No capítulo, Canclini discute quatro noções contemporâneas de cultura, incluindo a cultura como forma de conformar consenso e hegemonia, legitimando relações de diferença e desigualdade, e a cultura como dramatização eufemizada dos conflitos sociais, implicando processos de poder nos significantes culturais.
No capítulo, Canclini discute quatro noções contemporâneas de cultura, incluindo a cultura como forma de conformar consenso e hegemonia, legitimando relações de diferença e desigualdade, e a cultura como dramatização eufemizada dos conflitos sociais, implicando processos de poder nos significantes culturais.
No capítulo, Canclini discute quatro noções contemporâneas de cultura, incluindo a cultura como forma de conformar consenso e hegemonia, legitimando relações de diferença e desigualdade, e a cultura como dramatização eufemizada dos conflitos sociais, implicando processos de poder nos significantes culturais.
interculturalidade. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2007.
No primeiro capítulo de Diferentes, Desiguais e Desconectados, Canclini menciona
quatro noções contemporâneas possíveis para o termo cultura, que levam em consideração não somente seus processos e conteúdos simbólicos, mas também “sociomateriais”. Nos interessa aqui, particularmente, a terceira e a quarta delas. A terceira delas sugere a cultura “como uma instância de conformação do consenso e da hegemonia, ou seja, de conformação da cultura política e da legitimidade” de maneira que “os recursos simbólicos e seus diversos modos de organização têm a ver com os modos de auto-representar-se e de representar os outros nas relações de diferença e desigualdade, ou seja, nomeando ou desconhecendo, valorizando ou desqualificando”. A quarta sugere a “cultura como dramatização eufemizada dos conflitos sociais”, noção bastante similar à terceira em termos de processo de poder, diferindo apenas por haver nesta última certa intencionalidade inconsciente pelos agentes dos significantes nela implícitos.1