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-~DE FÍSICA
INSTITUTO
"GLEB WATAGHIN 11
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2
A
·MECANICA I
ESTATISTICA
Volume 1: Ensembles Clássicos em Equilíbrio
Roberto Luzzi
Departamento de Física do
Estado Sólido e
Ciência dos Materiais
1999
ROBERTO LUZZI
MECÂNICA ESTATÍSTICA
Volume 1: Ensembles Clássicos em Equilíbrio .
•
••
Ethica Nichomachea I/
1 Introdução: 35
1.1 Introdução: 35
de atrito"). . ............... . 50
2 Os Ensembles de Gibbs. 61
3
:2.:U A distribuição l\Iicromnônica. . . . . . . . . . . . . . 75
3 Termodinâmica Clássica. 99
Canônieo. . . . . . . . H8
7
LISTA DE FIGURAS
1.2 Processos . . . . . . . . . . . . . . . 40
9
10
Considerações Gerais
Trata-se de l\lonografia sobre o tema, para apresentação das aulas. Duas aclvertên-
pesquisa hibliog,TMiea para ampliar melhor e conigir a.<; questões tratacl<1s nas
notas.
Bibliografia:
London, 1959 )
PREFACIO
Qs princípios g;erais da dinârniea dássiea foram hem estabeleeidos durante o séeulo
Porérn t~l detern1iniHrno foi abalado a nível rnicros<:ópieo ern eHcalas atl>Inica.9
jetória, nos diz da impossibilidade ele 1una c.ompleta descrição mecânica ( não todos
sem a menor esperança de poder ser rmmejado. O motivo radica não na dificuldade
que tal análise requer um conjnnto de daclos experimentais que são impossíveis de se
obter. Este fâto é o que requer a aparição da Mecânica Estatística como disciplina
que é o de chances: leis mecânicas deterministas são sustituidas por leis estatísticas.
Os valores preciso.~ das gnmdezas mecânicas dássicas são sustituidas pelos valores
A física atual - devemos estar cientes - não é de forma alg;uma uma disciplina
totalmente formada e estabelecida. Talvez possamos dizer que tendo passado pela
idade!. Todos os quatro pilares acima referidos apresentam, ou melhor dito enfrentam,
vierem a ser totalmente superadas, podendo inclusive acontecer que tenham que ser
maneira, nos prilnórdios da física e long;e-se é que alg,1mm vez puder acontecer - elo
seu fim [ e.g;., R. Luzzi, " Está a física chegando ao su fim'!, nota-; de física IFGW
caráter estritamente clássico; devemos esperar - se é que f(H· possível - que algum dia
tuna formulação quàntiea tome seu lugar. Ou que a teoria do espaço-tempo incluindo
gTavita;;,:ão na sua topologia deixe lugar a uma visão mais g;eral, como por exemplo,
razoavelmente clara quando após as geniais construções destas, o mais gTandioso de- ·
também tem suas dificuldades conceituais. Por um lado temos o problema de rela-
etc. Em geral, a teoria <!H<Íntie<t proporciona uma dinâmica de sistem&; físicos par-
) - tem tido um sabor especial e certa fama em tempos recentes. Porém hoje em
ligados por força.'l eletromagnéticas, os núcleos por interações fortes e fracas, outras
pru·tículas por, talvez, forças gluónicas, etc. Agora, o porque existem estas estrutmas
e forças, e quais são as leis fundamentais que as regem continúa um mistério, não
obstante certo progresso parcial com emfoques de teoria de crunpo de calibre, super-
simetria, teoria de corda.'l, etc. Ao mesmo tempo, pelo fato de não se ter uma teoria
Chegrunos agora à quarta teoria ennnciada acuna, aquela que nos interessa, e
que não verdade está constituída de 1rm par de fascinantes teoria.'> como s.c'i.o Ter-
inâmica pode ser considerada como surgindo para dar bases científicas à tecnologia
mia senão também ciência e o complexo industrial I militar, estão ligados. Tem
sido dito [P. W. Atkins, The Second Law (Freeman, New York, 1984)] a guerra e
o motor a vapor juntru·am forças e forjarrun o que veio constituir uma nova e fnn-
17
sistema a vapor eficiente seria m\o somente o mestre indust1~al c militar do mundo,
mas também o líder de tuna revolução social mais tmiversal e ampla que a francesa
de fato aconteceu ) .
XIX, em relaçiio com o estudo da força motora do calor, isto b, a capacidade ele corpos
quentes de produzir trabalho mecânico. Porém, há, por suposto, precursores deHtas
ganhar status operacional ( lá pelo inicio do século XVII com Galileo ) . A ciên-
cia ela calorimetria se desenvolve da seg;unda metade' pam o fim do século XVIII (
inâmica ( assim como também, claro, a Mecânica Estatística ) podem ser separadas
inàmica IrreversÍ\·el). No caso da última dois situações importantes podem ser cara-
Linear. l\Iais precisamente pode ser considerada como uma área pm·ticnlar da emer-
gente Teoria da Complexidade, lidando com aqueles aspectos relacionados com a auto-
da vida. Neste último aspecto pode ser referida como Termodinâmica da Evolução
I: Physics Toclay 25 (11) 23 (1972), e II: 25 (12) 38 (1972) ]. Ilya Prigogine (Premio
- sendo tml dos seus "pais limdadores ". [comentários sobre a questão de dissipação e
mente com proces'los reversíveis, ou seja processos infinitesimais quase estáticos. Por
outro lado a Termodinâmica de não equilíbrio está envolvida com processos finitos
temporalmente.
Fazemos então contato com a sep,1mda lei da Termodinâmica: De acordo com Planck
(Ti·e;c\tise on Thermod)·namics ( Dover, New York, 1945 ), que é mna tradução a partir
lei é fundamentalmente diferente da primeira, já que ela trata com uma questão com
a qual a primeira lei não se ocupa, ou seja qual é a direção1 na qual se desenvolvem
pode ser exprffisa com que o calor não passa de tun corpo frio a tun mais quente.
Clausiw; repetidamente aponta que este principio não mcnm!Cntc diz que o calor não
passa de mn corpo para outro mais quente que ele - o que é evidente, e serve para a
definic;:ão de temperatura - mas explicitamente indica que o calor não pode de forma
alguma e por nenhtun processo ser transportado de um corpo mais frio para outro
ao conceito de irreversibilidade, conceito que está totalmente além do escopo das leis
cada, como jl\ tínhamos comenk•do prev;amente neste prólogo. Sua presenta.ção da
segunda lei aparece precisamente como tun critério de evolução governando o compor-
mente difícil conceito de entropia. Se diz que a palavra deriva do grego tVT pw1rr1 ,
I/T(J07rll , signilieando mudança, e que adicionou o prefixo en para faze-la similar com
energia. Tem sido também notado de que existe o termo EVT(JE1rO/.LCXÍ, indicando
(1)
com óQI > O. Nesta forma da segunda lei, a quantidade óQI , chamada por
C'lausius de calor não compensado, pode ser considerado como uma primeira avaliação
de sistemas isolados quando óQ = O, e uma vez que o sistema tem atingido o estado
)!,Tandement.<' prhilcg'iados: Planck tem enfatizado que a seg'lmda lei disting,'lte en-
tre diferentes tipos de estados na natureza, alg'lms dos graus agem como atrator'Es
temas em contato com reservatórios, existe tuna atração na direção de tun equihbrio
final, quando os potenciais termodinàmicos atingem seu valor rrúnimo compatível com
os vínculos impostos pelos reservatórios. E interessante notar que tun p1incipio ex-
tremai está também em ação no caso de si~temas não equilibrados, porém somente
nas condições rcstritivd.'l de estarem num estado estacionário num regime linear perto
temas abertos h>í em geral, tun fluxo de entropia através de suas fronteiras. Tem sido
manifestado [N. Georgescu-Roegen, the Entropy and the Economic Process (Harva.rd
Univ. Press, Cambridge, 11A, 1971)] que ninguém pode viver sem a sensação do
flmm de entropia, isto é, aquela serL'lêl.Ção que sob forma'> diferentes reg,·ula a~ ativi-
inclúe aquela'> de fiio e calor, a~sim como também, as dores ela fome ou a satisfação
mesmo tipo.
De acordo à equação acima, a mudança de entropia pode ser separada em dois tipos
ele contribuições: o termo 15Q jT relacionado à troca ele calor com as vizinhanças, que
irreversíveis que se desenvolvem no interior elo sistema, e que expressamos como d;S,
enquanto sem soluçi>o sat.isfadória. Com base no uso da entropia como mna f1mção
não-equilíbrio tem tun escopo muito mais amplo e abrangente, assim corno também,
claro, uma muita maior complicação, que no caso daquela de equilíbrio,. começando
pelo fato de que deve descrever as variáveis no espaço e no tempo em sistemas sujeitos
a pertm·bações meeànicas e téinÜcRS.
a~ t.c·orias cinéticas e estatística~ que a acompanham, tem sido oh jeto de muito inter-
esse. Como não tem sido possível atingir um nível de descrição fechado e definitivo,
então tem sido natural que o asstmto venha acompanhado de mtütas discussões e
versibilidade, veja Letters Section em Physics Today, Novembro <ie 1994, pp. 11-15 e
115-117].
da obra do Prerrlio Nobel Lms Onsager. Nas décadH.s dos cinqüenta e·sessenta foi
Brnxela~.
maior escopo. Em geral, considera-se que existem quatro enfoques para a descrição
da termmlinàmiea:
(i) Aquele baseado nas duas leis da Termodinâmica e as regras de operaçao dos
Bom).
(iii) O ponto ele vista a.-\:iomático, sustituindo os ciclos de Carnot e a geometria difer-
encial por tun conjunto de axiomas básicos, tentando inchúr e, claro, e."~:tencler os
enfoques prévios.
Não é fáeil dassificar neste conj1mto as teorias existentes, que, alias, sao nu-
merosas. Ao primeiro nível (i), ou seja ao conjunto das Termodinâmicas C-K, pertence
tentar dar conta do comportamento térmico da matéria macroscópica, porém hoje elas
estão em parceria com os outros ramos da física, compondo nossa visão científica do
mundo (pelo menos pelo momento! ). Ambas são independentes das outras teorias,
mas indispensável complemento delas. Sem elas duas resulta impossível passar das
:-;na.., leis.
menos mag11étieos; a estrutlu·a da matéria em todas suas fases, sólida, liquida, gasosa,
estudo daquilo que mais nos interessa: a Biosfera do planeta Terra. Nela, e por ação
dela, nascemos e crescemos, e, obviamente descobrir as leis que a regeni - se tal for
possível - é uma fascimmte tarefa. Podemos dizer talvez que a Física da Biosfera se
baseia l\mdamentalrnente muna <:Hpix:ie de " Santíssima Trindade ", composta pela
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tre calor e trabalho mecànico. Porém com o tempo a Termodiml.mica evoluiu até
transformar-se lilllé\ teoria muito mais geral com uma extensii.o extraordinariamente
entrada ela TCnnoclinànlica, e :-.:na vital relevància, na Física. En1 principio podcinos
descrever qualquer sistema físico em todo tempo pelo seu estado mecànic:o qmí.ntic:o,
e projetar sua evoluçii.o no futuro dentro ela molclm·a proporcionada pela clinàmica no
espaço-tempo. Que mais poderíamos ter a fazer'? mas o que ac:ontece é que exi<;te um
de <k=riçii.o tem suHs próprias leis que são essenciais e extremamente úteis sobre um
c:ompreeiL<>ii.o ela Física. Um começo nessa clireçào se encontra na, em verdade muito
inteligente, conjetura de que o c:alor era uma forma de energia surgindo dos movi-
Estas tentativas tem sido continuamente frustrad11s ao longo dos tempos, basicamente
porqué num certo ponto nenhum avanço era possível, a menos de introduzir novas
hipóteses ( ergodicidade, etc. ) que também não eram deriváveis das leis da dinâmica
microscópica. Tal tipo de esforços continuam hoje, em parte renovados por trás dos
nào se apr-esenta corno urna teoria q~w possa ser inabalavelmente formulada c facil-
mente apncscnl!ula. Pode-se dizer que hoje em dia temos mna misc_elânea de enfoques
que alg1.ms aspectos da teoria sejam razoavelmente hem entendidos e quase mliver-
na teoria, como se produz a tendência para o equih'brio, qual uma apropriada definição
tcrminável controvérsia.
Mais de um século após o nascimento explosivo nas mãos, ou melhor dito na mente
damentais associadas com os alicerces da teoria que smgiram entre os teóricos contem-
poràneoo dele;, e não resoh·ida~ por anos a fio até hoje, continuam então presentes.
DeYernn~ niio obstante dizer que tem havido uma boa dose de prog,Tesso, e aqueles
problemas '"'tão muito melhor eolocados e enfocados, porém sem termos chegado a
lilli<\ situaçào que seja sati;>factória no eonj1mto completo. Assim devemos estar com-
mc1zos ,·onsfnso - do que .wja. ou drva ser. unut twria de Mecânica Estatística unifi-
nula. <"Of n11ü. < cow·r ituulnu nír dmn. Isto dito, passamos então a, corajosamente,
Para que a diseiplina po;;sa ter o nome de ciência, podemos dizer que o requerimento
Na forma mais compacta que possível - porém ao mesmo tempo bem elucidativa
rnento ela teoria a ser aqui apresentacla, será o objeto de subseqüentes textos.
Insistindo mn pouco mais sobre este ponto, citemos Lord Kelvin (Popular Lectures
anel Aclelresses, Mcl\lillan, New York, 1891, p.13): "When you can rneasure sornething
about what are saywg, anel express it in nurnbers, you know sornething about it,
but when you cannot express it in nurnbers, your knowleclge is of a rneager anel
tmsatisfactory kind; it rnay be thc beginning of knowleclge but you have scarcely in
Por outro lado, seria certamente absurdo declarar que compreendemos corno a
Natm·eza funciona, se as nossas teorias não podem ser testadas em detalhe por com-
conhecer que a tarefa de derivar das teorias fundamentais predições precisas, as quais
alta e refinacla técniea não é fácil, porém ao mesmo tempo constitúe um essencial e
A história ela Física nos mostra exemplos de que importantes teorias científi-
nossa melhor penetração nos caminhos da natureza nos mostra que essas observações
não mais são enigmáticas porém agora enteiramente esperadas, podemo-nos declarar
maior quando a teoria construída tem urna estrutura coerente, formalmente lógica,
básicas ( a " navalha de William of Occam " em ação, isto é o principio de economia
não devem ser multiplicados exceto por necessidade), as quais se as vezes possam
Observemos também que Física - e ciência em geral - não procura o que possa
chamar-se de "realidade ". Isto é preocupação dos filósofos (que provavelmente nunca
chegarão a um acordo antes do dia do Juizo Final!); para o físico só importa bem
síntese. Vale a pena neste sentido citar a Stephen Hawkings: " I do not demand that
a theory correspond to reality because I do not know what it is. Reality is not a
quality you cam test with litmus paper. All Iam concerned with is that the theory
"cartoons "' dos cientistas que muito contribuíram à área, es.ião .. rce....._t• .lci -
~'tO'? """ r.--. ~ ..ro '"""c. .
---~----
Introdução:
1.1 Introdução:
Consideremos tml sistema ffsico do qual possa ser dado tillla descrição mecânica e
1.1. Deste gráfico podemos faz,er os seguinte primeiros comentários: o enfoque pura-
mente físico está intimamente ligado a tratar com problemas de muitos corpos, mais
precisamente com sistemas com um número muito grande de graus de liberdade (em
materiais sólidos tipicamente 1023 por centímetro cúbico de substância). Por outro
35
:m
liberdade mas cujas condições não estão completamente especific.ada.~, i.e. não temos
esquema teórico associado é chamado de método da ignorância (não tem aqui sentido
necessidade de desenvolver um método inteligente que faça o melhor uso que possível
matemática (e ajudou) na discussão da" ba.'l€8 da Mecânica Estatístiea, ma.'l que está
descrição global única como pretendemos nesta apr<*lentaçc'i.o. Então, após decididos
cas não variam no tempo, não há intercâmbio mecânico através das fronteiras do
elmente maiores devido à necessidade de uma disctL'lsão mais detalhada que requer a
·· Classica
I D~SCRICAO MECANICA DO SIST~MA~--- __ Quantica
1
Sistema com um numero muito Especificacao incomJllt
grande de graus de liberdade '" sistema
f
.....
..... Componente Probabilist ca Componente Probabilistico
,------ --
f
"1
~
Metodo de Evolucao
-~
Estati! tica
l'ií'
Predic iva
ª" Metodo da teoria de (Maxc nt)
Metodo dos Ensembli~,~
/ Informacao
Metodo
Sistema em Equilibrio Funcoes de Distribuicao ou
Ergodico Distribuicao Microcanonica Operadores Estatisticos.
Exclusivamente
--------- I.
_ __ _ _ __ • / Equilibri1 n.
-
lTERMODI
---- 1
gimenLineao·
runt uc . ..J
Equilibr"t Re. nao-linea r
_,
w
1.2 Mecânica Estatística:
aos qums é difícil de dar uma explieaç<to eom-incentc. Podem<>~ mencionar dentre
êles:
• Con1o juo;;tificar o:;; ensentble:-; usuais utilizados nn teoria dOH HÍsiexna.., ein eqní-
líbrio"!
• Será que podem ser introduzidos, e em tal c.aso qums seriam, ensembles na
duas últimas a sistema<> fora do equilíbrio. Vemos que problema<> conceituais tam-
equilíb1-io.
Lembremos que:
etc).
2. Sist.emas fora do equilíbrio são definidos por exclusão como todos aqueles que
(a) Dentre os sistemas fora do equilíbrio devemos destacar mna categoria mui to
a Mecânica.
Quanto à Mecânica deve usar seus ramos clássico e quântico; porém devemos es-
reversíveis, i.e. processos que tlllla vez realizados deixamos o sistema (UllÍverso de
processo que não possa de forma alguma ser completamente revertido se diz irrever-
40
CLASS!CA
MECANICA
QUANTICA
, Equilibrio •
TERMODINAMIJ..,(
r ' ' Nao - Equilibrio-----<:/ Regime Linear
· Ree:ime nao-Linear
sível [...] Isto requer que seja impossível, ainda que com a assistência de todos os
agentes da natureza, restaurar em toda parte em forma exata o estado inicial uma
acoplados com algmna fonte externa que proveia energia e matéria. A importante
entropia. Aqui é que se faz contato com a segunda lei da Termodinâmica. " A segunda
questão que não é tratada pela primeira lei, a saber; a direção na qual um processo
Em resumo:
devido em grande parte a Kubo (1956)], e o regime não-linear, cujo estudo está ainda
equilíbrio local.
Deve ser esclarecido que todos os formalismos modernos para lidar com a mecânica
Antes de entrar no assunto específico, que nos interessa desenvolver neste semestre,
teoria é descrever resultados experimentais, fazer predições que venham a ser corrob-
omdos por outros experimentos que ela própria sugiro. e finalmente proporcionar uma
interpretação física dos processos físicos que acontecem no sistema na experiilncia sob
análise
r----1: EXPERlMENTO I
TEORIA
k -...-..
latupu' o
'----------'
RESERVATORIO
PCt) ou PCwl R(t) ou. R(w)
ou
R(w) = X(w)P(w)
w , de pt>xturbaçào e da resposta.
parâmetros.
tempo pelos valores da'3 posições e velocidades das partículas constituintes. No caso
-14
SISTEMA FISICO
CLASSICA(coonl. Generalizadas)
Nlvel i I
Microscopico DESCRICAO MECANIC~
QUANTICA (representacao)
Incompleteza de
_/"'------------------~- -----.
\,
- Especiticacao / R eprod utib"lld
I ade
Macroscopica
Contracao de ~">--._~-'
Domlnlo da
Mecaoicá COMPONENTE
Estadsdca PROBABILISTICA MECANICA
r
Metodos de Ensembles ESTATISTICA
deGffiBS
PREDICTNA
Nível Funcoes de Distribuicao
Macroscopico 1-
Operadores Estatisticos
EXPERIMENTO
Equillbrio
Descricao Tennodlnamic I Linear
Perto do equilibrio Nao- Equilibrio--<\
, Nao-linear
.~------------------~
Longe do Equillbrio
TEORIADE TEORIA
FUNCAOA RESPOSTA
i
tado mecânico do si'ltema, este se dirá hqliJnomo se cada uma destas coordenadas
pode ser dada independentemente sem violar nenhuma condição de vinculo imposto
das coordenadas estão ligados por relações que impedem sua variação independente.
Suporemos no que segue que estaremos sempre tratando com sistemas holônomos,
principio variacional devido a Ilmnilton de acordo com o qual existe uma ftmção
•
L(q(l), q (t): t) , chamada Lagnmgiana do sistema tal que a evolução do sistema se
da de forma que
ól'
to
dttL(q(tt),q (ti); ti)= O (1.1)
Isto é, de todas as possíveis trajetórias pelas quais o sistema passa de uma config~
• •
uração inicial T,(q(t 0 ); q (to)), para uma final L(q(t); q (t)) o sistema seguirá aquela
Para todos os fins posteriores supomos aqui que tratamos com um conjunto de
coordenada~ generalizada'> tais que a energia cinética é uma função quadrática das
velocidades.
( 1.3)
( com a1 sendo constantes, e.g. 11! i ) , e que a energia potencial depende somente das
Lag,Tang,ia.na. são.
j=1,2,···,vN (1.4)
ou
que define um sistema. de 1/N equações diferenciais de segunda. ordem na. derivada.
I. e.
Agora., para. os fins da. .1\Iecânica. Estatística é conveniente passar da. formulação
por
&L
Pi(t) = â • , j=1,2,···,vN (1. 7)
qj
(No caso de sistemas simples PJ = aJ qJ ), e com ajuda da transformada de Legendre
( voltaremos sobre êlas no capitulo só termodinàmica clássica )
vN
H (q(t),p(t)) =L qj (i)PJ(t)- L ( q(l); q (t)) (1.8)
jcol
\
é introduzida a fun<.,:ào Hamiltoniana H definida sobre o espaço ele fases.
j=1,2,···,vN
!9
cnj<t solnçii.o única continn<t a reqnerrer, a mais ele eondições de contorno 2v N condições
..:\s eqnac~<X~s aeiina pode1n ainda serent eolocada.'i na nomen<:latura dos parênteses
de Poisson;
( 1.11)
d
dtPi(t) = {PJ(t), H},
onde
;!'!... (DA DB DB DA
iíO
p X í (t)
**
í(tO)
O sistema a ser considerado estéÍ constituído por um oscilador linear de massa IH,
H<'l.O.
e· E= -e"''vi!> (1.14)
A mais suporemos que existe entre o oscilador ( 1\1, w0, e') e os outros N osciladores
sob analise.
• p
X= {x,H} = M
52
( 1.17)
p2 1 . [p2 1.j 2]
+- Jilw~20 .c. 2 +co+l:= 1 . 2
* N j
H=
211
-.-+-m 1 w1 (q1 - 2 · ,r:) , (1.18)
1 2 . 2m1· 2 w 1
.J---::1
COlll
N 2
~2
w0 =
2""'
w0 +L...
1 "'j
-mJ2
j=L
2 W.·
J
Dadas as condições iniciais x(O), p(O), QJ(O),e PJ(O), pode-se obter a soluç.ão geral
onde
(1.20)
a notação, .1:
0
= ;~;(0), p0 = p(ü) , Q0 = Q(O), ]>0 = J>(O) .
1nna fonna peculiar: podentos observar nn1 tenuo ele tipo ele força de al.rÍtü, i.e.
história previa de evolução do Histernét até o instnntc t; este é nn1 termo corn nicrn6ria.
Aqui fica clm·o que a integ-ração das equações mecânicas de movimento não é
o rnovirnento de 111na hola de sinuca, j;..í que não hft rnancira de achar a..-; posiçôes
forma de hipóteses estati~ticas sobre o eornportamento da força f(t), que então passa
poucos aspcdos do macrocstado. Niio obstante então <-'Hte principio <k~ rcprodutibil-
idade nos convence que isto deve ser suficiente; a informação relevante esta ali, se
1 Em quanto~ daro. esses detalhe:; microscópicos sejam compatíveis com as condições macroscópicas
impostas.
\j; 11)
Uma vez obtido (xlt), este será o valor a ser comprovado com o resultado experi-
1m1 satélite ou o movimento de mna bola de sinuca, já que não há forma alguma
outras palavras é inacessível o estado inicial do sistema. O que nos leva a existência
do
plicando num
microscópicos que não estão soh o controle elo experimentaclor elevem ser melevantes
para sua previsão e interpretação ( enquanto, claro, esses detalhes microscópicos sejam
Não obstante, então este principio ele reproclutibiliclade nos convence que isto eleve ser
dada a dependência elo resultado nos valores iniciais ( ponto fase inicial ) compatíveis
.i= 1.2.··· .N ,
Sejam QJ (O) e P;( O) "-'> condiçôes iniciais, então a evoluçoo da equação homogênea
é:
obtemos
onde lL~amos que ;; = w + i:y, 11 > U e II < t para <>ssegurar o princípio de eausalicla<le.
59
Somando
, __ a solu<,,\o da eqna<,w homogênea com esta solução particular da inho-
•
mogênea, e reempla7~'\nclo na equaç:ã.o para p [ Eq. 1.17 ], obtém-se a equação( 1.19)
no texto principal.
Capítulo 2
Os Ensembles de Gibbs.
Estatística, nossa ação seguinte deve ser a escolha de uma função de probabilidade
clássico.
amos, v graus de liberdade cada (No caso simples de uma partícula pontual temos
classicamente o estado dinâmico do sistema está definido pelo conjunto das coorde-
• ( ) _ âH(r(t))
qj t - Ôpj(t)
61
62
aH(r(t))
(2.1)
aq;(t)
vN ,.2
T = L_Pi
i=l 2mi
vN vN
V= L U(qi) + 2 L
j=l
1
i#j=l
v(q;, qi) (2.2)
a vN a
o
Pi (t) = -a.v(qi)-
qJ
L
ifi=!
a.v(q;,qi)
{jj
=Fj (2.3)
arbitrários.
macroscópico desse sistema seja sua energia E . Então, por um lado, o lugar ge-
da elipse].
lhe um ponto r(t) do espaço de fases. No decurso do tempo este ponto se move ao
longo de uma trajetória governada pelas equações de movimento (2.1) - ver figura(2.1) 1
t Trajetória no espaço de fases e elemento infinitesimal de hipervolnme di' ao redor do ponto f(t):
aqui e no que segue q::: {q1, · · · ,qvN }.
64
I
-------------
(J
Em continuação a média sobre o ensemble de uma grandeza física .4(r), cujo valor
observado seja a(t), MSSa a ser descrita em termos de uma função de distribuição de
região do espaço de fases dr ao redor elo ponto r(t). Evidentemente, como com toda
produtos
rr rr
vN vN
os quais tem dimensões , cada par dqdp, de ação, 1.e. dimensão de energia por
dupla ela equação (2. 7) por um fator de escala h"N , onde h tem dimensões de ação. A
{ql, · · ·, qv N, P1, · · ·, Pv N} como idénticos por todas as permutações das coordenadas das
N partículas, e assim dividiremos, nesse caso, a expressão da Eq. (2. 7) pelo fatorial de
df = n J=l
~N d ·n·vN d .
% 1 =1 P1 (2.8)
hvNN!
parte o limite clássico à Mecânica Estatística Quântica que deve ser interpretado
equação de evolução. Para tal fim começamos por um teorema de caráter puramente
O teorema estabelece que : a extensão no espaço de fases para sistemas que são
Isto quer dizer, em palavras mais simples, que a medida do volume V(t1) do
'
espaço de fa'le ocupado em forma contínua por pontos fase f(t 1 ) é igual à medida do
sistema, i.e.
(2.9)
inicial t0 quando estão dadas as condições { q(to),p(t0 )}, e t 2 - t quando q(t) e p(t) são
dados pela~ Eqs.(2.1). Como a solução é única uma vez dadas as condições iniciais,
p
V(~)
q;T:--·-i
'
V(~)
'
a
Figura 2.2: Medida do Volume no Espaço de Fase
j.
F(t)
dq(t)dp(l) =
' 1
V(to)
8(q(t),p(t))
dq(to)dp(to) a( ( ) ( ))
q to ,p to
(2.11)
onde J = ô(q(t),p(t.))
8(q(to),p(to))
é o Jacobiano da transformaça-o.
(2.12)
G8
amos
(2.13)
onde
I_ a(yJ,···,yi,Yi+h""")
(2.1•1)
't - 8(::c1, ;r2, · · ·, X2vN)
mas
e então
~{
- JÔ1ii
-. {)yi se l =i
(2.16)
=0 se l i' i
substituindo
=J 8 [a
vN aH a aH]
aqi api - 8pi aqi =o (2.17)
. ' que
tempo e seu valore 1 Ja /J(r(to))
/J(r(to)) =
1. ,.., - d emonst rad o o t eorema.
.temos entao
69
A equação de Liouville.
primeira região é igual aquela de o achar na segtmda ( pela unicidade de solução das
equações de Hamilton, um feixo de trajetórias, que não se cruzam, que leva todos os
(2.18)
(2.19)
Com base neste resultado podemos, intuitivamente, pensar dos pontos do espaço
noseg,<mdo membro da Eq.(??), uma expansão em série de Taylor até primeira ordem
em dt para obter
• •
p(q,p; t) = p(q+ q dt,p+ p dt; t + dt) =
70
[~ • 8p
= p(q,p: t) + ~ ªj a.+ Pia.+ at dt
j~I q)
• 8p
PJ
8p] (2.20)
Conseqüentemente o termo entre colchetes tem que ser nulo, e obtermos assim a
8p ~ ( 8p • 8p • ) (2.21)
81 + ~ {). qi + J~.. . PJ = O
j~J % VJ'J
a Eq.(2.21) como·
cada ensemble estatístico, tanto para casos de equihôrio como de não equilíbrio, e
permite em principio determinar p(t) se for conhecido seu valor inicial p(to). Em
{p,H} =O (2.26)
1.e. a função da distribuição é uma constante de movimento, o que nos diz que
começar, claro, por H já que {H, H}= O. No caso de um sistema isolado, uniforme
observen10s, os dois últimos podem ser ignorados num sistema de referência rígido,
na expressao
(2.27)
72
após integ,Taçào por partes (os parênteses de Poisson envolvem derivadas em relação
2. O Twnrna de Ehrenfest
Este teorema nos diz que, dada uma g,Tancleza mecânica A(r, t) a derivada elo seu
d
-(Ali.)=
dt
\dA
- l tJ
dt
(2.28)
De fato:
d
dt (Ait) = dt df drp(r, t)A(r, t) =
(2.29)
onde, na última passagem, n~amos a EL. Mas, pelo teorema 1 acima, .E é Hermitiano
e enLào
~A= oA {A H} (2.31)
dt 8t + '
que sustituícla em (2.:~0) prova o teorema.
:3 Obsen-amos que as equações de Hamilton podem ser escritas
(2.:32)
(2.33)
(2.:34.)
onde usamos que i.Eq = {q, H}= ~i e aplicação sucessiva (i.E)nq = dnqjdtn.
que nos diz que a evolução da gnmdeza A é o resultado da evolução do ponto fase
·1 A EL é invariante pela transformação (t, U:) --+ ( -t, (i.C)+). Aplicado a trans-
formação:
(2.:H)
de movimento.
visto que precisrunos resolver o problerna de quais são ~~" integrais de movimento das
quais deve depender a flmção de distribuição, assim como sua forma para as diferentes
A solução a este problema foi proposta por Gibbs, porêrn uma rigorosa justificação
das flmções de distribuição a serem obtidas é uma questão que não está resolvida até o
da Mecânica Estatística.
p(f) = p {H(f); V, N}
. (2.39)
( O momento âng,11la.r será relevante para sistemas rotando como um todo com veloci-
dade fmg,1Ilar constante, c o momento linear no caso de fluxo constante dos elementos
tatística quântica ) .
Ate aqui não temos forma de definir p(r) na região onde não é nula; para tal fim
similar ao de interesse atual, porém distribuído sobre uma va.rieda.de enorme de esta-
tema físico. Devemos agora assinalar um peso a ca.da um destes diferentes esta.dos
normalização.
77
rl(E, x, F) = r
JE::!H(r)::!E+tl.E
df (2.-12)
De acordo com a hipótese básica ele que o valor médio ele uma grandeza A(f) deve
energetican1ente isolado.
1lexprtal .--.n- 1
(E,N,V) r
JE::!H(l')::!E+tl.E
dfA(r)
Aexpttal +--+
1
g- (E, N, V) f df A(f)ó[H(r)- E] (2.45)
médio da energia é
1
t::..t. lt>.t dt!A(f, ti) co= g- (E, N, F) f df.4(f)ó[H(f) -
1
E] (2.47)
0
Para o limite de t::..t indo para infinito mostrar que a Eq.(2.47) é tmta igualdade é
O método estatístico foi introduzido de uma forma mais ou menos natural para
bre cujo estado há tml conhecimento pureial, em geral bastante reduzido, de caráter
caso de no processo de jogar um dado que, se este não é viciado ( i.e. que é um dado
honesto que não é "chumbado") se tem iguais probabilidades de apareeer cada cara.
No ca.'!o físico temos o teorellla de Liouville que nos diz que os prineípios de Mecânica
não contem qualquer tendêneia para os pontos fases se agruparem ( nas condições
justificada pelo principio fundamental ela ciência moderna de concordar com os fatos
7!)
expe1~mentais.
impliea na. existência de flutuações ao redor das médias. Usualmente estas flutuações
são muito pequenas qnando comparadas com os valores médios nas sitnações usnais;
ant.ecipanclo, elas podem ser cQmparada-; com rcsnltados experimentais. Por ontro
se1~a arbitrária qualquer outra. escolha já que não há indicações em contrário ao nível
mecânico.
deve ser considerada. mn elemento essencial da Mecânica Estatístiea, que tem que
natureza não tem tendência a apresentar-nos com sistemas que podemos considerar
t.córieo.
mais ainda o cálculo de valores médios. Mais conveniente, e certamente mais realístico,
de diferente tipo. Como veremos mais adiante isto permitirá conectar os diferentes
potenciais termodinâmicos.
A Hamiltoniana é:
N 2
H(r) ="'!!..L_ (2.48)
L-2m
j=l
Calcnlemos agora n,
que é o vohune de tuna "hipercamada" no espaço de fases de espessura (m/2E) 112 !iE
N 3
(2.52)
Assim
~ N, V) =
!1(1", 1
1 3
N
JNrr d ri~1 rrN ~ d pj=
N.h- j=l 2mE::SL:;.P].::S2m(IHLl.E) i=l
VN
. N' 3N
.h
1 rr
N
2mEjH(r)::s2m(E+Ll.E) j=l
~
dpj (2.54)
(2.55)
:; Pathria
82
e o volume é
2n3Nf2 3N -1
2
(m/2E) 1/ 2 D.E (2m E) •f! -! = D.E(27rm) 3Nf 2E
=
"r( 3f) ren (2.57)
n(ENV)=
(27rm )3Nf2 VNE•f!-!D.E
(2.58)
, , h3NNJren
(H)= E , (2.59)
variáveis. Isto nos sugere mna possível relaçN> entre runbas quantidades, i.e. l1 e S.
temos
(2.60)
(2.61)
consideremos
geral e não restrito ao gás ideal, se tem os coeficientes diferenciais da entropia que
iiS(E,V,N)I = .l
iiE V,N T
iiS(E,V,N) I = E. (2.63)
i:JV E,N T
iiS(E.V,N)I = _1!,
fJN E,V T
84
Por outro lado, os gases reais aproximam-se em comportamento dos gases ideais
os resultados empíricos:
Cv =~R (2.64)
2
2 Equação de estado:
pV=RT (2.65)
para a energia interna o resultado (equipartição ele energia igualmente por partícula)
(2.66)
mente
3 3N .,f2iii b..E
!(E, V,N) = k:zNlnE + kNln V- klnN!- k1nr( ) + k3Nln(-h-) +klnE
2
(2.67)
85
lnN!~NlnN-N ,
I(E V N) = Nkln
, ,
[V(27rmE/h2)3/2]
N5/2 + kln !::.E
E
32
3 5
=Nk [:zlnE+lnV-:zlnN ] +Nkln (27rm)
---;;,2 ' +kln t:..E
E (2.68)
ou seJa
~(Nk)
E= 81 /8E)v.N (2.70)
(observar que em (2.69) temos escrito 3N/2- 1 ~ 3N/2 , já que N » 1). Agora
estabelecer a correspondência
8Ij8V) E.N
. = Nk
V (2.73)
8I/8V)s.N = ~ (2.74)
e considerando a Eq. (2.63) reforça que I se corresponde com a entropia do gás ideal,
1.e.
S(E, V,N) = -k
J
r
EjH(r)jE+t>.E
dm- 1 (E, V,N)lnfl- 1 (E, V,N) =
= klnfl(E,V,N)
J
r Ejll(r):OE+l>E
dm- 1 (E, V,N) = klnfl(E, V,N) ,
87
mna vez que JE:SH(r),sE+l:!.E drn- 1 (E, V, N) = JE:SH(r):SE+l:!.E dfp(f) = 1 pela condição
de normalização.
relação estabelecida pela Eq.(2. 75) ou (2. 76) entre a Mecânica Estatística e a Termod-
inâmica, achnitiremos ser v<Üicla em geral [mais adiante desenvolvermos uma demon-
devida a Clausius].
H=~ p'j
~2m
j=l
Ensemble Mjáocanônico
as) = Nk = P -+ pV = NkT
av E.N v T
Cv =Tas) = ~Nk
âT v.N 2
88
H(r) =L
.
N (
Pi2
2m,·
1
+ -miw]x]
2
) (2.77)
J=l
(2.78)
N+I sis2N
a Harniltoniana da Eq.(2.77) resulta nas novas variáveis
2N
H(E,l, ... ,E,2N) =L E,] (2.79)
j=l
2N
TI
2N
. (2.80)
- n;:, hw; dE,j
(2.81)
2N, entre as hiperesferas de rádios JE e .JE + D.E. Para D.E pequeno, i.e. D.E « E,
podemos aproximar a extensão de esse volume pelo produto da área da hiperesfera in-
A entropia resulta
S(E,N) = klnf](E,!f) =
N D.E
= knlnE- kNlnN- 2)nnwi +klnE
j=l
N E D.E
= k ' " ' I n - - kNlnN + kln-E (2.84)
L..
j=l
liw·J
(2.85)
NkT b.E
S(E,N)=kN1n---2kN1nN+kln-E =
hw
kT b.E
kNln-- kNlnN +kln-E (2.87)
líw '
A mais
p= TâS) =0 (2.88)
âV ,
EN
!1- = -âS)
- - kT
=k1n--k1nN-k=
T âN E líw
4 Quando KT » fiwj, V j.
91
S S E
=--k=--- (2.89)
N N NT
procura proporcionar mn meio para generalizar esta expressão para o caso de gases
de estadOH {,
a dependência no volmne está contida nos limites ·de integração das coordenadas.
!)2
Vamos com mna simples consideração eliminar essa dependência, pennitindo a in-
teremos:
&g
av = f a
dr avó(H(r) -E) = f a
dr(- &E)ó(H- E) &H
av =
lnfl(E.VN)=~NlnE [( 27rm/h
2
NlnV-l )Ilf-t::.E]
· ' 2 + n N!ren E
e então
81nfl 3N
e --=- (2.95)
8E 2E
2E 2
p= 3N = 3t: (2.96)
e calculamos o valor médio (em qualquer ensemble) de sua derivada temporal, i.e.,
com
temos
(2.100)
(2.101)
mais geral do teorema do viria! (relembramos que (· · ·) indica valor médio em qualquer
ensemble de equihbrio).
--.
Consideremos de novo o gás ideal, a força Fj é o resultado das colisões com as
(2.102)
Porém div(p r'") = pdiv r'"+ r'"· \lp, supondo efeito de pressão uniforme, \lp = O
(2.103)
(2.104)
onde F;(•) é o resultado das colisões com as paredes, que já vimos produz
1 ( ....... (•)
2 F·j ·r·j
-- --+) = -pV
3
2 (2.105)
->.
e Fj '"' é a força exercida sobre a partícula j-éssima por todas as outras partículas do
sistema.
6 Nd . te_
- segum
a emonstraçao rjk, .
=.ri, .- .rk
._ , etc.
96
(2.108)
Uma forma muito usada para aproximar a equação de estado, que contém um
(2.109)
(2.110)
ou seJa
2 3
kT a kT [ b b - a b ]
p=---- 2 = - 1+-+ +-+··· (2.111)
v- b v v v v2 v 4
onde
97
a2 = b2 - a, (2.112)
aa=b3 ,···,ar=br.
l
DENSIDADE DE PROBABILIDADE p(t)
l
EQUAÇÃO DE LIOUVILLE
EQUILÍBRIO:
Capítulo 3
Termodinâmica Clássica.
componente químiea.
99
100
p
.--- lsoentropico (ou adiabatic
linhas
lsocoro isotermas
{
-. Linha isoentropica
lsobaro
v
Figura 3.1: Processos Termodinâmicos.
2. Existe uma função de estado chamada ENTROPIA, que depende destas macrovar-
iáveis, i.e. S = S(U, V, Nt, N 2 , • • ·) tal que na ausência de qualquer vínculo in-
terno os valores que adotam as variáveis extensivas, nas quais depende, fazem
em sistemas i'!Olados e não fazem referência nenhum aos casos de sistemas que não
estejam em equilíbrio.
dois estados de equihbrio, estão caraterizados pelas trajetórias no espaço de Gibbs das
chamada de relação fundamental do sistema, já que a partir dela é possível obter toda
1. A entropia de lllll sistema composto é llllla fnnção aditiva daquelas dos sub-
com a energ~a.
nas variáveis extensivas, i.e. S(AUi, AV;, ANi) = A(Ui, V;, Ni)
equações fnndamentais.
102
au)
dU = as
VN
au)
dS + av
SN
dN + Ls
i=l
au)
aN,
t SV
dNi (3.1)
cionaremos na notação
Como o termo -pdV é o trabalho quase estático, no caso especial em que não há
dS= óQ (3.3)
T
seu fator integrante. Observemos que há restrições: sistemas para os quais existe um
deve ser interpretado como a energia necessária para acrescentar mais 11ffia partícula
ao sistema.
(3.4)
1.e. 1lffi parâmetro intensivo como função de todos os outros e 1lffi extensivo que é
estado do sistema. Para 1lffi gás ideal pV = RT, para uma moi da s11Stância. O
pleto.
etc., o que quer dizer que a temperatura de um sistema completo de dois subsistemas
Até aqui temos usado a energia interna como função fundamental; consideremos
agora como tal a Entropia S(U, V, N). Diremos que passamos da representação de
âS)
dS(U, V,N) = âU âS)
dU + âV âS)
dV + âN dN (3.7)
VN UN UV
energéticos (3.2) deve notarse a importante diferença de que num caso dependem de
importante que uma vez escolhida a representação não sejam feitas confusões entre
ambas.
(3.9)
parede impermeável móvel ( número de partículas fixas, volume e energia pode mu-
dar). Agora
(3.10)
dS = (1 1)
-
Ti
- -
T2
dU1 (Pi
+ - - -P2) d\li
Ti T2
=O (3.11)
1 1
e (3.12)
(3.13)
1 1
T =r , P1 = P2 , 11-t = ll-2 (3.14)
1 2
No caso mais geral de equihôrio térmico, mecânico e sem fluxo de matéria através das
c potenciais quúnicos.
Da segunda lei
(3.15)
e conseqüentemente
sistema 2 para o sistema 1, i.e. o calor flue do sistema mais quente para o menos
quente.
107
S S maximo
TI < T2 I TI > 1;
equil.
UI
1
expansão do sistema 2.
iii) Para TI = T2 e J.!I < j.t 2 tem dNI > O, ou seja fluxo de massa do sistema 2
para o sistema 1.
ou seJa
TTIS. V Nl = TS- vV + uN .
ou seJa
TTIS. V Nl = TS- vV + uN .
ou seJa
TTIS. V Nl = TS- vV + uN .
ou seJa
TTIS. V Nl = TS- vV + uN .
ou seJa
TTIS. V Nl = TS- vV + uN .
ou seJa
TTIS. V Nl = TS- vV + uN .
ou seJa
TTIS. V Nl = TS- vV + uN .
ou seJa
TTIS. V Nl = TS- vV + uN .
ou seJa
TTIS. V Nl = TS- vV + uN .
ou seJa
TTIS. V Nl = TS- vV + uN .
ou seJa
TTIS. V Nl = TS- vV + uN .
109
c) Transformações de Legendre.
os parâmetros intensivos aqueles que podem ser medidos e/ou controlados. Será en-
fim faremos uso ela.<> chamadas transformações de Legendre. Vamos começar pelos
aspectos formais. Seja <f>(x 1 , x 2 , • • • , x,) uma relação termodinâmica fundamental de-
1/J (y!, Y2, · · · , Yr. Xr+l, • .. , x,) = </> (x~, · · ·, x,) - 2:: YiXi (3.23)
i=l
Diferenciando obtemos
llO
8y.,
i=l
dy; + L
8
i=r+l
ax· dx; =
"
L ax dx, - L: (y;dx; + x;dy,) =
8
i=l t
8
i=l
r 8 a,p r 8
= -L x;dy, + L
i= 1 i=r+ 1
axdx; =
1
-L x;dy; + L
i=l i=r+ 1
y;dx; (3.24)
e temos que 1/J depende das r variáveis y; = %:. e das s - r variáveis x; , sendo os
(3.25)
escolhido da forma mais conveniente para um dado problema. Agora, é claro que
caracteriza o equilíbrio.
inâmico de um sistema é tal que maximiza a entropia para um valor dado da energia
interna total.
A partir dos postulados de que U é uma função contínua de S e que âS/ âU > O
modinâmico do sistema é tal que minimiza a energia para um valor dado da entropia
total.
diferenciais termodinâmicos.
Relações de Maxwell:
em termos das TL. Primeiro notemos que existem rela.;:res entre os diferentes coefi-
a = ..!_
v VãT
av) p
(3.26)
(3.27)
(3.28)
[= dq)
dT v
l (3.29)
Por outro lado sendo válido o teorema de Schwartz sobre igualdade das segtmdas
a2 u a (au) ar)
avas = av as = av s,N -
a2 u a (au)
= asav = as av =
ap)
-as N v
'
Esta relação é tml protótipo de toda uma classe de igt~aldades similares conhecidas
ou se F = F(T, V N)
(3.32)
tenciais, a5-sim como as relações de Maxwell podem ser construídas com ajuda dos
Ex.:(vide Fig.3.3a)
{)T- 5
_aF- -~~ =p
_au _ p
as =T
au av-
{)T) s --
av _!!I!.)
as v de a•u _ lf'-u
av as - asav
, obtemos
as)
-8Py=aTp
av)
De:(vide Fig.3.3c)
, obtemos
constante, todas as derivadas parciais podem ser expressas em termos de somente trés,
por exemplo a, r>, e C. Para este fim são úteis as relações seguintes:
115
--------
v.,_
-----------
_::_F_ _., T
-·
G
: S H P
~ ... -e--~----------·
·-------->------~ ,"1
,_..-( I
V F T : '
''
u
X ®l! :
'
'
I
'
s H p"':' ' '
· - ------ ---;;...---"--..!
,--------~---------~
~---~~v-- ------iJ I
,e-__o,:;_L_.. T
'
·~
I
I
G r
'
•
'
S H p •
'
~)z = lj(8yj8x)z
a") l)z)
fJy ZEJr y
+ fJy
az) X= O
- Um resultado final, associada com esta questão da manipulação das derivadas ter-
au au au
{)x fJy ôz
8(u,v,w,···)
- 8v 8v 8v (3.34)
8(x,y,z,···) {)x ar ax
compressão adiabática:
â(T, S) â(p, T)
as)
Bp T
(3.38)
=- â(T,p) . â(p, S) =- ~)v
e então
Outro exemplo ilustrativo é aquele que nos permite derivar a relação entre os
ou
(3.4.0)
·.'
1 \> \'
119
(au)
a
.. (à v>. . c,; -. (àv/àT),.
f} ,.
(õu)p .. p(àv/àT),,
which :1grees with Eq. (5-24). Ratios (not derivatives) such as d'q,./dvp can be
tre:1ted in the snme way. For a further discussion, see A Condensed Collection of
Thermodynamia Formultn by P. W. Bridgmnn (Harvard University Press), from
which the tnble below is taken.
71 ~onstnnt T constant
(àT). = 1 (àp)t- -1
(àv). = (àv/àT),. (õv),. ,.. -(àv/ãp)'l'
(às). = c.IT . (às),. .. (àv/àT),.
(àq)p = Cp (àq),. = T(àvjaT).
(àw). = p(àv/àT), (àw),. = -p(àv/ôp),.
(àu). = c. - p(àv/àT)p (àu)r = T(àv/à7'),, + jJ(éJvjôp),.
(à/i)p = Cp · (àh),. = -11 + T(âv/87'),
(àg). = -s (àg)r = -v
(éJJ). = -s - p(àv/àT)p (àf),.· = p(àujàp)r
h ronl'tunt g constant
(àph = -é,, (àp), = 8
(8Th = r•- T(àv/àT)p (àT), "" f} .
SELECTED DIFFERENTIALS
s constant v constant
(ôp). = -c.IT (ôp). = -(ôu/DT),
(ôT), = - (ôv/ôT). (ôT). =- (ôu/ôp)zo
1 1
(ôv). = - T[c.(ôv/ôp)zo 4- T(ôv/ôT)~] (ôs)... T[c,.(ôu/ôp)zo + T(ôv/87')!]
(ôq). =o (ôq). - c,.(ôufôp)'l' + T(ôu/ôT)~
(ôw).- O
(ôw). = -~[c.(ôv/ôp)zo + T(ôv/ôT)~] (ôu). - c,(ôu/ôp).,. + T(ôv/ôT)!
(ôh) • .. c,(ôvjôp)'l' + T(ôv/ôT)!
(ôu). = ~[c.(ôv/ôp)zo + (Tôu/ôT)~] - u(ôv/ôT),.
(ôh). = -vc./T (ôg). = -u(ôu/.ôT),- a(ôu/ôp)zo
1 (ôf) • ... -a(ôv/ôp)zo
(ôg). = - T[vc. - aT(ôu/ôT),.]
1
(ôf), = T[pc,(ôu/ôp)zo + pT(ôu/ôT)~
+ sT(ôufôT),]
121
Apêndice AIII.l
para o caso.
lei dois estados de um sistema não podem ser ligados por processos que violem esta
existe nenhum processo possível satisfazendo a evolução prevista pela segunda lei o
sistema não pode mudar. Assim deve estar num estado de equilíbrio que corresponde
dS+dSn 2: O
então
dU = óq+ów+óz ,
i.e. a variação de energia interna é a soma das variações (diferenciais não exatas ) de
pela desigualdade
dF:::; O
Apêndice A 111.2
dp
pdV = RdT- RT-
P
Sustituindo em
R
óQ = óQ 1 + óQ2 = (Cv1 + R)dTt + (Cv2 + R)dT2 - - (Tt
p
+ T2)dp
condição para existência de um fator integrante é que, definido o vetor 0: = (ai, a2, aa)
seja satisfeito que 0: ·rot 0: = a 1 ( ':f:z - ~~:) +a2 ( f2; - ~~:) +aa ( ~ - ':22 ) = O.
No caso presente façamos a equivalência x 1 = T 1 , X2 = T2 , Xa = p ,
124
&a3 R
-=--
Assim
Cp2 • Não existe então fator integrante para óQ e o sistema se diz termodinâmicamente
não holónomo. Este exemplo mostra que se a temperatura ~ão é uniforme não existe
sistema tem fator integrante para óQ precisaremos em geral requerer que o sistema
Os Ensembles de Equilíbrio
vatório de calor; i.e. o sistema tem paredes diatérmica, rígida e impermeável. Por
extensão infinita e de forma que o seu estado, ainda no limite termodinâmico para o
p{f) = z- 1
({3, V, N) exp { -f3H(f)} , (4.1)
125
126
Para tal fim vamos primeiro a introduzir alguns comentários prévios. Se temos dois
(4.3)
l.e.
(4.4)
resultado este dependente dos sistemas serem independentes. Não é o caso quando
Reserva to rio
Regiao de interacao
que ele é fraco comparado com as energias de cada sistema isolado. A energia do
se dá em geral através de colisões nas fronteiras dos dois sistemas, e podemos esperar
Pr(r,l') ~ {
o Fora dessa região
(4.6)
= n- (Er)~[Er-
1
p(r) H(r)] , (4.7)
onde
SJ(Er) = lnfl(Er) ,
(4.9)
S2[Er- H(f)] = ln~[Er- H(f)] ,
com o qual podemos escrever
(4.10)
129
porém lembremos que H(r) « ET =E+ E' por definição de reservatório, e assim
(4.11)
p(r) = z- 1
(/3, v,N)exp{-f3H(r)} (4.12)
onde definimos
(4.13)
(4.14)
atura de equilíbrio do sistema com o reservatório. Por outro lado, Z(/3, V, N) assegura
provável.
Fig. 4.2) Por isto podemos aproximar a energia total pela sorna da energia de cada
subsistema
(4.16)
sena
(4.17)
com
(4.18)
tribuição, i.e. aquela que rnaximiza P sujeita as condições acima. Para tal fim con-
struímos a funcional
L L
'
/- ;---- ~---- :----:-----:--
I I : :
I 1 I : :
I I I I
-~----+----T----~----1----~----~
I I I I I I 1
I I I I I I 1
I I I I I I 1 ,
--~----~----~----~----~----~----~!
I I I I I I 1
I I 1 I I 1
I I : I I I 1
----J----~----~----~----~----J
I I I I I I
I I I 1 I I 1
--:---- ~ ----
i I I I I : :
\
~- -- -~---- ~- --- ~--
1 1 I I : :
~----~----~----~----~----~--
1 I 1 I : :
1
I 1 I I 1
L L
lii = ólnp- a Lóv1 - f3Le 1óv1 -
1=1 1=1
L
=L [ólnv1! + aóv1 + f3e 1óv1] =O (4.20)
1=1
lnv! ~ vlnv- v
obtemos
(4.21)
(4.22)
já que
(4.23)
quantidades, f3 e Z(/3, V, N), a serem identificados no seu conteúdo físico. Para tal
fim recorremos ao estudo do gás ideal no ensemble canônico, primeiro, e em forma
com
obter
que nos diz que Z resulta de realizar a transformação integral indicada, que se cor-
variável /) em Z.
(4.29)
obtemos
Z 0 ·1·((./ v N) =
"'' '
N (mE)3N/2
v :;;;-
n3NN!r (3f + 1)
f
o
dE E 3Nf 2e-f3E (4.30)
Porém
134
Conseqüentemente
VN (m)3N/2
Z 0 ·1 ·((3 V N) = 2.' (3-~ =
, , 'fi3N N!
(4.31)
exercício mostrar que idêntico resultado se obtém pelo cálculo direto da expressão
(H(r)) = z- 1 f drH(r)e-I'IH(rJ
3N
(4.33)
= 2(3
Mas, a partir da lei de Dulong e Petit, (H(r)f· 1 · = ~RT , o que nos permite
(4.34)
135
Por outro lado calculemos agora a derivada com relação ao volume de In Z, para
obter
â 1 â
-1nZ0 ·1·(f3 v N) = ---Z0· 1
· =
âV ' ' za.I. âV
= _1_~/dre-w<r>
0 1
=
Z · ·âV
= _1_jdre-t~H<r>(-f3)âH(r) =
za.I. âV
(4.36)
â â
p = kT âV 1nZ0 ·1· = âV [kT1nZ0· 1·(T, V, N)] . (4.37)
vante ao caso é a energia livre de Helmholtz, F(T, V, N), definida pela transformação
o que sugere que podemos fazer a identificação, ao comparar as Eqs. (4.38) e (4.37),
que
1
= -klnZ- kT ( - -- ) !_Jdre-!3H(r) =
Z kT 2 a{3
= -k ln z- --
11
TZ
f dre-!3H(r) H(r) =
a aF F U
- - [kTlnZ] = - = - - - (4.41)
ar ar r r '
mas se F é a função energia livre, então F = U - T S, e
137
Finalmente, calculamos
(H} F U
=klnZ+-
T
= --+-
T T '
(4.43)
F
0 1
· ·(T,
3
V,N) = -kT [ Nln V- N!nN + 2NlnkT m )3N/2 ' (4.44)
] - kTln ( Jr-!í
2 2
terna:
3N 3
= --
2 f3 = -NkT
2 .
(4.45)
Petit,
138
CG.I.
V
= aU)
ffTV,N
= ~Nk (4.46)
2
( 4.47)
C'!·
P
1· - CG.I.
v
= VT .!!_
T2
= Nk (4.50)
a 2 a [F(T,V,N)]
(4.51)
U(T, V,N) = - aj3InZ(T, V,N) = -T õT T ,
e conseqüentemente,
C = _!!_
v ar [r !!_õT {
2 F(T, V, N) }]
r · (4.52)
139
Pcan(r) = z- 1
(T, V,N)exp{-H(r)jkT} , (4.53)
Mais adiante voltaremos a realizar analises que nos permitam reforçar este resul-
que é o:
I\P;aâH)- -1(
âp~ - Z T, V,N
)/ aÔH -f3H_
drp; âp~e -
(4.56)
~p~âH)
\"8p~
V N)p~e-!3Hioo + 8··8
= -f3- 1 Z- 1 (T'' t -oo tJab
(3- 1 z- 1 (T V N) fdre-!3H
'' •
(4.57)
I\ q;aâH) a e -{3H =
âqJ = Z -1(T, V, N)fdr q;aâqJ
141
temos que
(4.61)
cuja Hamiltoniana é
H(r) ="' N
~
j=l
( 2
Pi
2m
1
+ -mw
2
2 2)
x3 (4.62)
Então,
(4.63)
(4.64)
com o qual
Observamos que este resultado é também obtido a partir do teorema do viria!, i.e.
142
(4.66)
V= Lairj+l (4.67)
j=l
e então
1 N 1
(K) = 2 L (rj · V'V) =
2(n + 1) <V> .
(4.69)
. j=l
multipolares. [Observar que para n negativo, i.e. n > -2, a relação só se satisfaz se
< V >< O, ou seja para potenciais atrativos ( ai < O ) que dá lugar a que o sistema
seja estável mun estado ligado; o caso ai > Ocorresponde a um sistema inestável com
Como é conhecido, na teoria cinética dos gases é possível deduzir a função de dis-
(4. 70)
intervalo (u, u + du). Vamos ver como derivar este resultado a partir do ensemble
(4.71)
onde g(u 2 ) é uma função diferenciável a ser identificada, e tendo sido usado o Ansatz
Calculemos
esperar, por simetria, que a função g(u; + u~ + u~) seja separável na forma g(u2 ) =
(4.73)
e análogamente
ag g acp(u;) (4.74)
au~ - cp(u~) au~
Conseqüentemente,
ou
1 a9 1 ag a a 2
-- = --
g au~ g au2 8u2
2
= -lng(u) = -lncp(u-)
au~ • = -b (4.76)
onde b tem que ser constante já que não pode simultáneamente depender de todas e
(4.77)
i) de normalização:
(4.78)
(4.79)
(4.80)
e por (ü)
(4.81)
ea = (~)3/2 m
b=- (4.82)
21rkT 2kT
onde
N 2
H(r)=L:i +V(T't,···,i;) (4.84)
j=1 m
A probabilidade de encontrar o sistema no entorno dr do ponto fase r é
(4.87)
e-f3p'f2m
3
P(p)d p = '2((3, V, N) , (4.88)
(4.89)
(4.90)
147
(4.91)
e assrm
2 2
p(u)du = 47ru2 (mf3/2n) 312 e-f3mu / , (4.92)
(4.93)
(8kT)
112
(u) = - , (4.94)
1rm
(4.95)
(4.96)
148
(4.97)
Observar que (u) /uM = 2/ ..[ir > 1 , i.e. o valor máximo e o valor mais provável
ana é
H(f) ="N(z};
~
j=l
_i_+
2m·
1
-miw]x]
2
J
) . (4.98)
(4.99)
(4.100)
Assim,
149
com
Observamos que, por um lado, não temos incluído o denominador N! desde que
equilíbrio).
=~ (21rk~)
h miwi
112
( 21rmikT)
.
112
= =
21rkT
. hwi
kT '
liwi
(4.103)
N kT N
F(T,N) = -kTln ITgi(T) = -kT2)n liw· (4.104)
j=l j=l J
150
A entropia é,
âF â ( kT)
S(T,N) = - âT = âT kTLln nw· =
N
j=l J
N kT F(T,N) Nk
= k "In-,:-
L nW·
+Nk =
· T + (4.105)
j=l J
e a energia interna
â â
U(T, N) = - â{3ln Z(T, N) = kT 2 âT ln Z(T, N) =
N
2
= kT L.!. = NkT (4.106)
i=I T
A Eq. (4.106) é uma manifestação do teorema de eqüipartição de energia [cf. Eqs.
(4.64), e (4.65)]. Podemos notar que a partir das Eqs.(4.105) e (4.106) resulta que
F(T, N) = U(T, N)- TS(T, N), i.e. a definição da energia livre, e a mais
(4.107)
canônico, vemos que coincidem se identificamos a energia dada neste último com
a energia média no caso canônico [cf. Eq.( ) observamos que (4.107) pode ser escrita
as)
au N
- U
kN
=
1 . . _
T , por eqüipartiçao, e
as)
av N
- ; = O , por serem localizados.
S(T, N) = Nk (ln ~~ + 1)
U(T,N) = NkT
Cv(T, N) = T~)v = Nk
z
ml
Projecao
no plano(X,._Y) e
~ ,·' :..>-
,.,.,. -'~', I
/
/ -.
- ......
I
'
'
y
X
- Projecao
no plano (X,'
m2
Centro de massa
I
4.2.4 A Molécula Diatómica.
Tem seis gTaus de liberdade, correspondendo as três posições espaciais de cada átomo.
associada
Hvibracianal = L
N [ Pi2
2
m
1
+ 2mw
2 2]
Xj (4.110)
J=1
ond e m -1 = m -1
1
+ -1 e•
~ a massa r edUZI'da;
(4.111)
(4.112)
A energia cinética total em termos dos ângulos i{) e () é a soma destas duas
(4.113)
•
P(-){JC
-
{J(J
.
- - .
fJK
{J(J
- I ()
-
Conseqüentemente,
154
(4.114)
H . -
rotacwnal - L
N
j=l
[ _!_2
21P9; + 21 sin21 e. F!;
1
] (4.115)
onde duas delas, Ztransl. e Zvib. já são nossas conhecidas, dadas pelas Eqs.(4.31) e
Temos
(4.120)
J; d9sin() = 2 .
tem10dinâmicas:
8Urot. Nk
Cv rot. (T, N) = ~ =
VN [ M
Z(T, V,N) = N! 2rrfi2kT
]~ (kT)N
fiw fi2kT
]N [2/ (4.125)
e assrm
V
= -NkTln--
N 2
3
N-kTln (MkT)
--
2rr /i2
kT NkTln
- NkTln--
fiw
(21 )
-kT
fi2
(4.126)
(4.127)
onde temos definido três temperaturas características associadas a cada tipo de movi-
mento:
(T < 8,, Ov, ou 8r) se tem que a entropia pode ficar negativa e, com T tendendo a zero,
apresenta uma singularidade (tende para menos infinito). Assim fica negativa e não
verifica o principio de Nernst de que tende para zero quando T -> O. Isto nos dá uma
indicação de que há dificuldades com nossa teoria. Não obstante devemos levar em
conta que ela tem sido correta no limite de altas temperaturas ( T » 8 ). Assim não
157
macroscópicas impostas. Isto nos sugere que a dificuldade esteja nessa enumeração, ou
seja que tenha caráter mecânico. De fato, temos utilizado até aqui a Mecânica Clássica
Quântica, como faremos na segunda parte destas Notas, para verificar que de fato é
já que
_ _Q_ ln Z(T v
8(3 ' '
N) = _ _Q_ ln
8(3
f dre-llH(r) =
z f
2. dr H(r)e-llH(r) =
158
= z12 8Z
8
(3 f dfH(r)e-!3H(I') + z1 f .
dfH(r)H(f)e-i3H(I') = (H2 (r))- (H(f)) 2 •
(4.132)
Porém,
(4.133)
2 ~ 8U 2 ôU
IJE =- 2 lnZ = - - = kT - = kT 2Cv (4.134)
8(3 8(3 ôT
que liga a d.q.m. com uma quantidade termodinâmica mensurável como é o calor
específico.
Por definição
P(E)dE = -1 1
Z ES[l(r)~E+dE
dre-/3H(r) ~ _e-
-pE
Z
1
E~H(r)~E+àE
df =
·
-_ 1 e-{3Eg ( E, V, N ) dE , (4.135)
2
zz =
00
1o
dE P(E) = z
1 [
.o
dE e-f3Eg(E, V,N) = 1 ]. (4.136)
dP 3 3N - -- 3N -
-·-le = 1
-NE 2 - e-f3E- E 2 (3e-f3E =O , (4.137)
dE 2
-
ou seja E= ~NkT que é eqüipartição e o valor médio da energia do gás ideal.
P(E)
P(E)
-
E/N E/N
(4.139)
ou seJa,
. d~ 1n.g(E)IE=E = {3 (4.140)
mas
(4.141)
(4.142)
162
Porém,
(4.143)
e como
finahnente temos
Temos que
U F U (4.146)
S(T V N) = - - - = - +klnZ
' ' T T T '
ln Z(T, V, N) ~ ln [e-tiiif ~ _
jÊ$H(r')$E+liE
dr) (4.148)
.)
(4.149)
. U E - -
S(T, V,N) ~ T- T + klníl(E, V,N) = klníl(E, V,N), (4.150)
o qual pode intercambiar massa. Nesta situação o sistema tem paredes diatérmicas,
rígida, e permeável.
164
(4.151)
partículas)
Ç(E, - H(r), N, - N)
- (4.155)
n(E,, N,, vt)
(4.156)
e
166
onde
(4.159)
= L(N!hvN)-lef31'N
N?:.O
f rr vN
j=l
dqjdpj e-/3H(l') . (4.160)
com exercício.
exp {( 2
:r::k) 3 2
Z(T, V, f.l) = / vrl 2e!3~< }
167
(2r.mk)
312
J(T V
p(T, V,JL) = k };2 rsf2ei3~-< = ~ ,JL)
3 3
U(T, V,JL) = 2.NkT Cv = -Nk
2
1 1
pV=NkT ·a=- K, =-
' T p
Alternativamente.
,
S(T,p,N)= [52.+2.lnT-lnp+ln
5 (2r.mk)
};2
3 2
/ ]
Nk
5
U(T,p, N) = 2.NkT
I_ ( 2r.mk )
_
Z(T, V,JL)-
oo
Le
N=fl
/31-'N
Zcan(T, V,N)-
_
Leoo
N=fl
{3J-<N
N! h2
3N/2 N
V T
sr;r _
-
168
~ N! ~) ~)
oo 1 [ 21rmk 3/2 " 3 ] N { 21rmk 3/2 3 2 }
= ( VT2e " = exp ( VT 1 ei3"
-_ ~NkT z
1 '"""
~e iJI'N NZcan ( T, V,N )
2 N
Então
(H)=~ (N) kT
1 8 '""" 1 8Z , 8
=kTZ- ~Zcane13~'N=kT-- =kT- inZ=inZ(T,V,tt)=
8 ttN 8
Ztt 8 tt
e daqui
27rmk)
tt=-kTin [( - - mT32 3 T
; ] =--kTin-
h2 2 Bt
a =
kT avlnZ(T, V,Jt) = ~
j drvN p(r) -
( aH(r))
av =
=f I
N=O \
aHf))
a N
= cfJ , (4.163)
n
Z(T, V, N1, N2, · · ·, Nn) = II Z(T, Vjn, NJ) (4.165)
i~l
00
(4.166)
já que os NJ são arbitrários exceto pelo fato que sua soma deve ser o número total
Ni e então
Assim,
n
(4.168)
00
L L L ··· Lf(NI,N2,···,Nn-J,Nn) =
N=O N1 N2 Nn
00
=L L L ••• L f(NJ,N2,""",Nn-I,N-Nn-1-···-NI)
N=ON1=0N2=0 Nn~l=O
171
sorna acirna é
00
L L L··· L
IV=0Nt=ON2=0 Nn=O
f(N1,N2,···,Nn)
é dois e os outros zero, ou dois são mn e os outros zero; etc., sendo assim reconstruída
a expressão acima ].
00 00 oo n
00 00
n
= IJ Z(T, Vjn, f-t) = [Z(T, Vjn, Jt)J" , (4.169)
j~l
e ass1m
v.
Tendo verificado a Eq.(4.164), temos imediatamente a relação (4.162), já que
f)
kT f) V In Z (T, V, f-t) = -âJ(T, V, f-t) / âV = p (4.171)
172
3/2
2
In zc:.J. ") = V e 3"T3 12
" (T , V ',... ( r.mk)
h2 '
N=
e finalmente
pV = NkT.
Até agora temos considerado o volume do sistema físico como fixo; permitamos
agora que éle possa variar mantendo o número de partículas constante. O sistema
está neste caso em contato com reservatório térmico e de volume, e suas paredes são
Com argumentos similares aos usados nos casos anteriores podemos chegar a que
!§)' . - - I Jp '
8Ft E!.h -
(4.173)
z-l ((i, p, N) = exp {S2( E,, lí,, N,) - .'h (E,, V,, N,)} =e-'c ,
COill
1
G(fJ,p,N) = -{r 1nZ(fi,p,N) .
como exercício. Simplesmente indicamos que, como nos casos dos outros ensembles,
é a entropia.
.1N/2
Z(T,p, N) = ( 2~r;· ) (kT)5N/2p-N
G(T,p,N) = -
5
2NkTlnkT + NkTlnp- NkTln
(2~;; )3/2
3 2
S(T,p,N) =
5 5 . (21rm)
ZNk + ZNklnkT- Nklnp+ Nkln };,2
/
f.l(T,p, N)
-
o
= - kTlnkT + kTlnp- kTln };,2
2
(2 )3/2
1rm
3 3
U(T,p,N) = ZNkT Cv = -Nk
2
1 1
pV= NkT ·
, a =T- r;,= - .
p
175
5
F(T,p,N) = -NkT 2"lnkT -lnp+ 1 +ln (
[
21rm 3/2]
h,2)
5
H(T,p,N) = 2"NkT
1
9- (E, V,N) =f dr ó(H(r)- E)
VN (27rmE)3N/2
Gás Ideal: ga.I.(E,V,N)= h3NN! r(~+1)
p(r) = z- 1
(T, V, N) exp {- H(r)jkT}
Ui
Gás Ideal zc.J. (T v N) = VN (mkT) 2 /N!
' ' 27rli2
Z(T, V,JL) =f f
N=O
dr exp{-[H(r)- JLN]jkT}
00
Gás Ideal
s= -k f dr p(r) lnp(r).
canônico temos
178
2) Teorema do viria!.
->
Onde K é a energia cinética, rj a coordenada da j-éssirna partícula, e Fi a
força total exercida sobre ela.
N
v (!'i', ... , r!S) = ~ :L v (lrt- rJD (4.179)
i#j=l
Pelo teorema de eqüipartição (K) = (3/2) NkT, e por serem iguais as interações
Observemos que
/-:>.
\ r,
3
8v (Ir;}/)) =
ar;j
Jdr e-/3H(r)
Z(T, V, N) r,3
[-:-. 8v (Ir;}/)]
ar;j ' (4.182)
onde H (r) = K (r)+ V (r), com K dependendo somente dos momentos e V comente
com
A mais.
[--:+. 8v (lrijl)] _
f e-ilH(l')
dr Z(T V N) r,3
' '
a-:+
r,,
-
= z;,!encial (T, v, N) f II
k=l
N
rPrk
->
[ r;j ·
8v (lrJI)]
o=:+
ur,3
e
-ilV
(4.185)
->
I
9( r ,r
_.)
. 11 _ y2
- Zpot(T, V, N)"
f !!N 3
d rk e
-/3V ( ---+
8 r1 - r
_.)
I ( ---+
8 r2 - r
_.)
11
. (4.186)
que chamamos de função de correlação de pares de partículas, que pode ser in-
terpretada como a probabilidade de, dada uma partícula na posição 7 , achar uma
->
partícula na posição r' ( tem papel importante na teoria de espalhamento e, con-
(4.187)
180
com
(4.188)
Finalmente, por causa de estarmos tratando com forças centrais - o sistema então
~~)
é isótropo - g ( r' , r'' deve depender somente do modulo da distância 7 - ~
r' i.e.
g(r), com r= 17- ?I. Assim, sustituindo a Eq.(4.187) em (4.181) obtemos que
= NkT- ~~
2
modelar (e.g. potencial de Van der Waals; potencial de Lenard-Jones; esferas rígidas,
nêutrons.
verificar a desigualdade
(v (ir;j[)) « kT . (4.190)
(4.192)
resulta
-N2kT47f a -.av(r)
Jd r r a-e ~
27f-
- - Jd r r a&u(r)
N2 -- (4.193)
6V ar - 3 V 8r '
mas a parte integrada se anula supondo que o potencial se anula a distância infinita,
e assrm
00
onde definimos
a= 27f r= dr r v(r)
lo
2
'
·
(4.195)
182
p NkT
(4.196)
1 + ,8na = --"V
e o primeiro membro de (4.196) como
(4.197)
P N
1+,8nlal ~p+ vnlal (4.198)
e finalmente
a kT
p+2 = --b,' (4.199)
v v-
V/N, sendo o volume específico, a está dada pela Eq.(4.195), e temos introduzido em
funções termodinânúcas.
então.
3 2 kT)N
Z(T,p,N) = (mkT/21f~2 ) N/ ( p
ac c 5
S = - - = - - + -kN
8T T 2
__ +ac __ NkT
V --+ pV = NkT
8p p
ac
f.L=-=-kT
8N
(5-lnkT-lnp)* =-kT (5-InkT-!n--
2 2
NkT) =
V
=-kT ( 3 InkT+!nN
2
V) =N=-kTln
G [( mhkT) 1 V2
3 2
]
184
a
= - a{JlnZ- (pV) = a
-T2 8T (G)
T - (pV) =
5 5 3
= -NkT- pV = -NkT- NkT = -NkT (eqüipartição)
2 2 2
Então
Amais
Cv = au = ~Nk
8T 2
Obs:
O Método Variacional
5.1 Introdução
poucas medidas experimentais (de caráter macroscópico) estão disponíveis para definir
cas, de tal forma que as características essenciais dos sistemas em equilíbrio estão
história aparte).
Até aqui tratamos com o método de Gibbs (por enquanto no caso clássico) para
sistemas em equilíbrio. Lembremos que o que Gibbs pela primeira vez chamou de
185
186
da teoria cinética do século XIX. Nela procura-se uma explicação aceitável e fun-
porém, mais do que isso, se quer ver além e descrever todas as propriedades físicas
em futuro livro). Em certo modo- ligado a isto- há um outro objetivo que podemos
A construção do método de Gibbs que fizemos até agora - método que, repeti-
mos, se tem mostrado incrivelmente exitoso - baseou-se num esquema que podemos
pelo de tend~ncia provável. [· · ·] O futuro não existe; êle pode ser somente predezido." 1
colocou, em todos os campos " estamos evoluindo para um mundo complexo, com
1 J. Bronowoski, The Common Sense in Science (Harvard Univ. Press, Cambridge, MA, 1978)
mais liberdade, mais diversidade, mais possibilidades para mudanças e, conseqüente-
ciência parecem afastados por causa da falta de um método comum a partir do qual
mudando."
enfatizado2 que " Teoria de Probabilidade é uma ferramenta versátil, a qual pode
servir a diferentes propósitos. [Ela] pode esclarecer notáveis mistérios em física teórica
a partir da melhora dos nossos padrões de lógica. Como James Clerk Maxwell escreveu
3
da ciência." Também, de acordo a llya Prigogine, " Que a probabilidade possa
mas como um principio explanatório, para ser usado para mostrar que um sistema
e claro, então em sua origem era de relevância como questão pragmática para quem
2 E.T. Jaynes, em Maximum Entropy and Bayesian Methods, J. Skil!ing, editor (Kiuwer, Dordrecht.
1989)
3 I. Prigogine and I. Stengers, Order out of Chaos (Bantan, Toronto, 1984)
188 .-
estava arriscando seu dinheiro. Ao parecer os primeiros estudos sistemáticos são de-
possibilidade, mas que podia encontrar uma área de imensa importância. Ele refinou
de 1820. Ao parecer estabeleceu pela primeira vez que existe uma longa classe de
assignadas por nós, haverá um certo grau de subjetividade na matéria. Isto é aplicável
a toda a ciência, que é uma criação humana, porém cujos métodos tentamos fazer os
mais objetivos que possível. Laplace, este é o ponto a enfatizar, vê o problema não
como um de lógica dedutiva, porém como um de inferencia provável. Isto se liga com
- uma obra que não para de inventar o sentido da dupla imposição que a provoca e
física não são descrições neutras, mas resultam do nosso diálogo com a natureza, das
4I. Prigogine e I. Stengers, Entre o Tempo e a Eternidade (edição em português por Gradiva, Lisboa,
1990).
~189
cer uma filosofia geral, completa e correta em algum sentido, da infertncia científica,
procedendo em segerido a desenvolver sua teoria matemática e levar a frente sua im-
plementação prática tão longe como possível. Esta seria a tentativa de construção
mos (que chamamos de ortodoxa) procurar uma construção por inferência estatística,
era necessária para justificar o uso do ensemble microcanônico. Na base da MEP isto
se vê diferentemente: logo que vemos a meta como uma inferência a partir de infor-
que somos capazes de fazer com a informação disponível, com absoluta prescindência
utilizadas na apresentação nos capítulos prévios), já qué , " A física clássica tem
enfatizad~ estabilidade e permanência. Hoje vemos que, na melhor das hipóteses, tal
5 E.T. Jaynes, em Frontiers of Nonequilibrium Statistical Physics, G. T. Moore and M.O. Scully,
Eds.(Plenum, New York, 1986).
6 G. Nicolis and I. Prigogine, Self-Organization in Nonequilibrium Systems (Wiley-lnterscience, New
York, 1977).
190
qualificação se aplica somente a aspectos muito limitados. Para onde olhamos, descob-
Vale a pena neste contexto reproduzir uma frase de James Lightlúll, de que "estamos
hoje totalmente conscientes de que o entusiasmo que sentiam nossos antecessores pelo
de que "· .. talvez que aqui possamos recordar o herói do Nome da Rossa, de Umberto
Eco, Guilherme de Baskerville, para quem decifrar o mundo era semelhante a resolver
uma história policial: um jogo intelectual em que possuímos apenas indícios, e nunca
contexto da 1\IEP.
de C.E. Shannon [Bell System Techn. Journal, 27,379(1948), ibid, 27, 623 (1948)],
Estatística são assim justificadas, e representa a melhor estimativa que se pode fazer
mais, é possível manter mna distin.-,iio bem marcada entre os aspectos físicos e es-
anos, já ternos dito que ainda não se tem uma teoria satisfatória e completa, no sentido
de que não existe uma linha de argumento que leve da física microscópica aos fenô-
menos macroscópicos, que seja considerada como convincente em todos seu~ aspectos.
Tal construção deveria (i) estar livre de objeção nos seus aspectos matemáticos, (ii)
pouco severa de mais, já que, em geral, esperamos que uma teoria física envolva
certas hipóteses não provadas, porém tal que suas conseqüências levem a resultados
Muitos autores advogam que um tal esquema poderia ser montado com base em
teoria da informação. Neste sentido é essencial notar que o mero fato de que a
conexão entre estas disciplinas. Essa conexão somente pode ser feita encontrando
pontos de vista a partir dos quais ambas entropias correspondam ao mesmo conceito.
já apontados por Gibbs., mas foram consideradas como observações marginais. A sua
mente independente da termodinâmica, Isto faz possível uma reversão na usual linha
uma teoria baseada nas equações de movimento, suplementadas por hipóteses adi-
inâmica. Porém, agora podemos tomar a entropia como conceito inicial, e o fato a ser
ser possível ver a l\lecânica Estatística numa luz muito mais geral.
neste caso que se estão realizando predições que são em principio verificáveis em todo
Por outro lado, a escola Bayesiana (antigamente referida como subjetiva) con-
rer, baseados em o que quer que seja a informação disponivel. Para o Bayesiano, o
nos casos em que não há suficiente informação disponível para levar-nos a conclusões
definitivas; assim uma verificação detalhada não deve ser esperada. O teste neste
no sentido freqüêncista.
de probabilidades que julg·uemos mais apropriada e " honesta " - i.e. no sentido de
~195
Consideremos a variável x que pode ter os valores discretos {x1 , x 2, · · · ,xN }. Nosso
entendiniento parcial dos processos que determinam os valores de x podem serem rep-
guntamos, seguindo Shannon, se é possível encontrar uma quantidade S(p1, P2, · · · , PN)
que messa numa maneira única a quantidade de incerteza representada por essa dis-
para expressar tal medida, assegurando sua consistência e unicidade, a mais, claro, de
sua utilidade. Resulta notável que isso seja possível na base de requerimentos simples
monótona crescente de n.
3. Lei decomposição: sejamos eventos independentes {x1, x2, · · ·, XN} e {yJ, Y2, · · ·, Ym}
Como demonstrado por Shannon (Bell System Tech. Journal, 27, 379 (1948);
ibid. 27, 623 (1948), artigos reproduzidos em: C.E. Shannon and W. Weaver, the
Eq.(5.1), i.e.
n
S(pJ,J12,···,pn) =-kLpilnPi,
j=l
uma dada distribuição de probabilidade Pi . Porém, como sugerido por Jaynes, que
informação é essa? Certamente não é a informação a ser enviada, já que quem envia a
mensagem tem perfeito conhecimento dela. Assim, talvez a devemos interpretar como
Assim, resulta que a distribuição que rnaximiza S, sujeita aos vínculos que rep-
estado do sistema. Esta é a única seleção não preconceituosa que podemos fazer,
i.e. usar outra resultaria em introduzir informação que por hipótese não temos. Está
abreviada).
pode ser interessante citar Jaynes ( Maximum Entropy and Bayesian Methods; W. T.
Grandy and L.H. Schick, Eds (Kluwer, Dordrecht, 1991)): "Today it is good to see the
wide and expanding variety of subject matter to which MaxEnt and Bayesian methods
of inference are being applied. This confirms our feeling that the logic of science is
universal; the same principies of reasoning that work in statistical mechanics well
work as well in astronomy, geophysics, biology, medicai diagnosis,. and economics" .10
(5.2)
entropia se incrementa, o que não é o caso ela expressão (5.2) extenclicla a tal situação,
já que, em virtude ele que p (r: t) satisfaz a equação de Liouville, tal quantidade
quantidade chamada H ,em razão de ter assim sido feito por Boltzmann. (Para maiores
com ;:c e p sendo as coordenadas e momentos generalizados ela partícula e f.t indica
o ponto fase da partícula individual (x,p). A partir ela equação de evolução para
esta quantidade w, a chamada equação de Boltzmann- válida para gases muito diluí-
elas, forças centrais, e colisões binárias - Boltzmann mostrou que H8 :::; O, com a
ser notado que mostrar que uma quantidade matemática se incrementa no tempo não
llE. T . .Jaynes, Am . .1. Pbys. 33, 391 (196,5) .
t·2p, and T. Ehrenfest. The Conceptual Formulation o f the Statistical Aproach in Mechanics ( Cornell
Univ.[. Press, Ithaca, N.Y.,l959).
l>R ..Jancel, Foundations of Classical and Quantum Statistical Mechanics ( Pergamon, Oxford, 1969)
199
é relevante à seg"lmcla lei, a menos que se mostre que tal quantidade esteja rela-
dades Maxwelliana, isto não é o mesmo que a segunda lei, a qual é uma manifestação
macroscópicas observáveis.
Alg;umas tentativas para demonstrar a seg"lillda lei para sistemas em geral tem
é duvidoso uma vez que a diminuição de H pode ser completamente artificial, i.e.
outro lado, como no caso elo teorema- H de Boltzmann, a quantidade cuja diminuic,:ão
é mostrada não tem relação com a entropia fenomenológica. Assim, para sistemas
(5.,1)
onde
(5.5)
con1
.f dr p (r; t) = 1 (5.6)
= .I N
df p (f; t) l ) n w (!-li; t) =
i=l
.I df p (f; t) In
N
II w (!-li;t)
i=l
. (5. 7)
então
v
= rrj dJlj
;=1
W (/Lj;t)- Jdf p(f:t) = 1-1 = Q • (5.9)
Vejamos agora a conexão da flmçào H de Gibbs com a entropia. para tal fim
(G.ll)
Z (/'i) = j df e-!3H = (
21rrn )3N/21 dx 1 • • • dx N e-!3W (5.12)
{3 \7
(5.13)
onde temos suposto que o potencial depende das coordenadas relativas, conseqüente-
mente
onde
(5.15)
escrever,
a _ 81nQ
f.'P-8V ' (5.19)
81nQ
{3 d{3 + (W) d,B =O, (5.20)
8
temos que
81nQ dV
d (H8 - Hc) = BVdV- N V +(3d (W) = ,8 [p- p 0 ] dV + ,Bd (W) , (5.21)
onde p0 = iV / dV é a pressão do gás ideal. Definindo as "entropias" : Se = - Ha e
S8 = -H8 (com k 8 = 1), e integrando sobre mna trajetória reversível entre estados
(5.2a)
leva a que
(5.25)
(5.26)
8(3-1 v - 2 (3-1 - d(J-1 ,
onde
8Sa) N , Po
av = v dl, = -=1dV (5.28)
d 3
Assim, sobre a trajetória reversível resulta que
e então
= 1
1
2
d (K + W) + pdV =
T
1 1
2
du + pdV =
T
1
2
1T'
liq (5.30)
Esta últinm fórmula mostra claramente como a entropia de Gibbs coincide com a
à efetivamente observável.
Como é bem sabido, os princípios variacionais tem status preferencial em vários ramos
antecipado.
pora requer o importante pa~so de obter uma densidade de probabilidade para poder
existe um algoritmo, baseado mm1a propriedade extrema!, que nos permite obter rap-
idamente qualquer mna das distribuições dos diferentes ensembles de Gibbs, uma vez
dadas as condições de vínculo macroscópicas a que o sistema físico está sujeito, i.e. a
critério para escolher a função de distribuição que corresponda <L melhor escolha com-
patlvel com a informação disponível. Para poder estabelecer tal critério começaremos
mais conhecidas.
Suponhamos agora que a função de distribuição p tem valores discretos dados pelo
N N
experimento que seja pode ser predito com certeza, e não se tem assim indeterminação
:206
nenhuma na informação. Por outro lado, 8 assmne o seu máximo valor quando todos
de Lag,range; i.e. deve ser nula a var:iaç.âo arbitrária da função S +À "f:.)"col PJ . Assim,
o que implica que PJ = e''- 1 =constante, sendo À determinado pela condição L~:~ e"'- I =
N e"- 1 = 1, logo p J = 1/N . Que trata-se de um máximo pode ser provado da seguinte
nonnalizaç-ão
(5.:l4)
(5.35)
(5.36)
(5.3i)
o que prova que de todas as distribuições que descrevem lllll sistema isolado com valor
canônica é n-I (E, V, N) , i.e. a inversa do volllllle no espaço de fases ocupado pelos
pontos que correspondem aos estados do sistema compatíveis com os vmculos, i.e.
E, V, N constantes.
A verificação da condição extremai para todos os outros ensembles pode ser feita de
(e.g. energia, volume, mÍinero de partículas, momento linear, momento angular,. etc.,
sendo valores estatísticos médios das grandezas mecânicas P1 (r), P 2 (r),···, P, (r),
ou seJa
(5.39)
onde
(5AO)
20il
(5.41)
que proporciona
(5A2)
In Z (F1 , ···,F.).
canônico: P, = H; F, = íi = l/kuT ,
granel-canônico: P 1 = H ; P2 =N ; F1 = {J
isotermo-isobaro: P1 = H ; P2 =V ; F1 = {3 ; F2 = {3p
Este resultado nos levam a enunciar o seguinte princípio variacional:
aquela que m=mzza a Entropia Estat{stica sujeita aos vínculos impostos sobre o
Ent), que em princípio, deve ser considerado simplesmente como um algoritmo capaz
dentre muitos outros que possam vir a ser achados, mas, por enquanto, este algo-
ele eqlülíbrio na forma conhecida. Assim o Ma.xEnt proporciona uma premissa fun-
dmnental e de longo alcance, a qual, por causa da sua claridade conceitual, pode ser
inâmico estas razôcs tendem para zero ( como 1/ JN ) e apresenta a vantagem, no caso
de Gibbs.
j j
A quantidade Z (FJ, · · ·, Fs) = exp </>(F!,···, Fs) = J dr exp { Lj=l FjPj (r)} é
(5.44)
:210
{Fj}· Claramente por causa d<~."> equações de estado (5.45), a Entropia somente
j j
ma.c;;
dA·="
'~' ~
Ôcp dF; = - "Q
âF ~ ;
dF
; ' (5.47)
J j
e assim %J.
J
= O, e obtemos as equações de estado na forma
(5.49)
Consideremos agora mna. dependência. das grandezas Pj (r; a~,··· , an) com um
conjunto de parâmetros externos, cujos valores designados por Oót, · · • , Oón • Estes
ele tensões, etc.), ou ninda podemos considerM como tal o volume supondo pMedes
IllÔYeis.
(5.50)
(5.51)
=-L. "'I (
1 .
[)pj = - "
drp r)Fja
a1
' I
L...Fi\ôa
i
[)Pj)
1
. (5.52)
Finalmente a Eq.(5:50) resulta
onde
Definamos agora
(5.55)
obtemos
Assim, as variáveis bqj no processo, que - como indicado - não são diferenciais
sistema, cujo valor médio é a energia interna U(V) , e onde consideramos como
F1 • Então
dS = o- 1dq = o- 1 {dU- (dH)} , (5.57)
e no c...aso
dS = o- 1
(dU + pdV) , (5.59)
c multiplicando por tmm constante k 8 com dimensões de energia por grau Kclv;n
dU +PdV
las que formam o sistema, então com raciocínios similares recuperaríamos a Termod-
Parece algo realmente notável que a Mecânica Estatística, baseada somente numa
uma compreensão detalhada deste fato. Diversas tentativas vem sendo feitas ao longo
de várias avenidas.
211
Regularidade
FENOMEMOS I Nivel
EXPERIMENTALMENTE Fisico
Macroscopica REPRODUTIVEIS
---------,
MEDIDA
ESTATISTICA
I
·~
Por muito tempo admitiu-se que a Mecânica Estatística ''funciona bem" por causa
A teoria erg;ódica é importante per se, porém já temos mencionado suas dificuldades
estudados. Tem sido argumentado que a Ciência em geral é possível por causa que
existem na Natureza tun largo número de regularidades, ~que fazem possível o estudo
215
.Ja~·nes. Em tal construção, primeiro, de acordo com Jaynes "we enunciate a rather
follows that all microscopic details that are not tmder the experimenter's control must
hc irrclevant for understm1ding and predicting it." A mais, "the difficulty of prediction
lrom microstates lies [· · ·] in our lack of the information needed to apply them. \Ve
never know the microstate; only a few aspects of thc macrostate. Nevertheless, the
the relcvant information is there, if only we can see how to recognize it anel use it."
usual enfoque frequêncista. É, como o nome indica, uma estatística que fornece
predições devendo ser com;truíck-. somente na base do acesso que o observador ten1
"How we best think about Natme and most efficiently predict her behavior, given
logic of scientific inference, which by-passes all the details by going directly from om
macroscopie infonnation to the best macroseopie predictions that can be made from
method of reasoning that aceomplishes this by finding, not the particular that the
equations of motion say in any particular case, but the general thing."'l that they say, in
"'almost ali" cases consistent ,,;th our information, for those that are the reproducible
thing-s."
se energia, vohune, número de partículas, ete., iguais aos valores médios dados no
da Eq.(5.39).
emTespondentcs aos valores macroscópicos definidos pelos valores médios das quanti-
i) No ensemble canônico,
= k8 In J
df e-!3H(r) + (-J (H) ~
217
Lf
00
~ k In {e-I"((H)+p(V)) 1 (H)'SH(r)S(H)+t>.E
df(v)} + f3 [(H)+ p (V)j =
l\la'i:Ent.
Tr{p} = 1 ,
(5.63)
(5.64)
onde
2Hl
(5.66)
(5.67)
total, Hão fi.S equaçÕ<~ de <}';Lado que ligarn as varié\vcis extensiva-, (J eorn as intenHiva.-;;
F. EHtas últimas são, eorno vimos, os coeficientes difereneiais da entropia
éJFj -- - (P·)
.22.. J -
- Q.J
(5.69)
&S F
&Qj = j
(5.70)
urna outra forma de escrever (5.69) através do uso da Eq.(5.66), e por outro lado,
(5. 72)
açoes,
fP
C;J = DFIJF ln Z (Ft, ··.,F,) . (5.73)
• J
(5.74)
(5.75)
221
c<:-tJ =
t)
(5. 7())
já que
ou seja, a matriz inversa de correlação tem elementos dados pela segunda varia<.;âo
da entropia com relaç.ão as vru·iáveis ele base [ Na derivação utilizamos a.<> Eqs. (fi.()!))].
2 8(H)
av= ( H,H)=-~=kaT
2 8U) k T2C
ôT v= B v,
8(H) 8U 2
(H, V)=- ((3p) = -kaT P )r= k 8 T V a ,
8 8
-~8U
2 2
(H V)= = kT 8U) = kT C
' p 8(3 p ôT p p p
[Todos estes resultados podem ser verificados com o uso da tabela no fim do
capítulo UI].
REFERENCES
E. T. Jaynes, em E. T. Jaynes' Paper-s on Probability, Statistics, and Statistical
Ph~·sics.R.D. Rosemkrantz, editor (Reidel, Dordrecht: Holland, 1983).
B. Robertson, Phys. Rev. 144, 151, (1966); em The Maximmn Entropy For-
malism, R.D. Levine and M. TribiL~, Editors, (NIIT Press, Cambridge , MA,
1978).
ABRIEF
SOUND HEA1' ELECTRICITY l1AGNETISM LIGHT
Tl..lu
a•• .~~c
Diz-se que em tempos recentes a história da ciência tem sido uma história de sucessos.
um notável fluxo de invenções técnicas que levaram a enormes melhoras no nível de vida
Vejamos um muito reduzido esquema de descrição dessa história no caso da Física. Es-
tará, evidentemente, centrado na criação da ciência feita pela civilização européia, já que é
XVII. Foi neste século que ocorreu uma radical reformulação dos objetivos, métodos e funções
entender-se que se tratou de uma revolução em relação à ciência, e não dentro dela como
Considera-se que os "primeiros profetas" desta revolução científica do século XVII foram
1
Francis Bacon (1561 - 1626) na Inglaterra, Galileo Galilei (1564 - 1642) na Itália e Rene
três compartilharam idéias, mais ou menos similares, sobre a natureza e o seu estudo. A
Natureza foi vista por eles diferentemente da visão que os precedia, como sendo desprovida
· de "propriedades espirituais ou humanas", i.e., seu estudo não deve se basear em iluminação
solúvel ligação do que hoje chamamos, com uma certa liberdade de expressão, como Física
Claro, esta revolução teve uma história prévia, e também precursores, porém ignorados
mente, localizado entre os filósofos das cidades-estado gregas, nas costas e nas ilhas do
Mediterrâneo oriental, no fim do século sexto A.C. e no início do século quinto A.C.. O
grande nome em ciência é o de Aristóteles ("' 384 - 322 A.C.), podendo também serem
mencionados, dentre outros, Tales (especial atuação em"' 580 A.C.), Empédocles("' 490-
430 A.C.), Pitágoras ("' 580- 500 A.C.), Zeno ("' 495- 430 A.C.), Parmênides ("' 515- ?
A.C.), Platão("' 428- 348 A.C.), e na Era Helenística("' 323- 30 A.C.), Euclides (especial
atuação em"' 300 A.C.), Arquimedes ("' 287 - 212 A.C.), Apolônio ("' 262 - 190 A.C.),
2
Perto do fim do período pré-cristão, o Império Romano ganhou dominância sobre todo
adas. Porém, possivelmente pela sua estrutura social, não deixou lugar para a apreciação
da filosofia e das ciências. Só podem ser mencionados dois nomes de relevância, aparecidos
justamente durante o governo do imperador-filósofo Marco Aurélio, que são Galeno ( ~ 129
entramos na chamada Idade das Trevas. O completo colapso político, econômico e social
não deixou lugar para nenhum desenvolvimento científico. Ao mesmo tempo, o Império
Romano do Oriente (Bizantino), embora organizado e rico, também não produziu ciência
digna de nota. Nessa época, como apontado por Kenneth Clark em seu livro Civilização,
a civilização - ou o que havia dela para partir para posterior desenvolvimento - esteve
por um triz de desaparecer. Deve ser mencionado que foi mantida escassamente viva pela
infraestrutura provista pela igreja cristã, especialmente nos mosteiros. Melhoras na educação,
embora pequenas, acompanham o império de Carlos Magno (742 - 814). O Papa Silvestre
li, previamente ao papado como bispo Egberto deAurill ac (945- 1003), sendo matemático,
Na Idade Média acontece a chamada Renascença do século XII, em parte sob influência
3
da civilização muçulmana e como resultado do início de desenvolvimento dos centros urbanos,
burgos, i.e., cidades) letrados. Porém o desenvolvimento da filosofia escolástica não permite
estudados em conexão com problemas relativos à religião, seja para elucidação de textos
Bacon (1214- 1294), um de um conjunto de filósofos franciscanos como João Scot, Guilherme
de Ockham, etc., que se destacaram nos séculos XIII e XIV. Nessas épocas difíceis, Bacon
- suspeito de heresia e magia - teve o apoio do legado papal na Inglaterra, que o instou a
escrever suas obras. Deu regras práticas 1 para o melhor desenvolvimento do conhecimento,
elogia a matemática como a única (fora da revelação divina!) fonte de certeza, absolutamente
necessária para astronomia e astrologia(!), e insiste no valor do experimento como uma fonte
de conhecimento.
Outros nomes de precursores podem ser o de Roberto Grosseteste (1168 - 1253), bispo
fraca e inepta; 2. Hábitos antigos; 3. Opinião popular sem instrução; 4. Encobrimento da ignorância com
4
científico e o revelado. Ockham é hoje mais conhecido pelo princípio filosófico de econo-
mia, a chamada "navalha de Ockham" (que alguns autores dizem não ser sua): "entia non
sunt multiplicanda prtt~ter necessitatem" (os entes (hipóteses) não devem ser multiplicados
desnecessariamente).
Finalmente, outros nomes de relevância em ciência, nesta Baixa Idade Média, são os
de Jean Buridam (~ 1295 - 1358), um clérigo secular, duas vezes reitor da universidade
em física e introduziu o conceito de "impetu", e teve uma idéia vaga sobre o conceito de
inércia. Influenciou Nicole de Oresme (~ 1320 - 1382), clérigo também e mais tarde bispo de
Aplicou o conceito de centro de gravidade, e pensava que a Terra alterava ligeiramente sua
posição no espaço quando a erosão de sua superfície modificava-lhe a posição de seu centro
de gravidade, o qual devia ficar no centro do universo. Falou também sobre a possibilidade
de outros mundos habitados no espaço, idéia que tinha as maiores implicações religiosas.
Coisas como essas dão uma medida de quanto nessa época ciência e religião tornavam-se
distintas, embora fosse obrigatório para Oresme e outros, ao expressarem idéias radicais ou
não-ortodoxas em nome da ciência, tornar claro que se tratava de especulações, não descrições
da realidade.
I
Em Oxford, na década de 1330, descobriu~se um método para medir a aceleração uniforme
6
ciência física básica (a luz, pensava, foi a primeira forma de matéria a ser criada, como se
e refração de raios lumínosos, bem como a formação do arco-íris. Este último tópico foi
Alberto Magno ("' 1200- 1280). Ele desempenhou importante papel na introdução da ciência
grega e árabe nas universidades da Europa ocidental, o que fez não sem grande oposição.
dava ênfase à importância do conhecimento baseado na observação; a ciência, ele dizia, não
consiste meramente em acreditar no que alguém diz, mas questionar a natureza das coisas.
O franciscano João Duns Scot ("' 1266 - 1308) assevera que se deve distinguir a ex-
Ockham ("' 1288 - 1348), iniciou a doutrina filosófica do nominalismo que deveria domi-
nar o pensamento nas universidades do norte da Europa durante os séculos XIV e XV. Era
uma complicada doutrina a respeito de "universais" (o que hoje chamamos conceitos). Teve
o lugar e o tempo. Elaborou, como Duns Scot, sobre a distinção entre o conhecimento
5
pela velocidade média - na forma do método depois usado por Galileo - mas Oresme não o
empregou. Não obstante sugeriu que a velocidade de descida dos corpos na Terra dependia
do tempo de duração na queda, e não da distância que ele tivesse percorrido, antecipando
Vemos então que o movimento científico na época medieval tardia (Baixa Idade Média)
concentrou-se em boa parte na Física, pois esse era um assunto no qual era possível exercer a
Foi, como dito, um trabalho a ter continuidade nos séculos seguintes, na época que veio a
se chamar de Renascença, e que deu lugar à Revolução Científica. É nas ciências físicas que
7
JORNAL DA APGF
Uma. publicação da. Associação dos PeSe-Graduandos de Flsica. da. UNICAMP
ano 11, número 7
Campinas, Julho de 1993
do humanismo entre as camadas eruditas, havia pouco interesse em ciência. Devemos, não
obstante, notar o genial Leonardo da Vinci (1452- 1519), com sua extraordinária curiosidade
e incrível capacidade intelectual. Interessou-se por diversas ciências. Escreveu muitas páginas
a "fazer vidros para ver a Lua grande", mas não há registro de que tivesse inventado o
telescópio. Escreveu: "O Sol não se move ... a Terra não se encontra no centro do círculo do
Sol nem no cen\ro do universo". Argumentou que, "uma vez que toda substância pesada faz
pressão para baixo e não pode ser sustentada perpetuamente, toda a Terra devia tornar-se
então esférica". Deixou inúmeras notas para um tratado sobre águas (a engenharia hidráulica
era importante na época); antecipou o princípio de Pascal afirmando que a pressão exercida
1
sobre um fluido é por este transmitida. Filosofando expressou, sem elaborar, os princípios de
causa e efeito e os variacionais: "Ó maravilhosa Necessidade! Tu, com suprema razão, forças
todos os efeitos a serem o resultado direto de suas causas e, por uma suprema e irrevogável
lei, todas as ações naturais te obedecem pelo processo mais curto possível".
Leonardo foi um homem múltiplo, com um espírito poliforme fascinante a nível de ser
nascença contribuiu à. emergência da Revolução Científica do século XVII: por um lado pelo
difusão dos textos clássicos gregos e latinos em filosofia, incluindo ciência. O século XVI
foi importante pelas Grandes Viagens de espanhóis e portugueses, que estenderam a visão
móveis, devido a Joha,nnes Guteberg (~ 1390 - 1468). Muitos séculos antes a impressão
por tipos móveis originou-se na China, porém não prosperou por causa da complicação re-
particular avanço tecnológico introduzido por Gutenberg foi o uso de tipos metálicos. Com
o método de impressão facilitou-se enormemente a difusão de livros e com eles, das idéias.
2
Há ainda dois nomes a mencionar na história das ciências, mais precisamente na astro-
nomia, que apareceram pouco antes da revolução científica do século XVII. Um é Nicolaus
em 1543. Como sabido, foi o proponente do ponto de vista de que a Terra se move diaria-
mente ao redor de seu eixo e anualmente ao redor do Sol. Outro nome é Johannes Kepler
(1571 - 1630). Assistente de Tycho Brahe, herdou suas notáveis observações astronômicas e
deduziu as três leis do movimento planetário, de grande utilidade, mais tarde, para Newton ..
tantes, Bacon, Descartes e Galileo. Já dissemos na parte I que essa revolução levou a uma
radical reformulaçã.o dos objetivos, métodos e funções do conhecimento nas ciências naturais.
Uma. primeira conseqüência desse "despertar" da. ciência foi a criação de sociedades ci-
entíficas, resultado direto da nova concepção do conhecimento e dos métodos para sua rea-
lização. A primeira foi a Royal Society em Londres, seguida pela. francesa uns anos após, e
Na. metade do século XVII podemos mencionar os nomes de Boyle em química e Gilbert
em magnetismo, e para o fim do século surge o nome de lsaac Newton (1643 - 1727), um
científica.
3
A imagem de Newton dominou a ciência do século XVIII, em conjunção com os princípios
filosóficos do iluminismo. Na segunda metade (mais para o fim) deste século surgem fatos
históricos muito importantes que iriam, de uma forma ou outra, influenciar as ciências.
O trabalho científico começa a ser mais organizado e teorias coerentes e efetivas começam a
emergir.
O estilo dominante neste fim de século XVIII e início de século XIX foi matemático.
Lagrange (1736 - 1813), Laplace (1743 - 1827) e Legendre (1752 - 1833) desenvolvem a
Mecânica Racional ou Analítica, que virá a ter ulterior desenvolvimento com Hamilton (1805
\
- 1865).
4
JORNAL DA APGF
Uma publicação da Aasociação dos Pós-Graduandos de Flsica da UNICAMP
ano li, número 8
Campinas, Agosto de 1993
seqüências das três grandes revoluções do fim do século XVIII: a americana, a francesa, em
especial, e a industrial. Começa a se desenvolver, com seus problemas associados, uma soei-
edade urbana moderna em nação após nação. Aumenta a fase industrial, surgem elaboradas
burocracias estatais, regulação do comércio e, aos poucos, aumento de participação das mas-
sas (classe média e proletariado) na vida política e social. Num acompanhamento disto as
disciplinas científicas vão tendo um progresso crescente, adquirindo coerência e criando ins-
tituições para seu desenvolvimento. Este século foi uma espécie de idade de ouro da ciência,
com encontros internacionais sendo cada vez mais comuns para o fim do século. Tudo isto
teve reflexo no Novo Continente, porém nele praticamete restrito aos Estada Unidos. Pode-se
1
dizer que se estabelece a pesquisa socialmente integrada, em lugar de esforços individuais
Com o advento do século XIX temos, como já. mencionado na parte 11, o importantíssimo
trabalho de Hamilton em Mecâni!db mas também nessa primeira metade, e como con-
a Termodinâmicª' com Sadi Carnot (1822 - 1888), Joule (1818 - 1889), Kelvin (1824 - 1907)
e Clausius (1822- 1888), este último podendo ser considerado seu fundador formal.
estendida pelo gênio de Ludwig Boltzmann (1844 - 1906), e com contribuições importantes
à. teoria cinética dos gases por James Clerk Maxwell (1831 - 1879).
Foi precisamente também Maxwell quem estabeleceu a teoria eletromagnética, com base
nos trabalhos prévios (experimentais e leis empíricas) de Oersted (1777 - 1851), Faraday
A teoria cinética dos gases, como mencionado, associada aos nomes de Maxwell e Boltz-
mann, tem sua culminação na Mecânica Estatística. Lembremos que seu objetivo - em
termos genéricos- é ter uma interpretação a nível atômico ou molecular (microscópico) das
2
leis probabilísticas são tão aceitáveis na predição do comportamento da Natureza como as
é Josiah Willard Gibbs (1839 - 1903), sendo estendida por diversos nomes como Ehrenfest
(1880 - 1933), Einstein (1879 - 1955), Fowler (1889 - 1944), Tolman (1881 - 1948), etc..
Entramos assim no século XX, que testemunha uma enorme extensão na Física. Neste
século a pesquisa se concentra nas mãos de indivíduos altamente treinados, empregados para
tal fim por instituições especializadas. O ensino passa a ter programas especializados, e surge
o ensino pós-graduado para as minorias que haverão de dedicar-se à pesquisa. Com custos
cada vez maiores, a pesquisa passa a depender de fundos estatais, agências de financiamento,
públicas e privadas.
Diz-se q,ue a ciência neste século é profissional em sua organização social, reducionista
Do fim do século XIX e início do XX se tem, por um lado a Mecânica Estatística acima
teoria da relatividade restrita por Einstein em 1905, com todas suas conseqüências sobre
3
a Mecânica, em particular a teoria de relatividade geral associada.à teoria de gravitação e
cosmologia.
A outra notável teoria do nosso tempo, a Mecânica Quântica nasce, como sabemos, de
Plank (1858- 1947) no estudo da radiação do corpo negro, e Einstein no efeito fotoelétrico.
Segue a descrição do átomo de Rutherford por Niels Bohr (1885 - 1962), estendida por
Sommerfeld (1868 - 1951). Fundada em 1920, a famosa Escola de Copenhagen por Bohr
reunem nela. Finalmente, Werner Heisenberg (1901- 1976) desenvolve a Mecânica Matricial
e estabelece o famoso princípio de incerteza. Por outro lado em Viena, Erwin Schrõdinger
(1887 - 1961) cria a Mecânica Ondulatória. Pouco depois é mostrada a equivalência das
duas e com elas o surgimento da Mecânica Quântica. Como diz o título do livro de George
Gamow, foram "lrinta Anos que Chacoalharam a Ffsica", i.e., 1900- 1930.
Schrieffer. Através dos anos se desenvolvem aceleradores de partículas mais e mais poderosos,
4
como no CERN em Genebra e o Fernú Lab em Chicago, o acelerador linear de Stanford, e o
possível desenvolvimento para o fim deste século do SSC (Superconductor Super Collider),
Onsager (1903 - ) ao redor de 1930, na segunda metade deste século. Podemos mencionar as
contribuições de Ryogo Kubo, Ilya Prigogine, Melvin Green, John Kirkwood, Hazime Mori
e outros.
rimentais. Lembramos que o primeiro computador eletrônico de grande porte foi o Mark I,
concebido em 1942.
cujas fronteiras estariam em três grandes áreas: 1) O muito pequeno; 2) O muito grande;
3) o muito complexo. O primeiro item se refere à pesquisa da matéria em escalas cada vez
mundo físico. Estamos falando da física das partículas elementares, e as tentativas na direção
a intrigante questão da origem do universo (o "Big Bang") onde se faz contato com a física
5
de partículas, relatividade, quântica, e as teorias unificadas. Finalmente temos a fronteira
de estudo dos sistemas de comportamento complexo. Complexidade num sistema não deve
ser confundida com o sistema ser simplesmente complicado. Complicação refere-se à possível
caso ao campo emergente da física citado acima (item 3). A mesma razão da sua novidade
faz com que sua definição não esteja univocamente estabelecida; numa caracterização verbal
surpreendente, dando lugar a uma estrutura emergente de caráter inesperado. Pode-se dizer
idéia de que um sistema pode ser ao mesmo tempo determinista porém imprevisível é ainda
condições iniciais. Vale a pena mencionar que a origem deste assunto se remonta a trabalhos
de Henri Poincaré (1854 · 1912) no fim do século XIX. O outro caso é o de sistemas abertos
levados para longe do equilíbrio por fontes externas intensas, quando é possível a emergência
6
de padrões ordenados numa escala macroscópica. Pertencem à área da Termodiâmica dos
se dizer que é um dos milagres da Natureza que a reunião de muitas partículas submetidas
atividade cooperativa. Nesse sentido tem sido manifestado que "A aparição espontânea de
estruturas auto-organizadas é um fenômeno que tem mudado nossa visão das ciências físicas
e sua relação com a biosfera. A matéria mostra versatilidade e habilidade para organizar-
se internamente. Tais achados têm encurtado consideravelmente o fosso que existia entre
matéria e vida. Temos nas mãos elementos suficientes para esperar que num dia distante
possa se mostrar que a matéria pode adquirir vida através da ação das leis ordinárias da
mente em ação na nossa vida diária, e em todas as disciplinas que lidam com sistemas
etc.. Porém o interesse renovado que tem surgido nos cientistas é de um caráter mais básico,
i. e. na direção de olhar por princípios fundamentais que estejam por trás dos fenômenos
não-lineares. Tem sido manifestado que "O que estava perdido até aproximadamente há. uma
década [esta frase de Rolf Landauer é de 1986) não era a sensibilidade aos fenômenos não-
7
lineares, porém somente a apreciação da notável diversidade de comportamento disponível
Tem sido manifestado que a colaboração de métodos específicos para a pesquisa de sis-
temas é uma tendência geral do conhecimento científico neste fim do século XX, mudando o
que realmente caracteriza nosso mundo (...] os físicos têm começado a compreender que os
sistemas complexos podem ter suas próprias leis, e que estas leis podem ser tão simples, tão
8
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Qualidades guerreiras,
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administrativas, políticas,
jurídicas, arquitetônicas, Invasões
Bárbaras
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teórico + indução - auxiliada de hipótese)
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A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
A REVOLUÇÃO AMERICANA
IV A REVOLUÇÃO FRANCESA
Desenvolvimento da
~ 1860 Desenvolvimento do ~ 1900 Mecânica ~ 1920 Mecânica
Mecânica Analítica
Eletromagnetismo Estatlstica Quântica
(Leis Probabilísticas )
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APÊNDICE li
have been the first to suggest that matter is composed of diminute particles - they are
~ 1632: Jean Ray develops a thermometer based on the expansion of liquids (open
colleague of Galileo].
in 1638.
~ 1640: Duke Ferdinand II of Tuscany develops an alcohol thennometer (of close
capillar).
~ 1640 : Bacon advances the idea that it is not temperature that is transmitted from hot
to cold bodies.
~ 1660 : Robert Hooke considers concepts that are close to what later on will be
kinetic theory.
Mathematica.
1727 : Leonard Euler iniciates kinetic theory: he propounds that air consista of
particles, develops a theory of humidity, and notes that pressure and temperature are
1738 : Daniel Bernouilli replicates Euler's results in an extended fonn, and suggests
the use of kinetic energy as a scale of temperature. Also, he forebodes the principie
of energy conservation including heat, with the latter being a manifestation of atomic
movement.
~ 1759 : Thomas Bayes writes the "chain rule" for probability theory (The paper was
establish a mathematical basis for probability inference, giving rise to what is now
1770 : Joseph Black reinforces the distinction between temperature and heat and
gives rise to the science of calorimetry, leading to the caloric theory.
~ 1770 : Ruggero Boscovich suggests the atoms as being not only simply diminute
1782 : Leonard Euler extends Bernouilli's ideas, attempting the first serious efforts to
1798 : Benjamin Thompson, Count Rumford, suggests the equivalence of heat and
work, reinforcing the idea that the former is a manifestation of the movement of
1808: John Dalton proposes on strong grounds the atomistic theory in his book A
theory in Physics.
1824 : Nicolas Leonard Sadi-Carnot perceives what will be the second law: any
thermal engine cannot be more efficient than a reversible one. He introduces the
molecular movement.
experiments that determine the mechanical equivalent of heat, and establishes the
1842 : Julius Robert von Mayer reinforces the relevance of the conservation of
p = (nv 2 ) /3, and noticing that temperature is proportional to some kind of average
of the square of the velocity. He hinted an equipartition law. This is the first viable
kinetic theory.
1844 : Mayer asserts that the heat introduced in a cycle exceds the work done.
1847 : Herlllann Ludwig Ferdinand von Helmholtz enunciates the equivalent of the
1848 : William Thompson, Lord Kelvin, introduces the thermometric scale that
1850 : Rudolf Julius Clausius makes explicit the first and second laws of
1851 : Joule rederives Waterston's work, but without mentioning average values, and
1853 : Kelvin expands and improves upon the work of Joule of 1851, as well as on
kinetic theory. Although he does not add any new idea, his prestige at the time lends
1857 : Clausius publishes work initiated around 1850 making more specific the ideas
that give ground to thermodynamics, and distinguishes the three different states of
matter in terms of its molecular properties. At this stage caloric theory is fadding
away, and kinetic theory acquires relevance, however it is not universally accepted.
1858 : Clausius introduces for the first time the explicit notion of probability in kinetic
theory, defining what needs be understood by average value. He defines the mean
free path, making clear the difference between it and the average intermolecular
spacing n -I/a. He perceives the necessity of some type of Stosszahlansatz, that is,
spectroscopy.
1860 : James Clerk Maxwell develops the modem vision of kinetic theory. He
derives the velocity distribution for point particles, and finds an expression for the
mean free path in terms of the temperature, the mass and the radius of the ''sphere of
Field.
1865 : Clausius defines, and names, the concept of entropy. He publishes his book
on the Theory of Heat pointing out to the probabilistic nature of the second law.
1865 : Joseph Loschmidt uses kinetic theory to estimate that the radius of the
1866 : Ludwig Boltzmann publishes his first article on statistical mechanics, and
states his objective to derive the first and and second law of Thermodynamics on
physico-mathematical kinetic theory. In the same year introduces the concept of the,
1867 : ~well, in the theory on viscosity, argues that in a viscous media the state of
strain would tend to disappear ata rate that depends on the state of stress and the
nature of the body. (This idea will be, in the second half of 20th century, carried
distribution, and also allowing for the cases of molecules and externa! fields.
1877 : Boltzmann emphasizes the probabilistic nature of the second law, in accord
with Maxwell, and introduces the method of the most probable values. He expresses
the idea of the famous relation S = k 8 !n W, but does not write it explicitly, what is
1878 : Josiah Willard Gibbs publishes his notable work On the Equilibrium of
Heterogeneous Systems.
1900 : Max Planck derives the distribution function that bears his name, to solve the
enigmatic question of the spectral distribution of the energy irradiated by the black
body, in a scheme that implies the introduction of the quantum of radiation energy,
Mechanics, defining and given the foundations for this emergent science.
volume in phase space in the classical case) compatible with the macroscopic state
of the system.
1908 : Jean-Baptiste Perrin verifies Einstein theory, and reinforces the atomistic
1911 : Paul and Tatiana Ehrenfest publish their influenciai article on the foundations
of Statistical Mechanics.
1913 : Niels Bohr presents the stationary planetary model of the atom.
(1923); Niels Bohr, Werner Heisenberg, Max Bom, Pascual Jordan and others in
the The Copenhagen School (from nearly 1920 on); Erwin Schroedinger (1926);
1922 : Otto Stern and Walter Gerlach perform an experiment on the deflection of
1925 : George Uhlenbeck and Samuel Goudsmit incorporate the idea of intrinsic
1926 : Satyendra Nath Bose and Albert Einstein develop the distribution that
1927 : Enrico Fermi and Paul M. Dirac develop the distribution that bears their
names.
1929 : Wolfgang Pauli publishes the first quantum mechanical version of the master
equation.
1930 : Johannes von Newmann and Paul M. Dirac introduce the density matrix in
Thermodynamics.
1931 : Harold Jeffreys collects in a book a series of previous papers on the question
of logic and scientific inference in science and knowledge in general. The points of
view there expressed are to give a framework for later developments in informational
1935 : J. Yvon gives a first systematic treatment of the reduced distribution functions,
1939 : Jeffreys publishes his book Theory of Probability, dealing with the question of
Irreversible Thermodynamics.
methods in statistical mechanics, and gives the most rigorous form of the BBGKY
hierarchy.
theory.
1951 : Herbert B. Callen and T.A. Welton derive the general form of
1954 : Leon van Hove introduces, in linear response theory, the relátion between the
1957 : Ryogo Kubo develops a complete theory of dynamical response and transport
phenomena.
Mechanics.
1962 : Bogoliubov states the principle of correlation weakening and the hierarchy of
1962 : de Groot and P. Mazur publish their, nowadays classical, book on linear
irreversible thermodynamics.
1963 : Prigogine introduces the idea of dynamics of correlations, rather than that of
1963 : Beginning of Chaos Theory, starting from the motivation of the articles by
E.N. Lorenz (The concept goes back to the studies of Henry Poincarê,(~1890-99)
equations.
mechanics on the basis of information theory: this appears as providing the initiation
phenomena.
structures (i.e. complex behavior in open systems far from equilibrium, that he
nonequilibrium conditions.
1971 : Kenneth Wilson gives a compact form to the theory of criticai phenomena in
1972 : Philip W. Anderson publishes what is considered one of the first "manifestos"
of Complexity.
1975 : Benoit Mandelbrot introduces fractal geometry, which has relevant role in the
1990 : Severa! authors are proceeding to extend Hobson's original pioneering work on
Thermodynamics, the one which has received some attention in the presente paper.
Bibliography to the Appendix I (the names cited in the chronology above are listed
in continuation in alphabetical order; those cited in the chronology and not listed below is
dueto the fact that we have not been able to trace the reference of the original work).
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Boltzmann, L. (1868) 'Studien über das Gleichgewicht der lebendigen Kraft zwischen
Boltzmann, L. (1871) 'Wãrmetheorie aus den Sãtzen über das Gleichgewicht der
Boltzmann, L. (1877b) 'Über die Beziehung zwischen dem zweiten Hauptsatzes der
Boltzrnann, L. (1895) 'On Certain Questions of the Theory of Gases', Nature 51, 413,
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J. Willard Gibbs (1839-1903)
Albert Elnstein
( 1879-1955)
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