Você está na página 1de 110

Egungun (do yoruba egungun) é um termo das religiões de matriz africana que designa os

espíritos de pessoas mortas importantes, que retornam à terra. O termo faz parte da mitologia
yoruba.[1]

África
Segundo a tradição do culto dos eguns, é originário da África, mais precisamente da região de
Oyó. O culto de Egungum é exclusivo de homens, sendo Alápini o cargo mais elevado dentro do
culto, tendo, como auxiliares, os ojés. Todo integrante do culto de egungum é chamado de
Mariwó. Na África, Xangô é considerado a encarnação do deus primordial do sol, raios e
tempestades. Xangô seria a encarnação de Jakutá, que é considerado a mão de Olorum que
pune, o caráter punitivo de Olorum, ele representa o poder de Olorum, tanto que fora enviado ao
mundo em criação para estabelecer a ordem entre Oxalá e Oduduá, que são as duas divindades
que foram encarregadas por Olorum da criação.

Desta forma, Xangô é cultuado como um orixá egungum, orixá por ele ser nada mais nada
menos que o orixá da execução, da punição divina e egungum por ele ter tido sua passagem pela
terra como homem e ter se iniciado. Xangô foi o criador do culto de egungum; foi o primeiro ojé
(sacerdote do culto aos mortos); e também foi o primeiro alapini (sumo-sacerdote do culto aos
mortos). Isso é evidenciado em um de seus oriquis, que fala:

Rei do trovão (raios) Encaminha o fogo sem errar o alvo (alusão aos raios), nosso vaidoso ojé

Xangô alcançou o palácio real Único que possuiu Oiá Grande líder dos orixás Rei que conversa no
céu e que possui a honra dos ojés Rei que conversa no céu e que possui a honra dos ojés.

Xangô criador de Culto a Egungun

Traje da dança egungun no Brooklyn Museum, em Nova Iorque

Xangô é o fundador do culto aos eguns, somente ele tem o poder de controlá-los, como diz um
trecho de um Itã:

Em um dia muito importante, em que os homens estavam prestando culto aos ancestrais, com
Xangô à frente, as Iyámi Ajé fizeram roupas iguais às de Egungun, vestiram-na e tentaram
assustar os homens que participavam do culto. Todos correram menos Xangô, que ficou e as
enfrentou, desafiando os supostos espíritos. As Iyámis ficaram furiosas com Xangô e juraram
vingança. Em um certo momento em que Xangô estava distraído atendendo seus súditos, sua
filha brincava alegremente: subiu em um pé de obi, e foi aí que as Iyámis Ajé atacaram e
derrubaram a Adubaiyani, filha de Xangô que ele mais adorava. Xangô ficou desesperado, não
conseguia mais governar seu reino, que, até então, era muito próspero. Foi até Orunmilá, que
lhe disse, então, que Iyami era quem havia matado sua filha. Xangô quis saber o que poderia
fazer para ver sua filha só mais uma vez, e Orunmilá lhe disse para fazer oferendas ao orixá Iku
(Oniborun), o guardião da entrada do mundo dos mortos. Assim Xangô fez, seguindo, à risca, os
preceitos de Orunmilá. Xangô conseguiu rever sua filha e tomou para si o controle absoluto dos
mistérios de egungum (ancestrais), estando agora sob domínio dos homens este culto e as
vestimentas dos eguns, e se tornando estritamente proibida a participação de mulheres neste
culto. Caso essa regra seja desrespeitada, se provocará a ira de Olorun, Xangô, Iku e dos próprios
eguns. Este foi o preço que as mulheres tiveram que pagar pela maldade de suas ancestrais no
Brasil

Babá Abaolá por Carybé.


Egungum[2] é o espírito ancestral de pessoa importante, homenageado no culto aos egunguns.
Esse culto é feito em casas separadas das casas de orixá. No Brasil, o culto principal a egungum é
praticado na ilha de Itaparica, no estado da Bahia, mas existem casas em outros estados.
Normalmente, é chamado de Babá (pai) Egun e Babá-Egun. Também pode ser referido como
Êssa, nome dos ancestrais fundadores do Aramefá de Oxóssi (conselho de Oxóssi, composto de
seis pessoas). Ou Esa, espírito dos adoxu e dignitários do egbe (casa). Os nagôs cultuam os
espíritos dos mais velhos de diversas formas, de acordo com a hierarquia que tiveram dentro da
comunidade e com a sua atuação em prol da preservação e da transmissão dos valores culturais.
E só os espíritos especialmente preparados para serem invocados e materializados é que
recebem os nomes egum, egungum, Babá Egun ou simplesmente Babá (pai), sendo objetos
desse culto todo especial.

Porque o objetivo principal do cultos dos eguns é tornar visíveis os espíritos dos ancestrais,
agindo como uma ponte, um veículo, um elo entre os vivos e seus antepassados. E, ao mesmo
tempo que mantém a continuidade entre a vida e a morte, o culto mantém estrito controle das
relações entre os vivos e mortos, estabelecendo uma distinção bem clara entre os dois mundos: o
dos vivos e o dos mortos (os dois níveis da existência). Assim, os babás trazem, para seus
descendentes e fiéis, suas bênçãos e seus conselhos mas não podem ser tocados, e ficam sempre
isolados dos vivos. Suas presença é rigorosamente controlada pelos ojé (sacerdotes do culto) e
ninguém pode se aproximar deles.

Os egunguns se materializam, aparecendo para os descendentes e fiéis de uma forma


espetacular, em meio a grandes cerimônias e festas, com vestes muito ricas e coloridas, com
símbolos característicos que permitem estabelecer sua hierarquia. Os Babá Egun ou Egun Agbá
(os ancestrais mais antigos) se destacam por estar cobertos com uma roupa específica de egum,
chamada de eku na Nigéria ou "opá" na Bahia: são enfeitadas com búzios, espelhos e contas e
por um conjunto de tiras de pano bordadas e enfeitadas que é chamado abalá, além de uma
espécie de avental chamado "bantê", e por emitirem uma voz característica, gutural ou muito
fina.

Os Aparaká são eguns mais jovens: não têm abalá nem bantê e nem uma forma definida; e são
ainda mudos e sem identidade revelada, pois ainda não se sabe quem foram em vida. Acredita-
se, então, que, sob as tiras de pano, encontra-se um ancestral conhecido ou, se ele não é
reconhecível, qualquer coisa associada à morte. Neste último caso, o egungum representa
ancestrais coletivos que simbolizam conceitos morais e são os mais respeitados e temidos entre
todos os egunguns, guardiães que são da ética e da disciplina moral do grupo. No símbolo
egungum, está expresso todo o mistério da transformação de um ser deste mundo num ser do
além, de sua convocação e de sua presença no Aiyê (o mundo dos vivos). Esse mistério (Awô)
constitui o aspecto mais importante do culto.

Segundo a tradição, o culto de Egungun é originário da região de Oyò, na África. É um culto


exclusivo de homens, sendo Alápini o cargo mais elevado dentro do culto, tendo, como
auxiliares, os Ojés. Todo integrante do culto de egungun é chamado de Mariwó. Xangô (Sòngó) é
o fundador do culto a egungum: somente ele tem o poder de controlá-los, como diz um trecho de
um Itan:

Em um dia muito importante, em que os homens estavam prestando culto aos ancestrais, com
Xangô à frente, as Yàmi fizeram roupas iguais às de Egungum, vestiram-na e tentaram assustar
os homens que participavam do culto. Todos correram mas Xangô não o fez, ficou e as
enfrentou, desafiando os supostos espíritos. As Yàmi ficaram furiosas com Xangô e juraram
vingança. Em um certo momento em que Xangô estava distraído atendendo a seus súditos, sua
filha brincava alegremente, subiu em um pé de obi, e foi aí que as Yàmi atacaram e derrubaram
Adubaiyni, a filha de Xangô que ele mais adorava. Xangô ficou desesperado, não conseguia mais
governar seu reino, que, até então, era muito próspero. Foi até Orunmilà, que lhe disse que Yàmi
é que havia matado sua filha. Xangô quis saber o que poderia fazer para ver sua filha só mais
uma vez, e Orunmilà lhe disse para fazer oferendas ao orixá Ikù (Oniborun), o guardião da
entrada do mundo dos mortos. Assim fez Xangô, seguindo à risca os preceitos de Orunmilà.

Xangô conseguiu rever sua filha e pegou para si o controle absoluto dos egunguns (ancestrais),
estando agora sob domínio dos homens este culto e as vestimentas dos egunguns, e se tornando
terminantemente proibida a participação de mulheres neste culto. Por terem provocado a ira de
Olorum, Xangô, Ikú e dos próprios egunguns, este foi o preço que as mulheres tiveram que pagar
pela maldade de suas ancestrais, as Yami.

É o culto aos ancestrais masculinos, originário de Oyo, capital do império Nagô, que foi
implantado no Brasil no início do século XIX.

O culto principal aos egunguns é praticado na ilha de Itaparica, no estado da Bahia, mas existem
casas em outros estados.

Quanto ao aspecto físico, um terreiro de egungum ou egum apresenta, basicamente, as


seguintes unidades:

um espaço público, que pode ser frequentado por qualquer pessoa, e que se localiza numa parte
do barracão de festas;

uma outra parte desse salão, onde só podem ficar e transitar os iniciadores, e para onde os
eguns vêm quando são chamados, para se mostrar publicamente;

uma área aberta, situada entre o barracão e o Ilê Igbalé (ou Ilê Awô - a casa do segredo), onde
também se encontra um montículo de terra preparado e consagrado, que é o assentamento de
Onilé;

um espaço privado ao qual só têm acesso os iniciados da mais alta hierarquia, onde fica o Ilê
Awô, com os assentamentos coletivos, e onde se guardam todos os instrumentos e paramentos
rituais, como os Isan (pronuncia-se "ixan"), longas varas com as quais os Ojés invocam (batendo
no chão) e controlam os egunguns.

História
O culto a egum ou egungum veio da África junto com os Orixás trazidos pelos negros
escravizados . Era um culto muito fechado, secreto mesmo, mais que o dos orixás, por cultuarem
os mortos.

A primeira referência do culto de egum no Brasil, segundo Juana Elbein dos Santos, foram duas
linhas escritas por Nina Rodrigues, referindo-se a 1896, mas existem evidências de terreiros de
egum fundados por africanos no começo do século XIX.

Os terreiros de egum mais famosos foram:[3]

Terreiro de Vera Cruz: fundado por volta de 1820 por um africano chamado "Tio Serafim", em
Vera Cruz, na Ilha de Itaparica. Ele trouxe, da África, o egum de seu pai, invocado até hoje como
Egun Okulelê. Faleceu com mais de cem anos.

Terreiro de Mocambo: fundado por volta de 1830 por um africano chamado "Marcos-o-Velho"
para distingui-lo do seu filho, na plantação de Mocambo, Ilha de Itaparica. Teria comprado sua
carta de alforria, anos mais tarde teria voltado à África junto com seu filho Marcos Teodoro
Pimentel, conhecido como "Tio Marcos", lá permanecendo por muitos anos aperfeiçoando seus
conhecimentos litúrgicos, onde também seu filho foi iniciado. Quando voltaram, trouxeram, com
eles, o assento do Baba Olukotun, considerado o Olori Egun, o ancestral primordial da nação
nagô.

Terreiro de Encarnação: fundado por volta de 1840 por um filho do Tio Serafim, chamado "João-
Dois-Metros" por causa de sua altura, no povoado de Encarnação. Foi nesse terreiro que se
invocou, pela primeira vez no Brasil, o egum Baba Agboula, um dos patriarcas do povo Nagô.

Terreiro de Tuntun: fundado por volta de 1850 pelo filho de Marcos-o-Velho, chamado Tio
Marcos, num velho povoado de africanos denominado Tuntun, na Ilha de Itaparica. Marcos
possuiu o título de Alapini, Ipekun Ojé, Sacerdote Supremo do Culto aos Egunguns. Na tradição
histórica Nagô, o Alapini representa os terreiros de egum no afin, o palácio real.

Tio Marcos, Alapini, faleceu por volta de 1935, e, com sua morte, desapareceu o terreiro do
Tuntun, porém a tradição do culto a Baba Olokotun continuou através de seu sobrinho Arsênio
Ferreira dos Santos, que possuía o título de Alagba. Este migrou para o Rio de Janeiro levando o
assento de Baba Olokotun para o município de São Gonçalo. Depois do falecimento de Arsênio,
os assentos dos Baba retornaram para Bahia, através do atual Alapini, Deoscoredes M. dos
Santos, conhecido como "Mestre Didi Axipá", presidente da Sociedade Cultural e Religiosa Ilê
Axipá. Mestre Didi foi iniciado na tradição do culto aos egunguns por Marcos e Arsênio.

Terreiro do Corta-Braço: na Estrada das Boiadas, ponto de reunião de praticantes da capoeira,


atualmente bairro da Liberdade, cujo chefe era um africano conhecido como Tio Opê. Um dos
Ojé, sacerdotes do culto aos egunguns, conhecido como "João Boa Fama", iniciou alguns jovens
na Ilha de Itaparica, que se juntariam com os descendentes de Tio Serafim e Tio Marcos para
fundarem o Ilê Agboulá, no bairro Vermelho, próximo à Ponta de Areia.

Outros terreiros de egunguns foram registrados no final do século XIX: um, localizado em
Quitandinha do Capim, que cultuava os eguns Olu-Apelê e Olojá Orum; o de Tio Agostinho, em
Matatu, que se tornou ponto de concentração de vários Ojés de outras casas, inclusive o alapini
Tio Marcos; o Terreiro da Preguiça, ao lado da Igreja da Conceição da Praia.

Ilê Agboulá[4]: localizado em Ponta de Areia, na Ilha de Itaparica, o Ilê Agboulá é, hoje, no Brasil,
um dos poucos lugares dedicados exclusivamente ao culto dos eguns. Sua fundação remonta ao
primeiro quarto do século XX por Eduardo Daniel de Paula, Tio Opê, Tio Serafim e Tio Marcos,
mas a comunidade que lhe deu origem e que lhe mantém os fundamentos está estabelecida na
ilha desde o século XIX.

Ilê Olokotun, na Ilha de Itaparica

Ilê Axipá - Sociedade Cultural e Religiosa Ilê Axipá.

Hierarquia
Nas casas de egunguns, a hierarquia é patriarcal, só homens podem ser iniciados no cargo de
Ojé ou Babá Ojé, como são chamados. Essa hierarquia é muito rígida: apesar de existirem cargos
femininos para outras funções, uma mulher jamais será iniciada para esse cargo.

Masculinos: Alapini (Sacerdote Supremo, Chefe dos alagbás), Alagbá (Chefe de um terreiro),
Atokun (guia de Egum), Ojê agbá (ojê ancião), Ojê (iniciado com ritos completos), Amuixan
(iniciado com ritos incompletos), Alagbê (tocador de atabaque). Alguns oiê dos ojê agbá:
Baxorun, Ojê ladê, Exorun, Faboun, Ojé labi, Alaran, Ojenira, Akere, Ogogo, Olopondá.

Femininos: Iyalode (responde pelo grupo feminino perante os homens), Iyá egbé (cabeça de
todas as mulheres), Iyá monde (comanda as ató e fala com os Babá), Iyá erelu (cabeça das
cantadoras), erelu (cantadora), Iyá agan (recruta e ensina as ató), ató (adoradora de egum).
Outros oiê: Iyale alabá, Iyá kekere, Iyá monyoyó, Iyá elemaxó, Iyá moro.

Ritual
Tanto a tradição Nagô como a Jeje e a Congo-Angola cultuam os ancestrais. Para os Nagôs,
existem, no Brasil três formas de cultuar os ancestrais: os Esa, os Egungun e as Iya-mi Agba.

Os terreiros de candomblé possuem um local apropriado de adoração do espírito de seus mortos


ilustres, esse local é denominado de Ilê ibo aku, casa de adoração aos mortos, enfim todos
iniciados no culto aos Orixás.

Os Esa são considerados os ancestrais coletivos dos afro-brasileiros. Seu culto se refere à
comunidade em geral. O que destaca o Esa é o fato de ele ter-se destacado em vida por servir a
comunidade e de continuar atuando em outro plano, contribuindo para o bom desenvolvimento
do destino dos fiéis e da casa. O Ilê ibo aku, onde são assentados e cultuados os Esa, é afastado
do templo onde são cultuados os orixás.

Os sacerdotes que são iniciados especialmente para cuidar do Ilê ibo aku não são adoxu, isso é,
não manifestam orixá. Os ancestrais cultuados no Ilê ibo aku são diferentes dos cultuados no
culto aos egunguns: no primeiro, são os espíritos dos falecidos da casa de candomblé; no
segundo, são os ara-orun em geral e os espíritos dos ojés africanos ou brasileiros.

Os Esa são invocados e cultuados em diversas situações, especialmente no padê e no axexê,


quando é constituído o assentamento de um adoxu ou dignitário ilustre falecido. O assento de
Esa se caracteriza pela representação da existência genérica, e o do egungum pela
representação do espírito individualizado. O egungum se caracteriza pela aparição no aiyê. Os
Esa e os Egun são invocados no padê.

Calendário Litúrgico
Calendário Litúrgico do Ilê Agboulá (obtido do Projeto Egungun):

As festas e obrigações obedecem, no Ilê Agboulá, a um bem elaborado calendário litúrgico.


Durante essas festas, podem ocorrer rituais não periódicos e não obrigatoriamente integrados
no calendário, como iniciação de novos Amuixan ou de novos Ojé, ou mesmo obrigações e
oferendas de outros titulados da comunidade. Mas o calendário, mesmo, obedece o seguinte:

Janeiro - Em janeiro, por ocasião do ano-novo, as obrigações transcorrem até o dia nove. Esses
rituais começam com uma obrigação para Onilê, seguida de outra para Babá Olukotun. Junto
com esta, são celebradas as cerimônias anuais em homenagem a Babá Alapalá e Babá
Ologbojô.

Fevereiro - em fevereiro, começando no dia 2 e se estendendo por duas semanas, ocorre uma
festa muito especial, principalmente porque a comunidade de Itaparica vive do mar e para o
mar. É a festa de Iemanjá e Oxum, deusas das águas, e de Oxalá, o deus da criação.

Junho - em junho, na época do São João, realizam-se as festas de Babá Erin, que é o egum de
Eduardo Daniel de Paula, fundador da casa. As festas se realizam por ocasião do ciclo de Xangô,
que era o orixá de Eduardo. E atingem grande brilhantismo porque, entre a comunidade do Ilê
Agboulá, que é descendente do povo de Oyó, a veneração a Xangô é muito forte.

Setembro - De 7 a 17 de setembro, ocorrem as festas de Babá Agboulá. Por essa época é que é
feita a colheita dos primeiros frutos na Ilha de Itaparica, sob a proteção de Babá. E isto é muito
importante pelo fato de, até bem pouco tempo atrás, a Ilha de Itaparica ter sido o grande
fornecedor de frutas para a cidade de Salvador.

Egungun
Os seres veneráveis incluem divindades, que personificam fenômenos da natureza, e ancestrais,
associados a elementos estruturantes da sociedade. O princípio de senioridade, um dos mais
estimados na África, determina que os mais velhos ocupem postos hierárquicos superiores e que
os mais jovens respeitem-nos por sua experiência e sabedoria, desde que a idade traga valores
como um grande número de descendentes e condições materiais satisfatórias de vida e virtudes
como paciência. Na religião dos orixás qualquer indivíduo notável, dotado de uma existência
plena e de uma morte suave em idade avançada, pode integrar o corpo dos ancestrais
veneráveis da humanidade, desde que seus rituais fúnebres sejam realizados. Os ancestrais
masculinos têm sua instituição em diversas sociedades, como Egúngún, Ìgunnukó, Oro e Agemo.
Os ancestrais femininos, as Ìyá-Agbà (Mães Anciãs ou Veneráveis Mães Anciãs), também têm
sua instituição em diversas sociedades, entre as quais Gèlèdé.

A palavra Egúngún designa, ao mesmo tempo, um orixá, o conjunto dos ancestrais masculinos
da humanidade e o conjunto dos ancestrais masculinos de uma família; é derivada de egún, que
significa osso ou esqueleto. No entanto, enquanto por egún se entende um ancestral em
particular, um antepassado já-ido, habitante do orun, que pode se manifestar no aiye, e que
pode não ser venerável, Egúngún ou Babá-Égún designa toda uma coletividade de seres
veneráveis.

Nos cultos aos ancestrais masculinos, Egungun ocupa o lugar central. Os ancestrais permanecem
junto a seus descendentes e interferem em todos os âmbitos da vida pessoal e familiar de cada
um deles, apaziguando ânimos, atenuando discórdias, estimulando a solidariedade, o espírito de
unidade e a harmonia, renovando a energia exigida para o trabalho e interferindo em questões
de ameaça de desagregação familiar, em casos de disputa e em problemas de herança, entre
tantas possibilidades. Com voz rouca ou utilizando tons agudos, trepidantes, sibilantes ou nasais,
previne e ordena, e sua palavra é aceita e respeitada.
A presença de Egungun na vida cotidiana de seus devotos mantém viva a relação de respeito e
reverência aos mais velhos: apenas esta razão justifica o culto a este grande orixá. Mas o culto a
Egungun possui, entre outros, o objetivo de corrigir efeitos de uma herança de caráter espiritual
que se reflete em desequilíbrios de toda ordem: física, emocional, espiritual. Cada indivíduo
recebe de seus antepassados uma herança biológica, emocional e espiritual, uma carga
genético-espiritual/emocional. O culto a Egungun possibilita agir retroativamente no sentido de
eliminar fatores desfavoráveis ocorridos ao longo das sete gerações anteriores de uma pessoa,
dos quais decorreram dificuldades, doenças e problemas de toda ordem em sua vida. Esse culto
também possibilita resolver conflitos familiares vividos por pessoas das gerações passadas para
restabelecer o equilíbrio perturbado.

Missão
O Centro Cultural Oduduwa e o Oduduwa Templo dos Orixás são duas organizações parceiras
com múltiplas finalidades nos âmbitos da Educação, da Cultura e da Religião. Atuando em
permanente cooperação, estas duas organizações visam: (1) promover intercâmbio religioso
entre a África e outros continentes, levando sacerdotes africanos para o Brasil e outros países
onde devotos de orixás residem e levando esses devotos para a África; (2) promover cursos sobre
a língua e a cultura iorubá, e principalmente sobre a Religião Tradicional Iorubá; (3) criar
espaços para o encontro de estudiosos e devotos de religiões de matriz africana; (4) propor e
desenvolver projetos de pesquisa e intervenção social nas áreas educacional, social, cultural,
artística, promocional e psico-sócio-profilática, dirigidos à comunidade, em especial aos
segmentos de baixa renda, baseando-se na filosofia do culto a Egbé; (6) divulgar informações
oriundas dessas iniciativas. O ensino, a pesquisa e as publicações têm lugar, prioritariamente, no
Centro Cultural Oduduwa, na capital de São Paulo, enquanto as demais atividades – práticas
religiosas, promoção de intercâmbio religioso em âmbito nacional e internacional, apoio a
iniciativas de cunho religioso na África e em países da Europa e das Américas e prestação de
serviços à comunidade – são prioritariamente desenvolvidas no Oduduwa Templo dos Orixás, no
município de Mongaguá, no litoral paulista. Vale enfatizar o pioneirismo que caracteriza essas
duas organizações parceiras no que diz respeito a todas as suas iniciativas, assim como vale
enfatizar o fato de serem estas atividades desenvolvidas sob uma liderança fortemente marcada
por uma conduta ética irrepreensível e por uma competência profissional irrefutável.

Porque o nome Oduduwa

Oduduwa é o patriarca mítico do povo iorubá, considerado o “primeiro ocupante de uma terra
antes desabitada”. Também chamado Oodua ou Odudua, nome que significa O Grandioso que
criou a existência, segundo a narrativa mítica ele e seu séquito de desbravadores teriam sido os
sobreviventes de um dilúvio. Daí serem chamados pelos antigos de ooye, os que foram salvos.
Narrativas orais concordam ao afirmar que Oduduwa e seus seguidores estabeleceram-se em
Ilê-Ifé, tornando-se ele o primeiro ooni (rei) de Ilê-Ifé, cidade considerada a pátria espiritual dos
iorubás e local onde teria ocorrido a criação do mundo. Mesmo sendo impossível precisar com
exatidão a sua origem ou separar seus feitos míticos dos reais, todas as tradições iorubás o
apontam como o grande patriarca desse povo. Os reis locais, que governam subgrupos,
consideram a si mesmos como seus descendentes diretos, o que por si só constitui e legitima a
razão de ser de sua realeza, mantida através de um sistema de sucessão imutável há vários
séculos.

Breve histórico
A sede própria do Oduduwa Templo dos Orixás foi inaugurada em 2003 no município de
Mongaguá, no estado de São Paulo, pelo Babalorixá Sikiru Salami, o Babá King, embora ele atue
no Brasil desde 1983. No final da década de 1980, Babá King passou a trazer ao Brasil o
venerável Bàbáláwo Fábùnmi Sówùnmí (in memorian), pioneiro no resgate do culto a Ifá no
Brasil pelo trabalho de iniciar as pessoas neste orixá, e a inestimável Ìyálórìsà Obimonure Asabi
Diyaolu (in memorian), primeira grande responsável pelas iniciações em Iyami Oxorongá. Com o
falecimento dos dois pioneiros africanos, hoje o Babá King traz ao templo um total de seis
sacerdotes e artistas africanos para passarem três meses por ano no Brasil, incluindo o Babalaô
Awodiran, as Iyalorixás Mojisola Abebi Akibo (Iyalode) e Ayijutu Popoole (Iyasola) e o Mestre-
Músico Morefu Ajani Ifadimu.

Nascido para ser o principal parceiro do Centro Cultural Oduduwa, este templo de grande porte
– com 6.300 metros de terreno e mais de 2.500 metros de área construída – tem sua porta
principal voltada para o mar, em obediência à orientação oracular de Ifá. Muitos anos atrás,
quando o saudoso Babalawo Fabunmi Sowunmi, um dos pilares espirituais da instituição,
afirmava que a sede do Oduduwa Templo dos Orixás teria o cumprimento de uma rua, muitos
não o levavam a sério. Hoje a previsão do sacerdote está concretizada.

Templo Oduduwa no Brasil


O poder e a influência do Templo Oduduwa nos Cultos a Ifá e Iyami Oxorongá no Brasil

No final da década de 1980 o Oduduwa Templo dos Orixás deu início ao processo de iniciações
em Ifá e em Ìyámi Òsòròngà. Graças aos seus inúmeros discípulos, muitos dos quais sacerdotes
brasileiros e estrangeiros, que trazem também os seus filhos de santo para serem iniciados nesta
casa matriz pelos sacerdotes africanos, podemos contar orgulhosamente já termos realizado
mais de 2.500 (duas mil e quinhentas) iniciações em Ifá e, aproximadamente, 700 (setecentas)
iniciações em Ìyámi Òsòròngà. Isso confere ao Oduduwa Templo dos Orixás, seguramente, o
título de maior casa de culto a Ifá e a Ìyámi Òsòròngà de todo o mundo em número de
iniciações. Temos também um número considerável de pessoas iniciadas em Egbé, Egúngún e
diversos outros orixás.

Orixas cultuados
Exu

Inteligente e arguto, Exu é o grande mantenedor da ordem, da organização


e da disciplina. Defensor da justiça, bom amigo e bom conselheiro, é
também alegre, leal e fiel. Considerado um dos mais importantes orixás do
panteão iorubá, Exu, o Inspetor Geral de Olodumare e o fiscal dos rituais na
Religião Tradicional Iorubá, age associado a Orumilá-Ifá que, segundo as
narrativas míticas, é o seu melhor amigo. Relaciona-se com todos os orixás
e com todos os seres dos reinos mineral, vegetal, animal e humano. Está
sempre presente nos locais de encontro de caminhos, representados pelas
encruzilhadas. Presente também no encontro do orun com o aiyê, favorece
o equilíbrio entre forças materiais e espirituais, possibilitando a realização
de um bom destino. Promove alívio para os sofrimentos e, como foi
atribuído de poder para manipular o ebó, pode influenciar o destino. Nos
rituais de ebó é Exu quem propicia a energia necessária à sua manipulação
e transporte e é a ele que compete estabelecer canais de comunicação
entre o sofrimento humano, o ebó e as divindades que o receberão para
promover alívio do sofrimento humano.

A influência desse orixá sobre um destino, inclusive corrigindo caminhos


cuja escolha foi determinada por um mau ori, é possível, desde que seus
princípios sejam adotados e respeitados: ordem, organização e disciplina.
Esses princípios se manifestam através da prática de virtudes como
lealdade, respeito, coragem, perseverança e, principalmente, paciência. A
ordem surge do caos e a justiça, muitas vezes, decorre da injustiça. Sendo
Exu detentor dos princípios básicos da paz e da harmonia, a ele compete
regular a ordem, impondo disciplina e organização, opostos da confusão e
da desordem. Disciplina e organização conquistam-se através do exercício
da paciência.

Exu é uma personagem controversa, talvez a mais controversa de todas as


divindades do panteão iorubá. Alguns o consideram exclusivamente mau,
outros o consideram capaz de atos benéficos e maléficos ao mesmo tempo
e outros, ainda, enfatizam seus traços de benevolência. Em grande parte da
literatura Exu é apresentado como um ser ambíguo, uma entidade neutra
entre o bem e o mal ou, simultaneamente, bom e mau; por vezes é
apresentado como o inimigo do homem. Um provérbio iorubá elucida a
respeito dessa atribuição feita ao Orixá Exu: Olotó ni òtá aiyé (Aquele que
diz a verdade é inimigo dos seres): aponta para o fato de que Exu julga e, ao
manifestar a verdade, nem sempre agradável de ouvir, é considerado um
inimigo.

Ifá-Orumilá

Orumilá, Ifá ou Ifá-Orumilá, a divindade oracular dos iorubás, é respeitado


por sua sabedoria. As palavras Ifá-Orumilá e Orumilá designam a
divindade, enquanto Ifá designa, simultaneamente, a divindade e o sistema
divinatório a ela associado. Òrúnmìlà forma-se da contração de órun-l'ó-
mo-à-ti-là (somente o céu conhece os meios de libertação), ou de órun-mo-
olà (somente o céu pode libertar). Ifá, por sua vez, tem por raiz fa
(acumular, abraçar, conter), indicando que todo o conhecimento tradicional
iorubá acha-se contido no corpus literário de Ifá, ou Odù Corpus. Seus
principais símbolos são ikin (sementes de palmeira), òpèlè (a corrente
divinatória, de uso privativo de seus sacerdotes, feita com oito metades da
semente sagrada de mesmo nome), óta (pedra de assentamento), ìrùkèrè
(cauda de animal que, após preparo artesanal e mágico, é carregada por
sacerdotes e reis como sinal de realeza e poder), obi, orobô, búzios e
pedaços de presa de elefante gravados, que ficam guardados em um
receptáculo colocado em lugar alto, num canto ou no centro do cômodo.
Seus colares e pulseiras são confeccionados alternando-se contas de cor
verde e marrom.

Para orientar os que o procuram, o sacerdote de Ifá, chamado bàbáláwo


(babalaô, pai do segredo), reporta-se ao Odù Corpus, conjunto riquíssimo
de conhecimentos esotéricos e registros históricos da milenar tradição
iorubá. Utiliza-se de sementes de ikin ou da corrente òpèlè, cuja
configuração geomântica remete a um dos 256 odus lá contidos, cujos itan
(narrativas míticas) estabelecem analogias entre a situação das
personagens e trajetória existencial do consulente. Ifá compreende todos os
idiomas da terra, o que lhe possibilita aconselhar todos os seres humanos,
sem exceção. O corpus literário de Ifá guarda a história dos orixás e o
ensinamento de curas através do uso de ervas. Por isso seus sacerdotes
devem conhecer, além da prática divinatória, o preparo de remédios.
Orumilá tem por irmão mais novo Ossaim, a divindade da cura, de cujo
auxílio serve-se desde os primórdios. No jogo oracular, Exu é divindade
particularmente importante, dada a sua relação estreita de amizade com
Ifá.

Indivíduos de várias origens têm procurado iniciações em Ifá, tanto em


território africano quanto nos países da diáspora. Esta prática é altamente
recomendável, pois esta iniciação, em particular, marca seu ingresso formal
na Religião Tradicional Iorubá. Além disso, em tal circunstância revela-se o
odu de nascimento de cada pessoa, que indica o seu destino na terra.

As regras que o babalaô obedece incluem não se aproveitar das próprias


prerrogativas. Como possui amplos e profundos conhecimentos é procurado
por muitas pessoas, algumas em situação de crise, fragilizadas pelas
circunstâncias difíceis que enfrentam, mergulhadas num sofrimento do qual
querem escapar, literalmente, a qualquer preço – e isto favorece o abuso de
poder. Entretanto, recebe a advertência de não agir em benefício próprio.
Entende-se que o grande privilégio e a grande riqueza do sacerdote de
Orumilá reside na oportunidade de estar a seu serviço. Este itan do Odu
Ofu-Ose, narrado ao Babá King pelo venerável Babalaô Fabunmi Sowunmi,
elucida a esse respeito:

Eni to ba puro

Iro a pa

Eni ti o ba seke

Eke a ke won lowo


A ke wån lese

A ti won si gburugburu ona oun

Awon lo se ifa fun ajangurumale

Ti nse oluwo lode orun

Gbogbo eni ti o ba

Nfi suru pe suru

Ajangurumale ifa

Ni yoo ja won sorun

Gbogbo eni ti o ba

Nfi suru pe suru

Ajangurumale, ifa ni yoo ja won sorun

E ma fi oku pe aye

E ma fi aye pe oku

Eni ti o ba fi oku pe aye

Eni ti o ba fi aye pe oku

Ajangurumale ifa ni yoo ja won sorun

Ajangurumale

E ma fi abiyamo pe agan

E ma fi agan pe oyibi

Eni ti o ba fi abiyamo pe agan

Ti o fi agan pe oyibi

Ajangurumale, ifa ni yoo ja won sorun.


Aquele que mente será destruído pela mentira

Aquele que provoca discórdia será destruído pela discórdia.

A falsidade despojará o falso da força vital de que dispõe. A falsidade


destruirá os falsos.

Foram eles que adivinharam para Ajagunmale (Ifá), sábio supremo no orun.

Todos aqueles que trocam a verdade pela mentira serão levados para o
orun por Ajagunmale (Ifá)

Não chamem o morto de vivo, nem chamem o vivo de morto

Quem chama o morto de vivo ou chama o vivo de morto será levado para o
orun por Ajagunmale (Ifá)

Não chamem uma mulher fértil de estéril, nem chamem uma mulher estéril
de fértil

Quem chama uma mulher fértil de estéril ou chama uma mulher estéril de
fértil será levado para o orun por Ajagunmale (Ifá)

Não chamem o preto de branco, nem chamem o branco de preto

Quem chama o preto de branco ou chama o branco de preto, será levado


para o orun por Ajagunmale (Ifá)

Orunmilá diz que prefere matar o babalaô que mente para quem o procura
em busca da verdade e colocar em seu lugar um homem ignorante a
respeito da complexa sabedoria de Ifá

Orunmilá prefere um homem que não conhece a sabedoria de Ifá do que


um grande conhecedor dessa sabedoria que seja falso e mentiroso.

Iyami Oxorongá

Todos os ancestrais femininos, as Ìyagbà ou Ìyámi, têm sua instituição em


sociedades como Egbé Eleye, Egbé Ògbóni e Egbé Gèlèdé, consideradas
secretas pelo fato de os seus conhecimentos serem transmitidos apenas a
iniciados. As Iyami Oxorongá representam o poder ancestral feminino e os
elementos místicos da mulher em seu duplo aspecto: protetor e generoso,
perigoso e destrutivo. Todos os orixás femininos são detentores deste poder.

As Iyami são zeladoras da existência e guardiãs do destino: por isso sua boa
vontade, essencial à continuidade da vida e da sociedade, deve ser
cultivada. Pertencem a um grupo de seres espirituais chamados Ajogùn,
cujas funções incluem carregar o ebó para alimentar-se dele ou, mais
precisamente, do sofrimento humano do qual está impregnado. Ao
processarem as energias dos ebós, possibilitam a cura, a superação de
dificuldades e a atração de bens necessários. Sua relação com os poderes
mágicos lhes possibilita também neutralizar os efeitos negativos de
pensamentos, palavras e ações destrutivas que uma pessoa dirija contra
outra ou contra si mesma. A presença e a influência de Iyami no jogo
oracular é fundamental, pois se manifestam em todos os odus e, sendo
parceiras deles, têm como ajudá-los a comunicar-se entre si. Parceiras
também de Exu e dos demais orixás, indicam com eles os ebós necessários
para cada situação, sendo de competência comum a todos a tarefa de
transportá-los.

A expressão Ìyámi, Minha(s) Mãe(s) ou Zeladora(s), designa um orixá cujo


poder é tão grande que todos se referem a elas sempre no plural, aludindo
a uma coletividade. Quando se quer saudá-las basta pronunciar um de seus
nomes, pois elas representam uma coletividade de seres relacionados a
todos os elementos fundamentais para a sobrevivência dos homens: por
isso traí-las significa trair a própria essência vital humana. Invocar as Mães
implica em associar-se a uma coletividade de energias que vivem em
estreita relação com elementos indispensáveis à sobrevivência humana. As
Iyami, curandeiras com grande poder mágico, podem assumir diferentes
formas. Intervêm na existência humana no plano individual (na saúde física,
psíquica e espiritual, no casamento e na sexualidade) e no plano social (no
trabalho e nas amizades). Elas apóiam as pessoas em sua tarefa de
organizar pensamentos e conhecimentos para melhor atingir objetivos,
atraindo sorte e favorecendo conquistas materiais. Promovem mudanças
no plano emocional, facilitando que um homem nervoso se acalme e um
impaciente torne-se paciente. Intervindo nos destinos, protegem as pessoas
de danos causados por inimigos e por falhas próprias. Como harmonizam
relações, favorecem casamentos. Sendo portadoras de axé, favorecem a
aquisição e a manutenção da energia vital; protetoras e zeladoras de tal
energia, orientam as pessoas quanto à melhor maneira de realizar seu
destino.

No aiye as Iyami trabalham para colocar ordem no conhecimento e na


sabedoria dos seres, e transmitem isso ao orum através de assentamentos
já consagrados a elas, de iniciações e da realização de constantes oferendas
e ebós. A partir do momento em que se estabelece uma ligação com Iyami,
adquire-se melhores condições para atingir objetivos e concretizar ideais.

A natureza, que inclui os seres humanos, possui uma ligação energética


entre os mundos visível e invisível e recebe o toque divino das Mães. Água,
ar, terra e fogo constituem elementos através dos quais se pode chegar a
elas. Assim sendo, pode-se evocá-las com água, obi e orobô em rios, mares,
encruzilhadas, estradas, ao pé de um peregun, na mata ou no quintal de
casa, entre tantos locais possíveis, dado o fato de pertencerem à natureza,
particularmente à terra.

As mulheres pertencentes ao grupo de devotos das Iyami são chamadas


Ìyá-Agbà ou Ìya Aiyé (Mães do Universo, Mães Anciãs ou Veneráveis Mães
Anciãs); os homens são chamados de Òsó (Bruxo, Feiticeiro). Ambos ficam
atribuídos do poder de manipular o destino humano através de rituais de
consagração. A aquisição do poder das Iyami ocorre pelo nascimento, por
herança e pela iniciação. Esta última pode proporcionar a proteção delas
para o iniciado e seus familiares e amigos mais próximos e pode, num grau
mais elevado, permitir a transmutação física, embora exclusivamente no
caso de mulheres. Diz o provérbio que o filho de Iyami tem dois ouvidos,
dois olhos e uma única boca, para ouvir e ver bem mais do que falar. Falar
sobre as Mães inspira a sensação de poder e sabedoria, muitas vezes
equivocada, porque um devoto que não saiba proteger e preservar a força e
os segredos confiados a ele será vencido facilmente. Falar sobre elas é uma
tarefa desafiadora porque exige cumplicidade entre quem fala e quem ouve
e uma responsabilidade rara das pessoas em relação ao uso que fazem das
palavras. Por isso, durante a iniciação, as pessoas se comunicam o mínimo
necessário.

Os iniciados em Iyami possuem as marcas simbólicas das Mães em seu


corpo e podem sentí-las até mesmo fisicamente. Essas marcas indicam
sinais de nobreza. Os devotos das Mães muitas vezes acabam se tornando
líderes. Deles exige-se postura séria e rigorosa e uma auto-educação para
que não fiquem mencionando o poder delas. Pessoas indiscretas ou que se
considerem poderosas não devem cultuá-las, pois sua postura afasta o
poder das Mães. Tolerância e paciência, qualidades do sábio, são os
principais meios de se venerar Iyami e aos demais orixás. O devoto das
Mães deve ser verdadeiro, leal, fiel e respeitoso para criar espaços onde
elas possam viver e atuar. As Iyami têm o poder de tornar o tempo
favorável ou desfavorável, podendo provocar morte prematura ou
prolongar a vida: a capacidade de trabalhar com seus poderes para atuar
sobre a duração da existência, entretanto, é privilégio de poucos
sacerdotes. Os iniciados em Iyami pelo Oduduwa Templo dos Orixás
reunem-se periodicamente para manter e fiscalizar o culto aos orixás, zelar
pela casa e tratar de assuntos relevantes para a comunidade que frequenta
a instituição. Um dos eventos coletivos mais importantes do templo é o
Festival de Iyami, que ocorre anualmente.

Ori

Ori, a essência real do ser, é uma divindade pessoal que guia e ajuda toda
pessoa antes do nascimento, durante a vida e após a morte. O sentido
literal de orí é cabeça física, e esta é o símbolo de orí inú, a cabeça interior,
responsável pela constituição do ser e sua trajetória existencial: quando o
orí inú está bem, todo o ser do homem está em boas condições.

O ori, entidade parcialmente independente, considerada uma divindade por


si própria, é cultuado entre outras divindades, recebendo oferendas e
orações, como o famoso ritual de borí, que significa dar de comer ao ori.
Enquanto divindade pessoal, ori é o mais interessado de todos os orixás no
que diz respeito ao bem-estar de seu devoto: pode-se dizer que é a mais
importante das divindades dado que, seja qual for o empenho das outros
em favorecer determinada pessoa, todo e qualquer progresso dependerá
sempre do que for sancionado por Ori. Se o ori de um homem não simpatiza
com sua causa, nada poderá ser feito por outra divindade. Assim, o que ori
não sanciona não pode ser concedido nem por Olodumare, nem pelos
orixás.

Todos nós nascemos com um destino para realizar, o que não significa
sermos meros joguetes nas mãos de forças inteiramente deterministas. O
homem tem o poder de tomar em suas mãos as rédeas do curso da própria
existência e participar de modo responsável de seu desenrolar, através da
busca de ampliação da consciência e dos conhecimentos e através do
desenvolvimento disciplinado da Vontade.

Certamente os esforços pessoais são mais efetivos se desenvolvidos por um


olórí rere (sortudo, abençoado, bendito). Mas, para um olórí bùrúkù.
(azarado, condenado à vida, amaldiçoado), a exigência de esforços é bem
mais pesada. Portador de um destino adverso, muito esforço deverá
despender em suas realizações. Orí inú (cabeça interna) e Eleda (destino
pessoal) inter-relacionam-se, pois, intimamente.

Os seres humanos são constituídos dos seguintes princípios vitais: ará (o


corpo físico); òjìji (representação visível da essência espiritual que
acompanha o homem durante a vida, morrendo junto com ará, embora não
sendo enterrado com ele); okàn (coração, relacionado ao sangue e sede da
inteligência e do pensamento intuitivo, a alma e a fonte de toda ação); Ämí
(princípio ou sopro vital, relacionado à respiração, mas não se reduzindo a
ela, pois se diz por ocasião da morte que èmí foi embora; significa também
espírito ou ser). Um dos nomes de Elédùnmarè (o Ser Supremo ou Deus) é
Orísé (Fonte da qual originam-se os seres), o que mostra sua ligação
profunda com cada criatura existente. Todo ori, embora criado bom, acha-
se sujeito a mudanças. Feiticeiros, bruxas, homens maus e a própria
conduta podem transformar negativamente um ori, sendo sinal dessa
transformação uma cadeia interminável de infelicidades na vida de um
homem a despeito de seus esforços para melhorar.

Podemos perguntar: como saber se a escolha do próprio ori foi boa ou má?
Pode um homem conhecer as potencialidades da própria cabeça ou da
cabeça de outrem? Encontramos a seguinte resposta: o jogo divinatório de
Ifá possibilita que a pessoa tome conhecimento dos desígnios do próprio ori,
saiba a respeito do orixá ou ancestral que deve ser cultuado e conheça seus
èwò (proibições quanto ao consumo de alimentos, uso de cores e condutas
morais).

Como se crê que o ori dos pais traz boa fortuna aos filhos, é comum a
recomendação do oráculo no sentido de que sejam feitas ofertas sacrificiais
ao ori dos pais e estes, ao orarem pelos filhos, apelam ao prório ori: Orí mi
á sìn ó lo (Possa meu ori ir com você ou Possa meu ori guiá-lo e abençoá-lo).
Analogamente, o ori de uma pessoa tem condições de proteger, ajudar ou,
ainda, prejudicar outras pessoas.

Ogum

Ogum é patrono de ferreiros, caçadores, guerreiros e todos os que lidam


com ferro e aço, incluindo os profissionais que realizam tatuagens e
circuncisões, os policiais e os cirurgiões. Escolhido por Elédùnmarè para
abrir caminho à civilização, Ogum, forte e poderoso, é o herói civilizador:
trabalha sobre a natureza do ferro e do fogo. Rege a mineração, a
metalurgia, a guerra, a caça e a agricultura, ligando-se assim à questão do
trabalho e da tecnologia. Desbravador, abre caminhos para realizações,
encontrando-se por isso estreitamente relacionado às Iyami Oxorongá.
Ogum é considerado muito feroz. Qualquer contrato ou juramento selado
em seu nome deve ser cumprido: são costumes tradicionais beijar um
pedaço de ferro ou morder uma chave para demonstrar compromisso com
a verdade e a justiça, em nome de Ogum: caso o compromisso não seja
cumprido ou haja juramento falso, considera-se que o faltoso sofrerá sérias
consequências. Por outro lado, em muitos mitos sua generosidade é
exaltada: “O sucesso da colheita fez sua casa farta e seus vizinhos foram
beneficiados por sua grande generosidade. Compartilhava alimentos e
conhecimentos, ensinando-os a caçar, forjar, guerrear e plantar”. Alguns de
seus epítetos enfatizam sua importância no panteão de orixás: Alakaaye
(Aquele que é espalhado pelo mundo inteiro); Olójó (Dono do dia); Ògún
Onírè (Ogum, Rei de Irê).

A sociedade de caçadores, ferreiros, mineradores e outros profissionais que


têm Ogum por mentor denomina-se Egbé Odè. São guardiões do
conhecimento trazido por esse orixá. Todas as atividades profissionais
regidas por Ogum são atribuídas a homens de personalidade forte e, para
ser um bom caçador, é necessário, entre outras coisas, aprender segredos
que dizem respeito à sabedoria primordial desse orixá. Caçadores
experientes detêm conhecimento a respeito de recursos mágicos de ação
sobre a natureza da floresta, para que sua presença e atividades sejam
admitidas nesse ambiente.

Xangô

Senhor dos raios, relâmpagos e trovões, Xangô, o quarto rei de Òyó, teve
seu culto iniciado nessa cidade e rapidamente expandido por todo o
território iorubá, vindo a ser um dos orixás mais cultuados de todos.
Considerado feroz, generoso, provedor de filhos, dinheiro, curas e,
especialmente, justiça, abomina falsidades, mentiras, roubo e
envenenamento. É identificado com o orixá Jàkúta (Aquele que briga com
pedras), a primitiva divindade dos raios, relâmpagos e trovões. Somente os
bàbá-mogbà, sacerdotes de Xangô, ou as ìyá-Sàngó, suas sacerdotisas,
podem responsabilizar-se pelos ritos fúnebres realizados para as vítimas de
raio. As punições de Xangô são consideradas nobres e as mortes por raio
não devem ser lamentadas. Sendo a casa atingida por um raio, seus
moradores se afastam dela temporariamente, cedendo lugar aos
sacerdotes de Xangô para que ali realizem os rituais necessários. Vejamos
alguns de seus orikis:

Sàngó Olúàso àkàtà yerìyerì.

Xangô, cujo poder está espalhado por toda parte.

Olúkòso, éégún tí n yoná lénu.

Xangô, o dragão faiscante, a divindade que lança fogo pela boca.

Sàngó Olúàso.

Xangô, aquele que reúne (também traduzido por dragão faiscante).

Omo olómi tí njé Iyemoja.

Filho da Mãe d'Água que se chama Iemanjá.

Oxum

Oxum é a Senhora dos rios, dos metais nobres, da fertilidade e da


prosperidade. Mulheres louvam a fertilidade trazida por Oxum repetindo a
expressão Yèyé ò, yèyé ò, yèyé ò! (Oh, graciosa Mãe, oh, graciosa Mãe, oh,
graciosa Mãe!). Alguns mitos referem-se a ela como Òsun Òsogbo (Oxum
da cidade de Òsogbo), outros enfatizam sua proximidade com Logunedé,
ora apresentado como seu filho, ora como seu mensageiro, havendo entre
eles tão estreita relação que chegam a ser considerados divindades
complementares. Outros mitos, ainda, referem-se a ela como esposa de Ifá.
E aqueles que a apresentam como esposa de Xangô narram que, ao tomar
conhecimento da morte do marido, desesperada, transformou-se num rio.

Esta Ìyámi Àkókó (Mãe Ancestral Suprema), é bastante cultuada em Òsogbo


e é considerada, também, a divindade protetora de Abéòkúta. Seus devotos
frequentemente dedicam-lhe um córrego ou rio, chamando-o de odò Òsun
(Rio de Oxum), ao lado do qual colocam seu santuário. Chamada Mãe das
crianças, a ela pertence a fertilidade de homens e mulheres. Mas não é
apenas a fertilidade que lhe pertence: a prosperidade também. Confere
proteção contra acontecimentos adversos a seus devotos, sendo invocada
nas mais distintas circunstâncias, pois não há o que não possa fazer para
ajudá-los. Foi a primeira Iyami encarregada de ser Olùtójú àwon omo, A
que vela por todas as crianças, e Aláwóyè omo, A que cura crianças. Todo
ano, por ocasião do festival realizado em sua homenagem, mulheres
estéreis tomam água de seu santuário esperando retornar no ano seguinte
com os filhos por ela concedidos, para agradecerem a graça alcançada.

Alguns de seus símbolos são as tornozeleiras, os braceletes e objetos de


bronze, ouro, latão e outros metais dourados, como a espada, o leque, o
pente e o espelho. Um de seus orikis diz:

Oxum, senhora das águas que fluem suavemente.

Oxum, graciosa mãe, plena de sabedoria!

Que enfeita seus filhos com bronze.

Que fica muito tempo no fundo das águas gerando riquezas.

Que se recolhe ao rio para cuidar das crianças.

Que cava e cava a areia e nela enterra dinheiro.

Mulher poderosa que não pode ser atacada.

Logunedé

Lógunede significa Guerreiro da cidade de Edé, metrópole situada no estado


de Oxum, na Nigéria; também é chamado de Asíwájú Òrìsà (Líder dos
Orixás), entre outros nomes. Filho mítico e aprendiz de Oxossi, é associado à
caça e à capacidade estratégica. De intuição e percepção aguçadas, esse
orixá corajoso, protetor dos humilhados e injustiçados e grande poeta, é
cultuado para atrair agilidade e prosperidade, trazendo sorte aos negócios
e à obtenção de dinheiro: por tal razão é considerado o orixá do dinheiro.
Em alguns grupos religiosos da diáspora iorubá nas Américas desenvolveu-
se a crença infundada de ser Logunedé um hermafrodita, masculino
durante seis meses e feminino nos outros seis meses do ano. Esta crença
não encontra fundamentos na tradição africana.
Seus metais são ouro, latão amarelo e bronze. Seus símbolos são: òta
(pedra de assentamento); ìrùkèrè (cauda de animal que, após preparo
artesanal e mágico, é carregada por sacerdotes e reis como sinal de realeza
e poder); búzios; ofà (lança e espada de metal dourado). Suas cores são o
amarelo e o azul. Seus colares e pulseiras são elaborados intercalando-se
contas amarelas e azuis.

Oyá/Iansã

Oyá, Senhora dos ventos e tempestades, é conhecida no Brasil como Iansã.


É parceira de Xangô, Senhor de raios, relâmpagos e trovões; narram alguns
mitos que, após a morte de Xangô, teria se transformado no rio Níger.
Segundo outros mitos, teria contraído núpcias com Ogum após ele descobrir
a capacidade de Oyá de transmutar-se em búfalo; devido a
desentendimentos envolvendo Xangô, Ogum e Oyá teriam lutado até que
ela fosse partida em sete partes, e ele em nove.

Conhecida pela beleza descomunal, esta Ìyámi Àkókó (Mãe Ancestral


Suprema), de espírito guerreiro, capacidade estratégica e força
extraordinária e Fortes ventos e tempestades são considerados expressões
do descontentamento de Oyá. Seus símbolos são espadas; chifres de búfalo;
pedras originárias do rio Oyá; potes de barro; óta (pedra de assentamento);
ìrùkèrè (cauda de animal que, após preparo artesanal e mágico, é
carregada por sacerdotes e reis como sinal de realeza e poder); e búzios.
Seus colares são feitos de contas de cor marrom.

Obá

Esta Ìyá-Agbà (Mãe Anciã ou Mãe Idosa e Respeitável) é calma,


complacente, tolerante, dedicada, bondosa, generosa e maternal. Está
intimamente relacionada às Iyami Oxorongá e é dedicada a aspectos da
estética feminina. De acordo com o mito, Obá ocupava o último posto entre
as esposas de Xangô. Inferiorizada em relação às demais por julgar-se
incompetente para cozinhar e para trajar-se com elegância, de natureza
delicada e dócil, por demais condescendente, tolerava muitas coisas que a
desagradavam. Foi a primeira esposa a abandoná-lo quando ele ficou
desesperado por haver destruído com magia seus bens e parte de seu povo.
Ao deixar a casa, sem saber para onde ir, nem o que fazer, pôs-se a chorar
amargamente, desfazendo-se em lágrimas até transformar-se por completo
num rio, o odò Obà. O grande estrondo verificado na confluência dos rios
Oxum e Obá é atribuído à rivalidade entre ambas. Seus metais são o ouro e
o ferro. Seus símbolos são: rios; embarcações; óta (pedra de assentamento);
ìrùkèrè (cauda de animal que, após preparo artesanal e mágico, é
carregada por sacerdotes e reis como sinal de realeza e poder); e búzios.
Suas cores são o branco e o multicolorido. Seus colares são multicoloridos e
suas pulseiras são de ouro e outros metais dourados, como o latão.

Oxossi

Os primeiros aprendizes de Ogum na arte da caça e da guerra foram Oxossi


e Erinlé. Òsòòsì ou Òsòwùsí tem epítetos como Ajagun (Vitorioso caçador e
guerreiro); Ajagùnnà (Estrategista que destrói o mal e que oferece boas
ideias); Alákétu (Rei de Ketu, Patrono e protetor do povo de Ketu); Odè
(Caçador); Olóyè Méjì (Homem de honra portador de dois títulos: Rei de
Ketu e Patrono dos Caçadores).

Associado à caça e à capacidade estratégica, Oxossi possui intuição e


percepção aguçadas. Ama a mata e conhece as propriedades dos seres que
vivem lá. Aprecia a vida ao ar livre e a música, muito utilizada nas
atividades de caça e na guerra para atrair sorte e fazer do trabalho uma
fonte de prazer. Protetor de humilhados e injustiçados, é cultuado para
atrair agilidade e sorte nos negócios e assuntos relativos a dinheiro;
também zela por assuntos familiares. Um de suas cantigas diz: Ajaguna!
Me acolha! Se a morte e a doença estiverem rondando a minha vida, você é
grande e poderoso para me oferecer refúgio. Uma de suas cantigas diz:

Ajagùnnà ode gbà mí o.

Ajagùnnà bí ikú nké lódè,

Bàbá o tó sádi, Ajagùnnà.


Ajagùnnà! Me acolha!

Se a morte e a doença estiverem cantando em minha vida,

Buscarei refúgio em você, ó grande e poderoso, que pode me defender.

Seu metal é o ferro. Seus símbolos são: óta (pedra de assentamento);


ìrùkèrè (cauda de animal que, após preparo artesanal e mágico, é
carregada por sacerdotes e reis como sinal de realeza e poder); búzios; ofà
(arco e flecha); efun (potente e sagrado cal natural); e osùn (espécie de
tintura vermelha de uso ritualístico). Sua cor é o azul, na mesma tonalidade
do azul de Ogum. Em seus colares se utiliza exclusivamente o azul ou se
alterna azul e branco, com ou sem búzios. Suas pulseiras são de couro, com
ou sem búzios. As festas realizadas em sua homenagem incluem a caça
acompanhada de cantos e tambores e o animal caçado lhe é ofertado.

Ossaim

As plantas, imprescindíveis à vida e ao culto a orixás, são utilizadas como


recurso litúrgico, mágico e medicinal. Ossaim é o guardião do axé da flora e
seu patrono: cabe a este orixá efetivar o poder das plantas ou não e, por
este motivo, sempre que se colhe uma planta deve-se evocá-lo para que
preserve a essência vital do elemento colhido. Narra o mito que Ossaim
perdeu uma perna e teve a capacidade da fala alterada após uma briga
com Exu: por isso, como as plantas, tem apenas uma perna e fala como se
estivesse assobiando. Apenas os olòsányìn, seus sacerdotes, são capazes de
entender o que diz. Estes sacerdotes são magos capazes de manipular as
forças do orixá presentes nas folhas. Ossaim, muito rápido na solução de
problemas, é um curandeiro hábil que aplaca sofrimentos, podendo
proporcionar ao homem tudo o que deseja. Seus iniciados adquirem poder
para manipular folhas. A palavra folha designa elementos de todo o reino
vegetal, como folhas, sementes, raízes, seivas e cascas de árvores. Toda
pessoa que lida sempre com esse reino está diariamente em contato com
Ossaim, que pode proporcionar aos sacerdotes a possibilidade de realizar
jogos divinatórios manipulados magicamente, caminho distinto do utilizado
por Ifá, que possibilita adivinhar pela interpretação de odus. Através de
magia pode-se fazer a estátua de Ossaim falar. Durante a consulta o
olòsányìn dialoga com essa estátua: utilizando palavras rituais e o som do
sèkèrè, o sacerdote invoca Ossaim, que responde como se estivesse
assobiando. Embora todos os presentes ouçam o som emitido pela estátua,
a linguagem é compreendida apenas pelo olòsányìn que fez a invocação.
Seus principais símbolos são: òpa (bastão com dezesseis pássaros, forjado
em metal); sèkèrè (maracá); e àdó (pequena cabaça utilizada para a
conservação de pós de uso mágico e medicinal).

Erinlé

Esta Ìyá-Agbà (Mãe Anciã ou Mãe Idosa e Respeitável), de relação estreita


com as Iyami,é a orixá da caça, arte na qual, juntamente com Oxossi, é
discípula de Ogum. Associada à caça e à capacidade estratégica, Erinlé
possui intuição e percepção aguçadas: por isso é cultuada para atrair
agilidade e, de fato, traz sorte nos negócios e em assuntos relativos a
dinheiro. Zeladora de assuntos familiares, é também a protetora dos
humilhados e dos injustiçados. Ama a mata e a floresta, de cujos seres
conhece as propriedades, e aprecia a vida ao ar livre. Orixá da fertilidade, é
cultuada juntamente com Ossaim. É chamada de Ibualamo, que significa o
poder de Erinle é retirado das profundezas da terra. Seus símbolos são óta
(pedra de assentamento); ìrùkèrè (cauda de animal que, após preparo
artesanal e mágico, é carregada por sacerdotes e reis como sinal de realeza
e poder); èjùwèrè (instrumento ritual semelhante ao ìrùkèrè, feito de couro
e, por vezes, enfeitado com búzios ou miçangas); búzios; òpa (bastão com
dezesseis pássaros, forjado em metal); o sèkèrè (maracá); e o àdó (pequena
cabaça utilizada para a conservação de pós de uso mágico e medicinal). Seu
metal é o ferro e sua preferência são as roupas multicoloridas, as pulseiras
de prata ou as confeccionadas com búzios e couro e os colares, também
confeccionados com búzios e couro.

Oxumarê

Òsùmàrè ou Èsùmàrè é um sábio relacionado à estética e às ações de


defesa pessoal. Favorece a comunicação entre orun e aiye e a comunicação
dos homens entre si e destes com a natureza, bem como as transformações,
pois confere poderes mágicos. Favorece transformações, pois é fortemente
relacionado à magia. Seus metais são o ferro e o latão e seu principal
símbolo são as serpentes forjadas nesses metais. Também é simbolizado por
esculturas em madeira que representam uma figura humana rodeada por
serpentes. Outros símbolos são búzios; cabaças; obi; orobô; efun (potente e
sagrado cal natural); osùn (espécie de tintura vermelha de uso ritualístico);
òta (pedra de assentamento); ìrùkèrè (cauda de animal que, após preparo
artesanal e mágico, é carregada por sacerdotes e reis como sinal de realeza
e poder). As cores de Exumarê são o verde e o amarelo.

Ajê

Ajé é uma Ìyá-Agbà (Mãe Anciã ou Mãe Idosa e Respeitável). Como é o


orixá da prosperidade, relaciona-se ao nascimento, à vida e à morte das
pessoas. Ela é ao mesmo tempo representante do dinheiro dos homens e
guardiã do progresso dos homens e dos orixás. Como detém o poder de
tornar os feitos dos orixás reconhecidos, é cultuada também por eles. Seus
iniciados geralmente são iniciados também em Iemanjá, Olocum e Oxum,
pois todos eles possuem ligações estreitas. A palavra Ajé pode ser traduzida
como Progresso para você, Sucesso para você e Que aquilo que você espera
de seu trabalho se concretize. Ajé Ògúgúlúsò significa Ajê, Senhora da
morada da sorte e das realizações do homem. Ajé Saluga significa Ajê,
Senhora do paraíso da riqueza. Ajê é uma orixá paciente, próspera, fértil,
longeva, sábia, harmoniosa, generosa, tolerante, justa e protetora da
riqueza do homem (em todos os sentidos), atraindo dinheiro para quem a
cultua. Protetora do progresso, defende as pessoas da inveja e de forças
invisíveis que impeçam seu desenvolvimento econômico. Favorece o uso
sábio do dinheiro e protege as pessoas de receberem “mau dinheiro”,
advindo de pagamentos realizados de má vontade ou com raiva

Egbé

Episódios de aborto e morte prematura de crianças, jovens e adultos podem


ser compreendidos como resultantes da ação dos Àbíkú, também chamados
Emèré, espíritos pertencentes à Egbé-Àbíkú (Sociedade Abiku). A palavra
àbíkú é constituída de a, bí, (ó) ku, que ignifica tanto nascido para morrer
quanto o parimos e ele morreu: designa crianças e jovens que morrem
antes de atingir a idade adulta e adultos que morrem antes dos pais. Assim,
há duas qualidades de abiku: os àbíkú-omódé, que morrem ainda crianças,
e os àbíkú-àgbà, que morrem jovens ou adultos. Tais indivíduos
estabelecem com a Sociedade Abiku o ójó orí, pacto de retornarem ao orun
ao ser atingida determinada idade. Quando uma mulher sofre sucessivas
perdas de filhos recém-nascidos, ainda pequenos, jovens ou mesmo adultos,
considera-se que esteja sob a ação de um abiku, espírito que nasce
múltiplas vezes através de um mesmo corpo feminino por determinação do
destino dessa mulher, por obra de magia ou por circunstâncias de acaso,
como a aquisição inadvertida de um abiku por uma grávida que não tenha
tomado os devidos cuidados contra isso. Quando uma mulher perde filhos
assim, suspeita-se que se trate da ação de àbíkú-omodé; e os episódios de
perda de filhos serão interrompidos somente se tomadas as necessárias
providências para romper o vínculo desses seres espirituais com a
comunidade à qual pertencem no orun. Quanto aos àbíkú-àgbà, o pacto por
eles estabelecido com a sociedade determina que o retorno ao orun ocorra
em algum momento muito significativo e importante da vida, que pode ser
crítico ou de sucesso, como em uma data próxima à formatura, ao
casamento, ao nascimento de um filho desejado ou a uma conquista social
notável.

Egbé Aráagbó é a comunidade espiritual à qual pertencem os abikus: é


constituída pela Egbé Aiyé (Sociedade de amigos do mundo visível, Amigos
do mundo visível) e pela Egbé Òrun (Sociedade de amigos do mundo
invisível ou Amigos Espirituais) Estando esses dois mundos entrelaçados e
intimamente relacionados um ao outro, ambos exercem mútua influência
entre si: pode-se presumir que, para que uma pessoa possa viver feliz no
aiye, é preciso que esteja em harmonia com seus amigos espirituais no
orun.
A solução básica do problema de quem é abiku implica em libertá-lo da
sociedade à qual pertence. De fato, implica em tornar cada abiku
indesejável ao seu grupo de pertença original no mundo espiritual, de modo
que não queiram mais conservá-lo naquela sociedade. Sendo os abikus
poderosos, é preciso muito conhecimento por parte dos sacerdotes que se
propõem a lidar com eles. Alguns recursos para evitar a morte de um filho
abiku e para retirar seu espírito da sociedade à qual pertence podem ser
utilizados. Através de rituais é estabelecido um jogo de forças entre Egbé
Aragbô e Egbé Abiku: forças de retenção do ser no aiye e forças de resgate
deste mesmo ser no orun. Cultos e oferendas são realizados tanto para uns
quanto para outros: para esta desistir de retomar seus membros e para
aquela protegê-los de serem reconduzidos à companhia de seus pares no
orun. Egbé Aragbô atua com Exu pela necessidade de manter o equilíbrio
entre o aiye e o orun; age com o auxilio também de Oxum, pela influência
dela sobre a fertilidade.

Egbé significa Sociedade: designa a Sociedade dos Espíritos Amigos e se


refere, simultaneamente, a um orixá e a uma irmandade ou corporação de
seres espirituais: trata-se de Èré igbó ou Aráagbó, que significa Habitante
da floresta ou Habitante do além. Este orixá protege contra a morte
prematura, acalma o sofrimento material e espiritual e orienta o ori do
abiku e de seus devotos a seguir o caminho certo. Atrai progresso
econômico e desenvolvimento espiritual, harmonizando esses dois aspectos
da existência. Proporciona também os sentimentos de paz, tranquilidade,
serenidade e confiança, trazendo a fertilidade em todos os aspectos da
vida. Atrai condições para conquistas, domina recursos para promover cura
e bem-estar, interfere no destino humano e remove obstáculos da vida:
transforma lágrimas em sorrisos. Egbé Aráagbó é venerado para que se
possa receber sua proteção contra seres visíveis e invisíveis. As pessoas
costumam referir-se a ele dizendo Egbé mi, minha Sociedade, meus
Companheiros. Há uma relação importante entre Ibeji e Egbé, pois Ibeji
liga-se à natureza, de modo geral, e à floresta, morada de Egbé, de modo
particular. Para cultuar um é preciso cultuar o outro.
Ibeji

Ibéjì, palavra formada a partir de ìbí (parir) e ejì (dois), significa Parir dois
ou Gestação dupla, indicando o nascimento de gêmeos. O primeiro a nascer
recebe o nome de Táíwò (A primeira criança, A criança mais nova, Aquele
que vai conhecer a vida) e o segundo o de Kéhìndé (A segunda criança, A
criança mais velha), sendo considerado espiritualmente mais velho. Toda
criança nascida após o parto de gêmeos recebe o nome de Ìdòwú (equilíbrio
das crianças Ibeji).

Quanto ao orixá Ibeji, ele protege contra a morte prematura, acalma o


sofrimento material e espiritual, orienta o ori do abiku e dos devotos a
seguir o caminho certo, atrai progresso econômico e desenvolvimento
espiritual, harmoniza a vida material com a espiritual, proporciona
sentimentos de paz, tranquilidade, serenidade, confiança, fertilidade,
transforma lágrimas em sorrisos. É associado à duplicidade – entre o existir
e o não existir, o fazer e o não fazer. É sedutor, capaz de atrair condições
para conquistas, domina recursos para promover cura e bem-estar,
interfere no destino humano, removendo obstáculos da vida das pessoas,
como denota este oriki: Òkánlàwón, igbénijú, erelú amo mbá bí, mbá là
(Criança nobre entre as demais, se tiver você, prosperarei). Uma de suas
cantigas traz o seguinte: Omo méjì ni Èjìré tó sò ilé alákisà di aláso (Ejìré são
duas crianças que fazem prosperar o lar do mal-sucedido).

Ibeji possui manifestação dupla: através da simbologia do orixá e através


das crianças gêmeas, que são o seu símbolo máximo e que,
frequentemente, são mandadas à terra por algum orixá para aliviar o
sofrimento de uma família. O nascimento de gêmeos pode ser um problema
ou uma solução para os pais, dependendo do zelo que tiverem: convém que
reverenciem os próprios filhos, considerados semidivindades, sem
desconsiderar suas necessidades de crianças humanas, e que
simultaneamente cultuem Ibeji para ganhar novas forças e conservar a
grande energia recebida com o nascimento desses filhos. Quanto às
próprias crianças ibeji observa-se que, por maior que seja sua semelhança
física, têm expressivas diferenças quanto a seus oris e destinos, sendo
bastante comum a disputa entre eles. Costuma ocorrer que um dos irmãos
alcança sucesso e o outro fracassa na vida. Para que essa diferença não
chegue a extremos é preciso equilibrar as energias dos irmãos e cultuar
Ibeji.

Não há ritual de iniciação em Ibeji, nem assentamento, nem incorporação


nesse orixá. Como o orixá Ibeji (de modo análogo ao que ocorre com as
Iyami) não incorpora em humanos, é reverenciado nas próprias pessoas a
eles dedicadas. A forte identificação dessas pessoas com a divindade que
representam convida os demais à reverência.

Há uma relação importante entre Ibeji e Egbé Aragbô: Ibeji liga-se à


natureza de modo geral e à floresta, morada de Egbé, de modo particular.
Para cultuar um é preciso cultuar também o outro. As pessoas adquirem
certas características ao cultuar Ibeji (que idênticas às dos devotos de
Egbé): são calmos, alegres, brincalhões, sociáveis, gratos, confiantes,
esperançosos, leais, comunicativos, versáteis (tendem a abraçar diversas
atividades simultaneamente), apreciadores de música e dança.

Kori

Kori é a orixá da juventude e da vida, mas, como para viver não basta
respirar, seu axé confere um sentido à existência de seus devotos,
facilitando o processo pelo qual cumprirão seu bom destino. É protetora das
crianças, especialmente das crianças abiku. Todas as pessoas são
constituídas de energias positivas e de energias negativas, mas em alguns
casos o peso de elementos como dificuldades, teimosia e desgraças é
acentuado. Kori é cultuada para romper com estas desgraças, trabalhando
ao lado de Egbé e de Ibeji para manter os abikus na terra. Ao lado de
Egungun e de Ifá, atua para corrigir o mau destino de um devoto e para
neutralizar um fluxo energético passageiro, mas nocivo. Kori atua em
questões relacionadas a fertilidade e a sobrevivência

Egungun
Os seres veneráveis incluem divindades, que personificam fenômenos da
natureza, e ancestrais, associados a elementos estruturantes da sociedade.
O princípio de senioridade, um dos mais estimados na África, determina que
os mais velhos ocupem postos hierárquicos superiores e que os mais jovens
respeitem-nos por sua experiência e sabedoria, desde que a idade traga
valores como um grande número de descendentes e condições materiais
satisfatórias de vida e virtudes como paciência. Na religião dos orixás
qualquer indivíduo notável, dotado de uma existência plena e de uma morte
suave em idade avançada, pode integrar o corpo dos ancestrais veneráveis
da humanidade, desde que seus rituais fúnebres sejam realizados. Os
ancestrais masculinos têm sua instituição em diversas sociedades, como
Egúngún, Ìgunnukó, Oro e Agemo. Os ancestrais femininos, as Ìyá-Agbà
(Mães Anciãs ou Veneráveis Mães Anciãs), também têm sua instituição em
diversas sociedades, entre as quais Gèlèdé.

A palavra Egúngún designa, ao mesmo tempo, um orixá, o conjunto dos


ancestrais masculinos da humanidade e o conjunto dos ancestrais
masculinos de uma família; é derivada de egún, que significa osso ou
esqueleto. No entanto, enquanto por egún se entende um ancestral em
particular, um antepassado já-ido, habitante do orun, que pode se
manifestar no aiye, e que pode não ser venerável, Egúngún ou Babá-Égún
designa toda uma coletividade de seres veneráveis.

Nos cultos aos ancestrais masculinos, Egungun ocupa o lugar central. Os


ancestrais permanecem junto a seus descendentes e interferem em todos os
âmbitos da vida pessoal e familiar de cada um deles, apaziguando ânimos,
atenuando discórdias, estimulando a solidariedade, o espírito de unidade e
a harmonia, renovando a energia exigida para o trabalho e interferindo em
questões de ameaça de desagregação familiar, em casos de disputa e em
problemas de herança, entre tantas possibilidades. Com voz rouca ou
utilizando tons agudos, trepidantes, sibilantes ou nasais, previne e ordena, e
sua palavra é aceita e respeitada.

A presença de Egungun na vida cotidiana de seus devotos mantém viva a


relação de respeito e reverência aos mais velhos: apenas esta razão justifica
o culto a este grande orixá. Mas o culto a Egungun possui, entre outros, o
objetivo de corrigir efeitos de uma herança de caráter espiritual que se
reflete em desequilíbrios de toda ordem: física, emocional, espiritual. Cada
indivíduo recebe de seus antepassados uma herança biológica, emocional e
espiritual, uma carga genético-espiritual/emocional. O culto a Egungun
possibilita agir retroativamente no sentido de eliminar fatores
desfavoráveis ocorridos ao longo das sete gerações anteriores de uma
pessoa, dos quais decorreram dificuldades, doenças e problemas de toda
ordem em sua vida. Esse culto também possibilita resolver conflitos
familiares vividos por pessoas das gerações passadas para restabelecer o
equilíbrio perturbado.

Geledé

A palavra Gèlèdé designa ao mesmo tempo um orixá, uma corporação de


seres espirituais, o conjunto dos ancestrais femininos da humanidade, o
culto a estes ancestrais e sua instituição, Egbé Gèlèdé.

Todos os ancestrais femininos, as Ìyagbà ou Ìyámi, têm sua instituição em


sociedades como Egbé Eleye, Egbé Ògbóni e Egbé Gèlèdé, consideradas
secretas pelo fato de os seus conhecimentos serem transmitidos apenas a
iniciados. A Sociedade Geledé, integrada por homens e mulheres, cultua as
Ìyagbà, também chamadas Iyami, que simbolizam aspectos coletivos do
poder ancestral feminino. Tem por finalidade propiciar a expressão de
poderes místicos femininos, favorecer a fertilidade e a fecundidade, reiterar
normas sociais de conduta e atrair o axé. É dirigida pelas erelú, mulheres
detentoras dos segredos e poderes de Iyami, cuja boa vontade deve ser
cultivada por ser essencial à continuidade da vida e da sociedade.

O Culto a Geledé é encontrado principalmente entre os iorubás do ocidente,


incluindo os de Ketu, Ohori, Anago, Ifoniyin, Awori, Egbado, Ibarapa, povos
do estado de Ogun, na Nigéria, e os Sabe, da República do Benin. Varia
muito em resultado de fatores históricos e de padrões de culto herdados e
adquiridos nas diversas linhagens. Em cada cidade é associado a uma
divindade da terra ou da água.

Iemanjá

Em alguns mitos Iemanjá é esposa de Oranyan, descendente de Oduduwa e


fundador mítico de Oyó, de quem ela teria concebido Xangô. É considerada
mãe de muitos orixás, entre os quais Ogum e Oxum. O nome Yemoja,
constituído de Ye (mãe), omo (filho) e eja (peixe), significa Mãe dos filhos
peixes. Iemanjá, mais relacionada ao poder genitor do que à gestação, é
também chamada Awoyo (Elegante e Bela, Agradável aos olhos). Senhora
de todas as águas, é associada à fertilidade, à procriação e ao poder das
Iyami; abençoa seus devotos concedendo-lhes fertilidade, longevidade,
prosperidade, paciência e motivação para lutar pela vida. Um de seus orikis
diz:

Diante da casa da Senhora dos barcos brota a prosperidade.

No quintal da Senhora dos barcos brotam pérolas.

Seu metal é a prata. Seus símbolos incluem o mar, as embarcações, o coral,


as conchas e estrelas do mar, os fósseis marinhos; óta (pedra de
assentamento); ìrùkèrè (cauda de animal que, após preparo artesanal e
mágico, é carregada por sacerdotes e reis como sinal de realeza e poder);
búzios. Suas cores são o branco e todas as tonalidades de azul. Seus colares
são feitos de contas brancas transparentes e azuis, em diferentes tons.

Ewá

Ewa ou Yewa, a Mãe que sempre existirá, a Mãe Eterna, é uma Ìyagbà
fortemente relacionada às Iyami. Guerreira relacionada ao fogo, detentora
de poderes mágicos de cura e transformação, é maternal e acolhedora.
Atenta ao sofrimento humano, visa transformar dores em alegrias. Aprecia
atividades manuais, sendo dotada de criatividade e senso estético. Seus
símbolos são: óta (pedra de assentamento); ìrùkèrè (cauda de animal que,
após preparo artesanal e mágico, é carregada por sacerdotes e reis como
sinal de realeza e poder); osùn (espécie de tintura vermelha de uso
ritualístico); ìkódíde (pena vermelha da cauda do pássaro òdìdè); búzios.
Tem preferência por roupas multicoloridas e seu colar é verde, amarelo e
marrom.

Obaluaiê

Obalúwayé, contração de Oba-'lu'aiyé (Rei que é o senhor da terra), é


chamado também de Olúwa Aiyé (Senhor da terra) e Olódè (Senhor do
aberto): por ser o Senhor da terra, pede-se licença a ele para usá-la. É
também chamado Ilè-gbóná (Terra Quente), Bàbá (Pai) e Sòpònná (Varíola).
Senhor da varíola e de todas as enfermidades, Obaluaiê inspira terror e
respeito por punir os faltosos com doenças, mas é associado também à
cura, à justiça e à paz social. Sua energia é manipulada para agradecer a
terra pelo que esta oferece às pessoas. Seu poder é usado na cura de todas
as enfermidades, particularmente as de pele.

Este orixá proíbe a mentira, o envenenamento e a magia negra. Usa roupa


vermelha e viaja quando o sol está bem quente: por isso as pessoas são
desaconselhadas a usar roupa vermelha e a andar sob o sol para não lhe
causar aborrecimento. Cuidados especiais devem ser tomados durante a
estação das secas, de modo a não se adotar nenhum procedimento que
possa ofendê-lo; isto é compreensível porque a varíola é mais frequente e se
espalha mais facilmente durante esse período. Sua permissão é solicitada
em festas através de expressões como Deixe-me obter a permissão do
senhor da terra: se ele nos permitirá dançar. Sua hospitalidade é solicitada
no cultivo à terra através da reza O fazendeiro poderia ser
extraordinariamente agradado, O algodão não queimaria, e desagradaria o
fazendeiro. Entre seus nomes encontram-se Jagun (Guerreiro; Caprichoso;
Protetor de crianças abiku); Alajogun (Orixá da prosperidade; Protetor das
casas e cidades) e Alapomoro (Aquele que realiza curas trabalhando com o
axé de Ossaim: cura inclusive no plano das emoções e revela tendências
para o ciúme).

Obaluaiê é estreitamente relacionado a Exu. Seu castigo, como o de Xangô,


é considerado uma punição nobre. Assim, a morte de alguém por varíola
não deve ser lamentada, mas, ao contrário, deve ser aceita com alegria e
gratidão. Daí origina-se outro de seus nomes: Alápadúpé (O que mata e a
quem devemos ser agradecidos por haver morto). Alguns anciãos dizem que
Obaluaiê é irmão mais novo de Xangô. De fato o elemento fogo é comum às
duas divindades, nas febres provocadas por Obaluaiê e no poder
incendiador de Xangô. Esta crença leva os devotos de Xangô a
considerarem-se imunes à fúria de Obaluaiê, e vice-versa: daí a expressão
Não há dano que o irmão mais velho possa infligir aos filhos do irmão mais
novo. Estes orixás são tão familiares entre si que, segundo narrações
tradicionais, Obaluaiê refere-se frequentemente a Xangô, em tom de
brincadeira, dizendo que quando este vai destruir uma única pessoa faz um
enorme alarde, com extraordinários efeitos de luz e som (relâmpagos e
raios), enquanto ele próprio destrói centenas de pessoas silenciosamente.

Nanã Buruku

Entre os ewe e os fon da República do Benin, Deus é conhecido como Nanã


Buruku. Adotada pelos egba sob o nome Buruku, ela veio a ser cultuada
entre os iorubás como divindade, e não como o Ser Supremo. Eis alguns de
seus nomes: Ajapa (Guardiã do monte); Opara (Mãe de Obaluaiê); Ibain
(Dona da terra); N’ Buruku (A mais velha); Obaiya (A dos pântanos); Ajaosi
(Guerreira agressiva). Tanto em ewe quanto em fon a expressão Nana
Bùrúkù é formada a partir da combinação entre nana (velho ou antigo) e
Bùrúkù (o nome de Deus): deste modo, Nanã Buruku significa Deus Antigo.
Esta divindade foi levada a Abeokuta pelos sabe, um povo vizinho à cidade,
mais especificamente por uma mulher escrava. É considerada
particularmente poderosa por ser filha do próprio Ser Supremo: por tal
razão é chamada também de Omolu, contração de omo (filho) e Olúwa
(Deus), literalmente Filha de Deus. Outra interpretação possível para o
nome Nanã baseia-se no fato de que na, raiz proto-sudânica ocidental,
significa mãe.

Nanã Buruku é a Ìyagbà mais estreitamente associada à morte, à terra, aos


lagos e às fontes, à lama e às águas contidas na terra. Sua qualidade
maternal e sua relação com a lama e a terra úmida associam-na à
agricultura, à fertilidade e aos grãos. Seus filhos são os mortos e os
ancestrais. Tanto os ewe como os egba consideram Buruku um ser
andrógino. Entre os iorubás, o aspecto masculino do orixá é chamado
Bùrúkù e o aspecto feminino é chamado Omolu. É cultuada principalmente
por mulheres, que seguem formas ritualísticas semelhantes às adotadas
pelos ewe e pelos fon em seus cultos.

Nanã Buruku, considerada uma divindade de temperamento difícil, é


responsável por muitas misérias e adversidades, mas se devidamente
apaziguada revela-se poderosa e benevolente. Seus iniciados não devem
faltar às obrigações de culto, sob a pena de tornarem-se vítimas de
infortúnios. Os recém-nascidos, as mulheres em estágio adiantado de
gravidez e as mulheres menstruadas ou que acabaram de ter relações
sexuais são proibidos de se aproximarem do santuário. Apenas após a
menopausa as mulheres podem se tornar sacerdotisas de Nanã Buruku e
são as únicas autorizadas a oferecer-lhe sacrifícios, devendo os demais
devotos permanecer do lado de fora do santuário.

Nanã Buruku precisa ser constantemente ressarcida para poder gerar novas
vidas, pois os novos nascimentos são possíveis somente porque ela recebe
os mortos em seu seio. Deste modo a terra, igbá-nlá (a grande cabaça),
recebe os corpos mortos, que lhe restituem a capacidade genitora e tornam
possíveis novos nascimentos, e todo renascimento está relacionado com os
ancestrais. A restituição e o renascimento estabelecem e preservam as
relações entre orun e aiye, enquanto os ancestrais garantem a continuidade
da vida no aiye.

Nos festivais anuais as imagens esculpidas em madeira são retiradas do


santuário e carregadas em procissão. Durante as festividades em sua
homenagem os aspirantes à iniciação recebem instruções e perdem
temporariamente a capacidade de falar, regredindo a estágios anteriores
do desenvolvimento, e falam como criancinhas que estivessem ainda
aprendendo. No final desse período resgatam a capacidade linguística e
retornam para casa entre canções e outras expressões de regozijo.

Oxalá

Divindade incumbida pelo Ser Supremo de criar a terra sólida e povoá-la e


de modelar a forma física do homem, Oxalá é frequentemente descrito
como o representante do Ser Supremo na terra. Sendo um orixá muito
antigo, diretamente originado do Ser Supremo, compartilha com Ele alguns
nomes, entre os quais se encontram Òrìsànlá (Grande Orixá, Rei que é
Grande); Òrìsà-àlá (Orixalá, Orixá da Pureza); Obàtálá (Rei em vestes
brancas ou Rei da Pureza); Atérerekáyé (O que se expande por toda a
extensão da terra); Elédá (Construtor); Alábaláse (Regente que empunha o
cetro, símbolo da autoridade divina); Ibìkéjí Èdùmàrè, (Representante de
Olodumare); Osàlùfon (Orixá da paz do reino de Ifón); Ògìrìyán (Aquele que
se alimenta de iyán, inhame pilado); Òrìsà funfun (Orixá branco, Orixá
limpo); Aládé séséefun (Rei cuja coroa é confeccionada com séséefun,
miçangas brancas); Òrìsà Ifè (Orixá da cidade de Ifè).

Orixá da criatividade, da paz e da tranquilidade, neutraliza turbulências e


torna seus devotos prósperos, desde que se esforcem para isso: Oxalá dá a
seus filhos motivo para rir e eles riem. Este Orixá é exigente em relação ao
senso de moralidade de seus filhos, que devem ser como a água da
nascente. Exige que sejam corretos e de coração puro: Aiye won a toro bi
omi a-f'oro-pon! (Suas vidas serão puras e límpidas como água apanhada
logo cedo pela manhã!); Obatalá a dani bo ti ri (Obatalá faz a pessoa do seu
jeito); Orisa to da abuke, lo se okun si aro ni idi (Orixá que fez o corcunda, é
ele também que fez o aleijado mancar); Oba aji je igbin (O rei que come
igbin logo cedo pela manhã).

As pessoas que nascem defeituosas são chamadas Eni Orisa (Devotos do


Orixá), em homenagem a Oxalá, e devem respeitar certos tabus
alimentares. Em algumas regiões é costume dizer-se a uma mulher grávida
Ki Orisa ya 'na 're ko ni o (Possa Orixá realizar um belo trabalho de arte
para nós). Ouve-se também: Ki 'se ejo eleyin gan-n-gan; Orisa l'o se e ti ko fi
awo bo o (Os dentuços não devem envergonhar-se. Foi Orixá quem os fez e
não providenciou cobertura suficiente para seus dentes).

Ayé won á tòrò bí omi afàárò-pon!

Suas vidas serão puras e límpidas como água apanhada na nascente logo
cedo pela manhã!

Obàtálá adáni bó tí ri.

Obatalá fez a pessoa do jeito que ela é.

Òrìsà tó dá abuké, ló se okun sí aro ní idi.

Orixá é quem fez o corcunda e também fez o aleijado mancar.

Oba àjí je ìgbín.

O rei que come ìgbín logo cedo pela manhã (ìgbín como símbolo de
autocontrole, paciência e serenidade).

Oxalá é cultuado por toda a terra iorubá. Mulheres estéreis pedem a


benção de conceber e mulheres grávidas bebem água de seu santuário para
terem filhos bonitos. Inválidos são tratados com essa mesma água, colhida
de manhã bem cedo, devendo a pessoa que vai apanhá-la permanecer em
silêncio total durante a realização dessa tarefa. A água do santuário de
Oxalá deve ser trocada todos os dias para manter-se pura. Antigamente
apenas mulheres virgens ou sem atividade sexual e de indiscutível
reputação moral podiam apanhar água em sua nascente. Durante todo o
percurso de ida à fonte e retorno, para evitar que lhe dirijam a palavra, a
pessoa que apanha a água faz soar continuamente o agogo, informando
tratar-se de um cortejo sagrado.

Iroko

Ìrókò é o orixá da cura, da paz, da harmonia social, da tranquilidade, da


fertilidade e do poder espiritual. Capaz de atrair e preservar o axé, tem
como símbolos máximos a árvore sagrada ìrókò e florestas, parques e
jardins. Tem por símbolos também o espaço, o tempo, a terra, òta (pedra de
assentamento), ìrùkèrè (cauda de animal que, após preparo artesanal e
mágico, é carregada por sacerdotes e reis como sinal de realeza e poder) e
búzios. Ìrókò veste branco e colares multicoloridos. Tem relação estreita
com Egbé, Ossaim, Egungun, Geledé e Iyami Oxorongá, entre outros orixás.
Favorece o desenvolvimento do ori e da sensibilidade às energias sutis: por
isso, um de seus nomes é Olúwéré, Senhor dos mistérios e da rapidez. O fato
de Ìrókò favorecer o desenvolvimento do ori faz com que alivie estados de
perturbação mental e estimule firmeza e estabilidade pessoais, tornando a
pessoa mais forte e apta a enfrentar os desafios da vida. É cultuado em
sinal de gratidão à natureza, por tudo o que ela oferece ao homem.

Igunukô

Protetor da agricultura, força criadora e regeneradora, Ìgúnnukó favorece o


plantio e a colheita. Integra cultos a ancestrais masculinos e femininos com
a finalidade de manter a conexão e a harmonia com os antepassados, para
que sua energia favoreça a boa colheita, a fertilidade, a cura, a
prosperidade, a justiça nas relações e a paz social. Como nos cultos a
antepassados, o culto a Ìgúnnukó visa eliminar ou atenuar calamidades
públicas. Seus símbolos são potes de barro; tambores; óta (pedra de
assentamento); ìrùkèrè (cauda de animal que, após preparo artesanal e
mágico, é carregada por sacerdotes e reis como sinal de realeza e poder); e
búzios. Sua preferência são as roupas e os colares multicoloridos.

Odu

A palavra Odù designa 256 orixás que estabelecem relações hierárquicas


entre si e, simultaneamente, cada um dos capítulos do corpus literário de
Ifá e suas respectivas configurações geomânticas, obtidas pela queda dos
búzios, dos ikin ou do òpèlè. O corpus literário de Ifá é, ao mesmo tempo, o
conjunto de saberes sagrados e códigos de conduta do povo iorubá e o
registro de todos os acontecimentos míticos e históricos dignos de nota
desse povo, transmitidos entre os babalaôs de geração a geração há
milênios através da longa cadeia da tradição oral. Há 16 odus maiores, Ojù
Odù, e 240 menores, Omo Odù ou Àmúlù Odù, compondo um total de 4.096
(16 x 16 x 16) poemas que servem de suporte para a interpretação oracular.
Os Omo Odù, literalmente criança/filho do Odu, são considerados filhos dos
odus maiores, sendo seus nomes compostos pelos nomes dos principais, dos
quais “herdam” características.

Oduduwa

Criador, Senhor da justiça.

Em alguns relatos míticos Odùdùwà é a Ìyagbà incumbida pelo Ser Supremo


de criar o planeta terra; em outros, teria se apropriado desta função em
meio à impossibilidade de Oxalá executá-la, cabendo a ele modelar os
corpos dos seres humanos para compensar esta situação. Na concepção
africana algumas características de um elemento não são,
necessariamente, mutuamente excludentes: por isso, existem relatos, ainda,
segundo os quais Odùdùwà seria um homem deificado, e não
originariamente uma Ìyagbà.

Assim, em alguns mitos, é apresentado como o patriarca mítico do povo


iorubá, considerado o “primeiro ocupante de uma terra antes desabitada”.
Também chamado Oodua ou Odudua, nome que significa O Grandioso que
criou a existência, segundo a narrativa mítica ele e seu séquito de
desbravadores teriam sido os sobreviventes de um dilúvio. Daí serem
chamados pelos antigos de ooye, os que foram salvos. Narrativas orais
concordam ao afirmar que Oduduwa e seus seguidores estabeleceram-se
em Ilê-Ifé, tornando-se ele o primeiro ooni (rei) da cidade, considerada a
pátria espiritual dos iorubás e local onde teria ocorrido a criação do mundo.
Mesmo sendo impossível precisar com exatidão a sua origem ou separar
seus feitos míticos dos reais, todas as tradições iorubás o apontam como o
grande patriarca desse povo. Os reis locais, que governam subgrupos,
consideram a si mesmos como seus descendentes diretos, o que por si só
constitui e legitima a razão de ser de sua realeza, mantida através de um
sistema de sucessão imutável há vários séculos.

Olojó
Olójó, contração de ol (senhor) e ójó (dia, tempo), é o Senhor do Dia, o
Senhor do Tempo. Partilha este nome com Ogum e, como ele, favorece os
seres humanos no plano das ações. Olójó é o orixá do tempo e das
mudanças de ciclo: por isso mesmo, encontra-se relacionado a Orì, o orixá
do destino. É evocado para permitir que rituais sejam realizados e para
converter uma época adversa em uma época promissora: pode ser evocado,
enfim, quando se deseja que as ações realizadas em um dia sejam bem-
sucedidas. Enquanto algumas questões envolvem sobrevivência, as
conquistas são pressupostos da maturidade e ninguém vence na vida por
acaso: o culto a Olójó permite manter oportunidades, colocar graça nos
feitos do indivíduo e prolongar os ciclos positivos de sua trajetória
existencial.

Onilê

Onilè, contração de oni (senhora) e ilè (terra, espaço), é a Senhora da Terra,


a Senhora do Espaço: como a palavra ilê é compreendida na acepção física
do espaço, ðnilÄ trabalha com os domínios de Obaluaiê. Mas o conceito de
ilê não se reduz à acepção física: afinal, a terra tem funções, relacionadas
às funções de outros orixás, e o fato de acolher a humanidade indica a
importância da Mãe Terra. Tudo o que ocorre, ocorre sobre a terra: por isso,
Onilè é a guardiã da nossa moradia e o grande símbolo da sobrevivência,
estreitamente associada a Ewa. A existência humana tem muitos aspectos –
físicos, emocionais, mentais, espirituais – e Onilè oferece a base desta
existência tanto no aiyê quanto no orun. A terra é o símbolo sagrado por
excelência, e Onilè é a guardiã deste espaço sagrado.

GLOSARIO

=ACAÇAS>farinha de mandioca ou de milho,sal,água e azeite-de-dendê.

=ADOÇAR >acalmar uma pessoa,torna-la dócil.

=AMARRAÇÃO>prender uma pessoa com a outra.

=ANJO DA GUARDA>chama-se assim o um axé e não sabe-se qual o orixá use


o termo>anjo da guarda<.Acrque na realidade é o orixá da pessoa,o ori
principal.Quando executa-se edite que,porém ele não tem olhos
azuis,cabelos louro,muito menos asas.

= AZEITE-DOCE >azeite de oliva virgem ou extra-virgem.

=BRUXA DE ÉVORA>exu sim senhor,esta bruxa faz parte do clã das feiticeiras
velhas subordinada a Oxum Doco.

=101>valor simbólico que significa um número elevado mas sem


determinação de quantidade.

=CINZA VEGETAL>recíduo extraído da queima de lenha limpa. Aconselhado o


material retirado do fogão a lenha ou lareira.

=COITÉ>arboreta bignoniacea de madeira útil,e cujo fruto,maduro e


esvaziado é usado como vazilha.Cuia.Porongo.

=COMIGO-NINGUÉM-PODE >tenha cuidado com crianças e animais. Pois essa


planta é venenosa

=CHAMPANHE>depende do poder aquisitivo do agraciador, podendo ser


espumantes em geral, cidra e vinhos espumantes.

=FARINHEIRO DE BARRO> tigela feita de barro geralmente de maneira


artesanal,com tampa.

=FÊMEA>quando se refere a elementos não animais as fêmeas são de


aspectos arredondados e machos pontudos.Incluímos as pedras para otás.

=GAMELA>tigela feita de madeira de formato diversos.

=IGBÁ>cabaça , ventre.pote onde são guardados os otás e instrumentos de


trabalho de cada orixá.

=INHAME>mesmo que aipim ou mandioca.

=JAMBOS>fruto de cor rubra ou tostada,do jambeiro.


=MAXIXE>fruto do maxixeiro,comestível.

=ÓGÒ>purete,pedaço de talhara.Ferramenta utilizado por Bara.Sentido


fálico.

=OVO POSITIVO> ovo no formato bicudo,masculino.

=OVO NEGATIVO>ovo no formato arredondado,feminino.

=PADÊ DE DENDÊ>mistura de farinha de mandioca com dendê e farinha de


milho misturado com mel ,após as duas são misturas .

=PALHA-DA -COSTA> folha do dendezeiro.

=PÓS DO AMOR, AMAÇÃO, UNIÃO E OUTROS> são produtos adquiridos em casas


especializadas em artigos religiosos mas é melhor é fazer a pessoa mesmo,
receitas e dicas no link Esoterismo/ material para defumadores e pós.

=PUCHAR>ato de separar a cabeça do animal do resto do corpo

=SYRACH>exu calunga

=VELA>é mais comum usar as velas de parafina de 20 grs.

LENDAS DOS ORIXAS

HISTORIA DAS DIVINDADES DA ÁFRICA

Na aurora de sua civilização, o povo africano mais tarde conhecido pelo


nome de iorubá, chamado de nagô no Brasil e lucumi em Cuba, acreditava
que forças sobrenaturais impessoais, espíritos, ou entidades estavam
presentes ou corporificados em objetos e forças da natureza. Tementes dos
perigos da natureza que punham em risco constante a vida humana,
perigos que eles não podiam controlar, esses antigos africanos ofereciam
sacrifícios para aplacar a fúria dessas forças, doando sua própria comida
como tributo que selava um pacto de submissão e proteção e que
sedimenta as relações de lealdade e filiação entre os homens e os espíritos
da natureza. Muitos desses espíritos da natureza passaram a ser cultuados
como divindades, mais tarde designadas orixás, detentoras do poder de
governar aspectos do mundo natural, como o trovão, o raio e a fertilidade
da terra, enquanto outros foram cultuados como guardiões de montanhas,
cursos d'água, árvores e florestas. Cada rio, assim, tinha seu espírito
próprio, com o qual se confundia, construindo-se em suas margens os locais
de adoração, nada mais que o sítio onde eram deixadas as oferendas. Um
rio pode correr calmamente pelas planícies ou precipita-se em quedas e
corredeiras, oferecer calma travessia a vau, mas também mostra-se pleno
de traiçoeiras armadilhas, ser uma benfazeja fonte de alimentação piscosa,
mas igualmente afogar em suas águas os que nelas se banham. Esses
atributos do rio, que o torna ao mesmo tempo provedor e destruidor,
passaram a ser também o de sua divindade guardiã. Como cada rio é
diferente, seu espírito, sua alma, também tem características específicas.
Muitos dos espíritos dos rios são homenageados até hoje, tanto na África,
em território iorubá, como nas Américas, para onde o culto foi trazido pelos
negros durante a escravidão e num curto período após a abolição, embora
tenham, com o passar do tempo, se tornado independentes de sua base
original na natureza. O contato entre os povos africanos, tanto em razão de
intercâmbio comercial como por causa das guerras e domínio de uns sobre
outros, propiciou a incorporação pelos iorubás de divindades de povos
vizinhos, como os voduns dos povos fons, chamados jejes no Brasil, entre os
quais se destaca Nanã, antiga divindade da terra, e Oxumarê, divindade do
arco-íris. O deus da peste, que recebe os nomes de Omulu, Olu Odo,
Obaluaê, Ainon, Sakpatá e Xamponã ou Xapanã, resultou da fusão da
devoção a inúmeros deuses cultuados em territórios iorubá, fon e nupe. As
transformações sofridas pelo deus da varíola, até sua incorporação ao
panteão contemporâneo dos orixás, mostra a importância das migrações e
das guerras de dominação na vida desses povos africanos e seu papel na
constituição de cultos e conformação de divindades. Dentro da cultura do
Candomblé, o Orixá é considerado a existência de uma “vida passada na
Terra”, na qual os Orixás teriam entrado em contato direto com os seres
humanos, aos quais passaram ensinamentos diretos e se mostraram em
forma humana. Essa teria sido uma época muito distante na qual o ser
humano necessitava da presença física dos Orixás, pois o ser humano ainda
se encontrava em um estágio muito primitivo, tanto materialmente como
espiritualmente. Após passarem seus ensinamento voltaram à Aruanda,
mas deixaram na Terra sua essência e representatividade nas forças da
natureza.

LENDAS DE EXÚ

SOBRE EXÚ

Exú é o 1º nascido da existência e, como tal, o símbolo do elemento


procriado. Mensageiro dos orixás , elemento de ligação entre as divindades
e os homens, a um tempo mais próximo do mundo terreno e mais perto do
elevadíssimo espaço celeste por onde transita Òrúnmìlà, é um orixá, é
sempre a primeira divindade a receber as oferendas, justamente para que
atue como um aliado e não como um rival que perturbe os procedimentos
místicos desenvolvidos durante os rituais. Coerente com seu lugar mítico
privilegiado, é ele que abre esse "corpus mitopoético" .

Princípio dinâmico e princípio da existência individualizada, Exú não pode


ser isolado ou classificado em nenhuma das categorias. Ele é como o axé
(que ele representa e transporta), participa forçosamente de tudo. Segundo
Ifá cada um tem seu próprio exú e seu próprio Olorún em seu corpo. O
nome de exú é conhecido, invocado e cultuado junto ao orixá. E é Ifá quem
revela e permite-nos sabê-lo.

Quem delegou esse poder à exú foi Olorún ao entregar-lhe o àdó-iràn , a


cabaça que contém a força que se propaga. Esta cabaça está presente em
seus "assentos", é uma cabaça de pescoço grande, e basta exú apontá-la a
algo para transmitir seu axé.

O Òkòtó representa o crescimento Agbárá - poder que permite a cada um se


mobilizar e desenvolver suas funções e seus destinos. Por isso recebe o título
de Elegbára (senhor do poder).

Oxé-tuwá, representante direto de exú, simboliza um de seus aspectos mais


importantes, o de ser encarregado e transportador das oferendas, Òjise-
ebo.

Exú Elegbára = senhor do poder...Conhecido como Elegbára (ele=dono,


senhor ; agbara=poder), contém muitas definições e funções. É o
companheiro de Ogum.

Exú Yangi = pedra vermelha de laterita, pedaços de laterita cravados na


terra, indicam o lugar de culto à Exú. Yangi é a representação mais
importante de Exú e, é assim invocado:

EXÚ YANGI OBÁ BABÁ EXÚ

EXÚ YANGI rei, pai de todos os Exú.

Exú Yangi é o Exú ancestre, o Exú Agbá.

Exú Àgbá = pai-ancestre (representação coletiva de todos os exús


individuais)

Exú Obá - rei-de-todos

Exú Alakétu = título dado a exú pelos kétu da Bahia - rei do povo Kétu -

Exú Elebo = senhor-das-oferendas

Exú Ojìse-ebo = encarregado-e-transportador de oferendas

Exú Elérú = senhor do erú (carrego)

Exú Olòbe = proprietário e senhor da faca

Exú Enú-gbárijo = explicitador de mensagens

Exú Bara = o rei do corpo (obá + ara) (princípio de vida individual)

Exú Odara = aquele que guia (mostra o caminho, vai na frente)


Exú por ser resultado da interação de um par, é o portador mítico do sêmen
e do útero ancestral e como princípio de vida individualizada ele sintetiza os
dois, É por isso que frequentemente, e, é representado pela forma de um
par, uma figura masculina e uma feminina, unidos por fileiras de búzios. Exú
está profundamente ligado à atividade sexual. Representados por um falo
(pênis), ou suas representações simbólicas como: os penteados de forma
fálica, sua arma, o ogó - bastão em forma de pênis -, sua lança; já as
cabacinhas representam seus testículos.

Exú também está representado com objetos à sua boca; dedo, cachimbo e
principalmente flauta, que vem representar a atividade sexual, como
absorção e expulsão, ingestão e restituição, com a flauta Exú chama seus
descendentes. Portanto símbolo por excelência da fecundidade. Exú jamais
toma a forma de procriador. Exú é cultuado tanto como lésè-égún, como
lésè-orixá, e apenas por seu intermédio é possível cultuar os orixás e as Iyá-
mi (mãe ancestre). Não é apenas Òjisé-ebo, mas principalmente Òjisé, o
mensageiro, fazendo a comunicação entre tudo que é oposto.

Com efeito a relação entre Exú e Ifá, é indiscutível, e Exú está representado
em um dos principais emblemas característicos do culto à Ifá , o òpón, onde
Exú tem sua representação em forma de rosto, de triângulos e losangos. É
no seu papel de princípio dinâmico, de princípio de vida individual e de Òjise
ou elemento de comunicação, que Exú Bará está indissoluvelmente ligado à
evolução e ao destino de cada indivíduo. Como tal ele também é senhor dos
caminhos Exú Olònà, e ele pode abri-los ou fechá-los.

Exú fica à esquerda dos caminhos. O elemento procriado, é a prova do


poder das Iyá-mi, é o pássaro, o Elèye. Exú foi o primeiro a usar ekódide
(pena de uma espécie de papagaio) na cabeça, e foi isto que o tornou
decano de todos os orixás. Alguém que coloca ekódide na cabeça sem
necessidade, provoca a cólera de Exú.

Enganosamente ou mal intencionados, os primeiros missionários que


chegaram à África, compararam-no ao diabo, por algumas de suas formas,
artimanhas e poderes atribuídos. Ele tem as qualidades dos seus defeitos,
pois é dinâmico e jovial, havendo mesmo pessoas na África que usam
orgulhosamente nomes como Èxúbíyìí (concebido por exú), ou Èxùtósìn (Exú
merece ser adorado).

Como personagem histórica, Exú teria sido um dos companheiros de


Odùduà, quando da sua chegada à Ifé, e chamava-se Exú Obasin. Tornou-se
mais tarde, um dos assistentes de Orúnmilá, que preside a adivinhação pelo
sistema de Ifá. Segundo Epega, Exú, tornou-se rei de Kêto sob o nome de
Exú Alákétu. É Exú que supervisiona as atividades do rei em cada cidade: o
de Oyó é chamado Exú Akesan.

Como orixá, diz-se que veio ao mundo com um porrete, chamado, ogó, que
teria a propriedade de transportá-lo, a centenas de quilômetros e de atrair,
por um poder magnético, objetos situados a distâncias igualmente grandes.

Qualidades

Elegbára

Alákétu

Laalu

Jelu

Run danto

Tiriri

Lonan

Jele bara

Anan ou Inan

Bará

Jigidi

Mavambo
Embeberekete

Sinza Muzila

Sandú

Baragbo

Akesan

Baralajki

Betire

Lamu Bata

Okanlelogun

Arquétipos

São pessoas geralmente de um caráter variado, ao mesmo tempo bom e


ruim, são pessoas compreensivas, principalmente com os problemas
alheios, são conselheiros, intriguentos, procuram fazer tudo certo, mas se
resolverem fazer tudo errado não há quem os agüente, são pessoas fortes,
incansáveis, desordeiros, animados, alegres e brincalhões, e gostam de
fiscalizar os outros, gostam de resolver encrencas das outras pessoas,
ciumentos e interesseiros.

Ervas

Odun-dun = Folha-da-costa

Teté= Bredo sem espinhos

Orim-rim = Alfavaquinha

Pepé= Malmequer bravo

Labre = Tiririca

Kanan-kanan= Folha de bobó


Kan-kan= Cansanção de porco

Inã = Cansanção branco de leite

Aberê = Picão-da-praia, carrapicho-de-agulha.

LENDAS DE OGUM

SOBRE DE OGUM

Ogum era o mais velho e o mais combativo dos filhos de Odudua,o


conquistador e rei de Ifé. Por isto,tornou-se o regente do reino quando
Odudua, momentaneamente,perdeu a visão.
Ogum era guerreiro sanguinário e temível.

"Ogum,o valente guerreiro, O homem louco dos músculos de aço!

Ogum,que tendo água em casa, lava-se com sangue!"

Ogum lutava sem cessar contra os reinos vizinhos.

Ele trazia sempre um rico espólio de suas expedições,

além de numerosos escravos.

Todos estes bens conquistados,ele entregava a Odudua,seu pai,rei de Ifé.

"Ogum o violento guerreiro, o homem louco,dos músculos de aço.

Ogum,que tendo em casa, lava-se com sangue!"

Ogum teve muitas aventuras galantes.

Ele conheceu uma senhora,chamada Elefunlosunlori-

"aquela que pinta a cabeça com pó branco e vermelho."

Era a mulher de Orixá Okô,o Deus da agricultura.

De outra feita,indo para a guerra,Ogum encontrou,à margem de um riacho,

uma outra mulher,chamada Ojá,e com ela teve o filho Oxóssi.

Teve,também,três outras mulheres que tornaram-se,depois,mulheres de


Xangô.

Kawo Kabieyesi Alafin Oyó Alayeluwa!

Saudemos o Rei Xangô,o dono do palácio de Oyó,Senhor do Mundo!"

A primeira,Iansâ,era bela e fascinante;

a segunda,Oxum,era coquete e vaidosa;

a terceira,Obá era vigorosa e invencível na luta.


Ogum continuou suas guerras.

Durante uma delas,ele tomou Irê.

Antigamente,esta cidade era formada por sete aldeias.

Por isto chamam-no,ainda hoje,Ogum mejejê lodê Irê-

"Ogum das sete partes de Irê"

Ogum matou o rei Onirê e o substituiu pelo próprio filho,

conservando para si o título de Rei.

Ele é saudado como Ogum Onirê! "Ogum Rei de Irê!"

Entretanto,ele foi autorizado a usar apenas uma coroa,"akorô".

Daí ser chamado,também,de Ogum Alakorô-"Ogum dono da pequena


coroa".

Após instalar seu filho no trono de Irê,

Ogum voltou a guerrear por muitos anos.

Quando voltou a Irê,após longa ausência,ele não reconheceu o lugar.

Por infelicidade,no dia de sua chegada,celebrava-se uma cerimônia,

na qual todo mundo devia guardar silêncio completo.

Ogum tinha fome e sede.

Ele viu as jarras de vinho da palma,

mas não sabia que elas estavam vazias.

O silêncio geral pareceu-lhe sinal de desprezo.

Ogum,cuja paciência é curta,encolerizou-se.

Quebrou as jarras com golpes de espada e cortou a cabeça das pessoas.


A cerimônia tendo acabado,apareceu,finalmente o filho de Ogum

e ofereceu-lhe seus pratos prediletos:

caracóis e feijão,regados com dendê;

tudo acompanhado de muito vinho de palma.

"Ogum,violento guerreiro,

o homem louco dos músculos de aço.

Ogum,que tendo água em casa,

lava-se com sangue!"

"Os prazeres de Ogum são o combate e as brigas.

O terrível orixá,que morde a si mesmo sem dó.

Ogum mata o marido no fogo e a mulher no fogareiro.

Ogum mata o ladrão e o proprietário da coisa roubada!"

Ogum,arrependido e calmo,lamentou seus atos de violência,

e disse que já vivera bastante,

que viera agora o tempo de repousar.

Ele baixou,então,sua espada e desapareceu sob a terra.

Ogum tornara-se um orixá.


LENDAS DE OXOSSI

SOBRE ODÉ (OXOSSI)

É o orixá caçador, que vive nas florestas e nas terras verdes não cultivadas.
Está associado à lua e à noite, por ser o melhor momento para a caça. Sua
técnica consiste em esperar, pacientemente, a preza aproximar-se para,
então, deferir seu tiro certeiro.

Orixá poderoso, encantado do maior respeito, suas festas são de grande


beleza e opulência. Uma delas, a das Quartinhas de Oxossi, no candomblé
do Gantois, onde reina a veneranda Mãe Menininha, é inesquecível
espetáculo.

Sua principal ferramenta é o ofá (arco) e a flecha, muito utilizados em sua


arte. Acredita-se que esse orixá conhece o segredo do nosso planeta, pois os
dois hemisférios (norte e sul), quando separados, assemelham-se ao seu
arco.

Outra ferramenta importante é o erukerê, objeto sagrado feito com o rabo


de búfalo, utilizado, especialmente, para a magia. Seus poderes mágicos
são muito importantes, através dos quais os caçadores enfrentam os seres
encantados que habitam as florestas. O erukerê, que é detentor de "axé",
também serve para espalhar a fertilidade pelo mundo.

Na mitologia yorubana, Odé é filho de Yemonjá e irmão de Ogun, que,


assim como ele, adora a liberdade. É muito confundido com a caçadora
Oxóssi, seu correspondente feminino. Ambos estão relacionados à fartura,
prosperidade e à eterna convivência com a natureza.

Odé tem como missão trazer caça para todos os povos do mundo. A caça
simboliza o alimento necessário para a sobrevivência das espécies e,
também, a busca de novos caminhos para o desenvolvimento.

A atividade de caçador sempre foi considerada pioneira e muito importante,


trazendo para seus integrantes uma posição de destaque entre os seus.

Devido à sua principal atividade, Odé permanece muito tempo isolado,


concentrando-se totalmente na tarefa que está desempenhando.

Odé também é reverenciado durante os rituais de colheita e de fertilização


do solo.

LENDA DE ODÉ

Na cidade de Ifé, realizavam-se festividades e rituais por ocasião das


colheitas. Os sacerdotes da aldeia, fugindo aos seus costumes, não
realizavam as oferendas obrigatórias para três das maiores bruxas
conhecidas: as Iya-mi Oxorongás. Esse ato imperdoável precisava de uma
boa punição. Foi assim que elas enviaram um enorme pássaro para
assombrar aquela aldeia.

A ave ficou pousada no telhado do palácio, de onde podia avistar toda a


cidade.

Um clima de medo e mau agouro espalhou-se entre os moradores, que não


sabiam o que fazer para acabar com aquele terrível monstro.

Oferendas foram realizadas para as Oxorongás, mas sem resultado. Era


tarde demais para isso.

Foi então que alguns caçadores se apresentaram para matar o pássaro das
bruxas, mas foram todos derrotados. O último caçador possuía apenas uma
flecha, e era a última esperança de livrar a aldeia da morte. Esse caçador
era Odé.

Sua mãe, que estava longe daquele lugar, teve um mau presságio com
relação a ele. Consultando um babalawô, teve a confirmação do que já
sabia: seu filho corria grande perigo.

Foram necessárias muitas oferendas para que a missão de Odé fosse


executada com perfeição e, graças a isso, Odé pôde matar o pássaro com
sua única flecha, livrando sua aldeia da aniquilação. Desde então, vem
sendo venerado por esse povo.

CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE ODÉ

O arquétipo de Oxóssi é o das pessoas espertas, rápidas, sempre alerta e


em movimento. São pessoas cheias de iniciativa e sempre em vias de novas
descobertas ou de novas atividades. Têm o senso da responsabilidade e dos
cuidados para com a família. São generosas, hospitaleiras e amigas da
ordem, mas gostam muito de mudar de residência e achar novos meios de
existência em detrimento, algumas vezes, de uma vida doméstica
harmoniosa e calma.
A determinação e a paciência para aguardar o momento certo de agir,
fazem parte da sua personalidade. São joviais, rápidos e espertos, sempre
com um olhar atento e vivo. Possuem um corpo esguio, sendo geralmente
magros e pouco musculosos. Suas mãos são delgadas e finas.
Movimentam-se quase que flutuando, com muita leveza no andar. É um
orixá de pessoas presas ao cotidiano e de homens comuns, que não sonham
muito. Alguns filhos desse orixá possuem muita criatividade e dons
artísticos.

Dia da semana: quinta-feira.

Cores: azul turquesa e verde.

Gêge: nesta nação denomina-se AGUE.

Angola: Congobira.

Domínios: florestas, matas e terras virgens.

Oferendas: aprecia muito o milho cozido.


Oração de São Cipriano para amarração
São Cipriano, tu que és um dos mais poderosos santos a quem mais
orações são rezadas, tu que és capaz de virar cabeças, corações,
pensamentos e ilusões, rezo-te hoje com muita fé para te pedir algo que
parece impossível de realizar, mas que com a tua força eu conseguirei.

Rezo-te com muita força para que consigas virar a cabeça de Fulano, para
que o deixes todo maluco por mim, todo apaixonado, com todos os seus
pensamentos virados para mim e apenas para mim.

Rezo-te com muita força para que amarres Fulano, sim, amarres mesmo,
para que faças uma amarração amorosa tão forte que seja impossível de
quebrar por qualquer outro Santo e sei que isso é possível porque
ninguém é mais forte do que tu.

Rezo-te uma oração de São Cipriano para amarração porque sei que com
os teus poderes Fulano será meu, apenas meu, e de mais ninguém.

Sei que és poderoso e sei que ajudas as pessoas no amor e é por isso que
tenho fé em ti meu querido santo.

Queria-te agradecer pelo tempo que perdestes ao ouvir a minha prece e


queria muito que fosses a minha salvação no amor.

Obrigado meu poderoso Santo.

Mo júbà
em sua caminhada em aprender o idioma Yorùbá. Hoje irei tratar da
palavra comumente usada no Candomblé, mas erroneamente associada a
uE aqui estamos com mais uma postagem de conteúdo que irá ajudar você
m determinado tempo ou à uma determinada obrigação.

Ebômi – Os famoso 7 anos!


Vejo, ouço e leio constantemente sobre o tal “ebômi”. Funciona essa palavra
para duas situações (Como as pessoas falam por aí. Não sou eu quem está
determinando isso, deixar claro!!!):

A pessoa que já passou de 7 anos de iniciado;


Pessoas que tomou a obrigação de 7 anos e com isso passa a receber
alguns privilégios, como entrar em determinadas rodas, segurar
determinados objetos e etc. Curioso de quem segue essa norma da
obrigação, é que mesmo que você possua 10 anos de iniciação, caso não
tenha tomado a obrigação, não será considerado “ebômi”.

Essas duas situações é como costuma ser visto o “ebômi”. Há situações que
se tornam cargos ou postos. Novamente, apenas replicando o que falam
por ai. Comum alguém falar que tem o cargo de “ebômi” na casa, que tem
posto de “ebômi” no àse e por ai vai.

Ser “ebômi” acarreta muitas responsabilidades, obrigações e alguns alívios.


Começa-se a poder fazer outras coisas antes proibidas, pode-se usar
vestimentas antes vetadas por não ter tomado a obrigação. Mas tudo isso é
um costume brasileiro, vindo com a organização do Candomblé.

ẸẸgbọọn mi: o irmão(ã) mais velho(a)!


Então, curtiu o vídeo? Gostou das explicações? Acho que consegui
esclarecer melhor o equívoco com a palavra e o que praticam, correto?

ẸẸgbọọn é a palavra em Yorùbá que significa irmão mais velho ou irmã mais
velha. Isso dentro de um contexto familiar nigerianos, onde quem nascer
antes dos outros é o mais velho. Não tem nem uma ligação com obrigação
ou sete anos cravados. Uma pessoa com 2 anos a mais que outra, sempre
será ẸẸgbọọn mi de quem estiver depois dele. O “mi” é um pronome
possessivo, como tal ele indica que algo é de quem está usando esse
pronome. ẸẸgbọọn mi é uma palavra que só eu posso usar quando estou
indicando que o irmão é meu. Não posso falar que Pedrinho é seu ẸẸgbọọn
mi! Fica uma frase errada!

Há também o irmão mais novo ou irmã mais nova, cuja palavra é àbúrò e
segue a mesma lógica a colocação do pronome possessivo. Àbúrò mi = meu
irmão mais novo ou minha irmão mais nova!

Nestes cursos podemos aprender mais sobre o uso dos pronomes


possessivos e evitar errar por exemplo quando quero indicar que alguém é
nosso irmão mais velho. Não digo: ele é nosso ẸẸgbọọn mi! Errado!!

Para indicar que alguém é nosso irmão mais velho, eu digo: ẸẸgbọọn wa. Wa é
o pronome possessivo da 1° pessoa do plural – Nós!

Ará: O irmão nem mais velho e nem mais novo!

Mas há uma situação corriqueira: chega uma pessoa ao barracão. Você


sabe que ela é da religião, mas não sabe a idade de iniciação dela. O que
fazer?

Os evangélicos chamam uns aos outros de irmão, são irmão na fé. No


candomblé também podemos e devemos usar o mesmo conceito, por mais
que há origem no cristianismo seja diferente (Deus é pai e as pessoas filhos
dele, logo irmão).

Ará é a palavra em Yorùbá para irmão ou irmã sem especificar idade, logo
ideal para casos em que não se sabe se alguém é mais novo ou mair velho
que você.

“Mi” entra novamente como pronome possessivo que sempre, disse


sempre, deve ser usado após o objeto possuído. Então, diante de uma
pessoa que desconhece-se a idade: Ará mi = meu irmão ou minha irmã!
Conclusão
Bom, chegamos ao fim dessa postagem com vídeo e texto, espero que
tenha gostado! Chegamos a conclusão que o termo “ebômi” é
erroneamente usado, dando-se significados que não condiz com o real
sentido da palavra. Aprendemos as formas corretas de uso e mais uma vez
nota-se a importância de saber o idioma Yorùbá, que passa a ser um
manancial de conhecimento também cultural e não somente linguístico.

Macumba - Ebós - Feitiços FEITIÇOS PARA O AMOR

Mo jubá.

Quando refiro a feitiços para o amor ,não significa que são ebós para você
ter relação amorosa a torto e a direito,como se fosse um contato carnal o
elemento único da felicidade do ser.Não e também,pois temos receitas para
satisfação em geral,inclusive amizades, sim,amizades boas e duradouras
valem por mil casamentos de fachadas,aliás casamentos de faz de conta é o
que mais existe bem como casais perfeitos, sim,sim...e pior é que a religião
esta ligada ou muito bem vinculada nessas artimanhas bem como em
muitas situações em que envolva a arte do amor. Ebó com e para o amor
significa muito mais, significa você conseguir ser você mesmo(a),sem
preconceito,sem tabus e de preferência com quem lhe satisfaz. Nesta
página você encontrará um pouco de quaze tudo,já que é destinada a
pessos de 'cuca' aberta e ao mesmo tempo consciêntes da responsabilidade
que tem em não ultrapassar as regras do equilibrio e do bom
senso.Respeitando a todos o que significa respeitar a si mesmo. Lutar por
seus objetivos é o que esta página deseja, melhor que lutar por eles ,é lhe
fornecer amparo energético para a superação,reparação,disputa. Pode ser
uma traição, forçar alguém a aceitar uma situação estável.Obrigar a ter
fidelidade.Um namoro complicado, um amante que não se
decide.Bem...siga em frente...Encontrará a seguir indicações de axés para
mulher com homem,homem com homem,mulher com mulher e pode ter
mais algo que não identifiquei.Não importa na realidade SEXO é uma coisa
e AMOR é outra e a distância de um e de outra confunde-se desde a
eternidade. Não acredito na fogueira do inferno,não sei se existe para
aqueles que fazem o que acreditam ser certo,a única fogueira que sei que
existe ainda é a da INQUIZIÇÃO de maneira velada e utilizada por mentes
bitoladas.Portanto busque a sua felicidade.Com critérios é claro.Sua
liberdade vai até onde começa a do outro. Quem sabe não tem aqui uma
receitinha especial para o seu caso?

Boa sorte

Ou Jafusi Inanga

=>*ADOÇAR SEU AMOR.

=- NOMES OU SINAIS.
- 1 PRATO BRANCO.

· PÓ DE SÂNDALO.

· AZEITE DOCE.

·MEL.

·1 BETERRABA.

·1 VELA ZUL.

· 1 VELA AMARELA.

·1 VELA VERMELHA.

=Escreva o seu nome e o do(a) amado(a),coloque em um prato


branco.Ponha por cima pó de sândalo,ague com azeite doce e mel,cubra
tudo com rodelas de beterraba.Coloque em uma campina.Acenda uma
vela azul,outra vermelha e uma amarela. Melhor horário 06 hs ou 18 hs
na lua crescente.Ofereça a Oxum Yopandá.

=>AMANSAR.
-mel

-1 COPO DUPLO.
-O NOME DO ENVOLVIDO.

-1 VELA BRANCA.

=Ponha dentro do copo o nome da pessoa a qual você deseja


amansar.Junto coloque-MEL.

-4 FOLHAS DE SALSA.
-1 PUNHADO DE ERVA-DOCÊ.

-4 FOLHAS DE LARANJEIRA

as folhas,a erva-doce e o mel.Ponha em um local seguro e acenda uma


vela para o *anjo da guarda da pessoa,fazendo os seus pedidos.

=>*AMARRAÇÃO.

Padre santo Antônio

Vós que sois um amarrador certo amarrai por Vosso amor

quem de mim quer fugir empenhai o Vosso hábito

e o Vosso santo cordão como algemas fortes

e duros grilhões para que façam impedir

os passos de [ ] que de mim quer fugir

e fazei ,ó santo Antônio que ele [a ] case comigo

sem demora .

Rezar com nove velas de sebo.

=>AMARRAÇÃO COM OXUM.


-2 CHUCHU *FEMEA DUROS.
-MEL.

-AZEITE-DOCE.

-1 VELA BRANCA.

-1 PRATINHO BRANCO.

=Descasque os chuchus e parta-os ao meio,escreva seu nome e do


amado(a) e ponha em cada chuchu. Melhor dia é sexta-feira.Ajeite-os no
prato,ague com *azeite-doce e mel,leve a beira de um riacho acenda a
vela e entregue a Oxum fazendo a seguinte reza:

Mãe ,ó mãe Oxum

nós te cultuamos e admiramos no céu

olha-me nos caminhos

ó rainha que mora no rio

rainha , guardiã das águas.

=>AMARRAÇÃO COM OS BONECOS.

Preparai dois bonecos ,um com formato de mulher usando peça de roupa
do homem ,e outro boneco com a peça de roupa de mulher.

Fazer os bonecos e a medida que for fazendo a oração a seguir vá


enrolando e prendendo os dois bonecos com linha vermelha e outra preta:

“eu te prendo e te amarro,em nome de Serguth,Klepoth e Segal, para que


debaixo deste santo poder,não possas comer nem beber,nem estar em
parte alguma do mundo sem que estejas na minha companhia[fulano ou
fulana],aqui te prendo e amarro, assim como prenderam Jesus Cristo na
cruz.E o descanso que tu terás enquanto para mim tu não virares é como
o que tem as almas no fogo do purgatório,penando continuamente pelos
pecados deste mundo e como o que tem o vento no ar,as ondas no mar
sempre em contínuo movimento,a maré a subir e a descer,o sol que nasce
no mar e vai morrer na serra.Será este o descanço que terás se não te
virares de corpo e alma para mim,com todo o teu coração, corpo e
alma,debaixo da santa obdiência e preceitos superiores, ficas preso e
amarrado a mim como ficam estes dois bonecos amarrados juntos.

Mantenha o mesmo ritual até conseguir o que deseja,após enterre os


bonecos dentro de um vazo de *comigo-ninguém-pode.Não molhe a
planta na raiz ,despeje água somente na ápice e deixe escorrer.

Boa sorte.

=>AMOR CLANDESTINO.

=Aqui estão vinte cinco cartas,Tomem-se vinte e cinco demônios

Entrem no corpo e no sangue de ...(.....) Nas sensações do corpo

Dizendo a [ ] meu amor...... não poderás existir ou comer ou beber

e nem conversar com outras pessoas! Pelas vinte e cinco cartas ,[ ] vai
bater na minha porta.

=>1-ARRUMAR NAMORADO(A)
· TRAVESSA DE LOUÇA BRANCA.

· 1 MAMÃO VERDE.

· 1 PAR DE ALIANÇAS.

· VERBENA(ESSÊNCIA)

· FOLHAS DE HORTELÃ.

· MEL.

· 3 ROSAS BRANCAS.

· MEIO METRO DE FITA BRANCA ACETINADA.

·MEIO METRO DE FITA VERMELHA.

·1 VELA BRANCA.
=Abra o mamão,amarre seu nome e o da pessoa amada nas alianças com
fita acetinada.Coloque dentro do mamão e complete com mel e as folhas
de hortelã.

Ponha o mamão dentro da travessa,amarre com fita vermelha e cubra


com pétalas de rosa.Borrife com a verbena.Arreie em uma campina
fazendo seus pedidos de amor para Oxalá.

2-ARRUMAR NAMORADO(A)
1 PÃO DOCE PEQUENO.

1 SANTO ANTÔNIO PEQUENINO.

1 PRATINHO BRANCO.

1 FITA VERMELHA ACETINDA.

1VELA COMUM BRANCA.

1 COPO DE VINHO TINTO.

=Abra o pãozinho,dentro coloque o Santo Antônio com seu nome e o do


amado(a),amarrado no meio do pão.A seguir,coloque o pão no
pratinho,ague com mel.Leve a uma igreja de sto Antônio,deixe esta
oferenda nos pés do santo com o copo de vinho ao lado. Acenda a vela e
faça seus pedidos amorosos.Se você não tiver em sua região uma igreja
consagrada a sto Antônio,pode colocar o axé em sua imagem em capela
destinada a outra santo.

=>ASMODEUS - POMBAGIRA.

· 1 POMBO(A) DE PENAS PRETA.

· RETRATO DO AMOR.

ORAÇÃO...Anjo da luxúria e da libertinagem , usa Teus poderes diabólicos


sobre os desejos da(o) que eu quero possuir. Fazei com que ela(e) me
queira e eu me entregarei a ti para sempre.
=Após ler a oração acima pegue um pombo se você quer um homem e
pomba se você quer uma mulher de penas preta e faça o animal morar
em sua casa por sete dias. Ao dar comida a esse pombo(a), faça-o pisar
sobre o retrato da pessoa desejada. Repita por sete vezes o nome de
Asmodeus,e termine assim : Fulana(o)... será (meu /minha) , pelo vôo
desta pomba(o) toda(o) negra(o). Osmodeus , cave amatem .

-FARINHA DE MANDIOCA CRUA.

-AZEITE-DE-DENDÊ.

-1 CEBOLA ROXA.

-MEL.

-7 ROSAS VERMELHAS.
-1 CORAÇÃO DE BOI.

-1 ALGUIDAR.

-7 FITAS COM 1METROCADA COR: branca, vermelha, preta, rosa, roxa, amarela
e verde.

-*PÓS DO AMOR,GAMAÇÃO E UNIÃO.


-1 GARRAFA DE CHAMPANHE.

-1 MAÇO DE CIGARROS.

-1 PAR DE BRINCOS.

-1 METRO DE MORIM VERMELHO.

-7 VELAS VERMELHA E PRETA.

Faça um *padê de dendê,com rodelas bem finas de cebola.Escreva seu


nome e o da pessoa amada 7 vezes em um pedacinho de papel com
grafite,nunca com tinta.Coloque o papel dentro do coração ,juntamente
com os pós de amor,gamação e união . Complete com mel,feche o coração
com as fitas,dando um laço bem bonito.Ponha o coração em cima do
padê,ao redor enfeite com as rosas sem os talos .Vá a uma encruzilhada
em forma de T, estenda o pano vermelho,arreie o alguidar e ao lado
coloque o champanhe,já aberto,acenda as velas fazendo seus pedidos de
amor.Deixe acessos 7 cigarros à frente do alguidar,ague por último com
um pouquinho de mel toda a oferenda.Melhor dia sexta-feira. Lua
crescente ou cheia.23horas55 minutos e ofereça a Sete Saias.

=>ATRAIR O AMOR.
-2 BANANA PRATA.

-MEL.

-AÇÚCAR CRISTAL.

-AZEITE DOCE.

-CANELA EM PÓ.

-BAUNILHA(ESSÊNCIA).

-SINAIS,OU NOME,ETC DA PESSOA DESEJADA.

-1 TRAVESSA MÉDIA BRANCA.

-1 VELA BRANCA.

=Coloque na travessa as duas bananas abertas ao comprido; coloque seu


nome e o do amor nas duas bananas e ague com azeite doce,mel e a
essência de baunilha.Purifique com canela e cubra com açúcar
cristal.Arreie em uma praça onde haja flores e acenda a vela,fazendo seus
pedidos de amor a Xangô .Lua crescente.

=>BANHO PARA PRENDER SEU HOMEM.


-1 COLHER DE SOPA DE ESSÊNCIA DE ALFAZEMA.
-1 COLHER DE SOPA DE DAMA-DA-NOITE ou ALMÍSCAR. Essência.

-7 ROSAS VERMELHAS.

-7 ROSAS BRANCAS.

-7 ROSAS AMARELAS.

-7 COLHERES DE SOPA DE essência DE CATUABA.

-15 FOLHAS DE HORTELÃ.

-1 COLHER DE SOPA DE NOZ-MOSCADA RALADA.

=Em um balde de água fervendo coloque 3 pétalas de cada uma das


rosas,as folhas de hortelã,a noz-moscada ralada.Deixe curtir pelo período
suficiente para esfriar.Após coe e ferva novamente acrescentando as
essencias. Coloque o refratário em que estiver o líquido no chão acenda as
velas e faça os pedidos oferecendo as rosas a Pomba Gira Maria
Rumbeira. Após quando sentir que a água está na temperatura boa,jogue
em seu corpo todo menos na cabeça e molhe principalmente os seios e
genitalias.Não se seque ,apenas espere alguns minutos e se vista.Os
resíduos devem ser colocados em uma grama onde você e seu amor não
passem por 3 dias.

=>BRIGAS E INTRIGAS.

-5 ROSAS VERMELHAS.

-5 ROSAS AMARELAS.
-5 ROSAS BRANCAS.

-1 M DE FILÓ OU TNT BRANCO.

-1 M FITA AZUL.

-1 M FITA VERMELHA.

-1 M FITA ROSA.
-1 M FITA AZUL REI.

-1 M FITA AMARELA.

-5 QUINDIM.

-5 COCADA BRANCA.

-5 OLHO DE SOGRA.

-1 K FIOS DE OVOS.

-5 DOCES FINOS DIFERENTES DOS JÁ RELACIONADOS E DIFERENTES ENTRE SI.

-1 GARRAFA VINHO BRANCO SUAVE .

-MEL.

-1 TAÇA DE VIDRO BRANCA.

-1 BANDEJA DE ALUMINIO GRANDE.

-1 VELA AMARELA,1 VERMELHA,1 BRANCA,1 AZUL E 1 VERDE CLARA.

=Amarre as rosas com as fitas dando um bonito laço.A seguir, ponha os


doces no prato,juntamente com os pedidos escritos em papel pardo e a
lápis.Leve a um jardim,campina ou praça,arreie o prato com os
doces,ponha o buque ao lado com a garrafa de vinho aberta, acenda as
velas fazendo seus pedidos , coloque um pouco de vinho na taça e recite o
seguinte....

...Madalena cigana

minha ciganinha

lembra que eu tenho fé

Madalena vem na aurora

quando a noite vai embora

e o dia começa a voltar

ó cigana me ajude
preciso muito de ti

me ajude, me ilumine

para [...] me amar.

=>BUSCA.

Maria Padilha , peça ao vosso amante , pelos tormentos que padeceu por
Vós , que me traga [.....] Te peço , com Maria Padilha e sua quadrilha , e
Marta e toda a sua camaradagem .

=>CABRA PRETA

Cabra Preta milagrosa, que pelo monte subistes , trazei-me (............) que
de minha mão sumiu. (............), assim como canta o galo , zurra o burro,
toca o sino e berra a cabra, assim tu ás de andar atrás de mim. Cabra
Preta milagrosa , assim como Caifás, Satanás, Ferrabrás, e o Maioral do
inferno fazem com que todos se dominem. Fazei (............) se dominar,
para que eu o traga feito cordeiro preso de baixo do meu pé esquerdo.

(............) dinheiro na tua mão e na minha mão não há de faltar.

Com sede nem tu nem eu não haveremos de acabar.

De tiro e faca nem tu nem eu seremos sacrificados .

Nossos inimigos não nos vão enxergar.

Na luta venceremos , com o poder da Cabra Preta milagrosa.

{.......} com dois eu te vejo,

Com três eu te prendo ,

Com Caifás , Satanás, e Ferrobrás venceremos.


=>CATARINA SANTA.

Minha Santa Catarina, que sois benta como sol, formosa como a lua e
linda como as estrelas , entrastes na casa do Padre Santuário com 50.000
homens , ouvistes todos 50.000. Vós os acalmastes , assim peço-vos,
senhora , que abrandeis o coração de ( ) para mim. (_________), quando
tu me vires esmerareis por mim, se não me vires, por mim chorareis e
suspirareis assim como a Virgem Santíssima chorou por seu Bendito Filho.
(________), debaixo de meu pé esquerdo eu te arremato seja com duas,
seja com quatro, que parto teu coração (__________) se estiveres
dormindo acordarás, se estiveres conversando não sossegarás , enquanto
comigo não vieres falar, contares o que souberes e dar-me o que eu quero,
e me amarás entre todas as criaturas do mundo.

=> CHAMAR ALGUÉM.

Kalunga-á,Kalunga-ê agora que eu quero ver Kalunga-á,Kalunga-ê

agora que eu quero ver Kalunga-á,Kalunga-ê

agora que eu quero ver eu te chamo sete vezes

por seu nome Xorokê. Kabala-a,kabala-ê

agora que eu quero ver as gretas estão abertas

Kalunga-á,Kalunga-ê agora que eu quero ver

eu te chamo sete vezes por seu nome Xorokê.

Kabala-a,kabala-ê agora que eu quero ver

as gretas estão abertas Kalunga-á, Kalunga-ê

agora que eu quero ver eu te chamo sete vezes


por seu nome Xorokê. Kabala-a,kabala-ê

agora que eu quero ver as gretas estão abertas

Kalunga-á,Kalunga-ê agora que eu quero ver

eu te chamo sete vezes por seu nome Xorokê.

Kabala-a,kabala-ê agora que eu quero ver

as gretas estão abertas Esperando por você

a luz vermelha está acesa eu firmo em você

nas gretas do .....eu chamo xorokê.

a luz vermelha está acesa eu firmo em você

nas gretas do .....eu chamo xorokê.

a luz vermelha está acesa eu firmo em você

nas gretas do .....eu chamo xorokê.

Aluê,aluê aquilo que eu quero

quem me dá é Xorokê entreguei seu nome no otá

agora eu quero ver.... se você sair correndo

quem te pega e te tras para junto de mim é Xorokê

=>DESEJO SEXUAL.

1>Tira-se a medida em cumprimento e largura do pênis da pessoa com


uma fita vermelha .

Cozinha-se com canela pau-de-resposta e pimenta-do-reino . O chá obtido


deve ser bebido em cálice pelo homem , em jejum.
A fita é grudada no *ogó do Bará.-

2> Pega-se um punhal e esquenta-se no fogo até a sua lâmina ficar


encandecente ,desta maneira coloca-se o punhal sobre o Igbá de
Ogum.*Pucha-se um pombo sobre o pênis do elemento de forma que o
sangue corra sobre a lâmina em brasa dentro do igbá e um pouquinho
dentro de um recipíente com água fresca,se possivel da quartinha de
Obatalá.Terminado o sacrificio o elemento lava o pênis com a água.

3>Preparar uma poção com 1 lt de álcool,sete colheres de aveia, *101


pimenta-malagueta.Deixar fermentar por 7 dias e após coar e tomar
todos dias antes de deitar 50 gotas diluidas em 50 ml de água.

=>ENROLADORES QUE GOSTAM DE ADIAR CASAMENTOS.


-1 SAPO VIVO.

-1 PANELA DE BARRO.

-7 FITAS DE TIRAS COLORIDAS,MENOS PRETA.

-1 VELA VERMELHA.

-1 VELA ZUL.

-1 VELA AMARELA.

-1 VELA PRETA.

-7 VELAS DE SEBO.

=Em uma panela de barro,com tampa,coloque um sapo vivo e mentalize o


seguinte:>Fulano,seus pensamentos e a sua pessoa serão sempre para
mim<.Amarre a panela com 7 tiras de fita colorida menos a preta e leve a
um brejo.Acenda uma vela vermelha ,uma azul ,amarela ,preta e 7 velas
de sebo.Ofereça as velas de sebo para as almas dos ciganos feiticeiros e
as demais para a *bruxa de Évora.
=>ESQUECER UM GRANDE AMOR.

1-Pegue um lenço e use normalmente,pensando que você esquecerá o ex-


amor.Depois de 7 dias,dê-o de presente a alguém.Faça isso e você
rapidamente o esquecerá.

2-De manhã bem cedo,sem falar com ninguém,escreva seu nome e o da


pessoa que deseja esquecer.Ponha dentro de um *coité,encha esse coité
de água da chuva e leve a uma igreja das almas dentro de um
cemitério.Faça seus pedidos,não esquecendo de colocar o nome dele na
caixa de esmolas.Vire as costas e saia sem olhar para trás.O melhor dia é
segunda-feira.Lua minguante.

=>FORÇAR CASAMENTO.

· 1 calcinha ou similar na cor amarela (nova).

·1 copo de vidro virgem.

· 1 perfume de rosas ou perfume que o homem goste.

· 1 fita amarela de largura de dois dedos e duas vezes a medida da sua


cintura de comprimento.

·Fazer a conjuração ao sr *Xorokê.

· Em uma terça-feira de lua nova,tome um banho com sabão grosso,bem


cedo ,(06h,45).coloque a calcinha e repita as conjurações. Após sete horas
de uso,retirar e colocar dentro de um copo virgem,tamanho suficiente
para caber a peça de roupa. Coloque sobre a calcinha 27 gotas do
perfume escolhido,pode ser perfume de rosas ou o perfume que saiba ser
do gosto do homem a quem quer conquistar.Tape o copo com um pires e
deixe por 27 minutos.

· Escrever o nome e apelido ,se tiver, do homem a quem quer,na fita


amarela com caneta vermelha. Use letra de forma ,escreva em toda o
comprimento da fita,que deve medir duas vezes a medida de sua cintura.

·Retire a calcinha de dentro do copo,e passe a fita entre as pernas da


calcinha da direita para a esquerda,ou seja no sentido contrário o
movimento dos ponteiros do relógio .

· Fique nua neste momento, e coloque a calcinha no corpo de maneira que


a fita não saia do lugar.

· Faça as conjurações.

·Com a mão esquerda,retire a fita da calcinha e enrole,sem amarrar em


sua cintura.Repito Neste momento você deve estar só com a calcinha no
corpo ,nua,para que a fita não toque em nenhum tecido. Assim que
colocar a fita retire a calcinha,virando-a pelo avesso ,faça as conjurações
e coloque novamente e fique sete hora com ela .

· Após sete horas ,retire a calcinha e, em seguida,a fita,coloque a calcinha


dentro do copo,sempre do lado do avesso.

·A fita,você vai dar sete nós e em cada nó chamar pelo nome da pessoa 3
vezes e fazer as conjurações.

·Tudo realizado,a fita deverá ser depositada na porta de uma igreja .

· Saia de casa usando roupa clara,alegre, e por baixo a calcinha do lado


direito,no normal.

· Quando chegar em casa a calcinha deve ser guardada com as demais


roupas.

·Só usar a calcinha quando for se encontrar a dita pessoa e usar ela do
lado avesso.

=>NFIDELIDADE.

Quando você sair com seu homem aponte para as mulheres mais
bonitas,não esquecendo de contar o número das que tenha ele olhado ou
tenha chamado a atenção dele.

Quando chegar em sua casa com o total de mulheres que você mostrou
para ele,peque um punhado generoso de arroz,lave com bastante
água,ponha numa vazilha branca,vá até uma praia e conte o mesmo total
de ondas do mar.No final,jogue o arroz fazendo seus pedidos para
Iemanjá Dominarú.

2- Quando você tiver oportunidade de lavar os pés de seu marido,faça-o.

Aproveite esta mesma água e lave um cômodo da sua casa.Isto fará ele
ficar preso dentro da casa.

3- Ponha o nome dele debaixo do taco,na entrada de sua porta


principal.Sempre que sair,voltará para casa.

4-Pegue a meia dele e dê um nó.Faça um buraquinho em seu colchão,do


lado em que você dorme,ponha a meia e costure a abertura,fazendo seus
pedidos.

=>IMPOTENCIA

Pega-se um cravo do igba de Ogum ,amarra-se com palha-da -costa ao


pênis da pessoa e sacrifica -se um galo sobre o conjunto , deixando o
sangue cair em cima do igba de Ogum .

=>JOSÉ , são

Lembrai-Vos,ó castíssimo esposo da Virgem Maria,São José,meu amável


protetor,que jamais se ouviu dizer,que alguem dáqueles que tem
implorado a Sua proteção,implorando a Sua assistência ou reclamado o
Vosso socorro fosse por Vós desamparado,animado eu pois de igual
confiança,a Vós recorro com fervor,não desprezeis as minhas súplicas,vós
que merecestes ser chamado PAI do redentor,mas dignai-Vos de ouvir
propício e deferi-las generoso.
Assim seja.

=>LUIZA MARIA .

Eu te conjuro vinagre, pimenta e enxofre, em nome de Maria Padilha.


Com três da padaria, três da cutelaria, três do açougue, três do terreiro,
três do haver do peso, todos três, todos seis, todos nove se juntarão, no
coração de (....) entrarão, se mais são, ou menos são, 56 diabos se
juntarão a torre do primão se treparão, nove varas de paixão apanharão,
na mó de caifás as aguçarão e no coração de (....) as cravarão, que não
possa estar, nem sossegar, até comigo estar;Maria Padilha me traga (....)
pelos ares e pelos ventos, me traga com toda a sua quadrilha; e Marta a
que foi perdida, que por amor de um homem fostes ao inferno, assim Vos
peço que de Vosso amor repartais com (.........) que não possa sossegar,
nem dormir até comigo vir estar.

=>MAGIA PARA PRENDER SEU HOMEM.

=Durante a semana santa,de sábado de ramos até o de aleluia,não troque


a calcinha.Faça sua higiene pessoal de maneira normal,só não troque a
calcinha.No sábado de aleluia,antes do sol nascer tirar esta calcinha
misturando ela com as demais roupas de baixo ,sua e dele se tiver.

No domingo fazer um embrulho com a calcinha ,três moedas mais antiga


que você e ele,amarre bem e deixe escondido em local que ninguém
veja.Quando você conseguir seu objetivo jogue o embrulho no mar.

Atenção: durante todo o periodo você pode e deve manter relações,e se


possível tente limpar -se com a própria calcinha.Quando manter relação
diga assim:Fulano,tu ficas amarrado, em nome de
AGELU,SERGUTh,KLEPOTH.Quando for despachar diga:Fulano,tu ficas
amarrado e nestas águas do mar enquanto molhado,estarás comigo
casado.

=>NEGATIVIDADE E FALTA DE APETITE SEXUAL.

Para tirar negatividade e estimular uma mulher sexualmente , retira-se as


claras de 10 ovos ,e batem-se em ponto de neve e deixa-se repousar em
uma * gamela.

Passa-se 10 acaças,10 punhados de canjica branca cozida , 10 bolos de


arroz branco sem sal e um pedaço de pano branco na pessoa.

Rasga-se suas vestes e passa-se as claras batidas em seu corpo, inclusive


na cabeça e no rosto .Limpa-se com o pano branco ,junta-se tudo e
despacha-se no alto de um morro ou a beira da praia.

=>PARA OBRIGAR HOMEM A CASAR.

-Gloriosa santa Luzia a Vós que de branco

a Vós que de preto com as benditas Santas Almas

executa meu pedido faça [... ] feliz comigo

se desejar outra ,faça-o se sentir arrependido.

=>PAIXÃO.

-1 FRASCO DE PERFUME.
-1 VIDRO DE BOCA LARGA.

-1 RAMO DE ALFAZEMA.

-7 GOTAS DE ESSÊNCIA DE ROSAS.

-1 CALCINHA VERMELHA NOVA.

-Fazer as *conjurações ,já usando a calcinha pelo avesso.

-Derrame o frasco do perfume dentro do frasco de boca larga.

-Coloque dentro a rama de alfazema.

-Coloque 3 gotas de essência de rosas.

-Tampe a boca do frasco e faça outra vez as conjurações,sempre


chamando a pessoa querida.
-Mantenha um procedimento de reflexão durante 77 minutos,ou seja,1
hora e 17 minutos.

-Passado este período,retire a sua calcinha.

-Coe o conteúdo do vidro em sua calcinha .

-Vista a calcinha pelo avesso.

-Acenda uma vela amarela e mentalize o querido ; de preferência


mantendo uma relação sexual mentalmente.

-Se possível masturbe-se.

-Após a vela apagar,retire a calcinha e seque na sombra,não passe a ferro


e deixe separada .

-Use o perfume e a calcinha sempre que estiver com seu querido.

=>PARA MULHER AMARRAR UM HOMEM .

A mulher deve passar um bife nas partes genitais após temperar e dar
para o homem comer .-

=>PARA MULHER DEIXAR DE QUERER MUITOS HOMENS.

No momento que o homem manter relação com a mulher ,basta


conseguir que ela tenha um gozo material e neste momento fitá-la nos
olhos e mentalizar :ó são Tiburcio , amigo dos namorados infelizes e pai
da magia preta e branca , peço que[ ] volte -se só para mim ,para que eu
seja venturoso para não sucumbir.

=>PARA MULHER TER MUITOS CLIENTES.

Para uma mulher ter muitos clientes , deve fazer ebó com seus pêlos
pubianos ,colocar um apito em Oxum e colocar um cravo

de estrada de ferro , no igba de exu *Syrach.

=>PARA NÃO SER ESQUECIDO PELAS MULHERES.


O homem deve deixar um perfume 5 dias na frente do igbá de Oxum após
misturar um pouco de perfume com canela em pó e passar no pênis .O
resto do perfume deve ser salpicado no lenço de bolso sempre que quizer
determinada mulher .

=>PRENDER ALGUÉM.
· 1 QUARTINHA.

· 2 COPOS DE VIDRO.

· 1 OVO DE CASCA BRANCA *MACHO.

· 1 OVO DE CASCA BRANCA *FEMEA.

· MEL.

·14 VELAS AMARELAS.

-Coloque um pouco de mel na quartinha.

-Pegue os dois ovos de casca branca,tendo o cuidado de ter adquirido em


locais diferentes.

-Retire toda clara do *ovo positivo e coloque dentro de um copo.

-Fazer o mesmo com o *ovo negativo

-Deixe-os separados por 7 minutos e faça as *conjurações.

-Faça uma promeça de pagamento de um agrado.

-Coloque o conteúdo dos copos dentro da quartinha e agite para que


misture.

-Tampe e deixe por sete dias.

-Faça as conjurações todos os sete dias no mesmo horário.

-Para cada dia acenda 2 velas amarelas.

-Após coloque mel até completar a quartinha.


-Tampe e depois de reafirmar o pedido enterre-a.

=> PRENDER UM AMOR.

Tire um botão da camisa dele(a),fios de linha de roupa de baixo. Pegue 3


cravos-da-índia,coloque tudo dentro de um saquinho de morim branco
confeccionado por você mesma(o).Faça este breve e use-o sempre.Caso
você tenha uma foto dele(a) será melhor .

Acenda uma vela preta e recite a oração abaixo.

Pelas chagas de Cristo , juro que não tenho motivo de queixa de [...] ,

e se faço isso é pelo muito amor que lhe consagro e para que não tome
feição a outra mulher.

Meu virtuoso são Cipriano eu te imploro em nome de tua grande virtude

que não desampares um mártir do amor louca assim como tu estivestes


pela encantadora Elvira. {.....} eu te prendo eu te amaro com as cadeias
de são pedro e são paulo, para que não tenhsa sossego nem descanso em
parte alguma do mundo, debaixo do pau a obediência e preceito
superiores.

=>SEPARAÇÃO.

-1 ALGUIDAR MÉDIO.
-1 PEDAÇO DE CARNE DE RÊS.

-1 PEDAÇO DE CARNE DE PORCO.

-1 SINAL DOS ENVOLVIDOS.

-1 COPO DE VIDRO VIRGEM.

-7 PIMENTA UNHA-DE-MOÇA.

-1 PIRES.

-1 LINHA PRETA.
-1 LINHA VERMELHA.

-1 VELA PRETA.

-1 CACHAÇA.

· Lavar o alguidar por dentro com cachaça.

· Colocar os sinais na carne de rês e após a carne de porco como se fosse


um sanduiche.

· Colocar dentro do alguidar.

· Fazer as conjurações a Xorokê.

· Acender uma vela preta.

·Quando a vela tiver apagado,separe as carnes.

· Coloque a carne de porco dentro do alguidar e despache na


encruzilhada.

· A carne de rês deve ser colocada junto com os sinais dentro do copo e
jogada no mar.

· Se na sua região não tiver oceano,despache no cemitério.

Separação -2
· 1 CASAL DE BONECOS.
·1 PUNHAL .

·1 FRANGO BRANCO.

·1 METRO DE PANO VERMELHO.

·1 METRO E MEIO DE FITA ACETINADA PRETA.

·5 VELAS PRETAS.

·1 PRATO DE BARRO.

=Vista os bonecos a caráter e batize-os(casal que quer separar) Vire um de


costas para outro,amarrados com a fita preta e ponha dentro do prato de
barro.A seguir,mate o frango em cima dos bonecos e vá fazendo seus
pedidos de separação.Sempre mencionando os nomes de quem você quer
separar.Arreie em um pé de árvore bastante copada e acenda as velas em
forma de círculo,deixando a magia no meio.Pegue alguns gravetos e
improvise uma fogueira,deixando-a também acessa ao lado deste
trabalho.Lua minguante , segunda feira.

separação - 3
-1 METRO DE FITA PRETA.

-1 CABEÇA DE CERA.

-2 MIOLOS DE BOI.

- CINZAS *VEGTAL.

-1 METRO DE MORIM PRETO.

-1 ALGUIDAR.

Se você for separar uma mulher use a cabeça de mulher se for separar um
homem use cabeça de homem.Se for separar um casal,use a cabeça
correspondente a dupla.

Dentro coloque os dois miolos,cada um com o nome escrito 7 vezes ou


sinal ,se tiver retrato melhor.Batize-os.Ponha dentro da cabeça de
cera,procure vedar os olhos com fita preta.Ponha a cabeça dentro do
alguidar.Arreie em uma estrada que tenha dois sentidos de subida e
descida.

separação - 4
=7 espinhos de laranjeira,7 qualidades de pimenta,os nomes. Amarre em
um pedaço de morim preto e enterre aos pés de uma árvore.Acenda 7
velas pretas em forma de círculo.Entregue a Pomba-Gira Cigana da
Estrada.segunda feira.Lua minguante
Separação - 5
-2 *MAXIXES.
-5 PIMENTA-DE-MACACO.

-5 ALFINETES VIRGENS.

-1 VINHO TINTO SECO.

-1 PANELINHA DE BARRO.

-NOMES OU SINAIS.

=Na panelinha de barro coloque em cada maxixe os nomes dos


envolvidos,junte os alfinetes e as pimentas.Complete com vinho,leve ao
fogo e misture por um tempo de 15 minutos com uma colher de pau.

Ao terminar,leve e entregue a beira de um córrego sujo ou depósito de


lixo. oferça a Maria Mulambo.

=>SEXO SOMENTE COM ...

Tire a medida do pênis e do corpo inteiro do seu homem, quando estiver


dormindo com uma fita vermelha.Ponha as duas fitas dentro de um
*farinheiro de barro com seu nome e o do querido.Junto coloque *pós do
amor,de atração e da gamação,ponha mel,feche o farinheiro,enterre em
um vaso e plante em cima um comigo-ninguém-pode.Mantenha esta
planta dentro de casa.

=>SOLIDÃO

Meu santo Antõnio que foste tão íntimo de Deus

e conseguistes encher toda a vossa vida

com Sua presença veja quanto me pesa

a minha solidão sinto-me só, sem coração

que me abram
sem alguém com quem compartilhar

minhas alegrias e minhas tristezas

peço-Vos , antes de tudo que façais com que deus

seje tudo para mim depois, ajudai-me

a encontrar aquele coração compreencivo

em que eu possa confiar e com quem possa

partilhar meu amor,minhas alegrias,minhas tristezas

santo Antônio acompanhai-me

para que eu não sucumba só mas ache Deus nesta solidão

e um enviado de Deus

amém

=>TRAZER O AMOR DE VOLTA.

1-Em um vidro de boca larga coloque 2 cerejas em calda,juntamente com


1 coração de galinha e outro de galo, observo que o coração tem que ser
retirado com o animal ainda vivo e amarre um no outro com fitas bem
fininhas nas cores azul,vermelha e amarela,Antes de amarrar coloque os
nomes seu e do amado(a) nas pontas das fitas.Coloque dentro do vidro e
tampe-o.Enterre-o num vaso com uma plantinha e mantenha dentro de
casa.

2-Peque 5 *jambos,abra cada um deles,coloque o nome do fujão


juntamente com o seu.Arrume os 5 jambos dentro de uma tigela
branca,ponha no sereno em noite de lua cheia e chame 13 vezes por ele.

=>UNIÃO
-1 CORAÇÃO DE BOI.

-MEL.
-21 FITAS LARGAS COLORIDAS,MENOS PRETA.

-1 PRATO BRANCO.

-CANELA EM PÓ.

-7 PITANGAS.

-3 VELAS LILÁS OU ROXA.

-NOMES,SINAL.

=Abra o coração,ponha dentro seu nome e o do seu amor.Feche-o e


amarre-o com 21 fitas coloridas.A seguir,coloque o coração no
prato.Ponha um pouco de canela por cima,mel e as 7 pitangas em
volta.Acenda as velas em triângulo.Arreie em uma estrada,fazendo seus
pedidos a Nananburuquê.

=> UNIR COM IANSÃ.


-1 MAÇA VERMELHA.

-3 FITAS COLORIDAS MENOS PRETA.

-1 TIGELA DE LOUÇA BRANCA.

-MEL.

-NOMES DOS AMANTES.

-1 VELA BRANCA.

=Abra a maça ao meio,tire o miolo,coloque os nomes ou sinais, ponha um


pouco de mel e a seguir una as bandas da maça, amrrando-a com as fitas
coloridas.Ponha na tigela e cubra com mel.

Leve a uma campina ,acenda a vela e entregue a Iansã.

=>UNIR COM PADILHA

-1 ALGUIDAR DE BARRO.
-1 VELA DE CERA TIPO CASAL.
-MEL

-FARINHA DE MANDIOCA.

-5 ROSAS VERMELHAS.

-5 CRAVOS DA INDIA.

=Ponha no alguidar a farinha misturada com mel e enfeite com os


cravos.Coloque por cima a vela(tipo imagem)e enfeite com as rosas
vermelhas.Por fim acenda a vela.Lua crescente ,e arreie em frente a um
prostíbulo.

=>UNIR COM OGUN.

·1 inhame

· mel

· cravo da india

·1 vela branca

. 1 travessa de louça branca

. 3 fitasa coloridas azulm amarela e vermelha

. nome, fotos ou outro tipo de sinal

=Cozinhe o inhame descascado com um pouco de mel e alguns cravos-da-


india,deixe esfriar.A seguir,abra o meio,coloque o seu sinal e o sinal do
amado(a),feche-o e ague com mel misturado com o cravo e entregue em
local que haja muitas árvores.Até 18 hs em uma quinta feira de lua
crescente.

=>UNIR COM OXUM.


·1 CORAÇÃO DE CERA.

·CANGICA BRANCA.

·NOZ-MOSCADA RALADA.
·MEL.

·1 METRO E MEIO DE FITA BRANCA.

· SINAIS DOS AMANTES.

· 1 VELA 7 DIAS AMARELA.

· 1 PAR DE ALIANÇAS,BIJUTEKA.

· 1 TIGELA BRANCA MÉDIA.

=Cozinhe a canjica,depois de escorrida e fria misture a noz-moscada já


ralada.Em um papelzinho de seda branca escreva seu nome e o da pessoa
amada,ou sinal dos dois.Ponha no fundo da tigela.A seguir,coloque a
cangica por cima.Amarre as alianças com fitinha branca e escreva os
nomes na ponta dela.Ponha as alianças já amarradas dentro do coração
de cera,ponha mel e coloque em cima da cangica.Ponha esta tigela em
local alto dentro de sua casa ou em uma praça.Acenda as velas e peça a
Oxum.Fazer na lua crescente.-

=>UNIR COM XANGÔ.


-6 QUIABOS.

-1 RETRÓS DE LINHA BRANCA.

-1 TRAVESSA BRANCA.

-MEL.

-AZEITE DOCE.

-1 VELA 7 DIAS BRANCA.

=Pegue 6 quiabos,corte ao meio e coloque no meio de cada um deles seu


nome e o da pessoa amada.Amarre com um retrós de linha branca.A
seguir,coloque em uma travessa branca,ague com mel e azeite
doce,acenda uma vela 7 dias no centro do prato e peça justiça e proteção
a Xangô.Deixe em uma mata onde haja pedra.
Simpatia do alho
Ingredientes:

1 dente de alho

1 folha de papel branco sem pauta.

Modo de realizar a simpatia :

Pegue o papel branco escreva a lápis o nome completo da pessoa que


você deseja que te procure. Agora pegue um dente de alho com casca e
tudo e faça um embrulho com o papel. Procure um móvel pesado de sua
casa, que você consiga levantar e coloque este embrulho embaixo dele.

Quando escutar o barulho do alho esmagando diga com fé 3 vezes: “Assim


como este móvel é pesado, que pese o pensamento de fulano a me
procurar”.

OBS.: Quando a pessoa lhe procurar , tire o alho debaixo do móvel e jogue
em um matinho fora de casa.

Simpatia do Alho Amassado


Esta simpatia para o amor com o uso do alho amassado irá auxiliar para
que a pessoa amada te procure rapidamente:

Materiais: foto da pessoa amada, papel, caneta com tinta vermelha, alho
e fita vermelha.

Modo de fazer: realizar a simpatia do alho para a pessoa amada te


procurar é simples, basta pegar um papel branco e escrever, com caneta
de tinta vermelha, o nome completo da pessoa amada que você deseja
que te procure rápido.

Depois, parta ao meio um dente de alho com casca, acrescente o papel


com o nome da pessoa amada dentro do alho e feche o embrulho com
uma fita vermelha. Pegue a magia e coloque embaixo de uma pedra bem
pesada em um jardim bem bonito.

No momento em que ouvir o alho esmagar, diga: “Da mesma forma que
essa pedra é pesada, assim também será o pensamento para (diga o
nome da pessoa amada) me procurar”.

Olhe a foto enquanto esmaga o alho, isso representa a realização do


desejo.

Quando a pessoa amada te procurar, retire o feitiço debaixo da pedra e


jogue-o em um jardim bem bonito.

Simpatia para seu amor te procurar urgente e


desesperado
Para fazer esta poderosa simpatia, os seguintes ingredientes são
necessários:

1 pedaço de papel branco tipo folha de papel sufite

1 copo com água pela metade

Um pouco de sal grosso

Na folha de papel em branco, você deverá escrever o nome da pessoa


amada sete vezes. Em seguinda, acenda a vela e use a cera derretida para
fixar o papel no chão. Quando o papel estiver bem firme, fixe a vela no
papel.

Pegue o sal grosso e coloque-o ao redor da vela. O copo com agua ficará
ao lado da vela. Ofereça a vela para as almas afogadas, recitando a
seguinte oração

“Esta vela eu ofereço a vocês, com um copo de água fresca e uma oração
Pai Nosso, para que tragam para mim (nome da pessoa que você quer
que te procure) desesperada a me procurar.”
Você irá em seguida rezar um Pai Nosso mas apenas até a metade e então
dizer:

“Quando vocês, almas afogadas, atenderem ao meu pedido, eu rezo o


restante do Pai Nosso”

Deixe a vela queimar até a metade, apague-a e diga:

“Quando vocês trouxerem (nome da pessoa que deve lhe procurar )


desesperado(a), eu acendo o resto da vela e completo a água”.

Assim que a pessoa aparecer, você deverá rezar o restante do Pai Nosso,
completar o copo de água e reacender a vela. NÃO ESQUEÇA, pois o
feitiço pode quebrar e ele pode se afastar correndo de você. Para sempre.

Simpatia para ele te procurar desesperado


Material

1 pedaço de papel branco, virgem

1 copo com água pela metade

Sal grosso

Modo de Fazer

Escreva 7 vezes o nome da pessoa amada no papel, acenda a vela, fixe o


papel no chão com um pouco de vela derretida e depois fixe a vela sobre o
papel.Coloque sal grosso ao redor da vela e deixe o copo ao lado.Ofereça
a vela às almas afogadas, dizendo:

“Ofereço esta vela a vocês, com um copo de água e um Pai Nosso, para
que tragam (nome da pessoa amada) desesperado(a) a me procurar.”

Em seguida, reze um Pai Nosso até a metade e diga:

“Quando vocês atenderem o meu pedido, eu rezo o restante do Pai Nosso”


Então, você deixa a vela queimar até a metade, a apaga e diz:

“Quando vocês trouxerem (nome da pessoa amada) desesperado(a), eu


acendo o resto da vela e completo a água”.

Obs.:Esta simpatia deve ser feita FORA DE CASA!

Quando a pessoa aparecer, não se esqueça de rezar o restante do Pai


Nosso, acender o restante da vela e completar a água do copo.

Simpatia da batata para seu amor te procurar urgente


Materiais para a simpatia da batata inglesa

Separe uma batata inglesa, aquela que usamos para fazer a batata frita;

Um pedaço de papel novo branco;

Um lápis.

Como fazer a simpatia da batata inglesa

Procure um lugar com uma boa energia, tranquilo e em que você se sinta
em paz. Faça com muita fé a simpatia da batata e pense em seu amor
enquanto estiver fazendo. Mentalize ele te ligando e querendo te
encontrar. Siga os passos abaixo:

Escreva em um pedacinho de papel o nome completo do seu amado;

O nome deve ser escrito necessariamente com um lápis;

Faça um buraquinho fundo na batata de forma que você possa tampá-la


novamente depois;

Enrole o pedacinho de papel com o nome escrito e coloque dentro da


batata. Neste momento, faça uma mentalização forte do seu amor te
procurando;

Tampe a batata e a guarde em uma gaveta onde ninguém vá encontrá-la;


Como a batata se decompõe rápido e solta um líquido de cheiro forte,
recomendamos que a coloque dentro de um recipiente antes de colocar na
gaveta. Assim, você não corre o risco de sujar a sua gaveta;

Depois que o seu amado te procurar, coloque a batata em um jardim.


Caso ele não te procure em 7 dias, faça novamente a simpatia da batata
inglesa.

Simpatia para o Amor com Mel Para Ele Ligar


Comecemos pela mágica mais doce mas também a mais complicada.

Como ela é mais complexa, também será mais poderosa, daí a


mencionarmos e explicarmos como se faz.

Todos estes produtos não precisam de ser da melhor qualidade ou mesmo


ser comprados. Pode ser mesmo aqueles que você já tem em casa e
apenas aproveita para a fazer.

Componentes

Mel;

Uma colher de chá;

Três saches de açúcar;

Um pano ou camisa velha;

Preparação

Estenda o pano em cima de uma mesa e então coloque o mel sobre esse
pano, juntando depois o açúcar e misturando bem.

O pano deve ficar bem melado. Após isso, você deverá fazer a seguinte
oração:

“Meu amor de Deus, volte para meus braços, conheça meus braços, sou
forte e quero ser sua ! (seu)”

Coloque a mistura que fez na lixeira mas guarde o pano ou camisa.

Faça de novo no dia seguinte todo o processo e repita durante mais 2


dias, dando um total de 4 dias a repetir sempre o mesmo.

Após esse tempo, jogue o pano na lixeira e vá ao local onde fez a oração
deixar lá algo de valor para si. Há que fazer uma troca para receber o que
quer.

Vale lembrar de deve fazer tudo isto da forma como dissemos e sempre
com fé que irá funcionar.

Conquistar o seu Amor com um Ovo para me Procurar


Componentes

Um ovo branco;

Caixa de sapato;

Preparação

Pegue no ovo, coloque-o dentro da caixa de sapatos, feche-a e então


sacuda-a por 7 vezes enquanto diz o seguinte:

“Meu amor, meu amor, apareça para mim”

Abra então a caixa e pise no ovo quebrando-o ou então esmagando-o se


ele já se tiver partido, mas como toda a força de vontade que irá
conquistar a pessoa que deseja ter como parceira.

Após isso, coloque tudo no lixo e lave pé em água morna.

Simpatia para o Amor com Vela para Ele Voltar


Componentes
Uma folha vermelha;

Seu perfume;

Uma vela;

Preparação

Pegue no papel ou folha vermelha e escreva o nome da pessoa que quer


conquistar nele.

Depois coloque um pouco do seu perfume na vela (mas tenha cuidado


para não colocar um inflamável) e depois acenda a vela enquanto diz:

“Como a brasa queima o papel, que seu coração queime de amor por mim
e o cheiro do perfume te faça ficar enfeitiçado por mim“.

Após isso, basta deixar a vela queimar até ao fim e continue sempre
usando esse mesmo perfume até que a tenha conseguido o seu objetivo.

Simpatia para ele te procurar


ssa simpatia é feita com um papel qualquer, porém, tem alguns apegados
a ela que preferem e recomendam fazer essa simpatia com um papel de
um mapa, pois tem a ver com o rapaz te procurar.

Mas fica a sua vontade, se quiser fazer com um papel qualquer pode ser.

Bom, comece forrando um local com um papel e em volta 4 velas


aromáticas vermelhas, para puxar sua simpatia para algo mais
romântico. Após o local forrado, você vai separar os itens listados abaixo:

uma vela aromática vermelha quatro moedas de valores diferentes

um pote com a sua comida favorita

uma peça de roupa sua


No local que você preparou sua folha, coloque as moedas nas pontas, em
seguida acenda a vela aromática, ela será a base da sua simpatia, ou
seja, coloque ela no meio e você tem o tempo dela acender até ela apagar
para concluir sua simpatia, porém, essa simpatia tem um tempo de mais
ou menos duas a três semanas para se concluir (para ele te procurar).

Enquanto a vela está acesa, você vai passar a sua peça de roupa por cima
do aroma, mas cuidado para não deixar queimar, pode ser feito também
com a cera dela, apenas esfregue a “bunda” da vela em cima da sua
roupa.

Essa sua roupa estará simpatizada com o desejo de atrair um homem


correto, partindo disso, você deve sair todas as sextas e/ou sábados, e no
máximo em três semanas, você encontrará um amor, pode ser na balada,
no trabalho, mas precisa sair essas três semanas, que você verá como cai
do céu um amor para você.

Simpatia para ele te procurar desesperado


Material

1 pedaço de papel branco, virgem

1 copo com água pela metade

Sal grosso

Modo de Fazer

Escreva 7 vezes o nome da pessoa amada no papel, acenda a vela, fixe o


papel no chão com um pouco de vela derretida e depois fixe a vela sobre o
papel.Coloque sal grosso ao redor da vela e deixe o copo ao lado.Ofereça
a vela às almas afogadas, dizendo:

“Ofereço esta vela a vocês, com um copo de água e um Pai Nosso, para
que tragam (nome da pessoa amada) desesperado(a) a me procurar.”

Em seguida, reze um Pai Nosso até a metade e diga:


“Quando vocês atenderem o meu pedido, eu rezo o restante do Pai Nosso”

Então, você deixa a vela queimar até a metade, a apaga e diz:

“Quando vocês trouxerem (nome da pessoa amada) desesperado(a), eu


acendo o resto da vela e completo a água”.

Obs.:Esta simpatia deve ser feita FORA DE CASA!

Quando a pessoa aparecer, não se esqueça de rezar o restante do Pai


Nosso, acender o restante da vela e completar a água do copo.

Simpatia da batata para seu amor te procurar urgente


Materiais para a simpatia da batata inglesa

Separe uma batata inglesa, aquela que usamos para fazer a batata frita;

Um pedaço de papel novo branco;

Um lápis.

Como fazer a simpatia da batata inglesa

Procure um lugar com uma boa energia, tranquilo e em que você se sinta
em paz. Faça com muita fé a simpatia da batata e pense em seu amor
enquanto estiver fazendo. Mentalize ele te ligando e querendo te
encontrar. Siga os passos abaixo:

Escreva em um pedacinho de papel o nome completo do seu amado;

O nome deve ser escrito necessariamente com um lápis;

Faça um buraquinho fundo na batata de forma que você possa tampá-la


novamente depois;

Enrole o pedacinho de papel com o nome escrito e coloque dentro da


batata. Neste momento, faça uma mentalização forte do seu amor te
procurando;
Tampe a batata e a guarde em uma gaveta onde ninguém vá encontrá-la;

Como a batata se decompõe rápido e solta um líquido de cheiro forte,


recomendamos que a coloque dentro de um recipiente antes de colocar na
gaveta. Assim, você não corre o risco de sujar a sua gaveta;

Depois que o seu amado te procurar, coloque a batata em um jardim.


Caso ele não te procure em 7 dias, faça novamente a simpatia da batata
inglesa.

Simpatia para amarrar quem você ama


Você vai precisar de:

um papel totalmente branco

uma caneta

Passo a passo da simpatia para amarrar quem você ama:

Numa noite de Lua Cheia, escreva três vezes o nome da pessoa que você
quer conquistar no papel branco e desenhe ao lado dos nomes um único
coração.

Dobre o papel e diga três vezes a seguinte frase, olhando para a Lua e
pensando na pessoa:

“Lua ,Lua, Lua, me traga (nome da pessoa).”

Coloque o papel dobrado dentro da fronha do seu travesseiro.

No dia seguinte, jogue o papel dobrado em algum mato até o meio dia.

Funciona, mas tem que ter fé.

Simpatia para amarrar homem


Você vai precisar de:

um papel branco
dois pedaços da sua unha (um pedaço da mão esquerda e outro da
direita)

tesoura

um envelope

canela em pó

Passo a passo da simpatia para amarrar homem:

Pegue o papel branco e escreva o nome do homem que você quer


conquistar.

Enquanto escreve o nome, mentalize o rosto dele com toda a vontade que
tem de prendê-lo a você.

Em seguida, pegue a tesoura e corte dois pedaços da sua unha.

Pegue o envelope e coloque um pouco de canela em pó, junte os pedaços


de unha e o papel branco onde escreveu o nome da pessoa que quer
amarrar.

Feche bem o envelope e guarde num local onde só você pode mexer.
Ninguém deve mexer no envelope, senão o feitiço perde o encanto.

Esta simpatia funciona bem para amarrar homem casado.

Dicas de simpatia para amarrar amor


Simpatia do pé esquerdo

Você vai precisar de:

uma caneta azul

uma foto do homem que você quer amarrar

Passo a passo da simpatia do pé esquerdo:

Para começar, escreva três vezes o nome da pessoa na sola do seu pé


esquerdo, na parte de trás, abaixo do calcanhar.

Pise na fotografia com o pé em que escreveu o nome e repita as seguintes


palavras:

“Debaixo do meu pé esquerdo te prendo, te amarro e te mantenho pelo


poder das 13 almas benditas.

Que assim seja. Que você venha me procurar em 24 horas, dizendo que
me ama e quer ficar para sempre comigo.

Enquanto você não vier, não comerá, não dormirá e não terá vontade de
outra pessoa a não ser eu. Assim seja. Assim será!”

Quando terminar, dobre a foto e coloque dentro de alguma coisa que


esteja sempre com você, como a sua carteira ou bolsa.

Simpatia para amarrar um amor e deixá-lo sempre com


você
para prender marido e não esqueça de compartilhar com suas amigas!

Você vai precisar de:

duas velas brancas

um pires branco

açúcar

um pano branco nunca usado

duas mudas de comigo-ninguém-pode (macho e fêmea)

Passo a pasEsta é uma poderosa simpatia para prender o amor de um


homem e fazê-lo ficar sempre com você. Pode ser marido, namorado etc.
Faça essa simpatia so da simpatia para amarrar um amor e deixá-lo
sempre com você:
Pegue as velas brancas e faça um corte em ambas, removendo uma
pequena lasca.

Junte-as como se fossem uma vela única e coloque no pires branco,


acrescentando bastante açúcar ao redor.

Acenda as velas, reze um pai-nosso em intenção do anjo da guarda da


pessoa que você quer amarrar.

Uma vez que as velas tenham terminado de queimar, retire o açúcar que
deve ter se transformado em calda (tipo um mel) e ponha no pano
branco.

Pegue as pontas do pano branco e amarre formando uma espécie de


saquinho.

Enterre embaixo das mudas de comigo-ninguém-pode.

Detalhe importante para a simpatia dar certo: As plantas só poderão ser


cuidadas pela pessoa que fez a simpatia ! Se outra pessoa manipular as
plantas, a simpatia para prender um amor perderá efeito.

Feitiço da Pomba Gira para prender um homem


Vale ressaltar que esta simpatia para prender o amor de um homem só
deve ser feita se você tiver certeza que realmente quer prender o amor
dele.

Você vai precisar de:

um coração de galinha fresco

linha vermelha

mel

uma muda de comigo ninguém pode plantada num vaso

um pedaço de papel de seda vermelho


uma faca pequena

agulha de costura

Passo a passo do feitiço da Pomba Gira para prender um homem:

Escreva o nome da pessoa que deseja amarrar no papel de seda


vermelho, em um dia de lua cheia. Por cima, escreva seu próprio nome.

Em seguida, abra o coração de galinha com a faca e coloque o papel


dentro.

Coloque um pouco de mel e feche o coração, costurando com a linha


vermelha.

Coloque mel por cima e enterre no vaso de comigo-ninguém-pode.

Regue o vaso para que a planta fique sempre viçosa.

Quanto mais ela crescer e ficar bonita, mais o homem ficará apaixonado.

Simpatia para amarrar um amor e deixá-lo sempre com você

Esta é uma poderosa simpatia para prender o amor de um homem e fazê-


lo ficar sempre com você. Pode ser marido, namorado etc. Faça essa
simpatia para prender marido e não esqueça de compartilhar com suas
amigas!

Você vai precisar de:

duas velas brancas

um pires branco

açúcar

um pano branco nunca usado

duas mudas de comigo-ninguém-pode (macho e fêmea)

Passo a passo da simpatia para amarrar um amor e deixá-lo sempre com


você:

Pegue as velas brancas e faça um corte em ambas, removendo uma


pequena lasca.

Junte-as como se fossem uma vela única e coloque no pires branco,


acrescentando bastante açúcar ao redor.

Acenda as velas, reze um pai-nosso em intenção do anjo da guarda da


pessoa que você quer amarrar.

Uma vez que as velas tenham terminado de queimar, retire o açúcar que
deve ter se transformado em calda (tipo um mel) e ponha no pano
branco.

Pegue as pontas do pano branco e amarre formando uma espécie de


saquinho.

Enterre embaixo das mudas de comigo-ninguém-pode.

Detalhe importante para a simpatia dar certo: As plantas só poderão ser


cuidadas pela pessoa que fez a simpatia ! Se outra pessoa manipular as
plantas, a simpatia para prender um amor perderá efeito.

Simpatia do sal para amarração amorosa


As simpatias com sal estão entre as simpatias mais tradicionais do nosso
folclore. A simpatia do sal grosso que vou ensinar é para amarrar um
amor..

Você vai precisar de:

sal grosso

um papel branco com o nome da pessoa que você quer amarrar

um saco plástico

Passo a passo da simpatia do sal para amarração amorosa:


Esta simpatia deve ser feita em uma sexta-feira.

Faça um pequeno círculo no chão usando o sal grosso.

Enquanto faz o círculo de sal, recite o seguinte:

“Neste círculo de sal que faço, te fecho nesta roda ! No sal que te
acorrento, com seu amor só para mim!”

Pegue o papel com o nome da pessoa que você quer amarrar e coloque no
centro do círculo de sal grosso, dizendo em voz alta:

“Se prendo teu nome, prendo teus olhos.

Se prendo teu nome, prendo tua boca.

Se prendo teu nome, prendo teu olhar.

Se prendo teu nome, prendo teu coração.

Se prendo teu nome, prendo teu desejo.

Se prendo teu nome, prendo tua alma.”

Agora, coloque o sal e o papel com o nome dentro de um saco plástico e


enterre em um local onde ninguém mexa.

SIMPATIA DE AMARRAÇÃO COM SAL GROSSO E ROSAS


VERMELHAS
Para essa simpatia de amarração com sal grosso com rosas vermelhas
você vai precisar de:

um embalagem de sal grosso com rosas vermelhas WeMystic

um papel

uma caneta vermelha

uma vela vermelha do amor WeMystic


O processo de realização dessa simpatia é bastante simples e o sal grosso
será o principal elemento para trazer a pessoa amada para perto de si.
Começamos a simpatia em uma sexta feira onde, em um local tranquilo,
deverá fazer um círculo de sal grosso no chão – não é preciso utilizar
grandes quantidades de sal para isso, nem fazer um círculo muito
extenso. Acenda a vela vermelha do amor e coloque no centro do círculo.

Enquanto derrama o sal grosso com rosas vermelhas pense na pessoa que
deseja amarrar e repita a seguinte frase: “No círculo que faço, na roda
que te fecho! No sal que te acorrento, com seu amor só pra mim!”. A
seguir, em um pedaço de papel, escreva o nome da pessoa amada com a
caneta vermelha, sempre pensando nela, e coloque-o no centro do círculo
junto da vela do amor dizendo as seguintes palavras:

“Se prendo teu nome, prendo teus olhos.

Se prendo teu nome, prendo tua boca.

Se prendo teu nome, prendo teu olhar.

Se prendo teu nome, prendo teu coração.

Se prendo teu nome, prendo teu desejo.

Se prendo teu nome, prendo tua alma.”

Assim que tais palavras forem ditas – sempre com a pessoa amada em
sua mente e coração – passe para a parte final dessa simpatia e coloque
todo o sal grosso que está no chão, juntamente com o pedaço de papel
com o nome dentro de um saquinho em plástico.

Dica WeMystic: acenda um incenso de rosas enquanto realiza esse ritual


para dar mais força às propriedade de atração do amor das rosas
vermelhas.

Certifique-se de fecha-lo bem e então enterre em um local onde não será


descoberto por ninguém. Dê preferência para enterra-lo longe do local
onde reside, e em algum local agradável com a presença de flores.
É importante que você não conte sobre ter feito a simpatia de amarração
com sal grosso e rosas vermelhas para ninguém. Apenas aguarde até o
momento em que a pessoa amada chegue até você e concretize a
simpatia realizada.

Feitiço da Bruxa Espanhola para conquistar e amarrar seu


amor
O feitiço da Bruxa Cigana Espanhola é poderoso e especial e deve ser
realizado com atenção e fé. Com este feitiço você vai conquistar o homem
dos seus sonhos, prendendo seu amor e enlouquecendo-o de desejo e
paixão.

Você vai precisar de:

uma foto do seu amor ou um computador para vê-lo

Passo a passo do feitiço da Bruxa Espanhola para conquistar e amarrar


seu amor:

Para realizar esse feitiço, você precisa estar olhando para o seu alvo, ou
seja, para o homem que você deseja amarrar.

Você pode olhar de longe ou pela internet, mas lembre-se que o seu
homem não deve saber que está sendo observado.

Se não for possível fazer isso com ele por perto, recite o feitiço olhando
para uma foto dele.

Este feitiço cigano pode ser realizado em qualquer lua ou dia da semana.

Olhe para a imagem dele ou para ele e recite:

“Com dois eu te vejo

Com cinco eu te ato

Teu sangue eu bebo


Coração arrebato

Não dispenso sorrisos

e tua boca tapo

teu coração eu ato e te ato e te reato

e volto a reatar.

Nem comer nem beber poderás

Nem amar, nem desamar

nem em campo verde estar

nem em campo seco folgar,

nem com viúva, nem com casada

nem com solteira amada

ao afeto chegar

que aqui, diante dos meus olhos,

venhas atado, conjurado

a me querer, a me amar.

Teus dinheiros me venhas dar

Com todo amor que tenhas

Que venhas

Que venhas

Que venhas”

SIMPATIA DO COPO

Para essa simpatia você precisará apenas de um copo. Em uma noite de


lua cheia, pegue no copo e grite dentro dele o nome da pessoa que você
ama três vezes. Escolha um local mais apropriado e sossegado para
realizar a simpatia, dessa forma não terá vergonha de dar os gritos por aí.
Depois de gritar o nome da pessoa três vezes, deverá colocar o copo de
cabeça para baixo em um lugar alto. Pode ser em cima da geladeira, ou
de uma prateleira bem alta, ou até em cima do armário do quarto.
Quando a pessoa finalmente a procurar, desvire o copo e use
normalmente. Pode ser que o copo passe alguns dias onde você o deixar,
então não se esqueça de o lavar. Porém, somente depois que a pessoa
procurar por você. De resto, aguarde pelas boas notícias e boa sorte.

Você também pode gostar