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SBN 978-85-90085-37-9
I III ~ I
9 788590 085379
GERAL O KINDERMANN
PROFESSOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARll'IA
Volume 3
Edição
do
Autor
Florianópo lis - se
2008
)
)
© by Geraldo Kindermann
]ª edição: 2008
Agradecimentos
Capa: Marcos Fischbom
Revisão: Roberto de Souza Salgado o autor agradece em especial
Editoração: Geraldo Kindermanll
)
.:. A minha família: Maria das Dores (esposa) e aos fi lhos:
Katiuze, Krisley e Lucas, pela ajuda na logística e na digitação
Ficha Catalográfica do texto .
)
II I II
1. 1t: 0ettilo Itil-{c:rtll n.}s T ç lTlll1a i ~ {jtmdt)r SIJlI:J'(Jno ""'" .. ... '" .. " .. " .... 5\1
L1l)
Capítulo 2 - Proteção de Barras
1.1 9 Sisl~ma Al~ rraJ c, ......... ,................... " """" ....... .... ............. '''''''''' ... 5.2
LI Introd uçào ..................................... ....... . . .. " 126
] .20 Sisl~m3 Isolado ..... ................ .. .......... " .. " ........... .. .. ...... ..... .. ... ""." ... .... 5.2
Defeito na Barra ...................................... " .................................... ........ . 12"'1
1. 21 Sistema Aterrado com Resistência ................ ...... .. .. .......... " ... ...... .. .... .......... 5-1
Proteçào para Defeito na Barra ...... .. .. .. ........................................... ............ 128
1.22 Sistema Aten'ado com Resistênc ia no Enrolamento ~ do Transformador de
2.4 Proteção de Barras ............... ..... .............. .... ....................... ... ......... ............. 129
Ale rramento ............ ... ........ ............ .... ........... ..... ...... ........ ..""."" .. "" ... " .. ... .. 7 1
2.5 Proteçào Diferencial de Barras com Relé de Sobrecorrente ......... ....... ...... . 129
1.23 TP Único"."." .. " .. . " " ... . " .... " .. " ... " ....... .... ...... ............... "."."" .... " .. .... .... .... 76
2.6 Proteção Diferencial Percentual de Bana ..... ................... ............ ...... .. .. ..... 138
1.24 AteITamento RessonaJlte .. " .... " ....... "." ........... " ..... " .......... " ... "" ... " ........... " 79
2.7 Proteção de Barra de Alta Impedância .. .......... ................. ... ... .................... 141
1.25 Sistema Aterrado com Bai xa Impedância .......................................... .... .... .. . 80
2.8 Proteção de Bana por Comparação Direcional ............ .... ............... .... .. .... . 142
1.26 Sistema Aterrado ......................... " ............................ ................... ..... ...... ..... 86
2.9 Proteção de Bana por Acop lador Linear ...... ....... ...... ............. .... ................ 145
1.27 Proteção de Máquina Síncrona com Aterramento Sólido .... "." ...... .. ............ 86
2.10 Ananjos de Banas de Subestação ............ .......................... .. ..... ...... ... ....... 152
1.28 Proteção Diferencial da Máquina Síncrona COIll Aterramento por uma
Impedância ... ... .... ." .. ..... ....... ..... .............. .... .......... ... ..... ...... ........ .. .............. .. 87 2.1 1 Bana Simples .... .............................. ....... ............ .................... .. .. ...... .. ........ 153
1.29 Proleção de Máquina Síncrona pel a 3" Harmônica ................... " .... " .... ........ 88 2. 12 Barra Simples Seccionada .... ..... ...................... ................. .. ........................ 155
1.30 Proteção de Defeitos à Terra no Rotor............................. ............ ... ..... ......... 96 2. JJ Barra em Anel Seccionada ......................................................... .. ............... 161
1.31 Energização Ac idental do Gerador Síncrono ............. " .. ............................ .. . 98 2. 14 Ananjo Barra Principal e de Transferência " ''''' '''''''' ' '''",,,,, ,, ,,,,,,,,,, ,, ,,,,,,,, 165
1.32 Proteção de Retag uarda do Gerador Síncrono ......................................... .. . 100 2.15 Barra Dupla a 4 chaves .. ..... .... ...................... .. ........................... .. ........ .. .. ... 170
1.33 Proteção de Mínima Impedância ............ , .... ....... ....... ................ ... .. ...... .... " 101 2. 16 Barra Dupla a 5 chaves ....................... .... ................. .. ................................. 174
1.34 Proteção de Sobrecorrente ................. .. ......... .. ... .... ... .................. .. " ............ 106 2.17 Disjuntor e Meio .............................. ........ ..... .... ... .. ..... .. .. .... ...... ... .. ............. 175
1.35 Proteção ele Perda de Potencial.. ......... ....................................... .. ...... .. ....... 107 2.1 8 Arranjo Tipo Barra Dupla e Disjuntor Duplo ... .. .. .. ......... ... .... .................... 179
1.36 Re lé de Bloqueio " ''' '''' ''''''''''''''''''''' '' '''''''''''''''''''''''''''''''''''' '' ''' ''''''''''''''' 108 2. 19 Arranjo Tipo Disjuntor e um Terço .. .. ......... .... .. ....................... .................. 181
] .37 Proteção de Sobrecorrente com Restrição de Tensão .... ............................. III
1.38 Proteção contra Motorização .. , .... .. .. .. ....................... .... ........ .. .................... 1 12 Capítulo 3 - Proteção de Reatores
1.39 Proteção dos Mancais ............................ .. .................................... .. ............. 113 3.1 Reator de L inha .. ... .... ..... ............................... .. ................... ........... .............. 183
1.40 Proteção Contra Sobrevelocidade ..... .. ..... .... ........ .. ....................... .... .......... 115 3.2 Reator de Núcleo de Ar .. ......... ................................................. ...... ...... ... ... 185
1.41 Proteção de Vibração ........ .. .. ........ ... .... .... .. ............... .... .. ....... .... ... .. ........ .. .. ] 17 3.3 Reator de Núcleo de Magnético com Gaps Imerso em Óleo ........ .. .. .......... 186
1.42 Grade de Tomada D'água ...... .. .......... .... .... """"' " '''''' '' '' ............................ 117 3.4 Proteção do Reator de Núcleo de Ar ............. ................. ................ .. ... ....... 187
1.43 Comporta de Tomada D'água .. ...... .. ..... .... .................. .. .............. .. .............. 11 8 3.5 Proteção do Reator a Óleo .............. .. ... ........ ...... .. .......... .. .... .. ..................... 189
1.44 Proteção contra Freqüência Anormal .. .. .. .. .... .. ....................... ......... .... ....... 118
1.45 Efe itos da Freqüênc ia na Turbina das Usinas Térmicas ....... ........... .......... . 118 Capítulo 4 - Proteção de Banco de Capacitores
1.46 Sincron ismo .............. " ....... .. ... ............ ...... ............ ...... ............... ....... ,.... .... . 124 4. 1 Introdução .............. ...... .... .. .... .... ......... .... ......... ... ... ...... .. ............ .. ...... ...... ... 194
I'
, 1 --'
.,-. l <l pacno!.. .. .. .. .. . ............. ........ ........... ..... ....... .. ...... .......... .. ... ..... 196
-u Unidades Capacitivas ... ... .... .. ...... ........ .. ... ....... ........ ........... ...... .. .. .. ...... ... 197
-J..-~ Caixa s sem Elos Fusíveis ....... ............ ... ........ ...... ....... ... .............. .. .............. 197
-+. 5 Caixas Capac itivas com Elos Fusíveis Externos ... .... ... .... ..... .... ... .... ........ .. 199
-+.6 Caixas Capacitivas com Elos Fusíveis Internos ..... ....... .. .. ... .... .... .. .. .. ........ 201
4.7 Ligações dos Bancos de Capacitares ...... ..... .... .... ............ ..... ............ .......... 203
4. 8 Características dos Capac itares ... ........ .......... .. .. .... ... ....... ....... .. .. .. ....... ..... .. 204
4.9 Esquema (Instalação) de Grandes Bancos de Capacitares ... .... ..... .. .. ..... .. .. 206
4.10 Banco de Capacitores Conectado em Estre la Aterrada .. .. .. .... ..... ..... ..... ... .. 208 Capítulo 1
4. 11 Banco de Capacitares Conectado em Estrela Não Aterrada ...... .... .. .... .... .. 213
4. 12 Banco de Capacitares Conectado em Dupla Estrela Não Aterrada .. .. ... .. ... 215
4 .13 Banco de Capacitares - Ligação Tipo H ... .. .. .... ... ............ ... .... ...... ............ .. 217
4.14 Energização de uma Uuidade Capacitiva ....... ......... .... ... ........... ...... ... ... ..... 218
4.15 Energização de uma Unidade Capacitiva em Paralelo ....... ....... ...... ......... .. 221
4.16 Proteção de Banco de Capacitares Conectado em Estrela Aterrada ... .. .... .. 226
Proteção de Geradores Síncronos
4 .17 Proteção de Banco de Capacitores Conectado em Delta ..... .... .... .. ... .......... 235
4.18 Proteção de Banco de Capacitares em Estrela Isolada ................. .. ..... ..... .. 237
4 .1 9 Proteção de Banco de Capacitares Instalado em Dup la Estrela Iso lada .... 242
4.20 Proteção de Banco de Capacitares Instalado em Dupla Estrela Aterrada .. 250
)
Capítulo 1 Proteçào de Ge radores S in':ro no.
·
"V
D;l pr lpna
' muq
. ulllà
' Sll1trO I1 ::l I AfmaJu rn
l ROlOr
~ ArmadLlTa: que corresponde ao estator, onde estão alojadas as bobinas • Cargas fortemente desequilibradas;
das fases. Essas bobinas, construtivamente estão disuibuídas ao longo do • Descargas atmosféricas diretas e indiretas.
estator, tendo uma em relação à outra urna defasagem mecânica de 1200.
Deste modo, nas bobinas serão induzidas tensões elétricas defasadas de As perturbações na máquina síncrona são:
120° elétricos.
@ Na armadura
~ Rotor: é a peça constituída por um núcleo magnético, envolvido por lima
bobina. A bobina é alimentada por corrente continua, para criar o campo
* Falha na isolação entre espiras;
magnético de excitação, necessário para induzir as tensões nas bobinas * Falha na isolação entre bobinas e carcaça;
do estator.
* Movimentação das espiras devido às forças elétricas e
~ Excitação: é a fonte de tensão contínua, necessária para gerar a con'ente magnéticas, provocadas pelas correntes de cUlto-circuito ;
de campo de excitação da bobina do rotor. Existem vários esquemas de
exc itatriz, com escovas ou sem escovas (brushless).
* Aquecimento nas bobinas e materiais do estator;
A máquina síncrona, acoplada ao sistema elétrico, está sujeita a diversos .:. Falha na isolação entre as bobinas e a carcaça;
tipos de pelturbações provenientes do:
4 Capítulo 1 Proteçào de Geradores Síncronos 5
.:. Movimentação das espi ras, devido às fo rças elétricas e Exc itaçào 10.1 0° 0
magnéticas p rovocadas pe las correntes dos CLlltOS-
ci rcu itos; Adução/Sucção 8,5 1'70
.:. Movimentação das espiras, devido à fo rca centrifuga Mancai 13,30%
provocada pela sobrevelocidade do rotor;
Serv iço AlL'{iliar
.:. Aquecimento nas bobinas e material do rotor;
Quadro de Comanrlo II I fif)OJ
.:. Não eq ual ização de campos elétricos e magnéticos no
material do núcleo do rotor; Tabela 1.2.1 - Falhas dos equipamentos de wna Usina llidrelétrica [74]
Equipamento
Percentual de
Ç~ II,
1.4 Tipos de Proteções do Gerador Síncrono
) Visando cobrir todos os defeitos e demais anoffi1alidades as proteções mais
Gerador 28,73%
utilizadas em geradores síncronos são as seguintes:
n
o "~YVr de Velocidade 21,28%
) • Proteção de sobrecorrente (50,51);
Turbina Hidráulica 12,23%
I II I • Proteção diferencial (87) ;
)
)
)
Capítu lo 1 Proteçào de Geradores S íncronos 7 )
6
TCrot-!
~~13~====
i
Curto-
circuito
o s istema de proteção existente abre primeiro o disjuntor 52 e. portanto, ela maqu ina. Portanto. para se conectar ao sistema elétrico e l1ecessario se adequar à
momentanem11ente a configuração da figura 1.4.2 passa a ser a da figura lA.3. tensão de transmissão. Deste modo. dependendo das características do sistema
elétrico. é possível utilizar os segu intes tipos de conexâo:
G iG
F
E9 -~
a) Gerador síncrono diretamente acoplado ao sistema
t t
disjuntor 41, desligando o circuito de excitação do gerador síncrono. Deste instante
)
em diante, a conente de curto-circuito proveniente da máquina se extingue
gradualmente (lentamente) devido à existência no rotor de magnetismo remanente.
Dependendo do porte da máquina síncrona, a conente se extingue na faixa de 5s a
lOs. A figuTa 1.4.4 mostra as cOlTentes de curto-circuito, com a seqüência dos
I s""
eventos das aberturas dos disjuntores. ~ -.....:s:seccionadora
Corrente Disjuntor \
\
\
,, À Gerador
'-
~síncrono
'- ....
.....
Figura 1.5. 1 - Gerador Síncrono Acoplado Diretamente ao Sistema Elétri co
Esta ligação é utilizada em sistemas elétricos de pequeno porte.
) Abertura
$' "\ Abertura
Tempo
do do b) Gerador síncrono e transformador acoplado ao sistema elétrico
disjuntor 52 disjuntor 41
) Geralmente cada gerador síncrono está acoplado a um transformador
Figura 1.4.4 - Seqüência dos eventos das operações dos disjuntares elevador com a conexão ao sistema elétrico feita por meio de um disjuntor, como
mostra a figura 1.5.2.
1.5 Geradores Síncronos acoplados ao Sistema Elétrico O ajuste de tensão entre o gerador e o sistema de potência conectado à
) bana é feito pelo transformador. Esta conexão é a mais usual, sendo empregada
Os geradores síncronos têm sua tensão terminal detenninada pelas quando o sistema de geração é de g rande porte, com o gerador associado a um
) limitações construtivas e qualidade dos materiais isolantes utilizados na confecção transforrnador; forrnando uma unidade.
)
)
)
10 Capítulo I Proteçào de Geradores Síncronos II
9 ~ X ~I Barra
1
1 1 Barra
T Transformador
L ~cionadora
Disjuntor
~ -ss;-~,,~""
\ o",,,toe
~ Transformador
~ ~~~~:~:
Figura 1.5.3 - Gerador Síncrono Acoplado ao Transformador
'X'
~
Gerador
Síncrono
f
Neste esquema a unidade geradora está acoplada ao sistema elétrico através
Barra
de um transformador, como mostra a figura l.5.3. A di ferença desta situação em
relação a anterior, é que o gerador pode ser desconectado do transformador. II
Esta conexão é usada em geradores de médio e pequeno porte. T'M~om,oo,
d) Geradores Síncronos acoplados a um transformador
Nesta situação vários geradores síncronos são conectados ao sistema
elétrico através de um transformador. A figura 1.5.4 mostra este tipo de conexão.
A A A Gerador
~ ~ ~ Síncrono
Figura 1.5.4 - Geradores Sincronos Acoplados ao Transfolluador
J'1 Capítulo I Proteção de Gerado res Síncronos 13
Esta conexão é usada em geradores de pequeno porte. bobinas da a1l11adura conectadas em ''1'. e aLeITado no neutro {30r uma impedância
Zj\ .
e) Geradores síncronos acoplados a um tra nsformado r de 3 enrolamentos
Neste tipo de esquema dois geradores fazem a sua conexão ao sistema Bobinas da Armadura
elétrico, atra vés de um transformador de 3 enrolamentos. A figura 1..5.5 mostra um C
di agrama unifilar deste ti po de conexão. N
B
A
)
Transformador
Figura 1.6. J - Gerador Síncrono Ligado em Y, Aterrado por uma Impedânc ia ZN
Neste gerador síncrono o defeito pode ocorrer a p% do enrolamento da
bobina do estator.
Transformador
Curto-circuito Trifásico
auxiliar
Bobinas da Armadura
C
Figura l.5 .5 - Geradores Sín'cronos Acoplados ao Transformador de 3 Enrolamentos N
Observa-se, na figura 1.5 .5, o transformador de serviço auxiliar conectado B
no lado de baixa tensão do transformador de 3 enrolamentos. . A
l~
p% Local do defeito
1.6 Curto-Circuito na Bobina da Armadura do Gerador
Síncrono
)
Figura 1.6.2 - Curto-circuito a p% do Em'olamento
Casos de curto-circuito no sistema elétrico, nos quais o gerador síncrono
Como o curto-circuito trifásico é equilibrado, tem-se somente a
faz palie, foram analisados na referência [5]. Aqui se analisam os tipos de cnrtos-
representação do modelo de seqüência positiva, como está representado na figura
)
circuitos que podem ocorrer em qualquer ponto da bobina da armadura da máquina 1.6.3.
síncrona. Na bobina (enrolamento) da armadura são illduzidas as tensões elétricas,
) sendo que defeitos em algum ponto das espiras provocarão correntes de curto- Assim,
) circuito. A figura 1.6.1 representa um gerador síncrono operando à vazio, com as pE E
I cc3$p% =X = X = I cc3<v (1.6.1)
P G G
)
)
T
Curto-circuito Bifásico
Neste caso X G =X 2 e, assun:
Para o curto-circu ito b ifásico, mostrado na figura 1.6.4, supondo ter .J3 E
ocorrido num ponto a p% das bobinas do estator das fases B e C, tem-se os Icc2<p =2' X
G
mode los de seqüência pos itiva e negativa conectados em paralelo, como mostra a
~ Máquina síncro na de rotor sali ente
figura 1.6.5.
Bobinas da Armadura
Neste caso X G * X 2 ' tal que:
.J3·E
I cc2~ = - - - -
N Xo + X2
a p% da bobina
Portanto, pode-se concluiT que o valor da corrente de curto-ciTcuito bifás ica
A
é o mesmo e i:ndepende da localjzação do ponto de defeito no enrolamento da
bobina do estator (annadma).
••• Mu ito elevada, para li mitar consideravelmente a corrente de defeito. Pelo c ircui to. 3::. COITen tes de seqüéncias são i guai ~ e obtidas por:
.:. l nfi nita: isto é, sem aterramento.
Bobinas da Armadura
C
i = ________3~p_E____~_
N cc IIp-terra (X X X),.., z' ( 1.6.2)
B P G + 2+ O + .J N
A Portanto, a conente de curto-circuito monofásica a tena dependerá do local
do defeito e da impedância conectada ao neutro do gerador síncrono. Assim, pode-
Curto-circuito se analisar os casos a seguir:
à carcaça .:. Máquina síncrona solidamente aterrada: neste caso a corrente de curto-
Figura 1.6.6 - Curto-circuito Monofásico à Carcaça ci.rcuito será
Para este tipo de defeito os circuitos de seqüência positiva, negativa e zero . 3E
são conectados em série, como mostra a figura l.6.7 . Iccl<j>-tena = X X X ( 1.6.3)
G + 2 + O
- ~~
nnnl~'--_'--""", ~ , •. __ \V • Portanto, a con ente de curto-circuito independe do loca l do defeito.
(1 _ p)E (1 - p)X G
pE .:. Máqullla síncrona atenada com uma impedância de valor elevado, ta l
Seqüência positiva que Z N >>> (X G + X 2 + X O), nesse caso a conente de curto-
circuito será
. pE
Iccl<j>-terra = Z (1.6.4 )
N
(1-p)X 2
) Portanto, pela expressão 1.6.4, a corrente de curto-circuito dep enderá
Seqüência negativa da localização do defeito.
A figura 1.6.7 mostra, graficamente, a corrente de curto-circuito à carcaça,
em função do ponto de defeito.
'Como a COlTente de curto-circuito à carcaça depende do ponto de defeito,
) (1 - p)X O as espiras iniciais mais próximas do neutro não ficarão cobertas pela proteção
) diferencial (87). Isto OCOlTe porque as correntes de defeito menores que o ajuste do
Seqüência zero relé 87 não serão eliminadas. Ou seja, dependendo da máquina síncrona e da
impedância de atenamento, por exemplo, um percenulal de 5% a 10 % da bobina
da armadura pode ficar sem proteção. Portanto necessita-se de outros esquemas de
proteção para cobrir esses h'echos.
)
Figura 1.6.7 - Circuitos de Seqüênci a Positiva, Negativa e Zero Conectados em Série
Cap ítulo J Proleção de Geradores Síncronos 19
18
3E
I cc ent re esp iras == X X X ( 1.6.5)
G + :2 + I )
Bobina da Armadura
C
N
8
A
ti
;%% espiras em 87
curto
Figura 1.6.8 - Curto-circuito entre Espiras 87
"7 Curto-ci rc uito trifásico: Quando a proteção diferencial engloba a uoidad.: de geração. constituída pelo
conjunto gerador e tranSfOnllador elevado r. como apresentado na figura 1.7.3. a
"7 Cuno-circu ito bifásico;
proteção é chamada de diferencial longa.
"7 C urto-circuito monofásico para a carcaça. em gerador síncrono com
aterramento sólido do neutro :
"7 CUlto-c ircuito monofásico para a carcaça (tena) com alguma restrição,
nos geradores que tenham atenamento com alta impedância no neutro.
Conforme apresentado no item l.6, a proteção diferenc ial pode também
atuar para defeitos monofásicos à carcaça, com restrição nos geradores que têm
urna impedância considerável conectada no neutro dos seus emolamentos.
Outro esquema de proteção diferencial do tipo auto balanço, utilizada em
máqu inas de pequeno porte, é apresentado na figura 1.7.2.
o
c
eg
Vi
Õ
-o
E
o'"
)
Figura 1.7.2 - Proteção Diferencial Tipo Autobalanço
A proteção utilizada é de sobreconente que está fazendo a função da
proteção diferencial. O TC é do tipo janela, com núcleo toroidal, na qual, em
operação n0l111al, as conentes elétricas de entrada e saída, sâo iguais. Um defeito
interno provoca um desbalanço de conente, tal que, se a diferença for maior do que
o ajuste da proteção, o relé de sobrecorrente atua. Nesse tipo de proteção para
) máquinas de pequeno porte é requerido que os TCs sejam de baixa relação e, para
evitar a saturação, os relés utilizados, devem ser de baixa carga (burden). Note que
)
TC de baixa relaçâo fornece no secundário uma corrente elétrica de amplihlde mais
elevada, sensibilizando me1hor o relé de sobrecolTente. ;z
-N
) A proteção apresentada na figura 1.7.1 é conhecida como proteção
diferenci al curta; isto é, específica dos enrolamentos das bobinas da armadura. Figura 1.7.3 - Proteção Diferencial Longa
)
)
12 CapínIlo I Proteçâo de Geradores Síncronos 23
atuar desnecessariamente. Para contornar este pro bl ema há a necessidade de O trecho protegido está mostrado na fi gura 1.6.7.
compensar a rotação de ± 30°, fazendo as ligações dos TCs co mo indicado no Exemplo 1.8.1: Um gerador síncrono de pólos sal ientes, bobinas da armadura
item 4. 8 ela referência [52 ]. conectadas em Y, 30MV A, 13 ,8kV, 60Hz, está funci onando à vazio, com tensão
nominal em seus term inais. A reatância subtransitória do eixo d ireto é igual a O,2 pu
Este tipo de transfonnador é preferido porque todos os cUli os-circui tos
e a reatância de seqüência negativa vale O,25pu. A reatância de seqüência zero va le
monofás icos à telTa, no lado do sistema elétrico, não passam pel o aterramento do
O,08pu.
gerador síncrono; e as harmônicas de 3" ordem e seus múltiplos, normalmente
geradas no gerador síncrono, não passam ao sistema elétrico. Calcular:
a) A corrente e a impedância base.
1.8 Trecho não Pr otegido pela P roteção 87 ?
I = Sbase Z - V base
Com o objetivo de lim itar a corrente de curto-circuito à ten'a, para que os
base '3. V base
-y .J
base - S
base
danos sejam minimizados, as máquinas síncronas deve m operar com uma
impedância conectada ao neutro. Esse procedimento prejudica a proteção I = 30M z = (13,8ky
diferenci al que não cobre mais 100% das espiras do enrolamento da armadu ra. O base fi. 13,8k base 30M
trecho não protegido é dev ido ao va lor da corrente de ajuste no relé 87, isto é, ao
I ajuste do relê 87 . I l base = 1255A I Z base = 6,348Q I
A corrente de defe ito monofásico à carcaça, na bobina da annadura da b) A corrente de curto-circuito 3<1> nos terminais do gerador síncrono.
máquina síncrona, é dada pela expressão 1.6.4, isto é
Utilizando-se a expressão 1.6. 1, tem-se
I = pE
CCilj>-lerrn Z E 1
N ICC3$ = - ,,- = - = 5pu = 5I base = 5 ·1255 = 6275A
O h'ecbo desprotegido é limi tado pela corrente de defe ito, a qual é igual a X dl 0,2
corrente de ajuste do relé 87, isto é
c) A corrente de curto-circuito 3<j> a 40% no enrolamento da armadura do
pE gerado r síncrono.
I C ClII>- tma = Z = I ajus le 8 7 . RTC
N
ZN
P = - _. RTC· I ajuste 87 d) A corren te de cu r to-circuito 2 <j> nas fases b e c, nos terminais do gerad or
E síncrono.
Como E = VLL tem-se
fi
,
I = - --
fi ·E _ .fi ·I = 3,845pu = 3,845 x 1255 = 4825,4A
:...--..-
CC 2 <j> X" + X 0,2 + 0,25
di 2
2-1- Capítulo I Proteçào de Geradores Síncronos 25
e) O valor da impedância de aterramento (ZN)' para que a corrente de Utilizando a expressão 1.6.3. tem-se
curto-circuito I ~ - terra nos terminais do gerador síncrono, fique limitada 3E
1CC I'v-terr3 = -X-,-,--X-
, --X-
em lOA. di + _+ ~',
Desprezando-se as impedâncias do gerador síncrono e utilizando-se a
3·]
expressão 1. 6.4, tem-se I cc l$-term = = 5,6pll = 5,6 x 1255 = 71 03,3A
0,20 + 0,25 + 0,08
P
= .J3 .Z N .RTC. I .
V ajuste 87
= .J3 x 796,7 . 1200 .
13 8k 5
° '
2
No esquema apresentado na figura 1.7.1 a proteção diferencial 87, não é
sensível para defeitos entre espiras. Isto ocorre porque as correntes de entrada e
LL ' saída nos TCs são iguais. Para obter-se a proteção de defeitos entre espiras, utiliza-
se uma proteção diferencial especial, chamada função 61, a qual pode ser realizada
P = 4,80pu = 480% por vários relés, e que depende do porte do gerador e do esquema adotado.
Conclusão: A proteção diferencial não protege nenhum trecho do Há váIios tipos de esquemas para a proteção de falhas entre espiras, que
)
enrolamento da bobina do estator para curto-circu ito 1~ - terra. pode ser aplicado a geradores sí ncronos que tem majs de um emolamento por fase.
) g) Repetir o item anterior para uma resistência de500., conectada no neutro Um possível esquema de proteção entre espiras está apresentado na figura
do gerador síncrono. 1.9. 1, de um gerador sÍ ncrono que tem fase divjdida (Split).
P
= .fi. Z N . RTC . 1 .
VLL ajuste 87
= .J3 x 50. 1200 .
13 8k 5
° '
2
Aplicando-se a I" lei de Kirchhoff no ponto k da fi gura 1. 9.\ , obtém-se
. . .
II = 12 + Irelé 61
'
p = 0,3pu = 30%
Figura 1.9.4 - TC Toroidal para a Proteção ~ontra Curto-circu ito entre Espiras da mesma
Figura 1.9.2 - Curto-circuito entre Espiras Fase
Capítu lo J Proteção de Geradores Síncronos
Muitos geradores síncronos nâo usam proteção para defeito entre espiras. A B e
por se r ra ra essa ocorrência. Outra razão deve-se ao aspecto construtivo da
máquilJa síncrona de grande porte. onde são colocadas. uma ou duas espiras por
ranhura. Desse modo , o nível da tensão elétrica elJtre espiras é baixo, não forçand o
a isolação. Entretanto, se o gerador não tiver proteçâo para defeito entre espiras, e I,
na ocorrência dessa falha, este defeito evo lui, gerando outros danos, que só será
eliminado com atuação de alguma proteção exis tente. Geralmente, o defeito evolui
rapidamente para um cmio-circuito à carcaça.
i,
1.10 Proteção de Seqüência Negativa do Gerador Síncrono
« TC auxiliar com •
dois prima rias ia - ic,
i a2 =±(i a + â2í b +âiJ (1 .10.] )
jX R' R
Desenvol vendo a expressão 1.11 .1 obtém-se
~--------~~~.- - - -- - - - - -
i a2 =~ (ía + â2 jb +â1c +ie - ie ) Fun ção 46
3 Figura 1.10.1 - Esquema para o Relé de Seqüência Negativa
Neste esquema, para que o relé de sobretensão 59 opere como a função de
proteção 46, isto é, para que o mesmo sej a sensibilizado pela componente de
) seqüência negativa, o módulo da impedância deve ser Z = R, isto é
iaz =±[í a -ie + â2ib +{l+á)ic ] Z = R' + jX = ZL'60 o = RL60 0
±
i a2 = [ia - ie - i b L'60 o + i eL'60o] R,=R
2
)
3i a2 = ia - ie + (( - ib )L'60 o (1 .10.2) X=.J3. R
2
Deve-se utilizar conexões com TCs principais e au xili ares para se
conseguÍl' obter a expressão l .11.2, tal que o relé 46 sej a sensibilizado pela Pelo esquema da fi gura 1.10.1 o relé 46 será sensível a
) seqüência negativa. Um exemplo de esquema é apresentado na figura 1.10.1.
)
Relé 46 = R(i a - iJ+ (( - ib)RL60°
)
I '
~o Capítu lo 1 Proteçào de Geradores Síncronos 31
~ 3Ri" III
seqüência negativa, em relação à seqüência positiva, é de 120Hz. As conen tes de
III Relé46 (1.11.3) seqüência negativa, dentro da máquina síncrona. agem como freios
eletromagnéticos que produzem vi.brações e aquecimento:
Porta llto, de acordo com a expressão 1.10.3 o relé 46 é sensibilizado pela 7 nos enrolamentos do estator;
componente de seqüência negativa . Se a subestação utiliza relés eletromecânicos 7 no enrolamento do rotor;
para a proteção de seqüência negativa (46), o circuito coneto da fig LIra 1.10.1 deve
ser instalado. Isto sempre representou a dificuldade para esse tipo de proteção com 7 no núcleo do material fenomagnético e nas fenagens que compõem a
relés e letromecânicos, sendo por isso raramente utilizada. estrutura da máquina.
Para os atuais relés digitais multifunção a incorporação da função 46, isto Os aquecimentos, no emolamento do rotor, núcleo e fenagens são dev ido a
é, de seqüência negativa, é obtida pelo algoritmo desenvolv ido pelo fabricante. O freqüência da conente de seqüência negativa ser 120Hz, o que acentua a geração
relé processa, de acordo com o seu algoritmo interno, o módulo da conente da de con·entes induzidas de Foucault e o aumento de perdas por histerese.
expressão 1.10.1; ou sej a, O gerador síncrono apresenta, para as COlTentes de seqüênc ia negativa, dois
limites de supOltabilidade, devido principalmente aos efeitos ténnicos, defmidos
(1. 10.4) como:
x Limite de suportabilidade em regim e pennanente (regime contínuo);
O conteúdo Irelé 46 conesponde somente a componente de seqüência
x Limite de suportabilidade dinâmico (de curta duração).
negativa, tal que, se a conente for maior que o valor ajustado, o relé 46 atua.
A s uportabilidade em regime contínuo caracteriza o fato de que o gerador
Esta proteção é própri a para defeitos de alta impedância, inclusive para
sincrono poder admitir a COlTente de seqüência negativa 12 , sem danos, cujo va lor
auxiliar ou funcionar como redundância para defeito à tena de alta impedância.
é apresentado na tabela l.1 0.1.
Apesar do gerador síncrono ser projetado para gerar tensões de seqüência
positiva, na operação podem acontecer várias anormalidades ql1e produzem Note que as conentes de seqüência negativa, no limite mostrado na tabela
componentes de seqüência negativa. O aparecimento da componente de seqüência 1.10.1, não produzem danos ao gerador síncrono, mas diminuem sua capacidade
negativa é causado por: operativa.
® Qualquer cmto-circuito diferente do trifásico; A suportabilidade para correntes de seqüência negativa severas é
caracterizada pelo aquecimento no rotor, que deve ser limitado no tempo fornecido
® Cargas desbalanceadas; pe la expressão.
® Abertura de fase na rede elétrica; I~ x t =K (1.10.5)
® Abelwra de pólo do disjuntor; Onde:
® Rompimento de um elo fusivel na rede de distribuição; t ~ tempo de defeito da conente de seqüência negativa;
® Falha no enrolamento do estator. 12 ~ conente de seqüência negativa;
37 Ca pítulo 1 Proteção de Geradores Si nc ro nos 33
1201 a J SOOMVA rc· ,(n}"n~n III A proteção da seqüência negativa é feita por um relé de sobrecorrente
5%
resfriamento direto temporizado , conectado a um filtro de seqüência negativa, como mostra a figura
l.10.2.
Ta be la 1.10.1 - Suportabilidade da Corrente de SeqUência Negativa em Regime
Permanente [5 6]
)
34 Cap ítulo 1 Proteção de Geradores Si ncrollo s 35
do rolor e seus compo nemes esmrào sujeitos a Lima fone elevação de temperatura.
As correntes de seqüência negativa produzirão \'ibrações no rotor. as quai s sào
pemic iosas aos mancaIs.
I~ X [= K Dessa forma . para se avaliar a extensão dos possíveis danos causados pela
operação desequilibrada, assim como estabelecer limites para este tipo de operação,
é de suma importância o conhecimento da componente de seqüência negativa da
corrente de carga. A figura 1.10.4 apresenta estes limites operativos.
'13-
(I)
(J)
Para COlTentes de sequencia negativa severas a atuação do relé 46 é em 0D4 Região de Operação
tempo definido, com o seguinte ajuste Admissível
Para essas correntes de seqüência negativa severas pode-se, na proteção, 040 O'j() 060 070 0.80 0_90 100
zerar o tempo definido, tomando-o instantâneo ou, dependendo da filosofia da Corrsnte de campo (pu)
Portanto, de acordo com a ex pressão 1. 12.1 , sob freqüencia nominal. um ® AberUlra aciden tal \indevida) do disjuntor de campo {.!iI):
aumento na tensão , provoca um aumento no tluxo magnético, produzindo um
® Mau contato nas escovas (se tiver) da excitatriz:
aqu ecimento não desejado no núcleo do transformador ou da máquina síncrona.
® Operação indevida da proteção de perda de excitação (40):
Todos os transformadores estão sujeitos a aquecimentos no núcleo,
provocados pelo excesso de fluxo magnético, mas o maior cuidado deve-se ter no ® En'os de operação.
caso de transfol1nadores de grande porte, principalmente os acoplados a unidades
geradoras. Estes transformadores estão mais sujeitos a sobretensões provocadas, As principais conseqüências ela perda de excitação são:
principalmente, por problema na excitação das máquinas síncronas. Estas ~ Súbita sobrevelocidade elo Totor:
sobretensões aplicadas às bobinas podem elevar excessivamente o fluxo magnético
do núcleo do h'ansfonnador, provocando aquecimento, com elevação acentuada da ~ Sobreaquecimento no rotor. O aquecimento no rotor de máquinas
temperatura, comprometendo o núcleo e principalmente os materiais componentes síncronas de rotor li so é mais acentuado, devido a não existência de
da isolação. emolamento amOltecedor. Este aquecimento pode provocar sérios
danos ao rotor, no período de 2 a 3 minutos.
Os transformadores e geradores síncronos, dependendo da tecnologia e dos
materiais empregados na sua fabricação, os mesmos apresentam uma curva de ~ Sobreaquecimento no estator de qualquer tipo de máquina, isto
danos em relação ao excesso de t1uxo magnético, ou seja, da relação de V/Rz. porque, na perda da excitação devido a um curto-circuito nos
telminais da bobina de campo, o rotor, devido a sobrevelocidade.
Como os modernos relés digitais têm o recurso de "personalizar" curvas de gira numa velocidade maior que o campo girante das correntes
ahlação, pode-se ajustar uma curva de atuação que seja uma réplica da curva de estatóricas mantidas pelas COITentes do sistema elétrico. Portanto, o
dano do transfOlmador ou do gerador síncrono, deslocada para baixo em tomo de rotor passa a funcionar como um gerador de indução (assíncrono).
20%. Neste caso, as correntes no estator podem atingir magnihlde
variando de 2 a 5 vezes o valor nominal.
1.12 Proteção por Perda de Excitação ~ Se, na operação normal, o gerador síncrono estiver fomecendo
reativo ao sistema elétrico, a perda da excitação fará com que:
Na operação nornial do gerador síncrono, conectado ao sistema elétrico,
toda transferência de energia é feita pelo acoplamento magnético do campo girante ® O gerador passe a absorver grande quantidade de
do rotor com o campo girante da almadura. Ou seja, a máquina primária transfere reativo do sistema elétrico. A absorção de reativo pode
energià através do rotor, que giJa fortemente acoplado ao campo girante da ir até 7 vezes a potência nominal da máquina;
armadura. O campo girante do rotor é mantido pela excitatriz. A excitatriz é a fonte ® Haja queda de tensão nos seus terminais.
DC que gera uma corrente de campo necessária para a criação do campo magnético
~ Produz perhlrbação, de modo a comprometer a estabilidade das
no rotor. A máquina primária é responsável pela geração do torque necessário para
manter o rotor girando na velocidade síncrona. A perda da excitação provoca sérias máquinas da mesma usina, colocando em risco o sistema elétrico.
) conseqüências na máquina síncrona e, portanto, deve-se prover uma proteção para Na operação de uma máquina síncrona conectada ao sistema elétrico, a
esta finalidade. impedância representa um ponto distante da máquina, que está representada na
Apresentam-se as causas que podem provocar a perda de excitação: figura 1.12.1 pelo lugar geoméh'ico das cargas.
® Curtos-circuitos na bobina do campo do rotor; Numa máquina síncrona operando nOTInalmente, a perda súbita de
excitação resulta em que a trajetória da impedância seja, por exemplo, aquela
)
® Abertura na bobina de campo do rotor; indicada para os pontos 1, 2 e 3 assinalados na figura 1.12.1, estabilizando-se na
® Falha no circuito da excitatriz; região do lugar geométrico de perda de exc itação.
I
38 Capítu lo I Proteção de Geradores Síncronos 39
x x
x x
.• 3 ......• 3
.' .'.
Relé de
x
...... x
R R
..... -
x x x x
excitação
Figura 1. 12. 1 - Ponto (Ie Operação Longe da Impedância da Máquina Síncrona Figura 1.12.3 - Ajuste da Proteção de Admitância
Transformador
1.13 Proteção de Sobretemperatura
Ilr&~~~C---r--<]lIE-----1
G ~J
..- TP
A'
Várias são as causas que geram aquecimento no interior da máquina
síncrona. Geralmente, os aquecimentos são causados por:
® Curto-circuito interno;
Figura 1.12.2 - Proteção com a Função 40 ® Curto-circuito extemo;
O relé de distância 2 1, tipo admitância, está fazendo a função 40; isto é, a ® Sobrecarga;
proteção contra perda de excitação da máquina síncrona. Este relé de admitância 21 ® Falha na refrigeração;
está direcionado para o interior da máquina síncrona e seu ajuste deve cobrir a zona
do lugar geométrico das impedâncias de perda de excitação da figura 1.1 2. 1. Isto é ® Contatos entre lâminas no núcleo do estator;
conseguido com o relé de admitância que tenha um deslocamento (offiet) de ® Descargas parciais intennitentes no interior da estrutura da máquina;
- X d/2 e ajustado com o valor de X d , como mostra a figura 1.12.3.
® Falha na isolação dos materiais da esh'utura metálica do estator.
)
40 Ca pítulo I Proteçâo de Geradores Síncronos 41
Os aquecimentos gerados provocam elevação de temperatura, ponanto, os corrente de carga. Mas, como a instalaçào de termômelros do tipo RTD é mais
termômetros devem ser estrategicamente colocados nos pontos mais quentes da facilitada na máquina síncrona, a proteção de temperatura é cobena pelos
máquina sincrona. Os termômetros a lt!l11 de medir a temperatw-a, podem agir como termômetros, e a proteção de imagem térmica nào é muito usual.
dispositivo de proteção, na sinalização (alanne) ou até o des ligamento da máquina
síncrona se necessário.
1.15 Proteção de Falha do Disjuntor do Gerador
O termômetro, função 26, é utilizado para medir a temperatura no local da
sua instalação, que pode ser dentro dos enrolamentos das bobinas do estator rotor e Na proteção de fa lba do disjuntor do gerador ou do conjunto gerador e
) do transformador elevador [52]. transforn1ador, não se pode contar com a proteção de sobrecon'ente 50BF
Em máquina síncrona, os tenn ômetros mais utilizados são do tipo: apresentada na referência [5 2J, isto porque o seu ajus te não cobre toelos os defeitos
no gerador e no b·ansformador. Ou seja, pequenos defeitos internos ao conjunto
• A termopar, o qual gera uma tensão elétrica, que aciona um gerador e transfonnador, não sensibilizarão a proteção de sobreconente 50BF.
galvanômetro, cuja deflexão indica a temperatw-a, e se o termômeh'o Deste modo, o relé de bloqueio 86 faz a função do 50BF, como mostra a figura
for digital, a tensão e léh'ica gerada é utilizada para a medição da 1.15.l.
temperatura;
• Termômeh'o RTD (Resistence Temperahlre Detector), em que a
+
"h
resistência modifica o seu valor com a temperahlra. Proteção do 86
)
rádio ou por processo óptico.
Geralmente, o fator que determina a capacidade de transmissão de potência
no gerador e no transformador é a temperahu'a limite do matelial de isolação
86 ~~
52a
í: 52a
utilizado na fabricação.
O nível de temperatura é estabelecido pelo grau de dissipação da energia Figura 1.15.1 - Falha do Disjuntor em Gerador
térmica gerada como perda nos diversos componentes do transformador de acordo
com as exigências operativas do sistema eléh·ico. Nesse esquema, o relé de bloqueio 86 só será ativado pela atuação de
alguma proteção do grupo gerador e transformador. Com o fechamento do contato
do relé de bloqueio, a bobina de abertura será ativada, com a conseqüente abertura
1.14 Relé de Imagem Térmica do disjuntor. Geralmente o tempo de aberhlra do disjuntor dá-se em até lOOros. Se
o disjuntor falhar, isto é, não conseguir eliminar o defeito interno ao conjunto
O relé de imagem ténnica, função 49, detecta a temperatura do ponto mais gerador e transformador, a proteção de falha do disjuntor deverá atuar. Isto OCOlTe
quente do gerador síncrono ou do transformador operando com sobrecarga em na seguinte seqüência:
regime permanente. A sobrecarga provoca aquecimento nos ellTolamentos do
~ A proteção do gerador ou transformador atua, ativando o relé de
estator e do rotor, 00 material magnético e em toda estmtura da máquina síncrona.
bloqueio 86;
O aquecimento nos enrolamentos do transformador, utilizando a proteção por
imagem térmica é apresentado na referência [52]. ~ O relé de bloqueio 86 fecha o seu contato 86, ativando simultaneamente
a bobina de aberhu'a do disjuntor e o relé auxiliar 62X;
) A proteção de imagem térmica 49 em geradores síncronos, identicamente a
proteção de transformadores, pode ser feita indiretamente pela infonnação da ~ O relé auxiliar 62X fecha o seu contato 62X;
)
)
41 Capitu lo I Proteçào ele Geradores Síncronos 43
~ Como o disjuntor tàlha, o defeito (corrente de curto-circuito ) no por segurança, há UI1l intertravamento elo disjuntor com suas seccionadoras; isto é.
h·ansformador ou gerador continua a existir e, com o fechamento do as secc ionadoras só poderão ser abertas após a abertura do disjuntor. E no caso de
cantata 62X. o relé de tempo 62BF é ativado; tàlba do disjuntor, deve-se providenciar um esquema para a liberação da abertura
das seccionadoras do disjuntor tàlhado. Para essa liberação geralmente se ublizam
~ Transcorrido o tempo ajustado (geralmente de 150ms a 200ms) no re lé
os cantatas auxiliares do re lé de bloqueio 86BF.
de tempo 62BF o seu contato é fechado:
~ Com o fechamento do contato 62BF ativa-se o relé de bloqueio 86BF,
1.16 Tipos de Aterramentos dos Geradores Síncronos
que promove a seqüência programada de abertura dos disjuntores, de
modo a eliminar o defeito.
Quando o gerador síncrono tem um atenamento sólido a proteção
Note que o tempo ajustado no re lé 62BF é maior que o tempo de abertura di.ferencial 87 é adequada, mas quando o atenamento é feito com uma alta
do disj untor, isso para não interferir na operação normal do disj untor. impedância, essa proteção flca prejudicada. Por essa razão, as seguintes medidas
Salienta-se a não utilização de religamento automático para defeitos no complementares devem ser implementadas para assegurar a proteção para os
conjunto gerador e transformador. defeitos I CC l<lHerru que podem ocorrer:
Apenas para exemplificar, a figura 1.1 5.2 mostra uma usina com 3 lO no circuito tenllinal do gerador síncrono até as bobinas primárias do
unidades geradoras conectadas a uma barra, com 2 saídas de linhas de transmissão. transformador elevador;
Nesta usi na, supõe-se que haja um defeito no gerad or 1, que foi detectado pela
proteção, mas houve fa lba na abeltma do disjuntor 1. • nas espiras à carcaça, na bobina do estator.
Para a proteção contra falha à terra nas bobinas ou no circuito terminal do
gerador até os enro lamentos da bobina primária do transformador elevador, há
vários tipos de esquemas de proteção que dependem do tipo de aterramento
executado.
Os alerramentos da máquina síncrona podem ser:
~---------------. C
I
44 Capitulo 1 Proteçào de Geradores Sincronos 45
c Reatância
A
estator
Figura 1.16.4 - Máquina Síncrona Atenada por lima Reatância
A
A figura 1.16.5 mostra uma máquina síncrona ateu·ada através de um
transfonnador.
B
Figura 1.16.2 - Máquina Síncrona Aterrada por uma Impedância
Rsecundário
A
)
F igura 1.16.3 - Máq uina Síncrona Aterrada por uma Resistência Transformador
de Distribuição
d) Máquina síncrona aterrada por uma reatância Figura 1.1 6.5 - Máqui na Síncrona Aterrada por um Transformador
A figura 1. 16.4 mostra uma máquina síncrona atenada através de uma O transfonnador utilizado é um transformador monofásico de distribuição.
) reatâneia. Este tipo de aterramento é idêntico ao do item c, apenas que a resistência efetiva
vista pelo atenamento do gerador é a que está colocada no sec un dário do
)
)
Capitu lo 1 Proteção de Geradores Sínc ron os 47
.+6
transformad o r de di stribuição, refl etida ao prim ário, cuj o valor é obtido pela Em qualq uer s istema e létrico se mpre há o efe ito da capac itância dos
ele mentos dos componentes entre si e em re lação à ca rcaça (terra). No sistema
expressão 1 .16. J .
aterrado a innuência dessas cap ac itâncias é desprezível e é desconsiderada. M as.
R = R primário = ( N
N
: J~ ( 1. 16. 1)
no sistema isolado a influencia das capacitânci as deve ser considerada. As
tCrr.J lllcn to R scc ull dario capacitânc ias existentes na m áquina síncrona podem ser, simbo licamente,
rep resentadas como indi cado na fig ura. 1.16 .8.
Portanto. quando OCOlTe um defeito I CCi<I>- terra' a resistenc ia efetiva do B
ateITamento tem o va lor dado pela expressão 1.1 6. 1. No mode lo de seqUênc ia zero c
a resistência efetiva do aterramento é multiplicada po r 3 .
l' IT ces'a'o,.'.""
"'~~I
representadas fonnando uma ligação em 6.. Mas, na modelagem utilizada para a
análise de defeito na máquina síncrona isol ada, a representação das capac itáncias
entre as bobinas do estator, em Y , é mais adequada. Essa representação esta
mostrada na fi gura 1.16.9.
Figura 1.1 6. 6 - Máquina Síncrona Aterrada por um Capac itor
B
g) Máquina síncrona isolada c
A figura 1.16.7 apresenta uma máquina síncrona isolada.
r-------------------------~B
~----------- C
A
Ce,ta,,,, .V l' T T l' I T ce""o,.,e",
Figura 1.16.9 - Capacitâncias da Máquina Síncrona
Figura 1.16.7 - Máquina Síncrona Isolada
48 Capítu lo I Proteção de Geradores Sincrono 49
h) Aterramento Ressonante R(J ---7 é a resistt:mcia de seqüencia zero total do sistema elétrico até o ponto de
Neste caso. a máquina síncrona é aterrada por meIO de uma bobina defeito. Na resistência R o já está incluída a resistência 3R N do aterrame11lo.
especialmente proj etada. tal que enh'a em ressonância com a s capacitâncias
equivalentes estator-tena. Essa bobina recebe váli as denominações, uma delas é Sal ienta-se que, num sistema elétJi co. dependendo do local do defeito l ~
bobina de Peterson. O esquema para a máquina síncrona com a bobina de tetTa, pode haver trechos atelTados e trechos isolados .
aterramento ressonante é o mesmo da figura 1.16.4. Uma classificação geral de sistemas de atenamento , com mais detal bes é
apresentada na tabela 1.17 .1.
1.17 Classificação do Sistema Aterrado
Relação entre os parâmetros das
O sistema elétrico pode ser aterrado através do neu tro da ligação do seqüências
gerador síncrono, podendo ser classificado com o: j c Cl Ip-lerra V f,seCC I$- terra
Classe do aterramento
Xo Ro Ro i c C3<p
"t> solidamente atenado; VraseRP
XI XI Xo
"t> com res istência;
Efeti vamen te 0-3 O- I > 0,60 s2
"t> com indutância;
Aterrados Muito
"t> com capacitância; efetivamente
0- 1 0-0,1 > 0,95 < 1,5
"t> atenamento ressonante. Baixa
0 - 10 ~2 < 0,25 < 2,5
Geralmente, sem muitos detalhes, a classificação dos sistemas elétricos Pouco resistência
atenados ou isolados é feita da seguinte forma:
Iso lados Baixa
3 - 10 O- I > 0,25 < 2,3
7 o sistema é considerado atenado quando X o s 3X I e R o < XI ' impedância
sendo que nessã condição a tensão fase à terra não ultrapassa a 38,5% Alta
de sobretensão em relação à sua tensão nominal durante o defeito l~ > 100 S (- I ) < 0,01 s 2,73
resistência
tena;
Alta
7 S istema é considerado isolado quando X o > 3X I e R o~ XI' > 10 <2 < 0,25 s 2,73
Isolados impedância
sendo q ue nessa condição a tensão fase à tena ultrapassa a 38,5% de
sobretensão em relação à sua tensão nominal durante o defeito I ~ Resistência
> 10 >2 < O,l O s 2,73
tena. e indutância
Note que: Ressonante < 0,01 ::; 2,73
XI ---7 é a reatância de seqüência positiva total do sistema elétrico até o ponto de Isolados < - 40 < 0,08 s3
defeito; capacitivos - 40 aO > 0,08 >3
X o ---7 é a reatância de seqüência zero total do sistema elétrico até o ponto de Tabela 1.17.1 - Classificação dos Sistemas de AteITamentos
)
defeito . Na reatância X o já está incluída a reatância 3X N do ateITamento;
)
)
Capítulo I Proteção de Geradores Síncronos 51
50
Xg
1.18 Defeito l<p-terra nos Terminais do Gerador Síncrono
+ _J\I\I\_-'
Representa-se, na figura 1.18.1 , o esquema contendo os elementos
Xg
necessários para a análise de defeitos 1~-t elTa nos tenninais do gerador síncrono.
Terminal
Rg jX g
i" Rg jX g i" 3R N j3X ;-; Rg J'X g i :l U
I
C est:tor.terr.
C2 Ca
+
V'O
Figura 1.8.1 - Representação Trifilar do Gerador Síncrono
Onde:
C estator ~ é a capacitância, por fase , na representação em Y das capacitâncias Fi gura l.l 8.3 - Modelos das Seqüênc ias Ligados em Série
existentes entre duas bobinas do estator do gerador síncrono; A capacitância de seqüência zero é:
Cestatar- terra ~ é a capacitância, por fase, da bobina do estator à carcaça (tena). C o == Cestator-tcIT<.1
. As capacitâncias da figura 1.18.1 são as mesmas representadas na figura As reatâncias capacitivas são
1.16.9.
A figura 1.18.2 mostra um curto-circuito 1~- tena na fase "a", no terminal
do gerador síncrono operando a vazio, com tensão nominal.
Para esse tipo de cUlto-circuito os modelos de seqüência são ligados em 1
X co :=--
série, como mostra a figura 1.18.3. roCa 2rrfC a
As capacitâncias de seqüência positiva e negativa são iguais e são obtidas Do circuito da figura 1.18.3 tem-se
por:
. . . V
C l C 2 Cestator + C estator- terra I =1 = I = ai
L := :=
ai .2 aO 2 [(R g + jX g) II (- jX cl)]+[R g +3R N + j(X g +3X N )]II (- jX co)
( 1.1 8. 1)
;
52 Capítu lo I Proteção de Geradores Síncronos 53
A corrente verdadeira, que flui da fase "a" para a telTa. é dada por:
( 1.20.])
ia = Icc l<j> -,erra = iao + i al + ( 2 = 3i"1
Este tipo de sistema isolado pode ser feito com:
Analisando-se a expressão U 8.1, pode-se considerar as duas situações
extremas, apresentadas a seguir. çf> Aterramento resistivo:
çf> Aterramento indutivo;
1.19 Sistema Aterrado çf> AteITamento capacitivo:
No sistema aterrado a reatância capacttIva apresenta um valor muito çf> Aterramento por uma impedância ZN = RN + jX N .
elevado e não influencia as impedânc ias equivalentes de seqüência positiva,
negativa e zero. Assim, as correntes de seqüência são obtidas desconsiderando os Um dos problemas dos sistemas fortemente isolados é o transitório elevado
efeitos capacitivos; é são dada, genericamente, pela expressão 1.19.1. de tensão que surge devido a:
)
)
54 Capítul o I Proteçào de Gerador es Sí ncronos 55
o problema de tensões elevadas é uma carac terística de s istemas Nesse caso, a expressão 1. 18. 1 fic a sendo a exp ressão 1.2 1.1.
fo rtemenle iso lados, mas na realidade o sistema tem algum aterra mento e pode-se
observar q ue, com :1 melhoria da qu alidade do aterram ento, os va lores dos i = i ,=i = V ai
v
= _ '_ Va 1_
I ___ (J.2 1.1 )
t3R ) // (- J'X co ) )
transitórios de tensões diminuem. Essa cons ideração será analisada com mais
ai L aO
\ 1\ 3R jX L V
detalhes na seção seguinte . A conente de curto-circuito 1<I> - terra é dada por:
Outro prob lema do si stema isolado é que, na ocorrência do primeiro defeito
1~ -teLTa, há uma elevação na tensão das fases não envolvidas no defei to (ver figma i = 3i = 3Val
CC I,p-,em ai ('R) / / (_ 'X )
1.2 1.3), aumentando o gradiente de potencial na isolação das fases sãs com a .J N J Cu
carcaça (terra). Esse aumento pode acelerar os danos e facilitar o smgimento de i - Vai _ 3Va 1
novos arcos elétricos nos pontos mais fragilizados da isolação. Sendo esse um dos CC1.p- ,errn - RN jX ( 1.21.2)
motivos pelo qual as tensões dos geradores síncronos de sistemas isolados não co
elevem ser muito altas. A primeira parcela da expressão l.21.2 é a conente que ílui (sobe) através
De um modo gera! o nível dos transitórios de tensão depende da relação do ateITamento resistivo; e a segunda parcela é a COITente que passa no atelTamento
fictício das capacitâncias do estator à terra (ver figura 1.21.2).
ico.l
i N -- Vai
(1.21.3)
RN
A COlTente que sobe no ateITamento das capacitâncias fictícias é dada pela
expressão 1.21.4.
Figura 1.21. 1 - Circuito Simplificado para o Sistema Aterrado com uma Elevada · _ j 3Val
l co - (1.21.4)
Resistêocia RN X co
56 Capítulo 1 Proteção de Geradores Síncrono 57
Note que a sQll1a das COlTentes nos capacitores fictíc ia fori1ece De acordo com esta figura pode-se observar que a corrente Toe está
(U= i"h+ jae ( 1.21.5 ) adiantada de 90° em relação a tensão Va, . O mesmo ocorre para a corrente i a!> ' que
Na operação normal do gerador, isto é, antes da ocolTência do defeito, as está adiamada de 90° em re lação a tensão Vah . Portanto. cons iderando a expressão
tensões Llas fases mantêm o ponto neutro no mesmo potencial da teITa, confOlme 1.21.5 e a figura 1.21.4, conclui-se que
ilustrado na figura 1.2 1.3.
( 1.11.6)
. o
i _ Ico L 30
ab - -!3 ( 1.11.7)
Na ocolTência do defeito lep-telTa, na fase "a", o seu potencial fica idênti co __V-,-,T"""ns",;"""",,--_ % 400
ao da terra (ver figura 1.21.3). Portanto, pode-se observar que a tensão na V Pico da Tensào Nominnl \
res istência RN é idêntica a tensão de fase do gerador síncrono. Velifica-se, também,
que há uma sobretensão aplicada na isolação das fases sãs de -!3v rase ' Essa é a
300 "-í '........
mesma tensão aplicada nas capacitâncias do estator à carcaça, que são
desequilibradas, gerando .caminhos para as correntes de seqüência zero, como 200
mostra a figura 1.21.2.
As tensões aplicadas nas fases capacitivas geram as correntes mostradas na 100
figura '1.2 1.4. 0.5 1.0 1.5 2.0
)
58 Capítulo 1 Proteçào de Geradores SíncTOl1os . 59
Além da caracterí stica anterior, procura-se efetu ar um atelTamento com Gerador Síncrono Tral1stonnadM
t-"__ 01 ~:
c
( 1.21.9l ~"----I
I ::J
t-"Olm''--~--I~
Essa consideração aufere ao sistema elétrico aterrado com uma resistência
R N elevada as segu intes van tagens:
I,
abertura do disjuntor;
V NS ~ é a tensão nominal do secundário do transformador de distribuição;
© Limita as cOlTentes de defeito l~-telTa no sistema para valores de até
20A. V NP ~ é a tensão nominal do primário do transfonnador de distribuição.
A desvantagem desta prática é a utilização de uma resistência de valor A resistência Rs tem um valor bem baixo e está submetida ao mesmo níve l
I
I
elevado, projetada para atuar no mesmo nível da tensão nominal do gerador
síncrono.
da tensão secundária do transformador de distribuição .
A corrente de defeito, que passa no secundário do transformador de
Para contornar o problema da alta resistência, diretamente conectada no distribuição, é
neutro do gerador síncrono, pode-se utilizar um transfonnador de distribuição com
o emolamento primário diretamente conectado nesse neutro e a telTa, com uma
resistência de pequeno valor conectada no seu secundário, confolTlle apresentado
i == (~)t
S N
S
= (VNP)i
V N
NS N
na figura 1.21.6.
O transformador de distribuição deve ser dimensionado para suportar a
A resistência Rs, a ser conectada no secundário do transfolTllador de conente de curto-circuito l~-telTa nos terminais do gerador síncrono, dmante o
distribuição, deve ser tal que tenha o mesmo efeito da Tesistência de terra RN ligada tempo de abertma do disjuntor. A potência aparente do transformador é igual à
no neutro do gerador síncrono. Seu valor é dado por potência dissipada no resistor de aterramento; isto é
Rs =(N s )2
R ==(VVNS )2 R (1.21. 10) ( 1.21. 11)
N N N
P NP
60 Capítulo I Proteção de Ge radores Síncro nos 61
Po rtamo, o val or nominal d a potência apar ente do trans fomlador de o esq uema do resistor de ateiTamento com o transformador de distrib uiçào
di stribuição depende do tempo em que o transformador tlca exposto à sobrecarga é muito utilizado nas us inas gera doras, pri ncipalmente onde o gerador síncro no está
do curto-circuito. A suporta bilidade do transformador de distribui ção, com respeito acoplado a um trànsformador elev:l dor.
à sobrecarga, está relacionada aos efeitos térmico e eletromagnético. A sobrecarga
A seguir apresenta-se um exemplo comp leto da utilizacào do
no -transformador de distribuição, por um período cmto de tempo, é dada pe la
tranSfOlmador de distribuição no a terramento de tuna unidade geradora .
tabela 1.2 1.1 [51 ], ou mais precisamente pelo grátlco da tlgura 1.21.7 .
E xemplo 1.21.1: Um gerador sincrono opera numa usina confo rme o esquema
Múltip lo da Potência apresentado no diagrama unifilar da figura 1.21.8.
Duração da Sobrecarga Nom ina l do
J ranSfOnllador
lOs 10,5
I
60s 4,7
I
10min 2,6
I
30min 1,9
I
2h 1,4 Figura 1.21.8 - Diagrama Unifilar
I Os parâmetros dos equipamentos da instalação são:
Tabela 1.21.1 - Fatar de Sobrecarga Permissível por um Curto Período Tempo do
~ Gerador síncrono (G): 100MVA, 13,8kV, 60Hz, X d = X 2 = 0,16pu, X o
Transformador de Distribuição Conectado no Neutro do Gerador Sincrono
= 0,1 Opu, 0,30).lF/fase-teiTa;
)
~
·
3
Minv.lQs
,
~
~
Pára-raios (cubículo de surto): 0,2IlF/fase-terra;
Cabos da instalação no nível de 13,8kV: O,Ol IlF/fase-terra.
,
Z l A
II II
~'7.to ~ 10 .JO ..a;)!I060 Kl1OQ
O gerador síncrono está com suas características nominais e opera sem
Tempo carga.
Figura 1.2 1.7 - Fator de Sobrecarga versus Tempo da Sobrecarga a) Calcular a corrente para um curto-circuito 3<1> na barra A.
I
62 Capítul o I proteção de Geradores Síncronos 63
iR ico
3R 2321,45pu -j2321,45pu
i a l = 1.1 = t ao
ii" = 3.1 17L6 0uA
5,4A
a
TO
W R s = 0,44570 O 7.636L45° A
Figura 1.2 1.9 - Circui to de Seqüência para o ClU·to-circuito l ~-telTa 3 10,5 A 0,6!1F L-...+--1'
)
. lL Oo
! 5,4 L90o A
I ro =. ~ = j430,76 ~lpU = 1,8L900A
- J 2321,4) Figura 1.2 1.10 - Correntes na Instalação para o Defei to 1$-ten'a na Ban'a A
. o
i = llerra das capacitãncias L 3 O
ab .J3
i ao = i al = i a2 = 1,8 + j1,8 = 2,5455 L 45° A
A conente que sobe no atenamento do gerador síncrono é
e) Dimensionar o transformador monofásico de distribuição que deverá ser
i terra do Gerador = 3i Ro = 3 X 1,8 = 5,4A usado como um transformador de aterramento (figura 1.21.11), de modo
que uma resistência colocada no seu secundário tenha o mesmo efeito da
A conente que sobe no atenamento das capacitâncias nahlrais da
resistência de terra do item c. O transformador de distribuição deverá
instalação à terra é
suportar, sem problemas, o defeito l~-terra por um tempo de IOmin.
i terra das Capacitãncias = 3ic o = 3 X 1,8L 900 = 5,4 L 900 A A T1 B
~~-+--<H
A conente que sai da fase "a" para a terra é a própria corrente de curto-
circuito 1~-terra, isto é
.. °
=
I cc l.p-terra 31. 0 = 3 X 2,5455 L 45 = 7 ,636L 45° A
~~
A figura 1.21.10 apresenta a distribuição das correntes durante a falta.
)
As correntes nas fases capacitivas são calculadas com auxílio das
) expressões 1.21.6 e 1.21.7; isto é Figura 1.2 1.11 - Transfonnador de AtelTamento
)
i = i terra das capacitàneias L - 30° 5,4L 900 X 1L - 30° Confonne explicado anterionnente, na consideração da figura 1.21 .3, a
) ae .J3 .J3 tensão no primário do transformador de atenamento pode ter o mesmo valor da
tensão de fase do gerador síncrono ; mas, para considerar todos os tipos de defeitos,
i ac = 3,117 L60 0 A
)
)
66 Capítulo I Proteção de Geradores Síncronos 67
II R s =0,44570 II
Verifica-se que o pequeno valor da resistência no secundário produz o
mesmo efeito da alta resistência colocada no plimálio, o que é uma das vantagens
dessa prática.
g) Calcular o valor da tensão na resistência do secundário, para o defeito 1~
terra na barra A.
FigLlra 1.21.12 - Diagrama Fasorial
Este valor é
68 Capítul o 1 Proteção de Geradores Sincrono5 69
't--H
~--.---.--....--_t___< , : Elélrico':
atelTalTlento do gerador s íncrono teru1a o mesmo va lor da rea tânc ia pro teção 59 deve ser maior que a te nsão obtida para o defeito 1~ -terra na barra de
capac it iva da insta laçào. alta tensão e me no r que a te nsão obtida para o defeito I ~- te rra na ban a de ba ixa
tensão. No caso do esquema da fi gura 1.2 1.15, o aj uste da proteção 59, deve ser
Resposta: 0,2974.0
d) Para um curto-circuito l ~-te lTa na ban'a A, ca lc ul ar a corrente elétrica q ue V B<llTi:! d~ A lta < V r\j uste do Se) < V Barra dt: Bai~::I
sobe no aterrame nto do gerador síncrono .
11,S4V < V f\j usled059 < 138,S lV
Resp osta: 6,21A
e) Para um cUlto-circulto l ~-tena na barra A , calcular a corrente elétrica que V Ajuste da 59 = 60V
sobe na capacitância da fase "sã" .
Resposta: 3,585A 1.22 Sistema Aterrado com Resistência no Enrolamento t:.. do
t) Para um curto-circ uito ] ~- te rra na ban a A, calcular a tensão elétrica na Transformador de Aterramento
resistência secundária.
R esposta : 13 8,51V Nas máquinas síncronas que operam iso ladas ou sâo aterradas com uma
impedância elevada, os defei tos mo nofásicos à terra não provocam CUlt o-circuito
g) Dimensionar o transformador de distribuição, de modo a sup ortar o curto- ou as COITentes são muito baixas, prejudicando a sensibilidade das proteções de
circuito l~-terra na bana A, por 5min. sobrecon·ente. Um esquema de proteção adequado para este caso é apresentado na
R esposta: 21 ,5kVA fi gura 1.22 .1.
Transformador
I
h) Calcular a corrente de fuga ao solo, pelas capacitâncias naturais da
instalação do gerador síncrono, operando em regime permanente.
Resposta: 2,07A (9- 1,----<][ ..
'fI ~
i) Qual o valor da tensão na fase " sã", em relação à terra, para um cmto-
circuito l~-ten'a na balTa A .
G
TPs T I\=- D.
~
Resposta: 18kV
Gerador Síncrono
T rnnsfonnadur As tensões nas bobinas Plirnár ias dos TPs sào:
Va = O
l ____ _
V( V. \Ic =\1ca
V"
Ligado em !';. Portanto, supondo q ue as tensões já estão referidas ao secundário dos TPs,
ou em Y não tem-se
aterrado
Vrelé59 = 3\1ao = V. + \lb + Vc = \lba + Voa
Pelo diagrama fasarial da figura l.22.4, obtém-se
Rs
. r;::; o
Vrelé59 = 2,,3VLl'< cos30
59
Função 64 Figura
Para as redes secundárias 3<1> de 220V ou 120V, usualmente utilizadas na
1.22.2 - Proteção de Tensão de Seqüência Zero no Gerador Síncrono Isolado subestações, a relação do TP pode ser de:
• • ~ Sistema 3<1> de 220V: relação de V LN/ l27V;
~ Sistema 3<1> de 120V: relação de V LN/69,3Y.
Rs <====> O valor da resistência Rs deve ser dimensionado para se ter a mesma
reatância capacitiva da instalação elétrica, mas como é dificil e imprecisa a
obtenção desses valores, pode-se fazer a adoção da tabela 1.22.l , cujos valores
foram resultados de experiência prática.
Figura 1.22 .3 - Transformador de Aterramento com Res istência dentro do.ó. e o seu
Modelo de Seqüência Zero
Tensão nominal Relação de
I Res istência Rs
I
)
}
Nesse esquema de ligação, com 3 TPs conectados em Y - f:,. aberto, pode-
se veriftcar, por exemplo, que se o defe ito l <l> -teu a ocoue na fase "a", o diagrama
fasorial das tensões é o mostrado na figura 1.22.4.
do sistema
2,4kV
transformação
2400/1 20
8 25 0.0
Potência em Rs para
o defeito l ~-terra no
sistema
17SW
I
4,16kV 4200/120 125.0 3S0W
I
} 7,2kV 7200/1 20 8S.o S10W
I
)
13,8 kV 13800/120 S10W
) .S v, =terra
8S.o
I
Tabela 1.22. 1 - Valores TípiCOS de Rs
) Figm a 1.22.4 - Di agrama Fasorial das Tensões Submetidas aos TPs
)
7-1 Capítulo I Proteção de Gerad ores Síncronos 75
Exemplo 1.22.1: A instalação do gerador síncrono é a mesma do exemplo 1.21.1, í RO = 1,8A, Conseqüentemente, as COlTentes secundári as ào todos Iguai s e sào
mas o aterramento é feito p - r um transformador Y - 11, com resistência secundária
dadas por
Rs dentro do 11, O transformador de ateITamento é constituído por 3 unidades
monofásicas com relação de transformação de 13,8kV / IlOV.
a) Calcular o valor da resistência Rs a ser colocado dentro do 11; isto é, no
secundário do transfOl'mador de aterramento, para que seu efeito no primário
seja equivalente à reatância capacitiva da instalação do gerador síncrono. Iso = 207 A
o . d) Calcular a tensão elétrica imposta na resistência Rs, durante a ocorrência
Considerando que X co = 4420,97 - - ; e, pelo modelo de seqüêncla zero do defeito l<jl-terra na barra A.
fase
da fi gura 1.22 .3 , tem-se que VS = 3Vo = R si so = 1,002 x 207
R S ( 1l0 primáriol - X
3 - co Vs = 207,41V
Portanto, deve-se ajustar a proteção 59, que está fazendo a fu nçào 64, em
R S(no primorio) = 3 x 4420,97 = 13262,910
um valor bem abaixo do valor calculado. Geralmente, ajusta -se o a proteção 59
para o valor de 1/3 da tensão calcu lada . Assim, o ajuste é
R S( nOprim:íri o) = 13262,910
V 207,41
' ndo a reSI'steAnCl'a R Seno primil rio) para o SeC1J11da' [' ['0, na unidade
Trans-C:el'J
LI VAjusle d059 =- = = 69,14V
3 3
monofásica, tem-se
e) Dimensionar as unidades monofásicas do transformador de aterramento, de
R s -
_(VNS)~
V R S( no primario)
=(~J21326291
13800 '
modo a suportar, sem problemas, o defeito l<jl-terra por um tempo de 5min.
NP Durante o curto-circuito l<jl-terra, as 3 unidades monofásicas devem suprir
a potência dissipada na resistência Rs. Assim,
R s = 1,0020
3S curto = RsI~o
b) Para um defeito l<jJ-terra na barra A, calcular a corrente elétrica que sobe
2
no aterramento do transformador de aterramento.
Scurto-circuito = 1,002 3X 207 = 14' 312kVA
Todas as correntes, para esse tipo de defeito, foram calcu ladas no exemplo
1.21.1. Portanto, a corrente que sobe no aterramento do transformador é a mesma
Pe la tabela 1.21,1, o fator de sobrecarga é 3. Assim,
que sobe pe lo aterramento do gerador síncrono do exemplo 6.5.1, isto é
t) Fazer o diagrama trililar, contendo todas as correntes do defeito l<l>-terra na Em regime de operação normal a tensão no secundário do TP é igual à
ban:a A. tensão de fase, isto é
O diagrama trifi lar está mostrado na figura 1.22.4. V re1é = VLNlnomm al1
b Para um defe ito I cjl-ten a, no sistema, pode ocorrer a seguinte situação:
c a) Defeito na fase "a"
1,8 A 1,8A
Nesse caso a tensão da fase vai a zero. Portanto, a tensão no relé é
i" = 3.1 17 60° A
Vre1é = O
a
b) Defeito na fase "b" ou "c"
iab= 3,1 17L 120' A 7,636L 45° A
Supondo defeito 1cjl-tena na fase "b", esta tensão cai a zero e o di agrama
fasorial de tensões é o mostrado na figura 1.23 .2.
207A V.
207,4 1V
+
N ./
..//Vab
Função 64
//
Figura 1.22.4 - Diagrama Trifil ar
b ~ _ _ U=J Reatar
chaves, ocasionando sempre con'entes nos defeitos à terra. Essa pequena COITente
pode ser detectada por uma proteção de sobrecorrente que aciona um alarme. Se o
alanne persistir. por exemplo, por 15 a 25s, procede-se o chaveamento, cUlio-
circuitando o reatar parcialmente ou totalmente. Assim, a corrente de defeito toma-
( se alta, provocando a atuação da proteção específica para esta situação.
50/51GS
a) Reator ou resistor conectado no neutro do gerador síncrono. c) Reator ou resisto r conectado no neutro do transformador de aterramento
zig-zag.
A figura 1.25.1 mostra um reator conectado no neutro da estrela do gerador
síncrono. A figura l.25.3 mostra um res istor conectado no neutro da estrela do
transformador de atelTamento em zig-zag.
(
1
l cc3~A = - - = 20pu
50/51GS 0,05 (
1
I CC3<f!B = = 6,666pu
0,05 + 0,1
Figura 1.25 .3 - Resistor no Neutro do Transformador Zig-Zag
30M
Essa, proteção de sobrecorrente, pode ser aplicada para a proteção de l base = h = 1255,lA
geradores síncronos, bem como para trechos de sistemas elétricos em que estejam ,,3 x 13,8k
instalados transformadores de aterramentos, como os mostrados nas figuras
anteriores. J CC3c~B = 6,666 x 1255,1 = 8367,3A
Essa proteção de sobrecorrente pode ser uma proteção complementar a d) Qual a con-ente de curto-circuito l <1>-terra na barra B, considerando que o
outras proteções. Por exemplo, a proteção de linha instalada no referido setor, Y do transformador está solidamente aterrado? ,
\
poderá ser instantânea ou temporizado (geralmente em 0,5s). Se a proteção de linha
Para esse curto-circuito os modelos de seqüência estão conectados em
falhar, então após 0,8s atua o relé 51GS (Ground Sensor) da proteção do série, como mostra a figura 1.25.5.
transformador do aterramento.
/'si;;~~~'~:
(Elétrico:,
ATs-E r-------~--
\!=qUivale~~i.) Ia = 3 x 2,5 = 7,5pu = 9413,2A
~-ÕÕ-MV~ L.~ 1--------
e) Calcular o reato!" a ser conectado no aterramento da conexão Y, para que o
de Curto- 30MVA XR
circuito 138/13.8kV- curto-cil-cuito 14>-terra, na barra B, seja de 300A.
X= 10% O circuito é o mesmo da figura 1.25.5, com o reatar inseIido na seqüência
Figura 1.25.4 - Diagrama Unifilar zero, como mostra a figura 1.25 .6.
l
(
i n = 31"1= 300A
(
jO.IO i" . 100
( i al = 100A 101 =-- pu
Seqüência Positiva
l has<
Nesses casos o neutro está ligado diretamente à terra ou aterrado por meio
de uma impedância de valor reduzido . Nesse tipo de sistema. as con'entes de curto-
circuito I ~-telTa, dependendo do local de defeito, podem ser elevadas e inclusive
superiores as COlTentes de curto-circuito tlifásica. O nível de curto-ciTcuito pode (
valiar, dependendo do local do defeito, cuja COITente de defeito depende:
Da configuração do sistema elétrico proj etado;
7-
r
7- Dos parâmetros dos equipamentos e componentes da instalação ;
7- Do local do defeito;
, .. 7- Da resistência de cantata no local do defeito.
Esse sistema aterrado é utilizado no sistema de transmissão,
subtransmissão e distribuição.
c o
c:
§
.5
CIl
...
o
-o
e
d)
o
A
U
z
I- • -N
Figura 1.27.1 - Proteção Função 64
Figura 1.28 .1 - Proteção Diferencial de Terra Restringida
88 Capitul o I Proteção de Geradores Síncronos
1.29 Proteção de Máquina Síncrona pela 3 3 Harmônica 0/ Tensões de 3" hamlô ni ca positiva nos lerminais do gerador síncrono;
0/ Diminuição da tensão ele 3ª harmôni ca até o va lor zero. com inversão
Com a utilização da 3" harmônica é possivel a proteção de 100% dos do sinal na clireção do ne utro do enrolamento:
emolamentos do estator de um gerador síncrono. Verifica-se que quando a máquina
0/ No neutro há inversão da tensão de 3ª hannôllica.
síncrona opera sempre há a produção, ao longo do enrolamento da bobina do
estator, de tensão eléh'ica na freqüência de 180 Hertz, isto é, de 3ª- harmônica; e de Desde a operação a vazio até a plena carga, as tensões de 3" hannónica
outras componentes de menor importância. Salienta-se, ainda, que as componentes mantém o mesmo comportamento; apenas ocone um aumento no seu va lor.
de seqüênc ia zero e as ham1ônicas ímpares múltiplas de 3 estão todas em fase .
Portanto, essa característica justifica a freqüente utilização de transfonnador /). - Y b) GeradOl" síncrono com defeito à terra no neutro
como elemento de acoplamento com o sistema elétrico, porque as harmônicas
A fi gura 1.29.2 mostra o perfil da tensão da 3ª hannôn ica ao longo do
naturalmente geradas pelo gerador síncrono ficam confinadas no circuito primári o enrolamento do estator, para um defe ito monofásico à teLTa no neu tro do gerador
do transformador e não são injetadas no sistema e létrico . síncrono .
A seguir, anausa-se o comportamento do gerador síncrono em três
situações de operação:
p% espiras Como o defeito à tena OCOLTeu no neutro, a tensão neste ponto é idêntica à
da tena, ou seja, tem o valor zero; e a componente V J H, ao longo do enrolamento,
Bobina do cresce em direção ao tenninal do gerador síncrono.
Terminal da Bobina da
estator
Armadura c) Gerador síncrono com defeito a terra no terminal
Figura 1.29.1 - Produção de Tensão de 3ª hannônica na Operação NOllnal A figura 1.29.3 mostra o perfil da tensão da 3ª harmônica (VJH) ao longo
Onde: do enrolamento do estator, para um defeito monofásico à terra no terminal do
gerador síncrono.
VJH ~ é a tensão da 3ª hannônica ao longo do enrolamento da bobina do estator
em relação à terra. Como o defeito à ten'a foi no tell11inal do gerador síncrono, a tensão VJ H,
neste ponto, é a mesma da tena e em direção ao neutro, decrescendo, com o valor
Ao longo do enrolamento do estator nota-se as seguintes situações: máximo negativo no neuh·o.
90 Capítu lo I Proteçào de Geradores Síncro nos 91
I I I I +
I Y
59 59GS R1 R2
!.
Bobina do
estator \ /\
"
/-~ ·.:"-:· -·r·~ · -:~:--:7~~r: --:~·=--:x=·-:,'"A.: -- ·-·-_
27
1
R1 I R2 i ( 86
Sem Carga
N~4++r~~~~~~----~
p% espi ras ·r
Figura 1.29 .5 - Esquema Funcional em DC da Proteçào de Subtensào da 3~ HarmônÍca no
Terminal da Bobina da
Armadura Neutro
No esquema da figura 1.29.5 as proteções 59GS e 27 estão sintonizadas na
Figura 1.29.3 - Perfi l da Tensão da 3ª Harmôn.ica, para Defeito no Terminal do
freqüência de 180Hz e o relé 59 é normal.
Gerador Síncrono
Na operação normal do gerador síncrono, isto é, na ausência de defeito. a
Portanto, com a utilização da medição da 3ª hamlônjca, no neutro e no
tensão reversa de 3ll harmônica no neutro mantém o relé de subtensão 27
terminal, é possível desenvolver técnicas de proteção contra defeitos monofásicos a
desoperado, isto é, o seu contato se mantém aberto.
ten·a em 100% do enrolamento do gerador síncrono. Com o emprego desta técnica,
desenvolveram-se vários esquemas de proteção. A seguir, ana li sam-se os defeitos monofás icos a tena na bobina do estator.
Um desses esquemas é o que utiliza, por exemplo, a subtensão de 3ª a) defeitos monofásicos a terra no trecho que vai de 10% a 100% do
hannônica no neutro, conforme ilustrado na figura 1.29.4. enrolamento do estator.
Gerador Síncrono T rans formador
Neste caso, de acordo com a figma 1.29.3, a tensão reversa de 3ª
harmônica, no neutro, é elevada, e ocorre a seguinte seqüência de operação:
• A proteção 59GS opera, fechando o seu contato 59GS;
• Com o fechamento do cantata 59GS, ativa-se o temporizador R2;
___ I • Transco rrido o tempo ajustado no tempori zador R2 o seu cantata é
fechado;
• Com o fechamento do contato do R2 , ativa-se o relé de bloqueio 86,
que providencia:
• Abertura do disjuntor principal;
• Abertura do disjuntor de campo;
Figura 1.29.4 - Subtensão da 3ª Harmôruca no Neutro
• Acionamento do fre io, para a parada do rotor da
O filtro passa-alto apresentado na figura 1.29.4 deixa passar a componente máquina síncrona;
na freqüência de 180Hz; isto é, a da 3a harmônica.
• Alanlle;
O esquema funcional em DC, dessa proteção, está mostrado na figura
1.29.5. • Se necessário, o possível disparo de COlo
92 Capítulo I Proteção de Geradores Sí ncronos 93
59GS
I + ->
v
.. ..................
o
e"
.~
CI:l
o
"E
Figura 1.29.7 - Esquema Funcional em DC o"
Outra possibilidade de proteção do gerador é a denominada de "proteção
de falha à tena por comparação entre tensões de 3ª hannônica na fase e no neutro",
que utiliza o mesmo esquema apresentado na figura 1.29.6. Com a diferença de que
se considera que a proteção 59GS está, também, sintonizada, na freqüência da 3"
harmónica. Assim, é feita a comparação das tensões em 180Hz, isto é Figura 1.29 .6 - Proteção por Tensão Residual de 3M Hamlônica
V 3H do relé S9GS - V 3H do relé 59 > V 3H aj uste
(
Se houver defeito à terra no enrolamento, a diferença de tensão terá va lor Nesta técnica, utiliza-se a i njeção ele um sina l de subfreqüéncia, mais
(
maior que o ajuste e a proteção operará. precisamen te um s inal em freqüência sub-ham1õn ica, geralmente de y, ou v.. da
Uma altemativa de proteção, utilizada em geradores síncronos de g rande freqüência fundamental. Como mostra a figura 1.29.8, uma fonte de tensão
porte. é a estratégia de inj eçào de sinal ele subfreqüência, como ilustra o esquema independente gera um sinal senoidal na freqüência de 20Hz, por exemplo. e através
(
ela figura 1.29.8. do transformador, injeta o slnal no neutro do gerador síncrono.
(
Na operação nonllal isto é, sem defeito lllonofásico à tena na bobina do
estator, nào haverá corrente de 20Hz passando pelo TC da proteção 51. (
59GS
IT IT I I
51 R1 y R 2
+
~ 7 tr
Figura 1.29 .9 - Esquema Funcional em DC da Proteção por lnjeção de Sinal em Freqüência
Sub-hannônica
A proteção baseada na técnica da injeção de sinal sub-hanllônico tem as
seguintes vantagens:
© Protege 100% do enrolamento do estator;
© É menos sensível a influência das capacitâncias parasitas do circuito do
gerador, devido ao aumento da reatância capacitiva deconente da baixa
freqüência do sinal injetado;
© Aumenta a conente de defeito em freqüência de sub-harmônica,
l
devido a diminuição da reatância indutiva, deconente da baixa
freqüência do sinal injetado;
© É independente das influências da freqüência em 60Hz e, portanto, esta
proteção está sempre ativa durante o procedin1ento de partida e parada
do gerador síncrono.
l
A desvantagem é a necessidade da utilização e manutenção dos
Figura] .29.8 - lnjeção de Sina l de Subfreqüência equ ipamentos para gerar o sinal de injeção em sub-harmônica.
...
(
(
o circuito de excitação da máquina síncrona, que é composto pela
excitatriz, cablagem, escovas (se tiver) e enrolamento de campo, opera isolado da
tena. Deste modo, a ocorrência do primeiro defeito à terra não caracteriza um
( curto-circuito e, portanto, a máquina continua a operar normalmente. Se este
defeito não for conigido pela manutenção há o perigo da ocorrência do segundo
defeito. Este segundo defeito pode oconer aleatoriamente em qualquer lugar do
circuito de excitação. Dependendo da posição dos 2 defeitos a conente de curto-
circuito pode ser elevada, danificando severamente o gerador síncrono. Em
conseqüência. os trabalhos de manutenção serão prolongados e o gerador síncrono
Fig ura 1.30.1 - Método da Divisão de Tensão
ficará indisponível por um tempo longo.
Usa-se uma proteção de corrente, com sensibilidade acentuada à variação
Os 2 defeitos podem causar: da corrente, a qual está conectada dividindo a resistência à terra em duas pmtes
® Vibração acentuada, prejudicando espiras e mancais da máquina; iguais (figura 1.30.1). Portanto, a conexão à terra é feita pela resistência em série
com o circuito da exc itatriz do gerador síncrono.
( ® Geração de fluxos magnéticos desbalanceados no entreferro das
cabeças polares da máquina; Ocorrendo um defeito à carcaça, por exemplo, em F da figura 1.30.2, a
corrente de defeito à tena circula pelo relé, que atua atival1do o alarme ou
® Geração de correntes de seqüência negativa, com produção acentuada disparando o disjuntor.
de calor, comprometendo a isolação e a estrutura annada do gerador;
® Variação na tensão gerada e na impedância interna, produzindo
perturbação no sistema elétrico.
Para evitar a pQssibilidade de ocolTência do segundo defeito, deve-se
promover ações efetivas no momento do aparecimento do primeiro defeito. Assim,
deve-se implementar técnicas para a detecção do primeiro defeito e proceder como
indicado a seguir: \
I
/
• Acionar a equipe de manutenção, para análise do defeito, que pode, I
I
dependendo da gravidade, deflagrar ou não a parada da máquina \ S _--
síncrona; ---------~------------
Figura l.30 .2 - Defeito a Terra em F
• Desligamento automático e parada da máquina sincrona.
Esta proteção não é sensível ao defeito à carcaça no meio do enrolamento
Existem vários métodos de detecção do primeiro defeito à terra no circuito
de campo.
de excitação, que são:
l b) Método da Injeção de CA
a) Método da Divisão de Tensão
Consiste; como mostra a figura 1.30.3, em injetar pennanentemente, tensão
O esquema representativo deste método é o da figura 1.30.1.
elétrica alternada no circuito do rotor. Ocorrendo um defeito, aparecerá tensão no
relé de tensão 64R.
(
• Manual:
• Automat izado. fe ito por dispositivos elétrico:, COl1 vêllcionais ou por (
C LP (Conu'olador Lógico Programá vel).
(
O procedimento para a paltida normal do gerador síncrono é sumarizado
noS seguintes passos:
(
./ Disjuntor do gerador aberto:
(
./ Aumento da rotaçâo do rotor do gerador síncrono até a
~FonteCA velocidade nominal;
./ Aum ento da excitaçâo até atingir a tensão nominal; (
Transformador
~~II ~
Figura 1.30.4 - Método da Injeção de Sinal DC
II
1.31 Energização Acidental do Gerador Síncrono
Ô 1- ~
Disjuntor
Antes do início da partida de um gerador síncrono é feita a verificação e a aberto
adequação de todos os equipamentos necessário ao processo. O processo de
Figura 1.31 .1 - Proteção contra Energização Acidenta l do Gerador Síncrono
partida é feito passo a passo e pode ser:
100 Capítul o I Proteçào de Geradores Síncronos 101
Supor, inicialmente que o gerador slncrono esteja parado. Nessa situação ,fI Abrir o disjuntor do campo (~1 ):
s ua velocidade angular e a tensão nos seus terminais são nulas e a proteção de
( iY Cortar o t1uxo de águaivapol"I gás:
subtensão 27 já está operada (contato fechado). Se, nesse momento, OCOITer uma
( energização acidental. O gerador síncrono será conectado indevidamente ao cP Aplicar freios:
sistema elétTico. Assim, em relação ao sistema elétrico, a máquina síncrona se
( cP lnjetar CO2 .
comp0l1a como um motor parado; e, em conseqüência, a corrente inicial reversa
( tem valor elevado, provocando a atuação da proteção de sobrecorrente 50, que de Dependendo do tipo de defeito a equipe de manutenção de e proceder a
acordo com o esquema funciona l, em DC, da figura 1.3l.2, atuará o relé 86, com a uma vistoria minuciosa, para a restauração da máquina síncrona.
(
conseqüente abertma do disjuntor.
Apresenta-se, na tabela 1.32.1 , uma estatística de falhas dos componentes
27
1 Gerador Síncrono
E lemento Taxa de FaUla
~
Estato r 14,3%
(
Estator falha à tetTa 28 ,6%
Rotor 14,3%
"-
l
(
l
104 Capítulo 1 Proteção de Gerado res Síncronos 105
l
.
ZLT3(BT)
( )
= --
13,8k '-
230k
o o
41,18L:81 = 0,1482L:8 1 O
Obselvação: Este ajuste cobre 100% do enrolamento do estator.
7 Ajuste da 1a zona: A proteção apresentada anteriormente é a mais utilizada, mas pode-se usar
l as alternativas mais simples descritas a seguir.
l 3000 115
Z I(ZODU) = 0,7 x 0,3174-- x - - = 1,1110 Por exemplo, pode-se utilizar a proteção do enrolamento do gerador
5 13800
síncrono, utilizando uma proteção de distância 21, do tipo admitância, direcionada
= 1,1110
ZI (ZODa )
reversamente, isto é, dos terminais para dentro da máquina, como mostra a figura
1.33.4.
Temporização = 0,05s
106 Capítulo 1 proreção de Ge radores Síncronos (
107
(
(
T~
transfonnador, com a utilização da proteção 21 , do tipo admitância, direcionada
reversamente, como mostra a figura 1.33.5. ZN (
T ~
E@JI3~
FTH
III
~Yí
Figura l.34. J - Filtros de Terceira Harmônica
O filtro passa-baixa bloqueia a passagem de correntes com freqüências
superiores a 90Hz. POlianto, é bloqueada a passagem de conentes elétricas na
Figura 1.33 .5 - Proteção Reve rsa do Gerador Síncrono e do Transformador freqüência de terceira harmônica (l80Hz), deixando entrar no re lé praticamente só
O ajuste, nesse caso, é: as correntes de freqüência nominal (60Hz). Assim , a proteção de sobretensão 59
pode distinguir somente as tensões geradas pelos defeitos.
Zajusre ,I = 1 ,2(ZOerador + Ztransfomlador)
1.35 Proteção de Perda de Potencial
1.34 Proteção de Sobrecorrente
A proteção de perda de potencial ou de balanço de tensão (60) é utilizada
A proteção de sobrecorrente utilizada na ligação do aterramento do neutro como um comparador de potencial de dois ou mais elementos. Essa proteção é
do gerador sincrono, que tem uma resistência considerável no seu neutro, apresenta utilizada para verificar as tensões em TPs, figura 1.35.1.
os seguintes problemas:
® na sensibilidade no relé de sobrecorrente devido a diminuição das TP \L \L TP
~
2
correntes de defeito;
60
® das correntes de terceira harmônicas e de seus múltiplos de ordem Relés RV
ímpares, geradas normalmente pelo gerador síncrono. Figura 1.35.1 - Relé 60 entre dois TPs
Portanto, essas harmônicas podem provocar atuação indevida da proteção Se um TP falhar, haverá u m desbalanço de tensão nos secundários dos TPs
de sobrecOlTente, principalmente quando o gerador opera com alguma saturação na que será detectado pela proteção 60.
aljmentação de carga pesada. Uma maneira de contornar esse problema é a
108 Capítulo 1 Proteçào de Geradores Síncronos 109
A integlidade dos TPs é vital para a qualidade ela operação, elo conb·ole e 86PS ~ é acionado pela proteçào devido a defeito no sistema elétrico, exrerno a
ela proteção. A anomalia de tensão no secundálio do TI pode prejudicar o usina. Sua atuação é no sentido de desacoplar, de maneira nào abru pta. o gerador
desempenho de vários equipamentos, e ocorre devido: síncrono do sistema e lérrico. A seqüéncia de ações de sua atuação é:
® Curto-circuito (defe ito) no TP: á> Agir no regulador de velocidade (RV), para zerar a potência a6va
gerada (P = O) e, após :
® Defeito no circu ito secundário do TP;
á> Promover a abertura do disj untor principal (52).
® Problema de contato no circuito primário ou seclrndário do TP ;
Assim , com a abeltura do disjuntor (52), a máquina síncrona contin ua
® Rompimento indevido do elo fusíve l do TP. excitada, girando na sua velocidade nominal, mas desacoplada do sistema elétrico.
As falhas provocam perdas ou desbalanço nas tensões secundáli as do TP, Como o defeito foi externo, a máquina está pronta para voltar a operação. Como o
afetando todos os relés que dependem da tensão p ara o seu funcionamento. Por RV diminuiu a potência ativa do gerador síncrono a zero, esse procedi mento de
exemplo, a perda de tensão no secundário do TP, mas com a presença da con ente desaCoplanlellto é fe ito sem perda de carga; também deno minado de procedimento
no circuito do TC, faz operar indevidam ente a proteção de distância 2I. sem rejeição de carga. Desse modo, a ação do 86PS não provoca perturbação
Conseqüentemente, a perda ou desba lanço das tensões no secundário do TP, drástica no sistema elétrico remanescente.
podem p rovocar atuação indevida da proteção, ou impedir a atuação, quando Observação: 86PS significa Parada Sem rej eição de carga.
necessário. M uitos equipamentos de controle, que dependem da tensão, também
serão afetados. Geralmente, a atuação da proteção 60, bloqueia os dispositivos de 86PR ~ é ocionado pela proteção para defeito não severo nos eleme ntos
pro teção, tais como: proteção de distância, subexcitação (40), 32, 51V, e muda a (dispositivos) que compõem a unidade de geração . A atuação do relé de bloqueio
atu ação do regulador de tensão para o m odo manual. 86PR deflagra a seguinte seqüência de acões:
~ Abertura do disjuntor prin cipal (52), ou sej a, toda a potência a6va do
1.36 Relé de Bloqueio gerador é cOliada abruptamente; isto é, com a conseqüente rej eição de
carga.
o relé de bloqueio (86) é um equipamento auxiliar, que opera de forma ~ Abertura do disjuntor da excitação (4 I);
extremamente rápida (aprõximadam ente 17ms), com a finalidade de realizar várias
funções, tai s como : ~ Ocone um aumento na velocidade do gerador e imediata atuação do
RV no disb·ibuidor, para diminuir adequadamente a vazão de água, de
© Acionar a abertura ou fechamento de disjuntores; modo a manter a máquina síncrona girando na velocidade nominal.
© Provocar alarme visual e sonoro; Assim, o gerador fica girando n a velocidade nominal, com mínima
vazão de água e sem carga (speed no load), que também, é denominado
© Intertravar ou habilitar os equipamentos de proteção, medição ,
de marcha à vazio.
comunicação, manobra ou de controle;
© Etc .. .
o gerador síncrono girando na velocidade nominal fica preparado para
entrar imediatamente em operação, após a remoção do defeito. Note que o defeito
o relé de bloqueio, uma vez acionado, bloqueia o fechamento do disjuntor, não oconeu no gerador, mas sim em algum componente associado a sua operação.
e o seu rearme só é possível com a intervenção humana.
Geralmente os defeitos não severos, mais comuns, são:
Na usina geradora, de acordo com a filosofia de operação e contro le da
°
empresa, acionamento o relé de bloqueio pode ter as seguintes denominações:
@ Falha no regulador de tensão (RT);
@ Perda de excitação.
- - - ------.1 ·
o R V tem sua ação no sentido de prov idenciar o fec hamento do o fechamento total do distribuidor de água pe lo RV, não veda tO la lmente a
distribuidor, de modo otimizado, para não danifi car nenhum componente e suavizar vazão de água nas turbinas do gerador, daí a necessidade de aUlação do freio, para
o golpe de aríete. A figura 1.36 .1 mostra o distri buidor de água da hubina garantir a parada a máquina. Nas tennelétri cas não há necessidade da utilização de
hid ráu lica, juntamente com o regulador de velocidade t65). freios. (
(
86E ~ é ac ionado para defeitos elétricos severos na unidade geradora, tais como os
curtos-circuitos. Nesse caso, deve-se parar a máquina . Geralmente a ativação do
Distribuidor
_<___-\ --...c.--- de Agua rel é de bloqueio 86E é feita pelas proteções 64S, 87G e 2 1bad-up.
.--_·
- - - -
oconem:
i9 nos mancais:
t
Regulador de
i9 vibrações anormais;
Velocidade
-====- ~ i9 no mecanismo do distribuidor de água;
II ~ i9 no RV.
F igura 1.36 . 1 - Distribuidor de Água e Regulador de Velocidade [59] 86H ~ é acionado quando ocorre um defeito mecânico, porém com necessidade de
Nas hidrelétricas, na seqüência de parada, quando a velocidade diminui fechamento das comportas da tomada de água. Geralmente o 86H é acionado
abai xo de um certo valor, é ac ionado um freio (sapata) ludráulico para parar a quando há defeito no RV, no qual fica inoperante para promover o fechamento do
máquina. Ver figura 1.36.2. di stribuidor de água.
a necessidade de se utili zar à proteção de sobreconente com restrição de tensão ® Qualquer perda de fo rça motriz.
(51 V), dado que o seu ajuste diminui com a tensão, aumentando a sensibilidade da
proteção. Nesse tipo de esquema, na operação normal, o relé '27 mantém o relé 51 A motOlizarão pode causa r os seguintes problemas :
desativado, quando ocon'e um defeito com queda de tensão, o relé 27 opera, • prej~udi c a a turbina hidráulica, devido, principalmente. ao efeito da
ativando o relé 51 V. O ajuste [52] da proteção de sobreconente 51 V é cavitação;
Ajuste 5 JV = Ajuste s l x f(V) • as máquinas a diesel ou gás podem incendiar e explodir;
Geralmente o relé 27 é conectado entre duas fases . A proteção do 5 1V é • nas turbinas das máquinas térmicas, a perda de ve locidade, reduz a
própria para curtos-circuitos 2<1> e 3<1>. refiigeração e em conseqüência ocone o superaquecimento nas
A proteção de sobrecorente 51 V fornece, também, cobertura adicional para palhetas.
a falba da proteção diferencial do gerador ou do transfornmdor. . A proteção contra motorizarão é feita pela proteção direcional de potência
Essa proteção é, também, utilizada quando a reatância do gerador síncrono (32) . dlIeclOnada para dentro da máquina e ajustada em 3 a 10% da potência
nOI~mal do gerador síncrono. Geralmente, a temporização é indicada pelo
é alta, por exemplo, maior que 1,05pu.
fabrIcante da turbina.
Note que se a motorização for leve, isto é, com a máquina girando quase
1.38 Proteção contra Motorização
e~ flutuaç.ã? no sistema elétrico, o retorno de potência ativa será muito pequeno,
nao senslbl hzando a proteção.
Os geradores síncronos operam fornecendo potência ativa ao sistema
elétrico; ou seja, o campo magnético do rotor está com um certo ângulo de carga A figura 1.38.1 mostra o diagrama do gerador síncrono, com a proteção
(a) à frente do campo girante criado pelas COlTentes nas bobinas do estator que direcional de potência 32.
E @n;pl 3 ~ ~
suprem o sistema elétrico. Nessa situação, a máquina primária, que fornece força T
motriz ao eixo, está suprindo, através do gerador síncrono , potência ativa ao
Jlill-----+-i
~~f-----
sistema elétrico. (
Entretanto. várias situações produzem problemas nos mancais, tais como: 1.40 Proteção Contra Sobrevelocidade
® Defeito na inj eçào de óleo lubrificante nos mancais; (
A sobrevelocidade no rotor do gerador síncrono pode ser causada por:
® Desgastes dos mancais; (
./ Imenupção brusca de cargas:
® Operação desbalanceada da máquina síncrona; (
Falha no regulador de velocidade'
® Curto-circuito na máquina ou no sistema elétrico; (
Defeito no distribu idor d'água das turbinas hidráulicas ou na válvula
® Defeito mecânico na máquina; distribu idora de vapor, nas pás das hlrbil1as térmicas.
® Sobrevelocidade. . A sobrevelocidade afeta mais os geradores hidráulicos, onde o rotor do
Essas anomalias geram vibração e calor no mecanismo do mancaI. O calor conjunto gerador - turbina tem maior diâmetro e inércia. As turbinas hi dráulicas
provoca aumento na temperatura do óleo e na área do mancaI. podem llti lizar os seguintes métodos para a proteçào contra sobreveloc idade ( 12):
A proteção do manca i (38) pode ser feita pela detecção da temperatura, o a) Método elétrico
que é feita por um dispositivo térmico, convenientemente instalado nas sapatas dos
mancais, que pode ser por: Esse método utiliza um pequeno gerador síncrono, cujo rotor é constituído
de ímã permanente, acop lado ao e ixo do gerador síncrono principal (figura 140.1).
á> Tennopares;
á> Termômetro RTD (Resistence Temperature Detector), em que a
resistência modifica o seu valor com a temperatura.
Os dispos itivos ténnicos são aj ustados para operarem em dois estágios, um
para o alarme e outro para o desligamento do gerador síncrono.
Geralmente, o aju~te é:
© Alarme em 75°C;
© Desligamento em 80°e.
l
O diagrama de atuação da proteção 38 é mostrado na figura 1.39 .1.
120f
N eixo( IU'M ) = - - ( 1.40.1 )
Figura 1.39.1 - Esquemático da Proteção do Mancai p ela Proteção 38 p
Geralmente a temperatura é ajustada 10°C acima da referência da Onde:
temperatura nOlmalizada.
11 6 Cap ítulo I Proteçào de Geradores Síncronos 117
( NeIX" CRPMI ---7 ve locidade rotacional emRPM do eixo da máq uina síncrona; If II
P ---7 número de pares de pó los do gerador síncrono com imã permane nte: I
f freqüência elétrica, em Hz, no gerador síncrono com ímã pellIlaneme, lida
---7
pelo relé 81.
A freqüência no relé 81 é
P
( f =--N
120 eIXO (RPM )
(1.40.2)
Geralmente, no método elétrico, o ajuste da sobrevelocidade é: A proteção contra vibração (39) é feita por um sensor de vibração que deve
ser instalado:
7 Máquinas ténnicas: de 9 a 11 %;
o no eixo junto aos mancais da turbina;
7 Máquinas hidráulicas, de 40%.
o no eixo junto aos mancais do gerador síncrono.
b) Método mecânico
O sensor também pode detectar excentricidade e dilatação do eixo.
É utilizado um dispositivo mecamco, do tipo êmbolo, semelhante ao
regulador de velocidade (tipo Watts). Esse mecan.ismo funciona pela ação da força 1.42 Grade de Tomada D'água
centrífuga nas duas bolas metálicas, que se distanciam do eixo de acordo com a
velocidade de rotação, possibilitando fechar os contatos elétricos para o alarme ou
A grade na tomada d'água tem a função de impedir a entrada, na tubulação
ativação do relé de bloqueio 86, para o desligamento da máquina. A figura 1.40.3
forçada, de objetos de determinado tamanho, que vêm anastados pela água do rio
mostra o esquema funcional da proteção de sobreveio cidade (12).
ou da represa. Esses objetos podem danificar o distribuidor d água e a própria
Geralmente, o ajuste da proteção de sobreveio cidade do dispositivo hrrbina. Os objetos trazidos pela água são : galhos e troncos de árvores, tambores de
mecânico já vem pré-estabelecido pelo fabricante da turbina, ficando na faixa de 40 plástico, barris, animais mortos , plantas aquáticas, etc ...
a 60% de sobrevelocidade.
O serviço de manutenção prevê a Íl1speção e a limpeza periódica da grade
ou emergencial, após enchentes.
ll t. Capítu lo I Proteçào de Geradores Síncronos 11 9
Se houver obstrução da grade de tomada d 'água a vazão da água na turb ina U ma turbina a vapor é composta de vanos es tági os de palhetas, desde
(
dimin ui . A medi ção da vazão ou ve loc idade da água é fe ita por sensor diferencial palhetas muito pequenas, nos estágios de alta pressão, até seções de palh etas com
de pressão, que sinaliza essas ocorrências. alguns metros, nos estágios de baixa pressão. Cada palheta possu i sua freqüencia
natural de ressonância característica. A freqüência natural de ressonância de
oscilação, para as palhetas das turbinas, consiste de duas partes [72]:
1.43 Comporta de Tomada D'água
® da freqüência natural de oscilação, quando a paIJ1eta está estacionária:
(
A comporta de tomada d'água é fechada quando há necessidade de ® da freqüência de oscilação da palheta, que depende do comprimento
manutenção (programada ou não) ou na situação de emergência, em decorrência desta e da velocidade da oscilação.
de:
O efeito das freqüências nahrrais de oscilação das palhetas, para diferentes
@ Defeito no distlibuidor de água para a turbina; velocidades, é ilustrado por um conjunto de curvas chamadas de "Diagrama de
Campbell", como mostrado na figura 1.45.I.
@ Defeito (vazamento) na hlbulação forçada .
Na operação normal as comportas sâo mantidas erguidas por um sistema 540 • freqüências induzid as pela inj . de vapor . 7
(mú ltiplas da ro tação nominal) ~
hidráulico de pressurização do ó leo. Através de contro le manual ou de emergência 6
a pressão do óleo é liberada e o processo para o fechamento da compo rta se dá pela
ação da grav idade.
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Várias ocorrências levam o gerador sÍ11crono a operar em so brefreqüência '"
.t: o
ou subfreqüência.
A sobrefreq Liência ocolTe numa reJelçao de cargas ou quando, devido a o 10 20 30 40 50 60 70 80
contin gências, o sistema opera ilhado. Geralmente a sobrefreqüência é controlada velocidade (rps)
pelo regulador de ve locidade; caso este apresente defeito o gerador síncrono deve Figura 1.45.1 - Freqüências Ressonantes das Palhetas [62]-[72]
ser df<s ligado. A sobrevelocidade no gerador síncrono ajuda a refrigerar melhor a
máquma. As três curvas (quase) horizontais indicadas, representam freqüências
naturais ressonantes para as palhetas da turbina a vapor.
A subfreqüência pode OCOITer por:
As linhas diagonais representam os harrnôrucos para uma dada velocidade
~ Perda súbita de geração; da turbina. Por exemplo, para a velocidade do eixo da turbina de 60 rev/s, o
~ Ilharnento do sistema com excesso de cargas; segundo harrnônico é 120 Hz, o terceiro é 180 Hz e sétimo é de 420 Hz. Pode-se
observar na figura 1.45.1 , que na operação normal em 60Hz, a freqüência de giro
~ Defeito no regulador de velocidade. da turbina e suas harmônicas, não coincidem com as freqüências naturais de
A subfreqüência, geralmente, provoca sobreexcitação, com aquecimento do ressonância das palhetas. Assim, na operação normal, e."itn-se a sintonia com as
rotor e do estator. Geralmente, a proteção deve atuar com temporização. freqüências ressonantes, resguardando a integridade das palhetas.
Entretanto, durante o processo de partida, ou seja, desde a máquina parada
1.45 Efeitos da Freqüência na Turbina das Usinas Térmicas até a sua velocidade nominal, várias hannônicas, proveniente do processo de
Capítulo I Proteçào de Geradores Síncronos PI
120
aceleração do eixo da turbina. se aproximarão da freqüência de ressonância natural Por outro lado, operar no nível B ocasionará uma fa lha com 10.000 cic los
das pa lhetas, resultando em vibrações pemjciosas durante essas passagens. e, para o maior nível de amplitude C a tàlha irá oconer com J .000 ciclos.
(
Os diagramas das figuras 1.45.2 e 1.45.3 ilustram o fenômeno envolvendo Um estudo sobre os dados de freqüência de vibração para diferentes tipos
a operação fora da fre qüência nominaL de estágios para definição do tempo aceitável para operação fora da freqüência é
dado na figura 1.45.4.
o _ 64
110
U> N
e
~
E. 63
lO
'> Ü 62
Q) c:
u ' Q)
( ,"o- 61
~c
J ~ 60
~ B .. u.
e. 59
EA
<I:
58
60 Hz Sobrefreqüência
57
Subfreqüência
56
Figura 1.45.2 - Aumento da Amp litucle de Vibração da Palheta Operanclo fora da 55
Freqüência Nominal [62] 0,01 0,1 10 100 1000 10000
Tempo (minutos)
A fig ura 1,45.2 mostra a amp litude de vibração para a composição de todos
os estágios da turbina, em função da freqüência de rotação. Nota-se que, à medida Figura I A5.4 - L imites da Turb ina [51]
em que a turbina opera fora da freqüência nom.inal, a amplihlde de vibração Esta figma mostra os limites de tempo cumulativo para operação da turbina
aumenta e o processo de dano ao equipamento é acumulativo. fora da freqüência nominal, em toda a sua vida útil. Assim, a figura 1,45.4
(
Os níveis de amplitude A, B e C, na figura 1.45.2, são novamente representa o tempo mínimo estimado para ruptura de algum componente estrutural
( da palheta, geralmente os anéis de consolidação e bandagens. Quando há a ruphua
apresentados na figura 1.45.3, na qual uma curva de fadiga típica para estruturas de
( desses componentes, não há uma falha catastrófica, mas sim uma mudança no
palhetas é mostrada.
comportamento de vibração da palheta, que nOlmalmente consiste em aproximar
!,. sua freqüência natural à rotação nominal. Isso poderá resultar na falba da palheta
sob condições nominais de operação.
Segundo a figura 1.45.4, o desvio na freq üência de 5% ou mais, resulta que
o tempo ao dano se toma muito curto e não é prático operar mais do que poucos
segundos nesta faixa [5 1].
FAIXA SEGURA
y
É importante notar que o efeito de operação fora da freqüência nominal é
--~4 cumulativo. Por exemplo, dois minutos de operação em 58 Hz, representará dois
N° de cicios atê a falha em uma amplitude
minutos a menos no tempo de tolerância acumulada para esta freqüência.
Figura 1.45.3 - Amplitude da Vibração pelo Número de ciclos até a Falha [62] Uma redução de carga, por exemplo, causará um aumento de 2,5% da
Observa-se que, abaixo do nível A, a amplitude de vibração é freqüência (61,5 Hz), sendo o tempo limite de operação da máquina síncrona, nesta
suficientemente baixa para que as palhetas possam operar indefini damente, sem freqüência, de aproximadamente 35 minutos, o qual está dentro de valores práticos
para a ação do operador em reduzir os ajustes de velocidade. Nestas condições,
que haj a nenhum dano.
mesmo que o regulador de velocidade não responda rapidamente, o operador tem
122 Capítulo I Proteção de Geradores S íncronos (
123
tempo para se decidir pelo controle manual e reduzir o ajuste referência de carga, o esquema da figura 1.45.5 mostra a prOleção de heqüência e de tensão na
an tes que lima substancial perda de vida da turbina ocorra. saída do gerador síncrono.
Por outro lado, a operação da turbina a vapor, em condiçào de
subfreqüência, é mais crítica, pois o operador não tem a ação de controle.
Estabelecer uma proteção de subfreqüência para a turbina ténnica não é tão
simples, pois requer alguns conhecimentos do comportamento e performance do
programa de retirada de carga durante os distúrbios no sistema. Tal procedimento
necessita, essencialmente da coordenação entre um relé de freqüência de tempo
definido e a curva variável de capabilidade da turbina. Além disso, como o efeito
da operação em subfreqüência é cumulativo, tem-se ainda o histÓlico das
oconências, que deve ser considerado. Se a máquina operou em freqUências
reduzidas por um período considerável, no passado, os tempos de operação do relé
devem ser reduzidos no futuro. (
Faixa de
freqüências
Potência da
turbina Duração máxima de
Duração durante ,.
período 12 meses de
uma ocorrência
(Hz) (% Pn) operação V
Sobre carga
Subte nsão
360 min
Subfreq üência
lIn II' 120 min
'"
Ul
'"
* A mesma freqüência elétrica; W
"O
'"
* O mesmo valor eficaz das tensões elétricas; D
~ 2001----~---~~~~----~---1
Defeito na BalTa a) Nos istemas elétricos com proteção trad icional. onde a proteção de
retaguarda ou de 23 zona dos re lés de di stância incl ui na sua zona de
Tipo e núme ro d e defeitos N úme ro To tal de seletividade a barra da subestação a j usante. Essa proteção de
Causa do defeito
Desce- to tal de defei tos retaguarda a montante é temporizada.
na barra 1q,-t 3q,-t
2<H 3<1>
nhecido defeitos em %
b) Proteção de distância local, a qual pode utilizar um deslocamento
Flas bover 20 6 I - - 27 1l (recuo) para cobrir a barra ou usar uma zona reversa.
Defeito no
c) Proteção diferencial própria para a barra. que é a mais adequada para
16 2 2 - - 20 15,5 barras importantes.
disjuntor
Defei to na
seccionadora
19 2 - - 1 22 17 2.4 Proteção de Barras
Defe ito na Dependendo do porte da subestação, os seguintes esquemas podem ser
4 I 1 3 - 9 7
isolação utili zados para a proteção de ban'a:
Defeito no TC 3 - - - - 3 7_ ,.J~ !9 Proteção diferencial de barras com relé de sobrecolTente:
Erro de manobra 8 I 5 I - 15 11 ,6 !9 Proteção cliferencial de barras com relé diferencial percentual;
Esquecimento do
!9 Proteção diferenc ial de barras de alta impedância;
aterramento
I 8 - - 15 11 ,6
!9 Proteção diferencial de barras com relé de sobrecolTente direcional:
6
temporário usado !9 Proteção diferencial de barras com acoplares lineares.
na manutenção
Esses métodos são descritos a seguir.
Contato ac idental 5 - 2 - - 7 5,4
Desmoronamento 2.5 Proteção Diferencial de Barras com Relé de Sobre-
ou queda de 4 1 - 1 - 6 4,7
corrente
estrutura
Desco nhec ida 2 1 I I 5 3,9 Essa proteção de barra se fundamenta na 1a lei de Kirchhoff, a qual
estabelece que a soma algébrica das correntes que convergem a uma barra é uula.
Total pi cada tipo
87 15 19 6 2 129 -
Portanto, na operação normal, tem-se que
de defeito
Percentagem pi L. i na barra = O
cada tipo de 67,4 11 ,6 14,7 4,7 1,6 - 100
defeito Para defeito na barra, tem-se que
TC,
TC,
i, iJ
LT, LT,
i, i. i, iJ i._, i. i rct!: 5'!
Figura 2.5.1 - Proteçào de Barra com Relé de Sobrecoo'ente (
LT, LT, LT, LT1
Nessa figura 2.5. 1 convencionou-se que todas as conentes estão entrando LTn' l LT"
na barra. Supondo a re lação dos TCs de I: I, a corrente que passa no relé de Figura 2.5.2 - Defeito na Barra
sobrecorrente é dada pela expressão 2.5. 1. Portanto, a corrente de curto-ci rcu ito na barra, vista pelo relé de
. . . . . • . n . sobrecorrente, será
I,elO5o = II +1 2 +1) +14 +" '+ lj + .. ·+ l n = IIj (2.5 .1 )
j=1
i relé 50 = 1defeilo na barrd > Iajuste do 50 ~ O relé de sobrecorrente ahla
Aplicando-se aI" lei de KirChl10ff na barra, obtém-se
A proteção de ban'a não deve operar para qualquer defeito externo à barra.
11
A figura 2.5.3 mostra o caso de mn defe ito fora da bana, mas muito próximo do
ii + i 2+ í) + í4 + ... + ij + ... + i n = 2:)j =O (2.5 .2) TC k •
j= 1
n n curto-circuito na bana.
i~ = ~)j -i k = Iij (2 .5-4) A seguir analisa-se o funcionamento do TC operando de modo normal e
j=1 j=l"k sahlrado.
A corrente que passa no relé de sobrecorrente é dada por O modelo do circuito equivalente do TC operando nonnalmente ,
apresentado no item 1.8 da referência [46], é novamente mostrado na figura 2.5.4.
l,elé5o = iij - ( - i~ = fi j - Ok + iJ=iij - (urto na barra
j=l j=l j=I
Barra
Portanto, para um defeito externo à barra, isto é, em k, a proteção Vs z' Cllrg as dos Rdl2l>
diferencial, feita por meio do relé de sobrecorrente, teoricamente não atua.
Na prática esse esquema de proteção apresenta um inconveniente, que pode
ser analisado pela expressão 2.5 .4, isto é, verifica-se que para um curto-circuito ~
externo à barra, por exemplo, em k , cada TC estará sujeito a conente nonnal de
Transformador ~
Transformador
Terminal do
Secundário
cLllio-circuito, com exceção do TCk , que através do qual fluirá a soma de todas as Ideal
Real
outras conentes. Portanto, o TC que está próximo do curto-circuito ficará
Figura 2.5.4 - Circu ito Equivalente Completo do TC
(
i ip (
Figura 2.5.5 - Circuito Equivalente Simplificado do TC .E -+ RTC
{
Aplicando-se a I a Lei de Kirchhoff no nó, obtém-se Is -+ O
Ip . . Considerando-se o TC operando completamente saturado, o seu circu ito
- - = Is +I E equivalente é o apresentado na figura 2.5 .6.
RTC
Barra
i S =~-i
RTC E
(2.5.6)
Onde
l
RTC
i E .-+ representa o erro do TC.
Os três casos seguintes de operação do TC são de interesse prático:
a) Operação normal
Na operação normal, isto é, dentro de sua precisão, pode-se consideraT Figura 2.5 .6 - Circuito Equiva lente do TC Completamente Saturado <-
i E = O. Assim, a expTessão 2.5.6 se toma
Na saturação, a impedância jX m ~ O e, portanto, o núcleo do TC é
i =~
representado por um curto, como está mostrado na figura 2. 5.6. Desse modo, a
(2.5.7) corrente no secundário do TC é zero. Pode-se, também, desconsiderar a reatância
s RTC
de dispersão do secundálio.
b) Operação no joelho da saturação
Portanto, verifica-se, no circuito equivalente, um curto-circuito na sua
Na operação do TC no "joelho" da saturação, a corrente i E aumenta bobina de excitação, de modo que não haverá nenhuma (ou pouca) con'ente na
saída do secundário do TC, de modo que os relés não serão sensibilizados pela
consideravelmente. Desse modo a corrente enviada ao secundário do TC estará
136 Capítulo 2 Proteção de Ban'as 13 7
corrente do defeito, ou seja, a proteção não atua. Esse é o caso ele "recusa" de
atuação ela proteção. Isso mostra a relevància do bom dimensionamento dos Tes,
para não prejud icar a qualidade do desempenho da proteção.
Para análise futura, considerando o TC saturado, o circuito equivalente é o Supondo que esta coo'ente i'k sej a mui to ·elevada. de modo a saturar o TC k.
mostrado na figura 2.5.7. o circuito equi valente será o da figura 2.5 .9.
Barra
~-------- - ----l
i .!:.
f'
RTC
;+- { z
i~ Cü rgl15 dos Re i'::;
TC,
© sistema de pequeno porte; o estudo e a análise aprofundada da proteçào diferencia l percentual está (
© barras com poucas conexões; apresentado na refe íência [52].
© níveis de curtos-circuitos não muitos elevados; A figura 2.6.2 mostra a conexão de Li ma proteção diferenci al percenrual de
bana de uma subestação. (
© bana não próxima de geração;
© TCs dentro da precisào, de acordo com o fato r de sobrecolTente:
© para evitar a influência da componente de , dotar a proteção com uma
pequena temporização. Só utilizado em caso de barra com alto
conteúdo da componente dc na corrente de curto-circuito, é se o
~
emprego da temporização nào causa danos em equipamento da
subestação.
~
barra, isto porque a região de restrição da proteção confere maior estabilidade,
principa lmente para a saturação de algum TC. Para acentuar ainda mais esta
consideração, pode-se prover a proteção diferencial percenhlal de entradas
independentes para as correntes de cada TC, de forma a que cada conente tenha ~
sua característica própria de restrição. A proteção pode, também, ser dotada de
dois ou mais ajustes de declividade (slope), isto é, declividade baixa para as
correntes menores e declividades altas para as correntes maiores (na região da 12
saturação do TC).
A figura 2.6. 1 mostra a característica de operação de uma proteção
diferencial percentual, com dois ajustes de declividade (slope). L2
Para um curto-circuito na barra (figura :2.6 .3), as cOlTentes t e i3 é submetida a uma elevada COlTente de operação e uma red uzida corrente de
restrição . Desse modo. tem-se a garantia da atuação da proteção 87.
invertem o sentido.
Para evitar a atuação para um curto-circuito externo, mas próximo à barra,
L,
~
o ajuste da decli vidade na proteção deve ser maior, para considerar um celio grau
(~ de saturação do TC da lin]1a de transmissão sob curto-circuito.
II
,
2.7 Proteção de Barra de Alta Impedância
~
Seglilldo a expressão 2.5.10 o aumento do valor de R S7 reduz a
sensibilidade de corrente elétrica na proteção, tornando-a menos influenciada pelo
R, efeito da saturação do TC. Desse modo, essa proteção é chamada de "alta
1~
Barra 87r~ impedância", e nesse caso, em vez de medir a con·ente, passa-se a usar a tensão
~T~·
I I op l1OOOr\
• vvvu
como fator de atuação da proteção.
A proteção de barra de alta impedância utiliza o mesmo esquema da
$
R3
Curto- proteção de barra com relé de sobrecorrente. Essa proteção é usada com o
2 circuito
propósi to de contornar o problema da sahlração causada pelo TC, durante a
oconência do curto-circuito fora da baITa, mas próximo ao TC. Esse esquema de
'\ \ proteção é o mostrado na figura 2.7.1.
(f-l (..J a
(il 13
<1 12
Resistor
L3 não linear
(Thyrite)
Figura 2.6.3 - ClIIio-circuito na Ban·a
Na proteção 87, tem-se
I operação do 87 = Iii + i 2 + i 3 1= Valor elevado
b
Desse modo, as restrições das correntes i2 e i3 anulam ou quase anulam a
Figura 2.7. 1 - Proteção de Barra de Alta Impedância
restrição da corrente ii. Portanto, a proteção 87 fica praticamente sem restrição
Na figura 2.7.1, a função de proteção 87L é um relé de sobretensão (59),
interna. que está contida num circuito LC sintonizado (ressonante) na freqüência de 60Hz.
A CotTente de operação na proteção 87 se toma igual à soma das correntes; Note que quando um TC satura, na entrada "a" e "b" do circuito da figura 2.7. 1
ou seja, quando ocorre um curto-circuito na bana, a proteção diferencial percentual
(
aparece uma tensão (VOh = R R7 I R7 )' que deve ser menor que a do ajuste do relé Na operação normal do sis tema elétrico tem-se co rrentes emrando e saindo
(
da bana. de modo a satisfazer a 1a lei de Kirchh off. O esquem áti co em De do
87 L. funcionamento da proteção é mostrado na figu ra 1.8.:2 . (
Portanto, o relé 87L evita a atuação da proteção para defeito fora da barra,
mesmo que algum TC venha a saturar, e previne o efeito da COlTente De existente + (
52b(DJ1) 6711
nos primeiros instantes do cUlto-circuito. (
o inconven iente nesse tipo de an anj o deve-se às seguintes razôes: Se ocorrer um curto-c ircuito na li nh a radial L3 , as proteções de
® a existência de muitos conta tos em série no esquema funcional em DC, sobrecorrente direci onais da linha LI e L } atuarão, mas atuará também o rel é de
tal que a falba de um deles compromete toda a proteção. Portanto, uma sobrecorrente da linha radial, que providenciará a abertura do disjuntor 3 e do seu
manutenção rigorosa e efetiva é requerida, de modo a preservar a contato NF , impedindo a atuação da proteção de bana.
integridade dos contatos dos relés. As proteções de sobrecorrente direcionais da figura 2.8.3 devem ter ajustes
® Para um curto-circuito na barra a tensão cai a zero, prejudicando a superiores a corrente nominal da linha radial. No curto-circuito 1<\> -tena na barra,
operação da proteção 67 . Por isso, é recomendada a tensão de poderá haver contribllÍção de COlTente pela linha radial, se a mesma estiver
polarização em quadratura [46]. Para curto-circuito 3<\> , há a conectada a um transfonnador f( i:l. .
necessidade de se empregar recursos de memorização de tensão pré-
falta para a energização das bobinas de tensâo da proteção 67. 2.9 Proteção de Barra por Acoplador Linear
Outro cuidado especial deve-se ter na proteção de bana de um sistema em
anel, que contenha alguma linha radial. A figura 2.8 .3 mostra o caso de uma barra A proteção tradiciona l, feita com TC normal , isto é, com núcleo de
de um sistema em anel, com uma linha radial. material ferromagnético, tem como principal desvantagem a possível saturação do
TC na linha de transmissão com defeito externo. Esta Saturação pode causar a
Barra Radial operação indevida da proteção de bana.
R Proteção de O acop lador linear, também conhecido como transdutor linear, é
Sobrecorrenle constituído de um secundário enrolado num núcleo de material não magnético.
Anel Como o fluxo magnético passa através do ar, o acoplamento magnético com o
secundário é muito fraco . Por esse motivo o secundário do acoplador linear é
Anel constru ído com mui tas esp iras, conferindo à bobina do secundário uma
característica de bobina de potencial, tal que a tensão no secundário é proporcional
à conente no primário. Portanto, o acop lamento é através de uma impedância
Figura 2.8 .3 - Sistema em Anel com uma Linha Radial múhla e op era de modo linear sem TÍsco de sahlração.
+ r
O esquema ftmcional em DC é o da figura 2.8.4 .
6lL1
67L2
O acoplador linear, rep resentado pela figura 2.9.1, é um transdutor linear,
construído de tal modo que a tensão no secundáTÍo (Vs ) é proporcional à conente
do primário (I p ) , isto é
(2.9. 1)
Proteção de
Sobrecorrente ou
(2.9.2)
Onde
Figura 2.8.4 - Esquema Funcional em DC
\Is ~ é a tensão no seclrndário do acoplador linear;
Quando da oCOlTência de um defeito na barra haverá corrente de curto-
circuito em direção à barra pelas linhas de transmissão LI e L 2 , mas nâo haverá Ip ~ é a corrente no primário do acoplador linear;
contribuição pela linha LJ , porque a mesma é radial. Nesse caso o relé auxiliar de
XM ~ é a reatância múhJa do acoplador linear.
disparo 94 será ativado e provocará a abelturas dos disjuntores da barra.
t
l
(
Portanto. pela anál ise da e'\pressão 2.9.4 a tensão sob a proteção c 7 tem a
~~i~~~~~~L~___________________ característica da J a lei de Kirchhoft- ap licada à bana. Por esse moti\"o. esse tipo de
proteção é conhecida como proteção diferenc ial de tensão de barra. (
~ + vs - ;
Figura 2.9. 1 - Acop lador Linear Note que , na operação normal do s istema elétrico. L)k = O, tal que a
k=1
Baseado nesta característica do acoplador linear pode-se utilizar um tensão na proteção 87 é nula.
esquema apropriado para a proteção diferencial de tensão de bana.
Desse modo, ajusta-se um valor de tensão na proteção 87 e se houver um
Por exemplo, a proteção diferencial de tensão de batTas, de um sistema defe ito na ban'a, então se
elétrico em anel, com a utilização do transdutor de acop lamento linear, é mostrada
na figura 2 .9.2. V S7 > VajuSle do reléS7 H a proteção 87 opera.
Barra Para que essa análise fique mais ev idente a figura 2.9.3 mostra um sistema
elétrico normal, em anel, onde se considera que as correntes elétricas entram na
barra pe las linhas de tTansmissão L I e L1 e saem pelas linhas L), L.j e L5.
Barra
~I
L,
Íl = 6L700 kA. O
L2 I) = 5L90 kA
L3
Figura 2.9.9 - Defeito Próximo da Barra
Nota: Como se devia esperar a proteção não deve atuar, porque o defeito Barra Simples
foi externo à zona de seletividade da proteção.
I
2.10 Arranjos de Barras de Subestação
V árias configurações nos arranjos de banas de subestação foram *~ ~
~ f·
desenvolvidas ao longo dos anos, devido, principalmente, à necessidade de se obter
maior continuidade de serviços de energia elétrica, em decorrência de defeitos ou
manutenção na bana ou em equipamentos do conjunto pertencente à barra.
Dependendo da c;onfiguração do ananjo, várias alternativas de manobras
são possíveis, o que caracteriza o grau de flexibilidade da barra, possibilitando,
L,l
Figura 2. 11 . 1 - Barra Simples
desse modo, a manutenção da continuidade dos serviços, que é traduzida em
Essa configuração de barra simples não tem possibilidade de manobras
confiabilidade da barra .
para manter a continuidade de serviço, caso haja necessidade de manutenção em
Para cada configuração de b anas adotada deve-se fazer uma análise algum componente do sistema, tal como: disjuntor, seccionadora ou a própria
criteriosa, para que a proteção possa cobrir todas as manobras, a qual pode ser por: bana. Por exemplo, caso haja defeito ou necessidade de manutenção no disjuntor 2,
7 Superposição de zonas; deve-se então seguir o procedimento:
7 Transferência do esquema de proteção, acompanhando as novas ® Desligar o disjuntor 2;
configurações; ® Abrir as seccionadoras do disjuntor 2.
7 Uso de esquema de proteção em separado. Nesse caso a linha de transmissão 2 será desligada durante o tempo da
Para atender a essas possibilidades de manobras faz-se uso de manutenção do disjuntor 2.
intertravamento, por: Toda a subestação será desligada se houver defeito ou necessidade de
i9 Uso de contatos auxiliares dos disjuntores e seccionadoras; manutenção na:
i9 Relés intermediários. ® bana;
154 Capítulo 2 Proteçào de BalTas 155
® em alguma seccionadora ligada à barra; Se a seccionadora b)pass estiver fechada deve-se adequar o esquema de
® Oll em qualquer equipamento conectado à barra. proteção para transferir o disparo para outro disjuntor, de moclo a elim.inar o
defeito. (
Se houver falha no mecanismo de abernu·a de algum disjuntor, a
subestação deverá ser desligada. Pelmanecendo assim, dmante o tempo de (
procedimento de manobras para abrir as seccionadoras do disjuntor, de modo a 2.12 Barra Simples Seccionada
(
isolá-lo da barra, e do tempo de fechamento dos demais disjlmtores, para a
recomposição das linhas de transmissão. Por esse motivo, essa configuração de PaTa aumentar a confiabilidade do esquema anterior de bana simples,
(
batu simples tem confiabilidade e flexibilidade reduzidas. pode-se seccionar a barra. O seccionamento pode ser feito de modo simples ou
múltiplo e efetuado por seccionadora ou por disjuntor.
A proteção de barra simples é feita como mostra o esquema da figura
2. 11.2. Por exemplo. a figura 2 .1 2. 1 mostra um esquema de secc ionamento
L, simples efetuado por uma seccionadara.
I L, L2 I
~ Seccionadora de r-h'
Barra A
\
I seccionamento
(fie)
\
I Barra B
I I" I 1 I
~ ~ ~ ~ cP ~
G G G G [, L·r
Figura 2.12.1- Seccionamento Simples por Seccionadora
\
Figura 2.11.2 - Proteção da Barra SimpLes l
Dependendo da necessidade, pode-se dotar, para alguns disjuntares ou Nessa configuração o sistema pode operar com o seccionamento aberto ou
fechado. A chave de seccionamento, também é conhecida por chave interligadora l
mesmo para todos , a configuração tipo bypass. A seccionadora tipo bypass está
apresentada na figura 2 .1 1.3. de barras.
Nesse esquema aumenta-se a confiabilidade, devido à maior flexibilidade
bypass
de manobras para efetuar o isolamento da balTa com defeito. Quando do defeito em
""----.
~~o-L--.I_
uma barra, mantém-se a outra barra operando e, portanto, perde-se somente uma
parte da subestação.
Dependendo da posição da chave de seccionamento e, se houver defeito,
Figura 2.11.3 - Seccionadora tipo Bypass por exemplo, na bana B, pode m ocorrer os seguintes casos:
J 56 Capítu lo 2 Proteçào de Barras 157
(
( a ) Se a subestação opera com as barras em separado, isto é, com a secc ionadora do ~ abrir as seccionadoras do disjuntor 2.
seccionamento aberta, a proteção de barra B desligará somente a barra com defeito,
As manobras nos disjun tores e chaves secc ionadoras dev em ser feitas na
( sendo que a outra barra continua a operar normalmente.
seqüência indicada. O tempo de manobra completa da chave secc ionadora é
b) Se o sistema opera com as duas barras conectadas, a proteção de barra re lativamente longo, comparado ao tempo de manobra dos d isj untores. As chaves
desconecta toda a subestação. Em seguida, para restaurar a continuidade de serviço seccionadoras podem ser operadas de modo man ual ou motori zadas. Para
da b an'a A deve-se, por processo manual ou automatizado, efetuar as seguintes caracterizar essa distinçào, o Apêndice A, indica que a:
manobras: .,. Seccionadora manual é designada pela função 29:
• abrir a chave de secc ionamento (tie); .,. Seccionadora motorizada ou automatizada é designada pela função 89.
• fechar o disjuntor 1, assim a bana A será energizada; Por segurança, as operações das seccionadoras devem ser confirmadas por
• fechar os disj un tores 3, 4 e 5, assim as linhas L3, L4 e Ls serão inspeção visual no local.
conectadas. Apresenta-se, na figura 2. 12.2, a proteção de barras para a balTa simples
Portanto, a bana A da subestação ficará fora de serviço somente durante o seccio nada por uma secc ionadora.
tempo da execução das manobras. L,
FFH~
seccionadora (fie) e recompor a balTa B. (
Observação: No diagrama esquemático De da figura 2.12.3 , utilizou-se o relé de
bloqueio (86) muito empregado na proteção com r~lés eletromecânicos. ~as
(
52a
atualmente, dependendo da fi losofia da empresa, utlhza-se no lugar do rele de
bloqueio, o relé auxiliar de disparo (94). O relé auxiliar de disparo (desligal:nento) ,
Figura 2.12.3 - Esquemático em De da Proteção de Banas uma vez ativado, provoca a abertura do disjuntor, e o relé de bloqueIO (86)
(
bloqueia a operação de fechamento do disjuntor.
Nessa figura:
Na figura 2. 12. 1 o seccionamento da barra foi feito por uma seccionadora,
./ 89a(tie) --+ representa o contato auxiliar, normalmente aberto, da chave
mas pode-se fazer o seccionamento por um disjuntor, como mostra figura 2. 12.4.
seccionadora (fie) que tem operação motorizada. A letra "a" significa
que o contato auxiliar da chave seccionadora está nonnalmente aberto
(NA) quando a seccionadora está aberta (fora de operação). A letra "b"
significa que o contato auxiliar da chave seccionadora está
normalmente fechado (NF) quando a chave está aberta (fora de
operação) .
./ 52a --+ contato auxiliar, normalmente aberto (NA), do disjuntor que
está abelio (fora de operação). O contato 52a acompanha na operação o
estado dos contatos principais do disjuntor.
De acordo com o esquema apresentado velifica-se a seguinte atuação da
proteção para as condições aba ixo :
a) Seccionadora (fie) aberta e ocorre um curto-circuito na barra A.
A seqüência da atuação da proteção é:
• A proteção da barra A opera, fechando o contato 87 A;
• Ativa-se o relé de bloqueio 86A, que providencia a abertura dos
disjuntores 1,3, 4 e 5.
Portanto a barra B continua a operar normalmente. Figura 2.12.4 - Seccionamento por Disjuntor (Tie Breaker)
b) Seccionadora (fie) fechada e ocorre um curto-circuito na barra A. A vantagem da colocação do disjuntor de seccionamento é que, se houver
A seqüência da atuação da proteção é: defeito em uma barra, a proteção de barra isola esta barra, sem perda da
continuidade de serviço da barra sem defeito. Nesse caso, a proteção de barra abre
7 A proteção da barra A opera, fechando o contato 87 A; todos os disjuntores conectados à barra com defeito, incluindo o disjuntor de l
7 Ativam-se os relés de bloqueio 86A e 86B; seccionamento.
7 Abrem-se os disjuntores 1,2,3, 4,5,6, 7 e 8. Apresenta-se, na figura 2.12.5, a proteção de barra para a configuração
Note que, esse curto-circuito na barra A, foi considerado externo pela com disjuntor de acoplamento (seccionamento).
proteção da barra B. Portanto, a proteção da barra B não atua para esse defeito, daf
160 Capítulo 2 Proteção de Barras 16 1
L,
2.13 Barra em Anel Seccionada
O arranj o de ban'a simples seccionada pode ser estendido a ban'a l11ulti-
seccionada.
A barra multi-seccionada pode se fec har, fOilllando um anel que é
denominado de "barra em anel seccionada". como mostra por exemplo, a figura
A B
2. 13.1.
, . Pel~ ~~álise dos esquemas das figuras 2.12.5 e 2.12.6, pode-se verificar as
o Abrir as respectivas seccionadoras dos disjuntores 1 e 2 e do disjuntor
remoto;
vanas possibilIdades de manobras e atuação da proteção. Por exemplo, supondo
defeito na barra B a seqüência de atuação da proteção é a seguinte: o Fechar a seccionadora de aterramento (não mostrada na figura 2.13.1).
i9 A proteção 87B da barra B atua, fechando o contato 87B; Com essas manobras a barra A estará segura e liberada para a respectiva
i9 Ativa-se o relé de bloqueio 86B, que fecha os contatos 86B; intervenção.
i9 Com o fechamento dos contatos 86B, ativam-se as bobinas de Há várias alternativas de colocação de disj untores e seccionadoras nas
aberturas (BA), que abrem os disjuntores 2,6, 7, 8 e tie. linhas de transmissão. Por exemplo, com referência à figura 2. l3.1, poder-se-ia
implementar apenas seccionadoras nas linhas, como apresentado na figura 2.l3 .2.
Verifica-se, para esse defeito na barra B, que a ·barra A continua a operar
sem perda da continuidade de serviço.
(
162
Capítu lo 2 proteção de BalTas 16J
"- x~;< /
e a proteção remota deve abrir o seu disj untar para des ligar a linha de transmissão (
na outra subestação.
Se ocorrer um defeito em Fc as proteçàes PI e P~ atuam abrindo os (
disj untores 1, 2 e 4. E, após a verificação do defeito em F2 , pode-se fecha r o
~y ~
disj untor 4, recompondo a linlla 4.
(
Note-se que nesse esquema utilizam-se 8 T Cs e, po r razões econômi cas, na
prática empregam-se, no esquema, T Cs com 2 enrolamentos secundários. como
mostra a figura 2.13.4.
(
/C
/ ~ "'-
Figura 2. 13.2 - Alternativa de Configuração
. _ Nesse arra~jo em anel nã,o há uma proteção de bana especifica, porque a
plo!eçao .de barra e feIta pela propna proteção da linha de transmissão . A figura
2. b J eVIdencIa essa proteção.
T 52a (OJ4)
l
(
Se houver defe ito na ban a principal ou em qualquer seccionadora da balTa 'to Fechar a secc ionadora da conexão da barra de transferência com a
principal , toda a subestação será desligada pela proteção. linha L 6 , isto é, fechar a seccio nadora "6f" :
No esquema da figura 2. 14.1 a alimentação é fei ta pelas linhas de 'to Fechar o disjuntor de transferência:
transmissão LI e L2 e as cargas pelas linhas L3 a L8.
'to Abrir o disjuntor 6: r
Sem precisar desligar o circuito, esse esquema apresenta a flexibilidade de 'to Abrir as seccionadoras do disjuntor 6, isto é. abrir as seccionadoras
permitir retirar para a manutenção qualquer disjuntor, porque a sua função fica (
"6d" e "6e" .
transfelida para o disjuntor de transferência. A seguir passa-se a considerar
algumas intervenções. A linha L6 é alimentada pelo disjuntOJ de transferência, portanto a proteção
dessa linha deve atuar nesse disjuntor. (
a) Manutenção no disjuntor 1.
Se houver defeito na barra principal, toda a subestação será desligada pela
Para isolar o disjtmtor 1 do sistema elétrico, deve-se : proteção .
'to Fechar as seccionadoras do disjuntor de transferência; Pode-se melhorar a flexibilidade e continuidade desta subestação, dotando
'to Fechar a seccionadora de conexão da barra de transferência do a bana principal de seccionamento por disjuntor ou chave de seccionamento .
disjuntor que será desligado, isto é, fechar a seccionadora "I c"; A proteção de barra, para o caso de arranjo de barra principal e de
'to Fechar o disjuntor (fie) de transferência; transferência, é a apresentada no diagrama unifilar da figura 2. 14.2.
~ ~
'to Abrir o disjtmtor 1, que sofrerá a manutenção ;
'to Abrir as seccionadoras do disjuntor I , isto é, abrir as seccionadoras
" la" e " Ib".
Com essas operações o disjuntor de transferência assume o lugar do
disjuntor 1. Portanto, nessa seqüência de manobras, deve-se, de modo manual ou
automático, operar a chave de transferência (43), para que a proteção da linha LI
atue no disjuntor de transferência . A chave de transferência (43) de proteção, pode
ser:
~ de 2 posições: Normal- Transferência. Na posição Normal, a atuação
da proteção, abre o disjuntor de linha. Na posição Transferência, a
atuação da proteção, abre o disjuntor de transferência.
~ de 3 posições: Normal - Intermediária - Transferência. Igual a
anterior, só que na posição Intermediária, a atuação da proteção, abre
os disjuntores de linha e de transferência.
A operação da chave de transferência pode ser, manual ou automática, com
controle local ou remoto.
Para a retirada do disjuntor I todas as operações de manobra se processam
sem perda da continuidade de serviço.
b) Manutenção no disjuntor 6.
Parar isolar o disjuntor 6 do sistema elétrico deve-se:
'to Fechar as seccionadoras do disjuntor de transferência; Figura 2.14.2 - Proteção de Barra do Arranjo Barra Principal e de Transferência
168 Capítulo? Proteção de Barras 169
o esquemático em De para essa proteção de balTas, é o da figura 2.1-4.3. x a prottção de barra 87 alUa, Fechando o seu contata 87 e o relé
di rec ional 6"" atua, fechando o seu cantata 67NA e abrindo o contato
~I 67NF:
x Com os contatos 87 e 67NA fechados ativa-se a bobina de abertura
(BA) do disjuntor de transferência, abrindo-o. Note que só o disjuntor
de transferência é aberto , sem perda da continuidade de serviço.
? ~squema de proteção atua identicamente ao arranjo de barra pr incipal e a) Sistema operando somente com a barra A.
de transíe~·encJa . Como anal isado anteriolmente, a p referência é de operar sempre Nesse caso todas as secciolladoras "b'" estão fec hadas e a barra B pode ou
com a balra A como sendo a pnnclpal, e a bana B utilizada como transferência não estar energizada. mas sem carga.
havendo assim várias combinações de manobras para a utilização desse alTanjo. .
Se ocorrer um defeito na barra A, a seqüência de awação da proteção é:
A proteção de barra é a apresentada na figura 2.15.2.
.. Atua a proteção 87:
L, L, .. Ativa-se o relé de bloqueio , que provoca a abertura de todos os
disjuntores, inclusive o de transferência.
b) Disjuntor 2 em manutenção.
Com o disjuntor 2 em manutenção o circuito da linha L2 está sendo
protegido pelo disjuntor de transferência (Ue) e a barra B está sendo utilizada. No te
que, nessa situação, as seccionadoras 2a, 2b e 2c estào abertas e a 2d fechada . As
seguintes ocorrências sào possíve is:
• Curto-circuÜo na bana A.
A proteção atua na seqüência:
./ Atua a proteção 87;
./ Ativa-se o relé de bloqueio, que abre todos os disjuntares.
• Curto circuito na bana B.
A proteção atua na seqüência:
Figura 2.1 5.2 - Proteção de Bana .,. Atuam as proteções 87 e 67, isto é, fecham-se os contatos 87 e
O esquema funcional em DC é o da figura 2. 15 .3. 67NA e abre-se o contato 67NF;
.,. Abre o disjuntor de transferência e o restante do sistema continua a
8;1 operar normalmente.
N ote que neste caso, o defeito na barra B continua a ser alimentado pela
ar 6
6N
: :;bl=
fie
(tl~ c"--- ""
BA1
linha de transmissão l.,z. Esse defeito pode ser eliminado pela 2" zona da proteção
do outro terminal da linha de transmissão l.,z, ou pode-se, acionar a transmissão de
disparo direto para abrir o disjuntor do terminal remoto. Essa ação de transmitir o
sinal de disparo direto só é feita com a chave seccionadora tipo bypass fechada,
que no caso é a chave seccionadora "2d" bypass do disjuntor 2.
Deve-se considerar que, quando o disjuntor 2 estiver em manutenção, a
~ ........... 52a .--------. chave de transferência 43, migrou toda a ação da proteção da linha de transmissão
LT2 para o disparo do disjuntor de transferência (tie). A chave de transferência 43
Figura 2.15.3 - Esquema Funcional em De pode, também, ativar a lógica de transferência de disparo direto.
~ seguir, passa-se a analisar a atuação da proteção para a lgumas posições
c) Sistema operando com as duas barras.
no alTanjo.
(
174 Capíndo 2 Proteçào de Barras l75
Supor o arranjo ativado do seguinte modo: A proteção de barra, para essa co nfiguração, é a apresentada na fig ura
tf Barra A com as linhas de transmissão L I e L 2 ; 2. 16.2.
tf Ban'a B com as linhas de tra ns missão L3 e L4 ; L,
Para dotar de maior versati lidade o esquema de barra dupla a 4 chaves, em Figura 2.1 6.2 - Proteção para o Arranjo de Barra Dupla a 5 Chaves
que qualquer barra passa ser utilizada como transferência, utiliza-se o esquema de O esquemático em DC é praticamente o mesmo do apresentado na
arranjo de barra dupla com um disj untor a 5 chaves, como mostra a figura 2.16. 1. figura 2. 15.3 com algumas variações.
Existem várias lógica de esquemático em DC, para a proteção de barras,
mas, quem identifica em qual barra o circuito está conectado, são os estados das
Disjuntor de seccionadoras "a" e "b".
Transferência
Barra A
(tie) \
2.17 Disjuntor e Meio
A configuração de barra de uma subestação, conhecida como arranjo de
barra tipo "disj untor e meio", é mostrada na figura 2.17 .1.
Essa configuração apresenta elevado grau de flexibilidade e confiabilidade,
porque qualquer defeito na barra, chave, disjuntor ou outro equipamento da
Barra B
configuração, será eliminado pela ação da proteção, sem perda da continuidade de
serviço. Esse arranjo de um disjuntor e meio apresenta custos elevados, sendo, por
esse motivo, empregado em subestações de sistemas de extra alta tensão , tais como
os de 440, 500, 525 e 765kY.
Figura 2. 16. j - Barra Dupla a 5 Chaves
Para melhor caracterizar os graus de flexibilidade e de confiabilidade
Verifica-se que, nesse esquema, qualque r barra .pode ser usada como barra apresentados por esse tipo de arranjo, analisa-se as seguintes contingências:
de transferência.
l
176 Capítulo 2 Proteção de Barras l77
(
Barra B
(
Figura 2.17.1 - Arranjo de Barra tipo Disjuntor e Meio
a) Defeito na linha de transmissão Ll.
P1 "-tF P2
P3
Note-se que, nesse esquema, os TCs das proteções de barras e das L Ts l:, Barra A
estão entrelaçados nos disjuntares, de modo a superpor as zonas de proteção. O (
esquemático em DC está apresentado na figura 2. 17.3.
(
P1
I ......... ........-.-...• P6
I 86B
I 87B ~ (
Barra A
Barra B
P1 P2 P3
"-t P4
L. L" Barra A L3
(
P1
~ P2
~ P3
~ Capítulo 3
P5 P7
Proteção de Reatores
P4 P6 PS
o reator de linha, também denominado de reator shunt, é utilizado na linha
de transmissão, para absorver reativo com o propósito de regular a tensão .
Dependendo do tipo construtivo o reator de linha pode ser:
x Monofásico;
x Trifásico.
Em função da caracteristica, do custo e da necessidade do sistema elétrico,
o reator pode ser instalado do seguinte modo:
\.
184 Capítulo 3 Proteçào de Reatores 185
7 Reatar com disjumor no temlinal próximo ao neuu'o da ligação Y A figura 3.1.3 apresenta o diagrama w1ifilar da instalação dos reatores em
aterrado; ambos lado da linha de transmissão.
7 Reator com secc ionadora na conexão com a linha de transmissão:
7 Reatar diretamellte conectado a linha de transmissão.
Apresenta-se na figura 3.1.1 várias conexões de reatores com a linha de
transmissão.
l
t
(
186 Capítulo 3 187 (
(
As vantagens do reator de núcleo de ar sào:
© baixo peso;
© baixas perdas; (
© baixo custo; (
© ausência de correntes de inrush na sua energização;
© possuir uma indutância constante, tendo linearidade na geração de
fluxo magnético, não produzindo harrnônicas na sua operação. (
© limitações de tensão;
© baixa capacidade de potência;
© fluxo magnético livre no ar, produzindo indução de correntes em
metais e interferência eletromagnética em equipamentos vizinhos;
© Exige maior espaço para a sua instalação.
Esse tipO de c urto-circuÍm é rmíssimo de OCOlTer, pois. geralmente, os Em relação ao esquema da figura 3 .4. 1. L) relé de sobretensão 59 está
bancos ele reatores sã formados por unidades monofás icas. instaladas em fazendo a função de proteção (64 l. Essa proreção detecta uma sobretensão no relé
separados. para gara ntir o nível de iso lamento requerido pela rede elétrica. O curto- 59. quando ocorre u m defeiro a terra em algum ponto do circuito secundári o
circuito 3<jJ produz pouco dano no reato r, porque a tensão eléh'ica cai a zero, tirando isolado. Note que a corrente de defeito a rena. pode ser detem1inada (controlada)
o reatar de serviço. pelo valor da resistência elétrica projetada.
b) Curto-circuito 2q, nos terminais de entrada ou próximo dos enrolamentos Devido estar conectado dentro do b. aberto, o relé 59 só é sensível a tensão
do reatar. de seqüência zero. E como as 3ilS hannônicas geradas no reator estão em fase com
Mesmo caso do item "a". as componentes de seqüência zero, deve-se dotar o relé ou o circu ito do 11 de filtros
para não deixar passar as 305 hannônicas.
c) Curto-circuito l q,-terra Nesse tipo de esquema de proteção, não se pode localizar o defeito. Por
O curto-circuito lq,-telTa no barramento ou dentro do reator, apesar de ser o esse motivo, a atuação da proteção pode alarmar ou desligar o disjtmtor do circuito
mais comum, pouco dano produz, porque a resistência R inserida no transformador terciário . Portanto, após a atuação da proteção, deve-se fazer uma busca do defeito ,
de ateITamento limita o valor da corrente de curto-circuito. Portanto, em relação ao o que pode estar localizado em qualquer equipamento, inclusive no reatar.
curto-circuito, a proteção pode ser constituída de: O curto-circuito entre espiras na bobina do reator, praticamente não
../ Proteção de sobrecorrente; modifica a coo'ente de operação, e, portanto é difícll de ser detec tado. Uma
../ Proteção diferencial; proteção que pode ser usada para esse caso, é a baseada no balanço de tensão (60)
nas 3 fases do reato r.
../ Proteção de seqüência negativa.
Essas proteçàes já foram apresentadas nas referências [46] e [52].
3.5 Proteção do Reator a Óleo
Descreve-se a seguir a proteção adequada para o circuito terciário iso lado da terra e
para defeitos que envolvem a quebra da isolação à carcaça do reatar. A proteção do
As pri ncipais falhas que ocorrem no reator imerso em óleo são :
reator é feita indiretamente pelo relé de sobretensão (5 9) que está conectado no
secundário em b. aberto do transformador de ateITamento [5] , confonne x Falha de fase a terra, que ocorre em qualquer ponto do circuito interno
apresentado na figura 3.4 .1. do reatar ao seu tanque metálico que está aterrado. As falhas podem
Ba rra Terciári a do Trans formador ocorrer na bobina interna do reator à sua carcaça, etc .. . Essas falhas
podem provocar correntes elevadas na fase envolvida, dependendo da
.9 distância em qlle se encontra da bucha do reator. Quanto mais distante
c
"
:~ da bucha do reatar, menor a corrente de defeito.
o
x Falhas entre espiras resulta numa diminuição da impedância do reator,
e conseqüentemente um pequeno aumento na magnitude na corrente da
fase envolvida. No local da falha ocorre aumento da temperatura,
aumento da pressão do óleo e liberação de gás. Se esse defeito não por
eliminado os danos no local evoluem para uma falta de maior
gravidade.
x Outras falhas ocorrem no reatar, tais como, baixo nível de óleo
provocado, por exemplo, por vazamento, perda da ventilação, etc ...
Função 64
Por esse motivo o reatar com núcleo magnético e imerso em óleo requer
mais dispositivos de proteção.
Figura 3.4.1 - Proteção do Reator
(
191 (
190 Capítu lo 3 Proteção de Reatores
Conforme apresentado na seção 3.1, há varios modos de conexão do reator a) Proteçâo por sobrecorrente
na linha de transmissão. tal que a ah13ção da proteção pode ser das seguintes Geralmente a proteçào de sobrecolTellte do reatar utiliza o esquema
formas : mostrado na figura 3.5.1. (
a) Reator de linha conecrado através de uma seccionadora. (
No caso de ocorrência de defeito no reator, a proteção deve desligar o (
disjuntor da linha na subestação loca l e enviar um sinal de transferência de disparo
direto para o disjuntor remoto da outra extremidade da Enha de transmissão. Após
a linha de transmissão ser desligada, abre-se a seccionadara do reator. Se o sistema
possa operar sem o reator, procede-se a energização da linha de transmissão.
b) Reatar com disjuntor próplio.
A proteção do reato r abre o seu disjuntor, sem causar interrupção na
continuidade do serviço. A proteção do reato r deve estar coordenada com a
proteção da linha de transmissão .
Uns dos problemas da utilização do reator shunt com núcleo magnético é a
possibilidade do mesmo entrar em ressonância co m as capacitâncias shunt da linha
de transmissão.
Para prevenir a maioria dos defeitos no reator utilizam-se as seguintes
proteções:
../ Proteção de sobrecorrente (50, 51);
Figura 3.5.1 - Proteção de Sobrecorrellte do Reatar
../ Proteção diferencial (87); Considerando as correntes no secundário do TC , em geral, os ajustes do
../ Proteção de distância (2 1); relé de sobrecorrente são:
../ Proteção de temperatura (26);
Iajusle 51 = 1,SIN do realor
../ Proteção de imagem térmica (49);
../ Proteção a Gás (63). Iajusle 50 = SI N do realor
Geralmente as manobras com o reato r causam perturbações no sistema < I N do realor
elétrico, as quais prejudicam o con'eto funcionamento da proteção. As pril1cipais I.jusle 51 N - S
perturbações provocadas pela abemlra ou energização são:
@ Componentes DC de longa duração; Iajusle SON 2': 2IN do realor
4.1 Introdução
~
formando um banco de capacitores conectado em estrela aterrada.
Cca ixa lFase a lFase b 1 Fase c
I I I
I I I
Figura 4.4.1 - Caixa Capacitiva sem Elos Fusíveis T T~
i 1
Caixa Capacitiva
sem Fusível Interno
A moia mamem·. elo Úl:'l\él rt:IlClonaJu. J:.m caso de ruptura, o elo atuado
e fac ilmente sinalizado, como 'TIostra a fotografia . .L5 .3.
t
( Dispositivo
Caixa v-..i=::=t..=s;:--;---=d=-=-e descarga
Capacitiva
de
Potência
Elemento
Capacitivo
(
(
202
Capítulo 4 Proteçào de Banco de Capacitares 203 (
=
Caso ocon'a um cLlJto-c ircuito em um elemento capaci tivo interno a
corrente rompe o elo fusível conespondente. Os elementos capacitivo desse grupo
ficarão submetidos a uma sobretensão, enquanto que nos demais grupos haverá
lima redução de te nsão. As caixas capacitivas po derão ser conectadas em várias
combinações. Por exemplo, a figura 4.6.~ mostra um banco de ca pac itore-
I
conectado em estrela aterrada.
Fase a J Fase bI Fase c
r
I I'
11 1
T 1 T 2
i, _mm M~
T ;h-h---M T
111 1
I I'
T 1
rnnn M~
T 2T 3 --- m-. M T
111 1
I I'
T 1
rmn M~
T 2 T 3h-u-u MT
1
i ~ 1 i
.
(
tf *
!,::,
Fusivel In terno
Bucha de
~ ~ Passagem ~ r ~
r-I ~
C aixa
Capacitiva
de
Potência
~
II
i'
;*
*
i'
j::
~
Dis positivo
de descarga
... ~
Figura 4.6.2 - Ligação em Estrela Aterrada
~~ 1..,~ I
Fus ível i' ; * ;:
i' ; ;:
* ;: j:: ;:
Delta Aterrada Isolada
T i::f,
Isolada
T
Figura 4.7. 1 - Ligações Típicas
Figura 4.6. 1 - Caixa Capacitiva com Fusíveis internos A ligação em dupla estrela pode tam bém ser atenada.
A figura 4.7.2 apresenta urna conexão em estrela isolada do tipo H.
10-l Capítulo -l Proteçào de Banco de CapacilOres 105
nnn c-
V
Xc
-+
capacltàncla, em [F] . do ci:lpaciror:
tensão elétrica. em (V]. no capaciror:
-+ reatância capacitiva. em [.o], do capaci tor:
H H H
T T T T T T
Q -+ potência reativa, em [VAr], do capocitor.
As unidades (cai xas) capacitivas de al ta tensão são fabricadas para suprir
potência reativa na ordem de 25; 50; 100: 150; 200: 300 e 400 kV Ar. nas tensões
de 2 ,4; 2,77; 4, 16; 4,8; 6,64; 7,'2; 7,62; 7.96; 8,32; 9,54; 9,96; 11 ,4; 12,47; 13 ,28:
F igura -l. 7.2 - Ligação em Estrela Iso lada Tipo H 13,8; 14,4; 15, 125: 19,92; 20,8: 21 ,6; 22,8; 23,8 e 23,94 kV.
A conexão em estre la tipo H pode, também ser aterrada. A ca ixa capacitiva supre a potência nominal, sob tensão nominal. Se a
Nas figuras 4.7.1 e 4.7.2 o capacitor equivalente representa as várias tensão submetida fo r diferente da nominal o suprimento de reativo varia e pode ser
combinações série e paralelo das caixas capacitivas. calculado pela expressão 4.8 .3.
Q _
8.)kV
= lOOk( 8,5k
7,96k
)1
Figura 4.8.1 - Capacitor de Potência
Q 85 kV = 114 kV Ar
As expressões, relativas ao capacitor, são:
Na operação fora da normalidade (75] o capacitor pode:
1 1
V=XcI=-I=--I 7 operar com até 135% da potência nominal ;
wC 2rrfC
7 operar com 180% da corrente nominal ;
7 operar com a tensão, na freqüência industrial, sujeita aos limites da
(4.8 .1) tabela 4.8.1.
Pode-se verilicar que em regime permanente o capacitor pode operar
10% acima da tensão nominal.
(4.8.2) 7 A tensão de pico, em qualquer momento, não pode exceder a 20% da
tensão de pico da tensão fundamental em 60Hz. Isso porque,
Onde: dependendo da conexão utilizada no banco de capacitores, as
f -+ freqüência, em [Hz], da rede elétrica; h3imônicas existentes defonnam a tensão original.
(
206
Capítu lo 4 Proteção de Banco de CapaciLOres
rI:1 :2:3:4
ITrr~~Ml
capacitar
6 ciclos 220
15 ciclos
1s
2,00
1,70
G,"p02
:5: M: C,,,~
(
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30min
140
1,30
1,25
G"pj i i i 1i~;~uu i
2
T ' T T ' T'(f ' T
C
- MT
E,
pemlanentemente 1,10
Tabela 4. 8.1 - Suportabilidade de Sobretensão no Capac itor [66]
Eu -* tensão de linha a neutro, da fase "a", do sistema trifásico, no qual o banco c grupo = M C caixa (4 .9.1.)
está instalado;
A capacitância, por fase, do banco trifásico é dada por
M -* número de caixas capacitivas em paralelo no grupo;
S -* número de grupos em série, em uma fase do banco de capacitores. _l_=S. _ __ C =: MC caixa
(4.9.2)
fase S
C fllse M C caixa
Na instalação da figura 4.9.l todas as unidades capacitivas (caixas) são
iguais . A tensão eléttica em cada grupo ou em cada caixa capacitiva é a mesma e é
o grupo é fonnado por várias caixas capacitivas em paralelo e todos os dada por
grupos são iguais. Os grupos são associados em série, para fonnar uma fase do
banco de capacitares do sistema h·ifásico . E caixa = Egrupo = SE a (4.9.3)
1'1'1'1'1'r- MI
No banco de capacitores conectado em estrela atelTada a tensão na fase se
mantém se uma ou algumas caixas capac itivas saem de operação.
A figura 4.10.1 apresenta um defeito (cwio-circuito) em uma caixa
capacitiva. Por facilidade de exposição, foi considerado o defeito na primeira caixa.
No instante do curto-circuito, os capacitores sem defeito , do mesmo grupo,
vão descarregar sua energia sobre a caixa defe ituosa. Neste periodo o e lo fusível
Dão rompe e, assim, o transitório se extingue. A caixa defeihlOsa fica sem tensão e
drena toda a corrente da fase do banco capacitivo. Note que o defeito em wna
caixa Dão caracteriza um c!llio-circuito no banco, isto porque a corrente elétrica é
limitada pelos capacitores dos gmpos remanescentes. Durante o defeito a tensão
elétrica sobre o gmpo defeituoso é zero, tal que, momentaneamente, o gnlpO deixa S·M
Idefeito = S -1 l caixa (4. 10.2)
de operar no conjunto. A corrente elétnca que passa na caixa defeituosa será toda a
corrente da fase do banco, e é dada por
Essa corrente de defeito deverá romper o elo fusível. O elo fusível
I defeito -- M·E a adequado deverá ser dimensionado de acordo com a expressão 4 .10.3.
1
(S -I) - - I . <I < IdcfeilO
21tf C eaixa caL,a elo 10 (4. 10.3)
(4. 10.1)
ou
I Banco < I < I Banco _
S·M
_
(4.10.4)
E S·M
I delei'o = 2n fC caixa t- S -1
M elo 10 S-1
Pela expressão 4 .10.4, para que o elo fus ível possa se fundir, quando da
Comparando-se esta equação com a expressão 4.9.4, tem-se ocorrência de um defeito em uma caixa capacitiva, deve haver um número mínimo
210 Capítulo 4 Proteção de Banco de Capacitares 211
(
de caixas capacitivas em para lelo, em um grupo do ban co de capaci tares . A tabe la A tabela 4.10 . I apresenta a conente que passa na caixa capaciti va com
4. 10.1 ap resenta essa condição mínima. defeito e a tensão nos terminais das caixas remanescentes do gru po.
O elo fusível de . . . e romper antes do tempo de ruptura e de explosão da (
Número minimo Porce ntagem da caixa capaciti va . O fa blicante fomece a curva de dano (estuíà mento e explosão ) da
N úmero (S) de de caixas em Múltiplo da corrente tensão nominal nas (
caixa. Ass im, todos os e los fusíve is, que tenh am curvas de fu são máx ima, abaixo
gmpos em para lelo , por de uma caixa, para caixas remanescentes
grupo da curva de dano da caixa, são possíveis de serem instalados . Após a f usão do e lo
série, por fase defe ito na cai..xa do mesmo grupo, após
fusível as caixas capacitivas do seu grupo entram novame nte em o peração. A
Mm inimo a fusão do elo
figura 4.10 .2 mostra o gru po das caixas capacitas com um e lo rompido.
1 1 Próprio curto
I I I -
2 6 12,0
I I I 109%
3 8 12,0
I I I 109%
(
4 9 12,0 109%
I I I
5 9 11 ,2
I I I 109,8%
6
I 9
I 10,8
I 109%
I
7 lO 1I ,7 109,4%
I I I I
8 10 11 ,4 109,5%
I I I
9
I LO ll ,2
I < 110%
I
10 I 10 11 , 1 <1l0%
I
11 10 11 ,0 < 110%
13 11 11 ,9 < 110%
( pr -,elado. gc:ctlmeme. na terceira Cc 1\" _dpaLlli", 'eti rada. <.: obreten ào nas
t:
(
Grupo 1
unhaI
I (M-1 ) C ca" a ,
.: ai\.as rel11uoescc::o tt'S do mesnw gmpo e mDlor ~lue í O""
A c:orreme délrica que ~assa pele., til' de ligação a celTa é dada pe la
Grupo 2 I MC caixa :
expressão -t.1 0.7.
I = N 1
Grupo 3 T MC caixa En
NOULrO S(M _ N) + N fase nomlai
(-\,,[0.7)
ou
GmpoS
Neutro
+ MCcaixa
M ·N
I Neu"" = S(M _ N) + N I caiou Ilonnn l (4.10.8)
Figura 4. 10.3 - Fase do Banco de Capacita res com o Primeiro Grupo sem Lima Caixa 4.11 Banco de Capacitores Conectado em Estrela Não
Capacitiva Aterrada
Sem uma caixa capacitiva a tensão submetida no gmpo correspondente
cresce e seu valor é dado por C ~mo . inicialmente, a instalação da estrela não aterrada é feita equilibrada,
na operaçao nonnal o ponto central desta conexão está no mesmo potencial do
1
neutro (terra) de um sistem a aterrado.
E _ w(M - l ) ccaixa Na operação nonnal equilibrada a tensão e a COlTente são as mesmas
grupo defeituoso - 1 1 E.
_. + (S-l)- - indicadas nas expressões 4.9 .3, 4.9.4 e 4.9.5.
ro (M -1 )ccaixa roMe cai,,, Quando ocorre um defeito em uma caixa capacitiva, a corrente de curto-
circuito é dada por
M
E grupo de,elluoso
" . = S(M -1) + 1 E n (4 . 10 . 5)
I .. = 3MS I (4. 11.1 )
de leito 3S _ 2 caixa
l
(
E
Desloca mo",o do NCllt ro
= 3S(M _ NN) + 2N E" l4. 11.3) II 16
II 11
II 11,5
II < 110%
II
Tabela 4. 11 .1 - Nú me ro Mínimo de Caixas Capaci ti vas em Paralelo, no Grupo, de aco rdo (
Para garantir ambos, a fusão do elo fusível e que a tensão não ultrapasse com a Associação em Série, para Banco de Capacitares Co nectado em Estrela Isolada
10% da tensão nominal, a tabela 4. 1. 1 aprese nta a quantidade mínima de caixas (
capacitiv3s em paralelo, para a instalação desejada. 4.12 Banco de Capacitores Conectado em Dupla Estrela Não (
Número mínimo
Aterrada
Porcentagem da
Número (S) de de caixas em Mú ltip lo da corrente tensão nominal nas
grupos em paralelo, por de uma ca ixa, para A dupla estrela consiste de dois bancos de capacitores, cada um conectado
caixas remanescentes
série, por fase gmpo defe ito na caixa do mesmo grupo, após em estre la isolada, com os neutros interligados, conectados em paralelo em um
M mínim o a fusão do elo sistema elétrico trifásico . A figma 4.1 2.1 mostra este tipo de ligação.
(
I 4 12,0
I 109%
I (
2 8 12,0
I 109%
3 9 11,6
I 109,5%
4 10 12,0
I 109%
5 lO 11,5 110%
6 10 11 ,2 110%
"'~
7 10 11,0 1l0% .8
·u
'c."
8 11 12,0 109,5% '"
Ü
Q)
"O
o
9 11 11 ,9 <110% "c:
'"
CD
10 II 11 ,8 <110%
I
11 II 11 ,7 <110%
I Estrela A Estrela B
12 II 11 ,6
I <110%
I Figura 4.12.1 - Dupla Estrela Isolada
13 II 11 ,6
I <110%
I A tensão em cada caixa capacitiva é a mesma obtida pela expressão 4.9.3 .
A corrente normal que passa por uma caixa capacitiva é dada pela expressão 4.9.4.
14 II 11 ,5
I <1 10%
I Na ocorrência de um defeito a corrente de curto-circuito que passa pela
r -- caixa com defeito é dada pela expressão 4.12. 1.
I
I
15 11 li ,5
I <110%
I
l
21 6 Capítulo 4 Proteçào de Banco 0<' CapaCltor.:" 21 7
(-tl2.1 )
IJ
I lU 11.
II lU9.-l" o
I 0.091
caixas retiradas. 9
I 10 11 ,0
II 110% 0.061
E .
Grupo N rehroJas
= 6M E
6S( M - N) + 5 N ' (4.12.2)
10
I 11 12 ,0
I 109. 1% 0.054
II
I 11 11,9
I 109,2% 0.049
Com as N caixas capacitivas retiradas de um mesmo grupo haverá um
12 11 11.8 109.2% 0,045
deslocamento do ponto central dos bancos de capacitores conectados em dupla
estrela. Pelo cabo condutor que conecta os centros da dupla estrela fluirá uma
corrente elétrica, cuj o valor é dada pela ex.pressão 4.12.3 .
13 II
I 11,8 109.3% 0,042
1 . = 3MN I . (4.12.3)
14 \I
I I I) 109,3% 0.039
10% de sobretensão nos capacitores do grupo. Tabela 4.12.1 - Número Mínimo de Ca ixas Capaci lvas em Para lelo, no Grupo, de acordo
com a Associaçào em Série, para Banco de Capacitores Conectados em Dupla Estre la
M últiplo da Isolada
Número Porcentagem da
corrente de uma Esta tabela apresenta, também, a corrente que passa na caixa capacitiva
Número tS) mínimo de
tensão nominal
Mú ltiplo da caixa, para a com defeito e a tensão nos capaci tares remanescentes do grupo.
de grupos em caixas em nas caixas
corre nte de uma con'ente que
série, por paralelo, por remanescentes
caixa, para passa pelo
fase, em cada gru po do mesmo 4.13 Banco de Capacitores - Ligação Tipo H
defeito na caixa neutro, dev ido à
estrela grupo, após a
Mminimo retirada de uma
fusão do e lo
unidade A figura 4.13.1 mostra um banco de capacitores conectado em estrela
isolada, onde em cada fase apresenta uma ligação do tipo H.
1
I 2
I 12,0
I 109, 1%
I 0,545
2
I 7
I 12,0
I 109, 1%
I 0,272
3
I 8
I 11 , I
I 109,9%
I 0,183
4
I 9
I 11,4
I 109,6%
I 0,137
5
I 10
I 12,0
I 109,1%
I 0,109
I
Figura 4.13.1 - Ligação Tipo H em Cada Fase
(
2 18 Capítulo 4 11 9
Proteção de Banco de Capaciwres
Na operação normal, a corrente não c ircula pelo TC, e qualquer defeito em Como o propósito espec ifico é o da ob tenção da corrente máx.ima de
uma unidade capacitiva provoca um desequilíbrio, fl uindo corrente elétrica no inrush. pode-se desconsiderar a resistência R do circui to da figura ..U 4.L porque
(
Austrália; hoje é adotada em todo o mundo, inclusive no Brasil.
Na fig ura 4. 14.1 a soma das tensôes elétricas no circuito é dada por
A conexão de banco de capacitores em estrela, com ligação tipo H pode, (
também ser aterrada. Por exemplo, o banco de capacitores, apresentado na
(4. 14.1) (
fotografia 4. 1.1 , é conectado em estrela aterrada, com ligação tipo H. Esse banco
de capacitares é formado, em cada fase, por 4 caixas capacitivas por gmpo, sendo (
17 gl11pOS em série, perfazendo no total 204 caixas capacitivas, produzindo A tensão elétrica no capacitar é
100MVAr em 230 kY.
Vc(t)==~ Ji(t)'d(t) 4. 14.2)
4.1 4 Energização de uma Unidade Capacítiva C
Substituindo a expressão 4.14.2 na 4.14.1 , tem-se
Antes da energização, o capacitar está descarregado, isto é, sem tensão nos
seus terminais. Quando LUlla unidade capacitiva é energizada, ocorre uma corrente vma,'. == L di(t) + ~ Ji(t) . d(t) (4. 14.3)
de elevada magnitude de curta duração. Essa corrente é conhecida como corrente dt C
de inmsh. Portanto, o capacitor passa pelos seguintes estágios, na energização:
Aplicando a Transformada de Laplace na expressão 4.14 .3 , resulta
+ Sem tensão e corrente antes da energização;
Corrente de innlsh no período da energizaçã6; V . 1
~ == LS I(S) - 1(0) + - I(S) (4. 14.4)
+ Tensão e COlTente de regime permanente depois da energização. S CS
A corrente de inrush possui freqüências bem maiores que a fundamental. A Sendo 1(0) = O, obtém-se
amplitude inicial da corrente de inmsh vai depender da característica da rede
elétrica e do valor instantâneo da tensão no inicio da energização. A máxima V Ill ÚX == (LS + _1 I(S)
S CS
J
amplitude da corrente de inrush ocorre no instante da energização que tenha o
valor máximo da tensão elétrica da rede. Desse modo, a fim de simplificar a
obtenção da corrente de inrush máxima, a energização da unidade capacitiva ocorre I(S) - V C 1 == Vmáx . 1
- máx LCS 2 +1 L S2 + _1_
supondo o sistema elétrico composto por uma fonte de tensão contínua, com valor
igual ao de crista da tensão alternada da rede. Com esta consideração o circuito LC
elétrico de energização do capacitor é o da figura 4.14.1. ? 1
Considerando CD õ= - - , tem-se
LC
~~
Vmáx ~ c Jvc(t)
I(S) == V mãx . 1 ?
L S-+Cú õ
?
Onde cor) é a freqüência angular natural do circuito e a freqüência natural A expressão 4.14.9 fornece o valor máximo da corrente de inrush para a
energização de uma caixa capacitiva ou de um banco de capacitares.
da corrente de inrush no período transitório é dada por
Note que as proteções utilizadas nào devem atuar dmante a energização de
1
( coa = 2nfo = .JLC um banco de capacitores.
Observação: Nos bancos de capacitores instalados nas subestações, que não
( possuem bobinas de amortecimentos, a corrente de inrush pode atingir até IS vezes
f = 1 a corrente nominal.
( (4. 14.7)
o 2n.JLC
4.15 Energização de uma Unidade Capacitiva em Paralelo
Note que, pela expressão 4.14.6, a corrente de inrush é considerada
senoidal. Isso se deve pela desconsideração da resistência R. Porém, na realidade O circuito da figura 4.15.1 ilustra a situação em que uma rede eh!trica
essa seno ida I de freqüência fo decresce amortecida pela resistência R. opera conectada a um banco de capacitores e deseja-se conectar uma nova unidade
capacitiva. O circuito equivalente, durante a energização, é mostrado nesta figura.
O valor de clista da COlTente de inrush é
Imãx = V mãxf t
max ft
I . =.fiVfa se
L 2 ~ indutância equivalente do circuito entre o banco existente e a unidade
capacitiva energizada
CI ~ capacitância equivalente do banco de capacitares instalado
C2 ~ capacitância equivalente da unidade capacitiva a ser energizada
-",
Capítulo 4 Proreção de Banco de Capacitares 223
=
Identicamenre ao apresentado no item anterior. a consideração da fonte de
tensão é a mesma, ou seja, o chaveamento na energizaç:ão OColTe com o valor
máximo da tensão da rede elétrica.
Note que, pelo esquema apresentado na figura 4.15 .1, qu ando do
i ( t ) = Vma,
. r""
L
eq
sen( .jL~
L C
<q cq
t) (4. l 5.1) (
chaveamento da unidade capacitiva C 1 aCOITem dois transitórios distintos. Um o valor máximo da correme de inrush será (
transitório ocorre entre a fonte e a nova unidade lnserida e o outro transitório
Ocorre entre os dois capacitares. Dos dois transitórios, o que representa maior r::: . ~-
I max =v2V 105< L
{Ee
4 _ J2v
Z
fase l-l.15. 2)
amp litude e freqüência na cou'ente de inrush é o transitório existente entre as duas eq surto
unidades capacitivas; portanto, somente este será considerado. Assim, no modelo
~ Ceq
do circuito apresentado na figura 4.15.1 não se considera a parte que envolve a
fonte de tensão, e o circuito simplificado fica sendo o da figura 4. 15.2. Z suno = (
eq
(
A freqüência natural da conente transitória do inrush é dada por
1
V máx f -----;===
o - 21t)L C
eq eq
----H
Note que a fonte de tensão do circuito da figura 4.15.3 representa o valor
da condição inicial no capacitor C 1 no instante do chaveamento.
ra>fu~---------~IN
L, =8,5m E
O circuito da figura 4. 15.3 tem a mesma configuração do circ uito da figura lO.
C'I
4.1 4.1 , portanto as soluções são idênticas. Assim, adaptando as soluções tem-se, a Disjuntor 1,2 MVAr
partir da expressão 4.14.6, a nova expressão 4 .1 5.1 para a corrente máxima de
inrush entre duas unidades capacitivas. ~I
'li
. - Instalação de dois Bancos de Capacitares em uma Subestação
F·19ura 4 . 154
225
224 Capítu lo 4 j>rmeção de Banco dI! (~pacitores
r'"
Da expressão 4.8. 1, tem-se
-e -roy
l - 2rr Qfy 2 1,2M
C
1- 2 - 2 -
2n: · 60(13,8k?
I mãx
= ""V fase L
eq
(
I . =.fi x 7967 43 8,35~ (
Inax ' 19,l~
(
1m3x = 7450A
(
f = 1 = 1
o 21[~L<q Ceq 21[~19,1~ x 8,35p
(
fo = 12602,6Hz
(
Observação : Para diminuir o valor da corrente máx ima de inrush, bem como sua
freqüência natural do transitório , deve-se projetar, convenientemente, uma (
indutância de amortecimento a ser instalada em série com o banco de capacitores. (
Ul
A fotografia 4. L I mostra as 3 bobinas que formam a indutância de amortecimento
.9'"
do banco de capacitares (lOOMV Ar, 230kV) tipo H, conectado em estre la aterrada, -ü
m
a.
da subestação Gravataí II. Pode-se, também utilizar outras técnicas, tais como a m (
()
pré-inserção de uma resistência R, ou proceder o chaveamento na tensão zero. Q)
"O
o (
U
c:
4.16 Proteção de Banco de Capacitores Conectado em Estrela '"
ro
Aterrada
A ligação do banco de capacitores em estrela aterrada ou com neutro
aterrado, foi apresentada n-a figura 4.7.1. Mostra-se, a seguir, alguns esquemas de
proteção, aplicados a conexão de banco de capacitares em estrela aterrada.
A figura 4.16.1 apresenta um tipo de esquema de proteção de um banco de
capacitares em estrela aterrada, acoplado ao banamento de uma subestação.
A proteção de sobrecorrente protege o banco de capacitores no caso de Figura 4.16.1 - Proteção de Banco de Capacitares em Estrela Aterrada
qualquer defeito (curto-circuito) do TC até o interior do banco. A proteção de
sobrecorrente atua para defeitos graves, promovendo a abertura do disjuntor local Os defeitos no banco de capacitores são os que ocorrem por:
ou do barramento. • Curto-circuito entre caixas capacitivas;
Muitas empresas, para banco de capacitores de pequeno porte, adotam a
proteção de sobrecorrente antes do barramento, como mostra o diagrama unifilar da • Curto-circuito entre uma caixa capacitiva e o suporte metá lico do
banco;
figura 4.16.2.
Se o defeito for no banco de capacitares a proteção de sobreconente alua, • Defeitos em qualquer local do circuito de entrada da instalação do
banco;
abrindo o disjuntor do balTamento. Imediatamente, deve-se abrir a chave
seccionadora do banco de capacitores e restabelecer as condições operativas do • Curto-circuito interno à caixa capacitiva _
barramento.
118
Capínllo -I Proteçâo de Banco de CJ.pacuores 129
~
o valor de R o ajuste pa.ra provocar o alarme na unidade de proteção 59, para uma
Disjuntor
· .
...--- -~ -- ---)
caixa capaciriva retirada. deve ser
Secionadora
v < R · lNc:ulTO I ca ix..l rt:tirudn (-1.16.1 )
ajuSte 591 - a
I 1 I Barra
1
onde:
~
a = {1,5 para re lé eletromecânico
Chave a Óleo 1,1 para relé digital
To.
Para ajustar a proteção de sobretensão 59T (temporizada), eleve-se
e·········] considerar o núme ro N de caixas retiradas, que produza uma sobretensão acima de
11
Alimentadores
/
":&'
.
59fT
Alarme
10% nas caixas capacitivas remanescente do mesmo grupo. Portanto, o ajuste da
proteção 59T é obtido através da inequação
v
ajuste 59T -
< R . I Neutro paro N ca ixas ,eliradas
a (4. 16.2)
(
23 0
Capírulo4 Proteção de Banco de Capac ita res 231 (
(
TP
(
(
'"~ (
=ªu
rn 59
Relé
0-
co Função
O 60 (
Q) rn
-o TP CD
o E
u
c
CO
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3 "ü
CIl
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CIl
o
CD
-o
o
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c
CIl
CI)
l
( ,1'")
_J_
Capítulo -+ PrOleção dt! Banco oe CapacilOre; 2.3.3
l
(
7'
( ProIeçào de Banco LI<! Capacltores
-.)
~3ó Capitulo 4
(
Uma das pnnclpai: \·al1t· gens da II ação de banco de capacitare::. em ~ é a
r mexlsténcia de hannô11lcas ...\. desvamag<::m deste tipO de conexão são:
( If Necess idade de elos fuslvei s de alta capacidade de ntprura. porque esse
banco de capacitares é muitas vezes utilizado com apena" um grupo
série. por fase.
~ No caso da adoção da proteção de balanço de corrente. o custo é alto
devido ao número de TCs requeridos .
Figura 4.1 7.1 - Prmeçào com Relé de Sobrecorrenre em Banco de Capacitores Co nectado
em 6.
ln
\. Q)
B
'(3
ro
C-
ro
Ü
Q)
"O
o
U
c:
ro
ro
F igura 4. 17.2 - Proteção de Balanço na Fase Dividida Figura 4. 18. 1 - Proteção de Banco de Capacitores em Estrela Isolada
~38
Capítulo 4 Proteção de Banco de Capac ilOres 239 (
=
A proteção de sobrecorrente. na entrada do banco ele capac itares. fimc iona
do mesmo modo que aquela do item 4. 16.
Na operação nOlmal , o neu tro do banco de capacitares isolado é idêntico ao
neu tro de u ma instalaçao aten'ada, isto é, não há deslocamento do neutro e o valor (
de tensão no relé 59 será zero. Na retirada de alguma un idade capacit iva as
capacitàncias das 3 fa ses se desequilibram, deslocando o neutro do banco de
capacitares . O deslocamento, que co n'esponde a uma tensão desviada do ne utro (
original, será detectado pel o re lé 59. O deslocamento do neutro, detectado p elo relé (
59, da retÍTada de N cai xas capacitivas de um mesmo grupo, é calculado pela
expressão 4. 11. 3. que está novamente reescrita na expressão 4.1 8.1. (
Ul
~
E = N E g
Desloc-am"fllO do Neulro 3S(M _ N) + 2N a (4.1 8.1 )
u
ro (
a.
ro
U
Note que o TP fOlma um caminho de escoamento para as descargas QJ
(
"O
residuais dos capacitares do banco. o
U
c
A fotografia 4.1 8.2 mostra 3 TPs, cujos seclmdários estão conectados em I'J. ro
ClJ
aberto, para a ligação do relé 59 do esquema apresentado na figura 4.l8.1.
Cenlelhador
impedância
Figura 4.l8 .3 - Proteção de Alta lmpedância
Esse esquema utiliza um TP de . alta impedância para mant~r a
característica de isolamento à telTa do banco. Qualquer retirada de caIXa capadCltLVa
resulta no deslocamento d o neu tr o, na .qual , . a tensão que correspon
d" d TPe aoo
deslocamento será submetida ao terminal pnrnano do TP. No secun ano o. .
relé de sobretensão 59 poderá acionar o alarme ou desli~ar o banco de capacltOles.
A tensão de deslocamento do neutro é dada pela expressao 4. 18.1. _ .
De um modo geral, as características e vantagens da IDstalaçao de bancos
Fotografia 4. 18.2 . 3 TPs do Esquema de Proteção da Figura 4.18.1 de capacitares em estrela isolada são: . .. _. .
r
Outro tipo de proteção, também possível para o banco de capacitores em • Menor corrente de curto-circuito em lima caixa capacltlva com detelto,
estrela isolada, é o apresentado na figura 4. 18.3.
• Necessidade de elo fusíve l individual de menor capacidade de ~lptura;
• Menor sensibil idade ao desequilíbrio de tensão no sistema elétnco ;
2-10 Capirulo -I Proreçào de Banco de Capacitores 24 1
Capítulo 4 2. B (
Proteção de Banco de Capacitares
Outro esquema de proteção, que pode ser uti lizada para a conexão estrela
(
isolada, é o mesmo da configuração da figura 4.16 .7. com a chave seccionadora
"g" abe11a. (
Um relé digital pode ser usado na proteção par balanço de tensão (função
60), do neutro da estrela do banco de capacitares em relação ao neutro da rede
eléhica. Este esquema de proteção é apresentado na figura 4.1 8.7. (
(
50/51
Figura 4.1 9.1- Proteção com Relé de Sobrecorrente para a Dupla Estrela Iso lada
3MN I .
I Neulro = 6S(M _ N) + 5N Cal,"
---- I
Pruteçào de Banco Je Capa ' itores "45
2-14 Capitulo '-I-
I. . = 100k = 36 I A
Figura 4. 19.3 - Proteção com TP de Alta Impedância nomm . 1da C. IX.2,77k '
246 Ca pitul o 4 Pr oteção de Banco de Capacita res
b) Calcu lar a potencia r eativa nominal do ba nco de capacito.'es em d upla f) Calcular a corrente de curto-circuito que passa por uma caixa capacitiva
estrela, com defeito.
S==3 e M ==14 A expressão 4.12. 1 fornece
== 2 · 3 · S· Nl . Q == 2 · 3 , 3 · 14 · 1OOk
6MS 6 . 14 ·3 ., 4 6
Qnomm,,1 do Banco nom tn al da caixa
l dcfeito == 6S _ )~ l caixa == X .J ,
6 ·3-5
Q nom illal do Banco == 25,2 MV Ar
Ideleito == 670,7 A
c) Calcular a potência reativa real suprida pelo banco de capacitores em dupla
estrela, na tensão do barramento, g) Dimensionar o elo fusível de uma caixa capacitiva.
Usando a expressão 4. 10.3, obtém-se
13,8k
Vfase == f3 == 7,967kV 670,7 A
34,6A < l eio < 10
A tensão ap licada em cada caixa capacitiva é
34,6 A < l eio < 67,07 A
V Vfase 7,967k ~
caixa == S == 3 == 2,65) kV De acordo com a referência [8], o elo adequado é
~ . A ~o tênc i a reativa suprida por uma ca ixa capacitiva é dada pela expressão
Elo fusivel == 40K
4.8 ..J , 15to e h) Calcular a tensão nas caixas capacitivas remanescentes do grupo em que
ocorreu a fusão do elo fusível e uma caixa foi retirada.
Q. == 1OOk( 2,655k) 2 Pela expressão 4.12.2 , tem-se
c, ,,a 2,77k
6 · 14 7967k
Q caix. == 91,869 kV Ar ElcaL~aretirada == 6.3(14-1)+5.1 '
A potência suprida pelo banco é
E, caixa retirada == 2,8 kV
Q sup rida == 2·3· S· M . Q ca ixa == 2 ·3·3 · 14 · 91,869k
A sobretensão nas caixas remanescentes do grupo é dada por
Q suprida == 23,15 MVAr
- (2,8k-2,77k) 100
d) Calcula.' a corrente real na caixa capacitiva, Sobretensao I caixa retirada == 2,77k .
I làse == 484,4 A
I Neulro(, caixa retirad o) == 6,08A
Capitulo 4 Proteção de Banw de CapacllOres
IO.~3?
J)Repetir IlS /ten;, !l " ! rar:.:l. . to .... C li}.<j<;; rapacitivus f'eri radas no mesmo 20.-l6A
grupo. 20° 0 14.53!\
Os resultaJos dos calculos ~ão mostrau06 na rabeia ·U 9. 1.
, Ca lxas reti radas
I , Tabela 4.19.2 - Resultados
SobretensàJ no m) Ajustar o relé 50N para disparar o alarme para a primeira caixa
I N
I
grupo I Nouu'o
! capacitiva retirada.
I 1 1,08,}o 6,08A De acordo com [46] o ajuste do relé SON deve ser
! 2 6.9% 12.86A I < I relc(l c,i. a retirada)
I 5(lN - a
3 I 13,4% 20,46A
(
" 10,23
6A.) < I SI N ~ --
a
nl ) Para relé eletromecânico 5lN
F igura 4.2 0.1 - Proteç ão pa ra a Dupla Estre la Aterrada
6,43A < 15 IN ::; 6,82A
Um esquema alternativo, que utiliza um TC com dois primários é (
Os Taps disponiveis do relé 51N estão na faixa de 4 a 16A e, portanto, o apresentado na figura 4.20.2.
aj uste é prejudicado. Entretanto, deve-se adotar o Tap superi or mais pró ximo, o
qual é o Tap = 7A. Neste caso; 10,23 = 1 46 , o que corresponde a 46% acima do
7 '
tarque de ajuste do relé eletromecânico. A temporização do relé 51N é de 5s.
n2) Para relé di gital 51 N
111 111 (
4.20 Proteção de Banco de Capacitores Instalado em Dupla Figura 4 .20.2 - Proteção com TC de Duplo Primári o
Estrela Aterrada
Há vários esquemas de proteção para a conexão em dupla estrela aterrada.
Muitos desses esquemas seguem filosofias de operação seme lhantes aos dos itens
anteriores.
A seguir, apresenta-se, concisamente, uma proteção semelhante àquela
aplicada à ligação da estrela aterrada, mas que utiliza dois TCs e um relé, cujo
esquema é mostrado na figura 4.20.1.
Qualquer retirada de caixa capacitiva haverá um desequilíbrio entre as duas
estrelas. A corrente será detectada pela proteção 61, que dependendo do grau do
desequilíbrio pode acionar o alarme ou abrir o disjuntor ou chave seccionadora.
Este esquema evita a operação do relé para curto-circuito externo.
(
( 252
( Noménclatu ra da Plote~ào 253
(
Elemt:UlL princlpal.f/I/lSfeJ" elem<!I1f1
( Eltmem, t>r;n( ipa! 0'1 me~l" ~ ,) JISpCI~lll " IIJ!cIal quc st:rvc, "ela Jirclame nt<!
( 0"1 por Ill krll1edl f~ de: ,1ulns dI"pt'S iti' o::. <ld m !s~i ,.e i ~, para pur :.1111 equipamemo
em oper.tç3.o ÜU f (lfJ j", se r, 1'::(..
~ --
254 (
Apênd ice A
Nomenclatura da Protcção 255
10. ~have comutadora de seqüência das unidades (l/nit sequence switch) 17. Chave de derivação ou de descarga (shllnting, 01' discharge, switch)
E uma cha_ve comutadora utILIzada, em equipamentos de unidades múltiplas É um interruptor que serve para abrir ou fechar um circuito delivado dos
para n~odlÍlcar ~ seqüênc ia na qual as unidades possam ser colocadas e . tenminais de qualquer peça ou aparelho (exceto um resistor), tal com
operaçao ou desligadas. m enrolamento de induzido de máquina, um capacitor, um reator, etc ...
Observação: Excluem-se os dispositivos que desempenham operações de
11. !ransformador de controle (potência) derivações tais que possam toma-se necessários no processo de partida de
E o transfonuador utilizado para o circuito de controle. máquinas pelos dispos:itivos de função número 6 ou 42, ou seus equivalentes, e
também exclui a função do dispositivo número 73, que serve para a inserção e
12. pispos.itivo .de sobrevelocidade (over-speed device) desinserção de resistores.
E. um :ISPOSItIVO que quando a velocidade rotacional ultrapassa um certo valor
aJ.usta.~ opera, abnndo ou fechando um contato. Por exemplo é o caso do 18. Dispositivo de aceleração ou desaceleração (accelerating 01' decelerating
~1~POSltIVO" também conhecido por chave centrífuga que funcioda por ação da device)
o~ça . centrIfuga, fechando ou abrindo um contato, caso a velocidade da É um dispositivo que tem a ftmção de fechar ou provocar a mudança de
maquma ultrapasse um valor determinado. Pela IEe 606 17 \.
circuitos utilizados para aumentar ou diminuir a velocidade de uma máquina.
representada pelo símbolo r:=l
~.
esta função é
I..
19. Contacto r de transição de partida-marcha (starting-to-running transition
13. pispositivo ~e rotação síncrona (synchrOnolls-speed device) contactor)
E ,qu~lque,r dISpOSrtlvo que opera aproximadamente à velocidade síncron d É um dispositivo que tem a fmalidade de dar partida e causar automaticamente
maquma SIDerona. Por exemplo, tal dispositivo pode ser: a a sucessivas transferências de modo a levar a máquina a sua velocidade normal
• um mtemlptor de velocidade centrifttcro' sob tensão nominal da rede elétrica de alimentação.
• um relé de tensão; o ,
• um relé de mínima corrente. 20. Válvula operada eletricamente (electrically operated valve)
É uma válvula elétrica, operada localmente ou remotamente, que fechando ou
14. Dispositivo de subvelocidade (under-speed device) abrindo, controla a passagem do fluxo em uma tubulação. Esta válvula é
empregada em:
257
256 .'\pendic<! . omenclalura Lla Pn){~.;ãv
;- de conferência (comprovação) de
., tubulação de vacuo: '75 DISpositivo t. slllcron\zaçao flU ..
- . ._. . .. sr/lchronism-dleck devILe)
• tubdação de ar comprimido: sincronismo (syndn'Ollhl/l]5, 01. . '. C' 'sri, erem uel1ITO dos
. . . _ quandl\ dOlS ClrCL:ltO!> em -""' c;
• tl.lbulação de gás; E lU11 disposltl 'o que .üpc;.~~ . . I de tàse e de tensão. para permitir ou
limHes desejados de rrequenc la, angu os
.. tubulação de óleo. etc ..
provocar à conexão desse dois ClfCUltoS .
21. Relé de distância (distance relay) , . t - do equipamento {temperatura do
É um relé que opera quando a impedància, admitância ou a reatància , vista pelo 26. DispOSItiVO termlco. de pro eça; dor) (apparatus thermal device or
enrolamento ou do oleo do tTans orma
relé, diminui ou aumenta alem dos Iinres redeterrninadOS (ajustados). Pela
IEC 606 17 é representado pelo símbolo Z < . overtemperatllre relay) _ . d · npe ratura exceder um valor
. . '. e tunclOna quan o a reI .
( E um diSpOSi tiVO qu d d d caso quando a temperatura carr
22. Disjuntor equalizador (eqllalizer circllit breaker) ou disjuntor do circuito predeterminado (ajustado) ou de~en ~~ o té~mico de proteção pode ao mesmo
abaixo de um valor ajustado. °ldlSPosdttlvlo ') ou 3 estáaios de aruação.
de balanceamento d' t perarura atua e ter e , - o
É um disjuntor que serve para controlar ou ligar e desligar 0 equalizador ou o tempo me rr. a em _ .. diversas a licaçÕes. tais como:
circuito de balanceamento de COlTente para o campo de uma máquina, ou para o Estes dispOSitivoS sao utll1:ados em . lam!to primário do transformador
.:. Termometro d o eruO · . . . f d
equipamento de regulação, numa instalação de unidades múltiplas. .:. Tem1ômetro do enrolamento secundar.lo do nans orma or
.!. Termômerro do óleo do tranSf0TI11adOl . .
23. Dispositiv o de controle de temperatura (tempertltre control design) .:. Termõmetro do enrolamento amortecedor de uma maqlllna
É um dispositivo regulador da temperatura, ou sej a, funciona para elevar ou
~cr~ .' -d-q
abaixar a temperatura de uma máquina e/ou ouh'oS aparelhos, ou de qualquer .;. Dispositivo térmico do resistor de llmltaçao e l:ar b r .d
outro meio, quando a respectiva temperatura cai abaixo ou se eleva acima de um ••• Dis osirivo térmico de proteção de um :l1elO IqUI o
valor predeterminado (ajustado). • quaYquer, tanto no aquecimento como no restnamento
Observação : U m exemplo deste caso é o termostato que liga um aquecedor de
um ambiente de um quadro elétrico, ou um painel de um conjunto de chaves
Pela IEC 60617 é representado pelo símbolo ~.
elétricas, quando a temperatura cai para um valor determinado; já nos casos em
que se deseja que o aparelho funcione com uma temperatura bem estabelecida e 27. Relé de subtensão (IIndervoltage ~ela~~tri a abaixa além de um valor ajustado.
É 11m relé que opera quando a tensao e e c ~
ajustada, o dispositivo de controle de temperatura recebe a designação da
Pela lEC 60617 é representado pelo símbolo ~.
função 90T, que , por exemplo, é o caso do tennostato da geladeira, do freezer,
de câmaras frigoríficas e dos ambientes climatizados.
28. Detector de chamas (fla~e ~etector) de uma chama piloto ou chama
24. Disjuntor contactor ou seccionadora de interligação (seccionamento) de É um dispositivo que s~n~llza a p~~se~çaCom aplicação principalmente em:
principal em aparelho, p~mels ou am len e.
\ barras ou relé contra sobreexcitação ou Volts por Hertz
Dependendo da função esta numeração pode designar um dos elementos acima. • Turbma a gas
No caso da proteção contra sobreexcitação em Volts por Hertz, o relé opera • Caldeira a vapor
quando a tensão vai além de um valor pré-ajustado maior que a nominal ou • Detector de fumaça
quando a tensão for menor ou igual a nominal a uma freqüência inferior a • Detector de raios infravermelho
nominal, é utilizada principalmente para prevenir excesso de fluxo magnético
. )d .lamento (isolating contactor) .'
no núcleo do transformador elevador do gerador síncrono. '9
- .
Contactor (secclOnadora e
. '
ISO '1' d ara desconectar um clrcmto,
bave utl lZa a p
Seccionadora de Isolamento e uma c _ t emergências ou desligamentos
principalmente nos casoS de manutençao , tes es,
(
(
Apéndice A 259
258 Nomenclatura da Proteção
(
pro longados. Nas subestações. estas seccionadoras. operam sem ser motorizada objeti vo de curto-circ ui tar seus anéis coletores. ou de engatar ou desengatar os
com abertura sem carga. isto é, com processo de abe rtura mecânica no local e contatos de um retifi cador mecânico.
to talmente manual.
36. Dispositivo de polaridade ou polarização (polarity device or polarizing
30. Relé anunciador (annunciator relay) ~~h~ . ..
É um dispositivo de reposicionamento não-automático que fomece um certo É um dispositivo que opera ou permite a operação de outro dlSpOSltl VO somente (
número de indicações visuais a respeito do funcionamento de di spositi vos de se estiver de acordo com uma polaridade p rede tenmnada o u venfica a presença
proteção e que pode também desempenhar (sinalizar) uma função de colocação de uma tensão de polarização num equipam ento.
fora de operação de um equipamento. Por exemplo, a bandeirola de sinalização .
37. Relé de mínima corrente ou de mínima potência (undercurrel1t ur
31. Dispositivo de excitação separada (separate excitatioll device) underpower relay) • . .
É um dispositivo que liga um circuito, tal como o campo de derivação de um É um relé que opera quando a corrente ou o fluxo pote~lc La, decresce aba Lxo d~ (
gerador de COLTente contínua para a excitação do campo de uma máquina um valor pré-ajustado. O relé de mínima corrente, tambem, e conhecLdo por rele
síncrona, Oll que energiza os circuitos de excitação e de ignição de um de subcorrente. Pela IEC 60617 são representados respectLvamente pelos
retificador de potencia. símbolos [ ; ] e ~.
32. Relé direcional de potência (directional power device) 38. Dispositivo de proteção de sobretemperatura de mancai (bearillg protective
É um relé que opera num valor desejado do fluxo de energia numa dada direção, device) .
ou no caso de retificador de potência opera por efeito de energia reversa É um dispositivo que funciona quando a temperatura do mancaI do eLXO da
resultante de arco inverso nos circuitos anódicos ou catódicos. Pela lEC 60617 é máquina for excessiva ou sob outras condições mecânicas anonnaLS, assocIadas
ao mancai, tais como desgaste indevido, que resulta em excessIvo aWJlento da
representado pelo símbolo IIri> I. temperatura do mancaI.
33. Chave de posição (position switch) 39. Sinalizador de condição mecânica (mechanical condition monito~-) . '
É um inteITllptor que liga (ativa) ou desliga (desativa) um contato quando o É um dispositivo que funciona quando da ocorrência de uma condLçao m:,camca
dispositivo ou peça principal de um aparelho (que não tiver número de função) anormal (exceto a associada com mancais na forma abranglda pel.a funça~ 38),
atinge determinada posição. tal como excessiva vibração, excentricidade, expansão, choque, mclmaçao ou
falha de vedação.
34. Chave de seqüência-mestre (motor-operated seqllence switch 01' mastel'
seqlle/lce device) 40. Relé de campo, proteção contra subexcitação ou perda de campo (fieM
É um dispositivo tal como urna chave de conta tos múltiplos, ou equivalente, ou
relay) . .
um dispositivo de programação, tal como um computador, que estabelece ou É um relé que opera com a ocorrência de falha (Curto~clr~uLto.) ou com um v.alor
determina a seqüência operativa dos principais dispositivos num equ ipamento, anormalmente baixo da corrente de campo de uma maquma SlOcrona, ou ~OI um
durante a partida ou parada ou durante outras operações de ligações e valor excessivo da componente reativa da corrente de armadura da r~a.qULna
desligamentos em seqüência. síncrona, que provoca a subexcitação da máquina no caso capacltLvo e
superexcitação no caso indutivo . ,. .
35. Dispositivo de manobra das escovas ou para curto-circuitar os anéis do O relé 40 é colocado nos terminais da maquma smcrona, em caso de perda da
coletor (brush-operating, or slip-ring- short-circuiting, device) excitação, a impedância do emolamento da arm.adura varia e entra dentro da
É um dispositivo utilizado para manobrar as escovas, com o objetivo de zona de atuação do relé de admitância (21) dlrecLOnado para o lOrenor da
levantar, abaixar ou deslocar os anéis coletores de uma máquina, ou com o
L
261
260 .-\pcndILt: ....
,:lt- .LI]" 1'1,':11(\11 • ~I rrl,lXlI !idaü<:. d 'SI Ill. li Li IS!,0 , 1[1\l' L'Um I lún \,::lo -1-5 de verá
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. cam elltn 1,). ,j"I'eil de X d" I~_ . [Te ~'le l:ilS'-,
.. '1' ' ' I com
> to ' o r'::.e 1. n\ Id~nL i~.;~' ,luJ ' Z~IÇ:'I' I-,cal m, r~I1lOla pa ", ,1stemJ·je -llpe!~ i Sih.l ,
~ f1O~ l uonam ~nro e~ta razendo .j fu ncào
"excnacão ' -+(I . 01I "~Cj". plO .lcçao
" ..:onrra perda _ . da 1
-16. Relé dE: i Jl,, ~rsã{j de fa ses ou desequilíbdO das correntes de fase Ireverse-
-H. ~isjuntor ou .chave d: campo (fie/([ circllit breaker)
phase. or pTlase- balance. currelll rela)')
É um rele que opera quando as correntes polifásicas estLverem em seqüenc ia de
~
E um d.1Sp,OSltlVO que hmCIOna para ligar ou d es li gar a corrente de campo de tàse inversa. ou quando as COlTente polifásicas forem desequilibradas Oll
uma maqullla síncrona. contiverem componentes de seqUênCia negativas acima de um certo valor
ajustado. Po ' exemplo. no caso de sobre correntes instantâneas ou temporizadas
-12. ~iSjbu~tor ou eh.ave de operação normal (running circuit breaker) de seqüéncia negati\-·a. pode ler reresel1tado por 50/51Q (46). Pela TEC 60617
am emé conheClClo
funcão o de l' ()' corno
d fi .disjuntor
. de marc h~ e.' um d lsposltrvo
' . . cuja principal
. . .. .loar e mhvamente uma maqullla à sua fo nte de ten ã d é representado pelo símbolo I2 > ,
altmentaçao ou a sua tensão operacional de funcionamento, s o e
47. Relé de tensão de seqüência de fase (phase-seq uence I'oltage reja)')
É um relé que funciona quando o valor da seqUência de fase das tensões
-13. Dispositivo de transferência manual ou seletor (chave comutadora)
pol ifásicas ul trapassa um determinado va lor aj ustado Opera também quando
(!nalllw1 t1'lll1sfer 01' selector device)
ocorre inversão de tàse. subtensão ou perda de fase. Pela lEC 60617 é
E um dlspositivo operado manualmente ou por via computacional (loca lmente
ou remotamenre) qUe comuta os circuitos de controle a fim de mod'fj .. representado pelo símbolo í U 2 > \.
~~e~:~~ de operação do equipamen to. Em relação a esta função I c~:~s:,a~~~ 48. Relé de seqüência incompleta (incomplete sequence rela)')
v'
./ Operaçâ~ do disjun:or com ou sem religamento automático
Relé de seqüêl1cia de operação jucompleta é um relé que geralmente faz o
Regul~ç~o de tensao do transformador de modo manual
equipamento reto rnar a ua posição no rmal, bloqueando o funciouamento se a
automatlco ou seqüêl1cia nonnal de partida, marcha e parada não for adequadamente
./ Ventilação forçada do transformador em modo I completada dentro de um tempo predeterminado.
automátiço mauua ou Caso este dispositivo sej a utilizado apenas para alarme , o mesmo poderá ser
~ Bloqueio ou d~sbloqueio do esquema de rejeição de carga designado por 48A.
Mudan~a de dIsparo para o disjuntor de transferência de ba
provem 49. Relé térmico de máquina ou t ransformador (machine, 01' transformer,
t d' . do sistema de proteção da linha de tra nsmlssao
ente ' _ querra
em o lSjUntor fora de operação. thermal relaJ~
É um relé que opera quando a temperatma do enrolamento da armadlll'a, de
outro enrolamento ou elemento da máquina, suj eito à sobrecarga de uma
44.:~~ ~etartid~seqüencial de unida~e (unit- sequence startil1g relaj')
máquina, excede um valor predeterminado. Ou a temperatma de um retificador
~~~j1~;:OU~~d:~~Pq:~~ntos de unidades múltiplas, quando da ocor~~~~ae~~~a~~:
. e e que nClOna para dar partida a próxima lmidade dis '
de potência ou dos enrolarnentos um transformador de força, exceder um valor
evena entrar em funCIOnamento. predeterminado, decorrente de um aumento de carga. No transfonnador de força
este relé é conhecido por relé de imagem ténnica. Esta fi.mçâo 49 é própria para
45. monitor)
Sinalizador de condições atmosféricas anormais (atmospheric condltion
.. sinalizar o nível de sobrecarga de um equipamento elétrico. Pode ser designado
por:
~Llrn d~SPOSi~ivo que funciona quaudo da oconênc ia de cond icões atmosféricas • 49AT - Imagem tém1ica do enrolamento de AT do trausformador;
_ ormalS, ta como presença de emanações daninhas misturas . • 49MT _ Imagem térmica do enrolamento de MT do transformador;
hlrnaça, ou fogo. Por exemplo, a subestação ficou imersa' em fumaça e;:;~~;::~ • 49BT _ Imagem térmica elo enrolamento de BT do transfonnador.
J
1
(
262
Apêndice A Nome nclat ura da Pmteção 263 (
Pela IEC 606 17 é rep resentado pelo sí mbo lo m. permiúr ou não a operação do rele 5 1, pe la IEC 606 17 é representado
(
(
5 IGS, pela LEC 60617 é representado pelo símbolo I,' tJ 56. Relé de aplicação de campo (field application relay)
.:. 51 Q - relé de sobrecorrente temporizado de seqüên~ia negativa É um relé que controla automaticamente a aplicação de exc itação de campo de I
também pode ser nominado de 46' ' um motor de corrente alternada em um certo ponto determinado no ciclo de
.:. 51 V_ - relé ~e sobrecorrente tem~orizado com restrição (controle) de operação.
tensao. O aJ uste do relé 51 é variável com o valor da tensão V
I
I podendo ser para subtensão ou para sobretensão. Esta restlição pod~ 57. Dispositivo de colocação em curto-circuito ou de ligação a terra (short-
eirclIiting ar grollnding device)
I
,
I
~ .,
264
.'"'ipêndict:: ... t :"Iomenclarura \la l'r"[t:\;.H 265
arco elétrico a terra de uma máquina de CC. Estes relés podem ser por corrente .:. 67N - re lé de obreco rrente direcional de ne utro (instantâneo ou (
ou por tensão, para a sua identific ação, os di agramas uni fi lares devem indicar se
são alimentados por corrente via TC ou por tensão via T P.
§
temporizado). pela IEC 60617 é represen tado pelo símb~lo t: ;I
(
l -e l
268 "iomenchuu r a .1" PnHe"ãt 269
E ldl1 i'eI~ qLiCllPcrJ po, Ull' dado a!or cio nÍ\·t! dt li u!Ilk , III g:ts . .lU 1pu':] P'.'I· ~ d .ll ?,,(!', !,. í' I;.·..:::·. ue r~llll _L ;;in.:r:-n.~1l10 d::: i1lnqull1a j incrona. No
lima da© l:t:\[l d:,\ ariaç:io deste valor. ,1stelll..t ,..'erl',·' - 'Jt tl lzaoli p:lrd . pro[~dk) de Jscil3ção de potênc ia
,-\ fun ;ar ; I I também é utilizada para 3 Illdi cd.:ào jú J1l\' I d . :'J leL no plincip31!lK"}l<': L"l ~I vs de \ irai i mponánLi~. e _]ue .. eSTe L 3.~O ) rele "' 8 provoca
,'eservalori (\ (tn nque de expansão) do rransformndor de potencia. . o desligamel1 LV ti\.\ (lisJuntor. Pela I EC 60(; 1- é :-epresentadu pelo símbolo I <D >:
72. Disjuntor de corrente contínua (de circuit breaker) 79. Relé de religamento em CA (ac reclosillg rela)')
É um disjuntor par::;. ser utilizado em um circuito de força de corrente contíuua. É um relé temporizado que etetua (\ re!igamento do disjuntor em um circuito de
~
73. Cont~lctor de resistor de carga (load-resistor contactor) conente alremada. Pela IEC 606 17 é representado pelo símbolo l==:!J.
É um conlactor usndo para inserir uma determinada -esistência, em série ou em
paralelo. para produzir um degrau de variação de -arga. ou uma determinada 80. Relé de subtensão em CC (jIoJV switch)
variação de carga num circuito de potênc ia, ou para ligar e desl igar um circuito É um re lé que opera quando a tensão de um circuito em CC cai abaixo de um
de resistência elétrica de aquec imento de ambiente. ou para acender ou apagar valor predetenninado.
uma lâmpada. ou ligar e desl igar o resistar de carga regenerativa de um Observação: A função 80 é tambem empregada para relé de fluxo de líquido ou
retificador de porencia ou de outra máquina. no seu circuito ou fo ra dele. gás. que controla o fluxo de líquido ou gás, ou em dados indices de mudança
desses valores.
74. Relé de alarme (alarm relay)
É um íelé dife rente do de um relé anunciador (como o abrangido pela função 81. Relé de freqüência (freqllency relay)
30). utilizado par~ operar diretamente. ou em conjunção com Wll alanne visual É um relé que a1:1.1a quando a freqüência elétlica se desv ia da nominal e, se
ou acústico. mantém por certo te mpo, aquém ou além de certo valor predeterminado (por
exemplo, 8 J o/u (overlunder)) ou por lima preestabelecida taxa de mudança da
75. Mecanismo de mudan ça de posição (positioll changing mechanism) freqüencia.
É um mecanismo empregado para realizar uma mu dança de um dispositivo O relé desta função pode ser assim denom inado:
principa l de uma posição para outra n um equi pamento. Por exemplo, o 7 81u - relé de subfreqüência, pela IEC 606 17 é representado p elo
mecanismo de comutação de um disj untor para as posições: ligado, desligado. símbolo If < I.
posição de teste ou removível. 7 810 - relé de sobrefreqüência, pela IEC 606 J7 é representado pelo
símbolo [[2].
76. Relé de sobrecorrente em CC (dc overcttrrent relay)
É um relé que atua quando a intensidade da COlTente de um circuito contínua 82. Relé de religamento em CC (dc reclosing relay)
excede um va lor de aj uste. É um relé temporizado que efetua o religamento do disjuntor em um circuito de
conente contínua.
77. Transmissor de impu lsos (pulse transmitter)
Transmissor de impu lsos é empregado para gerar e transmitir impulsos v ia 83. Relé de transferência a utomática ou de controle automático seletivo
sistema de telecomunicação. como o obj etivo transferir o sinal ao aparelho (automatic selective controi, or transf er, relay)
receptor remoto . É um relé que promove a tran sferência automática de uma operação, de um
l comando ou da proteção, ou efetua o controle automático seletivo de algumas
l 78. Relé de medição de ângulo de fase, ou de proteção fora de fase (p hase funções pré-estabelecidas .
angle measul"Íng. or out-oJ-step protective relay)
É um relé que atua quando o ângu lo de tàse, entre duas tensões ou entre duas 84. Mecanismo operacional (operating mecllanism)
COlTentes ou entre tensão e corrente, excede um va lor prede lenninado. Este relé
(
(
270 Nomenclatu ra da Proteção I
pendice A 27l
(
É uma função que designa um compl eto mecani smo ou servo-mecanismo 88. Motor a uxiliar ou motor gerador (al/xiliary motor, or motor generalOr)
eh~tri co, inclusive o motor operac ionaL os so lenóides, as chaves de posição, etc. São dispos itivos empregados como equipa mento auxi liar, tais como bomba.
pa ra um comutado r de deri vações, Lun regul ador de tensio, ou qualquer outra vent iladores, excitadores . ampl ificadores magné ticos rotativas, etc ...
peça ou apare lho similar que, de outra fOIm a, não possu i número de fu nção.
89. Chave separadora ou chave secionadora (tine switch) (
85. Relé receptor de onda portad ora ou de fio-piloto (carriel~ or pilot-wire É um interruptor do tipo chave secc ionadora, que só é operáve l sem carga. ( ,
I'eceiver relay) uti lizada para p oss ibili tar manobras com o obj eti vo de mudança na configuração
É Wll relé que é operado ou bloqueado por um sinal de onda portadora emitido do sistema elétrico. A operação desta seccionado ra é motorizada com contro le
remo ~amente pelo relé 77 da outra barra, no caso de relé co m fio-p iloto o sinal é loca l ou remoto . (
recebIdo dlre tamente pe lo circuito elétrico fis ico consti tuído de um par de
cond utores. 90. Dispositivo de regulação (reglllating device)
É um dispositivo que funciona para regular uma quantidade ou qua ntidades, tais
86. ,Relé de bloq ueio de religamento (Iocking-ollt relay) como tensão. corrente, fo rça ve loc idade, freqüência, temperatura e carga. a um
f: um relé auxiliar que opera no sentido de desligar um equipamento ou certo va lor ou entre cel10s limites (gera Lmente próximos) para máq ui nas. linhas (
ClICUltOS, seu rea rme pode ser manua l ou elétrico, mas somente pela intervenção de interli gação ou outros apare lh os. (
humana. O relé de bloque io é ac ionado quando a proteção que atuou fo i Exemplo, a função relé 90 efetua no comutador o contro le de m udanças de raps
claSS Ifica da como imped itiva, daí a necessidade do rea1111e ser cuidadoso do transformador de potência.
somente ser fei to após a investigação do defeito. A função do relé de bl o que i ~
pode ser assim apresentada: 91. Relé direcional de tensão (voltage directional relay)
• 86M - relé de bloqueio mecânico É um relé que opera quando a tensão, através de um disj untor abe110, ou
• 86E - relé de bloque io elétrico contactar, excede certo va lor em uma dada direção.
Geralmente o relé de bloqueio, p ro move a abertura dos disjuntores efetua o
a larme, s inalização e outras funções. O relé auxili ar 86, quando e~e r(Jizado 92. Relé direcion al de tensão e potência (voltage and power directional relay)
opera muito ráp ido, ou sej a, fecha os seus contatos em I cicio el étrico É um relé que permi te ou causa a interligação de dois circu itos quando a
(aproximadamente em 17 ms). dife rença de te nsão entre eles exceder um dado valor numa p re determinada
direção e faz com que esses dois circ uitos sej am des ligados entre si quando o
87. ~elé de p roteção difere ncial (diffel'ential protective rewy) fluxo de potênci a entre eles exceder um dado valor na direção oposta.
E um relé de proteção que funciona por uma percentage m ou ângulo de fase ou
outra difere nça quantitativa de COlTentes elétricas ou de outras !lrandezas 93. Contactol' de mudan ça de campo (field changing contactol) l
e létricas. <o
É um contactar que func iona no sentido de incrementar ou diminu ir, de um
Podem ter várias designações: passo, o valor do campo de excitação numa máqui na .
./' 87T - relé dife rencial do transformador de 2 ou 3 enrolamentos .
./' 87G - relé diferencial do gerador síncrono . 94. Relé de d esligamento, ou de disparo livre, ou permissão de d eliligamento
./' 87GT - relé diferencial do grupo gerador-transformador. (tripping, 01' trip-free relay)
./' 87B - relé diferencial de balTas, pode ser de baixa, média ou alta É um relé aux iliar que funciona para provocar o disparo de um disjuntor ou de
impedância. um contactar ou equipamento, ou para permitir o seu imediato disparo por
./' 87M - relé diferencia l de motores, pode ser do tipo percentual ou outros dispos itivos, ou evitar o imediato re-fechamento de um interrupto r de um
autobalanceado . circuito se o mesmo deveria abrir automaticamente, mesmo se seu circ uito de
Pela IEC 606 17 é representado pelo símbolo ~. fec hamento for mantido fechado. O relé de desligamento tem geralmente vários
conta tos auxiliares, e após a operação o mesmo se rearma automaticamente
S; ..
I Ul1tL (ue' J para :l SUa p,.)sJçào normaL Este- rd6 é semelhc1l1te L~O relê 86. com H
drfer<::n.;<.! ql:e o relé 94 .5e auto reaJm:1 .;: u rele 36 so ser..! :t;;Jrnlado cora a
mter ~nção humana.
98. Oscilografia
Dispositivo oscilógrafo, para poss ibilitar o diagnóstico pós-perturbação de
ocorrência de defeitos no s istema elétrico. Por exemplo, tem-se o Registrador
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