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DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO l
FIM
FIM
I(0)est
I(0)
0 t
Interpretação:
Para que o equilíbrio entre a procura e a capacidade seja mantido no tempo, é
necessário que o fluxo de investimento cresça à taxa exponencial s.
y (n+)k
sf(k)
k1 k* k2 k
b) No estado estacionário (steady-state) ou equilíbrio de longo prazo, todas as
variáveis ( produto, capital e população) crescem a taxas iguais. Assim, gk = 0 e a
equação (3) será igual a sf(k t) = (+n)kt. Assim, no longo prazo não existe
crescimento económico, ou seja, o rendimento per capita é constante, a economia
deve repor o capital depreciado e dotar os novos trabalhadores do capital
necessário.
No longo prazo, o modelo prescreve que o rendimento per capita é constante. Não existe
crescimento económico.
Questões:
i) Análise o impacto resultante do aumento da taxa de poupança.
ii) Análise o impacto resultante do incremento da taxa da população.
José Dias Amaral 48
MODELOS DE CRESCIMENTO ECONÓMICO
Dinâmica do modelo de Solow
Variáveis:
y = f(k) função produção
i = sf(k) função investimento (é em função da produção)
k = depreciação do capital
Análise gráfica:
Y k consumo
f(k)
sf(k)
investimento
depreciação
k k* k
k* = estado estacionário
k k* então k k sf(k) K + (vai-se aproximando-se de k*)
i k 0 aumento de K (há criação de capital).
- Qual o comportamento de k* se k* k, Y e n
José Dias Amaral 49
MODELOS DE CRESCIMENTO ECONÓMIO
dEt ~ ~
d f ´(k t ) d (k t )
4- g y t
Et ~ dt
f (k t )
~
dkt dEt / d t
No estado estacionário, pelo que g y
0 ; o rendimento per capita cresce
dt Et
à mesma taxa que o progresso tecnológico, .
dkt
~
k
- Partindo de k t E t Lt obtém-se no estado estacionário dt
g n g
t K t
k EL
- Com este modelo existe convergência incondicional para o mesmo estado estacionário
entre países com características iguais, e condicional em países com diferentes
características; porém, um país abaixo do seu estado estacionário registará taxas de
crescimento maiores do que as do seu próprio estado estacionário.
Dada a sua distribuição não uniforme pelos países, o progresso tecnológico explica a
inexistência de convergência incondicional.
y (+n)k
sk
0 k* k
• Exemplo numérico:
sendo s = 0,4 ; = 0,09 ; k1= 4
o algoritmo para cada período é o seguinte:
- no período 1: y= k1/2 y = 41/2 = 2
como c = (1 – s)y e s = 0,4 c = 0,6y = 1,2
como i = sy i = (0,4)(2) = 0,8
k = (0,09)(4) = 0,36
k = sy - k k = (0,4)(2) – 0,36 = 0,44
- no período 2:
k2 = k1+ k k2 = 4 + 0,44 = 4,44
y = 2,107 ; c= 1,264 ; i = 0,842 ; k = 0,399 ; k = 0,44
período k y c i k k
1 4 2 1.2 0,8 0,36 0,44
2 4.44 2.107 1.264 0,842 0,399 0,443
… … … … … … …
12 8.344 2.889 1.733 1.155 0,751 0,404
… … … … … … …
19.749 4.44 2.667 1.777 1.777 0,000
Em equilíbrio: sf(k) = k
1
2 yt kt ht (função produção)
3- kt 1 kt syt (acumulação de capital físico)
ht 1 ht qyt (acumulação de capital humano)
Fazendo rt ht / kt , substituindo yt nas equações dinâmicas de stock de capital e
dividindo pela variável relevante obtêm-se as taxas de crescimento de capital físico,
capital humano e do produto:
kk
sr 1 (taxa de crescimento do K)
t 1 t
g
k k t
t
ht 1 ht
gh qrt (taxa de crescimento do H)
ht
yt 1 yt 1
gy srt (1 )qrt (taxa de crescimento do Y)
yt
Conclusão:
A acumulação de capital é o motor de crescimento e da mudança
estrutural e institucional da economia.
José Dias Amaral 68
MODELOS DE CRESCIMENTO ECONÓMICO
Limitações do modelo de Lewis
1- Os benefícios dos empresários nem sempre são reinvestidos;
2- Quando os benefícios dos empresários são reinvestidos são-no na
medida em que se transfere trabalho e se cria emprego no sector
moderno, não sendo necesariamente proporcional à taxa de acumulação
nesse sector.
Nota 1:
- Qual será o equilíbrio se os lucros forem reinvestidos em tecnologias cada
vez mais intensivas em capital?
3- Não se pode assegurar a existência de excesso de mão-de-obra no sector
rural e pleno emprego nas zonas urbanas".
Nota 2:
- Trata-se de trabalho excedentário ou de trabalhadores excedentários? No
modelo de Lewis trata-se de trababalho excedentário , porque reduzindo o
trabalho agrícola não implica uma diminuição da produção alimentar.
José Dias Amaral 69
MODELOS DE CRESCIMENTO ECONÓMICO
- Se se considerar o conceito de trabalhadores excedentários, a remoção de
trabalhadores do sector tradicional (por ex; através da migração do campo
para a cidade), não implica a queda da produção agrícola se os restantes
trabalhadores compensarem o trabalho dos que deixam o sector (apesar
duma produtividade marginal do trabalho positiva, o sector terá trabalho
excedentário).
2- Mercado de trabalho:
L força de trabalho total fixa na economia
L LA LUS
LUS LM LI LU
José Dias Amaral 73
MODELOS DE CRESCIMENTO ECONÓMICO
LM força de trabalho no sector industrial
LI força de trabalho no sector informal
LU força de trabalho desempregada
WM WA
WM
WA
LM LA
José Dias Amaral 75
MODELOS DE CRESCIMENTO ECONÓMICO
Políticas que visam a redução do sector informal da economia:
1- O sector informal poderá, eventualmente, reduzir (criação de postos de trabalho)
com políticas de incentivos fiscais e financeiros ao investimento. Porém, no
modelo de Harris e Todaro eventualmente o sector informal crescerá em
consequência de tal política, pois, a dimensão do sector industrial é endógena, e
a emigração também é endógena (Paradoxo de Todaro. Como se explica?).
2- No mercado de concorrência perfeita a procura por trabalho é dada pelo produto
marginal do trabalho. No caso dos produtos marginais de trabalho dos dois
sectores forem diferentes da transferência de trabalho do sector menos produtivo
para o mais produtivo, causará um incremento do rendimento nacional.
3- Se for concedido um subsídio S* que assegure
um nível de emprego óptimo no
sector urbano, os empregadores pagam WM S * e trabalhadores recebem WM .
A alocação no sector agrícola é subvertida. Assim os salários praticados no sector
moderno são superiores aos praticados o sector tradicional, sendo estes
obrigados a fixarem-se no meio rural. Trata-se de uma medida de política
desagradável e pouco atrativa.
FIM
0 X 100
Em qualquer dos pontos da curva a sua inclinação mede a contribuição
individual para a percentagem acumulada do rendimento nacional.
Quanto mais afastada da diagonal estiver a curva, maior será a desigualdade.
O coeficiente de Gini pode ser também calculado usando a Fórmula de Brown, que é
mais prática: K n1
G 1 ( X k 1 X k )(Y k 1Y k )
K 0
Desigualdade e poupança
A análise da relação entre desigualdade económica e poupança – em
que se utiliza o conceito de poupança marginal e não o de poupança
total do indivíduo – determina uma relação complexa entre
rendimento e poupança:
a) Se a taxa marginal de poupança é crescente, incrementos de
desigualdade geram incrementos da poupança nacional (num
país bastante pobre, a redistribuição do rendimento a favor dos
pobres levará ao decréscimo da poupança nacional).
Medidas de pobreza
Considerando o rendimento indivíduo por yi, com i = 1, 2, … n, sendo n a
população total, p a linha de pobreza (liminar de rendimento como mínimo
necessário para uma adequada participação na vida económica) e μ o
rendimento médio da economia em causa, definem-se as seguintes medidas:
José Dias Amaral 93
DESIGUALDADE, POBREZA E FOME
- taxa de incidência da pobreza; rácio do fosso da pobreza e o rácio
do fosso de rendimento.
a) Taxa de Incidência da Pobreza (TIP)
TIP H
n
Limitações:
i) É mais uma medida dos recursos necessários à irradicação
da pobreza do que um medida da pobreza;
ii) Dá uma incorrecta impressão do fenómeno da pobreza, em
países ricos mas com distribuição de rendimento altamente desigual,
pois que para tais países o RFP é bastante pequeno.
Limitações:
a) pode haver ambiguidades na especificação dos direitos;
b) existirão defeitos da abordagem quando transferências ilegais
(pilhagem) sejam importantes;
c) o consumo alimentar pode ser inferior aquele que seria determinado
pelos direitos do indivíduo, por razões como ignorância e hábitos
alimentares fixos.
FIM
B C
3 g(L)
A
2 g(y)
1
Yo Y1 Y2 Y3 Y4 Y5
Cd F (Y ,Pc ,PX ,t x )
Onde:
Y, é o rendimento familiar; Pc , o preço por filho; Px , o preço de
outros bens; e tx, a preferência por outros bens em relação a crianças. O
custo total dpor filhos incorpora custos directos (alimentação, vestuário, etc)
e custos indirectos (para pais que trabalham, salário horário multiplicado pelo
número de horas dedicados ao filho).
c) quanto maior preço de outros bens em relação ao preço por filhos maior
será a procura por filhos: Cd ; 0
Px
d) quanto maior a preferência por outros bens em relação aos filhos,
menor será a procura por filhos Cd tx 0,
G(P)
G(2) E
I2
I1
c2 b C(d)
FIM
FIM
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