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Colonização do Brasil

Até o começo do século XVII, os colonizadores se concentraram em cidades fundadas na região


litorânea do Brasil, principalmente no Nordeste. A principal atividade era a produção de açúcar, e
grande parte dos engenhos estava instalada nas capitanias da Bahia e Pernambuco.
 Na segunda metade do século XVII, com o aumento da criação de gado extensiva, a ocupação
do território nordestino avançou para o interior. Neste período começaram a surgir os currais,
que eram grandes fazendas voltadas para a pecuária. Neste contexto, ocorreu a ocupação do
vale do rio São Francisco e parte do sertão nordestino.
A ocupação da região amazônica
 Com a presença de estrangeiros na região amazônica no século XVII, a coroa portuguesa
organizou e enviou para a região várias expedições militares para expulsar os invasores. Vilas,
que mais tarde dariam origem a cidades, foram fundadas na região amazônica por integrantes
destas expedições.
 A expansão pela região amazônica também foi favorecida por uma atividade econômica muito
lucrativa no século XVII: a exploração das drogas do sertão (ervas medicinais e aromáticas,
guaraná, pimenta, cravo e castanhas). Muitos se embrenharam pela floresta amazônica para
coletar estas drogas e vender para comerciantes que as comercializavam na região nordestina e
também na Europa.
A expansão territorial da região centro-sul do Brasil
 Nos séculos XVII e XVIII, a expansão territorial no centro-sul do Brasil foi impulsionada pelas
bandeiras. Estas expedições, organizadas pelos bandeirantes paulistas, tinham como objetivos
principais o aprisionamento de índios, a busca de pedras e metais preciosos e a recuperação de
escravos foragidos. Os bandeirantes entraram para o interior das regiões sudeste, sul e central
do Brasil, indo além do estabelecido pelo Tratado de Tordesilhas, explorando e conquistando
territórios. Neste contexto, várias vilas foram fundadas, favorecendo a ocupação destas regiões.
 Em meados do século XVII, os bandeirantes encontram várias minas de ouro em áreas de
Minas Gerais, Goiás e Matogrosso. Após estas descobertas, começou o Ciclo do Ouro,
deslocando o eixo de desenvolvimento econômico do Nordeste para as regiões central e sudeste
do Brasil. Várias cidades foram fundadas e se desenvolveram rapidamente com a renda gerada
pela exploração do ouro.
A expansão territorial no sul do Brasil
Com o auge da exploração do ouro no século XVIII, a região sul também prosperou. A criação de
gado para o abastecimento de carne para a região aurífera fez com que várias vilas e cidades se
desenvolvessem na região interior do sul do Brasil.
A ocupação e colonização do interior do Nordeste do Brasil
Ocorreu somente no final do século XVII. Antes disso, os portugueses fundaram vilas e cidades
somente na região próxima ao litoral, onde instalaram os engenhos produtores e açúcar.
 A criação de gado estimulou o nascimento de muitas vilas e povoados, que deram origem,
futuramente, a muitas cidades pelo interior nordestino.
 A região interior do Nordeste foi ocupada com a atividade de criação de gado. Esta atividade
econômica era complementar à produção açucareira. Além da produção de carne e leite, o gado
era usado como transporte de cargas e também para movimentar os engenhos (máquinas) de
moer a cana-de-açúcar.
 Os caminhos do gado
 Um dos principais caminhos feitos pelos criadores de gado tinha início na cidade de Salvador
(então capital do Brasil). Os rebanhos eram conduzidos em direção ao sul, margeando o rio São
Francisco. Iam também em direção norte, para a região do atual estado do Piauí, após
atravessarem o mesmo rio. Outro caminho tinha início na cidade de Olinda (Pernambuco). Nesta
rota os criadores de gado foram em direção norte (até o atual estado do Ceará), ocupando terras
da Paraíba e Rio Grande do Norte.

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