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Faculdade UnYLeYa

Curso de Especialização em Enfermagem em Estomaterapia


Carlos Eduardo da Rocha

O AUTOCUIDADO DOS PACIENTES ILEOSTOMIZADOS

Brasília / DF
2018
2

Faculdade UnYLeYa
Curso de Especialização em Enfermagem em Estomaterapia
Carlos Eduardo da Rocha

O AUTOCUIDADO DOS PACIENTES ILEOSTOMIZADOS

Trabalho de conclusão de curso


apresentado ao Curso de Especialização
em Enfermagem em Estomaterapia da
Faculdade UnYLeYa como requisito à
obtenção do título de Especialização.
Orientadora: Chennyfer Dobbins Abi
Rached

Brasília / DF
2018
3

SUMÁRIO

Resumo.....................................................................................................................4

Introdução.................................................................................................................5

Metodologia..............................................................................................................8

Referencial Teórico...................................................................................................9

Estomia................................................................................................9

Tipos de Estoma................................................................................11

Colostomia x Ileostomia.....................................................................13

O paciente estomizado......................................................................15

Cuidados ao paciente estomizado.....................................................17

O autocuidado, suas teorias, e o paciente estomizado.....................19

Resultados..............................................................................................................24

Considerações Finais.............................................................................................35

Referências Bibliográficas......................................................................................37
4

Resumo

O estudo teve como objetivo analisar como é realizado o autocuidado em


pacientes portadores de Ileostomias. Trata-se de uma pesquisa exploratória com
levantamento bibliográfico nos seguintes bancos de dados: (Google Scholar,
Scielo e BVS), com abordagem qualitativa aplicando-se análise de conteúdo. Os
resultados identificaram os cuidados necessários para a prática do autocuidado
em pacientes ileostomizados, identificou que os pacientes ileostomizados, apesar
das dificuldades encontradas, realizam o autocuidado e que a equipe de
enfermagem participa da pratica do autocuidado com os pacientes ileostomizados
e possuem conhecimento satisfatório. Conclui-se que o objetivo de analisar como
é realizado o autocuidado em pacientes portadores de Ileostomias foi conquistado,
observado como um processo individual e gradativo, em que a tríade
enfermagem/família/paciente é de vital importância para o desenvolvimento. Este
trabalho irá contribuir para que enfermeiros estomaterapeutas e enfermeiros que
não são da área de estudo, observarem a importância do estudo da Ileostomia e
de outras estomias intestinais, para o a evolução do paciente em potencial para a
prática do autocuidado.

Descritores: Ileostomia; Autocuidado; Enfermagem.


5

Introdução

A palavra estoma deriva do grego, que significa uma abertura de qualquer


víscera oca através do corpo, em situações diversas, recebendo denominações
específicas, de acordo com o segmento a ser exteriorizado. As estomias podem
ser temporárias ou definitivas. Quando essa exteriorização ocorre em algum
segmento do intestino, para eliminação de Fezes ou secreções, a
denominamos de colostomia (abertura no cólon) e ileostomia (abertura no íleo).
Pacientes submetidos a tal procedimento têm sua perspectiva de vida
alterada, principalmente pela imagem corporal negativa, devido à presença do
estoma associado à bolsa coletora. Além das mudanças nos padrões de
eliminação, dos hábitos alimentares e de higiene precisam adaptar-se ao uso do
equipamento. O cuidar implica em uma interação entre o cuidador e quem está
sendo cuidado, para troca de conhecimentos e experiências, proporcionando um
resultado positivo de cuidado. (NASCIMENTO, 2002. p. 358).
Neste estudo iremos investigar o autocuidado dos pacientes
ileostomizados, fundamental para seu retorno no convívio social e no
enfrentamento da condição. Neste cenário é fundamental que o enfermeiro oriente
o paciente ileostomizado à prática do autocuidado, que é um passo muito
importante na vida do estomizado; dentro desse o contexto, o ileostomizado
enfrenta peculiaridades no autocuidado. Com isso, o presente estudo apresenta o
seguinte problema: Os pacientes ileostomizados possuem conhecimentos
necessários para a prática do autocuidado?

A hipótese deste estudo é que a prática do autocuidado dos pacientes


ileostomizados está relacionada ao seu contato com o enfermeiro no processo pré
e pós operatório do processo de estomização.

Diante do exposto, este trabalho tem como objetivo analisar como é


realizado o autocuidado em pacientes portadores de Ileostomias e que resultou
em três objetivos específicos: Identificar bibliografias que abordem os cuidados
6

necessários para a prática do autocuidado em pacientes ileostomizados; Avaliar


os conhecimentos dos pacientes para a prática do autocuidado em ileostomias.
Avaliar os conhecimentos da enfermagem para a prática do autocuidado em
ileostomias.

O paciente submetido a uma estomia, além de enfrentar essa mudança em


seu corpo, enfrenta a doença que causou a realização do procedimento, que pode
com o uso da estomia, ser curativo, parte do processo de tratamento ou paliativo.
O paciente submetido à ileostomia encontra um processo de mudança radical em
sua vida, que compromete o processo viver e sua auto-imagem, e envolve um
duro processo de adaptação do uso da bolsa coletora, em que o trabalho de
cuidar da enfermagem é essencial para melhora da relação paciente/bolsa de
colostomia. O cuidado com o uso da bolsa na ileostomia é mais complexo do que
o uso da bolsa na colostomia, já que na ileostomia, o efluente é mais líquido e
mais freqüente, podendo causar vazamentos, descolamento da placa e feridas
periestomais por causa do ph alcalino desse efluente. Com isso, o paciente deve
estar muito bem informado sobre o autocuidado, para que esses acidentes sejam
diminuídos ou evitados. O autocuidado é um passo muito importante na vida do
estomizado, porque é através dela que será possível o retorno à vida social e
profissional do paciente; dentro desse o contexto, o ileostomizado enfrenta
peculiaridades no autocuidado, que o torna mais complexo, podendo causar uma
dependência do paciente ao cuidado. Esse paciente sem as devidas orientações
estará em um grau elevado de sofrimento, pois mesmo com o passar do tempo e
com a aceitação do processo paciente/estoma, ele estará com muitas dificuldades
no manejo da ileostomia. Este estudo irá contribuir para que os profissionais de
enfermagem possam identificar as principais necessidades do cuidado em
ileostomia, tornando-se agente multiplicador e treinando o paciente de forma
correta ao autocuidado. O estudo do cuidado em ileostomia é bastante diverso e o
paciente ileostomizado enfrentará mais desafios na prática do autocuidado. Este
estudo também ira elucidar se os trabalhos acadêmicos disponíveis respondem as
7

questões de prática do cuidado de enfermagem e do autocuidado e também os


conhecimentos da equipe de enfermagem e dos pacientes acerca do autocuidado.

Trata-se de uma pesquisa exploratória com levantamento bibliográfico e


abordagem qualitativa aplicando-se análise de conteúdo. Realizaram-se consultas
nos seguintes bancos de dados: (Google Scholar, Scielo e BVS), no período de
1981 a 2017

Este estudo está dividido em capítulos (Introdução, Metodologia,


Referencial teórico, Resultados, Referencial teórico e Referências Bibliográficas).
8

Metodologia

Trata-se de uma pesquisa exploratória com levantamento bibliográfico e


abordagem qualitativa aplicando-se análise de conteúdo. Realizaram-se consultas
nos seguintes bancos de dados: (Google Scholar, Scielo e BVS), no período de
1981 a 2017, utilizando-se os descritores “Ileostomia”, “Autocuidado” e
“Enfermagem”. Os critérios de inclusão foram: artigos na língua portuguesa e que
abordassem a temática do estudo. A busca resultou em 26 artigos, dos quais 11
fora, excluídos e 15 constituíram a amostra do estudo. Num estudo quantitativo o
pesquisador conduz seu trabalho a partir de um plano estabelecido a priori, com
hipóteses claramente especificadas e variáveis operacionalmente definidas.
Preocupa-se com a medição objetiva e a quantificação dos resultados. Busca a
precisão, evitando distorções na etapa de análise e interpretação dos dados,
garantindo assim uma margem de segurança em relação às inferências obtidas.
De maneira diversa, a pesquisa qualitativa não procura enumerar e/ ou medir os
eventos estudados, nem emprega instrumental estatístico na análise dos dados.
Parte de questões ou focos de interesses amplos, que vão se definindo à medida
que o estudo se desenvolve. Envolve a obtenção de dados descritivos sobre
pessoas, lugares e processos interativos pelo contato direto do pesquisador com a
situação estudada, procurando compreender os fenômenos segundo a perspectiva
dos sujeitos, ou seja, dos participantes da situação em estudo. (GODOY, 1995, p.
58).
9

Referencial Teórico

1) Estomia

Os termos “estomia”, “ostomia”, “estoma, “ostoma”, são sinônimos oriundos


do grego stoma, que significa boca ou abertura, sendo utilizados na exteriorização
cirúrgica de qualquer víscera oca através da pele. Nosso estudo se norteará nas
estomias intestinais, colostomia e ileostomia.
“Estomia é uma comunicação artificial entre os órgãos ou vísceras até o
meio externo para drenagens, eliminações ou nutrição. A criação de uma estomia
intestinal é considerada um procedimento simples na cirurgia. De acordo com a
origem da doença, as estomias podem ser temporárias ou definitivas.” (SAMPAIO,
2008, p. 95).
“O primeiro estoma bem sucedido foi uma colostomia realizada em uma
criança com ânus imperfurado pelo doutor Duret em 1793. Em 1883, Vincent
Czerny realizou o primeiro tratamento combinado para o câncer retal com a
criação de uma colostomia. A primeira ileostomia foi realizada em 1879 na
Alemanha por Baum para o tratamento de um paciente com tumor obstrutivo de
cólon.” (BECHARA, 2005, p. 146)
“Segundo a associação Brasileira de Ostomizados (ABRASO), estima-se
que, no Brasil há cerca de 50 mil estomizados, 80% dos estomizados são
colostomizados, 10% são ileostomizados e 10% urostomizados.” (REGO, 2012, p.
2)
“Para os estomas intestinais, tem-se a jejunostomia, ileostomia e
colostomia, previstas no tratamento de várias doenças que incluem o câncer
colorretal, doença diverticular, doença inflamatória intestinal, traumas abdominais,
megacolon, infecções perianais graves, e doenca de Crohn.” (TOSATO,
ZIMMERMANN, 2006, p. 34).
“A aparência do estoma depende do tipo de colostomia e das diferenças
individuais do organismo. No início o estoma pode ser bastante grande, porém,
10

dentro de seis a oito semanas ele encolherá gradualmente até alcançar seu
tamanho final. Ele é morno, úmido, secreta quantidades pequenas de muco e não
possui uma válvula ou músculo de fechamento igual ao ânus. Por essa razão, o
controle voluntario da passagem das fezes não é possível.” (GOLFETO, 2015, p.
2)
“A presença do estoma gera a dependência da bolsa coletora de fezes ou
urina. A bolsa deve estar adaptada de maneira a facilitar o esvaziamento e
limpeza. Deve ser trocada sempre que houver risco de extravasamento,
recortando a placa protetora da bolsa a fim de que esta torne bem adaptada ao
estoma e não cause dano na pela devido ao contato do efluente com a pele
íntegra.” (MORAES, 2012, pag. 338).
“Vale destacar a importância da demarcação realizada no pré-operatório a
fim de confirmar o local do estoma para diminuir as complicações futuras,
considerada uma das principais ações do enfermeiro na assistência ao
estomizado. A não realização desse procedimento ocasiona estomas mal
localizados que dificultam a aderência dos dispositivos” (MENEZES, 2013, p. 308)
11

2) Tipos de Estomas

É importantes o estudo dos tipos de estoma, porém cabe salientar que cada
paciente é único, cada estoma é único, cada pele periestomal é única, então é
importante o conhecimento dos tipo de estomas para nos direcionarmos, mas no
entanto, o plano de cuidados será individual enriquecido com a grande oferta de
produtos para o cuidados de estomia hoje disponíveis no mercado.
“Quando o estoma é uma derivação do intestino grosso, é denominado
colostomia, quando do intestino delgado, ileostomia. Se no paciente for realizada
uma colostomia, esta poderá ser, dependendo da sua localização, transversa ou
sigmoidea, no caso do paciente apresentar ileostomia, esta estará localizada no
quadrante inferior direito, abaixo da cicatriz umbilical.” (GHEZZI, 1981, p. 23)
“A confecção de estomias intestinais (colostomias ou Ileostomias) pode ser
de caráter temporário ou definitivo, com localização terminal ou em alça. As
derivações temporárias tem como finalidade a proteção de anastomoses de alto
risco de deiscência e o restabelecimento do transito intestinal sem necessidade de
laparotomia. A colostomia terminal resulta de cirurgias como amputação
abdominoperineal do reto ou após operação de Hartmann. A construção de um
estoma intestinal é uma chance de sobrevivência frente ao seu diagnóstico clínico
e é fundamental para a recuperação fisiológica e reabilitação do paciente. A
seleção do local do estoma no pré operatório é de extrema importância, pois o
paciente deve conseguir visualizá-lo e também realizar o autocuidado com
segurança e conforto. Preconiza-se uma distância de cercs de cinco centímetros
da cicatriz umbilical, das proeminências ósseas, de pregas da pele e de cicatrizes
prévias, com localização sobre o músculo retoabdominal.” (SONOBE, 2014, p.
167).
“E quanto mais superior for a exteriorização do intestino, pior é a digestão e
a absorção de água e nutrientes, necessitando assim que o paciente siga uma
dieta específica. Esta dieta também objetiva a prevenção de formação de gases,
odores, constipação e diarréias.” (BARBUTTI, 2008, p. 28)
12

“Complicações precoces: isquemia ou necrose da alça exteriorizada,


sangramento, retração, infecção, edema, dermatite peri-estomal. Complicações
tardias: estenose e obstrução, prolapso, hérnia para-estomal, fístulas.” (ROCHA,
2011, p. 52).
13

3) Colostomia x Ileostomia

Muito similiarizada pelos estudos e profissionais da saúde, a colostomia e


ileostomia são muito distintas tanto de local, aspecto do estoma, aspecto das
fezes, dietas, e que resultam em plano de cuidados distintos, bolsas distintas,
adjuvantes e outros.

“A colostomia é criada quando parte do cólon é exteriorizado, e podem ser


classificadas em Colostomia ascendente, localizada no cólon ascendente
(secção vertical, à direita), é pouco comum e as fezes são líquidas a semilíquidas,
fluindo quase continuamente, sendo muito irritantes para a pele. Colostomia
transversa localizada no cólon transverso (secção horizontal, a meio do
abdómen), as fezes são semilíquidas e irritantes quando em contato com a pele,
geralmente são construídas em alça, com 2 estomas, normalmente são
temporárias. Colostomia descendente, localizada no cólon descendente (secção
vertical esquerda), é o tipo mais comum, as fezes são semiformadas e menos
irritantes quando em contato com a pele. Colostomia sigmoidea, a parte inferior
do intestino grosso é exteriorizada, à esquerda, pouco antes do reto, as fezes são
formadas e não são irritantes quando em contato com a pele.” (CONVATEC,
2018)

“A ileostomia é uma abertura criada por meio cirúrgico entre o íleo do


intestino delgado e a parede abdominal, para permitir e eliminação do efluente do
intestino delgado. Uma ileostomia é geralmente formada no íleo terminal do
intestino delgado, sendo, em sua maioria, colocada no quadrante inferior direito do
abdome. De acordo com o tipo de doença ou indicação, a ileostomia é dividida em
terminal (de Brooke) e em temporária (alça), sendo a última classificada em
convencional, em alça terminal e continente (POGGETO, 2012, p. 503). Nas
ileostomias as fezes tem consistência líquidas a semiliquidas e semipastosas. As
fezes oriundas de uma ileostomia drenam freqüentemente e contém enzimas
proteolíticas, as quais podem ser perigosas a pele.” (NETTINA, 2003, p. 575).
14

“Um dos fatores importantes na técnica das ileostomias é a eversão da


mucosa e protusão da alça, o que a torna saliente, de aspecto mamilar, com 3 a 6
cm da borda cutânea, dessa maneira o líquido entérico cai diretamente na bolsa
coletora, não provocando dermatite de contato pela secreção alcalina ileal.”
(ROCHA, 2011, p. 52).
“A ileostomia deve ser localizada onde o paciente possa visualizá-la,
propiciando o autocuidado, pois, assim, ele terá maior segurança e autonomia nas
atividades da vida diária. Concomitantemente, facilitará a visualização precoce de
possíveis intercorrências, tais como dermatite, edema, excesso de muco,
deiscência, prolapso, estenose, dentre outras.” (POGGETO, 2012, p. 503).
15

4) O paciente estomizado

Em uma sociedade com valores estéticos e cosméticos e condição ser


estomizado é um grande choque de mudança na vida do paciente, que necessita
de colunas familiares e de profissionais da saúde, principalmente o enfermeiro,
para vencer tantos desafios, preconceitos e medos que vem acompanhados da
estomia.
“O paciente estomizado sofre profundas transformações em sua vida, tanto
no âmbito social quanto no biológico e no psicológico, necessitando de
orientações adequadas visando sua reabilitação.” (POGGETO, 2012, p. 503).
“No processo de viver, as pessoas com estomas apresentam dificuldades
de retomar suas atividades diárias, acarretando diminuição da qualidade de vida;
podem existir também dificuldades relacionadas ao autocuidado, á imagem
corporal, á sexualidade, aos modos de se vestir e às relações interpessoais. As
mudanças no viver vão desde a aceitação da nova condição até a necessidade de
adaptação a novos materiais e conhecimentos, sendo preciso adquirir habilidades
e competências para o autocuidado. Nesse processo, a pessoa com um estoma
passa por uma transição.” (MOTA, 2015, p. 83).
“A experiência de transição é desencadeada por eventos críticos e
mudanças na pessoa ou no ambiente e tem início assim que o evento ou a
mudança estejam previstos, caracterizando por um período de instabilidade. A
transição para uma vida com estomia é acompanhada por múltiplas, significativas
e duradouras mudanças. A alteração do corpo, a insatisfação com a aparência, a
incontinência, o odor, os gases, os ajustes no vestuário e na alimentação, as
dificuldades a quando as viagens e as complicações associadas ao estoma a aos
dispositivos que lhe estão associados são algumas das mudanças que
comprometem o funcionamento físico, mas também afetivo das pessoas. As
mudanças referidas são suscetíveis de provocar problemas psicossociais nas
pessoas quem vivem com um estoma, tais como: ansiedade, depressão,
16

sensações de solidão, falta de controle, cansaço e estigma, diminuição da auto-


estima e das atividades sociais.” (SILVA, 2017, p. 112)
“A cirurgia pode modificar a forma como a pessoa se percebe, tornando-a
alguém diferente. O individuo pode se sentir estigmatizado pela presença do
estoma, escolhendo o isolamento como forma de esconder seu corpo, agora
dependente de equipamentos e sem controle esfincteriano.” (MOTA, 2015, p. 83).
“A experiência do colostomizado vai se transformando ao longo do tempo.
Logo nos primeiros dias de pós-operatório, este não consegue nem mesmo olhar
para o estoma ou elaborar seus sentimentos ou reações para esta realidade. Com
o decorrer do tempo, dependendo da evolução de sua doença e as possibilidades
de adaptação encontradas, o colostomizado desenvolve estratégias de
enfrentamento com as quais passa a lidar com os problemas ou modificações
cotidianas ocorridas em função da ostomia. Assim a pessoa necessita de um
tempo pessoal para refletir e adaptar-se à sua condição de ostomizado, que pode
levar dias, semanas ou meses”. (SONOBE, 2002, p. 342).
“A condição de estomizado implica em mudanças no estilo de vida não só
da pessoa com estoma, mas da sua família. Evidencia-se que o processo de
reabilitação deve ser implementado com o paciente e sua família já na fase
diagnóstica, visando restituir-lhe as atividades de convívio social e melhorar sua
qualidade de vida diante do impacto de aquisição do estoma. A família do
estomizado conhece seus hábitos e preferências, ou seja, possui informações
importantes que podem ser úteis no planejamento da reabilitação.” (LENZA, 2012,
pag. 140).
“Desta forma, a pessoa que vive com um estoma necessita de cuidados
especializados de enfermagem que promovam a autonomia no autocuidado ao
estoma e a qualidade de vida da pessoa, da sua família e /ou cuidadores”. (SILVA,
2017, p. 112)
17

5) Cuidados ao paciente estomizado

A enfermagem como ciência do cuidado, tem um papel fundamental no


processo de manejo do paciente estomizado, e esse cuidado independe do
processo de educação do autocuidado, já que o mesmo necessita de inúmeros
fatores, o que não ocorre com o cuidado realizado pelo enfermeiro, que é
empírico.
“O paciente que se submete a uma estomia necessita de cuidados
específicos, um acompanhamento especializado que atenda às suas
necessidades psicobiológicas, psicossociais e psicoespirituais, e requer um plano
de cuidados de enfermagem abrangente e contínuo.” (LUZ, 2009. p. 140).
“Como profissional engajado com o cuidado humano e na abordagem
integral do ser humano, o enfermeiro pode iniciar precocemente sua assistência,
objetivando a reabilitação do paciente e minimizando seu sofrimento,
especialmente ao incentivar o autocuidado.” (GEMELLI, ZAGO, 2002. p. 35).
“Em um conceito mais amplo de saúde-doença, no qual as relações não
são apenas cognitivas ou sociais, mas também afetivas, a literatura especializada
em estomaterapia tem mostrado alterações de imagem corporal como
determinantes da qualidade de vida do estomizado durante seu processo
reabilitatório.” (SAMPAIO, 2008, p. 95).
O cuidado de enfermagem deve ser individualizado, objetivando o bem
estar físico e psicológico do paciente, facilitando o individuo a retornar seu papel
na sociedade. Para isso, a visita domiciliar é uma das estratégias em que se
fortalece o vínculo enfermeiro-paciente, obtendo uma visão holística, ajudando-o a
resgatar confiança, a auto-estima e independência. As necessidades psicossociais
do paciente estomizado incluem o enfrentamento do convívio familiar e social, da
auto-imagem e da mudança no estilo de vida. (POGGETO, 2012, p. 504).
“A visão holística de saúde enfoca a necessidade de atenção do paciente
estomizado voltada não só para sua nova situação de saúde, mas também para
os aspectos subjetivos relacionados à representação social do novo estoma em
18

seu corpo. Como mostra a literatura, as alterações de imagem corporal são


determinantes na qualidade de vida do estomizado nas diversas fases de
reabilitação.” (SAMPAIO, 2008, p. 95).
“O planejamento da assistência ao estomizado não requer somente
cuidados físicos ou ensinar-se ao paciente os cuidados de higiene e troca de
bolsas de colostomia. É necessário um planejamento da assistência ao longo do
período peri-operatório com vistas ao ensino pré-operatório, demarcação do
estoma, preparo físico pré-operatório propriamente dito, integração das
intervenções com a equipe do bloco cirúrgico. Requer ainda a retomada do ensino
pré-operatório para o autocuidado, envolvendo paciente/família, visando à
reabilitação e ao encaminhamento ao Programa de Ostomizados, que é mantido
pelo serviço público, para aquisição dos dispositivos e seguimento ambulatorial.”
(SONOBE, 2002, p. 342).

“Para assistir o ser humano integralmente o enfermeiro cuida da qualidade


da assistência de enfermagem prestada ao estruturar, planejar, supervisionar e
gerenciar os serviços de saúde, além de executar as ações. Nessa perspectiva,
ele se encontra como detentor da imensa maioria das decisões no cuidado à
saúde”. (MENEZES, 2004, p. 338).
19

6) O autocuidado, suas teorias e o paciente estomizado

A confecção do estoma gera dificuldades, dúvidas e inseguranças após a alta


hospitalar. Nesta etapa inicial do retorno ao domicilio, o ensino do autocuidado e
dos cuidados pelo profissional de enfermagem é fundamental para o prognostico
do paciente. Para isso, torna-se indispensável o estudo do autocuidado e de suas
teorias.

“O autocuidado é uma função reguladora que permite às pessoas


desempenharem, por si sós, as atividades que visam à preservação da vida, da
saúde, do desenvolvimento e do bem-estar. Conceitualizar o autocuidado e
estabelecer as necessidades e as atividades de autocuidado são fundamentais
para compreender de que forma as pessoas podem usufruir a intervenção do
enfermeiro.
“O autocuidado é a chave dos cuidados de saúde e é visto como uma
orientação subjacente à atividade do enfermeiro e que a distingue de outras
disciplinas. Pode-se afirmar que por meio das ações de autocuidado são
implementadas intervenções de promoção da saúde orientadas para a prática de
cuidados de enfermagem ao longo de um continuum, desde os cuidados de saúde
primários, passando pelos serviços de internamento, unidades de internamento de
longa duração e serviços de reabilitação. Essas intervenções visam informar as
pessoas sobre a sua condição e tratamento e formá-las acerca da
automonitorização, percepção e identificação de mudanças na funcionalidade,
avaliar a severidade dessas mudanças e as opções para gerir essas mudanças,
bem como selecionar e desempenhar ações apropriadas. O autocuidado é
considerado um componente integral da gestão das doenças crônicas e da
preservação de um nível aceitável de funcionalidade. Permite à pessoa observar-
se, reconhecer sintomas, determinar a agressividade da sintomatologia e escolher
estratégias apropriadas para debelar esses sintomas, minimizando-os e
maximizando a saúde.” RICHARD (2013 apud GALVÃO, p. 227).
20

“Na década de 60 surgiram as primeiras teorias de enfermagem procurando


relacionar fatos e estabelecer as bases de uma ciência de enfermagem. Algumas
destas teorias, como a sinérgica, relacionam-se mais com o cuidado de
enfermagem do que a enfermagem em si”. (HORTA, 1979, p. 09). “A teoria
funciona como um alicerce estrutural para a implantação da sistematização da
assistência de enfermagem (SAE), que requer uma metodologia para ser
implementada” (TANNURE, 2009, p. 13). “O objetivo da assistência de
enfermagem neste setor é identificar e monitorar os efeitos adversos da
hemodiálise e complicações decorrentes da própria doença, desenvolvendo ações
educativas de promoção, prevenção e tratamento.” (OLIVEIRA, 2008, p. 170).

“Dagmar E. Brodt apresentou sua teoria sinergística de enfermagem num


trabalho publicado em 1969. Segundo autora, a confortante mistura de
conhecimentos e habilidades que protegem um paciente de sua fraqueza e
mobilizam suas forças para recuperação são os resultados de ações sinergísticas
da enfermagem. Os Cuidados de enfermagem ou ações, em qualquer uma de
suas amplas dimensões, aplicado isoladamente tem um efeito restrito, enquanto
que aplicando ao mesmo tempo vários deles, seu alcance pode ser muito maior”.
(HORTA, 1979, p. 17)

A Teoria do autocuidado de Dorothea E. Orem diz que “Autocuidado é o


desempenho ou a prática de atividades que os indivíduos realizam em seu
benefício para manter a integridade estrutural e o funcionamento humano,
contribuindo para o desenvolvimento humano”. (GEORGE, 2000, p. 84). “Segundo
o pensamento teórico de Dorothea Orem, quando uma pessoa não reúne
habilidades suficientes para atender a uma demanda de autocuidado, torna-se
necessário que outra pessoa exerça tais cuidados, no caso o enfermeiro”.
(COSTA, 2013, p. 194). “A incapacidade para desenvolver o autocuidado pode
advir de fatores extrínsecos e intrínsecos. Entre os primeiros, incluem-se a doença
ou a morte de algum parente. Já fatores intrínsecos, como idade, por exemplo,
afetam tanto a habilidade da pessoa se engajar no autocuidado, como o tipo e a
21

quantidade de autocuidado requerido”. (VITOR, 2010, p. 612). “Esta teoria é


constituída por três construtos teóricos – autocuidado, déficit de autocuidado e
sistema de enfermagem”. (BUB, 2006, p. 155). “Na teoria do autocuidado
incorpora-se o conceito dos requisitos de autocuidado: universais,
desenvolvimentais e desvio de saúde. Os requisitos universais são comuns aos
seres humanos, auxiliando-os em seu funcionamento, estão associados com os
processos da vida e com a manutenção da integridade da estrutura e do
funcionamento humano. Os requisitos desenvolvimentais ocorrem quando há a
necessidade de adaptação às mudanças que surjam na vida do indivíduo. Os
requisitos por desvio de saúde acontecem quando o indivíduo em estado
patológico necessita adaptar-se a tal situação. A teoria do déficit de autocuidado: o
déficit de autocuidado ocorre quando o ser humano se acha limitado para prover
autocuidado sistemático, necessitando de ajuda de enfermagem. Constitui a
essência da teoria geral de enfermagem de Orem, pois possibilita apontar a
necessidade de enfermagem. Justifica-se quando o indivíduo acha-se
incapacitado ou limitado para prover autocuidado contínuo e eficaz. A teoria de
sistemas de enfermagem: dividida em sistema totalmente compensatório, quando
o ser humano está incapaz de cuidar de si mesmo, e a enfermeira o assiste,
substituindo-o, sendo suficiente para ele. Sistema parcialmente compensatório,
quando a enfermeira e o indivíduo participam na realização de ações terapêuticas
de autocuidado. O sistema de apoio-educação é quando o indivíduo necessita de
assistência na forma de apoio, orientação e ensinamento.” (DIÓGENES, 2003, p.
288).

“Promover e manter o autocuidado em pessoas portadoras de doença


crônica é papel central da intervenção do enfermeiro, pois sua interação é
constante em qualquer que seja o contexto - hospitais, centros de saúde,
ambulatório, cuidados continuados e na comunidade. A implementação de ações
de autocuidado promove uma parceria entre enfermeiro e pessoa/família, de modo
a que os últimos desenvolvam capacidades e conhecimentos para se adaptarem e
22

procederem a tomadas de decisão informadas relativamente à sua doença


crônica.” KRALIK (2013 apud GALVÃO, p 227).

“O ensino do autocuidado assegura ao estomizado o alcance da


independência na realização dos seus cuidados em relação à família e aos
profissionais de saúde. Assim o estomizado consegue distinguir a presença de
complicações do seu estoma, bem como dificuldades importantes na manutenção
e troca de equipamentos. Após a alta hospitalar, o processo de conviver com a
condição de estomizado intestinal se inicia.” (SONOBE, 2015, p. 168). “Nesse
contexto, a assistência de enfermagem aos estomizados, com ênfase no
autocuidado, tem sido uma alternativa importante no sentido de estimular o
paciente a participar ativamente do seu tratamento, além de aumentar sua
responsabilidade no seu próprio cuidado.” (MENEZES, 2013, p. 302)
“Estabelecer a autocuidado e o desenvolvimento de habilidades nunca
experimentadas relacionadas à condição de saúde não é algo fácil. É uma
importante transição com que se deparam muitos usuários com estoma.” (ROSA,
2017, p. 2)
“Por meio de práticas educativas, o enfermeiro pode fomentar orientações
que propiciem o autocuidado do paciente: alimentação e atividades diárias,
higiene da pele, estoma e dispositivo coletor, assim como a
colocação/posicionamento, a retirada e o tempo de esvaziamento deste
dispositivo.” (COELHO, 2015, p. 9529)

“Destaca-se que, para o paciente estomizado possuir o mínimo de


qualidade de vida possível, há a necessidade de informações detalhadas e ensino
especializado para que as ações de autocuidado tenham sucesso. O enfermeiro
que trabalha com esse tipo de paciente, além de necessitar de conhecimentos
específicos e embasamento teórico sobre estomas e estratégias de ensino, deve
ter empatia, saber olhar, ouvir, sentir, assistir, trabalhar com diversos níveis
sociais e saber lidar com diversas situações, sejam elas de revolta, indignação,
23

não aceitação, entre outras, sempre com o propósito de proporcionar conforto e


segurança aos clientes”. (LENZA, 2013, p. 140)
24

Resultados:

Identificar bibliografias que abordem os cuidados necessários para a


prática do autocuidado em pacientes ileostomizados.

Após leitura analítica dos vinte e seis artigos que atendiam às


exigências da pesquisa, verificou-se que cinco ressaltavam os cuidados
necessários para a prática do autocuidado em pacientes estomizados em
geral. Em nenhum artigo foi evidenciado os cuidados somente para
Ileostomias, porém, os cinco estudos abordaram os cuidados comum aos
estomas intestinais e os que merecem atenção maior nas Ileostomias.
É de extrema importância que o enfermeiro conheça os cuidados
com estomias, para que possa compartilhar esse conhecimento com o
pacientes, cuidadores e familiares. “O enfermeiro deverá atender ao
potencial que esta pessoa apresenta para desenvolver ou melhorar o
conhecimento sobre ileostomia e para desenvolver ou melhorar a
capacidade para o autocuidado à ileostomia e a pele periestomal” (SILVA,
2017, p. 118).
“As complicações advindas da ileostomia são semelhantes às de
qualquer tipo de estoma e estão associadas à localização inadequada do
estoma, bem como à idade, ao aumento de peso no pós-operatório e à
fragilidade da musculatura abdominal. Prolapso, necrose, edema,
deiscência, hérnia, hemorragia, e infecções são complicações comuns aos
estomas intestinais. Merece destaque, porém, a dermatite de contato, pois
os efluentes da ileostomia contém enzimas digestivas que podem irritar a
pele, além da desidratação, pois sem a função do cólon, o ileostomizado
absorve menor quantidade de eletrólitos” (POGGETO, 2012, p.505)
Menezes (2013) também cita a importância do cuidado com a pele
periestoma. “As experiências do cuidar citadas pelos estomizados devem
ser valorizadas por enfermeiros, no que se refere à questão da limpeza da
25

pele periestoma e dos cuidados necessários à sua integridade.


Pesquisadores da área orientam que a higienização do estoma e da pele
periestoma deve ser realizada com água e sabão neutro, usando toalha
macia para secar com leves toques”. Além da orientação ao autocuidado
com a pele periestoma é importante que o enfermeiro avalie a região
periestomal para orientar para tipos de bolsas e adjuvantes, “Durante o
processo de ensino, deve-se realizar uma avaliação da região periestomal,
com observação da presença ou não de lesões, a fim de decidir qual o
modelo de bolsa é mais adequado àquele paciente, de acordo com suas
atividades diárias”. (LENZA, 2012, p. 142). Segundo Coelho (2015), entre
as barreiras de proteção de pele, podem-se citar a pasta à base de
hidrogel, pó de hidrocolóide, resina ou goma de karaya.
Com relação à troca do dispositivo coletor, três estudos abordaram
os cuidados com estomias intestinais.
“As bolsas coletoras devem ser trocadas a cada 3 dias no pacientes
colostomizado, observando sempre que esta deve ser retirada de cima para
baixo, usando água morna pra remover a cola, limpando e secando, para
receber a nova bolsa colando de baixo para cima em frente ao espelho para
que ela se encaixe adequadamente ao estoma”. (MORAES, 2012, p. 341).
“Um dos cuidados fundamentais deve ser em relação à troca de
bolsas. Estudo recomenda o prazo de quatro a cinco dias para realizar tal
procedimento. Ressalta-se que essa permanência é variável quando
ocorrem episódios de diarréia ou, ainda por interferência da qualidade da
bolsa” (COELHO, 2015, p.9532).
Essa permanência do dispositivo coletor torna-se variável também
nas Ileostomias, já que a consistência do efluente é mais líquida.
“Estudiosos confirmam a preocupação dos entrevistados,
considerando que a troca dos dispositivos deve ser realizada sempre que
estiver saturada a barreira de pele, pois, não havendo a boa adesividade,
ocorre vazamento do efluente. (MENEZES, 2013, p. 307).
26

A higienização do dispositivo coletor foi abordado por três estudos.

“O esvaziamento da bolsa também deve ser evidenciado porque é


feito com freqüência, de acordo com o funcionamento intestinal. É realizada
geralmente no banheiro, no qual seus portadores eliminam os efluentes no
vaso sanitário, inserem água dentro da bolsa por algumas vezes, sacudindo
para realizar a lavagem” (MORAES, 2012, p. 341).
“A bolsa deve ser esvaziada sempre que o conteúdo atingir um terço
de sua capacidade, evitando, assim, o peso excessivo da bolsa e reduzindo
o risco de deslocamento da placa, dispensando trocas desnecessárias. A
utilização de água e sabão neutro é a forma preconizada para limpeza dos
dispositivos. O uso apenas de água somente deve ser aceito na
impossibilidade de associá-la ao sabão.” (COELHO, 2015, p.9532).
“O dispositivo deve ser esvaziado sempre que o conteúdo atingir um
terço ou, no máximo, a metade de sua capacidade, para aumentar sua
durabilidade.” (MENEZES, 2013, p. 308).
Mesmo sendo encontradas em poucos estudos, as orientações com
relação aos cuidados com estoma são satisfatórios e podem servir de
norteamento ao profissional de enfermagem para aprofundar-se nos
estudos dos cuidados em estomia e sendo assim, multiplicador de
cuidados.

“O enfermeiro, ao oferecer orientações aos pacientes com estomia e


aos seus familiares por meio de práticas educativas, pode dialogar sobre
assuntos como sexualidade, aceitação da doença, superação da
discriminação, prevenção de complicações relacionadas ao estoma e
inserção no convívio social”. (CAETANO, 2013, p. 63).
27

Avaliar os conhecimentos dos pacientes para a prática do


autocuidado em Ileostomias.

Após leitura analítica dos vinte e seis artigos que atendiam às


exigências da pesquisa, em nenhum artigo foi evidenciado os
conhecimentos dos pacientes para a prática do autocuidado somente para
Ileostomias, porém, sete estudos abordaram os conhecimentos comuns aos
cuidados com estomas intestinais e os que merecem atenção maior nas
Ileostomias.
“A cirurgia de estomização determina o início da dependência da
bolsa coletora de efluentes. Esta, geralmente, apresenta-se como algo novo
e estranho para a pessoa com estomia. Fazem-se necessárias ações
orientadoras que a preparem para o enfrentamento das novas demandas
de cuidado e que a auxiliem a, progressivamente, adquirir habilidades para
se autocuidar, se tornando, conforme a possibilidade, autônoma e
independente.” (MOTA, 2016, p.67).
Menezes (2013) no seu estudo aponta os fatores condicionantes
para o autocuidado como sendo: sexo, idade, escolaridade, renda familiar,
dentre outros, e como principais dificuldades: colocação e a adaptação do
dispositivo apropriado, medo do preconceito e de incomodar, alto custo da
bolsa coletora, entre outros. A maior preocupação pontada pelos sujeitos
esteve relacionada ao manejo do estoma, especialmente à sua limpeza e
da pele ao redor, além da troca de dispositivos. “A pessoa com estoma
reconhece a importância de ter estabilidade psicológica para se autocuidar
e aceitar a nova situação de vida, o que é compreendido como um
processo difícil, em razão das características de ser estomizado” (MOTA,
2015, p.84)
Em relação ao autocuidado do estomizado à pele periestomal,
Coelho (2015) em seu estudo com 52 pacientes colostomizados diz que
quando questionados sobre cuidados com a pele, quanto ao uso de
28

barreiras de proteção, 19 (36,53%) entrevistados afirmaram utilizar algum


método, destes, 13 (25%) utilizavam o pó de hidrocolóide para proteger a
pele e o estoma, enquanto outros métodos de barreira, como pasta de
hidrogel e spray que forma uma película protetora, foram apresentados por
seus (11,53%) indivíduos.
O Estudo de Moraes (2015), com 25 pessoas colostomizadas
identificou uma prática que pode ocasionar lesões periestomais:
“É importante ressaltar que os usuários não costumam medir o
estoma para cortar a bolsa freqüentemente, optam por padronizar o
tamanho do recorte por não ver necessidade desta prática, isso pode
resultar em lesões periestoma devido ao contato das fezes com a pele”
(MORAES, 2015, p. 341). “As entrevistas trouxeram também a dificuldade
da realização dos cuidados periestomais devido ao medo de errar ao fazer
a adaptação da bolsa à pele, o que traria, como resultado, um tempo de
permanência menor do dispositivo e, portanto, desperdiçaria maior número
de bolsas.” (ROSA, 2017, p.5).
O processo viver com a bolsa coletora é correlacionado com o
processo cuidar da bolsa coletora, ou seja, além do estigma e da imagem
corporal causada pelo uso da bolsa coletora, o paciente ainda tem que se
adaptar com o manejo da bolsa, seja ele na limpeza ou na troca. “Diversas
são as forças motivadoras do autocuidado. Observa-se em especial que a
pessoa com estomia, mesmo incentivada pelos profissionais, precisa
decidir por desenvolver habilidades e competências gerando a vontade de
readquirir a autonomia para o cuidado, visualizando que essa atitude
mudará sua vida.” (MOTA, 2016, p.68). Por isso, é importante o paciente
entender que se ele adquirir o autocuidado com a bolsa coletora, maior será
sua qualidade de vida social e na condição de estomizado.
No estudo de Mota (2015), participaram 27 estomizados, sendo que
13 possuíam colostomias, sete Ileostomias e sete urostomias, e dissertou
que Estar ou não preparado para a experiência da estomização e suas
29

modificações pode influenciar a aquisição do autocuidado. Pessoas com


estomas percebem a necessidade de receber orientações ainda no pré
operatório sobre seu cuidado e as transformações no viver, preparando-as
para o que virá. O preparo auxilia na aquisição de habilidades para o
autocuidado, ao possibilitar a consciência do que lhes espera após a
cirurgia.
“Quanto à higienização da bolsa coletora, 14 (26,92%) pessoas
relataram utilizar somente água para realizar a limpeza, enquanto 37
(71,15%) utilizavam água e sabão neutro para higiene do dispositivo
coletor. Apenas um (1,92%) afirmou utilizar outro tipo de solução, como o
soro fisiológico para tal procedimento.” (COELHO, 2015, p. 9531)
O Estudo de Bechara (2005) foi realizado com 59 pacientes
estomizados e evidenciou que apenas 12% dos pacientes relataram
necessidade de familiares realizar higiene e troca das bolsas. Os restantes
88% realizam o autocuidado. (BECHARA, 2005, p.147). O Estudo de
Tosato (2006) foi realizado com 10 pacientes com estomia
(colostomia/ileostomia) e identificou que em relação à maior dificuldade dos
pacientes, no que se refere ao autocuidado, 100% respondeu que é a troca
das bolsas e a higiene com as mesmas.” O estudo de Golfeto (2015) foi
realizado com 25 pacientes portadores de estoma intestinal e constatou que
56% dos participantes sentem dificuldade em limpar a bolsa e retirar as
fezes, 52% sentem dificuldades durante a troca do anel ou placa adesiva,
44% tem dificuldade no recorte da placa e na limpeza da pele ao redor do
estoma e 28% tem dificuldade para trocar a bolsa coletora. (GOLFETO,
2015, p. 7). No estudo de Rosa (2017), participaram oito pacientes com
estomia (colostomia e ileostomia), e identificou que alguns usuários
mencionam que executam a limpeza da bolsa coletora, mas não realizam a
troca do dispositivo coletor, o que dificulta a realização do autocuidado,
havendo nesses casos a necessidade de um profissional especializado ou
familiar treinado para fazer essa tarefa. A realização apenas do
30

esvaziamento e da limpeza da bolsa era executada com certa autonomia,


mas a troca da bolsa, quando necessária, era delegada a outras pessoas,
com o pretexto de que se sentiriam mais seguros quanto à manutenção da
bolsa”(ROSA, 2017, p.4). “Indagou-se sobre a prática da troca de bolsa de
colostomia sozinho(a). A troca independente foi pontuada por 34 (65,3%),
sendo isso aspecto positivo quanto ao autocuidado e à autonomia do
paciente.” (COELHO, 2015, p. 9531). “Importante percentual dos
participantes (75%) relatou que o estado do estoma e a pele periestomal
estavam normais, trazendo à luz a possibilidade de práticas de autocuidado
efetivas”. (COELHO, 2015, p. 9532)
A partir dos resultados obtidos nos estudos citados, fica evidenciado
que a manejo do autocuidado com o estoma, dispositivo coletor e pele
periestomal é satisfatório e que a limitação do autocuidado é em parte
insegurança e despreparo e que não há negativas ou déficit de
autocuidado. “Para os entrevistados, o medo de fazer errado e desperdiçar
bolsas veio carregado de insegurança quanto ao autocuidado com o
estoma e suas peculiaridades” (ROSA, 2017, p.5).
“Nem sempre a decisão surge de forças internas próprias da pessoa
com estomia. Múltiplos são os aspectos que a motivam a decidir pelo
autocuidado, dentre eles está a falta do familiar cuidador. Constatou-se que
a realização do autocuidado pode ser influenciada pela capacidade de cada
pessoa com estomia realizá-lo ou não e da disponibilidade ou não de
alguém para, no momento da necessidade, fazer por ela” (MOTA, 2016, p.
68).
“Com relação às dificuldades encontradas para realização do
autocuidado, verificou-se que se sentem capazes e treinados o suficiente
para se cuidar, porém, no início passaram por um processo de aceitação da
estomia e do significado da doença que alterou drasticamente suas vidas,
levando à realização do autocuidado.” (MORAES, 2015, p. 342). “A partir
das respostas, percebemos que os problemas encontrados pelos pacientes
31

referem-se à adaptação, em encontrar a bolsa mais adequada ao seu tipo


de pele, em aprender a realizar a higiene.” (TOSATO, 2006, p.36)
“Os dados do estudo possibilitaram concluir que o processo de
transição para o autocuidado é complexo, carregado de subjetividade e
dificuldades, sendo que as interações com a família, os amigos e os
serviços de saúde podem auxiliar na retomada da autonomia.” (MOTA,
2015, p.87). “Os profissionais de enfermagem, apesar de realizarem a
orientação quanto ao manejo com o estoma e a bolsa de estomia, foram
referidos como aporte para que o usuário desenvolva a autonomia
necessária para gerir seu autocuidado” (ROSA, 2017, p.5).
“O conhecimento dos fatores relacionados ao autocuidado de
pacientes com estomias possibilitou a obtenção de dados que contribuem
para estratégias e intervenções eficazes no seu processo de reabilitação.
Esses dados podem, ainda, colaborar para o aperfeiçoamento da
assistência de enfermagem aos estomizados, além de fortalecer a prática
educativa da enfermagem.” (MENEZES, 2013, p. 309)
32

Avaliar os conhecimentos da enfermagem para a prática do autocuidado em


Ileostomias

Após leitura analítica dos vinte e seis artigos que atendiam às exigências da
pesquisa, um artigo abordou os conhecimentos da enfermagem para a prática do
autocuidado em Ileostomias e um abordou conhecimentos comuns da
enfermagem aos cuidados com estomas intestinais e os que merecem atenção
maior nas Ileostomias

Poggeto (2012) em seu estudo entrevistou 16 enfermeiros sobre os


conhecimentos dos mesmos acerca da ileostomia. “Com relação à primeira
questão norteadora, O que você entende por ileostomia?, a maioria dos
enfermeiros (8) demonstrou conhecimento adequado. Seis apresentaram
conhecimento insuficiente e apenas dois desconheciam a temática. Ao abordar
sobre as complicações da ileostomia, dos 16 enfermeiros, cinco apresentaram
conhecimento adequado; sete, conhecimento insuficiente e três,
desconhecimento. Com relação a questão norteadora, Quais os cuidados que
julga necessário ter com a ileostomia e com o paciente ileostomizado? 11
enfermeiros apresentaram conhecimentos adequados, seguidos de cinco com
conhecimento insuficiente.” (POGGETO, 2012, p.505)

Com isso, destacou que “os enfermeiros de maneira geral, compreenderam


que o efluente eliminado em uma ileostomia é de consistência liquida e em grande
quantidade, ao contrário da colostomia, que possui consistência e características
diferentes.” (POGGETO, 2012, p.506). E destacou também que “o fato de não ter
experiência na prática profissional não impede que o enfermeiro se capacite sobre
o assunto. É fundamental que o processo de cuidar implique uma relação
empática com aquele que é cuidado. Compreendê-lo em suas necessidades,
respeitar suas limitações, favorecer-lhe as vontades, desejos e estimular suas
33

potencialidades devem fazer parte de todo o processo de reabilitação.


(POGGETO, 2012, p.507)

Maurício (2012) em seu estudo destacou relatos dos pacientes


entrevistados que afirmaram o conhecimento do enfermeiro para a prática do
autocuidado. “orientam-nos em aspectos de extrema importância como
higienização e cuidados de pele, cuidados com a alimentação, atividades de vida
diária e abstinência de atividades que demandem excesso de esforço físico. Essas
orientações são consideradas de extrema importância, pois fazem alusão ao
autocuidado, essencial ao processo de reabilitação.” (MAURICIO, 2012, p. 420)

Os resultados desses dois estudos mostram que o conhecimento da


enfermagem acerca dos cuidados em estomias é regular, deve ser promovida a
formação para que o paciente ganhe no autocuidado, e que, também, é
fundamental para o processo de reabilitação, cuidados e inserção ao autocuidado
do paciente estomizado

“Pudemos observar que as principais dificuldades do individuo ostomizado,


em relação ao autocuidado, referem-se à adaptação a sua nova condição, bem
como ao tipo de bolsa adequada, a troca, e em aprender a realizar a higiene.
Ficou evidenciada a falta de profissionais enfermeiros para orientar o autocuidado,
fator este que certamente contribui para intensificar as dificuldades dos pacientes”
(TOSATO, 2006, p. 36). Analisando esse trecho de Tosato, fica evidenciado que
mesmo que precise se aperfeiçoar, o enfermeiro é peça indispensável para o
paciente estomizado praticar o autocuidado.

“Independente da classe de serviço, o enfermeiro compõe a equipe que


atende a pessoa com estomia, objetivando sua saúde por meio do autocuidado.
Dentro do contexto da aquisição do autocuidado, o enfermeiro emerge como
agente transformador da saúde ao atuar como educador de pessoas com
estomias e suas famílias, utilizando tecnologias educativas que ajudam a facilitar a
34

compreensão do conhecimento, tornando o processo de aprendizagem mais


simples e exeqüível” (MOTA, 2016, p. 73).

“O enfermeiro apareceu em maioria como profissional que promove as


primeiras orientações sobre a vivência com a colostomia, tornando-se este um
profissional importante enquanto orientador sobre as ações de autocuidado,
compreendendo o paciente enquanto um ser complexo que ultrapassa a dimensão
biológica.” (COELHO, 2015, p. 9531).

“O enfermeiro e a equipe de saúde tem a possibilidade de atuar nas


peculiaridades provenientes das dificuldades na realização do cuidado com o
estoma pelos usuários, bem como podem promover a educação em saúde, ao
ponto de reforçar o comprometimento do cuidado, estabelecendo certo
pragmatismo do usuário com a sua condição de saúde” (ROSA, 2017, p. 6)
35

Considerações Finais

A condição de estomizado cria na vida do paciente um conhecimento muito


diferente da sua realidade. Diversos são os tipos de bolsas coletoras, adjuvantes,
placas, pastas, dietas, restrições, que atingem na qualidade do cuidado de
enfermagem e do autocuidado. Como é uma condição por tempo integral no dia
do estomizado, o estoma e a bolsa, gradativamente ele torna-se através do
suporte da equipe de enfermagem, detentor do conhecimento dos cuidados e
autocuidado com estomias.

Os trabalhos pesquisavam abordavam os pacientes estomizados de uma


maneira geral, incluindo colostomizados e ileostomizados, ficando evidenciado
que os cuidados e autocuidado necessários são similares, caracterizando a
ileostomia somente se diferenciando por fezes mais líquidas, mais freqüentes e
mais alcalinas, que acarretam lesões periestomal se o cuidado não for eficaz.

Foram evidenciados como cuidados necessários para prática do


autocuidado em estomizados a pele periestomal e cuidados para sua integridade,
limpeza e esvaziamento do dispositivo coletor e troca do dispositivo coletor. Esses
cuidados foram abordados de forma satisfatória e contribuem para a formação do
profissional de enfermagem no manejo de cuidados com estomias.

Com relação aos conhecimentos dos pacientes para a prática do


autocuidado em estomizados, fica evidenciado que o manejo do autocuidado com
o estoma, dispositivo coletor e pele periestomal são satisfatórios e que a limitação
do autocuidado é em parte por insegurança, despreparo ou ter um cuidador que
faça por ele.

Com relação aos conhecimentos da enfermagem para a prática do


autocuidado em Ileostomias evidenciou-se regular, necessitando de que
profissionais fora da área também se capacitem nos cuidados com a ileostomia.
36

Também evidenciou que apesar de falhas, o enfermeiro é o protagonista no papel


de cuidador do paciente estomizado.

O nosso objetivo de analisar como é realizado o autocuidado em pacientes


portadores de Ileostomias foi conquistado, observado como um processo
individual e gradativo, em que a tríade enfermagem/família/paciente é de vital
importância para o desenvolvimento.

Este trabalho irá contribuir para que enfermeiros estomaterapeutas e


enfermeiros que não são da área de estudo, observarem a importância do estudo
da Ileostomia e de outras estomias intestinais, para o a evolução do paciente em
potencial para a prática do autocuidado.
37

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