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FULANA está sendo processada como incursa no artigo 33, “caput”, c.c.
o artigo 40, inciso VI, ambos da Lei nº 11.343/06, pois, segundo a denúncia,
supostamente, teria se ajustado aos menores Alexis Marcelino da Silva e
Jardel Ribeiro Costa, tinha consigo e guardava, para fins de fornecimento à
terceiros, 487,16g de crack, 0,77g de cocaína e 0,73g de Cannabis Sativa L. A
ré foi notificada apenas após a apresentação de resposta a acusação, não
tendo sido formalmente citada(fls. 280) e apresentou resposta fls. 265/272. Na
instrução criminal, foram ouvidas testemunhas arroladas pela acusação e pela
defesa; ao final a ré foi interrogada (fls. 297/298, 303/304, 305, 306, 307, 308,
309, 3010 e 311).
Neste sentido:
III- DO MÉRITO
Ora excelência, a acusada não morava sozinha, mas com o seu neto
Alexis Marcelino da Silva, tendo sido a droga encontrada escondida no meio
dos pertences dele, e não da acusada.
A acusada achava que seu neto apenas era usuário de drogas, tendo
buscado meios para que ele deixasse o submundo das drogas, procurando até
mesmo o Conselho Tutelar e o Ministério Público para que o problema de
envolvimento com entorpecentes de seu neto fosse resolvido, mas, sendo
pessoa de idade avançada, e com a inocência de quem ama, não imaginava
que o mesmo pudesse estar, em sua residência, armazenando quantidades
vultuosas de droga destinadas ao tráfico.
Claro está Excelência, que Alexis estava se sentindo culpado pela prisão
de sua avó, a acusada, por ter sido presa em seu lugar, pelos atos praticados
por ele, relatando o seu medo da acusada não o querer mais em sua
residência, o que sua namorada confirmou, repreendendo-o, já que a acusada
havia levado a culpa no lugar de Alexis, fato este, que em suas mensagens
posteriores, ele não negou.
Diante disso, verifica-se que não há nos autos qualquer prova que o
denunciado tinha a intenção de vender a droga apreendida em sua residência,
ou que soubesse que o seu neto a armazenava no local, muito menos que
concordasse com o fato, na verdade, pelas conversas de celular do próprio
neto, em processo acostados nesses autos, tudo indica que ela não sabia,
gerando temor em seu neto de ser colocado para fora da residência da
acusada.
Neste sentido: