Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Cabos e Arcos PDF
Cabos e Arcos PDF
ITAJAÍ
2011
1
ITAJAÍ
2011
2
RESUMO
SUMÁRIO:
Resumo.................................................................................................................. 2
1. Introdução.................................................................................................. 3
1.2 Objetivos.......................................................................................................... 6
1.2.1 Objetivos Geral............................................................................................. 6
1.2.2 Objetivos Específicos............................................................................ 6
1.3 Revisão bibliográfica.................................. .................................................... 7
2. Desenvolvimento........................................................................................ 8
2.1 Estrutura........................................................................................................... 8
2.2 Esforços internos solicitantes que ocorrem em arcos e cabos........................ 8
2.3 Cabos............................................................................................................... 9
2.3.1 Como funciona um cabo.............................................................................. 9
2.3.2 Materiais e seções usuais............................................................................ 9
2.3.3 Exemplo de formas funiculares..................................................................... 9
2.3.4 Aplicações e limites de utilização dos cabos................................................. 11
2.3.5 Vibrações nos cabos..................................................................................... 11
2.4 Arcos...................................................................................... ........................ 12
2.4.1 Tipos de arcos............................................................................................... 12
2.4.2 Materiais e seções......................................................................................... 13
2.4.3 Principio de funcionamento........................................................................... 13
2.4.4 Como resolver um arco................................................................................ 14
2.4.5 Vínculos........................................................................................................ 15
2.4.7 Estabilização do arco.................................................................................... 16
2.4.7.1 Estabilização do arco contra flambagem................................................... 17
2.4.7.2 Estabilização do arco contra empuxos horizontais.................................... 17
2.4.8 Aplicações e limites de utilização.................................................................. 18
2.5 Semelhanças e diferenças entre arcos e cabos............................................... 18
2.6 Lista de questões............................................................................................. 18
2.6.1 Cabos............................................................................................................ 18
2.6.2 Arcos............................................................................................................. 27
3. Conclusão................................................................................................... 30
Referências bibliográficas...................................................................................... 27
4
1. INTRODUÇÃO
1.2 OBJETIVOS:
2. DESENVOLVIMENTO:
2.1 Estrutura:
2.3 Cabos:
O cabo é uma barra cujo comprimento é tão predominante em relação à sua seção
transversal que se torna flexível, ou seja, não apresenta rigidez nem a compressão
nem á flexão, deformando-se totalmente ao receber esses esforços.
O cabo só reage a esforço de tração simples, o que permite afirmar que, para
qualquer situação de carregamento sobre o cabo, ele está sempre sujeito a esforço de
tração simples.
O cabo é um sistema estrutural que não apresenta uma forma permanente. As
formas assumidas pelo cabo dependem do carregamento que nele atua,
caracterizando-se assim como uma estrutura pouco estável quando sujeito a variações
no carregamento. Se o carregamento externo for muito maior do que o peso próprio do
cabo, este último é desprezado no cálculo. A geometria da configuração deformada do
8
cabo, para um dado carregamento, é denominada forma funicular (do latim, funis =
corda) do cabo.
Para um determinado carregamento e vão, a força horizontal necessária para
dar o equilíbrio ao cabo aumenta com a diminuição da flecha. Um cabo com um flecha
pequena, será mais solicitado que um cabo com uma flecha maior, entretanto, seu
comprimento será menor e o volume final de cabo também.
Os cabos são utilizados em vários tipos de estruturas. Nas pontes pênseis e
teleféricos são principais elementos portantes, nas linhas de transmissão conduzem a
energia elétrica, vencendo vãos entre as torres e são empregados como elemento
portante de coberturas de grandes vãos (SUSSEKIND, 1987).
1 1
< < (Equação 1)
10 5
Onde f é a flecha do cabo, e L o vão do cabo.
As seções que apresentam concentração de massa junto ao centro e gravidade,
são as que ocupam menores espaços, o que conduz a seção circular a ser a mais
indicada pra utilização nos cabos.
O cabo está sujeito apenas a esforços de tração simples. É indicado a utilização
de materiais que apresentem boa resistência a esse tipo de esforço, tal como o aço.
Com os aços disponível no mercado, atinge-se limites de vãos em torno de 1500
metros para pontes, e 5500 metros para torres de transmissão.
Para as relações de flecha (f) e vão entre extremidades (L), constata-se que
para relações (f / L) ≤ 0,2 as formas da parábola e da catenária são praticamente
coincidentes. Nesse caso, utiliza-se a forma da parábola para determinação dos
lugares geométricos dos pontos ao longo do cabo:
= ² + + (Equação 2)
2.4 Arcos:
1 1
< < (Equação 2)
10 5
Onde f é a flecha do cabo, e L o vão do cabo.
∑ = 0 → = 0
∑ = 0 → + =
∑ = 0 → 2 − = 0
= = (Equação 3)
2
∑Fh = 0
π π
N = −Ax. cos * – θ. − Ay. sen * – θ. (Equação4)
2 2
P
N = − cosθ (Equação 5)
2
∑Fv = 0
π π
V = −Ax. sen * – θ. − Vy. cos * – θ. (Equação 6)
2 2
P
V = − senθ (Equação 7)
2
Para o arco do arco ideal, o momento fletor deve ser igual a zero. Abaixo segue
a descrição de como encontrar o momento fletor solicitante em um arco:
∑M = 0
M = −Ax. R. senθ −Ay. R(1 − cos θ) (Equação 8)
PR
M= (1 − cosθ) (Equação 9)
2
2.4.5 Vínculos:
16
Deve-se procurar dar aos arcos formas que correspondam aos funiculares das
cargas que atuam sobre eles (invertido), garantindo a não ocorrência de flexão. Se a
funicular das cargas não coincide com o eixo do arco, surgem esforços de flexão.
Quanto maior for a diferença entre o eixo do arco e a funicular, maior serão os
esforços de flexão.
A reação horizontal do arco diminui com o aumento da altura da estrutura.
Portanto, pode-se chegar a uma altura tal que as reações horizontais sejas nulas. Ou
seja, quando se altera a altura de um arco, muda-se apenas as reações horizontais.
2.6.1 Cabos:
∑ = 0
∑ = 0
∑ = 0
20
∑Fx = 0 → Ax − Bx = 0
PL P2L
∑MA = − − + ByL = 0
3 3
P P2
+ = By (Equação 10)
3 3
P = By (Equação 11)
∑Fy = 0 → Ay + By − P − P = 0
Ay + By = 2 (Equação 12)
Se By = P, então:
Ay + P = 2P
Ay = P (Equação 13)
∑ = 0 → . − . = 0
3
. = .
3
= . (Equação 14)
3
L
Ax = Bx = P.
3f
Ay = By = P (Equação 15)
Pode-se observar que pelo fato do sistema estrutural de cabos ser simétrico, a
reação em Ay e By vai ser igual, o mesmo acontecendo para Ax e Bx.
A geometria da figura é a mesma que o gráfico do momento fletor em uma barra
biapoiada, com dois esforços aplicados eqüidistantes entre si e o apoio. Observe na
figura abaixo, como o diagrama de momento fletor de uma viga biapoiada semelhante
ao arco em estudo se assemelha com o formato do cabo ao assumir o carregamento.
Figura 13: Diagrama momento fletor de uma viga com duas cargas concentradas
eqüidistante dos apoios. Fonte: Ftool.
22
Aá = Aá =
3 3
Aá
B= (Equação 16)
∑ = 0
CD − . = 0
3
CD = . (Equação 17)
3
∑ = 0
−CD + = 0
NaCy = P (Equação 18)
∑ = 0
CF − . =0
3
CF = . (Equação 19)
3
∑ = 0
CF − + = 0
CF = 0 (Equação 20)
∑ = 0 → + = 0
qL
− + ByL = 0
2
qL
ByL =
2
qL
By = Ay = (Equação 22)
2
∑Fx = 0
qLG
NACx = (Equação 24)
8f
∑Fy = 0
HI
NACy = G
− qx (Equação 25)
Observa-se que onde a flecha é máxima, não ocorre esforço normal de tração
no cabo. Conclui-se então que o esforço de tração varia ao longo do cabo. Por
exemplo, para o ponto x=0, o esforço normal será:
qL
NACy = − q. 0 (Equação 26)
2
qL
NACy =
2
Figura 18: Viga biapoiada. Fonte: Análise Estrutural I. Departamento de Engenharia Civil
da UFSC.
2.6.2 Arcos:
c) Uma passarela que liga duas edificações afastadas em 25 metros, possui 3 metros
de largura e deve suportar uma sobrecarga de 5kN/m² além de seu peso próprio,
estimado em 5 kN/m². A passarela será suspensa por 2 cabos com flecha de 5 metros.
Determine as reações de apoio e a força normal máxima que tracionará o cabo.
27
Cada um dos dois cabos da passarela vai suportar uma força de 375 kN,
equivalente a uma carga distribuída de 15 kN/m (carga total dividida pelo vão). Sabe-
se que a flecha é de 5 metros. Calcula-se então as reações em x, partindo-se do
principio que a reação horizontal é igual a relação entre o momento máximo e a flecha,
conforme citado anteriormente.
Como a carga na passarela é uniformemente distribuída, podemos tratar esse
cabo como uma viga biapoiada, carregada de forma semelhante. O momento máximo
para uma viga biapoiada é:
qL²
Mmáx = (Equação 29)
8
Onde L é o vão e q a carga.
28
15.25²
Ax = Bx =
8
Ax = Bx = 234,38 kN
O máximo esforço de tração ocorre nos trechos adjacentes aos apoios das
extremidades. Está é uma característica dos cabos, os esforços normais
máximos ocorrem nas seções dos cabos próximas aos vínculos externos, pois é
onde a componente vertical do esforço normal Ny, é de maior valor. (VALLE,
ROVERE, PILLAR et al)
Figura 20: Arco. Fonte: Análise Estrutural I. Departamento de Engenharia Civil da UFSC.
Para encontrar as reações horizontais dos apoios, pode ser utilizado o artifício
de transformar o cabo acima em uma viga biapoioada semelhante. A reação em cada
um dos apoios vai ser igual ao momento máximo. Em uma viga biapoiada com carga
distribuída uniformemente, sabemos que o momento máximo ocorre no meio do vão
conforme equação 29.
Deve-se procurar dar aos arcos formas que correspondam aos funiculares das
cargas que atuam sobre eles, garantindo dessa maneira a não ocorrência de flexão.
29
Cada vez que o funicular das cargas desvia-se do eixo do arco originam-se esforços
de flexão, sendo que quanto maiores forem os desvios maiores serão esses esforços.
Então, para garantir que esta estrutura funcione como uma linha de pressão,
temos que nos certificar que a estrutura receberá apenas esforço normal em qualquer
parte que for seccionada.
Para arcos triarticulados, nos certificamos que a estrutura segue a linha de pressão
quando a flecha existente é igual a flecha calculada atreves da fórmula a seguir:
M
f =
H
Onde m é o momento e H a reação em x. A flecha pode ser calculada também
pelo métodos dos elementos finitos.
30
3. CONCLUSÃO:
Os cabos e arcos são sistemas estruturais de forma ativa que tornam possível
o vencimento de grandes vãos com economia de material. Entretanto, algumas vezes
precisam estar associados a outros sistemas estruturais para um bom desempenho,
como é o caso da associação arcos e tirantes.
O arco sofre a ação de esforços soliticitantes de compressão, enquanto o cabo
trabalha a esforços de tração. Duas características comuns entre os dois sistemas
estruturais, é que ambos tendem a tomar forma do carregamento recebido, chamado
de funicular da estrutura, porém, no caso do arco, essa forma é invertida.
Os cabos são indicados para situações em que não é necessário que a
estrutura resista esforços de compressão, já que os eles sofrem com o efeito de
flambagem se submetidos a estes esforços.
Para se obter um cabo ideal, deve-se fazer com que a forma da estrutura seja
idêntica a linha de pressão, garantindo assim a não existência de esforços
indesejáveis, tais como momentos fletores e tração nos arcos, prejudicando o
desempenho do sistema.
Os sistemas estruturais de forma-ativa são dependentes das condições do
carregamento e estritamente influenciados pelo fluxo “natural” das cargas, portanto
não podem ser projetados de forma livre e arbitraria. A forma e o espaço arquitetônico
são o resultado do mecanismo de suporte. Entretanto, em virtude de seus esforços
serem apenas por simples compressão ou tração, o arco e o cabo de suspensão, no
que se refere à relação peso/vão, são as estruturas mais econômicas de cobrir
grandes vãos e formar amplos espaços (BRITO E SILVA, 2010).
31
REFERÊNCIAS:
LMC. Disponível em
<http://www.lmc.ep.usp.br/people/pauletti/Publicacoes_arquivos/RMOP-Cap-1.pdf>.
Acesso em 23 de nov. de 2011.
SUSSEKIND, José Carlos. Curso de análise estrutural 1. São Paulo: Editora Globo,
1981.