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1. Impacto Ambiental
1.1 - Definição
1.2 - Classificação
1.3 - Exemplos
3. Licenciamento Ambiental
3.1 - Definição;
5. Referencias
1. IMPACTO AMBIENTAL
1.1 – DEFINIÇÃO
Segundo o Artigo 1º da Resolução n.º 001/86 do Conselho Nacional do Meio
Ambiente (CONAMA), Impacto Ambiental é "qualquer alteração das
propriedades físicas, químicas, biológicas do meio ambiente, causada por
qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que
afetem diretamente ou indiretamente:
• A saúde, a segurança, e o bem-estar da população;
• As atividades sociais e econômicas;
• A biota;
• As condições estéticas e sanitárias ambientais;
• A qualidade dos recursos ambientais"
Portanto, a definição de Impacto Ambiental está associada à alteração ou efeito
ambiental considerado significativo por meio da avaliação do projeto de um
determinado empreendimento, podendo ser negativo ou positivo (Bittar &
Ortega, 1998).
1.2 – CLASSIFICAÇÃO
• Impacto Direto
Resultante de uma simples relação de causa e efeito. É a alteração que sofre
um determinado componente ambiental, pela ação direta sobre esse
componente.
Tais impactos são geralmente mais fáceis de se identificar, descrever ou
quantificar, posto que são os efeitos diretos de ações do projeto.
1.3.1- Exemplo: O aumento da concentração de contaminantes, como
CO, SO2 e MP na atmosfera, resultantes da queima de
combustíveis nos veículos automotores.
• Impacto Indireto
Decorrente do impacto direto, seus efeitos correspondem aos efeitos indiretos
das ações do projeto. Geralmente são mais difíceis de identificar e controlar.
1.3.2- Exemplo: O crescimento populacional decorrente do
assentamento da população atraída pelo projeto, a qual demanda
moradia, escola, serviços sanitários, transporte, etc., que não se
havia previsto e cuja falta gera sérios conflitos sociais.
• Impacto Positivo
Quando a ação ou atividade resulta na melhoria da qualidade de um fator ou
parâmetro ambiental.
1.3.3- Exemplo: Aumento da produção agrícola em áreas irrigadas.
• Impacto Negativo
Quando a ação ou atividade resulta em um dano à qualidade de um fator ou
parâmetro ambiental.
1.3.4- Exemplo: A perda de matas, lagos e rios quando do enchimento
do reservatório para fins hidrelétricos.
• Impacto Reversível
Quando o fator ou parâmetro ambiental afetado, retorna às suas condições
originais, uma vez cessada a ação impactante.
1.3.7- Exemplo: As moléstias decorrentes da construção de uma obra
em cujo período se produziu poeira, ruído, aumento do tráfego no
entorno, mas que desaparecem ou ficam reduzidas a níveis
admissíveis uma vez acabada a construção.
• Impacto Irreversível
Quando uma vez cessada a ação impactante, o fator ambiental afetado não
retorna às suas condições, em um prazo previsível.
1.3.8- Exemplo: O assoreamento de corpos d’água, resultante do
carreamento de materiais na atividade de mineração.
• Impacto Temporário
Quando, uma vez executada a ação, a modificação do fator ambiental
considerado, tem duração determinada.
1.3.9- Exemplo: Os ruídos gerados na fase de construção de um
empreendimento.
• Impacto Permanente
Quando, uma vez executada a ação, os efeitos não cessam de se manifestar
num horizonte temporal conhecido.
1.3.10- Exemplo: Retenção de sólidos em transporte nas
barragens.
2.1 – DEFINIÇÃO
2.2 – HISTÓRICO
Década de 60
• Vários países industrializados passam a contemplar, de maneira
sistemática, o equacionamento de problemas ambientais em políticas
públicas.
Década de 70
• Os países em desenvolvimento, à semelhança dos desenvolvidos,
passam a incorporar o tema em seus programas e planos de ação.
• 1973: no Brasil foi criada a Secretaria Especial do Meio Ambiente (SEMA),
que instituiu o Conselho Consultivo do Meio Ambiente, sendo extinto
posteriormente (Machado, 1995).
Década de 80
• O tema adquiriu expressão mundial, passando a ser contemplado em
estruturas gerenciais públicas e privadas. Várias exigências ambientais
são estabelecidas.
• A Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) foi introduzida no Brasil como um
dos instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente, por meio da Lei
Federal nº 6.938/81, regulamentada pelo Decreto nº 88.351/83. Estes
dispositivos legais fundamentaram-se no quadro jurídico de outros países,
tais como EUA, Canadá, França. A partir da promulgação da lei tornou-se
obrigatória a realização de estudos prévios com a finalidade de fornecer
parâmetros a respeito do Licenciamento Ambiental de atividades
modificadoras do meio ambiente.
• 1981: Criado o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) com o
objetivo de "assessorar, estudar e propor ao Conselho de Governo ,
diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os recursos
naturais e deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas e
padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e
essencial à sadia qualidade de vida" (Machado, 1995).
• 1986: O Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) institui a
obrigatoriedade do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e do Relatório de
Impacto Ambiental (RIMA) para o licenciamento de atividades
modificadoras do meio ambiente (Resolução 01/86 do Conama).
• 1988: A obrigatoriedade de realização prévia do EIA/RIMA é incluída na
Constituição da República Federativa do Brasil (Artigo 225 da
Constituição Brasileira de 1988).
• 1989: Criado o Fundo Nacional do Meio Ambiente com o "objetivo de
desenvolver projetos que visem o uso racional e sustentável de recursos
naturais, incluindo a manutenção, melhoria ou recuperação da qualidade
ambiental no sentido de elevar a qualidade de vida da população"
(Machado, 1995).
• 1989: Criado o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis, com a finalidade "de assessorar o Ministério do
Meio Ambiente e da Amazônia Legal na formulação e coordenação da
política nacional do meio ambiente e da preservação, conservação e uso
racional dos recursos naturais" (Machado, 1995).
• 1989 e 1990: A obrigatoriedade de realização prévia do EIA/RIMA é
incorporada em Constituições Estaduais (1989) e Leis Orgânicas
Municipais (1990).
Década de 90
• Utilização de instrumentos de gerenciamento ambiental (sistematização
de procedimentos técnicos e administrativos, voltados ao contínuo
aprimoramento do desempenho ambiental), visando a obtenção de
reconhecimento de conformidade das ações adotadas.
• 1995: O Ministério do Meio Ambiente e da Amazônia Legal foi
transformado no Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e
da Amazônia Legal, que tem as seguintes competências: "a)
planejamento, coordenação, supervisão e controle das ações relativas ao
meio ambiente e aos recursos hídricos; b) formulação e execução da
política nacional do meio ambiente e dos recursos hídricos; c)
preservação, conservação e uso racional dos recursos naturais
renováveis; d) implementação de acordos internacionais na área
ambiental.
• 1995: Estabelecimento da ISO 14.000 (Qualidade Ambiental), pela
Internacional Organization for Standardization, que é representada no
Brasil pela ABNT.
• 1998: Regulamentação da Lei Federal nº 9.605, de 12 de fevereiro de
1998, também denominada de Lei de Crimes Ambientais. Dispõe sobre
as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades
lesivas ao meio ambiente.
2.3 -- ETAPAS/FASES
1) Apresentação da proposta
• A organização pode ser governamental, ou privada, organismo financeiro,
agência privada;
• Descrição da iniciativa em linhas gerais incluindo a localização ou
abrangência do projeto;
• Avaliação prévia dos impactos ambientais para iniciativas que tenham o
potencial de causar impactos negativos
2) Triagem
• Enquadramento em três categorias: necessidade de estudos
aprofundados, sem necessidade de estudos aprofundados e os projetos
duvidosos quanto ao potencial poluidor ou sobre medidas de controle
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• Parecer Técnico Conclusivo.
9) Decisão
• É de competência da autoridade ambiental.
• Existem três possíveis decisões:
• Não autorização;
• Autorização incondicional; e
• Autorização com condições.
3 – LICENCIAMENTO AMBIENTAL
3.1 – DEFINIÇÃO
O licenciamento ambiental é um instrumento utilizado pelo Brasil com o
objetivo de exercer controle prévio e de realizar o acompanhamento de
atividades que utilizem recursos naturais, que sejam poluidoras ou que
possam causar degradação do meio ambiente. Este instrumento, o
licenciamento ambiental, é um processo administrativo que resulta, ou não,
na emissão de uma licença ambiental. Foi introduzido no país com a lei da
Política Nacional do Meio Ambiente, em 1981.
Da forma como ocorre no Brasil, o licenciamento ambiental pode ser
considerado único no mundo, pois engloba três tipos de licença (licença
prévia, licença de instalação e licença de operação) que cobrem desde o
planejamento até a execução da atividade regulada, englobando todos os
aspectos tanto do ambiente natural (meio físico e meio biótico) como do
ambiente humano (meio social e meio econômico). Outro ponto singular é a
inclusão da avaliação de impactos ambientais (por meio do estudo de impacto
ambiental ou de outros tipos de estudos menos exigentes) dentro deste
processo, desde que foi criado.