Você está na página 1de 4

Bibliografia de Manabu Mabe

Manabu Mabe (1924-1997) foi um pintor, gravador e ilustrador japonês,


naturalizado brasileiro. Foi um dos pioneiros da pintura abstrata no Brasil..

Manabu Mabe (1924-1997) nasceu em Kumamoto, Japão, no dia 14 de


setembro de 1924. Em 1934, seu pai, mãe e sete irmãos emigraram para o Brasil
para trabalhar na lavoura de café, fixando residência na cidade de Lins, no interior
de São Paulo. Ainda criança, Manabu começou a pintar o retrato das paisagens
locais.
Em 1941, começou a fazer pesquisas em livros e revistas sobre arte. Em
1945 aprendeu a preparar a tela e a diluir as tintas com o pintor e fotógrafo Teisuke
Kumasaka. Em 1947, em uma viagem para São Paulo, conhece o pintor Tomoo
Handa e apresentou suas telas, recebendo o incentivo de manter a natureza como
fonte de inspiração. Nessa época, integrou-se ao Grupo Seibi e participou das
reuniões de estudo do Grupo 15.
Em 1948, Manabu Mabe estudou com o pintor Yoshiya Takaoka que lhe
transmitiu conhecimentos técnicos e teóricos sobre pintura. Em 1951, na 1ª Bienal
Internacional de São Paulo, entrou em contato com obras dos artistas da Escola de
Paris, como Jean Claude Aujame, André Minaux e Bernard Lorjou, experiência que,
segundo ele, modificou sua forma de pensar e a atitude diante da pintura. Nesse
mesmo ano realizou sua primeira individual na cidade de Lins. Ainda nos anos 50,
participou das exposições organizadas pelo Grupo Guanabara. Nessa época,
Manabu apresenta em suas telas as formas geométricas, aproximando-se do
Cubismo, e também figuras contornadas por grossos traços negros.
Gradualmente, Manabu adere à abstração. Em 1955 pinta sua primeira tela
abstrata, “Vibração-Momentânea”. Em 1957 muda-se com a família para Jabaquara,
bairro ao sul de São Paulo, que como Vila Mariana, Parraíso e Liberdade abrigavam
a colônia japonesa na capital paulista. Passa então a se dedicar exclusivamente à
pintura. Em 1959 recebe o Prêmio Leirner de Arte Contemporânea, com as pinturas
abstratas “Grito” e “Vitorioso”, realizadas em 1958. Nesse mesmo ano, Manabu é
homenageado com o artigo intitulado “The Year of Manabu Mabe”, publicado na
revista Time, em Nova Iorque.
Ainda em 1959, Manabu Mabe conquista o “Prêmio de Melhor Pintor
Nacional” na 5ª Bienal Internacional de São Paulo, com as obras “Composição
Móvel”, “Pedaço de Luz” e “Espaço Branco”. Nessas telas, o pintor adotou um estilo
chamado de pintura gestual, que mistura a caligrafia japonesa com manchas
cromáticas. Recebe o Prêmio de Pintura na 1ª Bienal dos Jovens de Paris. Em 1980
é premiado na 30ª Bienal de Veneza. Nos anos 80, pinta um painel para a Pan
American Union, em Washington, ilustra o Livro de Hai-Kais, traduzido por Olga
Salvary e elabora a cortina de fundo do Teatro Provincial, em Kumamoto, no Japão.
Manabu Mabe torna-se um dos artistas mais destacados da pintura
abstracionista informal no Brasil. Realiza exposições individuais e participa de
mostras coletivas na América Latina, Europa e Estados Unidos. Entre suas obras
destacam-se: “Canção Melancólica” (1960), “Primavera” (1965), “Vento de Equador”
(1969), “Outono Tardio” (1973), “Meus Sonhos” (1978) e “Viver” (1989).
Manabu Mabe faleceu na cidade de São Paulo, São Paulo, no dia 22 de
setembro de 1997.
 INSTITUTO MANABU MABE
A arte representa o espírito humano e o artista permanece em sua obra,
vivendo através dos tempos. Salvaguardar e transmitir a herança patrimonial é dar
significado ao que se entende como Nação.
O Instituto Manabu Mabe, entidade sem fins lucrativos fundada em 1997 —
representada pela família Mabe — tem por objetivo contribuir para a difusão da arte
e da cultura. Sua atuação, de natureza preservacionista, está voltada para pesquisa,
catalogação, certificação, avaliação, autorização do uso de imagens, conservação e
restauro das obras do internacionalmente reconhecido artista plástico Manabu
Mabe.
Espelhado no exemplo deste sonhador, conhecido como o Samurai da
Pintura, o Instituto trabalha com a mesma dedicação e entusiasmo no sentido de
preservar a identidade nacional para as futuras gerações e o legado do maior
abstracionista que o Brasil conheceu, elevando seu talento ao mais alto grau de
expressão estética e intelectual. Manabu Mabe honrou com seu trabalho incansável
a pátria que adotou de corpo e alma.

 Algumas Exposições Individuais

1957 - Lins SP - Individual, no Clube Linense


1959 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Barcinski
1960 - Montevidéu (Uruguai) - Individual, no Instituto de Cultura Uruguaio-Brasileiro
1960 - Nova York (Estados Unidos) - Individual, na Galeria Time-Life
1960 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no MAM/RJ
1960 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Sistina1980 - Miami (Estados Unidos) -
Individual, no The Lowe Art Museum
1980 - Washington D. C. (Estados Unidos) - Individual, no Museum of Modern Art of
Latin America
1981 - Paris (França) - Individual, na Realidade Galeria de Arte
1982 - Miami (Estados Unidos) - Individual, no Meeting Point Art Center
1982 - Nova York (Estados Unidos) - Manabu Mabe, na Kouros Gallery1990 -
Brasília DF - Individual, na Visual Galeria de Arte
1991 - Nagoya (Japão) - Individual, na Saito Gallery
1991 - Osaka (Japão) - Individual, na Yamaki Art Gallery
1991 - Paris (França) - Individual, na Galeria Debret
1992 - Kumamoto (Japão) - Individual, no Tsuruya Art Gallery
1992 - São Paulo SP - Individual, no Museu da Casa Brasileira
1992 - Tóquio (Japão) - Individual, Murauchi Art Gallery
1995 - São Paulo SP - Manabu Mabe: 50 anos de pintura, na Galeria de Arte André

Referências bibliográficas
https://www.escritoriodearte.com/artista/manabu-mabe
https://taislc.blogspot.com/2011/08/manabu-mabe.html
https://www.ebiografia.com/manabu_mabe/
COLÉGIO: THAINE PINHEIRO
ALUNO : ITALO MASCARENHAS LOPES
SÉRIE: 6 º ANO MATUTINO

Você também pode gostar