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Estrutura
Todos os tipos de piscina recebem
uma laje de concreto, mas as paredes
podem ser de diversos tipos: bloco
estrutural, bloco com canaleta, bloco
com revestimento em vinil ou paredes
de concreto armado, método mais
usual. Tanto as paredes da piscina
quanto sua laje devem ter no mínimo
13 cm de espessura. Em geral, as
piscinas de padrão semiolímpico e
olímpico têm paredes com 15 cm de Estruturas das piscinas do projeto de parque aquático, de
espessura, mas esse número pode Guaíra (SP), serão em lajes e paredes de concreto armado
variar de acordo com os cálculos
estruturais realizados em cada projeto.
Ainda que a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) permita que a piscina tenha
profundidade de 1,50 m, Ignácio recomenda que, a menos que sejam para uso exclusivo
profissional, sem finalidade de lazer e recreação, as piscinas tenham, no máximo, 1,40 m
de fundo, com medida ideal de 1,30 m. "Muitos projetos são realizados com 1,50 m de
fundo, e embora seja uma profundidade permitida, não é a ideal, principalmente por conta
da segurança, mas também por não ser agradável ao usuário. O mais indicado é que a
água fique um pouco abaixo do tórax de uma pessoa adulta, para não causar nenhum tipo
de desconforto", diz Ignácio.
Como a maior parte das piscinas públicas tem a finalidade de recreação, incluindo a
utilização do espaço por crianças, o projetista não indica o uso de áreas mais rasas do que
outras em uma mesma piscina.O cuidado pode evitar que uma criança acabe mergulhando
pelo lado mais fundo. Se a intenção dos municípios for oferecer essa opção de lazer a
crianças de todas as idades, a recomendação é que seja construída outra piscina mais rasa,
separada da semiolímpica ou olímpica.
Impermeabilização
A impermeabilização é um dos pontos mais críticos de um projeto de piscina. Para evitar
infiltrações, eflorescências, vazamentos ou até colapsos estruturais, há diferentes sistemas,
seja com a utilização de aditivos impermeabilizantes no próprio concreto, com produtos
cristalizantes, ou até mesmo a partir de uma estrutura de concreto armado especial, que
não necessita de impermeabilizante.
Erro comum em obras de piscinas públicas é o aumento na espessura da estrutura com o
intuito de utilizar manta asfáltica na impermeabilização. "O problema não é apenas a manta
asfáltica, mas todo o conjunto. A manta é colocada diretamente na parede estrutural e
depois ela recebe uma camada de chapisco, uma tela metálica e uma camada de massa
podre para fixá-la. No entanto, quando a água passa pela cerâmica da piscina, também
passa pela massa podre e para na manta, fazendo com que ela fique submersa e,
posteriormente, descole junto com essa massa", diz o projetista.
O tipo de impermeabilização mais usual é a cristalização: um aditivo misturado a uma
massa de cimento e areia, que torna essa massa impermeável. Esse aditivo pode ser de
dois tipos: biológico, à base de gordura, e químico. Após a aplicação da massa, a piscina
recebe uma pintura com impermeabilizante cimentício semiflexível, em uma camada de
aproximadamente 2 mm.
Outra boa técnica de impermeabilização é feita com poliureia. Aplicada diretamente ao
concreto, em uma camada de aproximadamente 3 mm, dispensa a utilização de cerâmica
no acabamento. A técnica, apesar de eficiente, é pouco difundida no Brasil - sendo mais
utilizada nos Estados Unidos - e foge um pouco do padrão estético brasileiro, marcado pela
utilização de cerâmicas e pastilhas.
Fonte: http://infraestruturaurbana17.pini.com.br/solucoes-tecnicas/28/artigo291144-2.aspx