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COLÉGIO PEDRO II – UNIDADE ESCOLAR TIJUCA II

TRABALHO DE HISTÓRIA – AMÉRICA PRÉ–COLOMBIANA


PROFESSOR: RONALDO SÁVIO
2º TURNO 1ªSÉRIE ANO LETIVO: 2004

NOME:CARLOS EDUARDO ; FILIPE Nºs 07 ; 1_ TURMA:2102

1.0 – A AMÉRICA PRÉ-COLOMBIANA

Antes de Incas e Astecas, importantes grupos se desenvolveram na


Mesoamérica, como os Olmecas e os Maias, estes últimos conhecidos como "os
gregos do Novo Mundo".

1.1 – OS OLMECAS

A cultura olmeca, que se originou na costa sul do Golfo do México (La


Venta, San Lorenzo, Tenochtitlán, Três Zapotes), é considerada a primeira cultura
elaborada da Mesoamérica, e matriz de todas as culturas posteriores dessa área.
Quem foram os olmecas? A sua antigüidade remonta á época em que na
Europa, depois de invadirem Creta, os aqueus se preparavam para conquistar
Tróia. Portanto, por volta do século XIII a.C., surgiu na América a primeira
civilização. Que durou até cerca do ano 100 a.C.. As características marcantes do
Império Olmeca, que se estendeu desde o México Ocidental até, talvez, a Costa
Rica - foram a escultura monumental (colossais cabeças de pedra) e a presença
de centros cívicos religiosos a que se subordinavam áreas periféricas (satélites).
Tem razão o historiador mexicano Ignacio Bernal em declarar que ''para
nós, americanos, ainda é melhor conhecida a vida de Roma que a de Tenochtitlán
ou de Cuzco". Embora já se conheça razoavelmente bem a vida econômica e
sócio-política dos astecas e incas, a mesmo não acontece com relação aos
olmecas. Recentes pesquisas arqueológicas, realizadas em San Lorenzo, um dos
principais centros Olmecas e, provavelmente, o primeiro centro civilizada da
Mesoamérica, nos dão conta da existência de colinas artificiais, com
desaguamentos subterrâneos que funcionariam como sistemas para controle da
água. A costa meridional do Golfo do México é uma área pantanosa, irrigada por
numerosos rios. Nesse ambiente tropical, os olmecas cultivaram milho, feijão e
abóbora, complementando a subsistência com os produtos obtidos através da
caça e da pesca.
Além de talhar monumentos gigantescos, feitos de pedra, os olmecas
também destacaram-se no artesanato de jade. Nem pedra, nem jade existiam no
litoral do Golfo. Os olmecas iam buscar essas matérias-primas em regiões
distantes. Como não conheciam a roda, nem possuíam animais de carga, a pedra
era transportada em balsas, por via fluvial. A procura do jade deve ter servido
como estimulo ao comércio, que se fazia através de numerosas rotas. Acredita-se
que a notável influência olmeca na Mesoamérica seja devida á extensão desse
comércio. A organização social dos olmecas era bastante desenvolvida. A
população, espalhada pelo Império, dividia-se entre urna minoria (sacerdotes,
artífices de elite), que habitava os centros cerimoniais, e a maioria do povo -
camponeses - que vivia nas aldeias. Nos centros cerimoniais, como o de La Venta,
havia altos cômoros, em forma de pirâmide truncada, construídos sobre grandes
plataformas de terra, organizadas ao redor de plazas, segundo um plano
sistemático. Esses montículos de argila eram rodeados de enormes fossas, onde
foram encontradas máscaras religiosas profundamente enterradas. Ao que parece,
os cômoros tinham funções primordialmente funerárias é de se supor a existência
de Chefias ou Estados incipientes (como em Três Zapotes), devido á
necessidade de supervisão e planejamento, além de recrutamento de numerosa
mão-de-obra, para a construção das pirâmides, plataformas e aterros.
O valor dominante do religioso caracterizou a Arte olmeca. A escultura era
bastante desenvolvida: monumentais cabeças de pedra, com rosto redondo, lábios
grossos e nariz achatado; estatuetas com formas humanas; e outras apresentando
uma mistura de traças humanos e felinos (aguar). Todas caracterizavam-se pela
boca retorcida - típica da Arte olmeca. São freqüentes as representações do
jaguar, a principal divindade, sendo que o homem-jaguar representaria, provável.
mente, o deus da chuva. Quanto a pintura, dela encontraram-se poucas
exemplares, em locais distantes. Sabe-se que tinham conhecimentos de
Astronomia - basta observar-se o traçado das suas cidades, obedecendo aos
pontos cardeais (como La Venta) e um calendário, pois foram encontrados, em
alguns monumentos, registros de datas muito antigas. Também conheciam a
escrita e possuíam sistemas matemáticos. Muitos traços e tradições dos olmecas
sobreviveram entre as diversas culturas que os sucederam, como é o caso das
culturas dos maias e astecas.

1.2 – OS MAIAS

Os maias - que ocuparam as planícies da Península do Iucatã, quase toda


a Guatemala, a parte ocidental de Honduras e algumas regiões limítrofes
constituíam povos que falavam línguas aparentadas, e elaboraram uma das mais
complexas e influentes culturas da América. Alguns historiadores, para quem a
Europa é o centro do mundo, chegaram a comparar os maias aos gregos, em
termos de importância cultural. Estes Gregos do Novo Mundo possuíam uma
economia agrícola baseada na produção do milho, considerado alimento sagrado,
pois dele se teria originado o homem, segundo a mitologia maia. A terra era
cultivada coletivamente, obrigando-se os camponeses ao pagamento do imposto
coletivo. A caça e a pesca eram atividades complementares, sendo desconhecida
a pecuária.
A organização social dos maias ainda é, em grande parte, desconhecida.
Entretanto, através do estudo da Arte maia, sobretudo de sua Pintura, pode-se
caracterizar essa civilização como uma sociedade de classes. Uma elite (militares
e sacerdotes) constituía a classe dominante, de caráter hereditário, que habitam
as numerosas centros cerimoniais, circundados pelas aldeias onde vivia a
numerosa mão-de-obra composta por camponeses submetidos ao regime da
servidão coletiva. Os centros maias não eram apenas o lugar da administração e
do culto, mas também exerciam funções comercias: trocas de produtos cultivados
e de artigos do artesanato, (objetos de ouro e cobre, tecidos de algodão,
cerâmica), sendo muito importante o ofício de mercador. Havia ainda os escravos,
cujas figuras apareciam em numerosos monumentos do Antigo Império Maia.
"Estas figuras de cativos certamente são uma representação dos prisioneiros de
guerra reduzidos á escravidão, ainda que possam representar também as
pessoas de todo um povoado ou aldeia, coletivamente, melhor do que a um
indivíduo em especial, as vezes, os rostos dos prisioneiros são diferentes dos das
principais figuras, diferença que possivelmente indica que os senhores pertenciam
a uma classe hereditária especial."
Politicamente, acredita-se que o governo maia fosse uma teocracia, exercida
pelo Halach Uinic, de caráter hereditário, incumbido da política interna e externa,
e do recolhimento do imposto coletivo das aldeias. Uma espécie de Conselho
assessorava esse governante. As chefias das aldeias eram exercidas pelos
Batab, com jurisdição local e submetido ao supremo governante, como, aliás,
todos os habitantes das aldeias e os funcionários reais. Estas chefias locais
poderiam ser constituídas pelas antigas aristocracias tribais, cooptadas pelo
Estado para melhor afirmar sua autoridade sobre as aldeias. Havia ainda os
Nacom, chefes militares eleitos por um período de três anos, que intervinham nos
assuntos da guerra, organizando o exército; e funcionários menos categorizados,
os Tupiles, que zelavam pela ordem pública.
Os maias na verdade, nunca chegaram a constituir um Império: cada cidade.
com suas respectivas aldeias, formava um Estado independente: Palenque,
Copán, Tical e outras.
Do ponto de vista religioso, os maias acreditavam que o destino do homem
era controlado pelos deuses, e, assim, toda sua produção cultural foi nitidamente
influenciada pela religião. A arquitetura era sobretudo religiosa. Utilizando
principalmente pedra e terra como materiais, e trabalho forçado da numerosa
mão-de-obra camponesa, construíram-se templos, de forma retangular, sobre
pirâmides truncadas, com escadarias, e estendendo-se ao redor de praças.
Também se edificaram palácios, provavelmente para residência dos sacerdotes,
em que os interiores , geralmente longos e estreitos, eram cobertos por uma falsa
abóbada, característica desse tipo de edificação. Todas as dependências
revestiam-se de elaborada decoração - esculturas, pinturas murais, geralmente
representando cenas guerreiras ou cerimoniais (altos dignitários sendo
homenageados ou servidos por súditos). A escultura em terracota foi outro
exemplo notável da Arte maia, enquanto a Pintura, utilizando cores vivas e
intensas, atingiu alto grau de perfeição.
A preocupação religiosa também estava presente nas realizações dos maias
no campo do registro do tempo. Uma das grandes realizações devidas aos
sacerdotes foi o calendário da América Central. Todas as religiões se interessam
pela determinação do tempo. Elas ligam o ciclo vital da indivíduo aos atos rituais
que revivem periodicamente na sociedade e sincronizam este tempo social com a
marcha do tempo. O calendário cíclico, que abrangia um período de 52 anos, era
um sistema complexo de contagem do tempo, agrupando três ciclos, com número
diferente de dias e com múltiplas combinações. Esse calendário orientava as
atividades humanas e pressagiavam as vontades dos deuses. Os maias fizeram
notáveis progressos na Astronomia. (eclipses solares, movimento dos planetas).
Também adquiriram avançadas noções de Matemático, como um símbolo para o
zero e o principio do valor relativo.
Embora não esteja ainda de todo decifrada, já se sabe que a escrita maia,
considerada sagrada, não se baseava em um alfabeto: havia sinais pictográficos
e símbolos apresentando sílabas, ou combinações de sons.
No que restou da produção literária, sobressai o Popol Vuh, livro sagrado dos
maias, que contém numerosas lendas e é considerado um dos mais valiosos
exemplos de Literatura indígena.
Por volta do ano 900, o Antigo Império Maia sofreu um declínio de
população,
e teria iniciado um processo erroneamente confundido com decadência. Alguns
estudiosos atribuem o abandono dos centros maias à guerra, insurreição, revolta
social, invasões bárbaras etc. De fato, os grandes centros foram abandonados,
porém não de súbito. As hipóteses mais prováveis apontam para uma exploração
intensiva de meios de subsistência inadequados, provocando a exaustão do solo e
a deficiência alimentar.
A cultura maia posterior, fundindo-se com a dos Toltecas, prolongou-se no
Novo Império Maia até a conquista definitiva pelos espanhóis.

2.0– MAIAS, ASTECAS E INCAS

Antes da conquista européia, a América conheceu o desenvolvimento de


importantes civilizações, que formaram-se ao longo de milhares de anos e que
possuíam complexa organização social, econômica e política, que realizaram
grandes obras públicas: sistema de irrigação, assim como palácios e templos,
tanto na Mesoamérica, onde encontravam-se Maias e Astecas, como no
Altiplano Andino, onde desenvolveu-se o Império Inca.
Essas três civilizações tinham como base as características gerais do Modo
de Produção Asiático, possuindo portanto semelhanças com civilizações mais
antigas do Oriente Próximo, mas também diferenças significativas entre si.
A economia era essencialmente agrária, sendo a terra considerada como
propriedade do Estado e trabalhada pelas comunidades camponesas, existindo
atividades complementares como a criação de animais, o comércio e a mineração,
esta última especialmente entre ao Astecas no México e os Incas no Altiplano
Andino.
Os Astecas desenvolveram um sistema de plantio baseado nos "jardins
flutuantes", em região pantanosa que passou então a produzir.
As comunidades camponesas conservavam pequena parcela de terra para
uso familiar, mas a maior parte das terras pertencia à sacerdotes e elites locais
(líderes dos clãs) no caso de Maias a Astecas. Entre os Incas a terra era divida
em: Terra do Estado, Terra dos sacerdotes e Terra comunitária, onde cada família
possuía um lote para cultivo próprio, onde produziria após trabalhar as terras do
imperador e dos sacerdotes. A exploração do trabalho dos camponeses pelo
Estado ainda era realizada através da mita , ou seja, toda comunidade estava
obrigada a fornecer homens para as obras públicas ou para o trabalho nas minas.
Apenas os Incas desenvolveram de fato um Império centralizado e
teocrático, onde o Imperador, chamado Sapa Inca era considerado um deus,
descendente direto do sol, supremo legislador e comandante do exército,
suplantando a antiga unidade social, o Ayllu, (clã). Na Península do Iucatã, os
Maias desenvolveram um tipo de organização, onde cada centro urbano possuía
autonomia e comandava as comunidades camponesas ao seu redor.
Na região do México, em uma ilha do Lago Texcoco, os mexicas ou
astecas construíram uma grande cidade, capital do Império - TENOCHTITLAN -
onde havia palácios, templos, mercados e canais de irrigação, demonstrando
grande desenvolvimento. Apesar de considerado um Império, em parte por suas
conquistas e o domínio sobre vários povos, O imperador possuía representação
religiosa e militar, mas não necessariamente política, na medida em que havia
anteriormente um grupo de uma camada de militares e sacerdotes originários dos
líderes das aldeias.
Na medida em que líderes locais e sacerdotes se fortaleceram, essas
sociedades viram a formação de classes sociais, rigidamente estratificada,
consideradas portanto como estamental. Entre esses três povos havia uma elite
de sacerdotes, militares e artífices do Estado e uma grande massa de
camponeses responsável pela produção de excedentes, que concentravam-se nas
mãos da elite.
A religiosidade caracterizava-se pela crença em vários deuses, normalmente
vinculados a elementos da natureza, como sol, chuva ou fertilidade, influenciando
suas manifestações artísticas, principalmente a construção de grandes templos.
Os povos da Mesoamérica realizaram obras arquitetônicas colossais,
representadas por templos e palácios em terraços com forma piramidal, assim
como produziram objetos com caráter decorativo, obras de ourivesaria de prata,
ouro e pedras preciosas dos astecas, utilizadas para decorar palácios e templos.
No Altiplano Andino, os testemunhos mais importantes dessa cultura
encontram-se na arquitetura monolítica e despojada de ornamentos, na qual
demonstraram tanto uma técnica impecável quanto uma grande frieza expressiva.
Atribuíram também grande importância à indústria metalúrgica, principalmente na
fabricação de armas, ao artesanato têxtil e à cerâmica. Nessa última, dedicaram-
se às peças pequenas e às estatuetas antropomórficas.
3.0– FOTOS

Território MAIA

Arte OLMECA

Cidade ASTECA Cidade INCA

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