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Apostila Desenho 1 Periodo Engenharia PDF
Apostila Desenho 1 Periodo Engenharia PDF
Introdução ao Desenho
Sistemas de Representação Gráfica
1o semestre de 2008
UFPE – Área 2 – Departamento de Expressão Gráfica – Introdução ao Desenho – João Duarte Costa – 1º sem. de 2008
Índice
Introdução.......................................................... pág. 1
Cavaleira............................................................. pág. 5
Isometria............................................................. pág. 12
Introdução
A disciplina “Introdução ao Desenho” tem como objetivo desenvolver a capacidade de visualização espacial e a habilidade de
expressão e de interpretação gráfica.
É recomendável trazer essa apostila para as aulas de desenho para acompanhar melhor as explicações quando o professor indicar
desenhos contidos nas suas páginas.
No site virtus.homeftp.org acesse a sala virtual “Introdução ao Desenho – Área 2” para obter mais informações sobre a disciplina.
Esta sala virtual contém a central de documentos e a biblioteca de links.
A central de documentos contém textos e softwares didáticos, o plano de ensino, etc.
A biblioteca de links indica outros sites com textos e softwares didáticos.
As peças contidas nas páginas 89 e 90 poderão ajudar na visualização espacial. É aconselhável montar e desenhar essas peças.
Para facilitar a montagem, essas peças estão desenhadas com a escala duplicada em um arquivo na central de documentos.
As questões das provas dos semestres anteriores, a partir do ano 2000, estão incluídas nos exercícios desta apostila.
Instrumentos de desenho
Enquanto a Área 2 não tiver cópias de softwares gráficos (MicroStation, AutoCAD, etc.) na quantidade suficiente para atender aos
alunos de todas as turmas dessa disciplina, serão utilizados, no ensino e na avaliação, os instrumentos relacionados abaixo.
Como é um material de uso restrito às disciplinas de desenho (o futuro engenheiro só usará computador), não é necessário adquirir
modelos sofisticados.
1 – Lápis - Embora possa ser usado lápis de madeira, recomenda-se o uso de lapiseira com grafite de espessura 0,5 mm ou menor,
para evitar o trabalho de afinar a ponta.
Os grafites são denominados, de acordo com sua dureza, de 6B, 5B,4B,3B,2B,B (moles), HB, F (médios), H,2H,
3H,....,9H (duros). Se usar apenas uma dureza, recomenda-se o grafite HB (ou número 2 para lápis de madeira).
6 – Papel - Liso, de preferência folhas soltas (papel ofício ou A4), para facilitar o uso dos esquadros.
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Um sistema de representação gráfica é uma forma de linguagem, que serve para comunicar idéias através da representação no
desenho plano de objetos tridimensionais.
Os sistemas de representação gráfica são classificados de acordo com o tipo de projeção e com a posição de um ortoedro (poliedro
com faces ortogonais) auxiliar que envolva o objeto em relação ao plano de projeção.
Nos desenhos abaixo, a mesma peça está desenhada em vários sistemas de representação gráfica:
Nesta disciplina serão estudados 3 sistemas de representação gráfica: Cavaleira, Isometria e Mongeano.
Na cavaleira, o objeto é projetado no plano do desenho (plano de projeção) através de um feixe de retas (projetantes) paralelas,
inclinadas em relação ao plano do desenho. Um ortoedro auxiliar que envolva o objeto é posicionado com uma de suas faces
paralela ao plano do desenho (fig. 1).
Na Isometria, o feixe de retas paralelas é ortogonal ao plano do desenho e o ortoedro envolvente é posicionado com suas faces
formando ângulos iguais com o plano do desenho (fig. 2).
Obs.: A Isometria é um caso particular do sistema Axonometria Ortogonal que, dependendo dos ângulos que as faces do ortoedro
formam com o plano de projeção, se classifica em: Isometria, Dimetria e Trimetria.
No sistema Mongeano (vistas ortogonais), o ortoedro envolvente é posicionado com uma de suas faces paralela ao plano do
desenho e a projeção é ortogonal ao plano de desenho. Nesse sistema são usadas várias projeções associadas entre si (fig.3).
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Quando o engenheiro não dispuser de material de desenho, seja computador ou esquadros, ele deve ser capaz de expressar suas
idéias a mão livre. Assim como a caligrafia, o desenho tem que ser legível.
1 – Em Cavaleira
Execute os procedimentos seguintes para desenhar a mão livre a peça mostrada na fig. 1 no sistema Cavaleira:
Começando pelo bloco inferior, desenhe a face que contém os vértices A, B e C (fig. 2) do seguinte modo:
Desenhe 2 segmentos perpendiculares AB e BC (fig. 3) procurando manter (sem medir) as mesmas proporções das arestas da peça
(AB = 2/5 BC).
Desenhe por A e C retas paralelas a AB e BC (fig. 4). Desenhe uma reta com qualquer direção a partir de A, C ou D (fig. 5).
Desenhe mais 2 retas paralelas pelos outros 2 pontos (fig. 6).
Marque em uma das 3 retas um ponto qualquer E e trace por esse ponto 2 retas paralelas aos lados do retângulo (fig. 7).
Para desenhar o bloco superior, marque o ponto médio (G) da reta AF e um ponto H na reta FE a 2/5 de FE a partir de F e trace por
G e H paralelas a AF e FE (fig. 8). Desenhe pelos pontos G, H e I retas verticais com tamanho AB (fig. 9).
Complete a peça com mais retas paralelas a AF e FE. Apague as arestas que não são visíveis (fig. 10).
2 – Em Isometria
Execute os procedimentos seguintes para desenhar a mão livre a mesma peça no sistema Isometria:
Começando pelo bloco inferior, desenhe uma reta horizontal, uma reta vertical e duas retas inclinadas de modo que o ângulo α seja
a metade do ângulo β ou 1/3 de 90o (fig. 11), procurando manter (fig. 12) as mesmas proporções das arestas da peça (BD = 5/2 AB
e BC =2 AB).
Desenhe por A,C e D retas paralelas às outras retas (fig.13) e complete o ortoedro com mais duas retas paralelas (fig. 14).
Para desenhar o bloco superior, proceda do mesmo modo que foi feito nas fig. 8, 9 e 10, observando que GI e HI são paralelas a
BD e BC (fig. 15).
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3 – No Mongeano
Execute os procedimentos seguintes para desenhar a mão livre a mesma peça no sistema Mongeano:
Começando pelo bloco inferior, desenhe 2 retas perpendiculares (BC = 5/2 AB). Por B e C trace linhas de chamada verticais
(linhas finas) para associar as vistas frontal e superior e desenhe a 3ª dimensão (BD = 2 AB) na vertical, deixando um espaço
qualquer entre as 2 vistas (fig.1).
Na fig. 2, complete as 2 vistas com retas paralelas, trace linhas de chamada horizontais e desenhe a dimensão BD na horizontal.
Complete a vista lateral com 2 retas paralelas.
Para desenhar o 1º bloco, determine os pontos G (na metade de BD) e H (2/5 de BC) e desenhe na vertical a mesma altura do
primeiro bloco (fig. 3). A fig. 4 mostra as 3 vistas da peça.
Para facilitar a visualização dessa peça nos 3 sistemas, monte os blocos 2 e 5 da pág. 89 e posicione esses blocos na mesma posição
da peça desenhada. Tente repetir os desenhos com as proporções das dimensões desses blocos.
Após montar os outros blocos, combine 2 ou 3 desses blocos, formando novas peças, e tente desenhar essas peças nos 3 sistemas.
Os esquadros podem ser posicionados de vários modos para o traçado de retas paralelas e perpendiculares.
Nos desenhos seguintes veja um exemplo de posição dos esquadros.
Na fig. 5 o desenho da régua representa o outro esquadro servindo de apoio em qualquer posição. O esquadro desenhado tem um
dos catetos alinhado com BC e o apoio está na sua hipotenusa.
Para desenhar a perpendicular AB à reta BC passando no ponto B (fig. 6), desloque o esquadro até que o cateto vertical passe no
ponto B e trace a reta vertical.
Para desenhar a reta paralela a BC passando no ponto A, desloque o esquadro até que o cateto horizontal passe no ponto A e trace a
reta horizontal (fig. 7).
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Cavaleira
As arestas paralelas ao plano de projeção, como AC e AD (fig, 1), se projetam em A’C’ e A’D’ com o mesmo tamanho e a mesma
direção. As arestas ortogonais ao plano de projeção, como AB, se projetam deformadas, como A’B’. A deformação depende da
direção das projetantes (AA’) no espaço.
A direção das projetantes no espaço pode ser determinada por 2 ângulos:
O primeiro ângulo ( ) é formado por uma horizontal A’C’ no plano de projeção e a interseção A’O do plano AOA’(ortogonal ao
plano de projeção e contendo AA’) com o desenho. O ângulo é chamado de direção da cavaleira.
O segundo ângulo ( ) está contido no plano AOA’ e é formado pela aresta AB e pela projetante AA’.
A tangente de é chamada de fator de conversão (K) e determina a relação entre o tamanho da projeção A’B’ e o tamanho real AB
da aresta ortogonal ao plano de projeção.
Alterando o valor de K, apenas as projeções das arestas ortogonais ao plano de projeção são alteradas na mesma proporção.
As projeções das arestas paralelas ao plano de projeção, como A’C’ e A’D’, permanecem com o tamanho real.
K = tg ( ) = A’O / AO = A’B’ / AB A’ B’ = K x AB
Para a projeção da peça ficar com um aspecto parecido com o aspecto da peça vista diretamente, recomenda-se um valor de K
variando de 0,5 a 1.
Para mostrar toda a face destacada na fig. 4 pela abertura da face de frente, devemos reduzir o valor do ângulo para olhar mais de
frente, portanto K deve ser reduzido (A’B’ = 0,4 AB).
Para mostrar toda a face destacada também podemos aumentar o valor de (fig. 5), olhando mais de cima, e conseqüentemente
destacando a face superior em relação à face lateral. Se abertura estiver na face lateral (fig. 6), devemos reduzir o ângulo .
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A solução mostrada na fig. 11, alterando apenas o valor de K, deforma muito a peça.
É melhor rotacionar primeiro o ortoedro, de preferência em torno de um eixo vertical, de modo que outra face do ortoedro fique
paralela ao plano de projeção. Na fig. 12, após desenhar em verdadeira grandeza a face em forma de J e chamando essa face de
face de frente, escolha a direção de modo a mostrar a face hachurada (veja a fig. 3). Tente desenhar todas as retas destacadas
na fig. 13 com apenas um deslocamento do esquadro.
Para mostrar toda a face hachurada, determine o valor de K desses modos: meça o maior tamanho visível da aresta que parte do
ponto M (0,6 cm) e calcule o valor de K = 0,6/2 = 0,3 ou, por tentativa, determine o valor de K de modo que K x 2 = 0,6.
Marque 6 mm em uma das retas desenhadas na fig. 13 e tente desenhar, com apenas um deslocamento do esquadro, todas as
retas destacadas na fig. 14. A fig. 15 mostra as arestas visíveis da peça.
Na fig. 16 o valor de foi modificado para mostrar a face hachurada pela abertura superior. Nesse caso, para qualquer valor de
K a face hachurada ficará visível.
Obs.: O aspecto da projeção será o mesmo se começar a desenhar a partir da face posterior.
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Se não conseguir imaginar a peça, tente decompor a peça em 2 blocos (um ortoedro e um prisma de base triangular) e determinar a
posição relativa dos blocos (fig. 2).
Desenhe o ortoedro, dividindo todas as arestas perpendiculares ao plano de projeção na fig. 2 por 0,5 (K= 0,5) para a obtenção de
seus tamanhos reais (K=1) na fig. 3.
Determine o ponto A por suas coordenadas. Determine as arestas AB, BC e AD. A aresta inclinada AC é obtida ligando seus
extremos (fig. 4). A face que falta pode ser desenhada traçando paralelas às duas arestas que já foram desenhadas. Apague a aresta
que não é visível (fig. 5).
Exemplo 3 Desenhe a peça da fig. 1 em cavaleira com K = 1 mostrando sua face esquerda.
Desenhe o bloco inferior da peça, escolhendo a direção de modo a mostrar a face esquerda. Localize o ponto A por suas
coordenadas e desenhe as arestas destacadas na fig. 6. Para desenhar a aresta inclinada AC localize seu extremo C desenhando a
aresta BC (fig. 7). Complete a peça traçando mais duas paralelas e apagando a aresta que não é visível (fig. 8).
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Quando o cilindro estiver posicionado com o eixo perpendicular ao plano de projeção, trace o seu eixo AB com qualquer direção e
com tamanho multiplicado por K. Com centro em A desenhe a circunferência com o raio da base e com centro em B um arco de
mesmo raio (fig. 1).
Desenhe as geratrizes de contorno paralelas ao eixo (fig. 2) e apague o trecho do arco que não é visível (fig. 3).
Para desenhar um tronco de cone, proceda do mesmo modo, aumentando o raio da base de centro B e traçando as geratrizes de
contorno tangenciando as duas circunferências (fig. 4). A determinação do vértice V do cone facilita o traçado das tangentes,
Se o eixo do cilindro for paralelo ao plano de projeção, desenhe as tangentes (multiplique por K as projeções de uma das
dimensões dos quadrados que envolvem as circunferências), marque os pontos médios das tangentes e trace por esses pontos arcos
de elipse tangenciando as projeções dos lados dos quadrados (fig. 5). Complete as elipses. Não precisa desenhar a parte da curva
que não é visível (fig. 6). Desenhe 2 geratrizes de contorno paralelas ao eixo do cilindro e tangenciando as elipses (fig. 7).
A fig. 8 mostra as linhas visíveis da peça. Nos exercícios escolares destaque essas linhas sem apagar as linhas auxiliares para
facilitar a correção.
Na Cavaleira, como não é possível determinar os eixos de simetria da elipse, seu desenho é de difícil execução, mesmo com o
auxílio do computador (na isometria é fácil). Existem vários processos para determinar pontos da elipse.
Exemplo 4 Determine um furo cilíndrico que atravesse a peça da fig. 4, com diâmetro igual a 3 cm e eixo vertical.
Após desenhar as tangentes das duas metades de elipse nas faces horizontais e , determine, usando o primeiro processo, 2
pontos da elipse nas diagonais na face , e, usando o segundo processo, 2 pontos da elipse na face , dividindo os segmentos em 2
partes iguais (fig. 5). Para traçar as tangentes da elipse na face inferior, faça uma translação do pontos A, B, C e D, baixando 3 cm
A e B e 1 cm C e D (fig. 6). Também pode fazer uma translação de pontos obtidos nas curvas. A fig. 7 mostra as arestas visíveis.
Se a peça puder ser vista com as faces e paralelas ao plano de projeção (fig. 8), desenhe o eixo do cilindro ABC e desenhe com
o compasso 3 arcos de circunferência com centros em A, B e C.
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Exemplo 5 Desenhe uma cavaleira com K = 0,8 mostrando as faces da peça que não aparecem na fig. 1.
Imagine a peça decomposta em 2 blocos envolvidos por ortoedros e escreva uma letra em cada vértice do bloco inferior (fig. 2).
Imagine o ortoedro inferior visto em uma direção ortogonal a uma de suas faces invisíveis, como a face ADHE (veja a seta na
fig.2). Desenhe essa face em verdadeira grandeza (fig. 3), dividindo AE por 0,7. Chamando essa face de face de frente, escolha a
direção de modo a mostrar as outras duas faces invisíveis HGFE (esquerda) e DCGH (inferior). Complete o ortoedro
(multiplique DC por 0,8) e escreva as mesmas letras nos seus vértices. Mesmo que ainda não tenha imaginado o aspecto da
projeção, destaque as arestas da peça pertencentes às arestas do ortoedro comparando as letras (pode usar proporção) (fig. 4) e
complete o bloco inferior . Repita esse processo para o bloco superior, determinando o vértice I por coordenadas (fig. 5). A elipse
contém o ponto J. Só desenhe sua parte visível (fig. 6).
Quando desenvolver a capacidade de visualização espacial e a habilidade de expressão e de interpretação gráfica (que é o objetivo
dessa disciplina), o aluno pode dispensar o ortoedro e as letras, determinando os vértices por coordenadas, a partir de um ponto M
qualquer (fig. 7). Também pode começar a cavaleira a partir de um plano de referência (fig. 8 e 9) ou a partir de 3 eixos ortogonais
de referência (fig. 10).
O valor de K deve sempre ser indicado no desenho para permitir a medida da espessura real, a não ser que a cavaleira seja cotada
(tamanhos reais das arestas indicados no desenho).
Os processos citados acima podem ser usados no desenho a mão livre, no desenho com esquadros, ou usando os comandos
bidimensionais de um software gráfico.
Quando o aluno estiver apto a usar os comandos tridimensionais de um software gráfico, a peça será determinada combinando
formas tridimensionais predeterminadas e desenhada em outros sistemas de representação.
Observe que apenas uma projeção (em qualquer sistema de representação) não determina a peça, mesmo que estejam indicados no
desenho os eixos de referência ou a direção . O desenho da fig. 11 pode representar várias peças.
Com uma segunda projeção (em ou em , por exemplo) a peça fica determinada.
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Exemplo 6 Junte alguns dos blocos das pág. 89 e 90 para compor peças e desenhe essas peças em cavaleira.
Veja alguns exemplos abaixo. Os extremos das linhas inclinadas estão determinados por suas coordenadas.
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Isometria
Na isometria exata, todas as arestas da peça que possuem direção igual a uma das direções das arestas de um ortoedro envolvente
(AB, AC ou AD) têm a mesma inclinação em relação ao plano de projeção. Portanto as projeções ortogonais dessas arestas têm a
mesma deformação: A’B’= 0,816 x AB, A’C’= 0,816 x AC e A’D’= 0,816 x AD (fig.1).
Veja a demonstração na fig. 2: Os pontos E, F e G são as interseções dos prolongamentos das arestas AB, AC e AD com o plano de
projeção. Traçando por A e B perpendiculares a EG determina-se o segmento A’’ B’’ .
A’’B’’ = AB x cos(45o) = A’B’ x cos(30o) A’B’= cos(45o) / cos(30o) x AB = 0,816 x AB
Na isometria simplificada (fig. 3), as projeções das arestas não são reduzidas (A’B’= AB, A’C’= AC e A’D’= AD).
No desenho feito com o auxílio dos comandos bidimensionais de um software gráfico, as arestas podem ser desenhadas com o
tamanho real e quando terminar o desenho pode ser aplicado o comando para reduzir a escala.
Usando os comandos tridimensionais de um software gráfico, as arestas são determinadas com seus tamanhos reais e suas
projeções são reduzidas automaticamente.
Os desenhos feitos com esquadros nessa disciplina serão executados adotando a isometria simplificada.
Na isometria são sempre mostradas 3 faces do ortoedro envolvente, como nos exemplos mostrados nas figuras abaixo:
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Observe que, em algumas das posições, a coincidência das projeções das arestas dificulta a compreensão desenho. Se o desenho for
criado com comandos tridimensionais de um software gráfico, essa coincidência pode ser eliminada facilmente transformando a
isometria em trimetria ou em axonometria cônica.
Desenhe o bloco inferior, lembrando de dividir a espessura da cavaleira por 0,5 e determine o vértice A do outro bloco por suas
coordenadas (fig. 6). As arestas AB, AC e BD são paralelas às arestas do ortoedro. Para marcar uma aresta inclinada como AD,
primeiro determine seus extremos e depois ligue esses pontos (fig. 7). Complete a face inclinada com paralelas (fig. 8).
O ortoedro tem que mostrar a face inferior. O processo é simétrico ao mostrado na fig. 2, em relação a uma reta horizontal (fig. 9).
Imagine a peça girando 180o, de preferência em torno do eixo vertical (fig. 10). Para desenhar a peça, pode usar o processo das
letras descrito no exemplo 5 (pág. 10).
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Desenho da circunferência.
O desenho da projeção de uma circunferência (elipse) é de fácil execução no computador. Com os esquadros, a elipse pode ser
desenhada usando os mesmos processos descritos no estudo da Cavaleira. Desenhe as tangentes à elipse (projeção do quadrado que
envolve a circunferência) e trace arcos de elipse tangenciando os lados do quadrado nos seus pontos médios (fig. 1).
Na figura 2, na metade esquerda da elipse, foram determinados os seus pontos nas diagonais, de acordo com o processo descrito na
pág. 8. Na metade direita da elipse foram determinados 4 pontos usando o processo descrito na pág. 9.
Desenho da esfera.
A projeção da esfera na isometria exata é uma circunferência com o mesmo raio da esfera. Na isometria simplificada, que estamos
usando nessa apostila, deve-se dividir o raio da esfera por 0,816 para desenhar sua projeção. Na figura 2, foi desenhado um arco de
circunferência com centro C e raio 2/0,816 concordando com a elipse para obter a projeção de uma semi-esfera.
Na fig. 2, se fosse desenhada a falsa elipse, essa curva não iria concordar com a projeção da esfera.
Desenho do cilindro.
A falsa elipse na face oposta do cilindro pode ser traçada deslocando os centros e pontos de concordância da primeira curva na
direção e com o tamanho do eixo do cilindro e completando a peça com 2 tangentes paralelas ao eixo (fig. 5).
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Após desenhar as arestas retas (fig. 2), desenhe as tangentes aos arcos indicados na fig. 3.
Trace perpendiculares às tangentes pelos seus pontos médios para determinar os centros dos arcos.
Para desenhar o furo (fig. 4) trace suas tangentes e as perpendiculares às mesmas.
As demais curvas podem ser obtidas por translação dos centros e dos pontos de concordância dos arcos (fig. 5).
Imagine a peça decomposta em blocos (fig. 6) e determine a posição relativa dos mesmos. O ponto M parece estar posicionado na
frente de N, mas está 1cm abaixo e 1 cm à esquerda de N.
Comece a isometria desenhando o Bloco 1 (pode envolver cada bloco por um ortoedro). Comece o Bloco 2 pelo ponto A , que deve
coincidir com B, assim como o ponto C deve coincidir com D.
Na fig. 7 estão desenhadas a elipse (em linha pontilhada) e a falsa elipse (em linha contínua). Basta desenhar uma das duas curvas.
Também estão desenhadas em linha fina contínua todas as linhas auxiliares necessárias para o desenho da peça (não apague essas
linhas na prova).
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Trace tangentes à elipse paralelas aos lados da face inclinada para determinar AB e CD (fig. 2).
Determine na isometria as tangentes às curvas (fig. 3). No plano inclinado determine os pontos médios das tangentes e os pontos da
elipse nas diagonais, ou determine quantos pontos quiser usando o processo mostrado na página 9. Desenhe a projeção da
circunferência traçando a falsa elipse.
Exercícios resolvidos
10 - Imagine a peça 19 composta pelos blocos 2, 9 e 10 da pág. 89. Desenhe uma isometria dessa peça mostrando inteiramente
a face α.
11- Imagine uma peça 20 composta pelos blocos 1, 3 e 7, posicionando os blocos de modo que uma das faces quadradas do
bloco 3 coincida com a face quadrada do bloco 1 e o centro da outra face quadrada do bloco 3 coincida com o centro de
uma das bases do cilindro. Desenhe uma cavaleira dessa peça com K = 0,7 e posicionando a face do bloco 3 que contém o
número 3 paralela ao plano do desenho.
12 - A peça 21 encaixa na peça 22 (como a chave na fechadura). Desenhe outra isometria da peça 21 mostrando toda a face
inclinada. Desenhe a peça 22 em cavaleira mostrando toda a face inclinada.
13 - Desenhe uma cavaleira da peça 23 mostrando inteiramente a face hachurada. Imagine uma peça 24 que encaixe na peça 23
formando um cilindro e desenhe a peça imaginada em isometria mostrando inteiramente a face inclinada.
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14 - Imagine a peça que complementa a peça 25 formando um cubo e desenhe a peça imaginada em isometria mostrando
inteiramente a face inclinada.
15 – A peça 26 é formada pelos blocos 3, 4 e 6. Desenhe essa peça em cavaleira sem mostrar a aresta m.
16 - A peça 27 é formada pelos blocos 6, 8 e 10. Desenhe essa peça em isometria.
17 - Imagine a peça que complementa a peça 28 formando um cone e desenhe a peça imaginada em cavaleira com K = 0,7
mostrando inteiramente a face que tem a forma de um trapézio.
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Exercícios propostos
Sistema Mongeano
A primeira técnica de representação gráfica que pode ser considerada um sistema de representação gráfica foi estruturada por
Gaspar Monge, que utilizou a expressão Geometria Descritiva para designar o seu sistema. A definição que ele empregou para esta
expressão abrange todos os sistemas de representação gráfica atuais. Para evitar confusão, seu sistema é chamado de Mongeano,
Vistas Ortogonais ou Vistas Ortográficas.
Nesse sistema, o ortoedro envolvente é posicionado com uma de suas faces paralela ao plano do desenho e a projeção é ortogonal
ao plano do desenho (fig. 1). Esta primeira projeção é chamada de vista principal (fig. 2).
A peça também é projetada ortogonalmente em outros planos ortogonais ao plano do desenho. Quando os planos são paralelos às
faces do ortoedro envolvente, as projeções são chamadas de vistas secundárias. Na fig. 3, a peça foi projetada em um segundo
plano de projeção, que foi rebatido para coincidir com o plano do desenho. Observe na fig. 4 que as duas projeções de cada vértice
da peça estão associadas por retas, denominadas de linhas de chamada.
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A fig. 1 mostra a obtenção de outra vista secundária, sempre associada com a vista principal por meio de linhas de chamada (fig. 2)
A fig. 3 mostra a peça projetada nas 6 faces de um ortoedro que envolve a peça. Uma das vistas é a vista principal e as outras 5 são
vistas secundárias.
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Imagine as faces do ortoedro abrindo até serem rebatidas na face que contém a vista principal.
As vistas rebatidas ficam na posição abaixo. Se a vista principal for a frontal (F), as outras vistas são: direita (D), esquerda (E),
superior (S), inferior (I) e posterior (P).
Nessa disciplina, as arestas invisíveis serão sempre projetadas tracejadas nas vistas ortogonais.
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Peça no 3o diedro
Dois planos de projeção dividem o espaço em 4 diedros (fig. 1). Nas figuras das páginas 29, 30 e 31, a peça está posicionada no 1o
diedro, ou seja, antes dos planos de projeção, em relação ao observador. Esta é a posição da peça adotada na Europa.
Nos Estados Unidos, a peça é posicionada no 3o diedro, depois dos planos de projeção (fig. 2). Quando o segundo plano de
projeção é rebatido para coincidir com o primeiro, a segunda projeção fica situada acima da primeira (fig. 3). Observe que são as
mesmas vistas desenhadas na pág.29, com as posições invertidas.
Se projetarmos a peça nas 6 direções mostradas na pág. 31, teremos as vistas desenhadas abaixo na fig. 4.
As normas brasileiras permitem desenhos com a peça no 1o ou no 3o diedro, mas no mesmo desenho só pode haver uma das duas
posições. As peças dessa apostila estão no 1o diedro. As provas devem ser resolvidas posicionando as peças no 1o diedro.
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Para desenhar a peça da fig. 1 no sistema mongeano, meça todos os segmentos nas direções das arestas do ortoedro envolvente.
Escolha em que direções vai projetar a peça (geralmente ortogonais às faces da peça) e a direção da vista principal (vista 1 nas
fig. 2 e 7). Desenhe duas retas perpendiculares (fig. 2) e determine os tamanhos dos segmentos nas 2 dimensões da vista principal.
Deixe um espaço entre as vistas e marque apenas a 3a dimensão na 1a vista secundária. Para facilitar o traçado, essa 3a dimensão
pode ser transportada para a 2a vista secundária com o compasso ou com o esquadro de 45o . Pelos pontos determinados, desenhe
retas horizontais e verticais formando uma malha. Tente desenhar todas as retas com apenas um deslocamento do esquadro (fig. 3).
Imagine quais são as faces visíveis em cada direção (destacadas nas fig. 4, 5 e 6) e destaque essas faces na malha, nas vistas
correspondentes. Se denominar a vista principal de vista frontal, então as outras vistas das fig. 2 e 7 são as vistas direita e superior.
Nos exercícios escolares, desenhe em linha tracejada as arestas invisíveis e deixe bem finas e contínuas as retas auxiliares.
Na fig. 8 a vista principal é a vista direita. A vista superior rotacionou 90º em relação à mesma vista na fig. 7.
Na fig. 9 a vista principal é a vista superior. A vista direita rotacionou 90º em relação à mesma vista na fig. 7.
Junte os blocos montados 1 e 2 da pág. 89 na posição dessa peça e rotacione-os para entender melhor essas vistas.
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A quantidade de vistas necessárias para determinar uma peça depende da escolha das vistas.
Uma única vista (fig. 1) pode representar várias peças (fig. 2 a 6, por exemplo).
Duas vistas (fig. 7) podem representar várias peças (fig. 8 a 10), dependendo da escolha dessas vistas.
Com as 2 vistas da fig. 11, a peça da fig. 8 fica determinada.
Geralmente são desenhadas 3 vistas da peça para tornar o desenho mais legível.
Quando 2 vistas forem iguais, a peça (fig. 12) pode ser representada por 2 vistas (fig. 13).
Nas provas dessa disciplina, quando forem pedidas 3 vistas de uma peça, projete a peça em 3 planos ortogonais entre si (vistas de
frente, superior e lateral, por exemplo). Se 2 planos de projeção forem paralelos (fig. 14), a peça pode ficar indeterminada (fig. 15).
Se não souber escolher as vistas, pode ser que mesmo com 3 vistas (fig. 16) a peça fique indeterminada (fig. 17 e 18).
As 3 vistas da fig. 19 determinam a peça da fig. 18.
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Exercícios resolvidos
1) Imagine várias peças que tenham as 2 vistas da fig. 47 e desenhe, para cada peça, 2 vistas, escolhendo essas vistas de modo que
cada peça fique determinada apenas com as 2 vistas escolhidas.
2) Imagine várias peças que tenham a vista da fig. 48 e desenhe para cada uma mais 2 vistas e uma perspectiva.
3) Imagine que a fig. 49 é a projeção de uma peça recortada de um prisma e desenhe mais 2 vistas e uma perspectiva.
Repita esse exercício imaginando a peça recortada de uma pirâmide e a peça recortada de um cone (blocos 11 e 12 da pág.90).
4) Imagine várias peças com a isometria da fig. 50 e desenhe 2 vistas de cada uma.
5) Desenhe mais 1 vista da peça 51.
6) Acrescente nas vistas da peça 52 as projeções de um cilindro com altura de 1,5 cm e base com diâmetro de 1,5 cm, com uma
base contida na face inclinada (eixo ortogonal à face inclinada).
7) Desenhe 3 vistas ortogonais da peça 53.
8) Desenhe uma vista lateral e uma isometria da peça 54.
9) Imagine a face da fig. 55 girando em torno da reta indicada 270o . Desenhe as vistas frontal e superior e uma perspectiva da
peça gerada por essa rotação.
10) Monte diversas peças com os blocos das pág. 89 e 90 e desenhe para cada peça as vistas necessárias para sua determinação.
Aproveite as peças montadas no exemplo 6 da pág. 11.
11) Desenhe as vistas necessárias para determinar as 18 peças desenhadas nas páginas 27 e 28.
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12) Para cada peça abaixo, desenhe mais uma vista secundária e uma perspectiva (cavaleira ou isometria).
22) Dadas as vistas frontal e superior, desenhe a vista direita e uma isometria da peça 72 e acrescente nas 3 vistas e na
isometria a projeção de um com aresta medindo 1 cm e com uma face contida na face da peça.
23) Dada a peça 73 em isometria, desenhe 3 vistas ortogonais.
24) Desenhe 3 vistas ortogonais da peça 74.
25) Desenhe a peça 75 em isometria, mostrando toda a face α.
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46) Imagine uma peça composta pelos 3 blocos dados por suas perspectivas e que tenha a vista frontal dada (peça 96).
Desenhe as vistas esquerda e superior e uma isometria.
47) Imagine a peça 97 dada por suas vistas decomposta em 2 blocos.
Desenhe uma cavaleira do bloco da direita mostrando toda a aresta MN e uma isometria do bloco da esquerda .
48) Desenhe a peça 98 em isometria mostrando toda a face α .
49) Desenhe uma isometria da peça 99.
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56 – Desenhe uma isometria das peças 108 e 109. Desenhe a vista direita da peça 109.
57 – Desenhe mais 2 vistas ortogonais da peça 110.
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Figuras da pág. 11
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Figuras da pág. 36
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Exercícios propostos
Desenhe uma perspectiva das peças de 111 a 124. Desenhe 3 vistas ortogonais da peça 125.
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Vista auxiliar
Quando o plano de projeção for inclinado em relação às faces do ortoedro envolvente, a projeção é chamada de vista auxiliar.
Uma face inclinada pode ser projetada em verdadeira grandeza em um plano (fig. 1) paralelo a essa face. O plano é ortogonal
ao plano , no qual a projeção da face inclinada é uma reta.
No sistema mongeano, os planos de projeção são ortogonais entre si. Então o plano , que contém a vista 2 (fig. 2), é o plano sobre
o qual o plano será rebatido. As linhas de chamada que associam as vistas 2 e 4 são perpendiculares à reta que é a projeção da
face inclinada na vista 2.
Na vista 4 são determinados os tamanhos dos segmentos ortogonais ao plano (a dimensão que não aparece na vista 2) a partir de
um referencial qualquer, marcado em uma das vistas vizinhas à vista da qual se partiu para a obtenção da vista auxiliar (nesse
exemplo a vista 1 que é vizinha da vista 2). Se o objetivo for mostrar apenas a face inclinada, então o referencial pode ser o início
da face (reta m na fig. 2).
Para determinar a verdadeira grandeza (A4B4C4) da face ABC da peça 101, projete essa face na direção de sua reta horizontal
(A2B2).determinando uma vista auxiliar na qual a face se projete como uma reta (A3B3C3),
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A vista auxiliar pode simplificar a execução do desenho e a visualização da peça. A peça da fig. 1 está determinada na fig. 2 ou 3.
Na vista auxiliar (fig. 2) foram desenhados 2 arcos de circunferência, ao invés dos 8 arcos de elipse desenhados na fig. 3.
Vista parcial
As vistas secundárias e auxiliares podem ser parciais (fig. 5), mostrando apenas uma face ou uma parte da peça, tornando o
desenho mais legível. As fig. 5 ou 6 determinam a peça da fig. 4.
Na fig. 6 não é possível determinar a forma do triângulo. Na fig. 5, a vista auxiliar completa mostraria 3 elipses.
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Exercícios resolvidos
1 - Para cada peça abaixo, desenhe uma vista auxiliar mostrando apenas a face α.
2 - Desenhe uma vista auxiliar mostrando apenas a face β da peça 80.
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5 - Desenhe a vista ortogonal principal da peça 131 mostrando a verdadeira grandeza da face α. Desenhe uma vista auxiliar
parcial mostrando a verdadeira grandeza da face β. Desenhe outra vista parcial mostrando os detalhes que faltaram para a
determinação da peça.
6 - Desenhe duas vistas auxiliares da peça 132 mostrando apenas as faces α e β em verdadeira grandeza.
7 –Desenhe uma isometria da peça 133 mostrando a face α.
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As dúvidas mais freqüentes dos alunos em relação às interseções de cilindros e cones estão respondidas nos exemplos seguintes.
Após determinar pontos das interseções em um sistema, pode usar suas coordenadas para desenhar as curvas em outro sistema.
A fig. 1 mostra as linhas auxiliares para desenhar a peça da fig. 2, com exceção das interseções do cilindro de eixo vertical com o
outro cilindro e com o plano inclinado. Para simplificar o desenho, só foram obtidos pontos em um quadrante de uma das elipses.
Para determinar essas interseções (fig. 2 e 4), determine pontos dessas curvas nas interseções das linhas de nível (que são retas ou
curvas obtidas pela interseção de planos auxiliares horizontais com as superfícies da peça).
As linhas de nível são geratrizes no cilindro de eixo horizontal, são elipses no outro cilindro e, no plano inclinado, são retas
horizontais paralelas a AB (que é a interseção do plano inclinado com um dos planos auxiliares horizontais)..
Os planos auxiliares podem ser verticais (fig. 3). Nesse caso, os pontos estão nas interseções de geratrizes horizontais com
geratrizes verticais e de geratrizes verticais com retas paralelas a BC (que é a interseção do plano inclinado com um dos planos
auxiliares verticais).
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Nas fig. 1 e 2, as faces do ortoedro interceptam o cone segundo duas circunferências e duas hipérboles.
No sistema mongeano, os pontos A e B determinam os raios das circunferências.
Um ponto C na hipérbole pode ser determinado na interseção de uma geratriz do cone com a face vertical do ortoedro.
Na isometria, determine pontos das duas curvas visíveis por suas coordenadas medidas no sistema mongeano.
Nas fig. 4, para desenhar o toro concordando com os cilindros (fig. 3), desenhe várias esferas (com raio da base do cilindro / 0,816)
com centros no eixo do toro e desenhe o contorno a mão livre tangenciando as esferas.
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As normas gerais para o desenho técnico estão distribuídas em várias normas da ABNT (associação brasileira de normas técnicas):
Formato da folha
O formato básico da folha de desenho técnico é chamado de A0, do qual deriva a serie “A”. O formato A0 tem a área igual a 1 m2 e
a proporção de seus lados (x e y na fig. 1) foi calculada de modo que o formato seguinte (A1, com 0,5 m2) tem lados (y/2 e x) com
a mesma proporção, para facilitar a ampliação ou redução do desenho.
x . y = 1 m2 x = 1/y
x = y/2 1/y = y/2 1 = y2 y = 2 ¼ = 1,189 m = 1189 mm x = 1/y = 0,841 m = 841 mm
y x y 1/y y2 2
Cada formato da série “A” (A1, A2, A3, A4, etc.) tem a metade da área do formato anterior e tem seus lados na mesma proporção
(fig. 1). As pranchetas de desenho, que estão sendo substituídas por computadores, têm formato A0.
O formato original dessa apostilha é o A4 (fig. 2). A fig. 3 mostra o formato A3.
As medidas indicadas em cada formato correspondem ao papel recortado. O papel vendido nas lojas pode ter suas medidas maiores
para facilitar a fixação do papel na prancheta.
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O quadro (fig. 1 e 2) limita o espaço para o desenho. As margens são limitadas pelo contorno da folha recortada e o quadro.
Os formatos A3 e A4 devem ter margens com as dimensões indicadas nas fig. 1 e 2. A margem esquerda é maior para permitir sua
perfuração, facilitando o arquivamento. Cuidado para não desenhar as margens tomando como referência o contorno da folha não
recortada.
Os formatos de papel maiores do que o A4 devem ser dobrados até ficarem com o formato A4, para serem arquivados em pastas.
Lembre de recortar o papel antes de dobrar.
A legenda fica no canto inferior direito da folha. Para a legenda ficar visível após a dobragem, sua largura máxima deve medir
178 mm. A altura da legenda depende do tamanho das letras.
Obs.: No código de obras da prefeitura de Recife, a legenda é posicionada no canto superior esquerdo da folha.
As figuras 3 e 4 mostram um exemplo de legenda que poderia ser usada nos exercícios escolares das disciplinas de desenho.
Os tipos de letras e algarismos devem ser bem legíveis. A unidade pode ser mm, cm ou m.
A escala pode ser de ampliação (por ex. 2/1) ou de redução (por ex. 1/50).
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De acordo com a norma NBR 8403, devem ser usadas apenas 2 larguras: larga e estreita. A linha larga deve ter, no mínimo, o
dobro da largura da linha estreita.
Tipos de linhas
No caso de coincidência de linhas no desenho, deve-se representar apenas uma delas, obedecida a seguinte ordem de precedência:
Arestas visíveis, invisíveis, linhas de corte, linhas de centro e linhas auxiliares.
Cotagem
Devem ser cotados apenas os elementos necessários para a construção da peça. Cada elemento só deve ser cotado uma vez, na vista
ou corte que represente mais claramente o elemento.
Quando não couberem na linha de cota, a cota e o limite poderão ser desenhados no seu prolongamento (fig. 2).
A cotagem do raio deve ser feita como mostrado nas fig. 1 e 2. O diâmetro deve ser cotado como mostrado na fig. 3.
As linhas de contorno e as linhas de centro não devem ser usadas como linha de cota, mas podem ser usadas como linha auxiliar
(fig. 3). Devem ser cotadas as medidas máximas da peça e as medidas e posição de seus elementos (fig. 3).
A cota indica a medida real do elemento. Se em um desenho com escala 2/1 uma aresta está desenhada com 2 cm então sua cota
deve ser 10, se a unidade for mm.
As fig. 4 e 5 mostram como cotar ângulos. Para cotar o raio e o diâmetro de uma esfera, veja a fig. 6.
Fig. 1 – Cota abaixo da linha de cota e cota vista pelo lado esquerdo.
Fig. 2 – Letra m e linha auxiliar encostando-se ao contorno da peça.
Fig. 3 – Falta o limite da linha de cota e a cota está na posição errada.
Outros erros freqüentes são: mesmo elemento da peça cotado em 2 vistas e elemento sem cotar em nenhuma vista.
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Revisão de geometria
Lugares geométricos
Circunferência – Contém todos os pontos a uma distância constante (r) de um ponto (A).
Mediatriz (m) – Contém todos os pontos eqüidistantes de 2 pontos (A e B).
Bissetriz (b) – Contém todos os pontos eqüidistantes de 2 retas (n e o).
Polígonos
Convexo Polígono regular – tem todos os lados e ângulos iguais
Polígono Côncavo
Entrelaçado
Triângulos
Baricentro (B) – Interseção das medianas (que ligam cada vértice ao ponto médio do lado oposto).
Ortocentro (O) – Interseção das alturas (retas perpendiculares aos lados contendo os vértices opostos).
Incentro (I) – Interseção das bissetrizes. Centro do círculo inscrito.
Circuncentro (C) – Interseção das mediatrizes. Centro do círculo circunscrito.
No triângulo eqüilátero, B = O = I = C
Quadriláteros
Elipse
Poliedros
Tetraedro Cubo
Faces: Faces:
Triângulos Quadrados
equiláteros
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Monte e desenhe as peças abaixo ou as mesmas peças com tamanho duplicado que estão na central de documentos.