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Luiz Felipe Almeida – UNIMONTES – Turma LXXI

ROTEIRO – EXAME DA REGIÃO PRECORDIAL


Inspeção:
 Qual o tipo de tórax? (atípico, em escudo, em tonel, peito de pombo, peito de sapateiro?)
 Impulso cardíaco apical vísivel?

Palpação:
 Ictus cordis palpável? Se sim, descrever local, extensão, duração, amplitude e mobilidade (em
decúbito lateral esquerdo)
 Verificar pulsações palpáveis na região subxifóide, na região da fúrcula esternal e no 2º EIC
paraesternal.

Ausculta:

 Auscultar os focos: Aórtico, Pulmonar, Aórtico Acessório, Tricúspide e Mitral.


 Avaliar a regularidade do ritmo, definir fonese das bulhas e descrever outros sons caso presentes:
momento do ciclo cardíaco (proto, mese, tele ou holo sistólico/diastólico), intensidade, localização de
maior intensidade, irradiação, configuração ou forma (crescendo, decrescendo, crescendo-decrescendo ou
platô) e qualidade (suave, áspero, aspirativo, ruflar ou piante).

ROTEIRO – EXAME RESPIRATÓRIO


Inspeção:

 Presenças de abaulamentos, retrações, cicatrizes, lesões de pele? Toráx simétrico?


 Forma do tórax? (Tonel, chato, infundibuliforme, peito de pombo, sino, cifótico, escoliótico,
cifoescoliótico) – Se descrito no exame cardíaco não é necessário repetir
 Frequência respiratória (Eupnêico [16-20irpm], taquipnêico [>20], bradipnêico [<16])

Palpação:
 Expansibilidade? (Preservada, aumentada, diminuída)

Percussão:
 Comparar um lado com o outro e a parte superior com a inferior.
 Som claro pulmonar? (ou timpânico, maciço, submaciço?)

Ausculta:
 Murmúrio vesicular?
 Ruídos adventícios? (Roncos, sibilos ou crepitações?)

LÓPEZ, 2004
Luiz Felipe Almeida – UNIMONTES – Turma LXXI

ROTEIRO – EXAME DO ABDOME


Inspeção:

 Abdome plano, globoso, escavado ou assimétrico?


 Presença de circulação colateral, hematomas, cicatrizes, equimoses, abaulamentos ou escoriações?
 Manobra de Valsava: Tentar soprar o dorso da mão sem soltar o ar.
 Manobra de Smith-Bates: Solicitar ao paciente para contrair os músculos abdominais (força de “cocô”
ou solicitar e levante a cabeça e os membros inferiores sem movimentar o abdome)
 Sinal de Cullen: equimose periumbilical (pancreatite aguda)
 Sinal de Grey-Turner: equimose nos flancos.

Ausculta:

 Auscultar aproximadamente 3 minutos os ruídos hidroaéreos em cada um dos quatros quadrantes.


 Auscultar sopros:
1 Aórtico: Linha média entre o apêndice xifóide e cicatriz umbilical.
2 Renais: Junção da linha hemiclavicular com a linha horizontal abaixo do rebordo costal.
2 Ilíacas: Junção da linha hemiclavicular com a linha horizontal logo acima da espinha íliaca anterosuperior.
2 Femorais: Sentir o pulso para saber o local da ausculta.

Palpação:

 Superficial: Questionar presença de dor e localização. Avaliar integridade anatômica, tensão


abdominal. Examinar todos os quadrantes.
Sinal de Rovsing: dor na fossa ilíacadireita à palpação da fossa ilíaca esquerda; indica apendicite.
Sinal de Blumberg: Comprimir a parede abdominal até o máximo tolerado e descomprimir subitamente.
Positivo quando ocorre aumento súbito da dor após a descompressão. Realizar no Ponto de McBurney
(Primeiro terço da linha média partindo da espinha íliaca anterosuperior direita até a cicatriz umbilical.)
Sinal de Murphy: Tocar o fundo da vesícula na inspiração profunda, positivo quando há parada brusca da
inspiração.
Sinal de Psoas: Provocar uma extensão forçada da coxa. Verificar dor na região hipogástrica.
Sinal do Obturador: Fazer uma rotação interna da coxa, previamente fletida até o máximo. Quando positivo
o paciente acusa dor na região hipogástrica.

 Profunda: Examinar todos os quadrantes.


Fígado: Se palpável, é macio, tem superfície lisa, borda fina, e pouco dolosoro. Seu limite inferior não excede
a dois ou três dedos transversos abaixo da reborda costal.
Lemos Torres: Com a mão esquerda colocada sobre a região lombar lombar direita do paciente, o
examinador traciona o fígado para frente e, com a mão direita sobre a parede anterior do abdome, tenta
palpar a borda hepática durante a inspiração profunda.
Mathieu: Posicionar-se com as costas voltadas para o rosto do paciente. A seguir, coloca as mãos paralelas
sobre o hipocôndrio direito do paciente e, com as extremidades dos dedos fletidos, formando garras,
tenta palpar o fígado durante a inspiração profunda.
Pinça: O examinador coloca a mão esquerda sobre o ângulo costolombar direito do paciente, ficando o
polegar na face anterior do abdome de modo a formar uma pinça. A seguir solicita ao paciente que inspire
profundamente e tenta palpar a borda hepática com o polegar.

Sinal de Gersuny: quando comprimimos uma massa abdominnal de maneira profunda e demorada, e ao
reduzirmos a pressão da mão, percebemos que a parede intestinal desprega-se subitamente do bolo fecal,
produzindo uma sensação peculiar, resultante da interposição de ar entre a parede intestinal e o bolo fecal.

LÓPEZ, 2004
Luiz Felipe Almeida – UNIMONTES – Turma LXXI

Sinal do Gargarejo: Percepção tátil do ruído hidroaéreo.

Sinal do Vasculejo: som de água sacudida em garrafa quando segura-se os flancos do paciente e movimenta-
se o abdome do paciente. Indica obstrução do antro, estenose pilórica.
Sinal da Patinhação: assemelha-se ao que se obtém quando são dadas palmadas em uma superfície com
água, pesquisa-se comprimindo rapidamente a parede do abdome com a face palmar de três dedos medianos
da mão. A parede do abdome é forçada a bater de encontro com a superfície líquida. Indica obstrução do
antro, estenose pilórica.
Manobra do rechaço: Imprimir pequenos golpes na parede anterior com a mão direita. Indica ascite
volumosa.

Baço: Não palpável em condições normais.

 O examinador situado à direita do paciente traciona com a mão esquerda a face póstero-lateral e
inferior do seu gradil costal, deslocando-as em sentido anterior. Com a mão direita abaixo da imagem costal
esquerda, comprime em direção ao hipocôndrio esquerdo tentando perceber o baço durante a inspiração
profunda.
 Repetir a manobra anterior com o paciente em Posição de Schuster (decúbito lateral direito
flexionando o membro inferior esquerdo e com o membro superior esquerdo posicionado atrás da cabeça).

Percussão:

 Macicez nos flancos e no hipocôndrio direito.


Sinal de Jobert: Timpanismo na linha axilar média sobre a área hepática.
Sinal de Chilaiditi: Timpanismo na hepatometria.
Sinal de Torres-Homem: Aparecimento agudo de dor na região de projeção hepática durante a percussão
dígito-digital leve.
Sinal do Piparote: Pede-se que o paciente coloque sua mão na linha mediana do abdome e realiza-se a
percussão na lateral verificando a transmissão da onda contralateralmente a percussão. É positivo quando
há ascite de GRANDE volume.
Semicírculos de Skoda: percussão a partir da cicatriz umbilical para as extremidades, verificar se há transição
do som timpânico para maciço ou submaciço.
Manobra da Macicez Móvel: Percutir a área com som maciço com o paciente em decúbito lateral, se o som
maciço se tornar timpânico verifica-se a presença de líquido na cavidade abdominal.
Espaço de Traube: Suas referências superficiais são respectivamente a sexta costela superiormente, a linha
axilar anterior esquerda lateralmente e o rebordo costal esquerdo inferiormente. A percussão nesse espaço
é feita para avaliar a possibilidade de esplenomegalia. Normalmente apresenta som timpânico.
Sinal de Giordano: dor à punho percussão na região lombar; indica acometimento renal (positivo em litíase,
pielonefrite aguda).

LÓPEZ, 2004

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