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Matheus Vieira Silva – 11403872 – Filosofia Política II – 2 Avaliação/reposição

1.1 Logo após o fracasso do projeto da terceira internacional para tornar o globo
vermelho através do imperialismo soviético - e com a derrocada do socialismo – a
democracia liberal se impôs como único modelo de estado hegemônico. O modelo
representativo, no entanto, começa a se consolidar logo após as revoluções norte
americanas e francesas. O modo representativo foi a forma que a burguesia
europeia e norte americana encontrou para legitimar sua dominação, afinal, na
democracia as liberdades individuais (incluindo a “liberdade” de vender sua força
de trabalho) se tornam o modo através do qual a sociedade se mistifica nas relações
fetichistas fazendo com que a sociedade se mantenha. A forma representativa de
governo também se tornou o modelo em que as classes e os grupos subalternos
podem disputar a relação de forças fazendo com que as leis, mesmo sendo
administradas no interior do direito burguês, também as ajudassem a fazer uma
sociedade mais justa. É por conta do fetichismo das relações no estado
representativo, assim como a abertura para que as classes menos privilegiadas e
minorias possam de alguma forma se estabelecer de uma maneira mais justa e
igualitária que a democracia com modelo representativo se manteve e se constituiu
desse modo.

1.4 A democracia plesbicitaria é uma democracia de cunho mais representativo,


onde no voto ela se consolida – o que faz com que os representantes escolhidos por
um povo tenham total autonomia para governarem em seu nome. A democracia
participativa, mesmo pressupondo o voto e a escolha dos representantes, é um
modelo de governo onde pautas e questões de interesse do povo não seja apenas
levado para o debate e escolha dos representantes por ele escolhidos, mas sim, de
uma forma mais democrática, fazendo com que o povo também tenha voz nessas
questões para além do voto.

1.5 Um dos principais elementos que faz Bobbio pensar a democracia como uma
forma mista de governo é a dialética – principalmente se entendida tal como os
antigos a consideravam. A dialética é a força dos contrários entrando em harmonia
através da disputa, ou seja, se no seio da comunidade há diversos interesses que
entram em conflito, a dialética pode ser aquilo que pode ter a capacidade de mediar
essas disputam conseguindo manter o quadro do modo mais harmonioso possível.
Segundo Bobbio, é esse modelo de democracia que precisaria sempre ser
perseguido para que a sociedade possa conseguir se manter com o máximo possível
de equidade e paz.

2. Escolhi comentar a passagem de Rousseau. Esse é o trecho fundamental que


vai servir de base para a especulação do homem primitivo e também da teoria do
estado em Rousseau. Ressalto, entretanto, que é nessa ideia que as teorias de
esquerda mais radicais (como o anarquismo, por exemplo) vão se servir. A ideia de
que o homem nasce bom e a sociedade o corrompe, assim como a de que “a pátria é
apenas um acampamento no deserto” vão influenciar diretamente essas ideologias
de cunho mais “humanista”, produzindo uma crítica radical a toda forma de
governo que não leve em consideração a abstração de identidade nacional, assim
como a ideia de que toda propriedade privada é um roubo, como assinalou
Proudhon. Esse trecho que sintetiza boa parte do pensamento de Rousseau foi,
portanto, essencial para a formação da esquerda mais radical no final do século XX
até a revolução espanhola – afinal, foi esse pensamento que os moveu.

3.1 Elitismo é toda forma de governo ou pensamento que leve em consideração a


superioridade natural de uma classe a legitimando em detrimento das outras.
3.2 Classe política é o sujeito do estamento burocrático.
3.3 O sufrágio universal foi o movimento que lutou pelo pleno direito ao voto de
todos os cidadãos.
3.4 É a vontade geral de um povo voltado para o interesse social de uma
determinada comunidade.
3.5 Te dou para que tu me dês. É uma forma de dizer que as relações sociais dentro
do estado precisam ser livres, até a liberdade do outro.

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