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A POLITECNICA
ESCOLA SUPERIOR ABERTA
Cremilde Gonçalves
Mueda
2019
1
Cremilde Gonçalves
Mueda
2019
2
Tutor:_____________________________________
Parecer do
Tutor:______________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
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Dedicatória
Dedico este trabalho aos meus filhos Keylla e Wagner, aos meus irmãos Catarino, Columbina,
Atália, Ema, Suzete, Devesse e Marcela, ao meu cunhado Miguel, meus sobrinhos Denio,
Eufrásia, Noémia, Florentina, e Júnior. Por último, dedico aos meus pais Francelino
Gonçalves e Catarina de Fátima Firmino, pela atenção, dedicação e o carinho que sempre me
proporcionaram para chegar a esta etapa.
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Agradecimentos
Em primeiro lugar, à Deus, pelo amor, força e coragem que me proporcionou à concretização
desta monografia.
São também dignos de um grande agradecimento os meus amigos da faculdade como António
Taibo, Crescência Simão, José Alfai e Magido Uraibo, Estevão Sabani pelos nossos dias de
trabalho e dificuldades ultrapassadas em conjunto.
Por fim, aos familiares e amigos da infância, pela compreensão nos momentos da minha
ausência.
5
Epígrafe
6
Resumo
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Abstract
The implementation of the National System of State Archives (SNAE) in Mozambique is part
of the reforms introduced in the Public Administration and aims to improve the management
of documents in order to efficiently and effectively meet the needs of users in terms of
information. Taking the Montepuez District Secretariat as the object of study, the present
work intends to analyze the file system in the Public Administration, within the scope of
SNAE implementation, and in facilitating access to information to users. With the results of
the research it was found that the process is experiencing difficulties because, although the
SNAE has guidelines for the management of documents and files, the retrieval of information
is not done in a timely manner. Nevertheless, in spite of several formations carried out at the
level of the District Secretariat promoted by the Provincial Secretariat, there still prevails a
lack of mastery in the application of the documents management tools, SNAE, causing some
officials not to classify or evaluate the documents, which consequently makes the inefficient
and inefficient. This situation has been exacerbated by the lack of funding for document
management activities and the lack of a management unit at the District level.
Keywords: Information, File, File System, State File and Document Management
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Lista de figuras
9
Lista de tabelas
Tabela 1: Orçamento gasto com o material permanente .......................................................... 30
Tabela 2: Orçamento gasto com o material de consumo ......................................................... 30
Tabela 3: Cronograma de actividades ...................................................................................... 31
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Lista de gráficos
11
Lista de abreviaturas
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Sumário
Capitulo I: INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 15
1.1. Objecto de estudo ...................................................................................................... 16
1.2. Problematização......................................................................................................... 16
1.3. Hipóteses ................................................................................................................... 16
1.4. Objectivos .................................................................................................................. 17
1.4.1. Objectivo Geral .................................................................................................. 17
1.4.2. Objectivos específicos ........................................................................................ 17
1.5. Justificativa e relevância do estudo ........................................................................... 17
1.5.1. Justificativa......................................................................................................... 17
1.5.2. Relevância do Estudo ......................................................................................... 17
1.6. Delimitação do estudo ............................................................................................... 18
1.6.1. Delimitação temporal ......................................................................................... 18
1.6.2. Delimitação espacial .......................................................................................... 19
1.7. Questões éticas .......................................................................................................... 19
1.8. Dificuldades encontradas ........................................................................................... 19
1.9. Resultados esperados ................................................................................................. 19
Capitulo II- REVISÃO DA LITERATURA ............................................................................ 20
2.1. Conceitos ................................................................................................................... 20
2.1.1. Arquivo............................................................................................................... 20
2.2. Gestão de arquivos: origens históricas ...................................................................... 20
Capitulo III- ASPECTOS METODOLÓGICOS ..................................................................... 27
3.1. Descrição da área de pesquisa ................................................................................... 27
3.2. Metodologia ............................................................................................................... 28
3.2.1. Tipo de pesquisa ................................................................................................. 28
3.3. Universo e determinação de amostra ......................................................................... 29
3.3.1. Universo ............................................................................................................. 29
3.3.2. Determinação da amostra ................................................................................... 29
3.4. Orçamento detalhado ................................................................................................. 29
Capitulo IV: ANALISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS............................................... 32
4.1. Análise e interpretação de dados ............................................................................... 32
4.2. Conhecimento acerca do Decreto 36/2007, de 27 de Agosto .................................... 32
4.3. Capacitação dos técnicos ........................................................................................... 33
4.4. Classificação dos documentos ................................................................................... 33
4.5. Conhecimento acerca de instrumentos para operacionalização do SNAE ................ 34
13
4.6. Vantagens e desvantagens do SNAE ......................................................................... 34
4.7. Factores da má gestão dos arquivos na Administração Pública ................................ 35
Capitulo V: DISCUSSÃO DOS RESULTADOS .................................................................... 36
5.1. Verificação das hipóteses .......................................................................................... 36
Capítulo VI: CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES........................................................... 37
Referências bibliográficas ........................................................................................................ 39
Anexos ...................................................................................................................................... 40
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Capitulo I: INTRODUÇÃO
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discussão dos resultados, Capitulo VI: Conclusões e sugestões e por fim as referências
bibliográficas, apêndices e anexos.
1.2. Problematização
Ao longo dos últimos anos, o funcionamento de arquivos, centros de documentação e
bibliotecas da Secretaria Distrital de Montepuez tem sido assegurado, por um lado, de forma
deficiente e por pessoas sem formação, por outro, de forma insustentável, com consultores
externos e por vezes internos que criam sistemas que só duram o tempo de vigência do
projecto que os criou.
Em contrapartida, pode-se notar que existe má gestão dos arquivos na Administração Pública.
Diante deste cenário que preocupa a maioria dos funcionários e agentes do estado a pesquisa
levanta a seguinte questão: Quais são os factores que influenciam a má gestão dos arquivos
na Administração Pública?
1.3. Hipóteses
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A falta de capacitações e treinamentos no seio dos funcionários públicos influencia na
má gestão dos documentos na Administração Pública.
1.4. Objectivos
1.4.1. Objectivo Geral
A pesquisa realizada justifica-se pelo facto de que a boa gestão de arquivos na administração
pública seja imprescindível para a segurança de qualquer entidade governamental e contribui
para a prestação de serviços de qualidade ao cidadão, não só mas também permite aos
funcionários dominar os tipos de arquivos deste os correntes, intermediários e o arquivo
morto.
1.5.2 Relevância do Estudo
A escolha deste tema foi motivada pela importância que a gestão de arquivos ostenta para a
qualidade de serviços prestados pela administração pública. Torna-se necessário conhecer os
factores que influenciam a má gestão de arquivos no sector da administração pública, para se
propor medidas com vista a minimizar este problema.
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No que diz respeito à relevância da pesquisa, na área académica estabelece um saber
científico e conhecimentos mais detalhados acerca do fenómeno estudado, fornecendo
subsídios teóricos e possibilitando pesquisas futuras.
No concernente a área social, o estudo poderá abrir espaço para que as autoridades
competentes possam desenhar estratégias com vista a minimizar os problemas que afectam a
gestão de arquivos na Secretaria Distrital de Montepuez.
Para a sociedade o caso é relevante pois, o objectivo do estado na criação das instituições
públicas é satisfazer as necessidades públicas com eficácia e eficiência. O funcionário
satisfeito com boa gestão dos seus processos, sente-se motivado e consequentemente
influencia no bom desempenho, dedicação e empenho.
1.6 Delimitação do estudo
Este teve o seu início no mês de Janeiro com identificação de problema e escolha de problema
e escolha de tema que culminou com elaboração do projecto de pesquisa que foi submetido no
início de Setembro de 2018, que por sua vez seguiu o processo de colecta de dados e por fim a
redacção da monografia científica.
Para tal, o trabalho refere ao período de 2016-2018, período em que muitos arquivos
desapareceram sem devida explicação.
18
1.6.2 Delimitação espacial
Foram várias as dificuldades encontradas no campo, desde o início do projecto até ao trabalho
final, dentre várias destaca-se:
19
Capitulo II- REVISÃO DA LITERATURA
2.1 Conceitos
2.1.1 Arquivo
Em meados do ano de 1789 essa preocupação passou a atingir também a França, que com o
objectivo de assegurar, guardar e preservar tanto o património documental do passado como
também, os novos documentos produzidos daquela época em diante passou a criar seus
arquivos. Vale ressaltar que na mesma época, os documentos dos Arquivos Nacionais
(arquivos governamentais, administrativos, judiciais e eclesiásticos) passaram a ser
considerados propriedade pública, com livre acesso e à disposição de qualquer cidadão que os
solicitasse.
Apesar de toda essa preocupação com a documentação arquivística, só a partir do século XIX
o Arquivo, como instituição ganhou espaço. Tal fato ocorreu quando este passou a ser
considerado como base de pesquisa histórica, levando os Estados a mantê-los acessíveis a
todos os cidadãos.
Desde a sua concepção, após a Segunda Guerra Mundial, a gestão de arquivos vem ganhando
espaço no campo da arquivologia, sendo alvo de muitos debates e reflexões a respeito de sua
importância diante da grande massa de documentos produzida em razão da expansão das
estruturas burocráticas nas administrações públicas e privadas.
Ainda sobre a evolução da noção de arquivo, a autora destaca que o século XX convive com o
cenário de aumento de informações orgânicas, implicando questões de acessibilidade a essas
informações, além dos desafios do tratamento, armazenamento e difusão da mesma em
suporte magnético, electrónico e digital. Este cenário leva a novas questões relacionadas à
gestão dos arquivos.
De acordo Indolfo et al. (1995), a informação registada sempre foi, ao longo das épocas, a
base de registos das acções das administrações. A revolução francesa, em 1789, representa um
marco histórico para essas instituições, consolidando a tendência à centralização, com a
criação da primeira rede de arquivos da era moderna.
O Estado reconhece, então, sua responsabilidade sobre os documentos por ele produzidos, e
mais, sobre o acervo documental do passado. “Consagra-se, a partir daí, o princípio de que os
arquivos sejam consultáveis por todos, retomando a concepção grega que permitia a todo
cidadão ter acesso aos documentos do Estado (INDOLFO et a l.,1995, p. 9).
De acordo com Fonseca (2005, p. 58), “os textos que se ocuparam em estabelecer uma
evolução histórica das práticas arquivísticas, ainda que de maneira superficial, apontam a
longevidade da actividade arquivística e dos arquivos na história das civilizações humanas
pós-escrita”. No entanto, a autora ressalta que a maior parte dos autores estabelece a
publicação do manual escrito em 1898, pelos arquivistas holandeses S. Muller, J. A. Feith e
R. Fruin, como marco inaugural do que se poderia chamar de uma disciplina arquivística,
como campo autónomo do conhecimento.
21
O manual dos holandeses passa a ser considerado como uma obra fundamental na
arquivística. A autora considera, ainda, que, a partir do estabelecimento do manual como
marco fundador da disciplina arquivística, é possível analisar algumas características da área,
seja do ponto de vista teórico e conceitual e, também, histórico e geográfico.
Para Jardim (1987, p. 36), “a aplicação dos princípios da administração científica para a
solução dos problemas documentais gerou os princípios da gestão de documentos, os quais
resultaram, sobretudo, da necessidade de se racionalizar e modernizar”.
Em termos de contribuição para a área, Indolfo (2005, p. 31), ressalta que a gestão de
arquivos aparece como uma renovação epistemológica da área arquivística. A autora destaca,
ainda, que o norte-americano Philip C. Brooks é identificado como o primeiro profissional a
fazer referência ao ciclo vital dos documentos, conceito que se materializou na criação de
programas de gestão de documentos e na implantação de arquivos intermediários.
O conceito de gestão de arquivos, entre os vários estudiosos, pode variar de acordo com seu
objectivo principal. Os elementos economia, eficácia e eficiência, sem esquecer o factor
produtividade, são ressaltados, normalmente, em quase todos os conceitos uma vez que as
mudanças por que passavam as organizações, governamentais ou não, no início do século XX,
tanto no processo de produção, como na organização racional do trabalho, passaram a exigir a
adopção dos princípios da administração científica, preconizada pelo Taylorismo.
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documentos gerados pelas administrações públicas. Os Estados Unidos são considerados
pioneiros na elaboração do conceito records management, que, originalmente, teve um
enfoque administrativo e económico, já que o objectivo era optimizar o funcionamento da
administração, limitando a quantidade de documentos produzidos e o seu prazo de guarda.
De acordo com Indolfo (2007), “nas décadas iniciais do século XX, ocorre um crescimento
vertiginoso da documentação em virtude da proibição legal de destruí-la”. Esta situação
levou à criação de comissões, actividades censitárias foram desenvolvidas e actos legislativos
foram expedidos, visando autorizar a eliminação de documentos. A partir de então, procura-se
estudar procedimentos de aplicação das técnicas da administração moderna ao governo
federal, recensear o volume de documentos acumulados nas agências federais, bem como
autorizar a construção de um edifício para o arquivo nacional.
Jardim (1987) destaca que, embora sua concepção teórica e aplicabilidade tenham-se
desenvolvido após a Segunda Guerra Mundial - a “gestão de documentos possuía raízes já no
século XIX, em função dos problemas de uso e guarda de documentos na administração
pública”. O autor destaca que, na primeira metade deste século, criaram-se comissões
governamentais nos EUA e Canadá, visando encontrar soluções para a melhoria dos padrões
de eficácia no uso dos documentos. Nesta época, as instituições arquivísticas públicas tinham
um carácter de apoio à pesquisa e os documentos eram considerados pelo seu valor histórico.
Os objectivos dessa comissão são apontados por Jardim (1987): “foram formadas comissões
governamentais com o objectivo de encontrar soluções para a melhoria dos padrões de
eficiência no uso dos documentos, por parte da administração pública”. Jardim compara o
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trabalho dessa comissão às contribuições do Manual de Arranjo e Descrição dos arquivistas
holandeses para o pensamento arquivístico.
Segundo Indolfo (2007), estes centros de arquivamento criam a idade intermediária e dão
origem ao conceito das três idades documentais: corrente, intermediária e permanente. “Os
“records centers” deveriam guardar os documentos de valor primário, que, por conta da
diminuição da potencialidade de uso daqueles documentos, poderiam ficar distantes dos
arquivos montados nos sectores de trabalho”.
Sobre os objectivos da gestão de documentos, Jardim (1987) destaca que “o princípio básico
da gestão de documentos é que a informação deve estar disponível no lugar certo, na hora
certa, para as pessoas certas e com menor custo possível”.
Indolfo et al. (1995, p. 14) estabelece que são objectivos da gestão de documentos, assegurar,
de forma eficiente, a produção, administração, manutenção e destinação de documentos;
garantir que a informação governamental esteja disponível quando e onde seja necessária ao
governo e aos cidadãos; assegurar a eliminação dos documentos que não tenham valor
administrativo, fiscal, legal ou para pesquisa científica; assegurar o uso adequado da
micrográfica, processamento automatizado de dados e outras técnicas avançadas de gestão da
informação; contribuir para o acesso e preservação dos documentos que mereçam guarda
permanente por seus valores histórico e científico.
24
Com relação aos aspectos práticos da gestão de arquivos, James Rhoads (1983) descreve as
fases e os elementos que compõem um programa de gestão de documentos e formula os
níveis de implantação desse programa. De acordo com a descrição, as três fases básicas da
gestão de documentos são:
Para Rhoads (1983), um sistema integral de gestão de documentos ocupa de todas as fases do
ciclo de vida dos documentos, desde o que ele chama de seu “nascimento” até a sua “morte”
ou destruição, quando cumpriram com as finalidades pertinentes. O autor chama de
reencarnação a fase que os documentos transformam-se em arquivos permanentes, por
possuírem valores que justifiquem sua conservação.
1) Nível mínimo: estabelece que os órgãos devem contar, ao menos, com programas de
retenção e eliminação de documentos e estabelecer procedimentos para recolher à
instituição arquivística pública aqueles de valor permanente;
25
2) Nível mínimo ampliado: complementa o primeiro, com a existência de um ou mais
centros de arquivamento intermediário;
26
Capitulo III- ASPECTOS METODOLÓGICOS
O Distrito de Montepuez fica localizado na zona Sul da Província de Cabo Delgado, entre os
paralelos 10º 27´ e 26º 52´ de latitude Sul e entre os meridianos 30º 12´ e 40º 15´ de longitude
Este.
27
3.2 Metodologia
Para a execução dessa pesquisa utilizou-se as seguintes etapas: (1) revisão bibliográfica, (2)
pesquisa de campo e (3) análise e interpretação dos dados.
A pesquisa bibliográfica com procedimento para explicar o universo a ser explorado. Assim, a
pesquisa foi qualitativa, utilizando referências publicadas em livros e documentos, portanto
obedeceu as normas e técnicas definidas pela Universidade Politécnica.
a) Forma de abordagem
b) Método de abordagem
Para Garcia (1998, p. 44), o método representa um procedimento racional e ordenado (forma
de pensar), constituído por instrumentos básicos, que implica utilizar a reflexão e a
experimentação, para proceder ao longo do caminho (significado etimológico de método) e
alcançar os objectivos pré estabelecidos no planeamento da pesquisa (projecto).
28
viabilidade para responder ao problema levantado no projecto. E quanto ao método de
procedimentos foi usado o método monográfico que, é um estudo sobre um tema específico
ou particular de suficiente valor representativo e que obedece a rigorosa metodologia. Este
método investiga determinado assunto não só em profundidade, mas em todos os seus ângulos
e aspectos, dependendo dos fins a que se destina.
LAKATOS & MARCONI (1993:123) admitem que “o universo numa pesquisa é o número
total de indivíduos que fazem parte do estudo que dele é retirada aleatoriamente um grupo de
indivíduo para o estudo”. Com vista a garantir fiabilidade na pesquisa a ser levada a cabo, a
população corresponde a todos os funcionários da Secretária Distrital de Montepuez,
correspondentes a 56 indivíduos.
A amostra que constitui a pesquisa é de vinte (20) indivíduos, dos quais, que correspondem a
35.8% da população, dentre funcionários, chefes das diversas repartições e dirigentes.
O presente trabalho foi possível realizar com um gasto total de 43.275, 00MT que inclui o
material informático, meio de transporte e consumíveis. Outrossim, foi despendido
igualmente o valor de 6.500, 00MT para questões de alimentação, recargas para comunicação
incluindo internet, transporte para o campo bem como na entrega desta pesquisa na Vila de
Mueda.
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Tabela 1: Orçamento gasto com o material permanente
Descrição Quantidade Custo Custo Total Justificativa
Unitário
30
Tabela 3: Cronograma de actividades
Anos Meses
20018/2019 Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro
Revisão bibliográfica
Redacção da fundamentação teórica
Fixação e redacção metodológica
Preparação dos questionários
Realização das entrevistas
Análise preliminar dos resultados
Busca e análise de bibliografia de apoio
Redacção dos capítulos centrais da pesquisa
Preparação do resumo, palavras-chave,
introdução e considerações finais
Busca e análise da bibliografia de apoio
Exame de qualificação
Alterações no texto, ajustes, redação final,
preparação do Abstract e Key-words
Entrega da Monografia a Mueda
Defesa
Fonte: Autora, 2018.
31
Capitulo IV: ANALISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS
60%
Funcionários que
conhecem o Decreto
40% 36/2007, de 27 de Agosto
Funcionários que não
20% conhecem o Decreto
36/2007, de 27 de Agosto
0%
Analisando o gráfico 1, pode-se notar que, 55% dos funcionários entrevistados não conhecem
o Decreto 36/2007, de 27 de Agosto, que cria o Sistema Nacional de Arquivos do Estado e,
apenas 45% é que conhece este dispositivo. Entretanto, a falta de conhecimento dos
dispositivos legais pode levar os funcionários públicos a cometeram erros na gestão dos
arquivos.
32
O conhecimento tem-se apresentado como uma estratégia fundamental para as organizações
que anseiam sucesso, tendo em vista que a partir do gerenciamento dos activos intangíveis e
da compreensão do que venha a ser o capital estrutural.
Nesta parte da entrevista, foi levantada uma pergunta que dizia: todos técnicos que lidam com
os documentos já foram capacitados em matéria de gestão de documentos? Entretanto, de
acordo com os nossos entrevistados, em toda a instituição, apenas 2 funcionários é que já
tiveram formação acerca da gestão de documentos.
A questão colocada neste ponto, teve como intuito perceber se na Secretaria Distrital de
Montepuez, os documentos são classificados de acordo com o SNAE. O gráfico a seguir
apresenta os dados referentes à opinião dos funcionários.
De acordo com o gráfico, percebe-se que 35% dos funcionários consideram que os
documentos são classificados de acordo com o Sistema Nacional de Arquivos do Estado, 45%
consideram que os documentos naquela instituição não são classificados conforme o SNAE e,
os restantes 20% responderam que talvez estejam classificados de acordo com o SNAE.
33
4.5. Conhecimento acerca de instrumentos para operacionalização do SNAE
Foi levantada uma questão com vista a saber se os funcionários da Secretaria Distrital de
Montepuez conhecem, pelo menos um (1) instrumento que se usa para a operacionalização do
Sistema Nacional de Arquivos do Estado e os resultados são ilustrados no gráfico abaixo.
Olhando para o gráfico, pode-se analisar que apenas 40% dos funcionários é que conhecem os
instrumentos de operacionalização do Sistema Nacional de Arquivos do Estado e 60% não
conhecem tais instrumentos.
34
4.7 Factores da má gestão dos arquivos na Administração Pública
Neste ponto, foi levantada uma questão com a intenção de colher as opiniões dos funcionários
acerca dos factores que influenciam a má gestão dos arquivos na Administração Pública,
conforme os dados do gráfico a seguir.
40%
A falta de estratégias específicas de
gestão de arquivos
20%
Falta de capacitação e treinamento
dos funcionários
0%
Segundo o que se pode ver no gráfico, 55% dos funcionários considera a falta de pessoal
qualificado como sendo o factor da má gestão dos arquivos na Administração Pública, 15%
aponta para a falta de estratégias específicas de gestão de arquivos e, os restantes 30%
indicaram a falta de capacitação e treinamento dos funcionários.
35
Capitulo V: DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
5.1. Verificação das hipóteses
No que diz respeito as hipóteses levantadas para responder as questões da pesquisa, a primeira
hipótese: a falta de pessoal qualificado influencia a má gestão dos arquivos na
Administração Pública foi comprovada, pois, 55% dos funcionários considera a falta de
pessoal qualificado como sendo o factor da má gestão dos arquivos na Administração Pública.
Contudo, vimos o arquivo central da secretaria distrital, que muitos chamam arquivo morto,
onde os papéis das secretarias, após um tempo de utilização, são colocados sem uma gestão
adequada, contribuindo para proliferação de insectos, infiltrações, mofo, cupim e uma
consequente perda de papéis. Nenhuma tecnologia auxilia na organização e preservação do
acervo. Relacionamos a seguir outras situações que dificultam o trabalho com documentos
públicos:
Perda de papéis e informações, em muitos casos por infiltrações, mofo, corroídos e/ou
danificados por insectos.
Não existe qualificação do servidor para organizar e preservar documentos, pois, há a falta
de profissionais para o manuseio correto dos documentos. Também, há ausência de
investimentos para manutenção dos espaços físicos onde são arquivados os acervos
públicos.
36
Capítulo VI: CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
O processo de gestão arquivos é um dos mais importantes em uma instituição. É através dele
que temos a possibilidade de garantir a conservação, preservação e recuperação da história de
uma instituição. No entanto, para tal atribuição, se faz necessário um profissional
especializado que detenha em seu currículo, aprendizado de técnicas especializadas para
desempenhar tal função. Também é necessário que este profissional tenha um perfil dinâmico,
capaz de lidar com os processos de gestão relacionados aos documentos, usuários e com os
proprietários da instituição.
Recomenda-se um trabalho voltado para capacitação de servidores, que tem relação directa
com os arquivos produzidos ou recebidos pela Secretaria Distrital de Montepuez. Assim
como, investimentos em suportes tecnológicos: material de informática com aplicativos que
gerencie os bancos de dados; espaço físico amplo e adequado para guarda dos arquivos da
Secretaria Distrital; e, contrato de profissional na área de arquivologia.
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actualizados seus arquivos. O tempo de utilização, guarda definitiva ou destruição dos
documentos, e saber sobre a legislação referente aos arquivos.
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VII. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Ampudia Mello, J. Enrique (1988). Instituicionalidade y gobierno: um ensayo sobre la
dimensiónarchivística de la administración pública. México: Instituto Nacional de
Administración Pública.
Fonseca, Maria OdilaKahl (2005). A arquivologia e ciência da informação. Rio de Janeiro:
FGV.
Indolfo, Ana Celeste, et al (1995). Gestão de arquivos: Conceitos e procedimentos básicos. 2
ed.,Rio de Janeiro, Arquivo Nacional.
Indolfo, A. C (2008). Arquivo e Administração. 7 ed., São Paulo, Atlas.
Jardim, José Maria (1987). O conceito e a prática da gestão de arquivos. 2 ed., Rio de
Janeiro, Acervo.
Rhoads, James B (1983). O papel da gestão de documentos e arquivos em sistemas nacionais
deinformação: um estudo da Rampa. Paris, Unesco.
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ANEXOS
Anexo I: Guião de Entrevistas
O presente inquérito tem por objectivo a recolha de dados para apurar o grau de eficiência e
eficácia da “ Implementação do Sistema Nacional de Arquivo do Estado na Administração
Pública em Moçambique: caso na Secretaria Distrital de Montepuez”.
1. Em Moçambique, foi aprovado o Decreto 36/2007 de 27 de Agosto, que institui o Sistema
Nacional de Arquivo de Estado (SNAE), que é implementado aos órgãos e instituições de
Administração Pública. Tem conhecimento deste instrumento?
2. Todos técnicos que lidam com os documentos já foram capacitados em matéria de gestão
de documentos? Qual foi a duração?
3. Na sua opinião, nesta instituição será que os documentos são classificados de acordo com o
SNAE?
4. Conhece pelo menos um (1) instrumento que se usa para a operacionalização do SNAE?
5. Quais são as vantagens e desvantagens do uso do SNAE?
6. A nível das unidades orgânicas já se fez avaliação dos documentos?
7. Será que existe um arquivo intermediário ou um depósito temporário dos documentos de
consulta pouco frequente?
7.1 Onde se localiza e como estão organizados os documentos?
7.2 Qual é o nível de preservação ou conservação dos mesmos?
8. Com a implementação do SNAE tem-se registado alguns avanços na recuperação e
tramitação de documentos?
9. Quais são os desafios que enfrentam para a organização e recuperação de documentos?
10. Pode fazer alguma apreciação ou comentário sobre os arquivos corrente e intermediário a
nível do SNAE.
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