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GIL VICENTE: O PAI DO TEATRO PORTUGUÊS


GIL VICENTE: THE FATHER OF PORTUGUESE THEATER

Beatriz Oliveira Duarte


Universidade de São Paulo
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
Departamento de História
beatriz.oliveira.duarte@usp.br

Resumo

Gil Vicente, aclamado como o pai do teatro português e precursor de uma


rica tradição literária, foi um homem entre dois tempos muito distintos. Suas
obras marcam tanto o fim da Idade Média quanto o início da Idade Moderna
e foram influenciadas por características de ambos os períodos. Este artigo
busca identificar tais influências no autor e contextualizar a sua obra dentro
do período a que pertencem.
Palavras-chave: Gil Vicente; Humanismo; Literatura portuguesa; Portugal;
Teatro Vicentino.

Abstract

Gil Vicente, acclaimed as the father of Portuguese theatre and precursor of


a rich literary tradition, was a man living between two very different eras. His
writtings mark the end of the Middle Ages as well as the beginning of the
Modern Period and were influenced by characteristics of both times. This
article seeks to identify such influences in the autor and to contextualize his
body of work within the timeframe to which they belong.
Keywords: Gil Vicente; Humanism, Portugal; Portuguese literature,
Portuguese theater.

1 Apresentação do tema

Não se pode discorrer a respeito de dramaturgia ou literatura portuguesa


sem mencionar o formidável nome de Gil Vicente. O indiscutível mestre e
precursor da arte dramática de Portugal nasceu no ano de 1465 e viveu até 1536,
embora haja discordância a respeito de tais datas, bem como grandes incertezas
sobre detalhes de sua vida. Existe alguma discordância entre historiadores até
mesmo sobre sua identidade, pois há registros de um Gil Vicente que exercia a
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profissão de ourives, podendo este homônimo ser ou não o autor tema deste
artigo.
Apesar do inicial mistério sobre Gil Vicente como pessoa e da imensa
dificuldade de se tentar construir uma biografia confiável sua, o certo é que se
trata de uma figura ímpar em seu tempo, possuidor de uma cultura e de estudo
invejáveis (embora não se possa afirmar com segurança qual sua formação
intelectual) e dotado de uma visão aguçada da sociedade ao seu redor.
Mesmo quase quinhentos anos desde sua morte são ainda limitadas as
interpretações de sua extensa obra, considerada o verdadeiro início da arte
dramática em Portugal, pois a segunda edição da totalidade de seus trabalhos
foi censurada pela Inquisição. Felizmente, ele seria redescoberto no século XIX,
quando foi disponibilizada a terceira edição.
Teófilo Braga teve publicado em 1870 seu livro intitulado Historia do theatro
portuguez: Vida de Gil Vicente e sua eschola, seculo XVI, nele, o autor faz uma
das mais esmiuçadas linhas temporais da vida do autor, descrevendo desde
suas possíveis origens até as circunstâncias de sua morte. Ele mesmo, no
entanto, admite que não é possível estar seguro de muito a respeito do
dramaturgo:
Eis tudo o que hoje se pôde saber do homem verdadeiramente grande
e humanitario, o que mais comprehendeu a alma portugueza, o que
mais trabalhou para a secularisação da nossa sociedade no seculo
XVI, o que preseutiu as ideias da Reforma, o maior escriptor dramático
portuguez, apesar de terem passado trez seculos e uma mais vasta
civilisação sobre a sua obra gigante. Hoje ninguem estuda Gil Vicente;
mas toda a gente, sem saber porque, sente ao pronunciar o seu nome
uma tristeza indizivel. (BRAGA, 1870, p. 59) 1

Abordando temas amplamente variados, é através de metáforas e símbolos


que Gil Vicente faz uma observação aprofundada daquilo que está dentro do ser
humano: suas motivações, ambições, prazeres, pecados, invejas, sua fé e
também a falta dela. Tanto o louvável quanto o repreensível aparecem em seus
personagens – um grupo composto de homens e mulheres camponeses, de
profissionais estereotipados, de figuras ilustres e também de seres

1Haja vista a idade do livro citado e a escrita típica de sua época, todas as citações dele são reproduzidas
aqui tal qual encontradas no exemplar original, sem correções gramaticais ou alterações, a fim de não
causar prejuízo a seu conteúdo.
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sobrenaturais, como diabos –, garantindo complexidade e realidade às várias


situações que vivem, desde cenas de bebedeira e de escárnio herdadas da
tradição medieval, até ocasiões o importantíssimo destino das almas após a
morte, como é o caso da Trilogia das Barcas.
Essas figuras praticamente de carne e osso servem de alerta para os
defeitos de todos e, por vezes, de crítica à superficialidade religiosa de um povo
tão ligado à Igreja Católica como os portugueses. Ainda assim, a despeito de
suas sátiras e de sua acidez anticlerical, não se pode negar a mensagem cristã
que apresenta: o bem é recompensado, enquanto o mau é castigado. No
entanto, longe de se limitar somente a transmitir uma lição de moral à plateia, Gil
Vicente provoca uma reflexão sobre as causas da decadência humana e
examina o contexto português no qual vive.
Neste artigo, serão examinadas as características dos arredores do autor,
buscando enxergar o confronto entre suas características mais medievais e suas
inovações tipicamente renascentistas, examinando tanto sua herança medieval
quanto suas influências humanistas. Serão feitas alusões de sua primeira obra,
O Auto da Visitação (ou Monólogo do Vaqueiro), a fim de demonstrar a evolução
ocorrida entre esta primeira peça e as subsequentes.

2 Um homem entre dois tempos

Gil Vicente é fruto de um complexo período de fins e inícios, de intensas


mudanças, de ideias antigas que perduram, de ideias antigas que perecem e de
novas ideias até então impensáveis. Afirma-se aqui que se trata de um homem
entre dois tempos por trazer consigo os elementos das obras líricas medievais
ao mesmo tempo que desenvolvia um novo gênero em Portugal: o teatro. Não
há documentação que apoie a existência do teatro no país antes de Gil Vicente,
apenas pode-se citar encenações mais primitivas com temática mais
circunspecta do que a dele. Nessa espécie de prototeatro pré-vicentino, eram
comuns encenações de cunho religioso, como autos de natividade e de histórias
bíblicas, bem como peças satíricas com características profanas cujo propósito
era ensinar e divertir as camadas populares.
José Antonio Saraiva, grande estudioso da literatura portuguesa e do teatro
vicentino, traça os antecedentes históricos do teatro:
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Não há em toda Espanha vestígios assinaláveis de teatro medieval


anterior a Juan del Encina e a Torres Naharro, poetas áulicos quase
seus contemporâneos. Em castelhano, a mais antiga peça conhecida
é o Auto dos Reis Magos, do século XII, que, aparentemente, não
deixou descendência. Afonso X, nas Sete Partidas, proíbe os “jogos de
escárnio” que certos clérigos fazem, mas aceita representações
devotas, (...). Não é certo que estas normais jurídicas do rei sábio
tenham em vista factos concretos, mas seria estranho que na Espanha
não se praticassem representações que eram prolongamentos da
liturgia do Natal, da Quaresma e da Páscoa e que por isso eram
encorajadas pela Igreja em toda a Europa.
Por outro lado, é incrível que não haja mímica onde há vida. Vimos que
o que se chama lírica das “antigas de amigo” é constituído por
monólogos dramáticos de mulher, e o mesmo se pode dizer de
algumas antigas de escárnio (...). Há documentos alusivos a “sermões
burlescos”, ou paródias de sermões, gênero que condiz com o
anticlericalismo popular que sempre existiu, mesmo nas épocas de
maior fervor religioso. (SARAIVA, 1999, p. 38-39)

O autor prossegue com a informação de que, de fato, a primeira peça de


Gil Vicente, O Auto da Visitação, trata-se claramente de uma inspiração desse
período anterior. A Professora Lênia Márcia Mongelli, semelhantemente, afirma:
Gil Vicente não inventou a partir do nada, como as distorções fazem
supor; pelo contrário, sua obra pode ser entendida como verdadeira
suma da tradição, da comédia greco-latina à dramaturgia religiosa
medieval, das representações palacianas às festas carnavalescas
popularizadas no Renascimento. (MONGELLI, 1997, p. 9)

O Auto da Visitação foi composto por ordem da Rainha D. Leonor em


homenagem ao nascimento de D. João, filho mais velho do Rei Manuel I.
Encenado pela primeira vez em 7 de junho de 1502, diz-se que tamanho foi o
prazer da corte com a obra, que foi novamente apresentada no Natal daquele
ano. Teófilo Braga escreveu sobre o esse acontecimento marcante:
Quando em 1502, Gil Vicente appareceu com o seu Monologo do
Vaqueiro na corte de Dom Manoel, tambem assistiu a viuva de D. João
II, bem como sua mãe Dona Beatriz, mãe d'eI-Rei Dom Manoel, e foi
ella que lhe pediu que tornasse a repre sentar aqnelle Auto nas matinas
do Natal: "E por ser cousa nova em Portugal, gostou tanto a rainha
vellia d'esta representação, que pediu ao auctor que isto mesmo se
representasse ás matinas do Natal, etc." Dona Leonor, mulher de D.
João ir, foi, podemos asseveral-o, a primeira pessoa que reconheceu
o merito de Gil Vicente e que o animou nos seus ensaios dramaticos;
ella o conhecia do tempo do processo gracioso de Vasco Abul, e
animando-o, queria matar saudades do passado com os jocos poeticos
usados na corte de seu marido. (BRAGA, 1870, p. 35-36)

É possível, ainda, observar como trata-se justamente de uma encenação


semelhante a uma de natividade, apenas com o nome da figura central e o
cenário transfigurados no Palácio de São Jorge, em Lisboa. O pequeno príncipe
recém-nascido e sua família são aqui enaltecidos e elogiados tal qual um bebê
Cristo e uma família santa. Os animais e as plantas se alegram, tudo é
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transformado para melhor, como se o nascimento marcasse para o país e o povo


uma espécie de salvação assim como o nascimento de Jesus foi, e há a entrega
de presentes para o bebê semelhante à passagem bíblica da Adoração dos Reis
Magos.
Naturalmente, não é na primeira obra de Gil Vicente, este simples auto
pastoril com elementos de poesia palaciana cavalheiresca e dos entremezos
palacianos, que se encontram as características mais interessantes e duradoura
do autor. Sobre esse início de carreira, com obras pastoris voltadas
principalmente ao prazer da Família Real, retornamos a Braga:
Poucas vezes teve Gil Vicente liberdade na composição das suas
peças, porque quasi todas lhe eram pedidas para circumstancias
determinadas. Como podia ter origina lidade quem se via forçado pela
decima vez a fazer um Auto de Natal, ou a celebrar o nascimento de
um principe ou o casamento de uma infanta? Em alguns Autos se vê
que Gil Vicente conhecia a existencia do mundo moral, e que estava
no caminho de ser um Molière; mas os themas obrigados faziam-lhe
por de parte o estudo das paixões humanas, e servir-se das allegorias
frias e vãs, para comprazer com a corte que pretendia cousa adequada
à natureza da solemnidade. N'este meio impossivel, Gil Vicente vinga-
se com a mordacidade crua e aberta que salga os elogios
convencionaes (...). (BRAGA, 1870, p. 37)

Não obstante, o sucesso obtido por elas lhe abriu as portas e deu início a
uma carreira formidável que produziria peças mais trabalhadas e com maiores
nuances da situação de Portugal em sua época.
É necessário contextualizar sua presença em um país que encontrava-se
então voltado às Grandes Navegações e à descoberta de novas terras, de busca
de riquezas e do surgimento possibilidades. Esse plano de fundo naturalmente
cria na cabeça dos homens a ambição e a avareza que encontram-se presentes
nas personagens que Gil Vicente usa para alertar seus espectadores quanto aos
perigos desse estilo de vida. Há uma crítica àqueles que se vêem encantados e
atraídos pelas cidades em detrimento do campo, em busca do lucro fácil. Nesse
sentido, as vidas levadas pelas pessoas de seu tempo e o mundo à sua volta
são distintos dos da Idade Média.
Do ponto de vista religioso, é interessante e inovador como a religião em si
não é o foco de Gil Vicente. A despeito da temática recorrente de pecado e
castigo, o seu propósito não é o de ensinar religião à população, e sim de torná-
la atenta para os problemas e falhas de sua religiosidade superficial. A
moralidade aparece em Gil Vicente não como teologia, e sim como aspecto
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comportamental humano, ligado aos sentimentos internos de cada um. O autor


critica práticas da Igreja como as vendas de indulgências e os pecados
cometidos pelo próprio clero, como a simonia e a avareza. Saraiva teoriza que,
por ter escrito antes do Concílio de Trento (ocorrido entre 1545 e 1563), ele não
estava submetido às regras que foram impostas após este marco católico, e sim
exposto a uma série de correntes e ideias com níveis variados de rigidez.
Também é possível apontar como o fenômeno do Humanismo afeta as
peças, pois também está localizado precisamente na transição para o
Renascimento. Uma interpretação cabível do movimento intelectual acima é a
de Paulo Henrique Camargo Rinaldi e de Maria Clara de Paula Leite em Gil
Vicente: Seu tempo e seu espaço:
É preciso esclarecer que não se pode considerar o Humanismo como
simplesmente a transição entre dois sistemas sociais. Deve-se levar
em conta a decadência da mentalidade medieval que acontecia desde
o século XII e cujos sinais de morte se evidenciaram naquilo que
convencionamos chamar de Humanismo. O Humanismo não é,
portanto, uma transformação, mas o ocaso do medievalismo. Uma
época que, por um lado, apresentava um espírito mercantil e comercial
e que buscava a solução de seus problemas na ciência e na lógica, e
que, por outro, assistia à teimosa resistência dos valores feudais que
lutavam e escamoteavam-se num desejo de sobrevivência. (LEITE,
Maria Clara de Paula; e RINALDI, Paulo Henrique Camargo. São
Paulo: Ícone, 1997, p. 12)

Um dos traços principais do Humanismo, a mudança do teocentrismo para


o antropocentrismo, pode ser encontrado em Gil Vicente levando-se em
consideração o quanto o homem está no centro de suas narrativas, sempre como
responsável por suas ações, dono do livre arbítrio, ciente de sua capacidade de
escolher entre o caminho iluminado com destino à salvação ou o caminho
pecaminoso que leva ao inferno. O homem, enquanto ser inteiramente
submetido às regras e ao julgamento de seu Criador, ainda assim é o agente de
seu destino e depende apenas de si mesmo para recusar as tentações de um
mundo cheio de vaidade, excesso e luxúria.
Entretanto, se o Renascimento trouxe consigo uma forte corrente
classicista, esta não está presente no teatro vicentino, que não obedece os
princípios clássicos de ação, lugar e tempo. Pelo contrário, as ações descritas
em suas peças flutuam independentemente, sem uma ordem explícita e sem
grande preocupação com elos entre uma e outra cena. Gil Vicente também se
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mantém fiel à chamada de “medida antiga”, isto é, à métrica composta por


redondilhas menores e redondilhas maiores (cinco ou sete sílabas poéticas).
Não se pode exagerar e dar características psicológicas aos personagens
de Gil Vicente, pois isso ultrapassaria os limites de sua escrita baseada
principalmente em diálogos e não em descrições de cena, no entanto, ao utilizar
profissionais usuais e figuras clichês à vida cotidiana, ele torna fácil a
identificação do que deseja salientar. Como seu público alvo era, em geral, de
baixa instrução e de instrução escassa, sua linguagem simples contribuiu para
atingir a alta popularidade que o consagrou.
Sobre o alcance de sua fama para além de Portugal, Braga encontrou
indícios de que o autor foi lido na Holanda, na Itália e na Alemanha, apesar da
concorrência causada pelo fenômeno da redescoberta do teatro clássico. Ele
escreveu:
A fama do poeta crescia de dia para dia, como se descobre pela guerra
acintosa que lhe faziam o clero e os poetas da eschola culta italiana.
Verdadeiro homem de genio, não coinprehendido, as suas ficções
comicas apezar de serem ideadas para divertirem uma corte
decadente, encerravam o sentimento profuudo de justiça que ateou na
Europa a Reforma. Nem de outro modo se comprehende a anedocta
contada por Barbosa Machudo, na Bibliotheca Luzitana, onde diz que
o celebre critico Erasmo se deliciava com a leitura de Gil Vicente, e que
para melhor o comprehender apprendera a lingua portugueza. Ainda
que tomasse-los este facto como uma lenda tradicional, encerrava para
nós a homogeneidade d'aquelles dois espiritos que trabalharam para
secularisar a sociedade. (BRAGA, 1870, p. 193)

3 Considerações finais
Das cerca de quarenta e oito obras catalogadas de Gil Vicente, quando
encaradas como um todo, representam uma quebra com os estilos em vigor
durante a Idade Média e contêm elementos de uma clara transição para a Idade
Moderna. Trata-se, no entanto, de uma imperdoável simplificação buscar coloca-
las dentro de apenas um período ou de outro, pois é possível identificar
influências do período anterior – traços de romances de cavalaria, de canções
de escárnio e de contos populares da tradição oral, por exemplo –, ao mesmo
tempo que tece um novo gênero com características próprias e originais de sua
mente e de seu tempo.
Acima de tudo, por terem como objeto de estudo o comportamento de um
ser humano aparentemente suspenso no tempo e no espaço (pois dificilmente
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descreve lugares ou acrescenta datas específicas em suas cenas), com ações


que podem ser transcritas para os dias atuais, não é de todo surpreendente que
as peças por ele criadas permaneçam em circulação até hoje, ainda que não
recebam ampla divulgação ou sejam alvo frequente de estudo acadêmico.

4 Referências bibliográficas

BERARDINELLI, Cleonice. Gil Vicente - Autos. Casa da Palavra, 2012.

BRAGA, Teófilo. Historia do theatro portuguez: Vida de Gil Vicente e sua


eschola, seculo XVI. Imprensa portugueza-editora: Porto, 1870. Disponível em:
<https://play.google.com/store/books/details?id=o7wQAAAAIAAJ&rdid=book-
o7wQAAAAIAAJ&rdot=1>

COSTA, Dalila L. Pereira da. Gil Vicente e sua época. Guimarães Editores,
1989.

CRUZ, Duarte Ivo. História do Teatro Português. Verbo Lisboa, 2001.

FIGUEIREDO, Fidelino. História literária de Portugal [Séculos 12-20]. Editôra


Fundo de Cultura, 1960.

LEITE, Maria Clara de Paula; e RINALDI, Paulo Henrique Camargo. Gil Vicente:
Seu tempo e seu espaço. O auto da Barca do Inferno; Auto da Índia; Farsa
de Inês Pereira. São Paulo: Ícone, 1997.

MARTINS, Oliveira. História de Portugal. Edições Vercial, 2010.

MONGELLI, Lênia Marica. “É dia de júri nas profundas!” In: VICENTE, Gil. Auto
da barca do Inferno. São Paulo: FTD, 1997.

SARAIVA, António José. Iniciação à Literatura Portuguesa. São Paulo:


Companhia das Letras, 1999.

____________________. História da literatura portuguesa. Europa-América,


1968.
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ANEXO 1

Tabelas contendo a obra de Gil Vicente em ordem cronológica,


com o local da primeira encenação e o motivo de sua criação
conforme encontradas em Historia do theatro portuguez:
Vida de Gil Vicente e sua eschola, seculo XVI, de Teófilo Braga.
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