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PANORAMA DO

CINEMA BRASILEIRO

LITERCULTURA
www.jorgealbertotajra.blogspot.com
O INÍCIO DE TUDO
O cinema brasileiro iniciou em 1898,
com a produção de documentários
realizados pelos imigrantes italianos
Affonso e Paschoal Segreto;

Em 1907, foi inaugurado o


Cinematographo Parisiense (RJ);

Em 1909, foi inaugurado o primeiro


cinema brasileiro, o Cine Soberano,
também no Rio de Janeiro;

Após o ano de 1911, as produções


brasileiras diminuíram devido ao
começo da dominação do mercado
cinematográfico norte-americano.
CHANCHADA
CHANCHADA

Predomínio entre as décadas de 1930 e 1960;


Comédias musicais, misturadas com elementos de
filmes policiais e de ficção científica;
Eram comuns em países como Itália, Portugal, México,
Cuba e Argentina.
Atlântida Cinematográfica fundada em 1941.
Vera Cruz fundada em 1949
PORNOCHANCHADAS
No começo dos anos 1970, em São Paulo;
Produções de baixo custo do movimento “Boca do Lixo”
Filmes baseados nas comédias italianas e com forte teor
erótico / pornográfico

A Dama do Lotação (1978)


Amor, estranho amor (1979)
Bonitinha, mas Ordinária(1980)
Perdoa-me por me traíres (1983).
CINEMA NOVO
Glauber Rocha
Cacá Diegues
Nelson Pereira
Anselmo Duarte

• Influência do Neorrealismo italiano;


• Orçamentos baratos (oposição aos filmes Vera
Cruz)
• Crítica à alienação cultural (chanchadas)
• “Uma câmera na mão e uma ideia na cabeça".
• Filmes voltados à realidade brasileira com uma
linguagem adequada à situação social da época.
• Temas mais abordados fortemente ligados ao
subdesenvolvimento do país.
CINEMA MARGINAL
(Rogério Sganzerla/ Ivan Cardoso
José Mojica Marins / Júlio Bressane)

Ruptura com o Cinema Novo


Maior experimentalismo na linguagem
cinematográfica
Busca de circuitos alternativos de exibição
Criação de alternativas paralelas para a produção dos filmes
Representação do universo de desespero e caos.
TORQUATO NETO
TORQUATO & CINEMA:

1. Filmografia:

-Helô e Dirce (Filme de Luís Otávio Pimentel)


-Nosferato no Brasil (Filme de Ivan Cardoso – 1972)
-Terror da Vermelha (1972)
- Adão e Eva: do Paraíso ao Consumo (1972 - Filme de Noronha)
RESSURGINDO DAS CINZAS
Extinção da Embrafilme (Empresa Brasileira de Filmes) no início
da década de 1990, governo Fernando Collor de Melo;

Criação da Lei do Audiovisual, em 1993, governo Itamar Franco.


Retomada da produção cinematográfica brasileira

O Quatrilho – 1994. Fabio Barreto.

Rio Grande do Sul, 1910. Em uma comunidade rural


composta por imigrantes italianos, dois casais muito
amigos se unem para poder sobreviver e decidem
morar na mesma casa. Mas o tempo faz com que a
esposa (Patricia Pillar) de um (Alexandre Paternost) se
interesse pelo marido (Bruno Campos) da outra (Glória
Pires), sendo correspondida. Após algum tempo, os
dois amantes decidem fugir e recomeçar outra vida,
deixando para trás seus parceiros, que viverão uma
experiência dramática e constrangedora, mas nem por
isto desprovida de romance.
Carlota Joaquina, a princesa do Brasil - 1995
O filme de Carla Camurati é considerado a primeira
grande produção da fase de retomada do cinema
brasileiro. O longa-metragem levou 1,2 milhão de
espectadores para as salas de exibição, um marco
para a história cinematográfica nacional

Guerra de Canudos – 1996. Sérgio Rezende

Em 1893, Antônio Conselheiro (José Wilker) e


seus seguidores começam a tornar um simples
movimento em algo grande demais para a
República, que acabara de ser proclamada e
decidira por enviar vários destacamentos
militares para destruí-los.
O Que é Isso, Companheiro? – 1997. Bruno Barreto
Baseado no livro homônimo de Fernando Gabeira, o
filme ganhou destaque por retratar o período da
ditadura brasileira. É a adaptação da história real do
sequestro do embaixador americano Alan Arkin por
militantes.
Indicada ao Oscar de Melhor Filme de Língua
Estrangeira.

Baile Perfumado – 1997. Lírio Ferreira


Em 1936, Lampião (Luiz Carlos Vasconcelos)
era uma mistura de herói, bandido e mito. Por
essa razão, um fotógrafo libanês (Duda
Mamberti) se interessa em registrar o
cangaceiro. O filme mistura imagens de
arquivo às cenas gravadas. Além de
premiações, Baile Perfumado (RioFilme) tem
sua importância por ser o primeiro longa
pernambucano a ser realizado após a
Retomada.
Central do Brasil – 1998. Walter Salles.

Um dos filmes nacionais mais famosos e


respeitados (no Brasil e no mundo), “Central do
Brasil” traz Fernanda Montenegro no papel central
desse drama sobre uma mulher e um menino que
viajam, unidos pelo acaso. O filme ganhou o Urso
de Ouro em Berlim e o Globo de Ouro de Melhor
Filme Estrangeiro, além de ser indicado ao Oscar
de Melhor Filme Estrangeiro e ao Oscar de
Melhor Atriz (Fernanda Montenegro).

Orfeu – 1999. Carlos Diegues.

Orfeu é um popular compositor de uma escola de


samba carioca. Residente de uma favela, ele se
apaixona perdidamente quando conhece a bela
Eurídice, uma mulher que acaba de se mudar para o
local. Mas entre eles existe ainda Lucinho, chefe do
tráfico local, que irá modificar drasticamente a vida de
ambos
O Auto da Compadecida – 2000. Guel Arraes.

Este filme-teatro inspirado na obra de Ariano


Suassuna reúne a poderosa dupla formada por
Matheus Nachtergaele e Selton Mello. Os dois
são pequenos golpistas que lutam para
sobreviver no sertão nordestino, até que se
envolvem com um perigoso cangaceiro.
Eventualmente, eles terão que lidar com Deus, o
Diabo e a Virgem Maria.

Madame Satã – 2001. Karim Ainouz

Rio de Janeiro, 1932. No bairro da Lapa vive


encarcerado na prisão João Francisco, artista
transformista que sonha em se tornar um grande astro
dos palcos. Após deixar o cárcere, João passa a viver
com Laurita, prostituta e sua “esposa”; Firmina, a filha
de Laurita; Tabu, seu cúmplice; e ainda Amador, dono
do bar Danúbio Azul. É neste ambiente que João
Francisco irá se transformar no mito Madame Satã.
Abril Despedaçado – 2001. Walter Salles

Em abril de 1910, na geografia desértica do sertão


brasileiro vive Tonho (Rodrigo Santoro) e sua família.
Tonho vive atualmente uma grande dúvida, pois ao
mesmo tempo que é impelido por seu pai (José
Dumont) para vingar a morte de seu irmão mais velho,
assassinado por uma família rival, sabe que caso se
vingue será perseguido e terá pouco tempo de vida.
Angustiado pela perspectiva da morte, Tonho passa
então a questionar a lógica da violência e da tradição.

Bicho de Sete Cabeças – 2001. Laís Bondanzky

Seu Wilson e seu filho Neto possuem um


relacionamento difícil, com um vazio entre eles
aumentando cada vez mais. Seu Wilson despreza o
mundo de Neto e este não suporta a presença do
pai. A situação entre os dois atinge seu limite e Neto
é enviado para um manicômio, onde terá que
suportar as agruras de um sistema que lentamente
devora suas presas.
Cidade de Deus – 2002. Fernando Meirelles.

A trama se passa na comunidade de Cidade de Deus, no


Rio de Janeiro, e mostra a trajetória de jovens que se
envolvem com o crime. Apesar de criticado por enfatizar a
violência, também é considerado por muitos como o
melhor longa-metragem da retomada do cinema nacional.
O público recorde foi de 3,2 milhões de
espectadores. Recebeu quatro indicações ao Oscar:
melhor direção, melhor roteiro adaptado, melhor
fotografia e melhor edição.

Carandiru: O Filme – 2003. Héctor Babenco.

Um médico se oferece para realizar um trabalho de


prevenção a AIDS no maior presídio da América Latina, o
Carandiru. Lá ele convive com a realidade dos cárceres,
que inclui violência, superlotação das celas e instalações
precárias. Porém, apesar de todos os problemas, o médico
logo percebe que os prisioneiros não são figuras
demoníacas, existindo dentro da prisão solidariedade,
organização e uma grande vontade de viver.
Tropa de Elite – 2007. José Padilha

Foi cercado de polêmicas mesmo antes do lançamento.


Antes da estreia, uma cópia vazou, com isso, DVDs
piratas invadiram as ruas do país e o filme virou febre. A
estimativa é de que 11 milhões de pessoas assistiram a
Tropa de Elite. Dessas, 2,4 milhões foram aos cinemas.
Apesar de aclamado pelo público por retratar a violência
urbana no país, o papel do consumidor no tráfico de
drogas e a falência do sistema policial, o filme foi
criticado por incitar o abuso policial e a tortura. Foi muito
bem recebido no exterior e ganhou o Urso de Ouro de
Berlim.

Meu Nome Não É Johnny – 2008. Mauro Lima

João Guilherme Estrella é um jovem da classe


média que se torna o rei do tráfico de drogas da
zona sul do Rio de Janeiro. O rapaz inteligente e
adorado pelos pais passa a ser investigado pela
polícia e enfrenta a dura realidade de um
criminoso.
Tropa de Elite 2: o inimigo agora é outro – 2010. José Padilha

Os acontecimentos ocorrem treze anos após os do


primeiro filme. Um dos seus focos é o
amadurecimento do então Tenente-Coronel
Nascimento, que tem que lidar com problemas com
seu filho adolescente. O filme também mostra o
crescimento do BOPE e conflitos entre os policiais
e milícias do Rio de Janeiro. O diretor José Padilha
afirmou que "o filme trata da relação entre
segurança pública e financiamento de campanha.
Faz ligação entre a segurança e a política". Além
disso, uma rebelião é realizada na penitenciária de
Bangu.
Em 2011 foi indicado a 16 categorias do Grande
Prêmio do Cinema Brasileiro, vencendo em 9,
incluindo a de melhor longa, melhor direção e a
de melhor ator por Wagner Moura.

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