIBRAÇÃO
OCUPACIONAL

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Sumário
1. IDENTIFICAÇÃO .....................................................................................................................................3
2. OBJETIVO ...............................................................................................................................................3
3. ATIVIDADE PRINCIPAL DA RECLAMADA ................................................................................................3
4. LOCAL, DATA E HORA DA INSPEÇÃO PERICIAL ......................................................................................3
5. PERÍODO LABORAL ................................................................................................................................3
6. ACOMPANHANTES DA INSPEÇÃO PERICIAL ..........................................................................................3
7. IDENTIFICAÇÃO DO LOCAL LABORATIVO ..............................................................................................3
8. ATIVIDADES LABORARIAS DESENVOLVIDAS PELO RECLAMANTE .........................................................5
9. MÁQUINAS, MÓVEIS, UTENSÍLIOS E PRODUTOS QUÍMICOS UTILIZADOS NO PROCESSO LABORATIVO
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10. ETAPAS DO PROCESSO OPERACIONAL ..............................................................................................6
11. RISCOS OCUPACIONAL: VIBRAÇÃO ...................................................................................................6
12. TECNOLOGIA DE PROTEÇÃO UTILIZADA NO PROCESSO OPERACIONAL À EXPOSIÇÃO AO AGENTE
DE RISCO VIBRAÇÃO ......................................................................................................................................6
13. MEDIDAS DE SEGURANÇA ADOTADAS PELA RECLAMADA ...............................................................6
14. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL .................................................................................................................6
15. METODOLOGIA DE TRABALHO ..........................................................................................................7
16. QUANTO AO RISCO OCUPACIONAL VIBRAÇÃO .................................................................................7
17. CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................................................19
18. CONCLUSÃO ....................................................................................................................................20

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1. IDENTIFICAÇÃO
Dados do Reclamante
Dados da Reclamada

2. OBJETIVO
O presente laudo refere-se à perícia técnica realizada nas
instalações da INDÚSTRIA DE ALUMÍNIOS LTDA, em especial
nos locais laborados pelo Reclamante, com o objetivo de
identificar a existência, ou não, da insalubridade nas atividades
exercidas pela Reclamante e responder aos quesitos
formulados pelas partes nos autos nº 14/2011 de reclamação
trabalhista.

3. ATIVIDADE PRINCIPAL DA RECLAMADA


Produção de utensílios domésticos de alumínios.

4. LOCAL, DATA E HORA DA INSPEÇÃO PERICIAL


Os trabalhos periciais foram realizados no dia 02 de julho de
2012, às 14h00, na sede da reclamada onde atuou o reclamante
em Francisco Beltrão – PR.

5. PERÍODO LABORAL
O reclamante iniciou suas atividades na empresa reclamada no
dia 02 de abril de 2001, para atuar na função de polidor, e veio
a rescindir seu pacto laboral 01 de maio de 2011.

6. ACOMPANHANTES DA INSPEÇÃO PERICIAL


a) Gerente Comercial da Reclamada;
b) Procurador do Reclamante;
c) Reclamante.

7. IDENTIFICAÇÃO DO LOCAL LABORATIVO

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O reclamante quando no desenvolvimento de sua função de
motorista, permaneceu habitualmente no setor de polimento,
conforme imagens a seguir:

FOTO 1 – Equipamento instalado na cintura do operador e o


sensor na sua mão esquerda.

Foto 2 – Atividade de polimento de utensílios domésticos com roda


polidora de maior diâmetro.

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Foto 3 – Detalhe do sistema eletrônico do equipamento de
avaliação de vibração

8. ATIVIDADES LABORARIAS DESENVOLVIDAS PELO


RECLAMANTE
Atividade Freqüência
Operar a máquina de polimento:
a) Ligar e desligar a máquina;
b) Passar massa polidora na
roda; Período integral laborativo.
c) Segurar as peças de
alumínio e posicionar na
“roda” polidora.

9. MÁQUINAS, MÓVEIS, UTENSÍLIOS E PRODUTOS


QUÍMICOS UTILIZADOS NO PROCESSO LABORATIVO
a) Móveis que existiam no ambiente: prateleiras e bancadas;
b) Utensílios de trabalho: cadeira,utensílios domésticos;
c) Máquinas utilizadas: máquina polidora;
d) Produtos químicos utilizados: massa polidora e poeira metálica
(alumínio).

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10. ETAPAS DO PROCESSO OPERACIONAL
O Reclamante atuou em todo o seu período laboral no mesmo
processo operacional, ou seja, realizando o polimento de utensílios
domésticos de alumínio.

11. RISCOS OCUPACIONAL: VIBRAÇÃO


O objetivo específico da inspeção pericial suplementar é de avaliar
quantitativamente à exposição ao agente físico vibração
ocupacional a que o Autor ficou exposto durante todo o período
laborativo de forma habitual e permanente.

12. TECNOLOGIA DE PROTEÇÃO UTILIZADA NO


PROCESSO OPERACIONAL À EXPOSIÇÃO AO AGENTE
DE RISCO VIBRAÇÃO
Durante as avaliações se constatou que a reclamada não forneceu
os EPIs – Equipamentos de Proteção Individual e/ou EPCs –
Equipamentos de Proteção Coletiva ao agente de risco físico
VIBRAÇÃO.

13. MEDIDAS DE SEGURANÇA ADOTADAS PELA


RECLAMADA
Na perícia técnica se identificou os mecanismos e medidas de
segurança para preservação da saúde de seus funcionários,
adotados pela empresa, listados a seguir:

a) PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais;


b) PCMSO – Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional;
c) Exames admissionais, demissionais e de rotinas;
d) Treinamentos de segurança do trabalho;
e) Fichas de entrega de EPIs;

14. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL


Todas as ações foram fundamentadas na PORTARIA 3.214/78
especificamente ao ANEXO 8.

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15. METODOLOGIA DE TRABALHO

O inicio das atividades pericias compreendeu a identificação junto à


parte do objetivo desta perícia e o detalhamento dos
procedimentos para o reconhecimento e avaliação do risco
ambiental para possibilitar responder aos quesitos apresentados
nos autos.
Foi solicitado aos representantes da reclamada que relatassem as
funções e atividades desenvolvidas pela reclamante durante o
período de contrato com a reclamada. Posteriormente seguiram os
presentes até o ambiente paradigma daquele onde o reclamante
laborou para reconhecimento do local e das atividades paradigmas.
Avaliei a atividade executada no ambiente de trabalho atual, que
conforme relato dos presentes não sofreu alterações significativas
em relação ao período de trabalho do reclamante.

16. QUANTO AO RISCO OCUPACIONAL VIBRAÇÃO

16.1. INTRODUÇÃO – O QUE É VIBRAÇÃO

A Vibração pode ser definida como qualquer movimento que o


corpo executa em torno de um ponto fixo. Esse movimento pode ser
regular, do tipo senoidal ou irregular, quando não segue nenhum
movimento determinado. Um corpo é dito em vibração quando ele
descreve um movimento oscilatório em torno de um ponto de referência.
O número de vezes de um ciclo completo de um movimento durante um
período de um segundo é chamado de freqüência e é medido em Hertz
[Hz]. O movimento pode consistir de um simples componente ocorrendo
em uma única freqüência.

1.6.2. CLASSIFICAÇÃO DA VIBRAÇÃO - DEFINIÇÕES

1.6.2.1. VIBRAÇÕES LOCALIZADAS – MÃO-BRAÇO

São vibrações que atingem certas regiões do corpo,


principalmente as mãos, braços e ombros e normalmente ocorrem
em operações com ferramentas manuais vibratórias: marteletes,
britadores, rebitadeiras, compactadores, politrizes, motosserras,
lixadeiras, peneiras vibratórias, furadeiras.

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Os limites de tolerância para esse tipo de vibração são fornecidas
pela ISO 5349 - 1:2001 "Mecanical vibration: measurement and
evalution of human exposure to hand-transmitted vibration", que
utiliza um sistema de coordenadas ortogonais x, y e z, cuja origem
está no dedo médio e DIRETIVAS EUROPÉIAS.
 X - Das costas para a palma da mão
 Y - Do dedo mínimo para o dedo médio
 Z - Do dedo médio para a frente

16.2.2 NORMAS INTERNACIONAIS

 ISO 5349:1986 - VIBRAÇÕES TRANSMITIDAS À MÃO


 ISO 5349-1:2001 - VIBRAÇÕES TRANSMITIDAS À MÃO
 ISO 5349-2:2001 - VIBRAÇÕES TRANSMITIDAS À MÃO
 LIMITES DA ACGIH
 DIRETIVA EUROPÉIA 2002/44/EC

16.2.3 ISO 5349/86, 5349-1/01, 5349-2/01

A Normas ISO 5349 são consideradas documentos


normativos que estabelecem os valores de exposição diária de
aceleração em A(8), porem não há um limite estabelecido e sim
probabilidades de ocorrência de determinadas lesões.

16.2.4 ACGIH - VIBRAÇÕES LOCALIZADAS (MÃO-BRAÇO)

A avaliação das vibrações localizadas de membros


superiores (mão-braço) deve ser realizada com base nos critérios
da ISO 5349 e suas alterações, esta mensuração deve ser
realizada para cada eixo (x, y e z), por meio da aceleração
ponderada, rms, correspondente ao eixo dominante. No entanto, a
nova versão da ISO 5349 (2001), a ACGIH (1999) ainda utiliza em
sua norma a ponderação em frequência da ISO 5349 (1986). Além
do que, a relação dose resposta contida no anexo C é consistente
com relação à dose resposta da norma anterior.

16.2.5 DIRETIVA EUROPÉIA 2002/44/CE

A Diretiva aplica-se a todas as atividades onde os


trabalhadores possam estar expostos, durante o trabalho, a riscos
devidos a vibrações mecânicas. Estes valores-limite de exposição
e os valores de exposição que desencadeiam a ação são
diferentes conforme é realizada a transmissão da vibração. No
caso das vibrações transmitidas ao sistema mão-braço, o valor-
limite de exposição diária normalizada, correspondente a um
período de referência de 8 horas é de 5,0m/s² e o valor de
exposição diária normalizada que desencadeia a ação é de
2,5m/s². No caso das vibrações transmitidas ao corpo humano, o
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valor-limite de exposição diária normalizada, correspondente a um
período de referência de 8 horas é de 1,15m/s² e o valor de
exposição diária normalizada que desencadeia a ação é de
0,5m/s².

16.3 CRITÉRIOS ADOTADOS

A avaliação ocupacional de vibração baseou-se nos critérios de


avaliação estabelecidos pela NR-15 – anexo 08 – onde esta estabelece a
perícia visando a comprovação ou não da exposição e deve-se tomar por
base os limites de tolerância definidos pela Organização Internacional
para a normalização – ISO 5349/86, 5349-1/01 e 5349-2/01.

A vibração pode ser caracterizada pelo deslocamento, velocidade


ou aceleração, ou ainda, em decibéis; no entanto, a aceleração tem sido
extensivamente utilizada como unidade em vibrações. Os valores de
referências, em cada unidade de medida são:

Unidade Comum dB
aceleração 10-6 m/s² -5
10 m/s²
velocidade 10-9 m/s 10-8 m/s
deslocamento 10-12 m 10-11 m

Para se avaliar um sinal vibratório devem ser conhecidas algumas


medidas:

 os valores de pico, que indicam os valores máximos, mas não


trazem qualquer informação acerca da duração ou tempo de
movimento, é particularmente usado na indicação de níveis de
impacto de curta duração;
 os valores médios, que indicam apenas a média da exposição sem
qualquer relação com a realidade do movimento, é usado quando
se quer se levar em conta um valor da quantidade física da
amplitude em um determinado tempo;
 o valor da raiz média quadrática (rms) ou valor eficaz, que é a raiz
quadrada dos valores quadrados médios dos movimentos, é a mais
importante medida da amplitude porque ele mostra a média da
energia contida no movimento vibratório. Portanto, mostra o
potencial destrutivo da vibração;
 o fator de forma e o fator de crista permitem conhecer a
homogeneidade do fenômeno em estudo ao longo do período.
Valores de fator de forma próximos de √2 indicam fenômeno do
tipo senoidal;
 o fator de crista e o fator de forma permitem conhecer a
homogeneidade do fenômeno em estudo ao longo do período.
Grandes valores para o fator de crista indicam a presença de
algum pico destacado, provavelmente resultante de fenômenos
repetitivos a intervalos regulares;
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Do ponto de vista técnico o interesse é em determinar as características
das vibrações que podem ser nocivos ao ser humano, proveniente de
suas atividades laborais.

16.4 INSTRUMENTAL UTILIZADO

Equipamento – VIB008 – Analisador de Vibrações – 01dB –


Metravib Informações Técnicas – Com base numa abordagem de
multipontos metrológicos, a solução técnica consiste na implantação de
um conjunto de medidores de vibração no local de trabalho, que são
operados com um controle remoto utilizando comunicação sem fio
(wireless). Este sistema simples e não-intrusivo é uma ferramenta
valiosa para a aplicação de novas regulamentações.

O Vib008 é constituído de uma capa resistente e miniaturizada que


aloja a unidade de aquisição e processamento do sinal, a memória de
armazenamento de dados, a bateria e o sistema de transferência de
dados. Somente com um controle remoto, tipo Pocket PC, com o software
dBA(8) é necessário para controlar até 5 equipamentos simultaneamente
em tempo real. Com a tecnologia de comunicação sem fio
Bluetooth, Vib008 oferece excelente desempenho e praticidade, e permite
medir simultaneamente os níveis de vibrações em 3 eixos (X, Y, Z), de
pico, de calcular a dose vibratória projetada A(8), de realizar analise
espectral em 1/3 de oitavas, gravar sinal áudio, e de comparar os valores
medidos aos limites da legislação automaticamente. OBS - Atende as
normas ISO2631 e ISO5349, diretiva europeia 2002/44/EC e
recomendações da ACGIH (OSHA).

16.4.1 CARACTERISTICAS TÉCNICAS DO EQUIPAMENTO

 Medições simultâneas níveis de vibração em 3 eixos;


 Aceleração, pico, pico-pico, fator pico, rms, A(8;
 Gravação de sinal (amostragem programável);
 Comunicação sem fio Bluetooth;
 Controle de até 5 medidores simultâneos;
 Gestão de configurações de medição;
 Gestão de grupos homogêneos de exposição;
 Exibição em tempo real dos dados medidos, em tela colorida (Pocket
PC, Cellular 3G, Notebook, etc.);
 Gerenciamento e transferência dos arquivos de medição;
 Auto Run: Liga e desliga automaticamente;
 Alimentação: Bateria recarregável 3,7V;
 Autonomia da bateria: 20h;
 Dimensões: 105 x 60 x 25mm;
 Peso: 135g;

16.4.2 SOFTWARE – ANALISE DE DADOS

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Software dBMAESTRO: parecer técnico sobre os limites de
exposição conforme diretiva europeia 2002/44/EC e recomendações
ACGIH.

16.5. METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO

Medição da exposição a vibrações no corpo humano com emissão


de relatório de avaliação da exposição dos colaboradores conforme
Grupo Homogêneo de Exposição (GHE) identificado a campo nas
situações reais de trabalho. Serão seguidas as recomendações e limites
das Normas ISO 5349, ACGIH e DIRETIVA EUROPÉIA 2002/44/CE para
vibrações localizadas em mãos e braços. O critério de avaliação será o
mais conservativo, isto é, levará em consideração a curva base de
ponderação da vibração no corpo humano na direção mais crítica
relacionada à atividade do colaborador.

Devido característica das funções e as atividades desenvolvidas


(polimento de peças), as análises foram realizadas utilizando o método
“mão-braço”. As medições são realizadas em escala logarítmica para
posteriormente serem convertidas em m/s² (rms) utilizando o software
para análise de dados, onde foram determinadas a coleta e medidas em
1/3 de oitava nas direções recomendadas pela norma ISO 5349, ACGIH e
DIRETIVA EUROPÉIA 2002/44/CE.

Como forma de referência temos:


 Para mãos e braços a norma ISO 5349 não estabelece critério
limite em função do tempo de exposição na atividade.

16.6. VIBRAÇÃO LOCALIZADAS (MÃOS-BRAÇOS)

A vibração localizadas de membros superiores (mão-braço) é uma


vibração que é transmitida para as mãos e braços quando utiliza
equipamento de trabalho a motor de comando manual. Demasiada
exposição à vibração localizadas de membros superiores pode causar a
síndrome de vibração das mãos e braços (HAVS), síndrome de dedo
branco e síndrome do canal cárpico.

16.7. A DESCRIÇÃO DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO E O TEMPO DE


EXPOSIÇÃO ÀS VIBRAÇÕES

Local de Trabalho - As atividades desenvolvidas diariamente no


acabamento de peças em alumínios, onde é realizado o polimento das
peças de alumínio, de forma individual com auxilio de máquina de
polimento fixa, barracão com paredes em alvenaria, piso em concreto,
cobertura em aço zincado sustentado por estrutura metálica, ventilação
natural e iluminação natural complementada com artificial.

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Regime de Trabalho - O regime de trabalho na operação de máquina de
polimento de produção é de 08:00h diárias.

16.8. O RESULTADO DA AVALIAÇÃO QUANTITATIVA

16.8.1. ANALISE DOS DADOS

Os estudos foram realizados a fim de identificar a exposição ao


agente vibração levando em consideração o Grupo Homogêneo de
Exposição (GHE). Com base nos dados coletados, foram calculadas as
Acelerações Equivalentes (AEQ) e as Acelerações Normalizadas (A(8)). O
levantamento de dados constou de analise do ciclo de trabalho e
determinação do tempo de exposição em cada tarefa (operação de
máquina fixa para polimento de alumínio) realizada ao longo da jornada
de trabalho, tendo sido realizadas medições da aceleração em m/s².
Deste modo os valores já calculados foram comparados com as
especificações da ISO 5349, ACGIH e DIRETIVA EUROPÉIA 2002/44/CE
para vibrações localizadas em mãos e braços.

Limite de exposição da ISO 5349-1

 A norma ISO 5349, refere-se aos requisitos gerais e guia prático


para a avaliação da exposição a vibrações transmitidas ao sistema
mão-braço no local de trabalho, apresentando em seus anexos
uma estimativa de dose-resposta a fim de determinar a ocorrência
da síndrome de dedos brancos, portanto defini critérios para a
redução dos riscos provocados pela vibração.

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Fonte: anexo C – ISO 5349-1/2001

Limite de exposição da ACGIH

o A ACGIH estabelece limites de exposição para vibrações transmitidas ao


sistema mão-braço, porem ressalva o fato de estes limites não serem por
si só suficientes para evitar doenças relacionadas com as vibrações
devido a suscetibilidade de cada individuo e a falta de dados que
conduzam a uma associação dose-resposta mais eficaz. Refere também
que a medição das vibrações deve ser realizada com base nos
procedimentos e instrumentação especificados pela norma ISO 5349.
Portanto a avaliação das vibrações deve ser feita em cada eixo (x, y e z)
e a comparação com os limites da ACGIH deve ser feita tendo por base a
aceleração ponderada em frequência, eficaz, correspondente ao eixo
dominante.

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Fonte: ACGIH 2008

Limite de exposição da DIRETIVA EUROPÉIA 2002/44/CE

Fonte: DIRETIVA EUROPÉIA 2002/44/CE

16.8.2. LOCALIZAÇÃO E FIXAÇÃO DO ACELEROMETRO

As medições devem ocorrer na região onde a vibração é


transmitida ao sistema mão-braço. O acelerômetro é montado
preferencialmente na parte central da zona de preensão, o que
corresponde ao meio dos punhos, sendo que esta localização é a mais
representativa para avaliação da vibração que atinge as mãos conforme a
ISO 5349.

16.8.3. ANALISE QUANTITATIVA

POLITRIZ FIXA

 Máquina: Politriz Fixa


 Funcionamento: motor elétrico
 Região Atingida: Mão e Braço.
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 Medições: X, Y e Z, e, espectro 1/3 de oitava em “Y”.
 Atividade Desenvolvida: polimento de peças de alumínio em
máquina fixa.

Dados Obtidos

 Tempo de Exposição – 08horas diárias


 Aceleração Ponderadas nos eixos
o X – 1,86m/s²
o Y – 3,35m/s²
o Z – 2,06m/s²
 AEQ – 4,34m/s²
 A(8) – 4,34m/s²

Obs - O nível de vibração ponderado nos eixos, Acelerações Equivalentes


(AEQ) e as Acelerações Normalizadas (A(8)), foram calculados e
determinados através de software (dBMaestro), segundo especificações
da Norma ISO 5349, ACGIH, Diretiva Europeia 2002/44/EC.

Histórico no Tempo

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Norma ISO 5349

A Aceleração Normalizada - A(8) - e a Aceleração Equivalente - AEQ – foram


obtidas porem a Nora ISSO 5349 não estabelecem limites de tolerância, apresenta tão
somente um diagrama dose-resposta, deixando que cada país estabeleça seus
próprios limites.

Duração total da exposição em anos, necessária para ocorrência da síndrome


dos dedos brancos em 10% dos expostos.

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Segundo a equação Dy=31,8 x (A8)-1,06 , pode ser obtida o tempo estimado em
que o trabalhador poderá adquirir a síndrome do dedo branco. Assim tem-se:

Dy=31,8 x (A8)-1,06
Dy=31,8 x (4,34)-1,06 = 6,7anos

ACGIH

O limite de tolerância para exposição a vibração localizada mão-braço por um


perídio de 8 horas é de 4m/s2, assim a vibração em um dos eixos é dominante em
relação o aos demais, portanto se os valores de aceleração em um ou mais eixos
ultrapassarem os valores da exposição diária total, o limite estará excedido.

Aceleração Ponderadas nos eixos


o X – 1,86m/s²
o Y – 3,35m/s²
o Z – 2,06m/s²

A(8) – 4,34m/s²

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Fonte: ACGIH 2008

Segundo as recomendações da ACGIH, o valor vibração no eixo é dominante


(Y), para a exposição entre 4horas e 8horas esta fixado abaixo do limite de tolerância
estabelecido.

Diretiva Européia 2002/44/CE

Software – dBMaestro Versão 5.2

 Aceleração Ponderadas nos eixos


o X – 1,86m/s²
o Y – 3,35m/s²
o Z – 2,06m/s²
 AEQ – 4,34m/s²
 A(8) – 4,34m/s²

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Segundo as recomendações da Diretiva Européia 2002/44/CE, o valor da
Aceleração Normalizada A(8), para a exposição de 8horas esta fixado acima do nível
de ação e abaixo do limite de tolerância estabelecido.

16.8.4. RECOMENDAÇÕES – MEDIDAS DE CONTROLE

No caso estudado, na máquina avaliada foram detectadas a exposição


ao agente físico vibração (segundo classificação de NR-09), acima dos
níveis de ação, porem abaixo dos limites de tolerância de acordo com as
normas técnicas apresentadas, e, assim recomenda-se:

 Buscar meios e dispositivos adequados para redução do agente


físico vibração localizada em mãos e braços;
 Limitar o tempo de exposição dos trabalhadores à vibração sempre
que possível;
 Não permitir que pessoas não autorizadas ou treinadas realizem
estas atividades;
 Manter a máquina em boas condições, observação a manutenção
de componentes mecânicos por meio de inspeção e controle
permanente (manutenção preventivas e corretivas).

17. CONSIDERAÇÕES FINAIS


O trabalhador tem por atribuição realizar o polimento de peças de
alumínio em máquina politriz fixa com acionamento elétrico. Assim a
vibração localizada (mão-braço) esta presente no caso avaliado e
considerando o disposto na NR-15 – Anexo 08, os Grupos Homogêneos
de Exposição (GHE) apresentado possuem a seguinte condição de
acordo com a analise que se apresenta deste estudo:

 Norma ISO 5349 – indica a necessidade de buscar reduzir os


valores de vibração atuais a fim de prevenir doenças ocupacionais
ao longo da jornada de trabalho, bem como aumentar o tempo de
estimativa apresentado.

 ACGIH – indica que o valor vibração no eixo é dominante (Y), para


a exposição entre 4horas e 8horas esta fixado abaixo do limite de
tolerância estabelecido.

 Diretiva Européia 2002/44/CE – indica que o valor da Aceleração


Normalizada A(8), para a exposição de 8horas esta fixado acima
do nível de ação e abaixo do limite de tolerância estabelecido.

Contudo, com o objetivo de realizar um controle eficaz da


exposição e um possível controle das doenças ocupacionais
provocadas pela vibração, e, a fim de garantir a proteção do
trabalhador contra riscos existentes nos ambiente de trabalho,
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visando reconhecer e quantificar o agente vibração, bem como
especificações técnicas das proteções coletivas e individuais,
cronograma de implantação destas proteções é de inteira
responsabilidade do EMPREGADOR, bem como a implantação na
prática de todos os itens aqui descritos.

18. CONCLUSÃO

Quanto a exposição ao agente de risco físico VIBRAÇÃO dos braços:

Discussões conforme ANEXO nº 8 da NR 15, “As atividades e


operações que exponham os trabalhadores, sem a proteção adequada,
às vibrações localizadas ou de corpo inteiro, serão caracterizadas como
insalubres, através de perícia realizada no local de trabalho”. “A perícia,
visando à comprovação ou não da exposição, deve tomar por base os
limites de tolerância definidos pela Organização Internacional para a
Normalização – ISSO, em suas normas ISSO 2631 E ISO/DIS 5349 ou
suas substitutas, conclui-se que o Autor ficou exposto ao agente físico
VIBRAÇÃO de forma habitual e permanente, considera-se como condição
aceitável, portanto, não há enquadramento legal para a percepção do
adicional de insalubridade.

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